Apostila EDO PDF
Apostila EDO PDF
Apostila EDO PDF
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PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Luiz Inácio Lula da Silva
.'-...-
MINISTRO DA EDUCAÇÃO
Fernando Haddad I
'-...-
GOVERNADOR DO ESTADO DO PIAuí
José Wellington Barroso de Araújo Dias
EQUIPE DE APOIO
Franciane de Brito Vieira
I
DIAGRAMAÇÃO
\.....
Samuel Falcão Silva
REVISÃO
qanes Lerros Ferreira Gabriel
\.--
.•.. )
Este texto. é destinado aos estudantes da disciplina
Equações Diferenciais Ordinárias do curso de Química,
modalidade de EaD. Curso que faz parte do programa de
Educação a Distância da Universidade Aberta do Piauí (UAPQ
vinculada ao consórcio formado pela Universidade Federal do
Piauí (UFPI), Universidade Estadual do Piauí (UESPQ, Centro
Federal de Ensino Tecnológico do Piauí (CEFET-PI), com o
apoio do Governo do Estado do Piauí, através da Secretaria de
Educação.
Este livro é composto por 05 unidades, contendo itens e
subitens, conforme descrevemos a seguir. .
Na Unidade 1, apresentamos conceitos básicos a
respeito de equações diferenciais, incluindo classificações.
Na Unidade 2, fazemos um estudo sobre as principais
equações diferenciais de primeira ordem e. primeiro grau,
mostrando vários exemplos.
Na Unidade 3, introduzimos as equações diferehciais de
ordem superior. Concentramos-nos nas equações diferenciais
lineares com coeficientes constantes, apresentamos definições,
tipos e os métodos de solução conhecidos por Método dos
Coeficientes a Determinar e Método da Variação dos
Parâmetros.
No Unidade 4, incluímos as equações diferenciais com
coeficientes variáveis: apresentamos o caso especial das
equações de Cauchy-Euler e, soluções por séries de potência.
No Unidade 5, abordamos os sistemas de equações
diferencias de primeira ordem, apresentando os tipos e métodos
de solução correspondentes.
I sumário ....
"';'":' :.",','.(".',', :".'r ;:',:,
,--.
'..:~~
Ô
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c~
C'J
(>
co ' "
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Cc
( UNIDADE 3. Equações Diferenciais Lineares de Ordem
{
'- Superior
C'
() '-
3.1 Equações diferenciais li neares de ordem n 57
C,:. "-
r: ", 3.1.1 Eq uações Diferenciais Homogêneas 62
t. " '-. 3.1.2 Eq uações Diferenciais Não-Homogêneas 67
() ,~
3.1.3 Exercicios 71
C'"<:1
{'\ ';:: .•"i '- Algumas respostas 72
c ;
126
l'.:i
'\~'.
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1 s_u_má_ri_o_d_a_u_n_id_a_d_e_. 1
UNIDADE 1. Introdução ao Estudo das Equações
Diferenciais Ordinárias
r.f' '.
-- f --J
c" .
-; - ..
f' Ordinárias
-<,
~.
-(.,
(
_<c....
'~
C;
Dada uma função y = f (x), encontre a derivada y' = f' (x) = -dd¥...
x
11
1.1 Definição e Classificações
dy
1. - = 3x-1
dx
2 dy - 5t = 9
. dt
3. xdy - ydx =O
d3x dx
4. dt3 - dt + 21" = 3t
5. (X _ y ~~:) 3 = 1+ (~:;) 4
6. (t _ ~~:) + (~:~) 3 2 =O
oZ oz
7.2-+3- =0
ox oy
12
[
-c
fo':'.o
_'i',.'
(
I
Exemplo 1.1.2 (Exemplos de equações diferenciais).
-'
(
-(
-f:.
3. A oitava equação do Exemplo 1.1. 1 é uma equação diferencial
J::.:.
-.Ct ordem.
dem.
-r
13
fâ
'c'
,
Exemplo 1.1.4. Vamos classificar quanto ao grau as equações
diferenciais do Exemplo 1. 1. 1.
3y
Exemp Io 1...1 7 A equaçao- " x (ddx) 2 d5y dy ,
3 - 3 dx5 + 5x dx = cosx e uma
equação diferencial ordinária de quinta ordem e primeiro grau.
Exemp Io 11 -
. ..8 A equaçao
dx
(~U)4
-2 - 3-
du
d.T
= 2xsenx e, uma equaçao-
diferencial ordinária de segunda ordem e quarto grau ..
14
1.2 Tipos de Solução
intervalo fechado [a, b], um intervalo infinito (O, +00) e assim por diante.
y~ = 2e2x e y~ = 3e3x.
y~ = 4e2x e y~ = 9e3x."""
de Yl, resulta:
15
Definição 1.2.2. Quando a solução de uma E.D.O pode ser escrita
sob a forma y = f(x), temos o que chamamos de solução explícita.
Assim:
dy x
dx y
Note! Em geral, uma equação diferencial possui uma infinidade
de soluções. Observe, no Exemplo 1.2.3, qualquer função da familia
Y.= ce2x e da família y = ke3x, com c e k constantes arbitrárias,é
também solução daquela equação diferencial. A soma y = ce2x + ke3x
também determina outra família de soluções. (Verifique!)
16
\...c'
f)
'--
C~J
l~,1
~:. '\"1' independente, temos o que chamamos de problema de valores no
C' contorno, e as condições aqui são as condições de contorno.
'f':
,,fi Exemplo 1.3:1-. O problema y" + 16y = O, y(rr) = 1 e y'(rr) = 2é
('
valores distintos de x.
~'.)
que satisfazem as condições de valores iniciais y(O) = -2 e y'(O) = O.
Observe:
fi
........:
C', y(O) = -2 :::::}Cl + C2 = ~2
"()
~)
Derivando y, segue que y' = 2cle2x + 3c2e3x. Portanto,
C)
~,:.- y'(O) O
'2i9
'03 Resolvendo 6 sistema
\~)
(~) Cl +C2 -2
,,-.
~l
\/tE:l.
2CI + 3C2 O
'Ç;~
17
isto é,
isto é,
18
'--"(,
r
,1"'.
"-'-
{
1.4 Exercícios
(
••..... (c) (9 - X2)6dx - (xy - yX + x2)dy = O
{:
l:
"-' 2. Determine a ordem e classifique quanto à linearidade as seguintes
C.:
,-(, equações diferenciais ordinárias.
•...
l.;
Cj
(a) y" - 4y' + 4y = ex
--- .
("
(b) ;t:¥ - ~ =6
--c/
(c) (lnx)y'" + X(y')2 = o
c
--'ç. :
(d) (t - 1): - 3x = 6t
Z = xy~
\ •• .i'
(e)
~.;
(J.2-'-1)2
(].-/ /" / C'
(a ) y' = 2x, Y ()x = 4
(~ dy = 2X(y2 + 9)dx, y(x) = 3tg(3x2)
19
-r,-".
\....
"
ç::Q
/é-.o/...,VC
(c) Y" - Y = o, Y(X) = eX , !0 ./ '
...., ( .-;:~~
, 0"''''-
(f) y" = 9x2 + 2x - 1, Y = x + ~X4 + ~X3 - ~X2 ,l,. ) ~'
/...Jc.~ O
(g) y(IV) + 4y/ll + 3y = x, y = e-x +~ e'/~~)O !
(1.,0/ xy
(b) y = e, y' = ~
(c) y = cos 2x, y" - 4y = O
+~;
, /'
20
\()
-f,~
C'
"€)
.ç~
C'
~' 10. Sabendo que y(x) = CIX +C2 +x2 -1 é solução de uma equação
c diferencial de segunda ord~m, encontre CI e C2 que satisfaçam
't
\(
as condições iniciais y(l) = 1 e y'(O) = 2.'
-£
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C
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l. '.
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C;:
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'C,
~ 21
@
~:~
X-'
1.4.1 Algumas respostas
Questão 4 (d)
Questão 5 (c)
(b) Não
(c) Sim
Questão 8 (a) C= 1
(b) ~
Questão 9 y = cosx +1
22
-..r.~
('o
'---<..
('
,-ti=''
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-.....:- .1.5 Referências Bibliográficas
C
'C- ( http://www.mat.uel.br/matessencial/superior/edo/edo.htm )
\f:.'
( www.mat.ufmg.br/regi/eqdif/iedo.pdf)
(::
.-.....;
c; ( www.somatematica.com.br/superior/equacoesdif/eq.php)
i'(,,:;
ABUNAHMAN, s.: Equações diferencias. Rio de Janeiro. EDG Edi-
:,J,:: tora. 1989.
. (:
(ô
--,. BOYGE, W.E. e DIPRIMA, R.G.: Equações diferenciais elementares
. t:.
=-"''t~,-~.\
e problemas de valores de contorno. LTG Editora. 1994.
\
Ji~.
o
-~... ..;..
• .:~"
BRONSON, R.: Equações diferenciais. São Paulo. Makron Books.
'-,
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€1,
">1
1994.
ZILL, D.G.:Equações diferenciais, vol. 1. São Paulo. Pearson Makron
Books. 2001.
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C}'
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23
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~}
(i
(, r
I
Resumo
.c;
c: I
r': ..,
\.:~'J
.,. Nessa unidade, apresentarem os definição,
(.;, exemplos e método de solução para as principais
(D. equações diferenciais de prim eira ordem e prim eiro
(:::~
r grau. a saber: Equações Separáveis, Homogêneas,
() I Exatas e Lineares,
(; ,
(;
£:.)
~:;.J'
r
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~
()
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I
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(.
I
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(D:' f
C.I
i .
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()
r..d
~
<'.,
~
("'::'::.
I---------- Sumário da Unidade J
UNIDADE 2. Equações Diferenciais de Primeira Ordem
~..c:-
--
'<o ,;
C
(
...•.( -
( .
...,.:.;
()
....(
:"'c.
2. Equações Diferenciais de
Primeira Ordem
forma:
dy = F(x, y)
-d ou M(x, y)dx + N(x, y ) dy_
x
Nesta unidade, apresentaremos definição, exemplos e método de solução
Para incremen-
para as principais equações diferenciais de primeira ordem e primeiro
tar o estudo de
\(, grau, a saber: Equações Separáveis, Homogêneas, Exatas e Linea-
equações diferen-
l.S' res.
ciais de primeira
~.
ordem, acesse o
\!,
sítio Essencial. 2.1 Equações Diferenciais Separáveis
6'
c
'''(c"::. Conheceremos nesta seção a definição e o método de solução do tipo
.~(x,y)dx+N(x,y)dy =0,
.~ . .'
1. ~ = 5x +2
27
2~ ~ = 2 cos 3x .
jMdX+ j Ndy=K,
sendo K uma constante. A seguir, vamos encontrar a solução das
(5x + 2)dx - dy = O.
2cos3xdx - dy = O.
28
~".~
c~
f ,.
-C
-C
.•.•..( ..::.c.,.•.
f: 3. A E.D.O x2(y - l)dx + 3dy = O pode ser escrita sob a forma
-(
2 3
x dx + --dy = O.
y-1
Daí,
_.c In Iy -
3K - x3
11 = 3 .
C
"C,: Com o objetivo de explicitar a função y, compomos a função
-{)
exponencial a ambos os'membros da equação acima:
(...•.• • >
"';"
~, .. ;
,,(}
.$:!:; ou ainda
3
() Y = 1 + Ce-T,
",,"",,'
(,
"C, onde C = eK, é a solução da equação diferencial dada. O
....
C;
(: 4. A equação (cos2 y)dx - (x2 - 1 )dy = O pode ser escrita por:
('
dx 2
--2 - sec xdy = O.
x -1
-i,
(t. Portanto, resolvendo esta equação, obtemos:
..•.....
C
~<: J J.;2d~1 - J 2
sec xdy = K
'(0 das frações parciais (para mais detalhes, revise esse método de
c,.::, integração em seu livro de cálculo diferencial e integral) .. Assim,
~:.'
C temos:
'-~
(. 1 1
"2 ln Ix - 11 - "2 ln Ix + 11 - tgy = K,
o qual usando propriedades da função logaritmo, resulta:
In Ix -
( -;-._-
11)~ - tgy = K.
\' Ix + 11
1.,
o
29
- dy 1 -+- y2 d .
5. A equaçao -d = ( 2) po e ser escrita como:
x l+x y
~_ ydy =0
1 + x2 1 + y2
Assim,
J~+ -J
1 x2
ydy
1 + y2
=J{
.
1 (
arctgx - 21n 1 + y~)
'o' -'
:=: k.
30
---("
Definimos uma equação diferencial homogênea de primeira ordem
-c;
através de funções homogêneas por:
-f'
c....
--c: Definição 2.2.2. Chamamos a equação diferencial
-()
A1(x,y)dx+ N(x,y)dy = O
..I. .'
-
~()
C.
(:'
de homogênea quando as funções M(x, y) e N(x, y) são homogêneas
de mesmo grau.
+ y)dx + (x
- ()
('}
~C.:.:
Exemplo 2:2 ..2.
renciaI homogênea.
1. (x
de grau 1.
+ y e N(x, y) = x - y .
..•.f.::\
() 2. (x2 + y2)dx + xydy = O é uma equação diferencial homogênea.
"",...
(''.
Observe que M (x. y) = x2 + y2 é uma função homogênea de
""(>
grau 2, e N(x, y) = xy também é uma função homogênea de
...••.(,.'
~.~ ..• grau 2.
~:~
•.•..•...
('I
'()
3. (2x-y)dx-.(x+3y)dy = O é uma equação diferencial homogênea.
A substituição utilizada é:
V
\. .. ' y = ut
~( .
( e (consequentemente)
'';';'"
(
dy = udt + tdu.
de solução.
(
~:_~
31
j-'-'-
fazendo as substituições:
y = ux e dy = udx + xdu,
obtemos:
dx 1-u
(1 + 2u - u2)dx + x(l - u)du = O=?- + 1+ 2u-u 2du = 0,
x
J- dx
x
+ f" 1 -- u
----du
1 + 2u - u2
. = K.
1
lnx + "21n(1 + 2u - u2) = K.
y = ux e dy = udx + J:du,
32
J)
C"
(~]
i)
,Jh
obtemos:
F:',
.~~;.~£~.
Assim, integrando esta última expressão, obtemos como solução:.
t:::
~'\
C 1
lnx + 41n(1 + 2u2) = K.
i::'
1."',
~:.~ Usando propriedades de logaritmo e que u = Ji., concluímos que
x
E"
't~
...
"--"f. a solução da equação diferencial homogênea é:
V'.
\
2) 1/4
-t.;':
X ( 1 + 2 (~) = C,
~- sendo C = eK.
(
..
'
"( .
c(> ~2.3 Equações Diferenciais Exatas
8:'
C' Nesta seção, estudaremos as equações diferenciais exatas, sua definição,
'{;.
critério para ser exata, exemplos e método de solução.
-t.::
{.,.
Definição 2.3.1. Dizemos que a equação M(x, y)dx + N(x, y)dy = O
'-
()
é diferencial exata quando existe uma função U(x, y) tal que
dU = NI(x,y)dx + N(x,y)dy.
Um exemplo clássico de equação diferencial exata é
'l.
C ..' ydx + xdy = O,
dU = ydx + xdy.
33
Quando dU = O (portanto, ydx + xdy = O), temos que U = C, C E IR,
e assim
xy=c
U(x,y) = c.
ser exata.
ôM ôN
1. (x2 - y2)dx - 2xydy = O. Temos: ôy = -2y = ôx'
ôM âN
2. x2y3dx + x3y2dy = O. Temos: ôy = 3X2y2 = ôx'
. ôAl âN
3. (x3 + y2)dx + (2xy + cosy)dy = O. Temos: -ô
y.
= 2y = -ô .
x
ôM ôN
4. (cosxsenx-xy2)dx+y(1-x2)dy = O. Temos - = -2xy = -ô .
ôy x
ôM ôN
5. (1 - !+ y) dx + ()1 - ; +x dy = O. Temos ôy = 1 = ôx'
34
C
-.....;.
(J
v" \~._..
)
..c~
-S} onde g(y) é a constante de integração.
C': Derivando esta última relação com respeito a y e supondo que ~u =
y ,
'~~:
aU
oy = oyo J M(x, y)dx +9 '
(y) = N(x, y).
ciai exata.
no Exemplo 2,3, 1.
8P
- =2yx
oy
(JO Passo) Calcular J (N(x,y) - ~) dy:
( ,
J (N(X, y)dy - ~:) dy = J (-2xy + 2yx)dy = k.
Assim,
3 3
x x
U(x, y) = 3 - y2x + k = C ::::} 3 - y2x + o: = O.
onde Q = k - C, é a solução da E.D.O dada. o
35
2. Consideremos (x3 + y2)dx+ (2xy + cos y)dy = O.
Vamos calcular inicialmente
E, portanto,
x4
U(x,y) = ~ +y2x+seny = C.
3~ Consideremos (1 - ~ + y) dx + (1 - ~ + x ) dy = O.
Vamos calcular inicialmente
.
U(x,y)=x+y+xy+ln
( 1
xy
)3 =C.
Algumas vezes, podemos transformar uma equação diferencial não-
exata em uma equação exata, multiplicando-a por alguma função À(x, y).
A esta função .À chamamos Fator Integrante.
36
(c) x~~~~~ = O, que é do tipo exata.
£)
'-' MO)., _ NO)., = ).,(ON _ OM) .
() oy ox ox oy
~,',~,'.
tl;,}
<'~, Para simplificar esta equação, devemos escolher)., que seja uma funçao
\:J
If~
~,,; apenas da variável x ou da variável y. Suponhamos que )., depende
() apenas de x, donde ~~ = O e, portanto,
t'
() _NOÀ = À (âN _ âM)
O,L âx oy ,
~~
C" a qual dividindo ambos os membros por )"N, implica:
t'f
()
to,:
--','
(> Vale ressaltar que esta última equação só faz sentido se a função do
(::[
segundo membro depender apenas de x. Desse modo, integrando
()
ambos os membros com relação a x, obtemos:
,~~.
(!
ti'
in)., = J~ N
(âM
ây
- âN) dx,
âx
o e assim, fazendo a composição com a função exponencial, obtemos o
>'º;
() fator integrante (que depende apenas de x):
'-.:--"
).,= e.r 1..(8M - 8N )dx
N oy 8x •
À = e J' M1 (8Na;:-8jJ
8M)d
Y.
37
Exemplo 2.3.4. Consideremos a equação (y2 - X )dy\;t- ydx = 0, que
não é diferencial exata, pois:
8M 8N
- =1e - =-1
8y .8x .
(1 - ~)
y2
dy + ~dx
Y
= 0,
8(ÀM) 1 8(ÀN)
8y y2 âx'
dy
dx + P(x)y = Q(x).
38
('1
•..••.......
(:,:
"(~
'.(:;1
(>
\:;./ de primeiro grau. O primeiro deles é o que conhecemos por Método
r de lagrange ou método da substituição.
\c'
Consideremos a equação linear na forma:
dy
dx + P(x)y = Q(x). (2.4 )
Façamos a substituição
y = zt, (2.5)
dy dt dz
- =z-+t-. (2.6),
dx dx dx
De (2.5), (2,6) em (2.4):
dt dz
z dx + t dx + P zt = Q,
z (:: + Pt) + t ~~ = Q.
Antes de integrarmos esta última relação, devemos estudar os casos
~ dy + Pdx = O.
(,; Y
',,-,
('" Assim, calculando a integral em ambos os membros, obtemos:
".C,'.
C'
In y + J Pdx = C=;. y = eC- J Pdx =;. Y = eC . e-.r Pdx.
C
'-.:.;. Portanto:
(\
~,.,
39
Agora, voltemos à equação
(2.9)
K e- I Pdx dz = Q.
dx .
aqual pode ser escrita sob a forma de variáveis separáveis como:
À = eI Pdx,
(Py - Q)dx + dy = O.
40
'-r'
c.;
...,.('
,J; Agora, multiplicando essa última equação por À, obtemos:
(
"-
l
ef Pd.'"C(Py- Q)dx + ef Pdxdy = O. (2.11)
( Portanto,
~.
C.
-.....;>
....
P(x) 1 J
= -;;::::} P(x)dx = lnx. . 'l!
C Logo:
~)
ef P(x)dx = e1nx = x,
~
e e- f P(x)dx = e-1nx = e1n(x-1) = X-i = 1.
.() x
"='
C, Usando a fórmula, temos que a solução da E.D. O. é:
'("
1 2
Y =-
x
(x + C). ,
ou
C
y = X+-.
x
f'
.~ ..
41
@
'C,
2. Encontraremos a solução de
dy Y
---=x+1.
dx x
Temos:
P(x) = -~
x
=* J P(x)dx = J -~dx
x
= -lnx.
Logo,
eI P(x)dx = e-1nx = e1n(x-1) = X-I = l.
x'
e e- I P(x)dx = e-1nx = :T;.
y = xlx + In x + C]'
ou
y = x2 + x In x + C.'];.
3. Encontraremos a solução de
dy
dx - ytgx = senx.
42
•...
c'
c
'-"c:
'C
•.(:,j
dy
...
(j - -dx =0.
y
.c
.:;,.,. Integrando-a, obtemos:
c
\..
\. ln y - x =K =? ln y = K +x =? y = C eX.
43
2.6 Aplicações de Equações Diferenciais de
Primeira Ordem
dN
di = kN, N(to) = No
tem solução
44
A meia-vida é uma medida de estabilidade de uma substância ra-
dioativa. A meia-vida é simplesmente o tempo necessário para a
~ 45
~~ .
ti.
1. Em um pedaço de madeira é encontrado 5~0 da quantidade origi-
naI de ca~bono 14. Sabe-se que a meia-vida do carbono 14 é de
5600 anos, isto é, em 5600 anos metade do carbono 14 presente
transformou-se em carbono 12. Vamos determinar a idade deste
pedaço de madeira.
Ao A. -5600À --"" In 2 .
"2 = oe -,- À = 5600'
Ao -_
500 A oe -Àt => 500 = eÀt => ln 500 = Àl,
e, portanto,
. J
In 500 5600 ln 500
t=--=---
À In2
O qual corresponde a aproximadamente 50200 anos.
,,:' .'
46
i,f}
Fo,' ,
\.... ;.
'-..--.-,"
r . '.
'-C
(,
~. 2.7 Exercícios
C
''1:' .. 1. Resolva as seguintes equações separáveis.
'J:.
J,. - (a) xdx - 3y2dy =O
f)
(b) .T:ydx + dy = O
'~f'
,(o (c) senxdx + cos ydy = O
c: • (g)
\f.J
(i) 5l1L = 2
x y -I
~). dx l+x
,~:
(' 3. Verifique se as seguintes equações são exatas e determine a
solução.
(c) dx - 2xydy =O
(a) y' = 2y
(b) y' + 3y =O
(d) 2y' + 6y = 4
48
"'-~,)
r'"
C
---- r,,":
l: ;.:
'()
•..(;:;
~C
(h) ~ = y + e-2t
C
':>.( (i)
li)
*
dx
+ 2xy =
3. _
1
1
\J dt -(2X - (2
(m) y~ + ~y = O
.$
f.
'1...:."
(c) xy(y + 1) - (y + 2)y' = O
t.::x: (d) ~ + ytge = O
\{:,
(e) (y3 _ X)dydx =Y
~'
,( .
\,
\. .
49
(b) y2dx + (X2 + xy + y2)dy = o; y(O) = 1
(e) dy
dt
= -2xy.
1+x2•
y(2) = 5
50
___
0
c
'1)
._{.;:;
s~~
e 2.8 Algumas respostas
,.{)
()
y}
\(~:>
Questão 6
~
S (m) y = º
x
(b) Separável
(d) Linear
(e) Exata
(f) Linear
(g) Homogênea
(h) Homogênea
(i) Separável
U) Exata e Homogênea
(b) (.1' + y) ln y + .T = O
51
(c) y =1
(d) x = ~ + ~e-3t
(e) xY +y = -25
(g) x = ç + ;1
(h) y = ~(-X-,-2 + x2)
(i) x = ie-t + ~sen(2t) + ~cos 2t
ti) i(t) = ~ + (ia -~)e-ft
52
(~
-./ .
f?'
-"C.;i
...,ç:;
(:
••........
2.9 Referências Bibliográficas
C
"{ ..
( www.maLuel.br/matessencial/superior/edo/edo.htm )
.•...{ ( www.maLufmg.br/regi/eqdif/iedo.pdf )
(
....,-' ABUNAHMAN, s.: Equações Diferencias. Rio de Janeiro. EDC Edi-
C:.'
tora. 1989.
f"
'-f: BOYCE, W.E. e DIPRIMA, R.C.: Equações diferenciais elementares
-
•.•.•
("':.'
[:.,
\:~;..?
1'.,
e problemas de valores de contorno.
(......-
. , Books. 2001 .
'-(~
..()
~.
, 4'~:,
{'
"(;.: :;
'"
-r ".
.j
'<: ;
t(
~,
,C
~<::
'.
\ :
~,.;
~,:
(;)
\)
'-f>
~)
{.
<~:-'
f)
\/Z.-,;:.
~::.-:;'
53
Resumo
Nessa unidade, apresentarem os d~finiçáo,
classificação e exemplos para as e'quações
diferenciais lineares de ordem n. Concentramos o
estudo na determ inação de solução das equações
homogêneas e não-hom ogêneas,. com' coeficientes
constantes.
'{
i
~.
c. .
.c'
() \
(~::
\.
{::,.
'.' .
\.
"-
(' "-
F
I
~, ,
I \
\
"-
Co. ,~
\:.-,.
....
UNIDADE 3. Equações Diferenciais Lineares de Ordem
\.
(. .
Superior
(, .\..
\". '
\.
3.1 Equações diferenciais lineares de ordem n , 57
\..
3.1.1 Equações Diferenciais Homogêneas 62 ~
3.1.2 Equações Diferenciais Não-Homogêneas 67 "-
3.1.3 Exercícios 71
"-
Algumas respostas 72
'-
3.2 Equações Diferenciais Lineares Homogêneas com
'-
Coeficientes Constantes 72
'-
3.2.1 Exercícios , '80
3.3. Equações Diferenciais Lineares Não-Homogêneas com '-
,:--: '.
\:~>.
@,
()
f)
.',0
(
'o""
r"'!
\'- ....
-fi
j!~;
C':
(",
'f,'
-1:.....
(:
i')
3. Equações Diferenciais
Lineares de Ordem Superior
Para incremen-
Nesta unidade, apresentaremos definição, exemplos e métodos 'de
tar o estudo de
'-f~ solução para as equações diferenciais lineares de ordem n, homogêneas
equações diferen-
.j;) e não-homogêneas, com coeficientes constantes.
ciais de segunda
C
<>
'-{ "
ordem, acesse o
".," sítio somatematica. 3.1 Equações Diferenciais Lineares de Or-
demn
1. y" - 4y = 12x
2. 2xy" + xy' - 3y == x3
é uma E D. o. linear de segunda ordem, com coeficientes variáveis
e não-homogênea.
,
3. 3y/ll + 5y" - y' + 7y =O
é uma E. D. o. linear de terceira ordem, com coeficientes cons- \
tantes e homogênea. \
\
4. y(4) - 16y = O
\
é uma E D. o. linear de quarta ordem, com coeficientes constan-
tes e homogênea. '"
\
Sujeito; a
58
p;"
~'.~~~'
(~
'ts
-(;~
-s)
(= Teorema 3.1.2. Sejam ao(x), ... , an(x) e g(x) contínuas em um inter-
7:; '1-;"
valo I com an =J O para todo x nesse intervalo. Se x = Xo é algum
\,,f'''.
. :;'
,-f:, ponto desse intervalo, então existe uma única solução para o pro-
(>./ blema de valor inicial (3,2) nesse intervalo.
'-- £'"::0
'~,~'1
,s .
~,
{
Resolva
Sujeito a
y" - y = O
y(O) = 1 e y'(O) = O.
f"
"C=::;: A função
1 1
~:! Y = _ex +_e-x
2 2
fó
'--.'
ç. é uma solução para o PVI.
'-./!"':
~•. ,,('
Basta derivar até a segunda ordem e substituir na equação que você
(j valores iniciais:
'--:-:'"
l.) Resolva y" + eXy' + (x + l)y =O
.....
/1,."
~):)
59
Definição 3.1.3. Um conjunto de funções {YI(X), ...Yn(x)} é linear-
mente dependente (L.O.) em um intervalo I se a equação
sen2x - 2senxcosx = O,
CI sen2x + C2 . 2senxcosx = o.
cuja solução é:
60
(') ,'.t
o
~c'
iL>
•.•...(~~
(} A seguir enunciamos um resultado que nos dá uma condição sufi-
'-F''''
~.;"
ciente para a independência linear de n funções em um intervalo.
"'C
"-{ ..'~. Teorema 3.1.4: Suponhamos que Yl (x), ... , Yn (x) sejam funções pelo
f\ menos n - 1 vezes diferenciáveis. Se o determinante
()
'('"
'-': , .... Yl Y2 Yn
'-f.', Y~ Y& ...
Y~
"-. (:
~.'. Y~ Y~ Y~
C)
'-,C,~
\:'t~if (n-l) (n-l) (n-l)
Yl Y2 Yn
,--G>
~) for diferente de zero em pelo menos um ponto do intervalo 1, então as'
r.,t... :.'
,..
.1,., funções Yl (x), ... , Yn (x) serão linearmente independentes nesse inter-
'-!t':',.
~/
valo. O
Ç;,')
~..J';;i-r
@
\~
e..
~~.' Chamamos o determinante do teorema acima de Wronskiano (das
't!'..,
\i;~.;.
funções Yl,''', Yn) e o denotamos por W(Yb ... , Yn)'
C
.-"-;.::.-.:;
•.
&'
(.,
Corolário 3.1.1. Se Yl, Y2, ... , Yn possuem pelos rnenos n -£l~deri\(adqs
'(:;;:.
senx cos x
W(senx, cosx) =
cosx -senx
Logo, pelo teorema anterior, temos que as funções citadas são L.I. O
61
pois a função eX =I- O para todo x E IR. Assim, pelo teorema anterior,
temos que as funções citadas são L.I..
homogênea.
dyn dyn-l dy2 dy .
a.,,(x)-d n +an-l(x)-d
x xn-
1 +...+a2(x)d x
2 +al(x)-d
X
+ao(x)y = O. (3.3)
(3.4 )
= 0+0. o
62
,()
'-
c~
(';
~c;
---()
--ç:
f~l,
Corolário 3.1.2. Um múltiplo y(x) = CIYl(X) de uma solução Yl(X)
para (3.3) também é uma solução para a equação (3.3). ' O
'c
,-C,' Além disso:-
C-
'-
t:j Corolário 3.1.3. Uma equação diferencial linear homogênea sempre
'r'"
\,: "
(.J
>-.:.~t,;
Co,
'¥:~:\
é também solução da equação diferencial dada. O
~,.l
~)
Exemplo 3.1.9. AsfunçõesYl(x) = cos2xeY2(x) = sen2xsãosoluções
,~)
() da equação diferencial Y" + 4y = O.
"t:~",
~:.:...y Verifique isso fazendo as derivadas até segunda ordem de cada uma
,() das funções e substituindo na equação para obter a identidade.
'-~; Pelo Princípio da Superposição, temos que
€)
'tó""
1t:..~,
y(x) = Cl cos 2x + c2sen2x
,-t:~'
.S) é também solução da equação diferencial dada. O
{)
't1 Exemplo 3.1.10. As funções Yl(X) = e2x e Y2(X) = e~X são soluções
para todo x E l. o
no intervalo.
seja, podemos encontrar constantes GI, G2, ... , Gn, tais que
64
'-C!
.l",
( :
(.:.:.¥
.. :;
'O:'
J.:
( Estudando o sistema de equações
'--L
'".'
I
,L'
obtemos:
\..~:)
C';
'C' Logo, podemos determinar 01 e O2 de maneira única, desde que o
-l
C;; determinante dos coeficientes satisfaça
'(I
• G(x) satisfaz a equação diferencial, pois ela é a superposição
-!)
de duas soluções Yl e Y2.
C
'-C.'' )'
.~.'
• G(x) satisfaz as condições iniciais
'()
~)
(:
'-.-
t)
",c,'
\ ..,J
intervalo I.
'..
65
~.
A prova deste resultado provém do Teorema 3.1.2. o
Pelo Teorema (3.1.9), temos que qualquer solução para (3.3) é obtida
é definida por
#0,
cos2x sen2x
= 2 # O,
-2sen2x 2 cos 2x
o
66
s"::
Co
'c"~
,E:'::
,\j;:..•.
"ti para todo x E IR. Logo, as funções Yl e Y2 são L.I. e assim a solução
s-'c" geral é:
c ~~;l
'-(,,
,()
D.
C~
\....:. .-
{:
"-".':~;
{".:,.- 3.1.2 Equações Diferenciais Não-Homogêneas
,f';
~} Nesta seção estudaremos alguns conceitos básicos necessários à
C determinaçi30 da solução geral de E.D.O.'s lineares não-homogêneas
Y: de grau n. Começamos relembrando a definição deste tipo de equação
'-f> diferencial linear.
J> dyn dyn-l dy2 dy
C
'l:
an(x)-d n
x
+ an-1(:c)-dxn- 1 + ... + a2(x)d X
2 + a1(x)-dx + ao(x)y = g(x),
,C (3.5)
~'
C com g(x), ai(x) Junções que dependem apenas de x ou são constan-
e-' tes e g(x) -=I o.
'()
--.\; Teorema 3.1.11. Sejam Yl, Y2, ... , Yn soluções para a equação diferen-
{,
~ ciallinear homogênea de n-ésima ordem (3.3) em um intervalo I e seja
(;J
YP qualquer solução para a equação não-homogênea (3.5) no mesmo
'i.:)
intervalo, então,
-t}
()
~-
(::
t,'
,( é também uma solução para a equação não-homogênea no intervalo
= g(x) - g(x) = O.
Logo,
68
....f!-."
,--.'
c.:
(
\',
.....c>
,-f\
( Exemplo 3.1.14. A função YP(x) = - icos 3x é uma solução particular
da equação diferencial y" + 4y = cos 3x.
Com efeito, calculando a primeira e a segunda derivadas de YP obte-
o
(
mos:
'-(> y~(x) = ~sen3x, e y;(x) = ~'COS3X.
'-'"l ,. .
Substituindo-as na equação diferencial obtemos:
'-c:
G
(.'.
(".'' ,
Yp "+ 4yp = 9
5 cos3x + 4 x -5 cos3x (1) = 9-4
-5- cos3x = cos3x.
.'1.
~ '.'
,
o
69
Para finalizar esta seção apresentamos um resultado conhecido
como princípio de superposição para as equações não-homogêneas.
Teorema 3.1.14. Sejam YPll ... , Y~r soluções particulares para a equação
diferencial linear de ordem n em um intervalo I, correspondendo à r
funções distintas gí(X), i = 1, ... , r. Isto é, suponha que YPi seja uma
solução particular para a equação diferencial correspondente
i = 1, ... , r. Então:
Y - Y - 2Y = e 3x
" I
+ sen 2x + 4 x.2
Neste caso, consideraremos
Sabemos pelo último exemplo que YPl = ~e3x é solução para y" _ y' _
2y = e3x.
1 -3 1
YP = 4e3X + 2Osen2x + 20 cos 2x - 2.:r2 + 2x - 3 (3.6)
(3.7)
70
é:
C 2x
Y = le + C2e -x +. 41e 3x + 2ü
-3 sen 2
x + 201 cos 2x -
2
x
2
+ 2x - 3.
3.1.3 Exercícios
"'{}
x2y" + xy' + y = o.
-Jl) 3. Mostre que cos x é uma solução para a equação diferencial y(4) +
(1
y" =0
'-'
~~t
4. Determine, se possível, a solução geral das equações lineares
dadas.
particulares.
soluções particulares.
't"'
l _
sociada. Escreva a solução geral da homogênea associ-
ada.
71
(b) Mostre que uma solução particular da equação dada é YP ~
diferencial dada.
Questão 4
(a) y = C1sen4x +C 2
(3.8)
72
observemos inicialmente a seguinte situação:
Considere a equação diferencial
'-.(' y" - y = o.
f'
~'
-..(:;
1[" ..•
\\.;; Então, uma candidata natural à solução da equação de nosso exemplo
0:'
C é éx para algum k E IR. Para que a segunda derivada dê igual à
'-F'. '"
'" ' função, devemos terk2 = 1, de onde obtemos k = 1, k = -1. Logo, a
V;;;;.'
segunda solução particular de nosso exemplo é y = e-X.
'º, c\;....•
', Seguindo este raciocínio, podemos supor que y = éx é uma solução
'Y";
t__
.' para a equação diferencial homogênea (3.8). Assim, calculando as
I..i.) derivadas de y até segunda ordem, e substituindo em (3.8) obtemos:
S,)
C;
"-.'
~~'.'l
. r....
:. Como éx =1= Opara todo x E IR, nos resta que
'-t,)
(:
--..-' (3.9)
fi
"t~1
A equação (3.9) é conhecida por Equação Característica ou Auxiliar
~~.""'l
da equação diferencial e, temos as seguintes possibilidades quanto
,-';"
f'
C,: às raízes:
l,'
Caso 1. Raízes reais e distintas.
~-
73
que são L.1. (deixamos a verificação que estas soluções são L.1.
e Y2 = é 2X
= e(m-ni)x são soluções L.1. da equação diferen-
y" - 3y' + 2y = O.
k2 - 3k + 2 = 0,
74
'-.('j
(~;
~
(-'.
~(~!
.~.£:~:.
('
~.' cujas raízes são k1 = 1 e k2 = 2. Então, como as raízes são reais e
.•.....
c ,
distintas, temos que a solução geral da equação difrerencial é:
\;
\.f'
(
.....:;.
C:, Exemplo 3.2.2. Consideremos agora a equação diferencial
'-C
-..r. y" _ 5y' = O.
(\
\...;;."
~) diferencial é:
(3
~"
(,~::,
isto é,
'-I(."
'- .. :
'-f>
(:
'-.::;>
C Exemplo 3.2.3. Consideremos agora a equação diferencial
'y.
" y" + 4y' - 2y = O.
v
v A equação carâcterística é dada por:
(
'1....
k2 + 4k - 2 = O,
( .
..•...... cujas raízes são k1 = - 2 + V6 e k2 = - 2 - 05. Logo, como k1 e ~2
C são raízes reais e distintas, a solução geral da equação diferencial é:
....... ~~ '.
ti..)
-{;;
C
-....;;
,."
\:'
Exemplo 3.2.4. Vamos determinar a solução da equação
y" - 4y' + 4y = O.
k2 - 4k +4 = O,
~.'
75
~ <"("\'" :
cujas raízes são k1 = k2 = 4. Como as raízes da equação carac-
terística são reais e iguais, temos que a solução da equação diferen-
ciai dada é:
y'f + 2y' + y = o.
A equação característica associada é:
k2 + 2k + 1 = O,
cujas raízes são k1 = k2 = -1. Como as raízes da equação carac-
terística são reais e iguais, temos que a solução da equação diferen-
ciai dada é:
y// + 4y = o.
A equação característica associada é:
k2 +4 = O,
y //+2' y +:JY
~ = O.
k2 + 2k + 5 = 0,
cujas raízes são as conjugadas complexas k1 = -1 + 2i e k2 = -1 - 2i.
Portanto, a solução geral da equação diferencial é:
76
Exemplo 3.2.8. Vamos resolver Q seguinte problema de valores inici-
ais:
cuja solução é:
77
Caso 1. Quando a equação característica possui todas as raízes reais
e distintas.
k3 - 6k2 + l1k -6 = O,
78
c,',','
J.,.:'~
c:
J.!::,
(':
isto é:
(\,
'"{
r'
~"
C',
cujas raízes são k1 = -2, k2 = 4 + iV2, k3 = 4- iV2. Logo, a solução
C'
--(> geral da equação diferencial é:
~f:)
c>
(, ,~_..
(
y' = (C4 - C1)senx + (C2 + C3)cosx + (C4cosx - C3senx)x
y" = (2C4 - Cdcosx - (C2 + 2C3)senx - (C3cosx + C4senx)x
79
'.,
"---_. ---------------------------
y(O) CI 1
y'(O) = C2 + C3 O
y"(O) = 2C4 - CI 2
y'" (O) -C2 - 3C3 -1
1 _ 13
Y = cosx - -senx + -XCOSX + -xsenx.
2 2 2
3.2.1 Exercícios
80
[""
V,,"."
--C (
'-(:,:
,.£>
{ (h) 3'1' + 55y = O
G) 'I' -.6y' = O
\
,.
~.
(k) 'I' + 8y' + 16y = O
€/~
(I) 12y" - 5y' - 2y = O
,(
(
(m) y" - 4y' + 5y = o
.....:-
C. (n) 3y" + 2y' + y = o
y:-
-.,(,) 7. Resolva as seguintes equações diferenciais homogêneas:
f\
'-r'
'1:"
(a) 'I" + y"
(b) y/ll + 8y'
- 6y' = O
=O
",(
(
(c) y/ll + y" - 6y' = O
--
,Cc:::
(
\:' ..
8. Resolva os seguintes problemas de valores iniciais:
(
"-.,..; (b) 2y" - 2y' + y = O sujeita a y(O) = -1, y'(O) = O
f
(c) y/ll + y" - 6y' = O sujeita a y(O) = y'(O) = 1 e y"(O) = 2
{~
\C'::~
~'"
C. Algumas respostas
.....:,;:;.
(,
"t. Questão 1 y" + y' - 6y = O
81
(e) y(x) = (C} + C3x) COSX + (C2 + C4x)senx
(9) y(x) = C} + C2x + e -t (C3 cos V;x + C4sen V;x)
(n) (n-l)
any + an-lY + ...+ a2Y + alY + aoY = g
If I ( )
x .
82
..Y
ç'
(!
constantes.
Esse método é aplicado somente quando a função g(x) é uma cons-
~;::-:
tante, uma função polinomial, uma função exponencial, uma função .
. ("
seno ou cosseno, ou somas e produtos dessas funções.1
~.
C' ::;:.
~.,
. {."'
~,}."
('
~;'
'(;:
,f~
\5-k.,:
t{::
~~
(:
'C'
\,(:'
C'
ç'
C
"(t:
(,
,Cc
t,
"-',()
"
fi;;
(.
'....;'
(.
y
1 É interessante observar que estas funções têm em especial a propriedade de
que as derivadas de suas somas e produtos são ainda somas e produtos de cons-
tantes, polinômios. exponenciais, senos ou cossenos. Assim, como ao substituirmos
~.
I
as derivadas de YP na equação diferencial devemos ter a igualdade com a função
g(x), é natural pensar que YP tenha a mesma forma que g(x).
83
Consideraremos inicialmente que nenhuma função da suposta par-
ticular é uma solução para a equação homogênea associada. Temos
os seguintes casos:
YP = Aserwx + BCOSQx,
'2
y-y-y=x.
1/ 42
84
'. .(1
~. C'
(..:~..
~)
'",f};~,
~-~ é a solução da homogênea associada.
c Agora, como g(x) é um polinômio de grau 2, supomos que uma solução
particular é do tipo:
ou equivalentemente
-2A2 4
-2A2 - 2AI O
2A2 - AI :- 2Ao = O
YP = -2x2 + 2x - 3.
diferencial
y" + 4y' - 2y = 2x2 - 3x + 9.
( Inicialmente encontramos a solução da equação homogênea associ-
~
ada, cuja equação característica é:
k2 + 4k - 2 = O.
'-.:.:-
85
~}á3
~ ~
'C,
As raizes da equação algébrica são kl = - 2 + V6 e 1..:2= - 2 - V6.
Logo,
-2A2 = 2
8A2 - 2AI -3 .
2A2 + 4AI - 2Ao 9
Y= CIe(-2+v'6)x + C2e(-2-v'6)x - x2 - ~x - 21
86
. ---- ------------------ -- M. _
, (:",'':,
••......
f':
(
\.()
.f\
\,,;.-.
~'.,
i: é:
t. Yh = Cle.-x + C2e 2x .
tJ?:
'•.C' Pelo Método dos Coeficientes a Determinar, sabemos que uma solução
.£> mos:
fO..
'r>
"CC Assim, substituindo na equação diferencial, obtemos:
-S::
c;, Yp" - Yp'2- YP = e 3x
'(o
...•.(
&.
(,
'-..C
\.(. •.
( '.
\,;.;;.
C/. e, portanto, sua solução é A = 3. Daí,
"r'
-.(~)
Ji....
(. Exemplo 3.3.4 (Caso2). Encontraremos a solução geral de
{J
-() ylII
- 3y" +'3y' - Y = e-X.
Si~
(, A equação característica associada é k3 3k2 + 3k - 1 = 0, a qual é
".:
-
equivalente a
\0.
'-~
~~
87
t1id • °
Pelo Método dós Coeficientes a Determinar, sabemos que uma solução
particular tem a forma:
-x
YP =.4 e .
YplIf - 3"
Yp + 3'Yp - yp = e -x
Yh =C Ie
-x
+ C' 2e 2x .
YP = Asen2x + B cos 2x
88
....
,CC;
\~:,
C
'--C
•..(;
,.[\~
(,
Logo, de (3,11) em Y~ - y' - 2y = Ssen2x, temos o seguinte sistema:
'(,
""! -6A+2B =5
-2A-6B O
(, y=
cIe -x + C2e2x - 3
:1sen2x + :11 cos 2x.
Y;:;,
:~? Exemplo 3.3.6. Consideremos a equação diferencial
.JfD
r
lF""!.,
\"._\~
y" + 3y' + 2y = séx + 7 cos2x.
'""...-"
{;
'-() Primeiramente, temos que as raízes da equação característica são:
~: associada é
,f>,
Yh = CIe' -x + C2e -2x .
'''' ~"
Observe que 9(X) = 9I(X) + 92(X), com 9I(X) = se3x e 92(X) = cos2x.
\,(
(S:'
C:." e, associada a função 92 (x) temos
'ti;,
.{-,
, f,-.,,''
'-.,..--
C',:, Logo, a solução particular YP é dada por:
'()
i:i~
C
'"'cr" Calculando as derivadas até segunda ordem de YP' obtemos:
89
a qual resulta no seguintes sistema:
20A 5
-2B1 + 6B2 7
-2B2 - 6B1 O.
1 7 21
Y = _e3x - - cos 2x + -sen2x.
P 4 20 20
1 3x 7 21
Y = C e-x
1
+ C2 e-2x + _e
4
- -
20
cos 2x +; -sen2x.
20
Observe que g(x) = 9xe2x pode ser escrita como g(x) = gl(X) . g2(X),
sendo gl(X) = 9x e g2(X) = e2x.
Segundo o método dos coeficientes a determinar, temos que a solução
particular associada a gl é
2x
YP2 = ce .
90
.".,r'
......
mos:
(o ..
(-4m + 3n)e2x + 3mxe2x = 9xe2x
Temos então o seguinte sistema:
-4m +.3n o
3m 9,
~)
Exemplo 3.3.8 (Problema de Valor Inicial). Encontraremos a solução
(~
\.::,; do seguinte problema de valores iniciais:
te
,,(
Resolva y" - 5y' + 6y = 2x 2
- 1 + 4ex
'&'
( tal que y = (O). = ~~, y'(O) = -~.
y..
'(' . A solução da equação diferencial homogênea associada é:
'" "
(::
Yh =.Cle
2x
+ C2e3x .
't,',
Observe que g(:.e) = gl(X) + g2(X), onde gl(X) = 2x2 - 1 e g2(X) = 4eX
•
'{i:
Assim, pelo Método dos Coeficientes a Determinar, temos que uma
't.-
e solução particular é da forma:
"', ~
~,'
'/'. ,';
~J
mos:
91
o sistema resultante é, portanto:
2a - 5b + 6c = -1
-lOa + 6b O
2d 4
. so I uçao
cUJa - e.
, . a = 3'
] b = 9'
5
c= 14
27 e d =.
2
1 2 5
y = C]e.x
2
+ C2e 3x + -x + -x + -14 + 2e.x
3 9 27
y(O) = ;~ ==}
y'(O) = 94 ==}
-2
-3
1 5 14
Y = - x2 + -.r + - + 2ex _ 3e2x + e3x.
3 9 27
o
Em seguida, exemplificamos um caso em que a suposta solução par-
92
'f':'.,
. .,;' .-
(:
'-- "
r' .
''l>(:;
-..,f:::
~'
Exemplo 3.3.9. Consideremos a equação diferencial
,-- -
I,
,
~l"
\
l
..•.r
A equação característica é k2 .,- 1 = O, cujas soluções são k1 = 1 e
'1;\ k2 = -1. Logo, a solução da equação homogênea associada é:
'C:
\,{.
~,.
(,:
Pelo Método dos Coeficientes a Determinar, uma sOlução particular
seria, no caso de não coincidir com alguma solução da equação ho-
mogênea associada:
YP = Ae- X
•
""(' .
'(
Vale ressaltar que se esta também fosse uma solução da homogênea
,( .
~ •.. "
..JlJ
Y~= Ae- X
Axe-X
-',
é>
~, ..•. '(
-
t',.
~.
93
@;,.
"'C'.
e, portanto, temos o coeficiente A = - ~. Logo, uma solução para a
(3.13)
isto é:
Y 11 + alY I + aoy = 9( x ) (3.14 )
(3.15)
(3.16)
94
~)
-'c ('
segue que
(3.17)
~ .. Derivando Y~:
I
......,..,
\ (3.18)
De (3.15),(3.17),(3.18) em (3.14):
Evidenciando UI e U2:
"-1..":>:.:
I
UIYI
I
+ U2Y2 = 9
I I ()
X . (3.19)
I
,( . Portanto, as equações (3.16) e (3.19) formam um sistema de condi-
'. '
r(' funções Yle Y2. que por hipótese é diferente de zero. Daí:
\.;'\\,~
.<
!.c; U~YI + U~Y2 = O
{
~} u~Y~ + u~Y~ = g(x).
,(o
Resolvendo o sistema encontraremos u~ e u;. Integrando cada um
"F:~
~. deles, encontramos UI e U2. A~sim. uma solução particular para a
<~
('
I
Particularmente. esses exemplos são de casos que não se incluem
'-.. i
nos tipos de equações diferenciais que possam ser resolvidos pelo
95
~=';..
...;.";:,.'" :
~:".
,
'"
As raízes da equação característica k2 - 2k +1= O são kI = k2 =L
Assim, a solução que provém da equação homogênea associada é:
o
x
Resolvendo este conjunto de equações simultaneamente, segue que
, , 1
uI=-l e u2=-.
x
Assim,
UI = J u~dx = J -ldx = -x
ou ainda:
~Y
dx2 +Y= tgx.
96
(~ Primeiramente, encontramos a solução obtida através da equação ho-
.....;
(,
mogênea associada.
\.(.
Calculando YP pelo Método da Variação dos Parâmetros, temos:
,£-'
e)
'''(:;':
.~() Derivando YP até a segunda ordem:
.1":
\,;:.:-
,C'; YpI = -11,1 senx + 11,2 COS X + (
UI I COSX + 11,2senx
')
"-,,~,
tz...:'~
'l:J
(':"
\ •...:::;;.:' Logo, o sistema de condicionamento é:
f'o
"(. 11,~ COSX+ 'U;senx O
\.(~ { + 11,2 COS t gx
-11,1I senx I X
L'
~,~
(' o senx
\r"
= -senx tgx .
\o;',
tgx cosx
".(: cosx o
senx
-senx tgx
Assim:
I
'U2= senx * 'U2= - COS X
c
'~
C.:::,
-
J senxtgxdx = -
J sen2x
--dx
cosx
=
J cos2 x-I
----dx
cosx
=
97
t',
'..
Logo,
isto é,
(n-I)
YI UI
'+ Y2
(n-I)
'U2
I
+ ...+ Yn(n-I) 'Un = f()
I
X
I Wk
Uk = W' k = L 2, ... , n,
98
-.~.
,,-J~)
(.....'.:r,.
tO,
'-{:}
,~}
f} em que W é o wronskiano de YI, Y2, .. 0' Yn e lVk é o determinante obtido
'-f.~
..
: ~~(
'~~
Exemplo 3.3.12. Vamos encontrar a solução geral da equação
'J1Ji
y(3) + y' = sec x.
I.t;}
¥;
,c..~: Observe inicialmente que a equação característica é: k3 + k = O, cujas
~."
~~~-:.
[
UI =0
.....
(2
{)
-u~senx + u~ cos x =0
v,"'~ -u~cosx- u~senx = secx
~~5
~.:l:
~'
obtemos:
,O
l~j 'U~ secx =* 'UI (x) ln I sec x + tgxl
u'2 -1 =* U2(X) -x
_ senx
'11'
3 cosx =* '113 (x) lnl cosxl.
Portanto,
99
Assim, a solução geral da equação diferencial não-homogênea dada
é:
100
- -~----
A Lei de Hooke nos diz que: '~ força de uma mola é igual e oposta
';f:''y às forças aplicadas à mesma e é proporcional à distensão (contração)
~.'
1 da mola resultante da força aplicada", ou seja, F = -kl, onde k
f~
'~~".
é constante de proporcionalidade, geralmente chamada constante da
ti:..:)'
mola.
\f.}
$o}
(::é,.
" . .1
'l>.(_.;
.r ..
""t.""
f;"'
~) x=c
f)
'i;_~'.
~:~.'
..(>
~)
It'"
~":"
x
'()
direção positiva
-()
[)
C: Figura 3.1: Problema de Mola
'(o
.,f)
fi
....,:.
C
1;) Adotaremos, sem perda de generalidade, a direção "para baixo" como
~.:
~
•..... posição de equilíbrio .
I('~
\;..y
Desprezando a massa da mola e admitindo que a resistência do ar,
~~.. " 2. uma força restauradora dada segundo a lei de Hooke por Fs =
,
....:>:. -ks, k > O; e
101
3. uma força devido a resistência do ar dada por Fa = -ax, a > O,
onde a é a constante de proporcionalidade.
Agora observe que, como a> 0, a força Fa, devido a resistência do àr,
atua em direção oposta à velocidade, na tentativa de, assim, retardar
ou amortecer o movimento da massa.
d2x dx
m-
dt2
= -kx - a-
. dt
+ F(t). '
ou ainda
2
dx a dx k F(t) (3.21)
dt2 + m dt + mx = -:;;;:.
Se o sistema parte em t = 0, de uma posição inicial xo, com uma
x(O) Xo
{ dx(O) =
dt vo.
Observação 3.4.1. A força da gravidade não aparece explicitamente
na equação diferencial (3.21): Isso se deve ao fato de medirmos a
distância em relação à posição de equilíbrio da mola, o que faz com-
pensar a força da gravidade.
102
-- ---~_. - -------_.,-------------------
,e',
~.';,.
f'- '
'c ".
'-e-', -
'{-
~D
,C 3.4.2 Problemas de Flutuação
t.
{ Consideremos um corpo de massa m submerso parcial ou totalmente
<.f em um Ifquido. de densidade p. Este corpo sofre a ação de duas
(.; forças: uma força para baixo devido à gravidade e uma força contrária,
tI
(:.~ a qual é regida pelo Princípio de Arquimedes.
,(O ,
~"'-)
):; Em equllfbno
r~/
-':-1- 1 -Li
T
~ /
~'} <
,~r-
< -o
< «--I
~:;.'.'
; -.;.1I . t"O,
r_\' j. 11..-
••••
~: ' .. 1 ,. I'
C", 'F
~
.' 1_"
~ direção POSItiva -
''C-:
:~j
que gera uma força de f1utução nr2hp que deve ser igual ao peso
(3.22)
103
lei de Newton, segue que
Jlx 2
m-2 = -1rT X(t)p
dt
ou ainda:
. (3.23)
• um capacitador C em farads,
• um indutor L em henries e
1 R
l_E]
Figura 3.3: Circuitos Elétricos RLC
104
~.:;
\,P:
'--("C
"c:
\.(::',
- C', Lei de Kirchhoff: A soma algébrica das quedas de tensão em um
~
c. circuito elétrico fechado simples é zero.
",,(
(
'-,...;..
. Sendo E = E(t) a força eletromotriz, I = I(t) a intensidade de cor-
C rente elétrica, e q a carga no ca pa cito r, da teoria de Eletricidade,
-"'C_- temos:
"'C; RI.
\.C~
\~.'
C" • As quedas de tensão através de um capacitor são dadas por:
c':
\:.'
'(;';: (ljC)q.
-.J)
f:! • As quedas de tensão através de um indutor são dadas por:
'->
f'~,' .'
"{-'
L(dtjdt).
'-ti
(.
'-.;_.- • A queda de tensão através de uma força eletromotriz é:
(:,:
"ç,~ -E(t).
,:
-.J,::,.'
"(/" (3,24)
..
L
A relação entre q e I é
C'
"'() 1= dq dI cf2q
(3.25)
dt Dt dt2'
~
~.
C De (3.25) em (3.24), obtemos:
(
cf2q Rdq 1 1
dt2 + L dt + LCq = LE(t). (3.26)
t.
~.,
. As condições iniciais impostas' a q são
q(O) = qo
{ q'(O) = 1(0) = lo
.,,:,;- -
..-
..
a 105
l%,<> ,
'lo
Derivando a equação (3.24) em relação a t e substituindo (3.25), en-
contramos uma equação diferencial para a corrente dada por:
ePx dx.
dt2 + aI dt + aox = f(t).
aI = -,a .
ao = -k e f(t) = -.F(t)
m m m
~ Para problemas de flutuação definidos pela equação (3.23), temos:
aI = O, ao = 2
1rr ---
P e f(t) == o.
TO,
106
,
r
-
"':-7-
{'
> 3.5 Exercícios
5.
1. Resolva a equações diferenciais dadas pelo Método dos Coefi~
cientes a Determinar
...,..;0'
\ (I) y'" - 3y" + 3y' - y = x - 4e X
(c) y" - 4y = e~
107
(b) y" + y = COSX. COS 2x
ylll + 4y' =x
y(3) + 4y' = t
(b) y(O) = y'(O) = O
y"(O) = 1
108
.fI
'--,
Cc
(:
'(:~;
~~:
~.
e
(~
'v'~.
~<:.:
'-lI
f"
. ...::.
()
y .....
\.t7:? (f) y = C} cos 2x + C2sen2x - ~.xcos 2x
~'
(
"". \;..
(,
ü) y = C} eX cos 2x + c2e sen2x + ~xe'/;sen2x
'C,
~~
..
~':
,r""" .
~;
C.
Questão 2
't
\i,;)
(a) y = C} cos ~ + C2senx + xsenx
~?
(
"-O".'
\.:.~" (b) y = C} cosx + C2senx + ~- icos 2x; (-00,00)
"---'
c'
C
''<'c
~>
~
t:');
~
---(:' Questão 3
"t. ,
,,-:.., ...
i, _
.~.
(b) yp(X) =- /6 cos 3x + ~senx
2X
(c) yp(x) = - 5~(COSX + 7sen.r) + (~- i)xe5
109
Questão 4
(a) y(x) = 1
3
6(1 - cos2x) + ~X2;
110
'-e', t.; .'
,-c~
J': 3.6 Referências Bibliográficas
c'
'r" ( www.mat.uel.br/matessenciallsuperior/edoledo.htm)
( www.somatematica.com.brlsuperior/equacoesdif/eq2.php)
( www.mat.ufmg.br/regi/eqdif/iedo.pdf)
~C":.. ,
1994.
"
/' .
'
ZILL, D.G.:Equações diferenciais, vol. 1. São Paulo. Pearson Makron
Books. 2001.
,f:
(,
--i-. f
C'
"'-
'1',
.[ ;
~::,.!
,i,'.:
(
'-
[:.'.
~.
f '.
~'::'.:,
\~":' .
.,.,L.
I
~.
..,{
"
- l
( .
..2:;.;.
~~;~
111
~
Resumo
Esta unidade é dedicada ao estudo das Equações
Diferenciais com Coeficientes Variáveis.
Iniciamos essa unidade apresenlando as equações
de Cauchy-Euler. Em seguida, introduzimos um
método de solução para as equações diferenciais de
segunda ordem, conhecido como Método das Séries
de Potência.
'"
I.
I ..
1 .
I
.""':SLJrriârio 'a~'Unidade
( ..
"
,
"'-..:"
(,
1>:.:
,-(~
(....
'-.;.. ,.
C
'r:
~,"
~'
C~
\:
\.c.: 4. Equações Diferenciais com
JfJ'
"(;,.
C) Coeficientes Variáveis
~:,
-i'i;
Nesta unidade trataremos das equações diferenciais com coeficientes
C
"(-O)
variáveis. Iniciaremos apresentando as equações de Euler-Cauchy.
Para incremen- .,
'(~) Em seguida, apresentaremos um métodode solução para as equações
tar o estudo de
,-!J' diferenciais de segunda ordem, conhecido como Método das Séries
te, equações diferen-
"(> de Potência.
ciais coeficientes
~()
variáveis, acesse o
~)
C, sítio IEDO.
4.1 Equações de Euler-Cauchy
\-... '
( l
';'" ,
\l,
" " Definição 4.1.1. Chamamos de equação de Euler-Cauchy, ou equação
equidimensionãl, a qualquer equação diferencial da forma
\{.~'::
'{': .
Estudaremos inicialmente a resolução da equação homogênea de se-
gunda ordem:
d2y
2 dy
ax dx2 + bx dx + C!J = o.
•...'..:..: .
115
Observação 4.1.1. O coeficiente de ~~ é zero para x = O. Assim,
para garantirmos que os resultados do Teorema 3. 1.2 possam ser apli-
xk(ak(k - 1) + bk + c).
(4.2)
116
alguns procedimentos mate'máticos que não discutiremos aqui,
obtemos:
(4.3)
k1 = p + iq, k2 = P - iq,
Usamos a identidade
Analogamente, temos
pectivamente,
117
e
:riq - X-
iq
= 2isen(qlnx).
Como
ou
Yl = 2xP(cos(qlnx))
Y2 = 2ixP(sen(q In x))
Yl = xPcos(qlnx) e Y2 = xPsen(qlnx)
4x2y" + 4xy' - y = O.
4k2 - 1 =O
118
-'c'
o
f~,
(:\
,-f)
,-',C' : Exemplo 4.1.2. Resolva:
C~
\.... •..."'".~
\. :
......
C
( Observe que, neste caso, a = 1, b = 3 e c = O. Logo, da equação
~' .
4e + (-4)k + 1 = O.
i~~
C,
'-f> Exemplo 4.1.4. Resolva:
,.f,,:;
i
V Observe que, neste caso, a = 1, b = 1 e c = O. Logo, pela a equação
'C)
Co) (4.1), temos que a equação característica é:
~~
,_(3
.,
"
1',
-.:.-.,~
co' ••
As raízes dessa equação são k1 =, O.
"',
'---'
(
Daí, a solução geral da equação de Euler-G.auchy é:
f>
o
119
C,':
Observação 4.1.2. Uma equação diferencial de Euler-Cauchy pode
ser reduzida a uma equação com coeficientes constantes por meio da
substituição x = é. Ilustraremos esse método no exemplo abaixo.
dy dy dx dy
-x=--=-
dx dx dt dt'
2
d y d (dY) . ~Y dx dy 2 ~y dy
.dt2 = dt dx x = X dx2 dt + x dx = X dx2 + dt e
3
d y _ d (J2
2 a-y dy ) _ 3 3
d y . 2 J2
a~y dy
dt3 - dt x dx2 + x dx - X dx3 + 3x dx2 + X dx .
Portanto,
r3 - 3r + 2 = (r - l)(r - l)(r + 2) = O.
o
120
.u
()
(. , "
f!':'¥
~:/
,~}
(,-,.,:
...... Quando nos depararmos com uma equação de Euler-Cauchy não-
( ~~
'11"".
homogênea, podemos calcular YP aplicando o método da variação
r dos parâmetros estudado na seção anterior. Porém, aqui, teremos
c' o cuidado de dividir toda a equação diferencial por xn, para deixar-
~'
jÇ'"
'C.~~. mos a equação na forma da aplicação do método, isto é, com an = 1
\C' (se houver alguma dúvida, volte à unidade anterior e veja a condição
,{:
(3.13)).
&
(; Exemplo 4.1.6. Vamos determinar a solução geral da equação:
~:
'c.;
\;,>
x3y//l + 3x2y" - 2xy' + 2y = 27x, x > O.'
'()
,,~:) Vamos procurar uma solução particular da equação.diferencial lJão-
ti' homogênea usando o método da variação dos parâmetros:
t"',
{)
.f;)
(, Acrescentaremos as seguintes condições:
'C,
U~(X)X-2 + (u~(x) lnx + u~(x))x O
f-;,
-2u~ (x)x-3 - 2u;(x)(ln x + 1) + u; o.
~
.
~",
~:}' Portanto,
t~}
y~(x) u~(x)x-2 + (u;(x) lnx + u~(x))x - 2Ul(X)X-3 - u2(x)(ln x + 1) + U3(X)
~~
$e) -2Ul(X)X-3 + u2(x)(lÍlx + 1) + U3(X).
C> y;(x) -2u~(X)X-3 - u;(x)(lnx + 1) + u~(x) + 6Ul(X)x-4 + U2(X)X-1
'(
6Ul (X)X-4 + U2(X)X- •
1
C.'
y;'(x) 6u~(X)X_4 + lL,;(X)X-1 - 24u](x)x-S - U2(X)X-2.
I
-.;.
121
Dividindo a última equação por x3, vemos que as derivadas dos coefi-
cientes de Ui (x) devem satisfazer
U~(X)X-2+u;(x)xlnx+oTu~(x) = O
-2u~(x)x-3 + u;(x)(ln x + 1) + u~(x) = O
6U~(X)X_4 + u;(x)x-l 27x-2
U~(x) = 3.1:2
UI (x) x3
U2(X) 91nx
11,3(X) -31nx - ~(lnx)2
Yp(x) - Ul(X)X-2+u'2(x)xlnx+U3(X)X
x + 9x(lnx)2 - 3x lnx - ~x(lnx)2.
A solução geral é:
122
, r-'
'-!l,-.....'
C'
'-'c'
'Co
,1[':',
(",
~"
Exemplo 4.1.7. Consideremos a equação:
r",
'I•••
zdZy . dy
'C x d Z
x
+ 2x-d x - 2y = O.
,{
f' Faremos a substituição
I.
«\' (4.5)
'C" Derivando em relação a t, obtemos:
\.(,:
1 dt dt -I
& 1 = e dx =? dx = e , (4.6)
C~)
Y:': donde:
dy dy dt _tdy
"Pf -=--=e
dx dt dx
-
dx'
C'"
'--(" Calculando a segunda derivada:
2
''('' dZy = e-t á y dt _ e-t dt dy = e-zt(dZy _ dy). (4.7)
,{: dxz dtZ dx dx dt dtZ dt
,C: De (4.5),(4.6) e (4.7) na equação diferencial dada, segue que
'----'
(.
2y
'C, e2t_2t(d
e --- dY)+21-tdy
ee -- 2-0
y-
dt2 dt' dt
~> -lJ.
.C.:
'-' ~y dy dy
C" - Z - - + 2- - 2y = O
dt dt dt '
Y'
ou ainda,
L. dZy dy
dtZ + dt - 2y = O,
i::'
a qual, por sua vez, é uma equação linear com coeficientes constantes
'()
cuja equação característica é:
.f:.,;
(,
~' kZ +k - 2 = O.
()
'(:; Resolvendo essa quadrática, obtemos as raízes k1 1 e kz = -2.
ê Assim:
c'
-:;.,:
C
'( Voltando à variável inicial, observando que ei = x e e-Zi = x-z = ;2'
{,
obtemos que a solução geral da equação diferencial dada é:
Cz
y = C1x+ 2'
x
o
123
4.1.2 Exercícios
(a) x2y" - 2y = O
(k) x3y'" - 6y = O
124
,~\
~~:.
F:~
0";
f'
tJ
,-€'P
~) (a) Se k não for raiz da equação característica, mostre que
t"T'.\
~c
podemos encontrar uma solução particular da forma Yp( x) =
'T"';
...
\,";
A e k:c ,on d e 4 - 1
ak2+bk+c
'(O J -
Questão 1
Questão 2
\(':
~.
( .'
(
'-o
l.
f,'::)
. 1+V3i 1-V3i
(I) Y = C1 (2x + 3)-4- + C2(3x + 3)-4-
125
(m) y = X
2
(C1 cos(31nx) + C2sen(31nx)) + l~ + ?ox
Questão 3
126
Definição 4.2.3. O intervalo de convergência é o conjunto de todos
os números para os quais a série converge.
(ii) A série converge para todo ponto que satisfaz Ix - 0.1 < R, em
que R > O. A série diverge para Ix - 0.1 > R.
(iii) A série converge para todo x. Nesse caso, escrevemos R= 00.
.' Se uma série de potência converge para Ix-ai < R, emque R > O,ela
pode ou não convergir nos pontos extremos do intervalo
lim
n->oo.
I Cn + 11 =
Cn
L.
Temos:
Por esse teste, podemos notar que o raio de convergência é dado por:
R = lim
n-oc
I
\
Cn + 1\ .
Cn .
(4.8)
127
.' .
,
00
L nen(x - at-1.
n=l
e
J f(x)dx c +eo(x - a) +Cl_(x_~a_)2 +C2(X - 0.)33 +...
00 (x _ a)n+'l
C+I>n---
n=O n+1
Observação 4.2.2. Embora o raio de convergência dessas duas séries
seja R, o intervalo de convergência pode ser diferente. Isto significa
que podemos não obter a convergência em um ponto extremo na
derivação termo a termo e podemos obter convergência em um ponto
extremo na integração termo a termo.
128
A seguir apresentamos a definição de um importante tipo de funçãoo
o
Definição 4.2.6 (Analiticidade de função). Dizemos que uma função
e cosx
129
o intervalo de convergência das séries de Maclaurin das funções eX e
cosx é (-00, (0). Consequentemente, o intervalo de convergência da
série de potência para eX cosx é também (-oc, (0). O
(4.9)
y" +y = ü.
\~
C-. Exemplo 4.2.4. x = O é um ponto ordinário da equação diferencial
C'
y" +--y=
senx O
.
x
L
\..::.;.
(\ Basta observar que a função Q(x) = se;x tem sua representação em
1." . série de potência dada por (exercício):
,.( ..
(
'-.':.;
C:';
"(:i a qual converge para todos os valores de x. o
,_I'~'\
~v
S{) Exemplo 4.2.5. Vamos verificar se x = Oé ponto ordinário da equação
€ .,
\':'.' diferencial:
."(.)
3x2y" + 5x(x + 2)y' - 4y = O.
~)
~t Dividindo toda a equação por 3x2, obtemos:
(~'
"&ê:,
''f;!'x>'' P( X ) = 5x(x3x2+ 2) e Q()x = _~
3x2'
...(J
{, Como os denominadores de ambas as funções se anulam. em x = O,
-....;:
{'} temos que nenhuma das funções é analítica em x = O. Logo, x = O
~.'.'
{.;
não é um ponto ordinário, mas sim um ponto singular.
131
1: .-
,/,
0_,
y = L cn(:r - xot,
n=O
calculamos os coeficientes e, por fim, a solução geral para a equação
diferencial (4.9) é:
Y = LcnX n
:
n=O
+00
y' L ncnx n 1
- ,
n=O
+00 (4.12)
y" = L n(n - 1)cn xn-2.
n=O
y" - xy' + 2y = o.
a qual implica em
2C2 + 2co = O
6C3 + C1 O
12c4 O
20C5 - C::l O
132
\.t~
..
C:
'-.:.:.
(:
v>.
't;>
.•C':,
e assim por diante. Obtemos então:
111
C2 = -Co, C3 = -6C1, C4 = O, Cs = -120C1, ctl = O, Ci = -1680Cj,'"
y Co + CIX - Cox
2
- ~CIX3 - 1~OC1XS - 16~OC1X7
rA(l-
c-v
x2) +Cl(X _lx63 __ 1 XS __
120
1_X7
1680
_ ... )
.
Assim,
1 1 1 i
Yl = Co(l- x 2 ) e Y2= Cl (x - -x3 - -x
S
- --x _ ... ).
6 120 1680
;"(J o
f\
....;.
.() ordinário.
€;;
--..;;. Supomos que
()
t)
".c; Substituindo Y e a segunda derivada de Y na equação diferencial, obte-
~>
C
mos
12c4 + C2 - ~co O
20cs + C3 - ~Cj O
133
'/
X -1 ]ti~
2 4
[1
1 -1 "2] x [1 3 5
Yl (x) = Co + 12x -... e Y2 (x) = Cl + 30 x -... .
(4.13)
134
~.'
f"
C
~~,.
.....•.C'.' Equivalentemente:
C',
(8C2) + (24c3 + co)x + (2C2 + 48c4 + cdx2 + (6C3 + 80cs + C2)X3+
., . + (n(n - 1)Cn + 4(n + 2)(n + 1)Cn+2 + Cn+dxn + .,. =
(
= 2 + 1 . x + O . x2 + O . x3 + ....
'-'U::
'~~,'
--'CC>
"-"';'. Levando estes resultados na expressão de y e organizando a equação,
\:>~
-'£;;, obtemos:
. - C'-,.
("
'(i
-J!J
o
€\iJ
v.
tfc",
ti.\".}
4.2.3 Exercícios
'-C>
. I?'.l;
~ ...' 1. Mostre que, para n inteiro positivo, uma solução na vizinhança
t" \
~j
de x = O, da equação de legendre
,,~~
(.'-,
'-".'
t (1 - X
2)y" - 2xy' + n(n + 1}y = O
",";.
C. é um polinômio de grau n..
2:'"
C.
"'C 2, Verifique se x = O é um ponto ordinário das equações:
-.1.': ~~~
"
(a) y" - xy =O
(b) y" - 2xy' - 2y = O
de ordem ~)
(b) y" - xy = 1
136
If'~"
-'I,;.,
(.-." "
>.(:>
j>
(
Algumas respostas
.....
c
:._( ,
Questão 4
l '0.0
Y2(X ) = Cl
14
[X + -x + 1'7
,x + ... ]
4.3 7.6.4.3
.(P:'
.S;)
f~
't'. Questão 6
,['"
"!~". ;
pontos singulares em Xa = O.
C.'
137
'C"
Abaixo, apresentamos um resultado sobre a existência de solução das
Y = LCnxn+>.,
n=O
• Substituimos a série
+00
Y = LCnxn+>., (4.16)
n=O
a derivada de primeira ordem de (4.16):
+00
138
--..:C
C'
~'"
.,.{'"
(' As duas raízes da equação indiciai podem ser reais ou complexas. No
"-' '
('
caso de serem complexas, sabemos que elas são pares conjugados
os quais, usando as relações de Euler e a equação Xa::l:ib= xae::l:iblnx,
/,'.
que ),1 ~ ),2, O Método de Frobenius sempre dá uma solução para a
\
......:;
,
.
equação diferencial (4.15) da forma
+00
~J.:::' Y1 = L Cnxn+À1 .
p:'-, n=O
. \:..",','.'
\~"
~
..
[,
:,
Caso 3. As raízes ),1 e ),2 são iguais.
C
Nesse caso,
'{"
~ú Y2(x)=Y1(x)lnx+
+00
Lbnxn+Àl.
L n=O
"-'
(,
Exemplo 4.2.9. Consideremos a equação diferencial:
,
~.
equação.
139
Dividindo toda a equação por x2, obtemos:
x 1 x 1
P(x) = 2x2 = 2x e Q(x) = x2 = ;;.
1
xP(x) = 2 e x2Q(x) =x
Cn-1 Cn-2 Co
Cn = ---- = ----------- = '" = - _
n(n - 1/2) n(n - 1/2)(n - l)(n - 3/2) n!(1/2)(3/2) ... (k - 1/2)'
Logo, tomando Co = 1, obtemos uma solução dada por
+00 2nxn
Yl (x) = 1 +- '"L ri:
I (
1 . 3 . 5. 2n- J)
.
n=l
140
Substituindo ).2 = ~ em (4.19), obtemos:
b = b,,-l bo
" (n + 1/2)(n - 1/2) (1/2)[(3/2)(5/2) ... (n - 1/2)j2(n + 1/2)' ..
141
A primeira igualdade nos dá a equação indiciaI. A segunda pode ser
ainda escrita como:
-1
(4.20)
cn = (4(,\ + n) - 1)(2(,\ + n) + 1) cn-l.
As raízes da equação indiciaI são'\1 = ~ e'\2 = -~. Portanto, '\1-'\2 =
~. Assim, levando o valor de '\1 à equação (4.20), obtemos:
-1
cn = 2n(4n+3)cn-1(n 21).
Logo,
14
Y1(X) = CoX / (1- l~x + 6~6x2 + ... ) .
Agora, substituindo '\2 = -~ em (4.20), aquela equação nos dá a
segunda solução:
142
."c~
,-,o( 4.2.5 Exercícios
('.'.:~.""
.'
~;'
(c) x(x - 2)y" + y' - 2y = O
.()
'()
.",(,
~)
(f)
ll-'"}
\Í,\
&::
('
''(J)
<C'
~:
(1",
'b:j~
'(}
~
{J
'-'
C':'
%.~~y
"-1.: .....
~~.,'
4(
~.
I (':'
•......
(
143
,.
"'o :
4.2.6 Algumas respostas
Questão 1
(h)
Yl
()
X X2
i! [1 + n!2 (1+(3/2))(2+(3/2))'--(n+(3/2))
n
(-l)nxn ]
-e
_i! [ (-I)nxn ]
Y2(X) =X 2 1 + n!2n(1 + (-3/2))(2 + (-3/2)). _.(n + (-3/2)) .
." .
144
;~i:~'
1"
:.J7:;
C
1<
,,('
r.:.>
~y
C.'
~:'
4.3 Referências Bibliográficas
li:.
'"( .
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{j
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4'')
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145
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