Violência Doméstica
Violência Doméstica
Violência Doméstica
DESENVOLVIMENTO ESCOLAR
Resumo
Esse trabalho teve por finalidade, abordar a concepção de violência doméstica, contra criança
e adolescente e suas consequências na aprendizagem escolar, mostrando como esse tipo de
violência pode influenciar na mudança de comportamento da criança, causando o declínio da
mesma no ambiente escolar, bem como uma série de transtornos psicológicos, de
manifestações clinicas, dentre outras dificuldades que leva o educando ao fracasso escolar.
Identificou-se na revisão bibliográfica, os tipos de violência doméstica mais “comuns” e suas
consequências, observando assim como um ambiente familiar conflituoso afeta diretamente e
em grande proporção a mente da criança, contribuindo para o fracasso escolar da mesma. Traz
também uma possível atuação dos educadores frente essas situações conflitos e as formas de
denúncias que os mesmos podem fazer para ajudar um aluno vítima de violência intrafamiliar.
O tema discorrido mostrou os diferentes tipos de violência sofrida por uma criança em casa e
seus agravantes em sala de aula, com o intuito de mostrar e alertar, para que os educadores
saiam da neutralidade ao perceber que um aluno está sendo vitima de violência, mantendo
uma relação de respeito e confiança com o educando e procurando medidas efetivas que
assegurem os direitos fundamentais da mesma.Ao estudar como a estrutura familiar influência
de forma decisiva no desenvolvimento da criança na escola; pode-se concluir que a atuação
do educador e da escola em relação aos alunos vítima de violência doméstica é de suma
importância na mediação e resolução desses problemas, usando métodos de intervenção
1
Graduanda em Pedagogia pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia. Bolsista de Iniciação a docência-
Sub Projeto Educação do Campo Novas Perspectivas de Ensino e Aprendizagem. E-mail: flaviaflavia2010-
@hotmail.com.
2
Graduanda em Pedagogia pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia. Bolsista do Projeto Ludoteca: é
tempo de brincar. Estagiária do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia. E-mail:
lindinha.maa@hotmail.com.
3
Graduanda em Serviço Social pela Universidade Norte do Paraná. Graduanda em Pedagogia pela Universidade
Estadual do Sudoeste da Bahia. Bolsista de Iniciação a docência- Sub Projeto Educação Inclusiva e Especial. E-
mail: leidemp@hotmail.com.
4
Mestranda em Educação em Ciências pela Universidade Estadual de Santa Cruz. Especialista em Psicologia da
educação e Meio Ambiente e Desenvolvimento pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia. Graduada em
Pedagogia pela Faculdade Montenegro. E-mail: andreyafreitas@hotmail.com.
ISSN 2176-1396
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Introdução
Todo ato ou omissão praticado por pais, parentes ou responsáveis contra criança e
ou adolescente que, sendo capaz de causar à vítima dor ou dano de natureza física,
sexual e/ou psicológica, implica, de um lado, uma transgressão do poder/dever de
proteção do adulto. De outro, leva a coisificação da infância, isto é, a uma negação
do direito que crianças e adolescentes têm de serem tratados como sujeitos e pessoas
em condição peculiar de desenvolvimento. (AZEVEDO; GUERRA, 1995, p. 16)
Com a aprovação do Projeto Lei 3688/00, do ex-deputado José Carlos Elias, que
insere a presença de psicólogos e assistentes sociais nas escolas que irão juntamente com os
professores formar uma equipe multidisciplinar, para ajudar no desenvolvimento do aluno
fora e dentro da escola, tornando mais eficaz e ágil a detecção de qualquer tipo de violência
que o aluno esteja passando.
Estrutura Familiar
Conforme a Constituição Federal Brasileira de 1988 sancionada pela Lei Federal 8.069/90
– Estatuto da Criança e Adolescente (ECA) observa que:
Esses tipos de violência costumam deixar lesões visíveis, podendo levar até o óbito.
Existem outros tipos violências que não deixam marcas evidentes, porém deixam marcas na
alma e profundas cicatrizes emocionais que podem ser carregadas por toda vida.
Conforme, Almeida, et al (2010), as crianças e adolescentes vítimas de alguma
violência doméstica:
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É notório que uma criança vítima de violência doméstica tem seu rendimento escolar
comprometido, em relação à faltas, comportamento, interação com o meio social, negação de
suas capacidades e comprometimento intelectual, pois a criança internaliza o que está
vivenciando e não consegue aprender como às demais, “porém um dos problemas mais
reconhecidos, quando se trata do assunto, reflete-se no empenho da vida escolar dos
violentados” (RANGEL, 2009, p. 1).
O tema de maus tratos deve fazer parte do cotidiano escolar, pra isso, algumas ações
podem fomentar essa situação através de formas pedagógicas diferenciadas, como: integrar
este item nas pautas pedagógicas; Convidar palestrantes especialistas e manter contato com os
conselheiros tutelares. Diante da realidade violenta vivenciada por alguns alunos dentro de
casa, é preciso que haja uma reflexão da atuação do professor para a prevenção, detecção e
abordagem para ajudar o aluno violentado. A escola é um ambiente propício para combater
qualquer tipo de violência, pois é o principal meio de instruir e educar depois dos pais,
preparar o aluno para a sociedade, dando suporte para a integração do indivíduo, família e o
meio social. FREIRE, 1996 citado por ALMEIDA et al (2010), diz que:
Não posso ser professor se não percebo cada vez melhor que, por não poder ser
neutra, minha prática exige de mim uma definição. Uma tomada de posição.
Decisão. Ruptura. [...] Não posso ser professor a favor de quem quer que seja e a
favor de não importa o quê. [...] Sou professor a favor da liberdade [...] sou professor
a favor da luta constante contra qualquer forma de discriminação [...] Sou professor
a favor da esperança que me anima apesar de tudo (FREIRE, 1996, p. 103).
Nossa função é ficar atentos a comportamentos e a sinais, é usar o bom senso e agir, pode
ser conversando com a criança, entrando em contato com os pais para entender o problema e
se for o caso uma notificação aos órgãos responsáveis. Se a família não consegue resolver
seus problemas, a escola e a comunidade devem ajudar não se trata de punir familiares, mas
sim, de buscar soluções para quem está no centro do problema: o aluno.
Métodos de intervenção que poderiam ser usados para ajudar a criança vítima de
violência doméstica.
Diante dos sinais, os professores o diretores ficam indecisos de como proceder, uma
sugestão seria a abordagem com a criança e a família, caso não haja parecer da família e os
sinais persistirem na criança, a melhor opção é a notificação, que vai desencadear uma
averiguação melhor da situação e proporção de ajuda em relação ao caso. A notificação é a
ação que vai interromper um quadro de violência, que pode ser de fato muito perigoso a saúde
física e mental da criança. Uma ação de cidadania fundamental, a qual as escolas não podem
se omitir. Além das formas pedagógicas diferenciadas, ultrapassar as barreiras dos
portões da escola imprescindível, denunciar aos órgãos responsáveis e para posteriormente
fazer o encaminhamento a centros especializados da violação do direito da criança, para
juntamente com a escola realizar um trabalho em prol do aluno vitimado.
Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente, ECA - Lei nº 8.069 de 13 de Julho
de 1990, que:
Considerações Finais
REFERÊNCIAS