Manual Prático
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E d i
2.ª
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Índice
Índice 4
Índice de Tabelas 6
Índice de Figuras 8
Lista de Abreviaturas e Acrónimos 9
1 Introdução 10
2 Sistema da Contratação Pública Angolana 11
3 Legislação Aplicável 15
4 Âmbito Subjectivo e Objectivo da Lei dos Contratos Públicos 15
4.1 Formação de contratos 16
4.2 Execução de contratos 18
4.3 Regime de Exclusão 19
5 Princípios Orientadores da Contratação Pública 20
6 Regras de Participação 21
6.1 Conduta dos interessados 21
6.2 Princípios de Governo Societário 22
6.3 Interessados, Candidatos e Concorrentes 22
6.4 Impedimentos 23
6.5 Candidatos e Concorrentes estrangeiros 24
6.6 Fomento do Empresariado Nacional 24
7 Etapas do Processo de Contratação Pública 25
7.1 Planeamento das Necessidades 26
7.2 Competência para Autorização da Despesa 27
7.3 Escolha do Procedimento 29
7.3.1 Escolha do procedimento em função do valor estimado do contrato 30
7.3.2 Divisão por lotes 31
7.3.3 Escolha do procedimento em função de critérios materiais 32
7.4 Peças do Procedimento 32
7.4.1 Definição do critério de adjudicação das propostas 35
7.5 Comissão de Avaliação 38
7.6 Tramitação dos Procedimentos 39
7.6.1 Concurso Público 39
7.6.2 Concurso Limitado por Prévia Qualificação 63
7.6.3 Concurso Limitado por Convite 70
7.6.4 Contratação Simplificada 72
7.6.5 Síntese da Tramitação dos Procedimentos 75
7.7 Controlo e Fiscalização dos Contratos 76
8 Regras Especiais de Contratação Pública 78
8.1 Concurso para trabalhos de concepção 78
8.2 Acordos-quadro 80
8.2.1 Competência para a celebração de acordos-quadro 81
AKZ Kwanzas
BAD Banco Africano de Desenvolvimento
BNA Banco Nacional de Angola
CLC Concurso Limitado por Convite
CLPQ Concurso Limitado por Prévia Qualificação
CP Concurso Público
CS Contratação Simplificada
DNPE - DAP Direcção Nacional do Património do Estado - Departamento de Apro-
visionamento Público
EPC Entidade (s) Pública (s) Contratante (s)
FMI Fundo Monetário Internacional
IGAE Inspecção-Geral da Administração do Estado
IGF Inspecção-Geral de Finanças
LCP Lei dos Contratos Públicos (Lei n.º 9/16, de 16 de Junho)
MINFIN Ministério das Finanças
OGE Orçamento Geral do Estado
PEMV Proposta Economicamente Mais Vantajosa
PMB Preço Mais Baixo
SACP Secretaria para os Assuntos da Contratação Pública
SNCP Serviço Nacional da Contratação Pública
TC Tribunal de Contas
TCO Total Cost of Ownership
TPE Titular do Poder Executivo
UO Unidade Orçamental
A
Lei n.º 9/16, de 16 de Junho, diploma contratação pública, em obediência aos princípios
que aprova a Lei dos Contratos Públi- fundamentais que regem a actividade adminis-
cos (LCP), estabelece normas sobre trativa, com destaque para a transparência, a ra-
a formação e execução dos contra- cionalidade económica, a igualdade, a concorrên-
tos de empreitada de obras públicas, cia e o interesse público aquisitivo.
locação e aquisição de bens móveis e serviços,
bem como os demais contratos não regidos por Neste contexto, o presente Manual tem
lei especial, dividindo-se em duas fases: como objectivos:
✓✓ Formação de contratos – referente aos pro-
✓✓ Estruturar e sintetizar o processo da con-
cedimentos tendentes à celebração do contrato,
tratação pública, em particular no que concerne à
regulando os processos desde o momento da to-
fase de formação de contratos, de modo a per-
mada da decisão de contratar até ao momento
mitir aos seus utilizadores uma fácil interpretação
em que o contrato é outorgado;
e aplicação da LCP;
✓✓ Execução de contratos – concernente à re-
✓✓ Evidenciar as obrigações necessárias à for-
gulação dos direitos, obrigações e garantias das
mação dos procedimentos pré-contratuais;
partes no âmbito da materialização dos contratos
públicos, cuja disciplina vem estabelecida na LCP
✓✓ Fornecer orientações a todos funcionários
e em regimes conexos.
e agentes públicos envolvidos na gestão do erário
público, nomeadamente os gestores financeiros,
O Manual Prático da Contratação Pública Ango-
os membros das comissões de avaliação ou os
lana (Manual), apesar de ter como base a LCP,
responsáveis pela área do planeamento das Enti-
apresenta uma abordagem mais reduzida, uma
dades Públicas Contratantes (EPC), os responsá-
vez que constitui apenas um instrumento de tra-
veis pela elaboração das peças de procedimento,
balho essencialmente, voltado para a formação
e os gestores de contratos, ajudando-os a evitar
de contratos, prevendo a identificação dos actos
erros frequentes no que se refere à tramitação
e formalidades tendentes à escolha do adjudica-
de procedimentos de contratação pública;
tário e consequente celebração de contrato pú-
blico, isto é, os actos prévios à execução.
✓✓ Constituir uma fonte de informação de
A utilização e o cumprimento das orientações
“como fazer” as tarefas e os elementos que
constantes do Manual é altamente recomendá-
compõem o processo de aquisição, apresentan-
vel e visa, em termos gerais, auxiliar e facilitar a
do explicações sobre tópicos específicos da LCP
actividade de todos os funcionários, agentes pú-
exigíveis às EPC; e
blicos e responsáveis envolvidos no processo de
A
s práticas internacionais, defendidas empreitadas de obras públicas, de aquisição de
por organismos como o Fundo Mone- bens e serviços, e ainda de concessões de obras
tário Internacional (FMI), a Organiza- públicas ou de serviços públicos, permitindo sal-
ção para a Cooperação e Desenvolvi- vaguardar os princípios estabelecidos pela Cons-
mento Económico (OCDE) e o Banco tituição da República de Angola para o funciona-
Africano de Desenvolvimento (BAD), sugerem mento da administração do Estado.
que um sistema de contratação pública deve as- ✓✓ No pilar institucional, o sistema angolano
sentar em quatro pilares: conta com um conjunto de entidades que de-
sempenham diferentes papéis na contratação
✓✓ Legal e regulatório; pública, designadamente o Titular do Poder Exe-
✓✓ Institucional; cutivo (TPE), o Ministério das Finanças (MINFIN)
✓✓ Contratação e práticas de mercado; através do Serviço Nacional da Contratação Públi-
✓✓ Integridade e transparência. ca (SNCP), constituindo este a vertente de orien-
tação, cuja função é propor políticas e estratégias
O pilar legal e regulatório, que através da defi- relacionadas com a matéria.
nição de um quadro normativo sólido favorece
o desenvolvimento económico e social do país, ✓✓ Numa vertente de conformidade, o Tribu-
melhor desenvolvido no capítulo seguinte, assen- nal de Contas (TC), os diferentes órgãos inspec-
ta numa Lei que unifica, no mesmo diploma, o tivos, com especial destaque para a Inspecção-
regime de formação e execução dos contratos de Geral de Finanças (IGF) e a Inspecção-Geral da
N
a abertura de qualquer procedimento impostas e da despesa sujeita a determinadas
de contratação pública é imprescindí- aprovações ou vistos de conformidade.
vel que todos os interessados directos A utilização dos diplomas anteriormente mencio-
tenham conhecimento da legislação, nados deve ainda ser complementado com ou-
em especial a Lei dos Contratos Públi- tros abaixo indicadas:
cos (LCP) – Lei n.º 9/16, de 16 de Junho, a Lei n.º
20/16, de 29 de Dezembro, Lei das Contraparti- ✓✓ Diploma que aprova as Regras Anuais de
das e a Lei do Orçamento Geral do Estado – Lei n.º Execução do OGE (Decreto Presidencial n.º 1/17,
15/10, de 14 de Julho. de 3 de Janeiro);
Na LCP, que estabelece o regime jurídico dos
contratos públicos, estão definidas as regras re- ✓✓ Diploma que aprova as Regras sobre os
ferentes à formação e execução dos contratos Procedimentos e Critérios de Confirmação de
públicos, ou seja, as aquisições sujeitas às forma- Contratos pelo Ministro das Finanças (Decreto
lidades da lei e o regime da relação jurídico-con- Presidencial n.º 155/14, de 27 de Maio);
tratual pública a que deve obedecer os contratos
celebrados. ✓✓ Lei do Património Público (Lei n.º 18/10, de
A Lei Orçamento Geral do Estado é o principal 6 de Agosto);
mecanismo de definição das regras respeitantes
à preparação, elaboração, aprovação, execução ✓✓ Lei Orgânica e do Processo do Tribunal de
e o respectivo controlo do Orçamento Geral do Contas (Lei n.º 13/10, de 9 de Julho);
Estado (OGE), bem como a Lei que Aprova o OGE
para cada ano económico, sendo diplomas im- ✓✓ Diploma que aprova as Normas do Proce-
portantes que permitem ter conhecimento do dimento e da Actividade Administrativa (Decreto-
orçamento disponível, das respectivas limitações -Lei n.º 16-A/95, de 15 de Dezembro).
A
actividade contratual do Estado e das me geral para a formação e execução de todo e
demais pessoas colectivas públicas é, qualquer contrato a ser celebrado pelo Estado e
no actual contexto, cada vez mais di- demais pessoas colectivas públicas ou privadas,
nâmica e exige novas formas de con- quando em causa estiver o exercício de funções
cretização, em função dos objectivos materialmente administrativas.
que se pretendem atingir na senda da satisfação Adicionalmente, a LCP apresenta um conjunto de
das necessidades colectivas. Para a LCP existe contratos que em função da sua natureza especí-
uma delimitação das entidades e dos contratos fica, ficam excluídos da aplicação do seu regime.
a que se deve aplicar, quer na fase da formação Porem, esta exclusão não inibe da aplicação dos
como na da execução. princípios gerais que alicerçam a actividade de
Apesar desta delimitação objectiva e subjecti- contratação na Administração Pública.
va, deve-se entender que a LCP constitui o regi-
Manual Prático da Contratação Pública Angolana 15
4.1 Formação de contratos
A Lei dos Contratos Públicos aplica-se à formação tes entidades:
dos contratos a serem celebrados pelas seguin-
Tabela 2: Âmbito subjectivo na formação de contratos – Entidades públicas contratantes
Os Órgãos de Defesa e Seguran- Desde que não sejam para aquisição al. c) do n.º 1 do art. 2.º
ça; de armamento ou de técnica militar e e al. b) do art. 7.º
policial relativo à defesa e segurança
ou outros que sejam declarados se-
cretos.
Manual Prático da Contratação Pública Angolana 16
A Lei dos Contratos Públicos aplica-se à formação
dos seguintes contratos:
Tabela 3: Âmbito objectivo na formação de contratos - Contratos sujeitos à LCP
Contratos cuja concretização A Lei n.º 2/11, de 14 de Janeiro, Lei das Parce-
seja efectuada por intermédio rias Público-Privada, submete a formação das par-
de uma Parceria Público-Privada, cerias ao regime aplicável à contratação pública.
independentemente da modali- Esta disposição da LCP vem, desta forma, aco- al. b) do n.º 1
dade a adoptar. lher aquela remissão, tornando objectiva a ideia do art.º 2.º
de que, cumpridos determinados pressupostos, o
processo de escolha do parceiro privado deve ba-
sear-se nos termos e limites definidos pela LCP.
As concessões administrativas, Em determinados sectores, existem diplomas es-
designadamente: peciais que definem o regime de formação das
• Concessão de obras públi- concessões, excluindo-se a aplicação da LCP. Por
cas; exemplo, das concessões no sector petrolífero,
• Concessão de serviços sector dos transportes, no sector diamantífero
al. a) do n.º 1
públicos; bem como no sector de exploração dos jogos de
do art.º 2.º
• Concessão de exploração fortuna e azar.
de domínio público;
• Concessão de uso privati-
vo de domínio público.
Quaisquer pessoas colectivas que, in- O âmbito subjectivo de execução dos con-
dependentemente da sua natureza tratos com base na LCP é, desta forma,
pública ou privada, celebrem estes mais amplo que o de formação. Estabele-
al. b) do n.º 3
contratos no exercício de funções ma- ce-se, por esta via, o critério da actividade
do art.º 181.º
terialmente administrativas. material e não da qualidade do sujeito.
Os contratos celebrados por for- Contratos regidos pelas normas do direito inter-
ça de regra de uma organização nacional.
internacional de que a República
de Angola é parte.
Os contratos de aquisição de No leque de todos os possíveis objectos de con-
armamento e técnicas militar e tratação por parte dos órgãos de defesa e segu-
policial, relativos à defesa ou a rança, justifica-se que estes estejam excluídos
segurança do Estado ou os Con- dado o seu caracter estratégico e operacional para art.º 7.º
tratos declarados secretos. a garantia de segurança e defesa. Neste sentido,
todas as demais contratações, desde que não se-
jam objecto de regulação autónoma, devem ser
desencadeadas ao abrigo dos ditames da LCP.
Contratos de locação ou aquisi-
ção de bens imóveis
Contratos celebrados entre EPC Os chamados contratos inter-administrativos,
quando a actividade desenvolvida pela EPC não
for parte essencial do objecto social e estiver em
regime de concorrência
Os contratos de aquisição de Em relação ao BNA ficam excluídos da aplicação
serviços financeiros (por exem- da LCP apenas os contratos de natureza eminen-
plo, à emissão, à compra e ven- temente financeiro, porque os outros, como aqui-
da, a transferência de títulos ou sição de mobiliário, consumíveis ou realização de
art.º 2.º
outros produtos financeiros) e empreitada de obra pública, cabem directamente
os contratos relativos aos servi- do âmbito de aplicação objectiva da Lei.
ços prestados pelo Banco Nacio-
nal de Angola (BNA).
Contratos individuais de trabalho al. d) do n.º 1
em funções públicas do art.º 7
A
contratação pública é um procedi- agentes administrativos. Os princípios não se
mento administrativo que permite ao manifestam sempre da mesma maneira e com o
Estado suprir as suas necessidades mesmo rigor em todos os procedimentos.
aquisitivas, orientando-se por princí-
pios que disciplinam a actuação dos
A LCP enumera apenas os princípios administra- orientadores da actividade administrativa que de-
tivos mais relevantes em matéria de contratação vem ser considerados na formação e execução
pública, sem desprimor dos demais princípios dos contratos públicos:
As contratações promovidas pelas EPC devem ter por fim único e ex-
Princípio da prossecução do clusivo a satisfação de uma necessidade colectiva. Este princípio tem
interesse público a sua concretização mais visível no acto de adjudicação, ou seja, na
escolha da proposta que melhor possa satisfazer o interesse aquisitivo.
A EPC deve assegurar o tratamento uniforme de todos os candidatos
e concorrentes, isto é, garantir iguais condições de acesso e de partici-
pação2. A escolha do co-contratante não deve ser arbitrária, subjectiva,
diferenciada e discriminatória. Esse princípio encontra-se manifestado
Princípio da Igualdade
na LCP em quase todas as fases mas destaca-se na notificação a todos
os interessados sobre os esclarecimentos e rectificações efectuados às
peças do procedimento e na notificação do adjudicatário e dos restan-
tes concorrentes da decisão de adjudicação.
O procedimento deve ser o mais inclusivo sempre que possível, per-
mitindo a participação dos agentes económicos e a recepção de múl-
tiplas ofertas. Manifesta-se por exemplo na escolha de procedimentos
Princípio da Concorrência que permitam a participação de um número elevado de concorrentes
ou candidatos3, na admissibilidade de agrupamentos de candidatos ou
concorrentes, na exclusão de propostas que violem as regras da con-
corrência.
A actuação das pessoas responsáveis pela condução dos procedimen-
tos deve ser de isenção e neutra de qualquer influência4. Este princípio
Princípio da Imparcialidade
manifesta-se na conduta que os funcionários públicos envolvidos na
formação e execução dos contratos públicos devem ter.
2
Desde que preencham os requisitos previstos na lei e nas peças do procedimento.
3
Vide capítulo 7.2 Escolha do procedimento.
4
Vide capítulo 7.4 Comissão de Avaliação.
6 Regras de Participação
P
ara garantir maior competitividade no tação pública. Porém, existem algumas limita-
processo de selecção do operador eco- ções em função de alguns valores que devem
nómico que irá contratar com a EPC, o ser considerados e protegidos na tramitação dos
ideal é que todo e qualquer interessado procedimentos de contratação pública.
participe nos procedimentos de contra-
6.4 Impedimentos
A
EPC, no sentido de garantir a melhor natórios, em cumprimento do princípio da igual-
realização do interesse público aqui- dade, ficando, em termos genéricos, inibidos de
sitivo pode indicar, no Programa de participar em procedimentos, os operadores eco-
Procedimento alguns requisitos de nómicos sobre os quais se verifique algum dos
habilitação, que não sejam discrimi- aspectos mencionados na tabela seguinte.
Base
Princípios de Governo Societário
Legal
✓✓ Sejam objecto de um boicote por parte de organizações internacionais e regionais
de que Angola faça parte, nomeadamente a Organização das Nações Unidas (ONU), o
Fundo Monetário Internacional (FMI), o Banco Internacional para a Reconstrução e De-
senvolvimento (Banco Mundial), a União Africana, a Comunidade de Desenvolvimento
da África Austral (SADC), a Comunidade Económica da África Central (CEAC) e o Banco
Africano de Desenvolvimento (BAD);
✓✓ Se encontrem em estado de insolvência ou falência, declarada por sentença ju-
dicial, em fase de liquidação, dissolução ou cessação de actividade, sujeitas a qualquer
meio preventivo de liquidação de patrimónios ou em qualquer situação análoga ou te-
nham o respectivo processo pendente;
✓✓ Tenham sido condenadas por sentença transitada em julgado por crime que afec-
te a sua honorabilidade profissional, se entretanto não tiver ocorrido a sua reabilitação,
no caso de se tratar de pessoas singulares ou, no caso de se tratar de pessoas colecti-
vas, tenham sido condenados por aqueles crimes os titulares dos seus órgãos sociais de
administração, direcção ou gerência, e estes se encontrem em efectividade de funções;
art.º 55.º
✓✓ Tenham sido objecto de aplicação de sanção administrativa por falta grave em
matéria profissional, se entretanto não tiver ocorrido a sua reabilitação, no caso de se
tratar de pessoas singulares ou, no caso de se tratar de pessoas colectivas, tenham
sido objecto de aplicação daquela sanção administrativa, os titulares dos seus órgãos de
administração, de direcção ou de gerência, e estes se encontrem em efectividade de
funções;
✓✓ Não tenham a sua situação regularizada relativamente às contribuições para a
segurança social;
✓✓ Não tenham a sua situação regularizada relativamente às suas obrigações fiscais;
✓✓ Tenham, a qualquer título, prestado, directa ou indirectamente, assessoria ou
apoio técnico na preparação e elaboração das peças do procedimento, susceptível de
falsear as condições normais de concorrência;
✓✓ Constem da lista de empresas incumpridoras elaborada e compilada pelo SNCP e
publicada no Portal da Contratação Pública.
Base
Fomento do Empresariado Nacional
Legal
✓✓ As peças do procedimento podem conter regras destinadas a promover a contra-
tação preferencial de pessoas singulares ou colectivas nacionais e a priorizar a produção
nacional, nos seguintes momentos:
✓✓ a) No que respeita à fase de negociação, o programa do concurso ou o convi-
te à apresentação de propostas podem fixar regras de preferência no acesso a essa fase
por parte de concorrentes que sejam pessoas singulares ou colectivas nacionais;
art.º 52.º
✓✓ b) No que respeita à adjudicação, quando o critério de adjudicação seja o do
mais baixo preço, o programa do concurso ou o convite à apresentação de propostas
podem estabelecer uma margem de preferência para os preços propostos por concor-
rentes que sejam pessoas singulares ou colectivas nacionais, a qual não pode exceder
10 do preço proposto por estes;
O
processo de contratação pública en- jeição ao processo de confirmação de contratos
volve diversas etapas e intervenien- previstos no Decreto Executivo n.º 155/14, de 27
tes. Neste capítulo do Manual preten- de Maio e ao processo de fiscalização preventiva
de-se abordar cada uma das etapas, pelo Tribunal de Contas, previsto na Lei n.º 13/10,
desde o planeamento de necessida- de 9 de Julho.
des à assinatura do contrato e sua eventual su-
5
Sobre os Apoios Institucionais às MPME, da Lei de Fomento do Empresariado Nacional (Lei n.º 14/03, de 18 de Julho) e
da Lei das Micro Pequenas e Médias Empresas (Lei n.º 30/11, de 13 de Setembro).
E
m paralelo com o processo de elaboração des, isto é, a definição dos bens e serviços que as
do orçamento individual das entidades, vão satisfazer, as quantidades, a qualidade e os
que mais não é do que fazer um exercício mecanismos de contratação, bem como os pra-
de previsão dos gastos que irão ser assu- zos de desencadeamento de cada uma das fases
midos num determinado período, as EPC ao longo do período orçamentado.
devem proceder ao planeamento das necessida-
Aspectos Base
Formas de concretização
fundamentais Legal
6
De modo a facilitar o processo de planeamento das EPC, encontra-se disponibilizado no Portal da Contratação Pública
um modelo de Plano Anual de Contratação.
NOTA: NOTA: A planificação permite saber o que se vai comprar, quando se vai compra, onde se vai
comprar e como se vai comprar. No âmbito da contratação pública, esta etapa funciona como um
promotor de eficiência e eficácia na gestão dos recursos públicos alocados a cada EPC e como uma
forma de realização do princípio da transparência, que neste sentido, contribui significativamente
para o aumento da concorrência nos mercados, dando maior visibilidade às oportunidades e permi-
tindo aquisições sustentáveis.
Tabela 15: Limites de competência para autorizar a despesa com base no critério de valor
Órgãos competentes Limites de Valores (Valores em Akz)
Acima de
Até Até Até Até
1 500 mi-
320 milhões 500 milhões 1 000 milhões 1 500 milhões
lhões
Titular do Poder
√ √ √ √ √
Executivo
Vice-Presidente
√ √ √ √ X
da República
Ministros de Estado,
Ministros e Gover-
√ √ √ X X
nadores Provinciais
A LCP define os órgãos máximos da EPC compe- riais, adoptando o procedimento de contratação
tentes para autorizar a despesa inerente à forma- simplificada.
ção dos contratos, em função de critérios mate-
Tabela 16: Limites de competência para a autorização da despesa com base em critérios materiais
NOTA: A despesa a considerar é a do custo total com a execução do respectivo contrato ainda que o
preço tenha de ser liquidado e pago em fracções, de acordo com as respectivas cláusulas contratuais
ou com as disposições legais e regulamentares aplicáveis. .
Os valores apresentados nas duas tabelas ante- no seu montante total, incluindo os acréscimos.
riores mantêm-se para as despesas provenientes É vedada a celebração de adendas a contratos
de alterações, de variantes, de revisões de pre- em execução ou finalizados cujo valor exceda o
ços e de contratos adicionais9, desde que o res- montante imposto pelas regras anuais de exe-
pectivo custo total não exceda os 5� do limite da cução do Orçamento Geral do Estado em vigor
competência inicial, caso em que a autorização (art.º 40).
do acréscimo da despesa compete ao órgão que
detém a competência para autorizar a despesa
Competência
Planeamento para Tramitação Controlo e
das Escolha do Peças dos Comissão de dos Fiscalização
autorização Procedimento Procedimentos Avaliação
Necessidades da despesa Procedimentos dos Contratos
7
Dentro dos 60 dias anteriores ao fim do ano económico podem ser celebrados contratos que impliquem a realização de
despesa no começo do ano económico imediato desde que a despesa seja certa e indispensável e que os encargos não
excedam a importância de dois duodécimos da verba consignada a despesas da mesma natureza no orçamento do ano
em que se celebrar o contrato.
8
Os Decretos Executivos Conjuntos e os contratos respectivos devem fixar o limite máximo do encargo correspondente
a cada ano económico.
9
Está aqui em causa o limite para a autorização da despesa resultantes de adendas e não o limite para a celebração de
adendas aos contratos. Os limites para a celebração de adendas são os definidos no Decreto Presidencial que aprova as
regras para a execução do OGE.
A
escolha do procedimento pré-contra-
tual pela EPC deve ser feita, regra ge-
ral, em função do valor estimado do
contrato, conforme os limites de valor
estabelecidos na tabela 16, abaixo:
Limite de Valor
Procedimentos Inferior a Inferior a Acima de
Akz 5 000 000,00 Akz 182 000 000,00 Akz 182 000 000,00
O valor estimado do contrato, que para efeitos da celebrar e deve ser calculado em função do va-
LCP é o preço base do procedimento, correspon- lor económico de todas as prestações objecto do
de ao valor máximo que a EPC se dispõe a pagar contrato a celebrar.
como contrapartida da execução do contrato a
NOTA: Se no caderno de encargos não apresentar o valor estimado do contrato, o preço base do
procedimento é o menor dos seguintes valores:
i) O limite da competência, fixado por lei ou por delegação, para autorizar a despesa inerente ao
contrato a celebrar;
ii) 182 000 000,00 Akz em concursos limitados por convite;
iii) 5 000 000,00 Akz em contratação simplificada.
Q
uando prestações do mesmo tipo, o somatório dos valores estimados dos vários lo-
susceptíveis de constituírem objecto tes, podendo cada um dos lotes corresponder a
de um único contrato, sejam divididas um contrato separado (art.º 25º da LCP).
em vários lotes, o valor a atender para
efeitos de escolha do procedimento é
A
regra é que se devem escolher os minados motivos não seja possível ou é desacon-
procedimentos em função do valor selhável desencadear-se um procedimento mais
estimado do contrato. Porém, em al- concorrencial. Para estas situações escolhe-se a
gumas situações independentemente contratação simplificada em função de critérios
do valor estimado do contrato, a LCP materiais. Esta escolha deve ser fundamentada
prevê a possibilidade de se adoptar a contratação nos termos previstos na LCP (artigos 26.º a 30.º
simplificada, isto é, o menos concorrencial entre da LCP).
os procedimentos, quando em função de deter-
A
s peças do procedimento são docu- e formalidades tendentes a esta escolha se irão
mentos que contêm um conjunto de desencadear. Nos termos do art.º 4.º da LCP, a
informações referentes à exterioriza- EPC pode exigir nas peças de procedimentos, do-
ção da vontade da EPC em escolher cumentos de comprovativos da adopção de boas
um operador económico para contra- práticas de governação societária
tar, os termos e condições a que se está dispos-
ta a vincular, bem como a forma como os actos
Peças
Programa do Caderno de Termos de
Convite Anúncio Base legal
concurso11 encargos12 referência
Procedimentos
Acordo-qua-
dro14 √ √ √ √ √ art.º 168.º
Concurso para
n.º 3 do
trabalho de X X X X √
art.º 44.º
concepção
11
Quando o contrato tenha por objecto a aquisição de serviços de consultoria, o programa do concurso e o caderno de
encargos são substituídos pelos termos de referência. O mesmo acontece no procedimento especial de concurso para
trabalhos de concepção.
12
Idem.
13
No CLPQ, o convite aplica-se à fase de apresentação de propostas, e é dirigido aos candidatos qualificados.
14
O tipo de peça a utilizar varia em função do tipo de procedimento a ser utilizado para a celebração de um acordo-quadro
A
LCP obriga que o programa do con-
curso deve indicar um dos seguintes
critérios de adjudicação:
✓✓ O do Preço Mais Baixo (PMB): quando os tros factores, a qualidade, as características técni-
bens, serviços ou empreitadas de obras públicas cas, estéticas ou funcionais, a assistência técnica,
ou outros objectos da contratação, forem facil- os prazos de entrega ou de execução, o preço e o
mente padronizáveis, constituindo como factor grau de impacto na saúde pública, na assistência
diferenciador, apenas o preço; e social ou no ambiente.
✓✓ O da Proposta Economicamente Mais Van-
tajosa (PEMV): que pode ter em conta, entre ou-
A definição do critério de adjudicação das pro- permite seleccionar a proposta que proporciona
postas assume particular importância na medida maior benefício para a EPC.
em que pode vir a determinar o sucesso da aqui-
sição. Um critério de adjudicação bem formulado
P
ela sua simplicidade, o critério mais uti- O Total Cost of Ownership (TCO), também co-
lizado é o de menor preço, no entanto nhecido como custo total de propriedade, é uma
nem sempre representa o melhor valor, análise feita com o objectivo de incluir os custos
ou seja, a proposta com o preço mais e benefícios que uma entidade tem com os seus
baixo nem sempre se traduz na propos- activos durante a vida útil do mesmo.
ta mais barata ou a que mais benefícios traga Tradicionalmente, o cálculo do custo de um equi-
para a EPC. pamento contempla apenas o preço de aquisição
e manutenção do activo, porém com esta análise
Existem muitos casos em que surgem associados é possível olhar para os custos e benefícios a cur-
à aquisição da definição do preço ou de outros to e longo prazo por forma a tomar uma decisão
subfactores, um conjunto, por vezes alargado de mais acertada.
“custos escondidos”, tais como: Durante a análise TCO são consideradas três sub-
categorias de custos:
✓✓ Consumíveis dos equipamentos;
✓✓ Contratos de manutenção; ✓✓ Custo de aquisição – do bem/serviço e do
✓✓ Despesas de transporte; processo de aquisição;
✓✓ Prazo de execução. ✓✓ Custo de transporte e armazenagem – os
fretes e, por exemplo, o arrendamento do espa-
As boas práticas internacionais aconselham a uti- ço para armazenagem dos bens;
lização de metodologias para avaliação de pro- ✓✓ Custo de operação e manutenção – rela-
postas que contemplem os custos globais do cionados com a operação, a manutenção, me-
bem/serviço, tendo em conta todo seu ciclo de lhorias (upgrade), formação e adaptação ao novo
vida. bem/serviço.
A
PEMV é aquela que apresenta o maior critério de adjudicação, transformando cada um
benefício para o Estado. Nestes ter- dos factores e subfactores numa pontuação.
mos, torna-se necessário valorizar a
mesma, através da atribuição de pe-
sos ou ponderações distintas a cada
um dos factores e subfactores que densificam o
O
s procedimentos de contratação públi- efectivos e dois suplentes) ou por sete membros
ca são conduzidos por uma Comissão (cinco efectivos e dois suplentes) de acordo com
de Avaliação nomeada por despacho os art.º 41.º, 42.º e 43.º.
do órgão competente para a decisão
de contratar, a qual inicia as suas fun- A Comissão de Avaliação pode ser nomeada no
ções na data indicada no despacho que a cons- mesmo despacho que contém a autorização da
titui, sendo composta por cinco membros (três despesa e a escolha do tipo de procedimento.
A Declaração de Imparcialidade, Confidencialidade e Independência deve ser preenchida por todos os membros da Co-
15
missão de Avaliação e remetida ao órgão máximo da entidade pública contratante até cinco dias após a nomeação dos
membros da Comissão de Avaliação.
Base
Competências16
Legal
✓✓ Prestar os esclarecimentos necessários à boa compreensão das peças do proce-
dimento;
✓✓ Receber as candidaturas e ou as propostas;
✓✓ Conduzir o acto público do concurso, praticando no seu âmbito aos actos de ad-
missão, admissão condicional e de não admissão de concorrentes;
✓✓ Proceder à apreciação formal e material das candidaturas e ou das propostas;
✓✓ Elaborar os relatórios de análise e de avaliação das candidaturas e ou das propos-
art.º 43.º
tas;
✓✓ Propor ao órgão competente para a decisão de contratar a prática dos actos de
exclusão de candidaturas e ou de propostas, de qualificação de candidatos e de adjudi-
cação de propostas; e
✓✓ Exercer as competências que lhe sejam delegadas pelo órgão competente para a
decisão de contratar.
Não são delegáveis na Comissão de Avaliação as decisões relativas à prática dos actos de exclusão de candidaturas e
16
propostas, de qualificação de candidatos e de adjudicação de propostas. Entretanto, a Comissão de Avaliação deve tomar
conhecimento das peças do procedimento antes do exercício das competências referidas nos pontos anteriores.
O
Concurso Público é o paradigma de ta forma a maior concorrência e competitivida-
todos os outros procedimentos. É ca- de entre todos os concorrentes e fomentando a
racterizado pela possibilidade de todo transparência na escolha do potencial co-contra-
e qualquer interessado poder partici- tante da EPC. Em todas as suas fases, verifica-se
par apresentando uma proposta, em a concretização dos princípios fundamentais da
igualdade de oportunidade, promovendo des- contratação pública.
T
odo o procedimento de contratação Os funcionários públicos ou agentes administrati-
pública inicia-se com a decisão de con- vos envolvidos na formação e execução dos con-
tratar, proferida pelo órgão competen- tratos públicos devem preencher a Declaração de
te para autorizar a despesa inerente ao Bens e Rendimentos21, utilizando para tal o mo-
contrato a celebrar. Essa decisão apenas delo disponível no Portal da Contratação Pública.
pode ser tomada se houver verba inscrita no seu
orçamento20 e deve ser comunicada ao SNCP,
utilizando para tal o modelo disponível no Portal
da Contratação Pública.
A
s peças do procedimento podem ser a decisão de contratar pode proceder à rectifica-
alvo de esclarecimentos necessários ção de elementos ou dados constantes das peças
à sua boa compreensão, devendo os (art.º 50.º e 51.º).
mesmos serem solicitados até ao ter-
mo do primeiro terço do prazo fixado Caso os esclarecimentos ou as rectificações se-
para a apresentação de candidaturas ou das pro- jam comunicados para além do prazo estabeleci-
postas, consoante o caso, devendo ser presta- do para o efeito, o prazo fixado para a apresenta-
dos por escrito até ao termo do segundo terço ção das candidaturas ou das propostas deve ser
do mesmo prazo. Até ao termo do segundo terço prorrogado, no mínimo, por período equivalente
do prazo fixado para a apresentação de candida- ao atraso verificado (n.º 3 do art.º 50.º).
turas ou das propostas, o órgão competente para
20
Salvo se constar do anúncio do procedimento, ou das peças do procedimento quando não haja lugar a anúncio, que a
adjudicação deve estar dependente da aprovação da correspondente inscrição orçamental.
21
A Declaração de Bens e Rendimentos deve ser preenchida no início de cada exercício económico.
A
té ao termo da metade do prazo fi- decorram de uma diferença entre as condições
xado para a apresentação das pro- locais existentes e as previstas no projecto ou en-
postas, os interessados devem apre- tre os dados em que este se baseia e a realidade
sentar ao órgão competente para a (n.º 1 do art.º 51.º).
decisão de contratar uma lista na qual
identifiquem, expressa e inequivocamente, os er- A apresentação da lista de erros e omissões sus-
ros e as omissões do projecto em procedimen- pende o prazo fixado para a apresentação das
tos de formação de contratos de empreitadas propostas desde o termo da metade daquele
ou concessão de obras públicas, que respeitem à prazo até à publicitação da decisão ou, não ha-
previsão da espécie ou quantidade dos trabalhos vendo decisão expressa, até ao termo do mesmo
necessários à integral execução da obra e que prazo (n.º 3 do art.º 51.º).
NOTA: As listas com a identificação dos erros e omissões detectadas pelos interessados devem ser
disponibilizadas a todos os que tenham adquirido as peças do procedimento.
O órgão competente para a decisão de contratar deve pronunciar-se sobre os erros e as omissões
identificadas, considerando-se rejeitados todos os que não sejam por ele expressamente aceites.
A decisão deve ser notificada a todos os interessados que tenham adquirido as peças do procedi-
mento (n.º 4 do art.º 51.º).
7.6.1.4 A Proposta
A proposta é o documento apresentado pelo de contratar, indicando as condições em que se
concorrente como manifestação da sua vontade dispõe a fazê-lo (al. o) do art.º 5.º).
Base
Documentos de habilitação22 Observações
Legal
Documento no qual o concorrente indica o seu nome,
número de contribuinte, número de bilhete de iden-
tidade e domicílio ou, no caso de se tratar de pessoa
al. a) do
Declaração de Identificação do colectiva, o respectivo número de identificação, deno-
n.º 1 do
concorrente minação social, sede, nomes dos titulares dos seus ór-
art.º 58.º
gãos de administração, de direcção ou de gerência e
de outras pessoas com poderes para a obrigarem, bem
como o registo comercial ou equivalente.
Comprovativo da situação regu- Trata-se de uma certidão onde a entidade responsável
al. b) do
larizada relativamente às contri- pela Segurança Social, declara que o requerente não
n.º 1 do
buições para a segurança social tem nenhuma dívida referente a apresentação das
art.º 58.º
em Angola. contribuições sociais de seus funcionários.
Comprovativo da regularização Trata-se de uma declaração de não devedor, isto é, al. c) do
da situação tributária perante o a declaração negativa de existência de dívida fiscal, n.º 1 do
Estado angolano. como também é chamada. art.º 58.º
A concretização deste documento é feita por intermé-
dio da apresentação dos Documentos de Arrecadação
de Receitas (DAR) emitidos pela competente reparti-
al. d) do
Comprovativo da entrega da de- ção fiscal, referente aos principais tipos de impostos
n.º 1 do
claração fiscal mais recente. cujo cumprimento é exigido até ao momento de rea-
art.º 58.º
lização do procedimento de contratação pública (por
exemplo, o Imposto Industrial, o Imposto sobre os Ren-
dimentos do Trabalho, Imposto de Consumo, etc.).
Alvará de empreiteiro de obras públicas de categoria
ou subcategoria indicada no anúncio e no programa do
concurso ou, quando for o caso, no convite à apresenta-
ção de propostas, da classe correspondente ao valor da
proposta no caso de procedimento para a formação de
al. e) do
Comprovativo da titularidade de um contrato de empreitada ou de concessão de obras
n.º 1 do
habilitação profissional públicas ou os titulares de habilitações ou autorizações
art.º 58.º
profissionais específicas ou membros de determinadas
organizações profissionais para a execução da activida-
de objecto do contrato no caso de um procedimento
para a formação de um contrato de aquisição de bens,
de serviços ou de concessão de serviços públicos.
22
No caso de concorrentes estrangeiros, os comprovativos das situações abaixo descritas devem ser relativos ao Estado
do qual o concorrente é nacional. No caso de esse Estado não emitir tais comprovativos, a obrigação de entrega é subs-
tituída por declaração sob compromisso de honra, prestada perante notário, autoridade judiciária ou administrativa ou
qualquer outra competente, que ateste que os documentos em causa não são emitidos nesse Estado.
NOTA: Caso o concorrente se encontre cadastrado na Base de Dados de Fornecedores gerida pela
Direcção Nacional do Património de Estado, do Ministério das Finanças e por conseguinte tenha
obtido a Certificação enquanto Fornecedor do Estado, está isento de apresentação da documen-
tação acima referida.
Nestes casos, durante a fase de adjudicação, a EPC deve consultar no Portal da Contratação Pública
a validade dos documentos de habilitação (n.º 7.º do art.º 58 e art.º 13.º).
23
A declaração deve ser assinada pelo concorrente ou pelo representante que tenha poderes para o obrigar. No caso de
a proposta ser apresentada por uma associação concorrente, a declaração deve ser assinada pelo representante comum
dos membros que a integram, caso em que devem ser juntos à declaração os instrumentos de mandato emitidos por
cada um dos seus membros, ou, não existindo representante comum, deve ser assinada por todos os seus membros ou
respectivos representantes.
24
O preço da proposta é sempre indicado por extenso, sendo a este que se atende em caso de divergência com o ex-
presso em algarismos. No preço da proposta estão incluídos todos os impostos, as taxas e os encargos legalmente apli-
cáveis. Sempre que, na proposta sejam indicados vários preços, em caso de divergência entre eles, prevalecem os preços
parciais, unitários ou não, mais decompostos. As propostas apresentadas nos procedimentos para formação de contratos
de empreitada ou de concessão de obras públicas contêm obrigatoriamente os preços parciais dos diversos trabalhos a
realizar.
25
Apenas nos casos em que o programa do concurso ou o convite à apresentação de propostas o preveja.
26
Idem.
27
Idem.
A
EPC pode optar por exigir que as pro- xidade das prestações objecto do contrato a ce-
postas sejam apresentadas em su- lebrar. O prazo para a apresentação de propostas
porte de papel ou electrónico. Em deve ser fixado com razoabilidade, por forma a
qualquer dos casos, cabe à EPC fixar, permitir a sua elaboração em condições adequa-
no anúncio e no programa do proce- das e de efectiva concorrência. Na tabela abaixo
dimento ou no convite o prazo para apresentação encontra-se uma síntese de informação sobre os
de propostas, o qual deve ter em conta o tempo prazos para apresentação de propostas por cada
necessário à sua elaboração, em função da natu- tipo de procedimento:
reza, das características, do volume e da comple-
Tabela 28: Prazo para apresentação das propostas por tipo de procedimento
No caso de prazos para apresentação de candidaturas, que é somente aplicável ao CLPQ, a EPC pode fixa-lo livremente
28
com vista a qualificação dos candidatos que manifestaram o interesse de participar no referido procedimento.
A
cto público é o conjunto sequencial de Findo o prazo para apresentação das propostas,
formalidades e decisões administrati- no dia útil imediatamente subsequente, a Co-
vas, por intermédio do qual a Comis- missão de Avaliação procede, em acto público, à
são de Avaliação verifica a conformi- abertura das propostas ou, no caso de a EPC ter
dade dos documentos de habilitação optado pela recepção electrónica das propostas,
dos concorrentes e dos documentos que consti- à sua desencriptação, descarregamento e aber-
tuem a proposta em função dos requisitos apre- tura (art.º 72.º e seguintes)29.
sentados nas peças do procedimento.
Aspectos fun-
Formas de concretização Base Legal
damentais
A sessão do acto público é contínua, compreendendo o número de
Sessão do reuniões necessárias ao cumprimento de todas as suas formalidades,
podendo a Comissão de Avaliação reunir em sessão reservada, se o art.º 73.º
Acto Público
entender necessário30.
29
Por motivo justificado, pode o acto público do concurso realizar-se dentro dos dez dias subsequentes ao último dia para
a apresentação de candidatura. A alteração da data do acto público deve ser imediatamente comunicada aos interes-
sados que procedam à aquisição das peças do concurso e publicitada pelos meios que a entidade pública contratante
entenda mais convenientes, devendo ainda ser junta às peças cópia da decisão de alteração.
30
Durante o acto público, a Comissão de Avaliação faz uma análise formal, tanto dos documentos de habilitação dos con-
correntes, como dos documentos que constituem as propostas.
Após as deliberações de não admissão ou admis- vamente a esta fase do acto público. Tendo sido
são condicional dos concorrentes, o Presidente fixado prazo para a sanação de irregularidades
da Comissão de Avaliação procede à leitura da com os documentos de habilitação, a Comissão
lista dos concorrentes admitidos, dos admitidos de Avaliação suspende a sessão do acto público,
condicionalmente e dos não admitidos, indican- indicando o local, o dia e a hora para a sua conti-
do, nestes dois últimos casos, os respectivos fun- nuação.
damentos. Não tendo sido fixado prazo para a sanação de
Lida a lista dos concorrentes admitidos, admitidos irregularidades com os documentos de habilita-
condicionalmente e não admitidos, a Comissão ção, o acto público prossegue de imediato com a
de Avaliação delibera sobre as eventuais recla- abertura das propostas dos concorrentes admiti-
mações apresentadas pelos concorrentes relati- dos (n.º 3 a 7 do art.º 76.º).
33
Os documentos em falta devem ser apresentados, imediatamente, no próprio acto público, sob pena de os concorren-
tes não serem admitidos.
34
A Comissão de Avaliação deve conceder um prazo de até cinco dias para estes entregarem os documentos reconheci-
dos pelo Consulado de Angola no país emitente do documento.
S
empre que haja admissão condicional de país emitente do documento e que, ainda assim,
concorrentes e tenha sido fixado prazo não o tenham concretizado, não são admitidos. O
para a sanação de irregularidades, o acto presidente da Comissão de Avaliação deve então
público prossegue com a análise dos do- proceder à leitura da lista dos concorrentes de-
cumentos que entretanto tiverem sido finitivamente admitidos e dos concorrentes não
entregues, deliberando a Comissão de Avaliação admitidos, indicando, neste último caso, os res-
sobre a admissão ou a não admissão destes, se pectivos fundamentos. Cumpridas estas formali-
necessário em sessão reservada. dades, a Comissão de Avaliação delibera sobre
Os concorrentes a quem tenha sido concedido as eventuais reclamações apresentadas pelos
prazo para entregarem os documentos de habili- concorrentes relativamente a esta fase do acto
tação reconhecidos pelo Consulado de Angola no público (art.º 77.º).
A
sessão do acto público prossegue porte de papel, todos os originais dos documen-
com a abertura dos invólucros ou o tos que as constituem devem ser rubricados ou
descarregamento dos ficheiros elec- chancelados por, pelo menos, dois membros da
trónicos que contêm as propostas Comissão de Avaliação.
dos concorrentes admitidos. Após A Comissão de Avaliação procede, se necessário
abertura dos invólucros ou o descarregamento em sessão reservada, ao exame formal dos do-
dos ficheiros electrónicos podem os concorrentes cumentos que constituem as propostas, delibe-
assinar em conjunto todas as propostas. No caso rando sobre a admissão ou não admissão destas
de as propostas terem sido apresentadas em su- (art.º 78.º).
Base
Não admissão de propostas
Legal
• Que não sejam constituídas por todos os documentos exigidos na
lei ou no programa do concurso (por exemplo, al. a) do art.º 59.º)
• Que não observem o modo de apresentação de propostas esta-
n.º
belecido na LCP e no Programa do Concurso
Não são admitidos 1 do
• Cujos documentos que as constituem não contenham os diversos
as propostas art.º
atributos, nomeadamente o preço, destinados à sua avaliação, ou que
79.º
omitam outros elementos exigidos no programa do concurso relativos à
execução do contrato
O
recurso hierárquico é uma garantia acto público pode o interessado recorrer para o
administrativa graciosa, por intermé- órgão competente para a autorização da despesa
dio da qual, qualquer interessado na (por regra, o órgão máximo da EPC), a interpor no
formação de uma manifestação de prazo de cinco dias a contar da data de entrega
vontade da Administração Pública da acta do acto público.
submete à consideração do órgão superior uma Considera-se deferido o recurso se o recorrente
decisão proferida por um órgão inferior. Na con- não for notificado da decisão no prazo de cinco
tratação pública, o recurso hierárquico deve ser dias após a sua recepção pela entidade compe-
precedido de uma reclamação, isto é, apenas é tente para decidir. Se o recurso for deferido, de-
admissível recorrer-se hierarquicamente sobre as vem ser praticados todos os actos e operações
decisões proferidas sobre as reclamações. necessários à reposição da legalidade e à satisfa-
Nesta senda, as deliberações da Comissão de ção dos legítimos direitos e interesses do recor-
Avaliação sobre as reclamações deduzidas no rente (art.º 80.º).
C
oncluído o acto público, a Comissão de Programa de Concurso e no Caderno de Encargos
Avaliação procede à análise material das (art.º 81.º).
propostas a fim de verificar se as mes- As propostas relativamente às quais não se veri-
mas padecem de alguma causa de ex- fiquem causas de exclusão são avaliadas de acor-
clusão, consistindo em apreciar de for- do com o critério de adjudicação estabelecido no
ma minuciosa a conformidade das propostas em programa do concurso.
relação ao conteúdo apresentado pela EPC no
Base
Causas de exclusão das Propostas
Legal
✓✓ Sejam apresentadas por concorrentes que, integrando uma associação, apresen-
tem no mesmo procedimento uma outra proposta, individualmente ou como parte de
uma outra associação.
✓✓ Sejam apresentadas por candidatos ou membros de associações concorrentes re-
lativamente aos quais se verifique algum dos impedimentos previstos na LCP.
✓✓ Sejam apresentadas como variantes, quando estas não sejam admitidas pelo pro-
grama do concurso ou sejam apresentadas em número superior ao máximo por ele ad-
mitido.
✓✓ Sejam apresentadas como variantes quando não seja apresentada ou seja excluída
a proposta base.
✓✓ Sejam constituídas por documentos falsos ou nos quais os concorrentes prestem
falsas declarações.
art.º
✓✓ Se mostrem contratualmente inaceitáveis, por violarem o caderno de encargos.
83.º
✓✓ Apresentem um preço superior ao preço base.
✓✓ Violem disposições legais ou regulamentares aplicáveis.
✓✓ Quando o critério de adjudicação for o mais baixo preço, apresentem um preço
total anormalmente baixo, cujos esclarecimentos justificativos não tenham sido apresen-
tados ou não permitam justificar objectivamente o preço apresentado.
✓✓ Revelem a existência de fortes indícios de actos, acordos, práticas ou informações
susceptíveis de falsear as regras de concorrência.
✓✓ Sejam apresentadas por concorrentes em violação do disposto nas regras especí-
ficas do procedimento de concurso limitado por prévia qualificação consideradas conve-
nientes pela entidade pública contratante, desde que o programa do concurso assim o
preveja expressamente.
NOTA: Comissão de Avaliação pode pedir aos concorrentes quaisquer esclarecimentos sobre as
propostas apresentadas que considere necessários para a sua análise e avaliação.
Os esclarecimentos prestados pelos concorrentes fazem parte integrante das suas propostas,
desde que não contrariem os elementos constantes dos documentos que as constituem, não as
alterem ou completem, nem visem suprir omissões que determinam a respectiva exclusão do
concurso.
Os esclarecimentos prestados são notificados a todos os concorrentes (art.º 82.º).
Terminado o prazo de cinco dias a Comissão de ✓✓ Proceder a nova audiência prévia, conce-
Avaliação elabora um relatório final, fundamen- dendo um prazo de até cinco dias para que os
tado, no qual pondera as observações dos con- concorrentes se pronunciem;
correntes efectuadas na audiência prévia, man- ✓✓ Elaborar um novo relatório final; e
tendo ou modificando o teor e as conclusões do ✓✓ Enviar o novo relatório final ao órgão com-
relatório preliminar, podendo ainda propor a ex- petente para a decisão de contratar para efeitos
clusão de qualquer proposta, se verificar, nesta de aprovação.
NOTA: Quando tenha sido apresentada apenas uma proposta, a Comissão de Avaliação procede
à sua análise e, no caso de não ser detectada qualquer causa de exclusão, prepara a proposta de
adjudicação para aprovação do órgão competente para a decisão de contratar, não havendo lugar
à elaboração do relatório preliminar e do relatório final nem à audiência prévia (n.º 4 art.º 87.º).
No caso de o programa do concurso não prever preveja a adopção de uma fase de negociações
a adopção de uma fase de negociações ou de ou de um leilão electrónico, o órgão competente
um leilão electrónico, o órgão competente para para a decisão de contratar pondera o teor e as
a decisão de contratar pondera o teor e as con- conclusões do relatório final para efeitos da sua
clusões do relatório final para efeitos de adjudica- selecção para a negociação ou para o leilão (n.º 2
ção. Se, por outro lado, o programa do concurso do art.º 88.º).
S
endo uma fase eventual para todos os n.º 2 do art.º 22.º.
procedimentos, só se pode realizar se
estiver prevista no Programa do proce-
dimento, tal como dispõe a LCP no n.º 2
do artigo 88.º, 89.º, al. r) do art.º 70.º e o
Base
Aspectos Fundamentais Formas de concretização
Legal
✓✓ Todas as propostas que não padeçam de qual-
quer causa de exclusão; ou
✓✓ Apenas as propostas ordenadas nos primeiros
Propostas a negociar art.º 89.º
lugares, de acordo com o número fixado no Programa
de Concurso.
35
Nesta notificação, deve se indicar o formato a seguir nas negociações, nomeadamente se decorrem em separado ou
em conjunto com os diversos concorrentes e se decorrem parcial ou totalmente por via electrónica.
36
É necessário que a delimitação do conteúdo a negociar seja feita de forma clara e objectiva, por forma a evitar possíveis
surpresas aos concorrentes e ou eventuais favorecimentos aos concorrentes que participam desta fase.
37
Se da audiência prévia surgirem alegações que impõem a alteração da pontuação definida no relatório preliminar, a
Comissão de Avaliação, promove uma nova audiência prévia, com duração de cinco dias e elabora o relatório final.
N
os termos da LCP o Leilão electróni- baixo preço, e se a sua realização for tecnicamen-
co consiste num processo interactivo te viável, todos os concorrentes são simultanea-
baseado num dispositivo electrónico mente convidados pela EPC, por via electrónica,
destinado a permitir aos concorrentes para participarem no leilão electrónico. Este con-
melhorar progressivamente os atribu- vite deve indicar o seguinte:
tos das suas propostas submetidas à concorrên-
cia, depois de avaliadas, obtendo a classificação ✓✓ A ordenação da proposta do concorrente
destas através de um tratamento automático38. convidado;
Caso o programa do concurso preveja a realiza- ✓✓ A data e a hora do início do leilão; e
ção de leilão electrónico, o que só pode aconte- ✓✓ O modo de encerramento do leilão.
cer quando o critério de adjudicação é o do mais
NOTA: Quando a EPC decida utilizar um leilão electrónico, o programa do concurso deve indicar:
✓✓ As condições em que os concorrentes podem propor novos preços, nomeadamente as
diferenças mínimas exigidas entre licitações;
✓✓ Outras regras de funcionamento do leilão electrónico;
✓✓ As informações relativas ao dispositivo electrónico a utilizar e as modalidades e especifica-
ções técnicas de ligação dos concorrentes ao mesmo (art.º 93.º).
✓✓ O leilão electrónico realiza-se pelo menos, ✓✓ A EPC pode encerrar o leilão electrónico na
decorridos três dias, a contar da data do envio data e hora previamente fixadas no convite para
dos convites. O dispositivo electrónico utilizado participação no leilão electrónico ou depois de
deve permitir informar permanentemente todos decorrido o prazo máximo contado da recepção
os concorrentes acerca dos novos preços propos- da última licitação, sem que haja lugar à apre-
tos e da ordenação de todas as propostas. sentação de novos preços correspondentes às di-
✓✓ No decurso do leilão electrónico, a EPC não ferenças mínimas exigidas entre licitações (art.º
pode divulgar, directa ou indirectamente, a iden- 96.º e 97.º).
tidade dos concorrentes que nele participam.
7.6.1.10 Adjudicação
Após a apresentação do relatório final para efei- A Adjudicação é o acto pelo qual o órgão compe-
tos de adjudicação, que marca o fim da activida- tente para a decisão de contratar aceita a única
de da Comissão de Avaliação, dá-se o início às proposta apresentada ou escolhe uma de entre
formalidades finais do procedimento que é a ad- as várias propostas apresentadas (al. a) art.º 5.º).
judicação e a assinatura / outorga do contrato.
Apesar de a LCP restringir o Leilão Electrónico a adjudicação com base no critério do preço mais baixo, n.º 3 do art.º 92.º,
38
entende-se que este pode ser utilizado para o critério da proposta economicamente mais vantajosa, desde que conste
do Programa de Concurso e que se restrinja aos aspectos submetidos à concorrência.
A
caução definitiva é uma garantia pres- celebrado pelas partes.
tada pelo adjudicatário, a favor da EPC
com objectivo de assegurar o exac-
to e pontual cumprimento das obri-
gações decorrentes do contrato a ser
Tabela 35: Caução definitiva
Se, por facto que lhe seja imputável, o Neste caso, o órgão
adjudicatário não prestar, em tempo e competente para a
Consequência da nos termos definidos, a caução que lhe decisão de contratar art.º 111.º,
não apresentação seja exigida a adjudicação caduca. deve adjudicar a pro- 112.º e
da caução posta ordenada em lu- 113.º
gar subsequente.
A
LCP, atendendo a necessidade de con- tuados nas seguintes condições cumulativas:
ferir maior dinamismo na realização ✓✓ Quando o valor dos adiantamentos não ul-
do objecto do contrato, dá a possibi- trapasse 15� do preço global do contrato; e
lidade à EPC de efectuar pagamentos ✓✓ Quando o adjudicatário preste uma caução
adiantados ao empreiteiro, locador de valor igual ao adiantamento41, aplicando-se o
ou fornecedor de bens ou serviços. Porém, estes disposto no artigo 63.° da LCP quanto ao modo
pagamentos adiantados apenas podem ser efec- de prestação da caução.
A
celebração do contrato é o acto for- judicada e que tenha apresentada a caução defi-
mal, por intermédio da qual, o órgão nitiva, quando exigida, assumem o compromis-
competente para a autorizar a despe- so de cumprirem com as prestações constantes
sa ou a quem este delegar compe- quer no caderno de encargo como na proposta
tência e o representante do operador apresentada.
económico privado cuja proposta tenha sido ad-
Base
Aspectos Fundamentais Formas de concretização Observações
Legal
Caderno de Encargos e Conteúdo da Em caso de conflito
Proposta bem como os respectivos entre o conteúdo do
esclarecimentos, caso existam. contrato e estes do-
cumentos, prevalecem
os documentos pela
seguinte ordem:
1º Esclarecimentos e
as rectificações relati-
n.º 2, 6
Partes integrantes do vos ao caderno de en-
do art.º
Contrato cargos;
110.º
2º Caderno de encar-
gos;
3º Proposta adjudicada;
4º Esclarecimento so-
bre a proposta adju-
dicada prestados pelo
adjudicatário.
A entidade pública contratante pode, excepcionalmente, efectuar adiantamentos superiores, quando tal seja previsto
41
✓✓ Caducidade da adjudicação;
✓✓ Perda da caução a favor da EPC;
e
✓✓ Adjudicação da proposta orde-
Consequência da não assi-
nada em segundo lugar.
natura do contrato
✓✓ Factos imputáveis a EPC:
✓✓ Adjudicatário desvincula-se da
proposta (se for do seu interesse); e
✓✓ Liberar a caução e indemnizar
pelos danos emergentes.
O
Concurso Limitado por Prévia Qualifi- Na tabela seguinte apresenta-se o mapeamento
cação é um procedimento de contra- do Concurso Limitado por Prévia Qualificação, que
tação pública, aberto, isto é, que se se rege, com as necessárias adaptações, pelas
inicia por intermédio de um anúncio e normas constantes do regime jurídico do Concur-
que tem como principal objectivo afe- so Público, nos termos do art.º 117.º da LCP, com
rir da capacidade técnica e financeira dos candi- excepção da fase de qualificação.
datos antes da apresentação das suas propostas.
O concurso limitado por prévia qualificação de- ✓✓ Apresentação, análise e avaliação das pro-
senvolvendo-se em duas fases: postas e adjudicação – caracterizando-se por ser
uma fase onde apenas podem participar os can-
✓✓ Apresentação de candidaturas e qualifica- didatos qualificados, os quais são convidados pela
ção dos candidatos – consistindo uma fase de ca- entidade pública contratante a apresentar uma
rácter público, nela podendo participar todos os proposta (art.º 118).
interessados através da apresentação de uma
candidatura;
42
Tendo sido apresentado alguma reclamação ou verificada alguma causa de exclusão superveniente sobre qualquer
proposta gerando a modificação do relatório preliminar realiza-se uma nova audiência prévia.
43
Vide nota anterior.
Aspectos Base
Formas de concretização Observações
Fundamentais Legal
O anúncio deve referir-se
O anúncio deve: claramente a existência das
duas fases do procedimento
✓✓ Ser elaborado em conformidade com e deve conter os requisitos
o modelo Anexo VIII à LCP; mínimos de qualificação (ca-
✓✓ Ser publicado no Diário da República, pacidade técnica e financei-
art.º
na III série, no Portal da Contratação Pública ra).
Anúncio 119.º
e num jornal de grande circulação no País.
e 69.º
Caso seja admitida a participação de pessoas
estrangeiras, o anúncio deve ser replicado
em meios que comprovadamente levem a
informação aos mercados internacionais.
44
Presencialmente, mediante protocolo, no endereço da entidade pública contratante indicado no programa, por carta
registada, com aviso de recepção, por correio electrónico, com avisos de recepção e leitura ou por plataforma electrónica
usada pela entidade pública contratante, com emissão de um recibo comprovativo da data e hora de recepção.
No dia útil imediatamente subsequente ao termo liação das candidaturas a fim de verificar se as
do prazo para a apresentação das candidaturas46, mesmas padecem de alguma causa de exclusão
a Comissão de Avaliação reúne, em sessão reser- (art.º 128.º e 130.º).
vada, para abertura das mesmas. Nesta sessão, a
Comissão de Avaliação procede à análise e ava-
Aspectos Base
Observações
Fundamentais Legal
A Comissão de Avaliação pode pedir aos candidatos quaisquer es-
clarecimentos sobre as candidaturas apresentadas que considere ne-
Esclarecimentos cessários para a sua análise e avaliação, constituindo tais esclareci-
art.º
sobre as candida- mentos parte integrante das candidaturas, desde que não contrariem
129.º
turas os elementos constantes dos documentos que as constituem, não os
alterem ou completem, nem visem suprir omissões que determinam
a respectiva exclusão47 .
45
O candidato pode sempre, sob sua responsabilidade, apresentar outros documentos, em alternativ a aos exigidos no
programa do concurso, se considerar que são igualmente demonstrativos do preenchimento de determinado requisito
mínimo de capacidade técnica.
46
Por motivo justificado, pode a abertura das candidaturas realizar-se dentro dos dez dias subsequentes ao último dia
indicado para a apresentação das candidaturas.
47
Os esclarecimentos prestados são notificados a todos os candidatos.
O
Concurso Limitado por Convite é um valores para a adopção deste tipo de procedi-
procedimento fechado, isto é, menos mento, para apresentarem propostas (e não fac-
concorrencial e baseia-se no cadastro turas proforma). O concurso limitado por convite
de fornecedores do Estado e no co- rege-se com as necessárias adaptações, pelas
nhecimento que a EPC tem do merca- normas constantes do regime jurídico do Concur-
do. A EPC convida vários operadores económicos so Público, nos termos do art.º 136.º e 142.º da
privados, no mínimo três, dentro dos limites de LCP.
Base
# Nome da Actividade
Legal
1 Decisão de contratar e competência para autorização da despesa art.º 31.º, 35.º e 38.º
2 Selecção do procedimento de Concurso Limitado por Convite art.º 22.º, 24.º e 32.º
3 Elaboração e aprovação das peças do procedimento art.º 44.º, 45.º, 46.ºe
138.º
4 Formação da Comissão de Avaliação (CA) art.º 41.º
5 Envio do convite e do caderno de encargos art.º 138.º
6 Registo do convite no Portal da Contratação Pública n.º 1 do art.º 138.º
7 Recepção das propostas al. b) do n.º 1 do
art.º 43.º
8 Análise dos documentos e avaliação das propostas al. d) do art.º 75.º e
142.º
Manual Prático da Contratação Pública Angolana 70
Base
# Nome da Actividade
Legal
9 Solicitação de esclarecimentos sobre as propostas art.º 82.º
11 Elaboração do relatório preliminar art.º 85.º
12 Audiência prévia dos concorrentes (eventuais reclamações dos concor-
art.º 86.º
rentes – análise e deliberação)
21 Elaboração do relatório final48 e envio ao órgão competente da EPC n.º 1e 3 do art.º
para aprovação 87.º
23 Negociação de propostas (caso previsto no programa ou nos termos n.º 2 do art.º 88.º,
de referência do concurso) 89.º e 90.º
24 Relatório preliminar da negociação n.º 1 do art.º 91.º
25 Audiência prévia da negociação n.º 3 do art.º 91.º,
86.º e 87.º
26 Relatório final da negociação49 n.º 3 do art.º 91.º
27 Decisão de adjudicação art.º 98.º e 99.º
28 Notificação da decisão de adjudicação ao adjudicatário e, caso aplicá- n.º 1 do art.º 98.º,
vel, de prestação da caução definitiva 101.º, 102.º e 103.º
29 Notificação da adjudicação aos restantes concorrentes n.º 2 do art.º 98.º
30 Comunicação da Adjudicação ao SNCP art.º 99.º
31 Celebração do Contrato – Redução ou não a escrito art.º 108.º e 109.º
32 Outorga / assinatura do contrato art.º 114.º e 115.º
33 Confirmação de contratos pelo Ministro das Finanças n.º 5 do art.º 7.º do
DP n.º 1/17 – Re-
gras Anuais Execu-
ção OGE e DE n.º
155/14 – Confirma-
ção de Contratos.
34 Fiscalização preventiva do contrato pelo Tribunal de Contas Conforme Lei Anual
de Aprovação do
OGE
35 Execução do contrato n.º 1e 2 do art.º 2.º,
181.º e 347.º
48
Tendo sido apresentado alguma reclamação ou verificada alguma causa de exclusão superveniente sobre qualquer
proposta gerando a modificação do relatório preliminar realiza-se uma nova audiência prévia.
49
Vide nota anterior.
A
contratação simplificada é o procedi- acordo com o n.º 3 do artigo 24.º da LCP. A con-
mento ideal para as compras rápidas tratação simplificada rege-se com as necessárias
e de pequeno valor. Pode ser utilizado adaptações, pelas normas constantes do regime
quer em função de critérios materiais, jurídico do Concurso Limitado por Convite, nos
nos termos dos artigos 27.º; 28.º; 29.º termos do art.º143.º da LCP.
e 30.º, quer em função do critério de valor, de
O convite é obrigatoriamente acompanhado pelo caderno de encargos, sendo enviado em simultâneo a todas as pes-
50
A contratação simplificada rege-se, com as ne- o que não seja incompatível com o abaixo apre-
cessárias adaptações, pelas disposições que re- sentado.
gulam o concurso limitado por convite em tudo
Base
Fases Formas de Concretização Observações
Legal
A EPC com base no conhecimen- O envio do convite para a apresentação
to que tem dos potenciais con- da proposta, que deve ser elaborado em
correntes escolhe livremente a conformidade com o modelo disponibi-
n.º
entidade a convidar para apre- lizado no Portal, é feito através de qual-
1 do
Convite sentar proposta, dentro do limite quer meio escrito, devendo efectuar-se
art.º
de valor, salvo quando se veri- o seu registo no Portal da Contratação
144.º
ficar algumas das razões para a Pública.
adopção pelos critérios materiais
nos termos do art.º 26.º a 30.º.
Não podem ser convidadas a A existência destes impedimentos justi-
apresentar propostas as entida- fica-se pela necessidade de permitir que
des às quais já tenha sido adju- mais agentes económicos privados parti-
dicado, no ano económico em cipam dos processos de contratação pú-
curso e no anterior, na sequência blica, por um lado e, por outro, que a EPC
de procedimentos de contrata- possa conseguir preços mais competiti-
Impedimento art.º
ção simplificada adoptados nos vos praticados no mercado.
ao convite 145.º
termos da LCP, propostas para
a execução de prestações do
mesmo tipo ou idênticas às do
contrato a celebrar, cujo valor
acumulado seja superior a cinco
milhões de Kwanzas.
O órgão competente para a deci- A dispensa da Comissão de Avaliação
são de contratar pode dispensar jusitica-se pela manifesta simplicidade
a constituição de uma Comissão do procedimento. Em casos contrários,
Dispensa da de Avaliação, competindo aos torna-se necessária a existência da Co-
art.º
Comissão de serviços da EPC pedir esclareci- missão de Avaliação, principalmente,
146.º
Avaliação mentos sobre a proposta apre- quando o convite tenha sido submetido
sentada e submeter àquele o a mais de um operador económico priva-
projecto da decisão de adjudica- do, seguindo, neste caso a tramitação do
ção. Concurso Limitado por Convite.
A Comissão de Avaliação ou, A negociação tem como objectivo per-
quando não exista os serviços da mitir que a proposta apresentada pelo
EPC, podem negociar a propos- concorrente se adapte, em termos mais
ta apresentada no sentido de a racionais e económicos, ao interesse pú-
melhor adequar às necessidades blico aquisitivo. art.º
Negociação
subjacentes à contratação pre- 147.º
tendida. Se houver lugar a nego-
ciação, o formato, os termos e
os prazos da mesma são fixados
livremente pela EPC.
2.º Negociação
2.º Acto Público 2.º Qualificação 2.º Análise & Avaliação (Facultativa)
5.º Celebração do
5.º Adjudicação 5.º Análise & Avaliação
Contrato
6.º Negociação
6.º Celebração do
(Facultativa)
Contrato
7.º Adjudicação
8.º Celebração do
Contrato
A
s EPC que celebrem contratos de em- aprova o Orçamento Geral do Estado, ficam su-
preitada de obras públicas, de aquisi- jeitas ao processo de confirmação de contratos
ção de serviços ou de fornecimentos pelo Ministro das Finanças, nos termos do Decre-
de bens inscritos no Programa de In- to Executivo n.º 155/14, de 27 de Maio.
vestimento Público e os de consulto- Para tal, as EPC devem remeter uma via dos con-
ria e assistência técnica, nos limites de valores tratos celebrados, acompanhados dos respecti-
fixados para fiscalização preventiva na Lei que vos anexos, da nota de cabimentação e do docu-
A
fiscalização preventiva tem como ob- vés do visto, da sua recusa ou da declaração de
jectivo verificar se os actos e os con- conformidade.
tratos a ela sujeitos estão em confor- Devem ser submetidos ao Tribunal de Contas,
midade com a legislação vigente e para efeito de fiscalização preventiva:
se os encargos deles resultantes têm
cabimentação orçamental, sendo exercida atra- ✓✓ Os contratos de qualquer natureza, de va-
É
o procedimento que permite à EPC selec- civil ou do processamento de dados (art.º 150.º).
cionar um ou mais trabalhos de concep- Trata-se de um procedimento para atribuição de
ção, idealizados nos domínios artístico, do prémios ou menções honrosas a um ou mais se-
ordenamento do território, do planeamen- leccionados.
to urbano, da arquitectura, da engenharia
Formas de Base
Fases Observações
concretização legal
Início Inicia com a decisão de seleccionar um ou Todas as decisões devem
mais trabalhos de concepção ser fundamentadas
Escolha da mo- Cabe ao órgão com competência para dar As EPC podem associar-se art.º
dalidade início ao procedimento nos termos do artigo 34.º
152.°
para lançarem um único pro-
cedimento
8.2 Acordos-quadro
U
m acordo-quadro é um contrato cele- O Regulamento aplicável à Formação e Execução
brado entre uma ou várias entidades de acordos-quadro prevê que possam ser cele-
adjudicantes e um ou mais fornecedo- brados acordos-quadro em duas modalidades:
res, com vista a disciplinar relações con-
tratuais futuras a estabelecer ao longo ✓✓ Entre uma ou mais entidades públicas con-
de um determinado período de tempo, mediante tratantes e um co-contratante51;
a fixação antecipada dos respectivos termos e ✓✓ Entre uma ou mais entidades públicas con-
condições (al. a) do art.º 5 e 166.º). tratantes e vários co-contratantes52.
C
ompete à Direcção Nacional de Patrimó- máximo da entidade pública contratante a for-
nio do Estado a formação e celebração mação e celebração de acordos-quadro a nível
de acordos-quadro, definição das enti- sectorial, a definição dos organismos sujeitos e a
dades públicas contratantes sujeitas aos sua forma de vinculação.
mesmos e a sua forma de vinculação.
Sem prejuízo disso, as entidades públicas contra- Para a formação de acordos-quadro são adop-
tantes, em função da proximidade das suas atri- tados os procedimentos previstos na LCP53, com
buições, têm competência para celebrar acordos- excepção do Procedimento de Contratação Sim-
quadro de categoria de bens e serviços que lhes plificada.
sejam comuns, caso em que compete ao órgão
51
Nesta modalidade, o acordo-quadro deve especificar todos os aspectos da execução do contrato a celebrar ao seu
abrigo.
52
Nesta modalidade, o acordo-quadro pode ser dividido em lotes.
53
Se para a formação de um acordo-quadro for escolhido o procedimento de concurso limitado por convite, só podem ser
celebrados contratos ao seu abrigo enquanto o somatório dos respectivos preços for inferior a 182 milhões de Kwanzas.
P
or notificação do Ministério das Finanças, ✓✓ Mobiliário;
as entidades públicas contratantes ficam ✓✓ Veículos rodoviários;
vinculadas a constituir e a integrar uma ✓✓ Seguros de veículos;
associação de entidades públicas contra- ✓✓ Licenciamento de Software;
tantes para a formação e execução de ✓✓ Serviços de protecção e vigilância;
um acordo-quadro, nomeadamente para as se- ✓✓ Serviços de limpeza e saneamento; e
guintes categorias de bens, serviços e empreita- ✓✓ Empreitadas de obras públicas.
das de obras públicas:
As entidades públicas contratantes podem, sem-
✓✓ Equipamento informático; pre que possível, aderir voluntariamente aos
✓✓ Cópia e impressão; acordos-quadro instituídos, desde que manifes-
✓✓ Papel, economato e consumíveis de im- tem formalmente essa intenção.
pressão;
A
execução dos acordos-quadro é feita brar os contratos públicos de aprovisionamento
mediante a celebração de contratos sobre os bens, serviços e empreitadas de obras
públicos de aprovisionamento. Salvo públicas nos termos e condições inicialmente de-
previsão expressa no acordo-quadro, finidos.
não é exigível a redução do contrato Da celebração de contratos públicos de aprovisio-
público de aprovisionamento a escrito, competin- namento não devem resultar alterações substan-
do ao órgão máximo de cada entidade pública ciais, dos termos e condições submetidos à con-
contratante vinculada aos acordos-quadro cele- corrência consagrados nos acordos-quadro.
Q
uando o acordo-quadro for o estabe- sa à nota de cabimentação, através da condução
lecido com um único co-contratan- de um procedimento de contratação simplificada.
te, a adjudicação do contrato público Quando o acordo-quadro for o estabelecido
de aprovisionamento pode consistir com vários co-contratantes, o contrato público
numa mera aprovação da factura ou de aprovisionamento é formado, após convite
documento equivalente, com referência expres- a todos os co-contratantes e escolha da melhor
O
prazo de vigência dos acordos-qua- gência exceder a quatro anos54.
dro não pode ser superior a dois anos,
podendo ser prorrogado, nos termos
previstos no caderno de encargos do
acordo-quadro, por períodos equiva-
lentes, não podendo em qualquer caso a sua vi-
P
ara efeitos de publicitação, os acordos- acordos-quadro devem ser divulgados através do
quadro celebrados devem ser publica- Portal.
dos no Portal da Contratação Pública. De
igual modo, também os catálogos elec-
trónicos que resultem da celebração de
54
Em casos excepcionais e devidamente fundamentados, designadamente, quando tal se revele ne-
cessário em função da natureza das prestações objecto do acordo-quadro ou das condições da res-
pectiva execução, o caderno de encargos pode estipular um prazo de vigência superior a 4 anos e
inferior a 8 anos, sendo vedada a prorrogação.
O
Portal da Contratação Pública é um contratação pública angolana, tornando-as aces-
espaço virtual onde são publicitados síveis ao público em geral;
elementos referentes à formação ✓✓ Divulgar os anúncios de procedimentos
e execução dos contratos públicos, concursais e adjudicações de contratos;
permitindo o seu acompanhamento, ✓✓ Aumentar a transparência e conformidade
monitorização e comunicação entre o SNCP, as com os requisitos legais da Contratação Pública,
EPC, os Fornecedores, público em geral e demais em harmonia com os padrões universalmente
intervenientes no sistema da contratação pública, consagrados;
sendo a principal fonte de partilha de informação ✓✓ Uniformizar as políticas, processos e proce-
sobre esta matéria no país (art.º 12.º). dimentos de contratação pública;
✓✓ Promover a comunicação e cooperação
Acessível através do endereço www.contrata- entre os principais intervenientes no Sistema da
caopublica.minfin.gov.ao , o Portal foi criado para Contratação Pública;
dar cumprimento a esta obrigação legal e a sua ✓✓ Difundir informação relevante sobre o fun-
gestão é assegurada pelo SNCP. cionamento, organização e sustentabilidade do
Sistema da Contratação Pública;
O Portal da Contratação Pública serve para: ✓✓ Fornecer ferramentas para auxiliar na ac-
tuação quotidiana dos utilizadores do Portal; e
✓✓ Ampliar a concorrência, tornando-a justa e
✓✓ Centralizar e divulgar informações de na- efectiva entre os fornecedores.
tureza legal, administrativa e operacional sobre a