Sexo
Sexo
Sexo
Sexologia
—Sexualidade infantil—
—Origens da homossexualidade e de outras patologias—
—Regulação da função sexual—
—Aspectos bioenergéticos do sexo—
—Ética, religião e sexo—
Traduzido ao português
por Miguel Ledro Henriques
New Atlanteans
2016
Este livro contém uma descrição científica, mas
compreensível para o público em geral, dos mecanismos
e regularidades do desenvolvimento do aparelho
reprodutor humano no período embrionário, infantil e
na adolescência.
Também contém uma descrição completa, baseada
nos resultados de experiências pertinentes sobre
animais, dos mecanismos segundo os quais se forma a
homossexualidade em ambos os sexos.
O autor descreve os métodos que permitem regular
a actividade sexual, que variam desde a eleição de uma
dieta apropriada até à auto-regulação psíquica, que
inclui o trabalho com os chakras e meridianos.
Uma parte significativa deste livro é dedicada ao
aspecto bioenergético da interacção sexual, à psicologia
sexual e à ética, examinada inclusivamente do ponto de
vista religioso. O autor dá provas de que a sexualidade
pode contribuir para o crescimento espiritual através do
desenvolvimento correcto da esfera emocional, da
refinação da consciência e do auto-controlo ético.
Uma bibliografia exaustiva é apresentada no final.
O livro é dirigido tanto a cientistas especializados
e médicos como ao público em geral.
Fases do desenvolvimento
sexual
Este tema foi investigado tanto mediante as
observações do desenvolvimento infantil dos humanos
[29-32, 48, 53-54, 59-601] como dos animais [2-3, 6, 85-
86 e outros]. A partir destas investigações, foi
demonstrado que a puberdade não ocorre de uma só vez
na ontogénese (o desenvolvimento individual durante a
encarnação actual) mas, pelo contrário, várias partes do
sistema reprodutor terminam de se desenvolver em
diferentes momentos, que por vezes estão separados
por vários anos.
As primeiras manifestações primitivas da
actividade do sistema reprodutor num menino e nas
crias dos mamíferos podem observar-se na erecção do
tecido cavernoso dos genitais, até mesmo poucos dias
depois do nascimento. Este tipo de erecções ocorre
como resposta a estímulos não específicos, como, por
exemplo, resultado de um susto, durante o choro, ao
comer, ao experiênciar dor, ao rir, etc.
A segunda fase é conhecida como a etapa da
“interssexualidade juvenil” que, na ontogénese
humana, tem lugar entre os 7-9 e os 15-17 anos. Nesta
idade, as glândulas sexuais aumentam a génese de
androgénios, hormonas sexuais masculinas que também
estão presentes no organismo feminino e que são
reguladores universais da sexualidade (a nível do
sistema endócrino) em ambos os sexos (ver [4]).
A influência dos androgénios provoca a
intensificação considerável das manifestações sexuais,
especialmente nos varões. A ausência de orientação
sexual definida em direcção aos representantes do sexo
oposto da mesma espécie biológica é típica desta fase,
Zonas erógenas
As zonas erógenas podem ser genitais ou não
genitais [41, 50, 65, 69 e outros]. O corpo feminino tem
uma maior variedade destas zonas em comparação com
o masculino. No contexto deste livro, é importante
examinar este tema em conjunto com alguns problemas
da psicologia sexual.
“Todas as mulheres são iguais”, é o que podemos
ouvir frequentemente dos varões que querem pretender
ser “experientes”. Mas, na realidade, só uma pessoa
egocêntrica e primitiva pode dizer algo assim. A
verdade é que é difícil encontrar duas mulheres
semelhantes do ponto de vista sexual. Mas somente
aquele que não procura nas relações sexuais o prazer
para si, mas sim para o seu par, pode conhecê-lo.
As mulheres não são semelhantes no que toca ás
carícias que são adequadas para cada uma.
Tão pouco são semelhantes quanto ao tipo de coito
que pode proporcionar-lhes o prazer mais intenso e
satisfação mais completa. Isto depende da zona erógena
genital que prevalece em cada mulher.
Por exemplo, o clitóris é a zona erógena mais
sensível de algumas mulheres, o que não lhes permite
alcançar a satisfação durante o coito realizado dessa
forma “inexperiente” e vulgar que é típica dos varões
quando começam recentemente a sua vida sexual. No
entanto, é possível alcançar um alto nível de harmonia
com tais mulheres (e com quase todas as mulheres) se
antes do coito o varão acaricia suavemente e com
ternura, de maneira transversal ou longitudinal, o
clitóris da sua amada com a sua mão durante muito
tempo.
Para além disso, ele pode acariciá-lo também
durante o coito, o que pode proporcionar ás sensações
uma beleza adicional.
Outras mulheres têm um tecido eréctil
pronunciado e uma parede vaginal frontal erógena
debaixo do osso púbico. Para tais mulheres, também
apenas umas formas bastante específicas de união
sexual serão adequadas.
Adicionalmente, podemos distinguir vários grupos
de mulheres cuja zona erógena genital predominante é
a parte mais profunda da vagina, ou o colo uterino, ou a
parte média da parede frontal da vagina, ou a entrada,
ou todas as paredes.
Também há uma grande variedade de zonas
erógenas não genitais, tais como as glândulas mamárias,
a pele da cara e das costas ao nível das omoplatas, do
sacro e das nádegas, o couro cabeludo, os lóbulos das
orelhas, os braços e as pernas em toda a sua extensão
e, principalmente, os pés. Por exemplo, algumas
mulheres são capazes de alcançar um orgasmo pleno
como resultado de longas e tenras carícias nos seus
mamilos. Para outras, por outro lado, estas partes do
corpo não são erógenas em absoluto.
Por vezes, existem desvios da sensibilidade
erógena de certas zonas. Em tais casos, tocá-las causa
incómodo e até mesmo dor. Por exemplo, conheci uma
mulher cuja vagina inteira era sempre extremamente
sensível, de maneira que apenas tocar uma parte desta
lhe causava dor, ainda que os ginecologistas não
encontrassem nenhum processo inflamatório nessa área.
No caso de outra mulher, qualquer contacto com as
paredes vaginais causava-lhe uma sensação insuportável
de cócegas, mas, em troca, tinha um clitóris
extremamente erógenos.8
O funcionamento das glândulas sexuais
“lubrificantes”, que preparam a vagina para a relação
sexual, também varia de mulher para mulher. Nalguns
casos, estas glândulas trabalham intensamente.
Noutros, há mulheres cuja vagina permanece quase seca
depois de um jogo preliminar prolongado e até mesmo
depois de um orgasmo provocado pelas carícias das
zonas erógenas extravaginais. No último caso, uma
relação sexual será harmoniosa apenas se se utiliza
algum tipo de lubrificante íntimo.
Por isso, a tarefa do varão consiste em estudar a
sua companheira e tratar de a levar à harmonia. E
apenas então ambos estarão bem.
Aprender a procurar a dita, a harmonia e o deleite
para o seu par, esta é uma das possibilidades para o
auto-desenvolvimento espiritual através do aspecto
sexual do amor.
Em troca, qualquer acto de indulgência para com o
próprio egoísmo, para nem falar do desenvolvimento
intencional deste, é o caminho em direcção à
degradação espiritual.
Ninguém possui o conhecimento inato sobre a
psicologia sexual do sexo oposto.
***
Quando um varão acaricia a sua amada, os seus
movimentos devem ser, regra geral, ternurentos, suaves
e tranquilos. E então a mulher entra nos estados subtis
de êxtase da consciência e o varão, sintonizando-se com
ela e unindo-se com ela com a consciência, também
experimenta estes estados muito valiosos. Graças a isto,
tem lugar o aumento do potencial Átmico da kundalini
de ambos os companheiros, um processo muito
importante para a evolução pessoal, ainda que oculto
para a visão física [25].
Para além disso, ambos os companheiros podem
desta maneira conhecer e acostumar-se aos estados
paradisíacos e depois aos estados ainda mais altos de
êxtase subtil.
Pois devemos entender que um dos componentes
mais importantes do desenvolvimento espiritual é a
refinação da consciência. Através desta refinação,
aproximamo-nos da Consciência mais subtil de todas as
consciências,, a Consciência do Criador! [15-19, 21-25].
Esta é a Sua Ideia para nós no que toca ao aspecto
sexual do amor.
***
Se um varão não está seguro de que consiga levar a
sua amada ao orgasmo através do contacto genital,
pode induzi-lo com a mão (limpa, claro está),
acariciando as suas zonas erógenas genitais mais
sensíveis, e só depois prosseguir para o coito.
Deve ter-se em conta que, no caso de quase todos
os varões, a actividade sexual decai naturalmente entre
os 45 e os 55 anos (Nesta idade, também começa a
menopausa nas mulheres.). E é então, entre outros
casos, que será muito oportuno recordar a
recomendação dada no parágrafo anterior.
Aspectos bioenergéticos do
sexo
Agora examinemos outro importante mecanismo
que regula a função sexual: o mecanismo bioenergético.
Uma parte significativa dos processos de
actividade vital do organismo sucede no plano
bioenergético [23,25]. Poder-se-ia dizer que neste plano
existem orgãos especiais e vias condutoras. Estes orgãos
são representados pelos chakras e, as vias condutoras,
pelos meridianos.
O conhecimento prático sobre estas estruturas tem
sido usado na arte da auto-regulação psíquica nos países
orientais desde os tempos antigos. No entanto, foi na
Rússia que este conhecimento se combinou com as
noções científicas modernas sobre a natureza
multidimensional do organismo humano, e onde foram
criados os ensinamentos exaustivos acerca dos chakras e
meridianos como zonas reflexológicas da esfera
emocional-volitiva do homem [14-25].
Aprender as técnicas de trabalho com estas
estruturas providencia-nos métodos muito eficazes para
a auto-regulação psíquica, os quais nos permitem deixar
de ser um indivíduo doente, associal, melancólico, irado
e constantemente irritado e transformar-nos numa
pessoa saudável, alegre, e sociável num lapso de apenas
uns poucos meses.
Outra função dos chakras consiste na acumulação,
transformação e redistribuição das bioenergias livres
(isto é, aquelas que não estão contidas nos laços
bioquímicos) no organismo.
Os chakras localizam-se da seguinte maneira:
Sahashara é um chakra que tem a forma de um
disco deitado e que está alocado debaixo do osso
parietal. O seu diâmetro é à volta de 12 centímetros; a
sua altura é de 5 centímetros aproximadamente
(estamos a indicar o tamanho dos chakras
desenvolvidos). Corresponde-se com os hemisférios
cerebrais.
Ajña é um chakra de tamanho grande que está
ubicado no meio da cabeça e que coincide com as
secções centrais do cérebro.
Vishudda é um chakra que está localizado na parte
inferior do pescoço e que ocupa o espaço entre a coluna
e a tiroide.
Anahata está localizado no tórax e ocupa, quando
está desenvolvido, a maior parte do mesmo.
Manipura é o chakra da parte superior do
abdómen.
Svadhisthana é o chakra da parte inferior do
abdómen.
Muladhara é o chakra ubicado na parte inferior da
pélvis entre o cóccix e o púbis.
O grau de desenvolvimento dos chakras
corresponde-se com as características psíquicas do
indivíduo.
Assim, um sahasrara desenvolvido implica que a
pessoa tenha uma pronunciada capacidade para o
pensamento “estratégico”, isto é, a faculdade de
abarcar mentalmente a situação inteira, de a ver com
uma “visão holística”, “desde cima”, o que lhe permite
ser um director de pensamento amplo.
Um ajña desenvolvido implica que a pessoa tem
uma capacidade para o pensamento “táctico”, o que lhe
permite lidar com êxito com os problemas concretos da
ciência, negócios, vida familiar, etc.
Um vishuddha desenvolvido implica a faculdade
para a percepção estética; os bons pintores, músicos e
outros artistas são pessoas com um vishuddha bem
desenvolvido.
Um anahata desenvolvido implica a faculdade para
o amor emocional (amor não “a partir da mente”, mas
“a partir do coração”).
Um manipura desenvolvido implica a faculdade
para as acções enérgicas (no entanto, a inclinação para
as emoções de irritação e outras manifestações de ira
também se observam frequentemente nestas pessoas,
especialmente se elas não trabalham no seu auto-
aperfeiçoamento ético).
Um svadhisthana desenvolvido implica uma função
reprodutora bem pronunciada.
Um muladhara desenvolvido implica a estabilidade
psíquica nas diversas situações quotidianas.
Cada um de nós tem a possibilidade de
experimentar as manifestações específicas da
actividade dos seus chakras.
Por exemplo, quando estamos cansados
mentalmente, sentimos “um peso” na região do ajña ou
do sahasrara.
Quando algo harmonioso nos “tira o alento”, é uma
manifestação de vishuddha. Em troca, na situação
oposta, quando uma pessoa sente um “nó na garganta”,
é a reacção do mesmo chakra à desarmonia do
ambiente (por exemplo, devido à ofensa pela injustiça
dos outros ou devido ao próprio erro que provocou o
estado “agora não sei que fazer”).
Sim, as nossas emoções não são geradas no
cérebro, mas sim nos chakras. Aqueles que sabem
controlar os seus chakras compreendem-no muito bem,
pois conseguem, entre outras coisas, criar e estudar as
suas emoções “na sua forma pura”, como formações
energéticas, por assim dizer. Relativamente aos estudos
electrofisiológicos que demonstraram que as estruturas
cerebrais participam nas reacções emocionais, devemos
entender que estes resultados só reflectem um vínculo
secundário na cadeia de realização dos estados
emocionais.
O anahata manifesta-se nos momentos de amor
desinteressado. Existem pessoas que irradiam amor com
o seu coração espiritual desde o chakra anahata até
todos os que o rodeiam e em todas as situações. Sobre
estas pessoas diz-se que são “cordiais”. Todos nós
devemos chegar a ser assim! Pois o Caminho que conduz
à auto-realização espiritual começa com o
desenvolvimento do coração espiritual (primeiro dentro
do chakra anahata e depois já fora do próprio corpo
físico)!
Normalmente, sentimos o chakra manipura quando
experienciamos emoções negativas, as quais criam
desagradáveis sensações na área deste chakra ou
inclusive a sensação de que energias grosseiras
redemoinham e “borbulham” dentro deste.
A excitação sexual não satisfeita dá-nos a
possibilidade de sentir o svadhisthana muito
claramente. Estas sensações desagradáveis na parte
inferior do abdómen e no correspondente segmento da
espinha dorsal (nem todas as pessoas têm estas
sensações) são o resultado do chakra se ter enchido
demasiado com um tipo de bioenergia que se denomina
udana, a qual deveria ter saído do svadhisthana
causando o orgasmo. Isto é o que constitui o mecanismo
do último.
Em condições normais, o udana que abandona o
corpo durante o orgasmo chega ao organismo do outro
companheiro. Se o companheiro não recebe a porção
“devida” de udana depois de uma relação sexual, pode
sentir-se cansado ou exausto. Por esta razão, a
harmonia das relações sexuais pode alcançar-se, regra
geral, apenas se ambos os companheiros têm um
orgasmo.
Um excesso de udana (próprio ou recebido do
companheiro) transforma-se (sublima-se) em energia de
outros chakras (sempre que estes e os canais
correspondentes – ou meridianos – estejam
desenvolvidos e em bom funcionamento).
Dependendo da predominação de um ou de outro
chakra, todas as pessoas podem ser classificadas em
tipos psicológicos correspondentes.11
Cada chakra é responsável por providenciar
bioenergia livres aos orgãos do segmento do corpo
correspondente. Muitas doenças de vários orgãos
desenvolvem-se porque o chakra correspondente está
contaminado. Exercícios especiais com os chakras
permitem-nos curar os orgãos respectivos [25].
Os chakras ligam-se através de vários meridianos
que são:
Sushumna é um meridiano amplo que sobe desde o
cóccix pela coluna vertebral, passa através do bulbo
raquidiano e chega até ao sahasrara. Sushumna
transporta uma variedade de bioenergias.
Vajrini é um canal mais estreito que está
localizado dentro de sushumna e que transporta udana
desde svadhisthana até aos outros chakras.
Chitrini (ou Brahmanadi) é um meridiano que passa
atrás de sushumna ao comprido das apófises espinhosas
das vértebras e da pele por trás destas. Na cabeça, este
meridiano passa através do crânio ao comprido e por
dentro dos ossos occipitais até ao sahasrara. Chitrini
transporta uma das energias mais subtis do organismo.
Ao comprido da parte frontal do corpo, passa um
meridiano muito importante chamado (em chinês) zhen-
mo, o meridiano frontal (ou canal anterior). Este
começa desde a parte occipital superior da cabeça, no
lugar onde termina chitrini. Depois, este meridiano
bifurca-se em dois ramos que contornam o sahasrara e
que se unem na testa para dividir-se novamente em
Orgasmo
Na velha literatura médica, afirmava-se que o
orgasmo masculino é o resultado do movimento do
líquido seminal através dos canais ejaculatórios. Isto é
errado, como demonstra o simples facto de que,
durante actos sexuais repetidos, separados por
intervalos curtos, pode dar-se um orgasmo sem
ejaculação, já que neste caso o líquido seminal
simplesmente não consegue produzir-se nem acumular-
se.
Na realidade, tanto o orgasmo masculino como
feminino têm uma natureza bioenergética e
acompanham a ejecção de udana a partir do chakra
svadhisthana. Isto também pode ser comprovado se
observamos com a clarividência o movimento desta
energia sexual.
Também podemos mencionar que quase todos os
varões têm orgasmos aproximadamente do mesmo tipo,
enquanto que nas mulheres este fenómeno varia.
Primeiro, os orgasmos nas mulheres podem ser
causados pela excitação de diferentes zonas erógenas, o
que produz sensações diferentes.
Segundo, há mulheres que sentem orgasmos do
tipo masculino, isto é, um breve episódio de êxtase após
o qual a continuação do acto sexual perde importância,
ou inclusive se torna desagradável para elas. Outras
mulheres, em troca, podem desfrutar de ondas de
deleite uma e outra vez se o acto sexual continua.
Cabe mencionar também que, depois, de um acto
sexual, as mulheres necessitam de mais relaxamento do
que os varões, com a particularidade de que tal
relaxamento deve ser acompanhado de carícias suaves
por parte do varão que vão cessando paulatinamente.
Os varões devem sabê-lo e tê-lo em conta.
Sexualidade e ética
Comecemos por analisar o problema do
debilitamento da função sexual nas pessoas jovens.
Devemos estar conscientes de que, em muitos casos,
isto é uma indicação de que algo está mal no organismo.
Podemos tratar de estimular o sistema reprodutor com a
ajuda de medicamentos, mas não é um método
confiável. Pois o efeito dos medicamentos cessa, mas o
problema continua enquanto a sua causa não for
eliminada.
Existem duas aproximações no tratamento das
doenças: o primeiro consiste em “suavizar” as
manifestações externas (sintomas) tomando medicação,
visitando psicoterapeutas, curandeiros, etc, enquanto
que o segundo consiste em eliminar as causas da
doença.
Toda a doença deve ser considerada como uma
consequência dos nossos erros éticos cometidos na
interacção com as pessoas, outros seres vivos ou com
Deus, assim como pela nossa negligência perante a
necessidade de progredir sempre espiritualmente ou por
indulgência perante as nossas fraquezas. Outra coisa
que devemos recordar, é que apenas podem ser
duradouros aqueles resultados que obtivemos na
resolução de um ou outro problema sério com os nossos
próprios esforços, e não com os dos outros. Por tanto, a
verdadeira ajuda numa situação difícil é brindada, não
por quem resolve o problema por nós, mas por aquele
que nos aponta a direcção para a qual devemos dirigir
os nossos esforços.
Graças aos seus próprios esforços, o homem
também pode realizar as suas capacidades latentes na
auto-regulação psíquica, o que implica, perante tudo, o
controlo sobre a própria esfera emocional. Através
disto, ele ou ela liberta-se de muitas doenças e obtém a
capacidade de controlar a sua esfera sexual.
As relações sexuais são legítimas. A moral
pseudoreligiosa pervertida do passado longínquo que as
declarou baixas, vergonhosas e sujas não deve ser
aplicada às pessoas cultas do nosso tempo!
Já no Evangelho apócrifo de Maria Madalena,
datado do século I, houve uma tentativa de proclamar o
amor sexual como um dos aspectos legítimos do grande
amor. Com a sua ajuda, o homem pode, correctamente,
a partir das posições espirituais, aprender a dar-se ao
outro, a cuidar do outro, a ocupar-se dele ou dela e a
desenvolver a sua esfera emocional saturando-a de
emoções ternas e subtis.
De acordo com a definição da OMS de 1977, as
relações sexuais enriquecem a personalidade, melhoram
as capacidades comunicativas e aumentam a capacidade
de amar.
Até a igreja ortodoxa russa o reconheceu.12
Contudo, o reconhecimento das relações sexuais
como legítimas, e não como baixas e vergonhosas, não é
uma chamada para o sexo casual. Agora não faz sentido
repetir as verdades bem conhecidas acerca das doenças
sexualmente transmissíveis, como a SIDA, etc. É
suficiente apenas recordar o que dissemos sobre os
aspectos bioenergéticos das relações sexuais para
concluir que o sexo casual é inadequado. Também é
necessária a prática de uma abstinência razoável para
refrear as próprias paixões primitivas e obter um
controlo voluntário sobre estas por causa do
desenvolvimento espiritual pessoal.
Se falamos sobre o sexo a partir da perspectiva do
auto-aperfeiçoamento religioso, considero apropriado
citar os fragmentos do Evangelho, já mencionado, de
Maria Madalena13:
***
O amor emocional tem múltiplos aspectos. Pode
manifestar-se como admiração, respeito, devoção,
afecto, atenção, compaixão, gratidão, sensação de ser
um com o objecto do amor, ternura com matizes
sexuais, disposição para o auto-sacrifício e assim
sucessivamente. Devemos aprender todos estes aspectos
do amor no caminho do nosso desenvolvimento
espiritual.
Mas não devemos, necessariamente, amar cada
pessoa concreta com todos os aspectos do amor.
***
Afirmando que as relações podem desempenhar um
papel importante no desenvolvimento espiritual de uma
pessoa, façamos a seguinte pergunta: têm razão aqueles
que fazem um voto de celibato em diferentes correntes
religiosas?
Sim, eles também – à sua maneira – têm razão.
O facto é que existem muitas pessoas para as quais
o sexo egoísta é o mais importante das suas vidas. O seu
rasgo principal é a luxúria, que determina todo o seu
estilo de vida e que frequentemente vem acompanhada
de violência rude nas relações sexuais, com indiferença
para com os interesses do companheiro, e do
vampirismo bioenergético. Para tais pessoas, sim, é
necessário aprender a controlar as suas paixões
primitivas.
A propósito, a causa do vampirismo energético é
precisamente o amor pervertido, isto é, o “amor” para
consigo mesmo que inclui também o desejo de receber
do companheiro em vez de dar-lhe, oferecer-lhe do
próprio amor. Pois, em muitos casos, são as nossas
emoções as que põem em movimento as nossas
bioenergias. Desta maneira, podemos encher as outras
pessoas com uma bioenergia vivificante ou, pelo
contrário, tirar-lha.
Se temos amor correctamente desenvolvido (amor
que se manifesta em dar-se ao outro), temos a
possibilidade de alcançar um alto nível de harmonia nas
relações com outras pessoas da mesma índole.14
Ou podemos transformar a nossa vida com outros
num pesadelo (tanto para eles como para nós) se
começamos a tratar o próximo de uma maneira
consumista e querendo algo deles. Nesta caso, as
pessoas das quais queremos algo começam a sentir-se
esgotadas e nelas surge um intenso desejo de evitar o
contacto connosco. Por isso, queremos dizer que a
melhor maneira de destruir o amor é querer o amor de
outra pessoa.
***
“Três são as portas do inferno onde o homem
perece: a luxúria, a raiva e a cobiça. Por isso o homem
deve renunciar ás três! Aquele que se libertou destas
três portas da escuridão, cria o seu próprio bem (…) e
alcança a Meta Suprema!” (Bhagavad-Gita, 16:21-
22)[24].
Por tanto, aqueles que têm um desejo sexual
descontrolado e egoísta estão certos quando tratam de
o suprimir – por meio do celibato e outras auto-
restrições – com o fim de aproximar-se à Perfeição
espiritual.
Mas também estão certos aqueles que, ao não ter
os mencionados defeitos de amor, usam as relações
sexuais como uma escola para progredir
espiritualmente.
A própria essência do desenvolvimento espiritual
de uma pessoa reduz-se a uma só coisa: desenvolver o
amor perfeito para com todos e para com Tudo [15-25].
Neste Caminho – durante diferentes etapas – podem
utilizar-se diferentes métodos, que por vezes parecem
contrários.
A propósito, Krishna, Quem disse as palavras
mencionadas anteriormente do Bhagavad Gita, tinha
esposas e filhos.
Recordemos que as relações sexuais podem
desempenhar um papel positivo para nós sempre e
quando mantenhamos uma atitude eticamente correctas
para com estas. Que o objectivo inicial neste caso e
para cada um seja aprender a não querer para si nada
de ninguém jamais.
***
Uma das minhas conhecidas – física com diploma
universitário – disse-me uma vez: “Tive – a diferentes
alturas – amantes diferentes, e estou agradecida a todos
eles pelo que aprendi com cada um.”
Gostei das suas palavras.
No entanto, o seu próximo amante acabou por ser
um drogado experiente que acreditava estar a transitar
o seu “caminho espiritual” através das drogas. E ela
começou a aprender dele. Nunca mais a vi…
Na última situação, sem dúvida, não devemos
imitá-la.
Por outro lado, aquilo não teria acontecido se ela
tivesse compreendido qual era o significado da sua vida
e tivesse estudado a metodologia do aperfeiçoamento
espiritual.
***
Muitas pessoas sofrem porque não conseguem
chegar a ser sexualmente atraentes ou desejadas para
criar uma família. Daí nascem depressão, alcoolismo,
outros vícios, suicídios…
No entanto, a solução para este problema é muito
simples: há simplesmente que “abrir” o chakra anahata
e começar a desenvolver-se como coração espiritual.
Graças a isto, num lapso muito curto, sucede uma
transformação radical em toda a aparência da pessoa,
incluindo o seu rosto. As suas reacções de conduta
também mudam, posto que ela ou ele já não entendem
o mundo como um ambiente hostil! O seu campo
bioenergético adquire as propriedades graças às quais os
outros começam a desfrutar da comunicação com tal
pessoa e a procurar a sua companhia.
E é possível melhorar ainda mais esta situação se
um começa a ensinar esta verdade tão simples aos
outros.
Gunas e o sexo
Gunas é um termo que denota uma certa
combinação de qualidades das almas humanas
principalmente. No total, há três gunas (mas também
existem estados “por cima dos gunas”, isto é, estados
Divinos [24]).
A guna tamas é a ignorância, a grossería, a
violência e a maldade.
A guna rajas é um estado mais puro, mas
intensamente apaixonado.
A guna sattva é a pureza, a paz, a claridade da
compreensão e da harmonia.
Se um representante da guna tamas desencarna
sem ter alterado o seu estado, então “cai”
inevitavelmente no inferno. Em troca, os representantes
da guna sattva estabelecem-se no paraíso depois de
desencarnar. E as pessoas da guna raja podem
encontrar-se nos estados intermédios (para mais
detalhes ver [16-19,21-25]). Por isso, é para o bem de
cada um, depois de estudar os métodos de auto-
transformação, esforçar-se com o fim de chegar ao
sattva (e depois mais além).
No contexto deste livro, podemos examinar as
manifestações de sexualidade dos representantes de
cada guna.
Assim, a sexualidade tamásica é grosseira,
primitiva e egoísta.
A rajásica tem alguns traços de egoísmo e é
apaixonada.
A sexualidade sáttvica, em troca, é terna,
carinhosa, atenta, harmoniosa e não fastidiosa.
Do ponto de vista espiritual, apenas a última tem
valor, e com a sua ajuda é possível estabelecer-se em
sattva e ajudar os outros com isto.
São muitas mais as mulheres que têm qualidades
sáttvicas do que os varões. É um facto. Os varões,
normalmente, têm que trabalhar especialmente sobre si
mesmos para encontrar o sattva. Fazendo-o, eles
podem, entre outro métodos, tomar as mulheres
sáttvicas como exemplo.
Já mencionámos que até as hormonas femininas
contribuem para o desenvolvimento do sattva numa
mulher (ainda que nem todas elas aproveitem esta
oportunidade).
Mas agora, prestemos atenção ao feito de que até
a estrutura anatómica de um corpo feminino saudável é
um excelente padrão de referência com o qual os varões
podem sintonizar-se, refinando desta maneira a sua
esfera emocional.
Porque é que, por exemplo, as glândulas mamárias
femininas atraem tanto os varões? Porque uma das suas
características principais é a ternura.
A pele e todo o aspecto de uma mulher sáttvica
também têm esta característica.
E que as mulheres se deem conta de que estão a
ajudar espiritualmente os varões dignos de tal ajuda! E
que os varões amem com ternura as suas ajudantes
femininas dignas disto!
***
É um feito curioso que as glândulas mamárias de
todos os mamíferos, excepto dos humanos, se fazem
proeminentemente visíveis apenas no período de
lactação. Em troca, as glândulas mamárias das mulheres
estão sempre proeminentemente visíveis desde que
alcançam a puberdade!
Porque é que é assim? Porque é que as mulheres
que não estão a lactar devem levar durante quase toda
a sua vida esta carga “excessiva” nos seus corpos? Qual
foi o propósito do Criador quando introduziu esta
informação nos genes humanos?
O seu plano era exactamente aquilo de que
falamos agora.
Quando uma mulher recebe os beijos e as carícias
de um varão nos seus peitos, o fogo do amor acende-se
no seu chakra anahata, conectando-se directamente
com as suas glândulas mamárias por meio de uns
grandes canais energéticos. Como resultado, o seu
coração espiritual cresce! E também cresce o seu
potencial espiritual, o qual ela poderá realizar
plenamente se depois dirige o seu amor ardente na
direcção de Deus.
E o varão, acariciando a sua amada,
conscientemente ou não, sintoniza-se com o seu amor
subtil e assemelha-se a ela.
Todas as pessoas que se amam com ternura
experimentam isto. Contudo, estes estados muito
elevados desaparecerão e perder-se-ão facilmente se
não entendemos a importância fundamental destes para
o nosso crescimento espiritual, para a nossa
aproximação a Deus e conhecimento directo d´Ele!
Por isso é tão importante ter o conhecimento
completo sobre Deus, sobre os princípios da Evolução e
da Consciência e sobre as leis do crescimento espiritual.
Sempre e quando amemos conscientemente, o aspecto
sexual do amor poderá ajudar-nos na evolução das
almas. Este é o conhecimento que nós apresentamos nos
nosso livros [15-25].
***
Jesus Cristo ensinava assim aos varões que O
escutavam: “(…) digo-vos que, a seguir a Deus, os vossos
melhores pensamentos devem pertencer ás mulheres e
ás esposas; a mulher para vocês é um templo divino
onde obterão facilmente a dita perfeita. Obtenham
neste templo a força espiritual. Aqui se esquecerão das
vossas dores e fracassos e recuperarão a energia perdida
para ajudar o próximo” (ver[24]).
***
O erotismo sáttvico nas artes (dança, fotografia,
pintura, etc.) também deve ajudar o crescimento
espiritual das pessoas saturando-as de subtileza, ternura
e beleza!
***
Conheçamos também a opinião de Jesus Cristo
sobre este tema:
“A ternura é uma das qualidades assombrosas de
Deus.
Como Eu quisera persuadir todas as pessoas que
vivem agora no plano material para que comecem a
entender a beleza, a santidade e a grandeza da sagrada
comunhão entre duas almas conhecida como relação
sexual! Se apenas isso fosse conseguido, poderia
contribuir significativamente para a santificação dessa
experiência tão linda e bela! Até que as pessoas não
percebam o propósito Divino desta ideia, que existe em
todos os reinos da Criação, muitas delas pensarão que é
uma manifestação animal humilhante que não tem nada
a ver com o êxtase da santidade, um estado jubiloso de
união!
Sei que isto mudará quando as pessoas lerem estas
palavras! Sei que isto tocará os corações e transformará
muitos seres humanos! Gerará um novo impulso
inesperado que incitará as pessoas a ser conscientes da
grande perda e distorção terrível que ocorreram por
causa de menosprezar aquilo que foi idealizado como
uma das experiências mais sagradas entre duas pessoas!
Esta experiência possui a unidade, por isso a chamamos
de sagrada!17 É uma comunhão perfeita e santa quando
se realiza como um ritual perfeito entre duas pessoas
chamadas de marido e mulher.
(Mas) sob nenhuma circunstância, Eu aprovo as
relações sexuais casuais. (…) Sob nenhuma
circunstância, a ignorância deve prevalecer
manifestando-se nas relações sexuais casuais; caso
contrário, obterão como resultado o caos e a
decadência do mundo.” [24,52]
***
Para finalizar, examinemos outra vez a questão
“Com quem?”.
Primeiro que nada, ponha-se no Caminho
espiritual! Comecem a procurar o nosso Criador! Como
fazê-lo está descrito em detalhe nos nossos e outros
livros espirituais mencionados na bibliografia. Reúnam
as pessoas com ideias afins à vossa volta e juntos
comecem o Caminho! Desfaçam-se dos indignos! Os
indignos são aqueles que ignoram o aspecto ético do
trabalho espiritual e não progridem neste aspecto.
Junto ao resto e a Deus, Quem necessariamente estará
entre vocês, saturem-se do êxtase do Seu Amor! E de
entre os vossos novos companheiros espirituais
verdadeiros, infalivelmente se encontrará aquele que
está mais perto de si do que qualquer outro discípulo
encarnado de Deus!
Quando as pessoas tratam de construir as suas
vidas dando as costas a Deus, cometem muitos erros
absurdos e sofrem desnecessariamente. Mas com Deus –
um verdadeiro Mestre vivo de todas as pessoas, a Quem
é possível conhecer se se sabe o suficiente acerca d´Ele
e se vive de acordo com os Seus Ensinamentos – tudo é
muito mais fácil! E a vida então enche-se da felicidade
do Serviço criativo e da felicidade da comunicação com
outros buscadores espirituais que marcham juntos pelo
Caminho em direcção a Deus! Tudo o que fazemos neste
caso torna-se incomparavelmente mais feliz e brilhante,
tudo: o trabalho, o descanso, a comida, o sono, o amor
sexual e a união neste amor de duas almas puras.
***
Uma vez, Deus dirigiu-se assim a uma discípula que
depois fez um tremendo progresso no Caminho
espiritual:
“- Amas- Me realmente?
Se é assim, então porque desaparece essa
aspiração apaixonada com a que deverias arder todo o
tempo?
Apenas nos matrimónios terrenos pode surgir, com
o tempo, a rotina, o aborrecimento mútuo e a apatia.
Mas o amor para Comigo é – sempre – como a
primeira vez, é a vida num êxtase incessante!
O amor para Comigo é a ânsia contínua de dar-se,
de entregar-se, não é o consumismo!
Se nas nossas relações a tua paixão se apaga cada
vez mais, se és preguiçosa neste amor, então ainda não
há um amor verdadeiro. E sem tal amor é impossível
alcançar-Me!
Deves assumir a responsabilidade pelo teu próprio
destino. Não deves depender (nem sequer
inconscientemente) do teu Mestre encarnado. Não
podes transformar-te em Mim se alguém te arrasta em
direcção a Mim como um pano! Podes unir-te Comigo
sempre e quando conduzas outros em direcção a Mim!
Torna-se uma líder espiritual, pelo menos, para ti
mesma! Em vez de ser apenas uma executora
obediente, sê uma líder! Só assim é possível chegar até
Mim!
- Como posso aprender a amar-Te ainda com mais
força?
- Olha para os rostos em teu redor. Nestes, a
tristeza, o aborrecimento, a ansiedade, o cansaço, o
rancor… São infelizes, porque não Me amam!
Mas tu não podes perder o estado de alegria e
júbilo jamais!
Pois Eu sou o teu Amado!
Não podes estar triste! Pois estás enamorada do
Amado mais belo de todos!
Pensa na sorte que tens:
O teu Amado não pode morrer, já que é eterno!
O teu Amado não pode deixar-te nem por um
segundo, já que é omnipresente!
Ele está sempre contigo, dentro de ti e à tua volta
e impregna-te infinitamente com o Seu amor!
O teu Amado é sempre novo! Nunca te aborrecerás
com Ele!
E nunca poderás duvidar de que Ele te ama, já que
o teu Amado consiste somente de Puro Amor!”
***
Se vives exactamente assim, se compreendes que
Deus é, na verdade, Amor, e que tu também te podes
transformar nesse Amor, e inclusive já o podes fazer um
pouco, então poderás sentir que não somos apenas dois
amando-nos uma ao outro, mas sim três: nós e Ele! E,
transformando-nos no Fogo do Amor que arde cada vez
mais dentro dos nossos corações espirituais, unimo-nos
com a Chama Universal Terníssima e Subtilíssima da
Consciência Divina!
Dois sexos.
Sobre o papel do aspecto
sexual
do amor na Evolução
A tendência principal dos processos que têm lugar
no Absoluto, tal como planificado pelo Criador, é o
desenvolvimento das consciências (ou almas) e a fusão
de Aqueles Que alcançaram a Perfeição em Um Só, no
Unido Nós, que é o “Eu” Superior (ou Paramatman).
No processo de evolução das espécies biológicas
dirigido pelo Criador, a maioria dos seres que habitam
na Terra foram divididos em dois sexos opostos. Este
também é o nosso caso enquanto seres humanos.
Do ponto de vista genético, a reprodução sexual
tem certas vantagens sobre os outros tipos de
reprodução. Uma destas consiste em que a reprodução
sexual acelera o processo de formação de novas
variações dentro das espécies biológicas, o que, por sua
vez, contribui para a sua adaptação ás condições
ambientais sempre em mudança (principalmente
climáticas) e, portanto, para a sua sobrevivência.
No entanto, agora para nós, é importante
considerar o outro aspecto, a saber, que as diferenças
sexuais anatómicas, fisiológicas e psicológicas não estão
destinadas – da perspectiva fisiológica – a separar, mas
sim, pelo contrário, a ensinar os representantes de
sexos opostos a aproximar-se, a unir-se e a fundir-se em
um só.
Enquanto a nós, as pessoas, é importante entender
que o processo de união, de fusão das almas por meio
das emoções do aspecto sexual do amor, é o que nos
prepara para a União com Deus. (Não obstante, neste
caso não devemos confundir o amor verdadeiro com a
paixão sexual egoísta; esta última não é amor, mas sim
luxúria ou, por outras palavras, o desejo sexual
egoísta). As pessoas que não aprenderam amar-se umas
ás outras também não poderão alcançar a União com
Deus, pois para apaixonar-nos por Deus, devemos ter a
faculdade de amar desenvolvida, de enamorar-nos e de
unir-nos nas emoções de amor!
Só depois de aprender a amar plenamente os
pequenos e grandes objectos da Criação, chega o tempo
de aprender a enamorar-nos de Deus, sem deixar, no
entanto, de amar estes pequenos e grandes objectos
(mas já não devemos enamorar-nos destes).
Sobre como podemos aprender a amar-nos uns aos
outros, aos demais objectos da Criação e depois ao
Próprio Deus, o Criador explicou-nos muito. Podem
encontrar informação sobre isto nos livros [15-25}.
O verdadeiro enamorar é a sensação da própria
consubstancialidade com os objectos ou com o objecto
ao qual dirigimos o nosso amor. Devemos aprender tal
união, primeiro das almas no mundo da Criação, e só
depois, quando as nossas mentes amadurecem o
suficiente como para ser capazes de compreender a
Grandeza de Deus, poderemos dirigir o nosso amor
desenvolvido em direcção a Ele.
O processo de conhecimento de Deus não pode
realizar-se de outra maneira que não seja a refinação
gradual da consciência, o que permite conhecer toda “
a escala de emanações” (falando na linguagem de Juan
Matus [21]) ou, por outras palavras, todos os extractos
(eons, lokas) do espaço multidimensional. A Consciência
Primordial (ou o Criador) é O Subtilíssimo, segundo esta
escala.
E cabe destacar que as emoções de amor
ternurento, harmonioso e sexualmente colorido refinam
as consciências!
Depois de enamorar-nos de Deus, nós, como almas
desenvolvidas, unimo-nos gradualmente com Ele.
E depois, a partir d´Ele, a partir do estado de
Consubstancialidade com Ele, ajudamos outros seres no
seu desenvolvimento.
***
Muitas coisas vãs e inúteis foram inventadas pelas
pessoas devido à incompreensão do significado das suas
vidas e de aquilo que Deus quer de nós!
Mas, conhecendo tudo isto, é possível limpar as
próprias vidas de lixo e realmente aperfeiçoar-se sem
malgastar o tempo oferecido a nós por Deus para o
nosso desenvolvimento nas condições que oferece uma
encarnação no planeta Terra!
Existe a sexualidade
no “outro mundo”?
Sim, existe, mas é diferente.
Antes de aprofundar este tema, menciono, para
aqueles que não o sabem, que cada pessoa, depois de
desencarnar, normalmente mantém a aparência do
corpo que tinha durante a sua última encarnação.
Também mantém o sexo do corpo tanto em aparência
como em autopercepção.
No entanto, o sexo na sua variante “terrena” não é
possível para as pessoas não encarnadas, já que elas não
têm os genitais materiais cuja interacção pode resultar
no orgasmo.
Por outro lado, a sexualidade pode ter lugar na
esfera das relações emocionais incorpóreas!
A propósito, é possível observar como os casais que
se amavam verdadeiramente continuam a viver unidos
depois da desencarnação de ambos os integrantes.
Também não devemos esquecer que os seres
encarnados se distribuem por diferentes eons (lokas,
dimensões espaciais), entre as quais há eones infernais,
paradisíacos e Divinos.
É possível dizer que existem manifestações de
conduta sexual no inferno? Não estudei este tema, mas
sei que ali reinam a maldade, o ódio, o desespero e o
medo. Sem lugar a dúvidas, as emoções sexualmente
coloridas, subtis e ternurentas não podem existir ali. Em
troca, existem os desejos sexuais grosseiros, mas sem a
possibilidade de os satisfazer, e as tentativas daqueles
seres infernais de “colar-se” à luxúria das pessoas
encarnadas grosseiras demonstram-no.
Enquanto que nas moradas paradisíacas e divinas,
nas quais não há outros estados salvo o amor, ali o
matiz sexual das emoções enche a vida dos seus
habitantes de um êxtase superior.
Os seres encarnados podem, em muitos casos,
unir-se até certo ponto mediante os seus genitais. Em
troca, os seres não encarnados interpenetram-se e
unem-se totalmente sendo almas desnudas (dos corpos
materiais e de outros vestidos)! Para além disso, eles
podem adicionar ao seu amor um matiz sexual,
entrando facilmente nos estados de êxtase, intensos e
prolongados. Estes estados são especialmente vividos
entre as Almas extremamente desenvolvidas na sua
evolução. O termo inglês Supreme Bliss (Êxtase
Supremo) corresponde principalmente a estes estados
Seus. Estas Almas podem encher o espaço à Sua volta
com tal Êxtase, permitindo aos discípulos dignos de
Deus sintonizar-se com Elas e entrar no mesmo estado
com o fim de continuar a transformar-se, entre outros
propósitos.
Como vemos, Deus não exclui a sexualidade.
Porquê é que, então, há pessoas que o fazem? Faz
sentido dar ouvidos à sua opinião?
A solução é muito simples neste caso: a
sexualidade deve ser tal como Deus quer que seja nas
pessoas.
Sobre este tema já conversámos muito nesta e
noutras conferências e livros nossos.
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