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Notas de Aula 2017 –Álgebra Linear – Prof.

Rui – DMA – UEM

Exercícios Comentados de Álgebra Linear


(Boldrini, Costa, Figueiredo e Wetzler, 3ª ed. 1980)

7.1 Base de Autovetores


7.2 Polinômio Minimal
7.3 Diagonalização Simultânea de Dois Operadores
7.4 Forma de Jordan
7.5 Exercícios
§§§
Resultados abordados no capítulo 07

Teorema 7.1.1: Autovetores associados a autovalores distintos


são linearmente independentes (LI).

Corolário 7.1.2: Se V é um espaço vetorial de dimensão n e


T : V  V é um operador linear que possui n autovalores
distintos, então V possui uma base cujos vetores são todos
autovetores de T.

Definição 7.1.4: Seja T : V  V um operador linear. Dizemos


que T é um operador diagonalizável se existe uma base de V
cujos elementos são autovetores de T.

Definição 7.2.1: Seja p ( x)  an x n  ...  a1 x  a0 um polinômio


e A uma matriz quadrada. Então p ( A) é a matriz
p ( A)  an An  ...  a1 A  a0 I .
Quando p ( A)  0 , dizemos que o polinômio p anula a matriz
A.

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Definição 7.2.2: Seja A uma matriz quadrada. O polinômio


minimal de A é um polinômio m( x)  x k  ak 1 x k 1  ...  a0 tal
que:
i) m( A)  0 , isto é, m( x) anula a matriz A.
ii) m( x) é o polinômio de menor grau entre aqueles que
anulam A.
Obs: O coeficiente do termo de maior grau é 1.

Teorema 7.2.3: Sejam T : V  V um operador linear e  uma


base qualquer de V de dimensão n. Então T é diagonalizável se,
e somente se o polinômio minimal de T  é da forma

m( x)   x  1  x  2 ⋯  x  r  com 1 , 2 , ..., r distintos.


Obs: Podem existir autovalores com mais de um autovetor associados.

Teorema 7.2.4 (de Cayley-Hamilton): Seja T : V  V um


operador linear,  uma base de V e p ( x) o polinômio
 
característico de T. Então p T   0 .

Obs: Isto significa que o polinômio característico é um candidato ao


polinômio minimal porque ele satisfaz a condição i) da definição 7.2.2.

Teorema 7.2.5: As raízes do polinômio minimal são as


mesmas raízes (distintas) do polinômio característico.

Teorema 7.2.6: Sejam 1 , 2 , ..., r os autovalores distintos


de um operador linear T. Então T será diagonalizável se, e
somente se o polinômio  x  1  x  2 ⋯  x  r  anular a
matriz de T.
§§§

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Exercício 01. Considere os operadores dos exercícios de 02 a


08 da seção 6.3 (capítulo anterior). Verifique quais são
diagonalizáveis.

02-
f : ℝ 2  ℝ 2 ;  x, y    x  y , x  y  .
0 2
T c  
c

1 0 
Em resumo, Existem dois autovalores.
Para o autovalor 1  2 tem-se os autovetores da reta de
equação x  2 y . Um gerador é v1   
2,1 .
Para o autovalor 2   2 tem-se os autovetores da reta de
equação x   2 y . Um gerador é v2   2,1 .  
03-
T : ℝ 2  ℝ 2 ;  x, y    x  y , 2 x  y  .
1 1
T c  
c

 2 1
Em resumo, Existem dois autovalores.
Para o autovalor 1  1  2 tem-se os autovetores da reta de
2  2 
equação x  y . Um gerador é v1   ,1 .
2  2 
Para o autovalor 2  1  2 tem-se os autovetores da reta de
2  2 
equação x   y . Um gerador é v2    ,1 .
2  2 

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04-
T : ℝ 3  ℝ 3 ;  x, y , z    x  y , x  y  2 z , 2 x  y  z  .
1 1 0 
T c  1 1 2 
c

 2 1 1
Em resumo, Existem três autovalores.
Para o autovalor 1  2 tem-se que o conjunto dos autovetores
associados a ele é a reta gerada por 1,1,1 .
Para o autovalor 2  2 tem-se que o conjunto dos
autovetores associados a ele é a reta gerada por v1  1, 3,1 .
Para o autovalor 3  1 tem-se que o conjunto dos
autovetores associados a ele é a reta gerada por
v2  1, 2, 1/ 2  .

05-
T : P2  P2 ; T  ax 2  bx  c   ax 2  cx  b .
0 1 0
T   1 0 0 
0 0 1 
Em resumo:
T : P2  P2 ; T  a0  a1 x  a2 x 2   a1  a0 x  a2 x 2
possui dois autovalores.
Um deles é   1 de multiplicidade algébrica 2, cujo subespaço
dos autovetores associados tem dimensão geométrica 2 e é
gerado por v1  1,1, 0  e v2   0, 0,1 .

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Outro autovalor é   1 , cujo subespaço dos autovetores


associados tem dimensão geométrica 1 e é gerado por
v3  1, 1, 0  .

06-
T : M 2  M 2 ; A  At (leva a matriz em sua transposta).
1 0 0 0 
0 0 1 0 
T c   
c

0 1 0 0
 
0 0 0 1 
Em resumo:
Existem dois autovalores,   1 e   1 .
O autovalor   1 possui multiplicidade algébrica 3 e
multiplicidade geométrica também igual a 3. O subespaço dos
autovetores associados com esse autovalor é gerado por
v1  1, 0, 0, 0 c , v2   0, 0, 0,1c e v3   0,1,1, 0 c .
O autovalor   1 possui subespaço dos autovetores com
dimensão igual a 1 e é gerado pelo autovetor v4   0, 1,1, 0  .

07-
T : ℝ 4  ℝ 4 ; T  x, y , z , w    x, x  y , x  y  z , x  y  z  w  .
1 0 0 0 
1 1 0 0 
T    
1 1 1 0
 
1 1 1 1 
Em resumo: Existe apenas um autovalor,   1 e o subespaço
dos autovetores associados a ele é a reta de ℝ 4 gerada pelo
autovetor v1   0, 0, 0,1 .
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08-
T : ℝ 2  ℝ 2 que tem autovalores 2 e 3 associados aos
autovetores da forma  3 y, y  e  2 y, y  respectivamente.
 0 6 
T c  
c

 1 1 

Resolução.

Item 02-
f : ℝ 2  ℝ 2 ;  x, y    x  y , x  y  .
0 2
T c  
c

1 0 
Em resumo, Existem dois autovalores.
Para o autovalor 1  2 tem-se os autovetores da reta de
equação x  2 y . Um autovetor é v1   
2,1 .
Para o autovalor 2   2 tem-se os autovetores da reta de
equação x   2 y . Um autovetor é v2   2,1 .  
Esse operador é diagonalizável, pois em relação à base 
formada respectivamente por v1   
2,1 e v2   2,1 sua  
 2 0 
matriz fica na forma diagonal, T   

.
 0  2 

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Item 03-
T : ℝ 2  ℝ 2 ;  x, y    x  y , 2 x  y  .
1 1
T c  
c

 2 1
Em resumo, Existem dois autovalores.
Para o autovalor 1  1  2 tem-se os autovetores da reta de
2  2 
equação x  y . Um gerador é v1   ,1 .
2  2 
Para o autovalor 2  1  2 tem-se os autovetores da reta de
2  2 
equação x   y . Um gerador é v2    ,1 .
2  2 

Esse operador é diagonalizável, pois em relação à base 


 2   2 
formada respectivamente por v1   ,1 e v2    ,1 a
 2   2 
matriz do operador fica na forma triangular,
1  2 0 
T   

.
 0 1  2 

Item 04-
T : ℝ 3  ℝ 3 ;  x, y , z    x  y , x  y  2 z , 2 x  y  z  .
1 1 0 
T c  1 1 2 
c

 2 1 1
Em resumo, Existem três autovalores.

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Para o autovalor 1  2 tem-se que o conjunto dos autovetores


associados a ele é a reta gerada por v1  1,1,1 .
Para o autovalor 2  2 tem-se que o conjunto dos
autovetores associados a ele é a reta gerada por v2  1, 3,1 .
Para o autovalor 3  1 tem-se que o conjunto dos
autovetores associados a ele é a reta gerada por
v3  1, 2, 1 / 2  .

O operador é diagonalizável, em relação à base  formada


respectivamente pelos vetores v1  1,1,1 , v2  1, 3,1 e
v3  1, 2, 1 / 2  sua matriz fica na forma diagonal,
2 0 0 
T    0 2 0  .

 0 0 1

Item 05-
T : P2  P2 ; T  a0  a1 x  a2 x 2   a1  a0 x  a2 x 2 .
0 1 0
T   1 0 0 
0 0 1 
Em resumo:
T : P2  P2 ; T  a0  a1 x  a2 x 2   a1  a0 x  a2 x 2
possui dois autovalores.

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Um deles é   1 de multiplicidade algébrica 2, cujo subespaço


dos autovetores associados tem dimensão geométrica 2 e é
gerado por v1  1,1, 0  e v2   0, 0,1 .
Outro autovalor é   1 , cujo subespaço dos autovetores
associados tem dimensão geométrica 1 e é gerado por
v3  1, 1, 0  .

Esse operador é diagonalizável. Em relação à base  formada


respectivamente por v1  1,1, 0  , v2   0, 0,1 e v3  1, 1, 0 
1 0 0 
sua matriz fica diagonal, T    0 1 0  .

 0 0 1

Item 06-
T : M 2  M 2 ; A  At (leva a matriz em sua transposta).
1 0 0 0 
0 0 1 0 
T c   
c

0 1 0 0
 
0 0 0 1 
Em resumo:
Existem dois autovalores,   1 e   1 .
O autovalor   1 possui multiplicidade algébrica 3 e
multiplicidade geométrica também igual a 3. O subespaço dos
autovetores associados com esse autovalor é gerado por
v1  1, 0, 0, 0 c , v2   0, 0, 0,1c e v3   0,1,1, 0 c .
O autovalor   1 possui subespaço dos autovetores com
dimensão igual a 1 e é gerado pelo autovetor v4   0, 1,1, 0  .
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Esse operador é diagonalizável. Em relação à base  formada


respectivamente por v1  1, 0, 0, 0 c , v2   0, 0, 0,1c ,
v3   0,1,1, 0 c e v4   0, 1,1, 0  , a matriz do operador fica na
1 0 0 0
0 1 0 0 
forma T 

 .
0 0 1 0
 
0 0 0 1

Item 07-
T : ℝ 4  ℝ 4 ; T  x, y , z , w    x, x  y , x  y  z , x  y  z  w  .

1 0 0 0 
1 1 0 0 
T    
1 1 1 0
 
1 1 1 1 
Em resumo: Existe apenas um autovalor,   1 e o subespaço
dos autovetores associados a ele é a reta de ℝ 4 gerada pelo
autovetor v1   0, 0, 0,1 .

Esse operador não é diagonalizável. Não existe uma base


formada por quatro autovetores LI do operador.

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Item 08-
T : ℝ 2  ℝ 2 que tem autovalores 2 e 3 associados aos
autovetores da forma  3 y, y  e  2 y, y  respectivamente.
 0 6 
T c  
c
.
 1 1 

Esse operador é diagonalizável. Em relação à base  formada


respectivamente pelos autovetores v1   3,1 e v2   2,1 a
 2 0 
matriz do operador fica na forma T   

.
 0 3

Exercício 02. Dizemos que uma matriz Ann é diagonalizável


se seu operador linear associado TA : ℝ n  ℝ n for
diagonalizável, ou seja, se e somente se A admitir n autovetores
LI. Com esta definição, verifique quais das matrizes dos
exercícios de 09 a 18 da seção 6.3 (capítulo anterior) são
diagonalizáveis.

1 2 
09- A   
0 1
Em resumo: Dois autovalores:   1 com auto-espaço gerado
por v1  1, 0  ,   1 com auto-espaço gerado por v2  1, 1 .

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1 1
10- A   
1 1
Em resumo, existem dois autovalores,   0 e   2 .
O auto-espaço associado a   0 é o núcleo da transformação,
que é a reta gerada pelo autovetor v1  1, 1 .
O auto-espaço associado a   2 é a reta gerada pelo autovetor
v2  1,1 .

1 2 3 
11- A  0 1 2 
0 0 1 
Em resumo: Só um auto-valor,   1 , com multiplicidade
algébrica 3. Mas o auto-espaço associado tem dimensão
geométrica igual a 1, é gerado pelo autovetor e1  1, 0, 0  .

 3 3 4
12- A  0 3 5 
0 0 1
Em resumo. Dois autovalores,   3 e   1 . Dois auto-
espaços unidimensionais, gerados respectivamente, por
 1 5 
e1  1, 0, 0  e v   , ,1  .
 16 4 

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 1 0 2
13- A   1 0 1 
 1 1 2
Em resumo: Três autovalores,   1 ,   1 e   3 .
Com auto-espaços de dimensão 1 gerados, respectivamente,
por v1   1,1, 0  , v2   1, 2,1 e v3  1, 0,1 .

1 1 2 
14- A  1 2 1 
 2 1 1 
Em resumo. Existem três autovalores,   4 ,   1 e   1 .
Todos os auto-espaços possuem dimensão 1 e são gerados
respectivamente por v1  1,1,1 , v2  1, 5,1 e v3  1, 2,1 .

 0 1 0
15- A   0 0 1 
 1 0 0 
Em resumo: Só um autovalor,   1 . O auto-espaço é uma
reta gerada, por exemplo, pelo autovetor v  1, 1,1 .

 1 3 3
16- A   0 4 0 
 3 3 1 
Em resumo:

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Um autovalor   4 de multiplicidade algébrica 2 e


multiplicidade geométrica também igual a 2, dois autovetores
que geram esse subespaço são v1  1, 2,1 e v2  1, 0, 1 .
Um autovalor   2 com auto-espaço de dimensão 1 gerado
pelo autovetor v3   2, 0, 2  .

 1 4 14
17- A   2 7 14
 2 4 11
Em resumo.
Autovalor   9 com auto-espaço gerado por v1   2, 2, 2  .
Autovalor   3 com auto-espaço gerado por v2   5,1,1 e
v3   7, 0,1 .

2 0 1 0
0 2 0 1 
18- A  
12 0 3 0
 
 0 1 0 0
Em resumo:
O autovalor   6 tem auto-espaço gerado por v1  1, 0, 4, 0  .
O autovalor   1 tem auto-espaço gerado pelo autovetor
v2  1, 0, 3, 0  .
O autovalor   1 tem auto-espaço gerado por v3   0, 1, 0,1 .

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Resolução.

1 2 
Item 09- A   
0 1
Em resumo: Dois autovalores:   1 com auto-espaço gerado
por v1  1, 0  ,   1 com auto-espaço gerado por v2  1, 1 .

Sim, é diagonalizável. Na base  formada por v1  1, 0  e


1 0 
v2  1, 1 a matriz toma a forma TA   

.
0 1

1 1
Item 10- A   
1 1
Em resumo, existem dois autovalores,   0 e   2 .
O auto-espaço associado a   0 é o núcleo da transformação,
que é a reta gerada pelo autovetor v1  1, 1 .
O auto-espaço associado a   2 é a reta gerada pelo autovetor
v2  1,1 .

Sim, é diagonalizável. Em relação à base  formada por


0 0 
v1  1, 1 e v2  1,1 a matriz fica na forma TA   


0 2 

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1 2 3 
Item 11- A  0 1 2 
0 0 1 
Em resumo: Só um autovalor,   1 , com multiplicidade
algébrica 3. Mas o auto-espaço associado tem dimensão
geométrica igual a 1, é gerado pelo autovetor e1  1, 0, 0  .

O operador TA não é diagonalizável, pois não existe número


suficiente de autovetores LI para formar uma base.

 3 3 4
Item 12- A  0 3 5 
0 0 1
Em resumo. Dois autovalores,   3 e   1 . Dois auto-
espaços unidimensionais, gerados respectivamente, por
 1 5 
e1  1, 0, 0  e v   , ,1  .
 16 4 

O operador TA não é diagonalizável, pois não há número


suficiente de autovetores LI para formar uma base do espaço.

 1 0 2
Item 13- A   1 0 1 
 1 1 2

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Em resumo: Três autovalores,   1 ,   1 e   3 .


Com auto-espaços de dimensão 1 gerados, respectivamente,
por v1   1,1, 0  , v2   1, 2,1 e v3  1, 0,1 .

Sim, o operador TA é diagonalizável. Com a base  formada


por v1   1,1, 0  , v2   1, 2,1 e v3  1, 0,1 a matriz do
1 0 0 
operador fica na forma TA   0 1 0  .

0 0 3

1 1 2 
Item 14- A  1 2 1 
 2 1 1 
Em resumo. Existem três autovalores,   4 ,   1 e   1 .
Todos os auto-espaços possuem dimensão 1 e são gerados
respectivamente por v1  1,1,1 , v2  1, 5,1 e v3  1, 2,1 .

Sim, o operador TA é diagonalizável, pois em relação à base 


formada por v1  1,1,1 , v2  1, 5,1 e v3  1, 2,1 a matriz
4 0 0
fica na forma TA    0 1 0  .

 0 0 1 

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 0 1 0
Item 15- A   0 0 1 
 1 0 0 
Em resumo: Só um autovalor,   1 . O auto-espaço é uma
reta gerada, por exemplo, pelo autovetor v  1, 1,1 .

Este operador TA não é diagonalizável, pois não há numero


suficiente de autovetores para formar uma base do espaço em
questão.

 1 3 3
Item 16- A   0 4 0 
 3 3 1 
Em resumo:
Um autovalor   4 de multiplicidade algébrica 2 e
multiplicidade geométrica também igual a 2, dois autovetores
que geram esse subespaço são v1  1, 2,1 e v2  1, 0, 1 .
Um autovalor   2 com auto-espaço de dimensão 1 gerado
pelo autovetor v3   2, 0, 2  .

Este operador TA é diagonalizável. Em relação à base 


formada por v1  1, 2,1 , v2  1, 0, 1 e v3   2, 0, 2  , a
4 0 0 
matriz fica na forma TA    0 4 0  .

 0 0 2 

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 1 4 14
Item 17- A   2 7 14
 2 4 11
Em resumo.
Autovalor   9 com auto-espaço gerado por v1   2, 2, 2  .
Autovalor   3 com auto-espaço gerado por v2   5,1,1 e
v3   7, 0,1 .

Este operador TA é diagonalizável. Em relação à base 


formada por v1   2, 2, 2  , v2   5,1,1 e v3   7, 0,1 a matriz
9 0 0 
fica na forma TA   0 3 0  .

0 0 3

2 0 1 0
0 2 0 1 
Item 18- A  
12 0 3 0
 
0 1 0 0 
Em resumo:
O autovalor   6 tem auto-espaço gerado por v1  1, 0, 4, 0  .
O autovalor   1 tem auto-espaço gerado pelo autovetor
v2  1, 0, 3, 0  .
O autovalor   1 tem auto-espaço gerado por v3   0, 1, 0,1 .

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O operador TA não é diagonalizável, pois não há número


suficiente de autovetores LI para formar uma base do espaço
em questão.

2 1 0 0
0 2 0 0
Exercício 03. Considere a matriz A   .
0 0 2 0
 
0 0 0 3
a) Verifique se A é diagonalizável.
b) Determine seu polinômio minimal.

Resolução.
Item a.
Consideramos o operador T : ℝ 4  ℝ 4 , T (v)  A  v  .
Consideramos

2   1 0 0 
 0 2 0 0 
A  I   .
 0 0 2 0 
 
 0 0 0 3 

Essa é uma matriz triangular superior, logo


det  A   I   0   2     3     0    2 ou   3 .
3

Segundo o Teorema 7.2.6 devemos verificar se o polinômio


p  x    x  2  x  3 anula a matriz.

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p  A    A  2  A  3
 2 1 0 0 2 0 0 0 
 
0 2 0 0   0 2 0 0  
  
 0 0 2 0 0 0 2 0 
    
 0 0 0 3 0 0 0 2 

 2 1 0 0 3 0 0 0 
 
0 2 0 0  0 3 0 0  
  
 0 0 2 0  0 0 3 0 
    
 0 0 0 3 0 0 0 3 

0 1 0 0  1 1 0 0  0 1 0 0
0 0 0 0   0 1 0 0  0 0 0 0 
   
0 0 0 0  0 0 1 0  0 0 0 0
     
0 0 0 1 0 0 0 0  0 0 0 0

Segundo o Teorema 7.2.6 a matriz não é diagonalizável.

Item b.
Para determinar o polinômio minimal devemos testar ainda os
polinômios p  x    x  2   x  3 e p  x    x  2   x  3 .
2 3

Vamos testar p  x    x  2   x  3 .
2

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2 2
 2 1 0 0  0 1 0 0
   
0 2 0 0 0 0 0 0
 A  2     2I    
2

 0 0 2 0  0 0 0 0
     
 0 0 0 3  0 0 0 1

0 1 0 0  0 1 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0  0 0 0 0   0 0 0 0 
 
0 0 0 0  0 0 0 0 0 0 0 0
    
0 0 0 1  0 0 0 1  0 0 0 1

 2 1 0 0   1 1 0 0
   
0 2 0 0 0 1 0 0 
 A  3    
 3I  
  0 0 1
0 0 2 0 0
     
 0 0 0 3  0 0 0 0

0 0 0 0   1 1 0 0
0 0 0 0   0 1 0 0 
 A  2 I   A  3  
2
0
0 0 0 0   0 0 1 0
  
0 0 0 1  0 0 0 0

Então o polinômio minimal de A é p  x    x  2   x  3 .


2

Se para esse polinômio tivéssemos p  A   0 o polinômio


minimal seria o polinômio característico
p  x    x  2   x  3 .
3

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Exercício 04. Considere A uma matriz 3x3 triangular superior,


com todos os seus elementos acima da diagonal distintos e não
nulos.
a b c 
A   0 d e  .
 0 0 f 
a) Quais os autovalores e autovetores de A?
b) Qual o polinômio minimal de A?

Resolução.
Item a.

Temos vários casos a considerar. O enunciado nos informa que


os elementos b, c e e são distintos e não nulos, mas os
elementos da diagonal, a, d e f podem ser iguais a zero ou
iguais entre si. Vejamos as possibilidades.

Possibilidade 01: a  d  f  0 . A matriz a ser considerada é:


0 b c 
A  0 0 e  . det  A   I   0      0 .
3

0 0 0 
Existe apenas um autovalor,   0 .
Procuremos o auto-espaço associado a esse autovalor.
0  0 b c   x  0
 0 00 e   y    0

 0 0 0  0   z   0

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by  cz  0 by  0 y  0
  
 ez  0  z  0  z  0
0  0 0  0 0  0
  

O auto-espaço é gerado, por exemplo, por v1  1, 0, 0 .

Possibilidade 02: a  d  0 e f  0 . A matriz a ser


considerada é:
0 b c 
A  0 0 e  ; det  A   I   0      f     0
2

0 0 f 
Existem dois autovalores.
Procuremos o auto-espaço associado a   0 .
0  0 b c   x  0 
 0 00 e   y   0 

 0 0 f  0   z  0 
by  cz  0 by  0 y  0
  
 ez  0  z  0  z  0
 fz  0 z  0 z  0
  

O auto-espaço é gerado, por exemplo, por v1  1, 0, 0 .

Procuremos o auto-espaço associado a   f .


0  f b c   x  0 
 0 0 f e   y   0 

 0 0 f  f   z  0 

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 e 
 fx  b  z   cz  0
  f 
 fx  by  cz  0
  e
  fy  ez  0  y  z
0  0  f
 0  0



 be  cf
x  f 2 z

 e
 y  z
 f
0  0

O auto-espaço associado a  f é gerado por


be  cf e
v2  , ,1 .
f2 f

Possibilidade 03: a  f  0 e d  0 .
Possibilidade 04: d  f  0 e a  0 .
Para essas duas possibilidades a resolução será análoga à
apresentada acima. Haverá dois autovalores, cada auto-espaço
será de dimensão 1 e fornecerá um autovetor distinto.
Como exercício resolva esses dois casos, a diferença será a
letra diferente de zero e a própria posição das letras na hora
de resolver o sistema.

Possibilidade 05: a  0 , d  0 , f  0 , com d  f .

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A matriz a ser considerada é


0 b c 
A  0 d e  ; det  A   I   0     d     0
2

0 0 d 

Procuremos o auto-espaço associado a   0 .


0  0 b c   x  0 
 0 00 e   y   0 

 0 0 d  0   z  0 

by  cz  0 by  0 y  0
  
 dy  ez  0  dy  0   y  0
dz  0 z  0 z  0
  
O auto-espaço é gerado, por exemplo, por v1  1, 0, 0 .

Procuremos o auto-espaço associado a   d .


0  d b c   x  0 
 0 d d e   y   0 

 0 0 d  d   z  0 

 b
 x y
  dx  by  cz  0   dx  by  0 d
  
 ez  0  z  0  z  0
0  0 0  0 0  0
  

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b
O auto-espaço é gerado, por exemplo, por v 2  ,1, 0 .
d

Possibilidade 06: a  0 , d  0 , f  0 , com a  f .


Possibilidade 07: a  0 , d  0 , f  0 , com a  d .
A resolução desses dois casos é análoga ao caso 05. Haverá
dois autovalores distintos e cada auto-espaço terá dimensão
geométrica igual a 1. Para cada auto-espaço teremos um
autovetor distinto.

Possibilidade 08: a  0 , d  0 , f  0 , com d  f .


A matriz a ser considerada é
0 b c 
A  0 d e  ; det  A   I   0     d    f     0 .
0 0 f 

Procuremos o auto-espaço associado a   0 .


0  0 b c   x  0
 0 d 0 e   y    0 

 0 0 f  0   z   0 

by  cz  0 by  0 y  0
  
 dy  ez  0  dy  0   y  0
 fz  0 z  0 z  0
  

O auto-espaço é gerado pelo autovetor v1  1, 0, 0 .

Procuremos o auto-espaço associado a   d .

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0  d b c   x  0 
 0 d d e   y   0 

 0 0 f  d   z  0 

 b
 x  y
 dx  by  cz  0  dx  by  0 d
  
 ez  0  z  0  z  0
 f  d  z  0 z  0 z  0
  

b
O auto-espaço é gerado por v 2  ,1, 0 .
d

Procuremos o auto-espaço associado a   f .


0  f b c   x  0
 0 df e   y    0 

 0 0 f  f   z   0 

 e
 fx  b f z  cz  0
 fx  by  cz  0 
  e
  fy  ez  0  y  z
0  0  f
 z  0

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 be cf  be  cf
 fx  f z  f z x  f 2 z
 
 e  e
 y  z  y  z
 f  f
z  0 z  0
 
 

be  cf e
O auto-espaço é gerado por v 3  , ,1 .
f2 f
Nessa possibilidade 08 há uma base  formada por
autovetores que diagonaliza a matriz, tornando-a
0 0 0 
 A  0 d 0  .
0 0 f 

Possibilidade 09: a  0 , d  0 , f  0 , com a  f .


Possibilidade 10: a  0 , d  0 , f  0 , com a  d .
A resolução dessas duas possibilidades é análoga à resolução
anterior. Existirão 3 autovalores com respectivos auto-espaços
de dimensão geométrica igual a 1. Para cada caso há uma base
de autovetores na qual a matriz será diagonal. Essas
diagonalizações serão
a 0 0  a 0 0
 A   0 0 0  e  A   0 d 0 .
 
 0 0 f   0 0 0 

Possibilidade 11: a  0 , d  0 , f  0 , com a  d , a  f e


d f .
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a   b c 

Consideramos A   I   0 d  e  .
 0 0 f   
Como a matriz é triangular o determinante é igual ao produto
dos elementos da diagonal.

det  A   I    a    d    f    .

det  A   I   0    a ou   d ou   f .

Procuremos os auto-espaços.

0 b c   x  0 

(I)  A  aI   v   0   0 d  a e   y   0 
 0 0 f  a   z  0 

by  cz  0

 (d  a) y  ez  0
( f  a ) z  0

Vamos adotar que o autor quis dizer que todos os elementos da


diagonal e acima da diagonal são distintos e não nulos.
Compreendendo o enunciado assim podemos olhar a terceira
equação e deduzir que z  0 .

by  cz  0 by  0
 
 (d  a) y  ez  0  (d  a ) y  0
( f  a ) z  0 z  0
 
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Como  d  a   0 e b  0 podemos deduzir que

by  0 y  0
 
 ( d  a ) y  0   y  0
z  0 z  0
 

Assim o auto-espaço associado a   a é gerado por


v1  1, 0, 0  .

a  d b c   x  0
(II)  A  dI   v   0   0 0 e   y   0 
 0 0 f  d   z  0 

(a  d ) x  by  cz  0 (a  d ) x  by  0
 
 ez  0  z  0
( f  d ) z  0 z  0
 

 (a  d )
y  b
x

 z  0
z  0

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Assim o auto-espaço associado a   d é gerado por


 (a  d ) 
v2  1, ,0
 b 

a  f b c   x  0
(III)  A  fI   v   0   0 df e   y   0 
 0 0 0  z  0 

(a  f ) x  by  cz  0

 (d  f ) y  ez  0
0  0

  (d  f ) 
(a  f ) x  by  c  y  0
  e 
 ( d  f )
 z  y
 e
0  0

 c(d  f )  b
 x  e( a  f ) y

 (d  f )
 z  y
 e
0  0

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O auto-espaço associado a   f é gerado por


 c ( d  f )  b ( d  f ) 
v3   ,1, .
 e( a  f ) e 

Item b.
Após fazer a resolução do item a, deveríamos estudar cada caso
abordado e verificar os polinômios minimais.
Mas acredito que a redação do exercício deveria ser, mesmo:
Seja A uma matriz 3x3 triangular superior, com todos os
elementos da diagonal e acima da diagonal distintos e não
nulos.
Com essa correção a resolução do item a, torna-se só o caso
“Possibilidade 11”. E assim, na hora de resolver este item b,
não precisamos ficar considerando cada um dos casos, a
resolução fica a seguinte:

De acordo com o Teorema 7.2.5, as raízes do polinômio


minimal são as mesmas raízes (distintas) do polinômio
característico.
Como o polinômio característico dessa matriz A possui 3 raízes
distintas, o polinômio minimal é “igual” ao polinômio
característico.
O polinômio minimal de A é p ( x)   x  a  x  d  x  f  .

Exercício 05. Determine os valores de a para que as matrizes a


seguir sejam diagonalizáveis.

1 1  1 a 
a) A    b) B   
0 a  0 1 

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Resolução.
Item a.
As duas matrizes representam operadores lineares de ℝ 2 em
ℝ 2 . Como procederemos? Duas alternativas podem ser
adotadas.

Primeiramente vamos exigir que existam dois autovalores


distintos. Isso garante a existência de dois autovetores
associados a autovalores distintos e, portanto dois autovetores
LI. A matriz expressa nessa base de autovetores terá em sua
diagonal dois números distintos, os dois autovalores.

Caso exista apenas um autovalor, deveremos exigir que a


multiplicidade geométrica desse único autovalor seja igual a 2.
Assim poderemos escolher dentro do mesmo auto-espaço dois
autovetores LI que formarão uma base na qual a matriz do
operador será diagonal com elementos iguais na diagonal
principal, o mesmo autovalor.

O polinômio característico dessa matriz é:

1   1 
det  A   I   det   1    a    .
 0 a   

Uma raiz é   1 e a outra é   a . Se exigirmos que a  1


existirão dois autovetores associados a autovalores distintos e,
portanto LI. Eles formarão a base na qual A será diagonal. Os
números que aparecerão na diagonal serão “1” e “a”.

Item b.
O polinômio característico da matriz B é:
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1   a 
det  B   I   det   1    .
2

 0 1  

Nesse caso,   1 é a única raiz, e tem multiplicidade algébrica


2. Precisamos exigir, então, que sua multiplicidade geométrica
seja 2. Essa multiplicidade geométrica é a dimensão de seu
auto-espaço.

0 a   x  0   ay  0
Mas  B   I   v   0        
0 0   y  0  0  0

ay  0 y  0
Se a  0 então     x, 0  ; x  ℝ . Nesse
0  0 0  0
caso a solução é uma reta. O auto-espaço tem dimensão 1.

ay  0 0  0
Se a  0 então     x, y  ; x, y  ℝ  ℝ 2 .
0  0 0  0
Nesse caso o auto-espaço tem dimensão 2 e existem dois
autovetores associados ao mesmo autovalor mas que são LI.
Nesse caso, existe uma base na qual B torna-se uma matriz
diagonal com números “1” na diagonal.

Exercício 06. Considere T : ℝ 3  ℝ 3 linear,


  1, 0, 0  ,  0,1, 0  ,  0, 0,1 a base canônica,
   0,1,1 ,  0, 1,1 , 1, 0,1 e
 2 0 1
T    0 3 1 .

 0 0 3

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a) Determine o polinômio característico de T, os autovalores de


T e os autovetores correspondentes.
b) Determine T  e o polinômio característico. Que

observação você faz a esse respeito?


c) Determine uma base  de ℝ3 , se possível, tal que T  seja

diagonal.

Resolução.
Item a.
O polinômio característico de T é

2   0 1 
det T    I   det  0 3   1 
 0 0 3   

  2    3    3   

Ele tem 3 raizes,   2 ,   3 e   3 .

0 0 1  x  0 
T   2 I  v   0  0 5 1  y   0
0 0 1  z  0 

z  0 z  0
 
  5 y  z  0   y  0
z  0 z  0
 

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O auto-espaço de   2 é gerado, por exemplo, pelo autovetor


v1  1, 0, 0  .

5 0 1   x  0
T    3 I  v   0  0 0 1  y   0
0 0 6  z  0 

5 x  z  0 x  0
 
 z  0  z  0
6 z  0 z  0
 

O auto-espaço de   3 é gerado, por exemplo, pelo


autovetor v2   0,1, 0  .

 1 0 1   x  0 
T   3I  v   0   0 6 1  y   0
 0 0 0   z  0 

 x  z  0  x  6 y  0 x  6 y
  
 6 y  z  0   z  6 y  z  6 y
0  0 0  0 0  0
  

O auto-espaço de   3 é gerado, por exemplo, pelo autovetor


v1   6,1, 6  .

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Item b.
Como    0,1,1 ,  0, 1,1 , 1, 0,1 vamos expressar a matriz
de mudança de base de beta para alfa.

0 0 1 
M  1 1 0  .


1 1 1 

det  M    0  0  1  1  0  0  2

  1 1 2   1 1 1 
cof  M    1 1 0  ; cof  M      1 1 1 
  t
 

 1 1 0   2 0 0 

 1/ 2 1/ 2 1/ 2
M   1/ 2 1/ 2 1/ 2


 1 0 0 

Calculamos, então a matriz da transformação em relação à base


beta, T   M  T  M  .
 

 1/ 2 1/ 2 1/ 2   2 0 1 0 0 1 
T    1/ 2 1/ 2 1/ 2   0 3 1 1 1 0 

 1 0 0   0 0 3 1 1 1 

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 0 3 1/ 2 
  2 1 1/ 2 
 1 1 3 

Vamos calcular o polinômio característico.

  3 1/ 2 

det T 


  I  det  2 1   1/ 2 
 1 1 3   

3 1 1
   1    3     1    1     6  3     
2 2 2

  3  2 2  9  18

Se procurarmos as raízes dessa equação det T    I  0  



obteremos   3 ,   3 e   2 .

A conclusão é que, nesse exemplo, os autovalores são iguais,


independentemente de serem calculados mediante o uso da
matriz da transformação na base alfa ou na base beta.

Item c.
Já calculamos no item “a” três vetores, cada um deles um
autovetor associado a um autovalor distinto da transformação.
Logo, em relação a base   v1 , v2 , v3  a matriz da
transformação será diagonal.

T  v1   T 1, 0, 0   2 1, 0, 0   2v1 .


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T  v2   T  0,1, 0   3  0,1, 0   3v2 .


T  v3   T  6,1, 6   3  6,1, 6   3v3 .

2 0 0
T    0 3 0  .

 0 0 3

Exercício 07. Seja T : V  V um operador linear entre espaços


de dimensão finita e bases distintas  e  .
a) Mostre que det T   det T  .
 

Sugestão: veja a relação entre T  e T  no capítulo 6.


 

b) Se Ann é diagonalizável, mostre que o determinante de A é


o produto de seus autovalores.
Sugestão: considere TA : ℝ n  ℝ n , observando que a matriz TA
na base canônica é exatamente A. Use, então, o resultado do
item a considerando como base  a base canônica e  a base
de autovetores.

Resolução.
Item a.
Vamos relembrar que valem as seguintes propriedades de
determinante.
(I) Se A e B são matrizes quadradas, então
det  A  B   det  A   det  B  .

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(II) Se A é invertível então det  A1  


1
.
det  A 

As matrizes T  e T  se relacionam por multiplicação de


 

matrizes de mudança de base conforma calculamos no


exercício anterior. A relação é T   M  T  M  .
 

Como M    M   tem-se que


1

    det 1M   det T   .


det T   det  M   det T 
 



Item b.
Considere Ann uma matriz diagonalizável. Isto é, é possível
realizar operações elementares nas linhas de A de maneira a
torná-la diagonal.
Identificamos a matriz A com a matriz da transformação linear
T de ℝ n em ℝ n tal que T  v   A  v  .

Assim, a matriz da transformação é semelhante a uma matriz


diagonal. Pelo que foi estudado, os elementos da forma
diagonal da matriz de T são exatamente os autovalores.

Como os determinantes de matrizes semelhantes são iguais, ou


como quer o autor, pelo item a deduzimos que o determinante
de A é o produto de seus autovalores.

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1 2 
Exercício 08. Mostre que a matriz A    é semelhante à
3 2 
4 0 
matriz B   .
 0 1

Resolução.
Deveríamos exibir matrizes invertível M tal que B  M  A .
Mas, vamos usar os estudos desse capítulo.
Vamos mostrar que os autovalores e autovetores de A e de B
são iguais.

1   2 
det  A   I   det   1    2     6
 3 2   

 2    2   2  6   2  3  4

  9  4(1)(4)  25 .
b   3  5 4
 
2a 2 1

Os autovalores de A são   4 e   1 .

Assim, existe base   v1 , v2  formada por autovetores


associados aos autovalores de A tal que essa matriz na base 
4 0 
fica A    , que exatamente a matriz B.
 0 1

Calculemos o auto-espaço de   4 .

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 3
y x
 3 2   x   0   3 x  2 y  0  2
 3 2   y   0   3 x  2 y  0   3
      y  x
 2

Podemos escolher como gerador desse auto-espaço o autovetor


 3
v2  1,  .
 2

Calculemos o auto-espaço de   1 .

2 2   x  0 2 x  2 y  0  y  x
 3 3   y    0  3x  3 y  0   y   x
      

Podemos escolher como gerador desse auto-espaço o autovetor


v1  1, 1 .

 3  
Na base    1,  , 1, 1  a matriz A torna-se uma matriz
 2  
diagonal exatamente igual a B.
Precisamos executar os produtos M c Acc M c  B .

 1 1
A matriz mais fácil de ser escrita é M c   .
3 / 2 1

Precisamos invertê-la.

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det  M c   1 
3 5
 .
2 2

 1 3 / 2   1 1
cof  M c    ; cof  M c    
t
 ;
 1 1   3 / 2 1 

2 / 5 2 / 5 
M c   M c   
1

 3 / 5 2 / 5

Então B é semelhante a A da seguinte maneira.

2 / 5 2 / 5  1 2   1 1
M c Acc M c    3 2  3 / 2 1
 3 / 5 2 / 5   

 8 / 5 8 / 5 1 1  4 0 
   1 3 / 2    0 1 .
 3 / 5 2 / 5    

Exercício 09.
a) Mostre que um operador linear T (num espaço de dimensão
finita) que comuta com qualquer operador linear diagonalizável
é diagonalizável.

b) Nas condições do item a, mostre que, na verdade, T é um


múltiplo escalar do operador identidade, isto é, existe um
número r tal que T  r  I .

Resolução.
Seja T : V  V , com dim V   n .

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Consideremos D : V  V um operador diagonalizável


qualquer.
Admitimos, por hipótese, que T D  D T .
A tese que temos de mostrar é que T é diagonalizável.

Por hipótese D é diagonalizável.


Podemos considerar a base   v1 ,..., vn  formada por
autovetores de D, na qual a matriz de D é diagonal.

Pensemos em considerar o espaço V com a base  .


Temos que  D  é diagonal.

v1 ⋯ 0 
 D    ⋮ ⋱ ⋮  .

 0 ⋯ vn 

O estudante, em geral, sempre reclama de exercícios com


enunciados que se iniciam com “mostre que ...” ou “demonstre
que ...”. Este é um exercício desse tipo. O resultado a que se
refere o enunciado é geral, vale para qualquer espaço vetorial
de dimensão finita. Mas para facilitar a compreensão vamos
adotar, primeiramente, o caso particular em que a dimensão de
V seja 2.

Se dim V   2 e D é diagonalizável, ele possui um ou dois


autovalores distintos. Seja   v1 , v2  a base de autovetores na
qual a matriz de D é diagonal.

a a12 
Seja a matriz de T na base alfa igual a: T    11 .
 a21 a22 

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 0 
Seja a matriz de D na base alfa igual a:  D    1 .
 0 2 

Tem-se, por hipótese, que T D  D T , ou seja, os produtos


das matrizes de T e de D comutam, T  D    D T  . E isso
vale para qualquer base adotada em V. Portanto, podemos
adotar a base  e escrever que:

 a11 a12  1 0   1a11 2 a12 


a a22   0     a 
 21  2  1 21 2 a22 

1 0   a11 a12   1a11 1a12 


0   a 
 2  21 a22  2 a21 2 a22 

Para que haja a igualdade T  D    D T  é necessário que


sejam verdadeiras simultaneamente as igualdades

1a21  2 a21
 .
1a12  2 a12

Como o enunciado diz que a comutatividade da composição de


T e D vale para qualquer transformação diagonalizável D,
podemos exigir que os autovalores 1 e 2 seja distintos e
diferentes de zero. Daí, a igualdade entre as matrizes T  D  e
 D T  só ocorre se e somente se a12  a21  0 . Ou seja, T  é
diagonal.

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No caso dim V   2 está provada a tese de que T é


diagonalizável.

Pense em um espaço vetorial V de dimensão 3.


Se D é qualquer operador linear diagonalizável, podemos
considerar que D tenha 3 autovalores distintos e não nulos 1 ,
2 e 3 com respectivos autovetores que formam uma base
  v1 , v2 , v3  .
 a11 a12 a13  1 0 0
Se T    a21 a22 a23  e  D    0 2
 0  então:
 a31 a32 a33   0 0 3 

1 0 0  a11 a12 a13   1a11 1a12 1a13 


0  0  a a22 a23   2 a21 2 a22 2 a23 
 2  21
 0 0 3   a31 a32 a33   3a31 3a32 3a33 

 a11 a12 a13  1 0 0   1a11 2 a12 3a13 


a a22 a23  0  0   1a21 2 a22 3a23 
 21  2

 a31 a32 a33   0 0 3   1a31 2 a32 3a33 

Como, por hipótese, o produto é comutativo, deve-se ter:

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1a12  2 a12
 a   a
 1 13 3 13

2 a23  3 a23



2 a21  1a21
3 a31  1a31

3 a32  2 a32

Como D é qualquer operador diagonalizável, podemos


considerar que todos os autovalores sejam distintos e não
nulos, logo o sistema anterior só estará satisfeito se e somente
se a12  a13  a23  a21  a31  a32  0 . Ou seja, T é
diagonalizável.

No caso geral, quando dim V   n .


Tem-se:
A matriz de D é diagonal numa base de autovetores associados
aos autovalores. Pode-se, então, adotar que esses autovalores
são todos não nulos e distintos entre si.
1 ⋯ 0 
 D    ⋮ ⋱ ⋮  .
 0 ⋯ n 

A matriz de T é descrita inicialmente como


 a11 ⋯ a1n 
T    ⋮ ⋱ ⋮  .
 an1 ⋯ ann 

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No produto  D T  o autovalor 1 aparece multiplicando a


linha 1, 2 aparece multiplicando a linha 2, 3 aparece
multiplicando a linha 3, e assim por diante.
Mas no produto  D T  o autovalor 1 aparece multiplicando a
coluna 1, 2 aparece multiplicando a coluna 2, 3 aparece
multiplicando a coluna 3, e assim por diante.

Por isso, para que  D T   T  D  é necessário que a matriz


de T seja uma matriz diagonal.
Fica demonstrado que sob as hipóteses do enunciado T tem de
ser diagonal.

Item b.
Nas condições do item a, mostre que existe um número r tal
que T  r  I .

Vamos voltar nossa atenção ao caso particular no qual


dim V   2 .

Considere o operador identidade, tal que I 1, 0   1, 0  e


I  0,1   0,1 .
Na base canônica 1, 0  ,  0,1 a matriz de I torna-se
1 0 
I  .
0 1 
O operador T comuta com a identidade, logo T  torna-se
diagonal na base formada pelos autovetores de I. Ou seja, T
preserva as direções de e1  1, 0  e e2   0,1 .

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Considere D tal que D 1,1   2, 2  e D  1,1   3,3 .


2 0
Na base 1,1 ,  1,1 a matriz de D torna-se  D   0 .
 3
O operador T comuta com D, logo T  torna-se diagonal na
base formada pelos autovetores de D. Ou seja, T preserva as
direções de 1,1 e  1,1 .

Considere D tal que   


D  3, 2  5 3, 10  e
D  0, 7    0,14  .
Na base   
3, 2 ,  0  7   a matriz de D torna-se
5 0 
 D   .
 0 2 
O operador T comuta com D, logo T  torna-se diagonal na
base formada pelos autovetores de D. Ou seja, T preserva as
 
direções de  3, 2 e  0, 7  .

Percebemos que, como T comuta com qualquer operador


diagonalizável, ele deve preservar qualquer direção! Vamos
escrever isso de maneira mais formal.

De maneira geral, quando consideramos um operador D que é


diagonalizável, existem direções 1 , 2  [0, 2 ) tais que:
D  cos 1 ,sen 1   1  cos 1 ,sen 1  e
D  cos  2 ,sen  2   2  cos  2 , sen  2  .

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Como T  torna-se diagonal na base


 cos1 , sen 1  ,  cos 2 ,sen 2  esse operador preserva as
direções 1 , 2  [0, 2 ) .

Ou seja, nas condições do item a, quando dim V   2 , o


operador T é um múltiplo da identidade, ou seja, k  ℝ tal
que T  k  I .

Se pensarmos na situação em que dim V   3 podemos


considerar que os vetores desse espaço são determinadas por
três ângulos 1 , 2 e 3 pertencentes a [0, 2 ) e medidos entre
a direção e os vetores canônicos e1  1, 0, 0  , e2   0,1, 0  e
e3   0, 0,1 . Assim, um vetor (direção) é caracterizado pelos
valores dos cossenos desses ângulos. Qualquer direção em V é
dada por v   cos 1 , cos  2 , cos 3  , com 1 ,2 ,3 [0, 2 ) .

De maneira geral, quando consideramos um operador D que é


diagonalizável, existem direções tais que:
D  v1   1v1 , D  v2   2 v2 e D  v3   3v3 .

Como T comuta com todos os operadores diagonalizáveis D, a


matriz T  torna-se diagonal na base v1 , v2 , v3  esse operador
preserva todas as direções   [0, 2 ) .
Ou seja, nas condições do item a, quando dim V   3 , o
operador T é um múltiplo da identidade, ou seja, k  ℝ tal
que T  k  I .

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A generalização segue naturalmente quando considera-se


dim V   n . Ou seja, nas condições do item a, o operador T é
um múltiplo da identidade, ou seja, k  ℝ tal que T  k  I .

Exercício 10. Diz-se que um operador linear T : V  V é


nilpotente se existir um número inteiro positivo n, tal que
 
T n  0 ,  T n  T T ⋯ T  para todo v V .
 
 n vezes 
a) Seja T nilpotente. Determine seus autovalores.
b) Determine uma matriz A22  0 tal que TA : ℝ 2  ℝ 2 seja
nilpotente.
c) Mostre que um operador linear nilpotente, não nulo, não é
diagonalizável.

Resolução.
Item a.
Por hipótese, existe n  ℕ* tal que T n  0 .
Vamos pensar no caso particular em que n  2 . Nessa situação
T T (v)   0, v  V .
Para encontrar os autovalores devemos determinar números
reais  tais que T   I  (v)  0, v  V .
Como T é linear T  0   0 , então podemos escrever:
T  T   I  (v)   T  0   0, v  V , ou ainda
T 2
 T  (v)  0, v V .
Por hipótese T 2  0 , então T 2  T  (v)  T (v)  0, v  V .

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Assim obtemos que   0 ou que T é operador nulo (e que só


tem autovalor zero).

Como resolver o exercício se adotarmos o caso particular em


que n  3 ?
Temos T 3 (v)  0, v V .
Procuramos   ℝ tal que T   I  (v)  0, v  V .
Como T é linear T 2  T   I  (v)   T 2  0   0, v  V .
Ou seja T 3  T 2  (v)  T 2 (v)  0, v  V .
Concluímos que ou   0 ou T 2 (v)  0 v V , o que implica
que T é operador nulo.

Assim, se T é nilpotente com n  3 então seu único autovalor é


 0.

A generalização para n  ℕ segue com naturalidade.


Deve-se determinar   ℝ tal que T   I  (v)  0, v  V .
Como T é linear T n 1  T   I  (v)   T n 1  0   0, v  V .
Ou seja T n  T n 1  (v)  T n 1 (v)  0, v  V .
Concluímos que ou   0 ou T n 1 (v)  0 v V , o que
implica que T é operador nulo.

Assim, se T é nilpotente então seu único autovalor é   0 .

Item b.
a b 
Vamos escrever uma matriz A   .
c d 

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 a b   a b   a 2  bc ab  bd 
A2     .
 c d   c d   ac  cd bc  d 2 

Devemos resolver
a 2  bc  0

ab  bd  0

ac  cd  0
bc  d 2  0

Vamos resolver por tentativas.


Adotamos que a  0 .
bc  0
bd  0


cd  0
bc  d  0
2

Adotamos também que b  0 .


0  0
0  0


cd  0
 d 2  0

O que implica que d  0 . O valor de c pode ser qualquer real.


 0 0
Então um exemplo é A   .
 k 0

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 0 0  0 0  0 0
Verificação: A2     .
 k 0  k 0  0 0

Item c.
Devemos mostrar que um operador linear nilpotente, não nulo,
não é diagonalizável.

Vamos provar “por absurdo”.


Vamos negar a tese e trabalhar para obter um absurdo, uma
contradição com as hipóteses.
A negação da tese é: Seja T um operador nilpotente e
diagonalizável.
Como admitimos que T é diagonalizável, existirá uma base 
formada por autovetores na qual T  é diagonal. Na diagonal

dessa representação matricial estarão escritos os autovalores de


T. Mas todos os autovetores de T são iguais a zero. Dessa
maneira, a matriz de T escrita na base  é uma matriz nula.
Mas T não é um operador nulo. Absurdo.

Exercício 11. Diz-se que um operador linear T : V  V é


idempotente se T 2  T , isto é, T T  (v)  T (v) para todo
v V .
a) Seja T idempotente. Determine seus autovalores.
b) Determine uma matriz A22  0 tal que TA : ℝ 2  ℝ 2 seja
idempotente.
c) Mostre que um operador linear idempotente é
diagonalizável.

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Resolução.
Item a.
Por hipótese tem-se que T T  (v)  T (v) para todo v V .
Para determinar os autovalores de T devemos procurar números
reais  tais que T   I  v  0, v  V .
Como T é linear T  0   0 então
T   T   I  v   T  0   0, v  V .
Ou seja, T 2  T  v  0, v  V .
Como T é idempotente T  T  v  0, v  V .
Ou ainda 1    T (v)  0, v  V .
Para que 1    T (v)  0, v  V deve-se ter que   1 ou que
T seja a aplicação nula, e neste caso só existe autovalor nulo.
Assim, os autovalores de um operador idempotente só podem
ser   0 ou   1 .

Item b.
a b 
Pensamos em uma matriz T    .
c d 
O produto T T  deve ser igual a T  :
 a b   a b   a 2  bc ab  bd 
c d  c d    
    ac  cd bc  d 2 

Tentamos obter uma solução do sistema:

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a 2  bc  a

ab  bd  b

ac  cd  c
bc  d 2  d

Resolvemos, por tentativas.


Adotaremos que a  1 .
1  bc  1

b  bd  b

c  cd  c
bc  d 2  d

Para satisfazer a primeira equação, adotaremos b  0 .


1  1
0  0


c  cd  c
d 2  d
Para satisfazer a terceira equação adotaremos d  0 .
1  1
0  0


c  c
0  0

Podemos escolher qualquer valor real para c. Escolhemos, por


exemplo, c  3 .
1 0
A matriz é A   .
3 0 

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Verificação:
1 0  1 0 1(1)  3(0) 1(0)  0(0)  1 0 
AA      .
3 0  3 0 3(1)  0(3) 3(0)  0(0)  3 0 

 2 1
O autor apresenta na seção de respostas outra matriz,  .
 2 1

Item c.
Sabe-se, por hipótese, que T T  (v)  T (v) para todo v V .
Ou seja, T T  (v)  T (v)  0 , ou ainda que T 2  T  (v)  0 ,
ou ainda que T 2  T  é o operador nulo.
Os teoremas 7.2.3 e 7.2.4 relacionam polinômios
característicos e autovalores.
Então, considere o polinômio p( x)  x 2  x que pode ser
fatorado como p ( x)   x  0  x  1 .

  
Verifica-se que p T   0 .
Como pelo item anterior os autovalores de T são 0 e 1, seu
polinômio característico é da forma p        1    .
n m

Pelo Teorema 7.2.6, como p ( x)   x  0  x  1 anula T e tem


o menor grau possível com as raízes 0 e 1, ele é o polinômio
minimal de T.
Como os autovalores são distintos e seu número é 2, a
dimensão do espaço, pelo Corolário 7.1.2 T é diagonalizável.

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3 0 0 
(*) Exercício 12. Mostre que A  0 2 5 não é
0 1 2 
diagonalizável. No entanto, se A representar, numa certa base,
um operador linear T : V  V , onde V é um espaço vetorial
complexo, então T é diagonalizável. Verifique este fato ou,
equivalentemente, que existe uma matriz com elementos
complexos P33 , invertível, tal que
3 0 0
P  A  P  0 i 0  .
1

0 0 i 

Resolução. Exercício difícil.

3   0 0 
A   I   0 2 5 
 0 1 2   

det  A   I    3    2    2     5  3   
  3     2    2     5
  3     4  2  2   2  5
  3     2  1

Tem-se det  A   I   0    3 ou   i ou   i .

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Considerando-se o espaço vetorial sobre o corpo dos números


reais, só existe a solução   3 . Este seria o único autovalor do
operador.

Vamos determinar os autovetores associados ao autovalor


  3.

0 0 0   x  0 
 A  3I   v   0  0 1 5  y   0 
0 1 5  z  0 

0  0 0  0 0  0
  
  y  5 z  0   y  5 z   y  0
 y  5z  0  y  5z z  0
  

O auto-espaço associado tem dimensão 1, “x” pode assumir


qualquer valor real. Esse subespaço é gerado, por exemplo,
pelo autovetor 1, 0, 0  .
Portanto, não existem 3 autovetores que possam compor uma
base na qual a matriz do operador seja diagonal.

Agora, se considerarmos o espaço vetorial com escalares no


corpo dos números complexos existirão 3 autovalores,   3 ,
  i e   i .

O auto-espaço associado com   3 tem gerador v1  1, 0, 0  .


Procuremos o auto-espaço (complexo) associado ao autovalor
 i.

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3  i 0 0 

A  iI   0 2  i 5 
 0 1 2  i 

3  i 0 0   x  0 
 A  iI   v   0   0 2  i 5   y   0 

 0 1 2  i   z  0 

x  0 x  0
 3  i  x  0  
  5  5 2i
  2  i  y  5 z  0   y  z  y  z
 y  2  i z  0  2i  2i 2i
  y   2  i  z  y   2  i  z

x  0
 x  0
 10  5i 
 y  z   y  2  i z
 4   1  y  2  i z
 y  2  i z 

Então esse auto-espaço tem dimensão 1. Veja que “z” pode


assumir qualquer valor complexo. Um gerador desse auto-
espaço é, por exemplo, v2   0, 2  i,1 .

Procuremos o auto-espaço (complexo) associado ao autovalor


  i .

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3  i 0 0 

A  iI   0 2  i 5 
 0 1 2  i 

3  i 0 0   x  0 
 A  iI   v   0   0 2  i 5   y   0

 0 1 2  i   z  0 

x  0 x  0
 3  i  x  0  
  5  52  i
  2  i  y  5 z  0   y  z  y  z
 y  2  i z  0  2i   2  i  2  i 
  y   2  i  z  y  2  i z

x  0
 x  0
 52  i 
 y  z   y  2  i z
 5  y  2  i z
 y   2  i  z 

Então esse auto-espaço tem dimensão 1. Veja que “z” pode


assumir qualquer valor complexo. Um gerador desse auto-
espaço é, por exemplo, v3   0, 2  i,1 .

A matriz do operador na base   v1 , v2 , v3  é diagonal,

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3 0 0 
T   0 i 0  .
 0 0 i 

Obs. O enunciado do livro tem um erro de digitação, o


elemento da posição (3,3) é a33  i .

(*) Exercício 13. Problema pesquisa. (Pode ser retirado da


lista).
M a a ⋯ a a 
a M a ⋯ a a
 
a a M ⋯ a a
Seja A    onde M e a  0 são
 ⋮ ⋮ ⋮ ⋱ ⋮ ⋮ 
a a a ⋯ M a
 
 a a a ⋯ a M  n n
números reais.
Mostre que:
a) Os autovalores de A são:
  M  a com multiplicidade n  1 e u  M  (n  1)a

b) det A   M  a    M  (n  1)a 
n 1

Obs: Este é um caso particular da situação estudada no artigo


“Sobre uma classe de matrizes cujo problema de autovalores é
facilmente solucionável” de Odelar Leite Linhares, publicado
na Revista Ciência e Cultura (SBPC) volume 29, número 8, de
agosto de 1977.

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Resolução.
Não é necessário resolver este exercício.

Exercício 14. Utilize a forma diagonal para determinar An ,


n  ℕ , nos seguintes casos:
0 7 6
 3 4 
a) A    b) A   1 4 0 
 1 2   0 2 2
Você pode generalizar o seu procedimento para o caso de uma
matriz quadrada qualquer? Quais as condições?

Resolução.
Item a.
 3 4   3   4 
A  ; A  I   ;
 1 2   1 2   

det  A   I   0   3    2     4  0

 6  3  2   2  4  0   2    2  0

  1  4(1)(2)  9
2
b   1  3 
  ou
2a 2 1

Existem dois autovalores,   2 e   1 .


Procuremos o auto-espaço associado ao autovalor   2 .

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 3  2 4   1 4
A  2I   
 1 2  2   1 4

 1 4  x  0
 A  2I  v  0       
 1 4  y  0

 x  4 y  0 x  4 y
 
 x  4 y  0 x  4 y

Um gerador desse auto-espaço é, por exemplo, v1   4,1 .

Procuremos o auto-espaço associado ao autovalor   1 .


 3  1 4   4 4 
A I    
 1 2  1  1 1 

 4 4   x   0
 A  I  v   0       
 1 1   y   0

4 x  4 y  0 y  x
 
 x  y  0 y  x

Um gerador desse auto-espaço é, por exemplo, v2  1,1 .

 2 0
Na base    4,1 , 1,1 a matriz torna-se  A  


 0 1

Assim, como a matriz da composição é o produto das matrizes,


tem-se que:
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 2 0   2 0   2  0 
2
2 
 A      .

  
2
 0 1   0 1   0 1

 2 0   2 0   2 0   2  0 
3
3 
 A       

1 
3
 0 1   0 1   0 1   0

De maneira geral a matriz An na base alfa será


 1  n 0 
n 
 A    .

 2  
n
 0 

 4 1
Tem-se M c   .
1 1

det  M c   4  1  3 .

 1 1  1/ 3 1/ 3
cof  M c    
t

   ; M c
   1/ 3 4 / 3  .
 1 4   

Assim podemos escrever as relações:

 1/ 3 1/ 3  3 4   4 1
A  M c Acc M c     
 1/ 3 4 / 3   1 2  1 1

 4 1  2 0   1/ 3 1/ 3
Acc  M c A M c     
1 1  0 1   1/ 3 4 / 3 

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Nos interessa a segunda igualdade.

A expressão de A2 (na base canônica) será:

 A   M
c 2
A M c  M c A M c   M c  A  M c
 2
c c

E generalizando  Acc    M c A M c   M c  A  M c


n n n

Ou seja,

 4 1  2  0   1/ 3 1/ 3
n

A 
n
  
1 1  0 1n   1/ 3 4 / 3 

 4  2  n 1  1 1 1 1  4  2  n  1 4  2  n  4 
     
  2  1  1 4  3 3   2   1   2   4 
n n n

Item b.
 0 7 6   7 6 
  
A   1 4 0  ; A   I   1 4   0  .
 0 2 2  0 2 2   

det  A   I     4    2     12  7  2   

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    4     7   2     12   2  4  7   2     12

 2 2  8  14   3  4 2  7  12

   3  2 2    2

Testamos   0 . Não é raiz.


Testamos   1 . É raiz.
Dividimos  3  2 2    2 por   1 .
Obtemos a fatoração   2    2     1  0

  1  4(1)2  9 . Raízes:   2 e   1 .

Então, existem três autovalores distintos.

  1,   1 e   2 .

Procuremos o auto-espaço associado ao autovalor   1 .

 0 7 6  1 7 6 
A   1 4 0  ; A  I   1 3 0 
 
 0 2 2  0 2 3

 1 7 6   x  0 
 A  I   v   0  1 3 0   y   0
 0 2 3  z  0 

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Notas de Aula 2017 –Álgebra Linear – Prof. Rui – DMA – UEM

 x  7 y  6 z  0 3 y  7 y  6 z  0 4 y  6 z  0
  
  x  3 y  0  x  3y  x  3y
2 y  3z  0 2 y  3z  0 2 y  3z  0
  

2
3 y  z

 x  3y .
2
 yz
3

O auto-espaço associado ao autovalor   1 é gerado, por


 2
exemplo, pelo autovetor v1   3,1,  .
 3

Procuremos o auto-espaço associado ao autovalor   1 .

 0 7 6  1 7 6
A   1 4 0  ; A  I   1 5 0 
 0 2 2  0 2 1

 1 7 6   x  0 
 A  I   v   0   1 5 0   y   0
 0 2 1  z  0 

x  7 y  6z  0 12 y  6 z  0 2 y  z
  
  x  5 y  0  x  5y  x  5 y
2 y  z  0 2 y  z 2 y  z
  

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Notas de Aula 2017 –Álgebra Linear – Prof. Rui – DMA – UEM

O auto-espaço associado ao autovalor   1 é gerado, por


exemplo, pelo autovetor v2   5,1, 2  .

Procuremos o auto-espaço associado ao autovalor   2 .

 0 7 6  2 7 6 
A   1 4 0  ; A  2 I   1 2 0 
 0 2 2  0 2 4 

 2 7 6   x   0
 A  2 I   v   0   1 2 0   y   0
 0 2 4   z   0

2 x  7 y  6 z  0 2 x  7 y  6 z  0
 
  x  2 y  0  x  2 y
2 y  4 z  0  y  2z
 

8 z  14 z  6 z  0 0  0
 
 x  4z  x  4z
 y  2z  y  2z
 

Um gerador desse auto-espaço é, por exemplo, v3   4, 2,1 .

Consideramos a base   v1 , v2 , v3  .

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Notas de Aula 2017 –Álgebra Linear – Prof. Rui – DMA – UEM

1 0 0 
Nessa base a matriz de TA fica A   0 1 0  . 

 0 0 2 
As matrizes de mudança de base podem ser determinadas.

 3 5 4
M c   1 1 2 .

 2 / 3 2 1 

 3 / 2 3 / 2 3
M c   M c    1/ 6 1/ 6 1 
1

 2 / 3 4 / 3 1 

Tem-se a relação Acc  M c  A M c


Então,  Acc    M c A M c  M c A M c   M c  A  M c


2 2

E generalizando  Acc    M c A M c   M c  A  M c


n n n

 3 5 4  1 0 0   3 / 2  3 / 2  3
 
An   1 1 2  0  1 0   1/ 6 1 / 6 1 
n

 2 / 3 2 1  0 0 2 n   2 / 3 4 / 3 1 
 

(*) Exercício 15. (Pode ser retirado da lista)


Considere o sistema mecânico mostrado na seguinte figura:

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Utilizando os procedimentos da seção 7.1.5 estude a vibração


do sistema quando ele é tirado da posição de equilíbrio.
Resolva completamente descrevendo o comportamento do
sistema no caso em que m1  0.5 kg , m2  0.5 kg ,
k1  1.2 N / m e k2  1.8 N / m . Os deslocamentos iniciais dos
corpos 1 e 2 são, respectivamente, 0.1 m para cima e 0.2 m
para baixo.
Resolução.

§§§§§

Versão de 01 de maio de 2017.

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