Aula 08
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SUMÁRIO PÁGINA
1. Acentuação gráfica 1
2. Ortografia 7
3. O que devo tomar nota como mais importante? 32
4. Lista das questões apresentadas 33
5. Gabarito 40
Olá, pessoal!
Acentuação gráfica
Dona Delia, arquejava para o lado, empunhava a citara¹ e fazia um belo som
ao fundo, enquanto o poeta, de renome entre a corte, citara² um pequeno
recorte de seus preciosos versos. “Depois dele, quem mais citara³ coisa tão
linda!”, exclamou Ambrozina, filha de Galdeco.
1. cítara: instrumento musical;
2. citara: verbo “citar” no pretérito-mais-que-perfeito do indicativo;
3. citará: verbo “citar” no futuro do presente do indicativo.
Sem a acentuação gráfica nas ocorrências de “citara”, temos dificuldade
de entender o texto acima, não é?
A Língua Portuguesa já passou por tempos em que não havia a
acentuação gráfica e isso fazia com que houvesse alguns problemas de
interpretação dos textos da corte, das leis, das ordens.
Houve, portanto, necessidade de padronizar a linguagem de forma a ter
mais clareza, disso resultaram as regras de acentuação gráfica.
A acentuação gráfica é a aplicação de sinais sobre algumas vogais de
forma a representar a tonicidade da palavra. Esses sinais são basicamente os
acentos agudo (´) e circunflexo (^).
Além desses, há ainda o acento grave (`), que é o indicador da crase; o
trema (¨), o qual foi suprimido das palavras portuguesas ou aportuguesadas
pela Reforma Ortográfica, exceto nos casos de derivados de nomes próprios:
“mülleriano” (derivado de “Müller”); o til (~), o qual indica nasalização das
vogais a e o.
As regras básicas nasceram da necesidade de padronização:
Vamos estudá-las como foram geradas: do mais simples (tonicidade que
possui poucas regras) para o mais trabalhoso (tonicidade que possui mais
regras).
Foi percebido no vocabulário da época que a menor quantidade de
vocábulos tônicos se concentrava nas proparoxítonas. Por isso, todas são
acentuadas: lâmpada, relâmpago, Atlântico, trôpego, Júpiter, lúcido, ótimo,
víssemos, flácido.
Assim, ficou mais fácil e prático.
Depois, foi percebido que os monossílabos tônicos também tinham,
dentre o vocabulário da época, pouca quantidade de palavras e maior
incidência das vogais “a”, “e”, “o”, podendo ficar no plural. Então acharam por
bem acentuar:
a, as: já, gás, pá.
e, es: pé, mês, três.
o, os: pó, só, nós.
As regras especiais
Usa-se a letra z:
a) nas palavras derivadas de outras em que já existe z:
deslize – deslizar (não confunda com a grafia do adjetivo “liso”),
baliza - abalizado;
razão - razoável, arrazoar, arrazoado;
raiz - enraizar
Como batizado deriva do verbo batizar, também se grafa com z.
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Curso de Português para TST
Teoria e exercícios comentados
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b) nos sufixos:
-ez, -eza (formadores de substantivos abstratos a partir de adjetivos): rijo,
rijeza; rígido, rigidez; nobre, nobreza; surdo, surdez; inválido, invalidez;
intrépido, intrepidez; sisudo, sisudez; avaro, avareza; macio, maciez; singelo,
singeleza.
-izar (formador de verbos) e ção (formador de substantivos): civilizar,
civilização; humanizar, humanização; colonizar, colonização; realizar,
realização; hospitalizar, hospitalização.
Não confunda com os casos em que se acrescenta o sufixo -ar a palavras que
já apresentam s: analisar(análise), pesquisar(pesquisa), avisar(aviso).
Observe o uso da letra z nas seguintes palavras: assaz, batizar (mas
batismo), bissetriz, buzina, catequizar (mas catequese), cizânia, coalizão,
cuscuz, giz, gozo, prazeroso, regozijo, talvez, vazar, vazio, verniz.
Há palavras em que se estabelece distinção escrita por meio do contraste s/z:
cozer (cozinhar) e coser (costurar);
prezar (ter em consideração) e presar (prender, apreender);
traz (forma do verbo trazer) e trás (parte posterior).
Em muitas palavras, o fonema /z/ é representado pela letra x: exagero,
exalar, exaltar, exame, exato, exasperar, exausto, executar, exemplo,
exequível, exercer, exibir, exílio, exímio, existir, êxito, exonerar, exorbitar,
exorcismo, exótico, exuberante, inexistente, inexorável.
O FONEMA /s/ (LETRAS “s”, “c”, “ç” e “x” ou DÍGRAFOS “sc”, “sc”,
“ss”, “xc” e “xs”)
Observe os seguintes procedimentos em relação à representação gráfica desse
fonema:
a) a correlação gráfica entre nd e ns na formação de substantivos a partir de
verbos:
ascender ascensão; distender distensão; expandir expansão;
suspender suspensão; pretender pretensão; tender tensão;
estender extensão.
É muito importante você perceber que os prefixos “pre” e “pro” são átonos (portanto, sem acento).
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É muito importante você perceber que os prefixos “pré” e “pró” são tônicos (portanto, acentuados).
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Gabarito: D
uma noção de causa, por isso cabe a conjunção “porque”, e não a expressão
“por que”.
Em vez de demonstrar mal humor, porque fora tomado por outra pessoa, o
cronista salvou a situação.
Na alternativa (D), a expressão “se deu mal” deve sempre ser
empregada com o advérbio “mal”. A conjunção causal nunca poderá ser
acentuada, por isso o correto é “porque”.
O livreiro se deu mal em sua homenagem porque não apurou corretamente a
identidade do cronista.
Na alternativa (E), “mal” é um substantivo, pois está precedido do
artigo “O”. Por isso sua grafia deve ser com “l”. A conjunção causal deve ser
grafada da seguinte forma: “porque”.
O mal já estava feito, e só não prosperou porque o cronista soube como
contorná-lo.
Gabarito: B
Gabarito: C
Ele é mais mau do que ela (errado) Ele é pior do que ela (certo)
Note o emprego correto do adjetivo “dulcíssimo” (derivado da palavra “doce”).
Veja também que “em que” está corretamente empregado, pois retoma
“convívio”, isto é, nesse convívio os excessivos maus humores pesam ao tio.
Por tudo isso, esta alternativa é a correta.
Na (C), o verbo correto seria “sonha”. Além disso, deve-se empregar o
pronome “lhe” com valor de posse: “lhe exacerbam os ânimos”, isto é,
“exacerbam seus ânimos”. Corrigindo, teríamos:
Pai extremoso, ele sonha ser o melhor conselheiro dos filhos, salvo se lhe
exacerbam os ânimos ao reincidirem pela enésima vez no mesmo erro.
Na (D), o verbo “existe” deve se flexionar no plural, porque seu sujeito é
“dúvidas”. O verbo “provou” deve também se flexionar no plural, porque o
sujeito possui substantivo próprio no plural iniciado por artigo “os”.
Em se cuidando dessa doença no início, não existem dúvidas de que haverá
cura − é o que os Estados Unidos, recentemente, provaram ao mundo.
Na (E), deve-se retirar a conjunção “e” antes da oração principal e
inserir uma vírgula, pois há uma oração subordinada adverbial antecipada. O
verbo corretamente grafado seria “hesitando” (derivado de hesitar).
Corrigindo, teríamos:
Desejando intensamente alçar-se diretor, ele passou a agir com zelo e
discrição, não hesitando em exceder suas funções e o horário do fim do
expediente.
Gabarito: B
c) Em vez de demonstrar mal humor, por que fora tomado por outra pessoa,
o cronista salvou a situação.
d) O livreiro se deu mau em sua homenagem porquê não apurou
corretamente a identidade do cronista.
e) O mau já estava feito, e só não prosperou por que o cronista soube como
contorná-lo.
1. C 2. B 3. C 4. B 5. C 6. D 7. E 8. C 9. B 10. B
11. E 12. A 13. C 14. A 15. D 16. E 17. D 18. B 19. C 20. C
21. C 22. A 23. B