Estatuas-Menires Serra Da Nave
Estatuas-Menires Serra Da Nave
Estatuas-Menires Serra Da Nave
Resumo
Publicam-se duas estátuas-menires identificadas na Chã das Lameiras (serra da Nave). Anali-
sa-se o contexto paleoambiental e arqueológico. A ocupação da serra da Nave remontará aos
finais do V milénio a. C., destacando-se nesta fase os numerosos monumentos megalíticos,
por vezes reutilizados em períodos mais tardios. As estátuas-menires datarão dos finais do III
milénio a. C. Esta proto-estatuária constituirá uma das formas de negociação do Poder entre
as comunidades locais e regionais.
Résumé3
Nous publions deux statues-menhirs trouvées à Chã das Lameiras (plateau de Nave, région
de Beira Alta au Portugal). Leur contexte paléo-environnemental et archéologique régional
est analysé. L’occupation de la région débuterait à la fin du Vème millénaire av. J.-C. quand les
premiers dolmens sont construits. Quelques uns ont été réutilisés au Chalcolithique et à l’Âge
du Bronze. Ces statues-menhirs dateraient de la fin du IIIème millénaire av. J.-C. Elles pour-
raient, comme d’autres éléments, être d’importants supports de négociation du Pouvoir entre
les communautés locaux et régionaux.
Mots-clés: Haute Paiva, région de la Haute Beira, Portugal. Chalcolithique / Âge du Bronze,
Paléo-environnement, Statues-menhirs, IIIème millénaire av. J.-C.
Introdução
Entre 1998 e 2002 decorreu na região do Alto Paiva um projecto de investigação
sobre a ocupação antiga do território. O projecto integrou trabalhos de prospecção,
de inventário e de escavação arqueológica, em jazidas tumulares e habitacionais.
Neste contexto foram estudados vários sepulcros com tumulus, datáveis do Neolítico
Final à Idade do Bronze, e dois povoados, um dos finais da Idade do Bronze, outro dos
inícios da Idade do Ferro. A ocupação do período medieval baseou-se em trabalhos de
prospecção arqueológica4.
O referido programa de investigação visava também o conhecimento da evolu-
ção ambiental e ecológica da região a partir do estudo de macro-restos vegetais (ma-
deira, sementes e frutos) e partículas finas (pólenes), existentes nos solos soterrados
com a construção de monumentos tumulares, depósitos sedimentares e solos antro-
pogénicos, bem como avaliar o impacto da presença humana na paisagem e inferir
aspectos de ordem económica e social que permitissem compreender as sociedades
que, ao longo de milénios, se instalaram na região. Os resultados de alguns destes tra-
balhos, normalmente circunscritos às amostragens de cada estação, temporalmente
delimitadas, foram entretanto divulgados.
Os trabalhos de prospecção de arqueológica permitiram a inventariação de cer-
ca de três centenas de jazidas (Cruz, 2001; Valinho, 2003; Canha, 2002; Vieira, 2004,
2005-2006; Loureiro, 2003). Neste cômputo incluem-se as duas estátuas-menires que
agora se divulgam mais extensamente.
4 O projecto, intitulado “O Alto Paiva: sociedade e estratégias de ocupação do território desde a Pré-
-história Recente à Alta Idade Média”, foi subvencionado pelo Instituto Português de Arqueologia, no
âmbito do Plano Nacional de Trabalhos Arqueológicos. A equipa de investigação, coordenada por D. J.
Cruz, integrou jovens investigadores, antigos alunos da Faculdade de Letras da Universidade de Coim-
bra: Alexandre Jorge Canha, Alexandre Valinho, Marina Afonso Vieira e Sílvia Loureiro. Neste contexto
foram concretizadas sete dissertações académicas, de doutoramento e de mestrado, e publicados múl-
tiplos trabalhos, alguns dos quais se referenciam ao longo deste texto.
120 Estelas e Estátuas-menires: da Pré à Proto-história
A paisagem antiga
O reconhecimento do quadro paleombiental da região do Alto Paiva é possível
com base nos dados polínicos das seguintes estações arqueológicas: Orquinha dos
Juncais (Queiriga) (López Sáez e Cruz, 2002), Orca das Castonairas (Fráguas) (López
Sáez e Cruz, 2002-2003), monumentos 1 e 2 de Lameira Travessa (Pendilhe) (Castro
et al, 1999; López Sáez et al, 2001a), Canedotes (Vila Cova-à-Coelheira/ Touro) (Ló-
pez Sáez et al, 2000, 2001b), Castro de Vila Cova-à-Coelheira (Vila Cova-à-Coelheira)
(López Sáez et al, 2002-2003) e depósito sedimentar da Chã das Lameiras (Peravelha,
Moimenta da Beira) (Cruz, 2001). De algumas destas estações, e outras, dispõe-se
igualmente de dados relativos à identificação de carvões vegetais (Figueiral, 2001).
Os vários estudos paleobotânicos realizados na região permitem-nos caracterizar
a evolução da cobertura vegetal da região durante o período Holocénico: paisagem aber-
ta, com prados extensos (Gramineae), clima seco e frio durante o Boreal (9000-8000 BP) e
fase inicial do período Atântico (8000-6500 BP), evoluindo para o bosque de carvalhos, por
vezes assumindo o aspecto de uma paisagem florestal densa, com prados mais reduzidos,
em ambiência de clima húmido e quente; no Sub-Boreal (5000-2700 BP), com um clima
seco e frio, assiste-se a fases de desflorestação e de recuperação do carvalhal; a intervenção
humana é agora mais incisiva, nomeadamente através da utilização do fogo; a vegetação
arbustiva instala-se; o período paleoclimático Sub-Atlântico (2700-), observável nomeada-
mente no perfil polínico da Chã das Lameiras, evidencia importante intervenção humana;
caracterizar-se-á genericamente pela regressão significativa do carvalhal — resultante da
actividade humana —, e avanço dos matos de cistáceas e ericáceas; ocorrem incêndios, de
nível local e regional; verificam-se indicadores de esgotamento e erosão dos solos.
múltiplas pequenas linhas de água, comportará cerca de 25 km2. Os solos são espessos,
a propriedade é pouco dividida, o que favorece a prática de uma agricultura mecanizada
(cereais, como o milho e o centeio; batata de semente; feno para o gado), como também
a criação de gado bovino, para além da tradicional criação de gado ovino e caprino, neste
caso nas terras adjacentes aos lameiros (Medeiros, 1982, 1985; Roux, 1998).
Cada uma das estátuas ocupa os “limites” desta ampla depressão, distando
uma da outra cerca de 2,5 km. Uma, fincada no terreno (margem direita do ribeiro da
Nave), encontrar-se-á in situ. A outra (margem esquerda do mesmo curso de água)
foi identificada deslocada, mas relativamente próxima do local inicial de implantação
(imediações da pequena povoação da Nave, antes designada Quinta dos Caetanos).
Localização geográfica
Administrativamente ambas as estátuas pertencem ao concelho de Moimenta
da Beira, distrito de Viseu. A estátua Nave 1 situa-se em território da freguesia de Pe-
ravelha, enquanto que a estátua Nave 2 pertence já à freguesia de Alvite.
Coordenadas geográficas:
Nave 16
Coordenadas geográficas: latitude — 40° 56’ 23” N.; longitude — 01° 27’ 31”
E. (Lisboa). Altitude — 955 m. Cartografia: “Carta Militar de Portugal, na escala de
1/25.000”, fl. 148 (Moimenta da Beira), 2.ª ed., 1984.
Nave 2
Coordenadas geográficas: latitude — 40° 56’ 23” N.; longitude — 01° 27’ 31”
E. (Lisboa). Altitude — 950 m. Cartografia: “Carta Militar de Portugal, na escala de
1/25.000”, fl. 148 (Moimenta da Beira), 2.ª ed., 1984. (As coordenadas deste monu-
mento dizem respeito ao local onde foi localizada, que não é o original).
Ambos os monumentos foram inicialmente descritos (Cruz, 2001) sob a desig-
nação, respectivamente, de: “Estátua-menir Nave 1” (p. 390, n.° 208, mapa 6, est. 62)
e “Estátua-menir Nave 2” (p. 390-391, n.° 209, mapas 6-7, fig. 54, est. 63-65).
Metodologia7
O desenho de ambas as peças resulta do registo das suas secções e de decal-
ques efectuados durante a noite com o auxílio de iluminação artificial. Esta estratégia
permite o controlo do ângulo de iluminação que proporciona a legibilidade adequada
6 A estátua 1 foi identificada por uma equipa de técnicos da firma Arqueohoje, Ldª, que então realiza-
va trabalhos de escavação e valorização da Orca de Seixas (Moimenta da Beira). Os referidos trabalhos
integraram o projecto de investigação sobre o Alto Paiva, coordenado por um dos autores (D. J. Cruz).
Aguarda-se a publicação do correspondente relatório.
7 Nos trabalhos de levantamento da estátua 1 contámos com a colaboração de João Nuno Marques. No
caso da estátua 2 fomos coadjuvados por João Perpétuo e Artur Serra. A finalização dos desenhos de
cada uma das peças, em gabinete, deve-se a José Luís Madeira, técnico superior do Instituto de Arque-
ologia da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. A todos devemos o nosso agradecimento.
124 Estelas e Estátuas-menires: da Pré à Proto-história
ao que se quer registar. Desta forma, a luz deverá incidir de forma rasante e perpendi-
cular relativamente ao desenvolvimento dos sulcos a levantar.
O decalque foi feito sobre plástico de cristal de espessura adequada colocado
directamente sobre cada uma das faces historiadas. Sobre ele, recorrendo-se a um
código de cores, foi registado o que considerámos pertinente para a compreensão das
peças. O negro foi utilizado para tudo o que é de origem antrópica de cronologia pré-
-histórica e o azul nas gravações históricas (situação apenas observada na estátua 2);
os limites das faces foram definidos com uma caneta vermelha de ponta M; canetas
da mesma cor de ponta F serviram para documentar as estruturas naturais das peças
(relevos, fissuras, etc.). Paralelamente desenharam-se também as secções das peças.
Estas definiram-se a partir de um eixo paralelo às orientações dos seus lados maiores
e foram desenhadas à escala de 1: 20.
Os desenhos publicados resultam da mistura de ambos os documentos e da
visualização de fotografias. A sua apresentação em pontilhado prende-se com o facto
de — como se demonstrará seguidamente — a volumetria das peças, em particular da
estátua 2, ser sumamente relevante. A fotografia foi efectuada sobre suporte digital e
película a preto e branco, cor e diapositivo.
Nave 2 (Estampas 6 e 8)
Bloco de granito, paralelepipédico, muito regular; anverso e reverso finamen-
te alisados; arestas marcadas, angulosas; reverso irregular, sem trabalho de afeiçoa-
mento. Dimensões: altura — 2,33 m (base partida); largura: anverso — 0,53 m/ 0,49 m;
lados — 0,38 m/ 0,24 m (lado direito); 0,36 m/ 0,23 m (lado esquerdo): reverso — 0,49
m/ 0,55 m; espessura: 0,38 m/ 0,24 m (lado direito); 0,36 m/ 0,23 m (lado esquerdo).
O bloco apresenta na parte inferior um veio de quartzo, muito regular, rectilí-
neo, criando uma leve saliência por efeito da erosão diferencial (eventualmente, tam-
bém, do trabalho de alisamento das superfícies da pedra); esta ocorrência natural terá
servido para delimitar a área insculturada (1,70 m de extensão acima do veio), como
também, talvez, o limite para a sua fixação no terreno; a base está fragmentada, pelo
que admitimos que, originalmente o bloco pudesse atingir cerca de 2 m de altura.
A peça, quando localizada, servia de pilar que, com outros, delimitavam pro-
priedade rústica8. Originalmente situar-se-ia nas proximidades da antiga Quinta dos
8 O monólito encontrava-se enterrado pela parte da cabeça. Observavam-se então os sulcos que defi-
nem a parte inferior da “insígnia” do anverso e a banda larga, obtida por rebaixamento, que correspon-
de ao cinturão. Não se identificaram quaisquer gravuras no reverso, a não ser algumas pontuações do
cinturão. Estas observações iniciais foram feitas sem qualquer limpeza da superfície da pedra. Poste-
riormente, após a deslocação do monólito, não foi possível, por vicissitudes várias, limpar e observar
mais atentamente esta parte da peça (reverso). Assim, ressalvamos a possibilidade desta estátua poder
possuir qualquer outra gravura nesta parte do monumento, que só será possível analisar quando, resol-
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vidas questões de propriedade, for removida do sítio em que se encontra e colocada em posição vertical.
Estelas e Estátuas-menires: da Pré à Proto-história 127
9 Como refere Claude Barrière, os termos técnicos utilizados para descrever as manifestações escultó-
ricas mais recente não se devem aplicar às de cronologia pré-histórica. Para este autor, alto-relevo em
arte pré-histórica corresponde a um motivo cuja espessura ultrapassa a metade do volume do modelo
representado (Barrière, 1993, 275), situação que julgamos encontrar aqui.
10 “Gravure modelée: lorsque le contour de la figure cernée para la gravure est plus ou moins arrondi.”
(Barrière, 1993, 275, itálico no original).
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mais notórias registam-se ao nível da cabeça: muito simples, sem que se destaque ex-
cessivamente do bloco, na estátua 1; com toucado, adereços do cabelo, objectos de
fixação de possíveis colares, etc., na estátua 2, destacando-se, sem dúvida, a expressi-
vidade da própria figura, com a representação mais naturalista desta parte do corpo,
situação que também se pode ver na “insígnia” peitoral que, abaixo do cinturão é mais
larga que na parte superior, por efeito decerto da pressão exercida pelo cinturão sobre
o traje.
As diferenças não quererão dizer distanciamento no tempo, ou, pelo menos,
excessivo distanciamento. Consideramo-las genericamente contemporâneas, atribuí-
veis ao Bronze Antigo/ Médio, recorrendo-se para este efeito às estátuas-menires com
iconografia similar em que é possível observar armas, cuja cronologia é conhecida.
De facto, as diferenças poderão justificar-se se atendermos à diferente qualidade dos
suportes, perícia do artífice, panóplia ampla de atributos na representação da figura
humana, que também poderá passar por questões de género (masculino/ feminino).
Discussão
Na maior parte dos casos, os discursos relativos à interpretação em Pré-história
(quando os há) oscilam entre dois pólos aparentemente opostos: um, em que se pre-
tende explicar tudo por via da economia; e outro por via do que, e à falta de melhor
palavra, podemos designar como simbólico.
A primeira das vias foi e é essencialmente percorrida pelos investigadores pro-
cessualistas; na segunda podemos encontrar os pré-historiadores pós-processualis-
tas. Estes, na sua generalidade, mesmo quando advogam a necessidade de uma visão
Estelas e Estátuas-menires: da Pré à Proto-história 131
ontológica dos problemas falham nessa abordagem. Digamos que privilegiando uma
parte de um Mundo se abstraem do resto. Tentaremos aqui não cair no mesmo erro ao
tentar expor a importância destas estátuas no contexto em que apareceram.
Como foi referido atrás, estas peças localizavam-se nos rebordos de um vale
de montanha que se caracterizava essencialmente por duas coisas ao tempo em que
foram insculturadas as pedras que aqui nos trazem: tratava-se de uma área despida,
bem irrigada numa região fortemente arborizada e, consequentemente, apta para
pastagens; encontrava-se rodeada de montículos claramente não naturais e cuja ori-
gem se perdia na noite dos tempos uma vez que a construção, utilização e encerra-
mento dos mesmos se tinha dado há pelo menos um milénio e meio atrás. Em curtas
palavras era isto que encontravam na Chã das Lameiras os elementos das comuni-
dades que percorriam a serra da Nave há cerca de 4000 anos. Mas que comunidades
eram estas?
Tratar-se-iam de agricultores e pastores, como atestado pelas colunas políni-
cas de várias estações das imediações. Por outro lado, seriam comunidades em cujo
seio a diferenciação social estaria bem presente. Daí — também — a importância dos
sítios cercados por estruturas positivas por vezes de grandes dimensões. Aqui as iden-
tidades dos elementos que compunham as sociedades seriam criadas, negociadas ou
reforçadas por intermédio de encenações, deposições, consumos, de percursos e ou-
tras acções menos detectáveis no commumente designado registo arqueológico. Por
este caminho nos levam os trabalhos desenvolvidos em Castelo Velho (Jorge, 2005),
Castanheiro do Vento (Cardoso, 2007; Vale, no prelo), Fraga da Pena (Valera, 1997)
ou Crasto de Palheiros (Sanches, 2008). Provavelmente os sítios regionais do Castelo
de Ariz ou Penedo da Pena deverão corresponder a locais deste tipo. Locais onde, e
resumindo, se negociava o Poder. Mas este Poder, para se manter, não se pode apoiar
somente nas acções desenvolvidas nestes sítios especiais. Tem que se dar a ver, é obri-
gado a presentificar-se, tem que revelar-se quotidianamente. Ora, que melhor sítio
para tal ocorrer que nos pontos de acesso à melhor das áreas de pastagem da região?
Para além desta importância económica, a Chã das Lameiras estava, como refe-
rimos, rodeada por monumentos megalíticos cuja construção remonta ao primeiro terço
do IV milénio a. C. A reentrada na Orca de Seixas numa altura genericamente coeva da
execução das estátuas atesta (como noutros casos similares, desde logo) a importância da
reapropriação social de sítios cuja natureza é difusa e, como tal, propícia à manipulação no
contexto de encenações de poder. Este processo de reapropriação parece dar-se desde o
Neolítico, como se depreende dos estudos de C. Tilley em Inglaterra (1994, 76-110), e no
caso de Portugal, nos numerosos monumentos megalíticos reutilizados em momentos
mais tardios (por vezes muito tardios), destacando-se, neste aspecto, a região da Beira
Alta e a sub-região do Alto Paiva (Leisner, 1998; Cruz, 2001). Trata-se de algo que se pro-
longará por todo o Bronze, sendo verificável em necrópoles (v. g. Fonte da Malga — Kalb e
Höck, 1979), sítios de habitat (Valera, 2008), estações de arte rupestre (Santos, 2009, 123)
e mesmo ao nível dos depósitos metálicos (Vilaça, 2007).
132 Estelas e Estátuas-menires: da Pré à Proto-história
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