Fotografe Melhor - Março 2019
Fotografe Melhor - Março 2019
Fotografe Melhor - Março 2019
fotografia de
natureza
Dicas do premiado Luciano Candisani para
você sair a campo e produzir grandes imagens
Revele-se
Fotos dos leitores em destaque 14
Câmeras Clássicas
Para relembrar e colecionar: Leica M3 20 CRIANÇAS COM MAGIA
Os incríveis ensaios
24
da canadense
Cassandra Jones
46 Cassandra Jones
Yassine Alaoui Ismaili
30 58
com esta versátil
Luciano Candisani
mirrorless de 24 MP
ti
het
neg
Me
go
Die
Claudia Andujar
CÂMERAS COMPACTAS
Gostei bastante da seleção de câ-
meras compactas de alta performan-
ce que saiu na edição 269. Tem pa-
ra todo tipo de gosto e conta bancá-
ria. Aquela Leica QP, que custa qua-
se US$ 5 mil, é um acinte. Tudo bem
que a câmera é uma joia, mas aqui
no Brasil, com o dólar na cotação que
está e com impostos (de importação
A imagem Hungry Hippos, que mostra um grupo de hipopótamos disputando espaço e comida num lamaçal, foi a grande vencedora
duas imagens
do ensaio
documental da
sul-coreana
JeongMee Yoon
feito desde 2005
Gisele Martins
Festival de Tiradentes chega à
nona edição
Abaixo, as capas dos
livros de Rita Barreto
e Gisele Martins,
O Festival de Fotografia Tiradentes - Foto em
Pauta tem a expectativa de receber cerca de
8 mil pessoas entre os dias 27 e 31 de março de
lar a produção criativa em diferentes possibili-
dades e explorar a fotografia na arte contempo-
rânea”, comenta o organizador Eugênio Sávio. A
que serão lançados 2019 na cidade histórica de Minas Gerais ofere- programação do evento contará também com
durante o Festival cendo uma programação gratuita – com exceção lançamentos de mais de 20 livros, de nomes co-
de Tiradentes dos workshops, as inscrições já estão abertas. mo Eduardo Queiroga, Cristiano Xavier, Francis-
Fotografe mais uma vez será responsável por co Andrade, Guilherme Bergamini, Gisele Mar-
uma das palestras no Centro Cultural Yves Men- tins e Rita Barreto, projeções noturnas e ativida-
des, nessa oportunidade reunindo as fotógrafas des culturais diversificadas.
Gisele Martins e Rita Barreto para falar da traje- “Faremos ainda uma ação em homenagem
tória de ambas na fotografia e dos livros que esta- a Brumadinho”, afirma o organizador Eugênio
rão lançando durante o evento – À Margem, de Gi- Sávio, referindo-se ao desastre ambiental pro-
sele (veja na edição 268), e Kuikuro, de Rita. vocado pela rompimento de uma barragem de
Ao todo, cerca de 30 artistas participa- rejeitos da Vale no município mineiro que dei-
rão da programação, entre mostras, debates, xou um saldo de 169 mortes e 141 desapareci-
workshops e atividades recreativas sobre foto- dos até o fechamento desta edição. Para saber
grafia. “Os cursos de qualificação visam estimu- mais, acesse: www.fotoempauta.com.br.
Rita Barreto
FOTÓGRAFO É DESTAQUE EM
Divulgação
EM DOIS TEMPOS
O dia nublado e frio na cidade de perando o momento exato do pássaro pas-
Asahikawa, norte do Japão, era convi- sar no lugar certo. Ele conta que para com-
dativo para o fotógrafo de publicidade Chris- por a imagem acima foram necessárias du-
tian Jourdan praticar imagens de paisagens as fotos: uma com tempo de exposição lon-
usando o filtro ND 1000 que tinha acaba- go (30s) para dar o efeito de véu no rio e ou-
do de comprar. Segundo ele, a grande difi- tra com tempo rápido (1/500s) para conge-
culdade não foi técnica, e sim a de ficar es- lar o pássaro. Juntou-as na pós-produção.
BOM DE BICO
Morador de São Carlos, inte-
rior de São Paulo, Ronaldo de
Carvalho vive em um bairro que faz
divisa com o cerrado da Universida-
de Federal de São Carlos (UFScar).
O campus de São Carlos da UFSCar
conta com uma área de 672 hecta-
res e abriga diversos tipos de vege-
tação, fauna e flora.
Tendo o cerrado como quintal de
casa, Ronaldo sempre avista muitas
espécies de aves e, como gosta de
fotografar, faz questão de registrar
a natureza. E uma dessas imagens
envolve um martim-pescador se ali-
mentando de uma tilápia. Os galhos
ao redor do pássaro emolduraram
a cena, tornando muito intrigante o
flagrante do momento em que a tilá-
pia vai para dentro da boca dele.
PARTÍCULAS DE LUZ
A luz, fonte vital da fotografia, pode ser Paulo Fontes caminhava por uma dessas
capturada de várias formas, de dia, de estradinhas mineiras quando vislumbrou a luz
noite, em todos os lugares... Do Japão ao in- do sol atravessando as árvores, filtrada pelas
terior de Minas Gerais, onde uma estradinha partículas de poeira que pairavam no ar. Ten-
de terra que corta um sítio ou uma fazenda, do a moldura das árvores para cercar o doura-
na singeleza do seu traçado, pode se transfor- do da cena e o caminho de terra para conduzir
mar em algo próximo de uma pintura realista, o olhar aos fachos solares, coube a ele enqua-
aquela que se atém aos detalhes. drar com maestria a beleza da simplicidade.
SOM ELETRIZANTE
Para estudar técnicas de fotografia, Da- em um cordão, que foi preso ao instrumento
nilo Cunha Nascimento convidou uma musical. O efeito dos leds foi obtido por meio
amiga para ser modelo de produções em que do ajuste de abertura em f/22 e o longo tem-
usa longa exposição. Para chegar ao resulta- po de exposição (8s). O fotógrafo explica que o
do acima, ele explica que precisou fazer uma mais difícil foi conseguir que a modelo Raquel
sequência de dez fotos com tempo médio de ficasse os oito segundos completamente imó-
8 segundos cada, captando a iluminação am- vel para que ele fizesse a captação toda da ce-
biente até obter o resultado desejado. na. A picape antiga deu um charme à produ-
Já as luzes no violão são pequenos leds ção, que ficou surpreendente.
A M3 foi apresentada
durante a Photokina
de 1954: aqui, ela com
a lente de 21 mm
e visor auxiliar
Leica M3
A MELHOR DE TODOS OS TEMPOS
P
ara especialistas, não há dis- ri Cartier-Bresson, adepto de câme- tadas “a tapa” até meados dos anos
cussão: a Leica M3 foi a me- ras da Leica, fez com a M3 muitas de 1990. Ainda hoje é uma das clássicas
lhor câmera no formato 35 suas fotos históricas. Como Bresson mais desejadas por colecionadores,
mm de todos os tempos – era um fotógrafo muito discreto, o fa- e um bom exemplar alcança preços
com todo o mérito para as to de ela ser pequena, silenciosa, rá- entre US$ 5 mil e US$ 8 mil, somente
objetivas também. Simples, pida e fácil de regular fez da M3 uma o corpo, no mercado externo.
precisa, resistente e confiável, era o inseparável companheira dele. Além
equipamento-padrão do fotojornalis- disso, as lentes superluminosas que TRÊS JANELAS
mo da época. Lançada em 1954, na a equipavam captava as pessoas e o Um conjunto com objetiva Sum-
quarta edição da Photokina, a grande clima do ambiente com uma natura- micron 50 mm f/2, de nitidez e con-
feira do setor fotográfico que ocorre lidade sem precedentes. traste excepcionais, a M3 chegou com
em Colônia, Alemanha, a nova câme- Como Bresson, centenas de uma novidade na parte frontal: três ja-
ra causou impacto: avançada para a grandes fotógrafos mundo afora fize- nelas retangulares – a maior, do visor;
época e com design atraente, substi- ram da M3 seu instrumento de traba- a do meio, para iluminação dos “fra-
tuía as rangefinders da geração ante- lho durante anos a fio. Ela foi fabrica- mes” (molduras) de enquadramento;
rior, cujo visual e funcionamento re- da oficialmente até 1967, depois de se e a terceira, menor, do telêmetro. O vi-
montavam à primeira Leica com te- tornar o modelo mais vendido da Lei- sor tinha fator de ampliação de 0,91,
lêmetro, de1932. ca. Mas muitas câmeras usadas con- próximo ao da imagem real, e mos-
O grande mestre francês Hen- tinuaram no mercado e foram dispu- trava excelente visão em baixa condi-
Ara Guller
O Visoflex transformava
a M3 em reflex para ser
usada com tele e macro
do Reino Unido, fã
da Leica, clicando
com sua M3 em 1958
Laurent Chéhère
do francês Laurent Chéhère, um
dos fotógrafos contemporâneos
relacionados por Claudio Edinger
fotografia e pintura
O
POR JUAN ESTEVES
O renomado carioca Claudio Edinger saiu do salto mais ousado com o recente Histó-
Brasil nos anos 1970 e se radi- ria da Fotografia Autoral e a Pintura Mo-
fotógrafo transforma cou nos Estados Unidos, retor- derna (Ipsis, 2019), espécie de compên-
anotações feitas nando ao País em 1996. Des- dio sobre a relação da imagem fotográ-
sa fase, saíram dois livros im- fica e sua predecessora, a pintura, con-
durante dez anos em portantes, Chelsea Hotel (Ab- tendo cerca de 600 ilustrações, incluin-
um livro que mostra beville, 1983) e Venice Beach (Abbeville, do como verbetes cerca de 350 autores
a relação entre as 1985). Por aqui, publicou 18 livros, no- estrangeiros e brasileiros.
tabilizando-se também por colocar seu Na apresentação do livro, Edinger
duas artes ao longo pensamento sobre a fotografia em pú- diz que, ao voltar ao Brasil, começou a
da história. Confira blico e em workshops. Agora, dá um ministrar workshops em festivais de fo-
Tina Barney
Yassine Alaoui Ismaili
tografia e percebeu que havia mui- dentro não conseguimos expressar mento empírico, raso, fragmentado.
tos artistas de talento, mas com cul- fora”. Esse foi o embrião do livro, diz Com um pouco de estudo, um as-
tura fotográfica escassa. Isso o le- ele, lembrando que não é um acadê- sunto foi puxando outro e a brisa foi
vou a investigar a própria formação, mico, e que tudo que aprendeu foi na virando um tufão: é um tema espe-
que afirma ser “absolutamente lite- prática. Fotografe entrevistou Clau- tacular, rico demais, um artista mais
rária”. Conta que muitas vezes pas- dio Edinger para saber mais sobre fantástico do que o outro, uma histó-
sou noites em claro lendo os clássi- esse trabalho. Acompanhe. ria melhor do que a outra. Estamos
cos da literatura, criando e recrian- todos intimamente conectados. Não
do visualmente universos na mente. Fotografe – A motivação do livro foi existe a minha fotografia, isolada.
Para entender essa relação entre as sentir a ausência de publicações do Ela só existe em cumplicidade com
leituras que fazia e a fotografia, co- gênero no Brasil ou a sua própria tudo o que os outros pensam e in-
meçou a pesquisar detalhes da his- curiosidade sobre o assunto? ventam, fotógrafos e pintores.
tória da arte na internet. Claudio Edinger – Começou como
Aprofundou a pesquisa a partir uma brisa. Fui pesquisar o que sa- Qual é a sua expectativa com rela-
de 2009 e passou a postar nas re- bia sobre a história da fotografia, ção ao livro?
des sociais o que encontrava de in- pois dava oficinas e workshops. Mas Torço para que o livro sirva de
teressante, criando assim um blo- não adianta só dizer, tem que ter o três formas. Primeiro, para que as
co de notas sobre o assunto. Tem- que dizer. Como criar trabalhos iné- pessoas percebam a amplitude ex-
pos depois, Mario Vitor Santos, di- ditos se não conhecemos o que já foi traordinária da fotografia no âmbito
retor da Casa do Saber, de São Pau- feito? Aí me perguntei: peraí, que ti- global. A fotografia é a pintura do sé-
lo (SP), o convidou para dar um cur- po de conhecimento eu tenho de fa- culo 21. Sem, de forma alguma, des-
so sobre a história da fotografia. Nos to? Nas pesquisas, descobri que sa- merecer a pintura, mas adicionando
cursos, ele falava: “O que não temos bia muito pouco. Tinha um conheci- a ela outra dimensão. Acredito que
Edward Weston
Alexander Gardner
Edinger listou fotógrafos que poderiam ser vistos como artistas, desde o escocês Alexander Gardner, com fotos da Guerra
Civil Americana (acima, à eq.), passando pelos americanos Edward Weston (acima, à dir.) e Eugene Smith (abaixo, à esq.)
fotógrafo de moda ou de casamento res importantes é fazer uma enciclo- em conseguir permissão de uso das
ou repórter. Isso em nada diminui a pédia. Porém, nomes como Robert imagens que queria publicar. Deixei
importância do que fazem. Cada um Frank, Maureen Bisilliat ou German também brasileiros muito impor-
tem seu papel; todos são importan- Lorca não estão no livro. Como foi li- tantes de fora por limites de espa-
tes. A palavra fotógrafo deveria esta- dar com essa situação? ço e por querer evitar a produção de
belecer o artista da fotografia. Foi muito difícil deixar alguns um livro nacional demais. Não seria
autores de fora do livro. Lembro justo com os outros. Procurei mos-
Ainda na questão dos critérios, mais dois, Sally Mann e Mapple- trar trabalhos com um caráter bem
sabe-se que incluir todos os auto- thorpe. Deles, tive muita dificuldade particular. Tentei incluir os fotógra-
fos artistas com uma visão única,
da forma mais ampla possível. Os
Mary Ellen Mark
28
Mário Cravo Neto
Vik Muniz
A fotografia definida como arte: acima, obras dos brasileiros Mário Cravo Neto
(à esq.) e Vik Muniz (à dir.); ao lado, retrato criado pelo americano Richard Avedon
Jubarte fotografada durante mergulho no Arquipélago de Tonga, no Pacífico Sul: o barco na dimensão do tamanho da baleia
Confira as lições
A
fotografia de natureza, meio am- do nelas. É um estágio quase tão impor-
biente, vida selvagem e popula- tante quanto o de fotografar, já que essa
e reflexões do ções tradicionais não se resume reflexão balizará todo o trabalho que ve-
consagrado a registrar paisagens, ecossis- nha a ser produzido.
temas, animais e pessoas. Pa- Candisani defende que a inspiração
Luciano Candisani ra Luciano Candisani, profissio- de um fotógrafo deve partir, sobretudo,
para evoluir na nal consagrado do segmento, o primeiro do desejo de passar uma interpretação
área e ter mais e fundamental passo para um fotógrafo sobre temas relevantes, e não da vonta-
que quer se dedicar ao setor é entender de de apenas produzir belas imagens. As-
qualidade nos o que realmente o atrai, ou seja, que his- sim, as fotos não se tornam meros regis-
seus projetos tórias pretende contar e mergulhar fun- tros desconexos de paisagens, ecossiste-
em seu quintal, em
Ngorongoro, na
Tanzânia: documentar
populações tradicionais
também faz parte do
trabalho do fotógrafo
mas e animais. Cada ensaio deve ter estilo, pois ele não é construído in- sem temer a crítica dos outros so-
fotos que se relacionam para cons- tencionalmente. O estilo encontra o bre o trabalho. Ter boas referên-
truir uma mensagem – e não ter uma fotógrafo, não o contrário. Ele apare- cias, por exemplo, é uma boa manei-
coleção de imagens apenas didáticas ce naturalmente, vem com tempo e ra de evoluir. De uma lista não mui-
e informativas. É fundamental traba- trabalho. Porém, é preciso abrir es- to extensa, Candisani cita três nomes
lhar pela estética atraente e perse- paço para que surja. Ideias criativas que aprecia: os americanos Nick Ni-
guir a união do documental com o in- e projetos interessantes ajudam a chols e David Doubilet e o canaden-
terpretativo autoral. “Isso só é possí- amadurecer um estilo”, afirma. se Paul Nicklen. Trabalhos desses
vel com envolvimento, transpiração e Por isso, cada fotógrafo deve tra- mestres servem como fonte de inspi-
desejo profundo de fazer um mate- balhar duro para contar suas his- ração, além de ajudar a desenvolver
rial de boa qualidade”, explica. tórias da forma mais íntegra e es- um senso estético e uma espécie de
Candisani aponta que há certa pontânea possível, fiel a si mesmo padrão de qualidade a ser alcançado.
confusão sobre o que muitos defi-
nem como fotografia autoral, atre-
lando o termo ao experimentalis-
mo, como cortes inusitados, desfo-
ques, movimento ou supersatura-
ção. Ele ensina que o autoral tam-
bém pode estar ligado à represen-
tação real do assunto, em que exis-
ta um esforço de interferência ou de
interpretação do fotógrafo.
O desenvolvimento do estilo, que
todo fotógrafo tanto busca, é conse-
quência da visão que cada um tem
em seu horizonte para guiar passos
e projetos. Está ligado à maneira co-
mo a criatividade será trabalhada a
partir das ferramentas técnicas dis-
poníveis para transmitir ideias. “Na
maioria dos casos, não se força um
Imagem noturna
captada na
Alameda dos
Baobás, em
Morondava,
Madagáscar
MATURAÇÃO
Um ano tem sido a média para
Candisani realizar um projeto des- Abaixo, o fotógrafo em ação em um dos projetos que virou livro: Atol das Rocas
de a concepção, pesquisa, realiza-
ção das fotos até a publicação do li-
vro. E uma questão importante an-
tes de viajar é ter autorizações pré-
vias no caso de parques e reservas,
sejam de administração pública ou
privada. “É burocrático, e muitas
vezes demorado, já que pode levar
semanas. E apenas trabalhos jor-
nalísticos ou científicos são permi-
tidos sem a necessidade de paga-
mento de taxas”, afirma.
Só depois de ter reunido a maior
quantidade possível de informações e
Arquivo Pessoal
arruinar tudo”, ensina. E aí, até o pe- Não se escapa de imprevistos: areia, batidas...), é fundamental para
so do equipamento precisa ser leva- mesmo com todos os cuidados, pes- um fotógrafo na área. Candisani tra-
do em conta, já que é preciso trans- quisando as espécies e planejando balha apenas com DSLRs robustas
portá-lo com certo conforto. “Dividir para prever as situações, o inesperado e objetivas profissionais luminosas,
o peso com o guia é uma alternati- está à espreita. É preciso estar prepa- construídas com óptica superior e
va, mas deixar de levar o necessário rado para superar desafios, evitar pe- mecânica mais durável. Na mochi-
por causa do peso não dá, a menos rigos e aproveitar oportunidades. la leva as objetivas 17-35 mm, 14-24
que isso impeça o fotógrafo de che- mm, 24-70 mm, 70-200 mm e ma-
gar ao local”, diz ele. Ou seja, equi- EQUIPAMENTO cro 100 mm, todas de abertura f/2.8,
pamento também depende do pla- A resistência de câmeras e ob- além da supertele 500 mm f/4.
nejamento tendo em vista necessi- jetivas, expostas a condições extre- A escolha da câmera depende
dades específicas. mas (calor, umidade, sujeira, chuva, da finalidade do trabalho. Para fo-
tos de fauna, em que é necessário
captar o momento decisivo, prefe-
re a DSLR que em modo de disparo
contínuo é capaz de fazer até 10 fo-
tos por segundo. Já para paisagens,
retratos de pessoas ou quando há
tempo para compor a cena, usa ou-
tra DSLR com resolução mais alta –
ambas com sensor full frame. Além
disso, ter uma câmera reserva ga-
rante a segurança da continuidade
do trabalho para o caso de surgir al-
gum imprevisto, acidente ou avaria.
Prefere câmeras full frame pela
qualidade da imagem e a ótima per-
formance em ISOs mais altos, com Com a 500 mm f/4, grande e pe- de paisagem. Prefere não usar filtro
nível de ruído aceitável. Porém, ele sada para usar na mão, o tripé é UV em nenhuma objetiva, assumin-
não descarta as DSLRs com sen- crucial. O peso do conjunto para ser do o risco de danificar o elemento
sor APS-C, que também podem ser deslocado em andanças e a demo- óptico frontal da lente. Por isso, re-
usadas com eficiência. Para ele, em ra em montá-lo não desencorajam dobra a atenção para possíveis bati-
ISO baixo não existe grande diferen- Candisani. “Consigo trabalhar em das. “Prefiro esse cuidado extra a in-
ça entre as câmeras full frame e as situações dinâmicas com o tripé e cluir mais um elemento que não te-
de sensor menor. Já no caso de obje- a tele, não preciso ficar necessaria- rá a mesma qualidade óptica da ob-
tivas, o ideal é investir em lentes lu- mente parado. Caminho com o con- jetiva”, justifica. Leva ainda controle
minosas, de abertura f/2.8. “De nada junto sem qualquer problema”, diz. remoto para fotos noturnas em mo-
adianta ter uma câmera top de linha Usa filtro polarizador e gradua- do Bulb (B), bateria e carregador ex-
com uma objetiva ruim”, comenta. do neutro geralmente em objetiva tra, além de cartões de memória ve-
Tripé é um acessório fundamen- grande angular para reduzir o con- lozes e de grande capacidade de ar-
tal e imprescindível. Candisani tem traste entre o céu e o chão em foto mazenamento para não precisar fi-
um modelo da Gitzo, de fibra de car-
bono, com duas opções de cabe-
Pelicanos sobrevoando o
ças, o ball-head (para paisagens) e o Lago Manyara, na Tanzânia,
Wimberley (específica para uso com em imagem feita com a
teles longas, no caso, a 500 mm f/4). supertele de 500 mm f/4
O tripé é utilizado em quase todas
as situações, mesmo durante o dia,
pois com ele fica mais fácil diminuir
o risco de fotos tremidas. Também
serve para macrofotografia com luz
ambiente, e a razão é a pouca pro-
fundidade de campo da lente macro,
que dificulta a focagem, e a neces-
sidade do ajuste de baixas velocida-
des de obturador. “Para macro, o tripé
deve ter o recurso que permita usá-lo
quase ao nível do chão”, explica.
Fotos: Luciano Candisani
Grupo de jacarés pantaneiros:
Um conservacionista documentário deu origem ao
livro Pantanal na linha d’água
Segundo Luciano Candisani, A guinada veio em 1995, quando o
a fotografia é a ferramenta para fotógrafo participou como mergulhador e
mostrar uma visão particular do fotógrafo da equipe do navio oceanográfico
mundo. No seu caso, estar em grandes Ary Rongel, que foi para a Antártica. As
car economizando disparos.
espaços naturais e o agir em prol da imagens do continente gelado abriram Conta com um flash top de linha,
conservação do planeta são os pilares portas para diversas revistas, como Terra, que pode ser usado tanto na sapa-
que sustentam seu trabalho. Globo Ciência e Superinteressante. Em ta quanto deslocado, disparado por
Aos 47 anos, ele vive entre o mar seguida, passou a propor suas próprias
e a floresta em Ilhabela , litoral norte pautas – cinco delas reconhecidas com o cabo de sincronismo, sempre co-
paulista, seu refúgio quando não está prestigioso Prêmio Abril de Jornalismo. mo luz de preenchimento. Na maio-
viajando ao redor do mundo na produção No ano 2000 ingressou na revista National ria das vezes, ajusta-o para o modo
de seus projetos. Ele é hoje apontado Geographic Brasil. Em 2010 tornou-se o TTL, compensando entre um e dois
como um dos grandes fotógrafos de único brasileiro a integrar o seleto grupo
natureza do mundo, sendo que seu de fotógrafos da edição principal da revista, pontos a menos depois de avaliar o
trabalho é mais reconhecido e publicado nos Estados Unidos. histograma da imagem. “Em fotos
no exterior do que no Brasil. Hoje, produz imagens, reconhecidas de aves, animais em situações de
Mas a trajetória dele até o sucesso com alguns dos principais prêmios da
não foi nada fácil. Deu-se com muito fotografia mundial. Elas reúnem uma
alto contraste, para aliviar as som-
estudo e esforço em cada etapa de identidade estética e se equilibram de bras escuras ou no interior da mata,
crescimento profissional, a partir forma peculiar entre arte e documento. quando a luz deixa a pelagem dos bi-
do final da década de 1980, ainda na Tem trabalhos que podem ser vistos em chos sem vida, o flash dá um brilho.
adolescência, quando a paixão pelo exposições, galerias de arte e museus
mar e pelos ambientes naturais o ao redor do mundo e são publicadas em Mas o ideal é que fique suave, quase
guiariam rumo ao curso de Biologia na revistas europeias conceituadas, como imperceptível, apenas completando
Universidade de São Paulo (USP). a alemã GEO, além de grandes jornais a luz ambiente”, ensina.
Já na faculdade direcionou o interesse nacionais e estrangeiros.
para a biologia marinha e tornou-se A relevância da obra de Candisani
Para macrofotografia, usa um
estagiário do Instituto Oceanográfico. o levou a integrar o júri de alguns dos adaptador circular preso à frente da
Ali, começou a fotografar as primeiras mais respeitados prêmios da fotografia, objetiva 100 mm e duas cabeças de
expedições científicas para documentar o como o World Press Photo, na Holanda, flash acopladas a um suporte (bracket),
trabalho dos pesquisadores. e o Wildlife Photographer of the Year, na
Inglaterra. É ainda participante de ambas com ajuste independente de
importantes coletivos fotográficos, potência. A vantagem desse sistema
como o Internacional League é mobilidade no posicionamento dos
of Conservation Photographers flashes, pois ele pode tirar do suporte
(ILCP), o Sea Legacy e o The Photo
Society, que agrupa fotógrafos e colocar onde achar mais adequado.
que são colaboradores da edição Na hora de escolher o que levar,
principal da National Geographic. a primeira providência é avaliar a ne-
cessidade de cada item para não car-
Candisani em mergulho nas
regar peso extra. Se for sair a cam-
águas geladas da Antártica
po para fotografar animais de grande
Candisani ministra workshops em
expedições, tanto no exterior (ao
lado, girafas na África) como no Brasil
(abaixo, registro da Mata Atlântica)
Leandro Cagiano
a aurora boreal e, para tanto, todos
sabiam que seria necessário muito
tempo de exposição ao frio em tem-
peraturas extremas (chegaram a
pegar -37 oC). Nas conversas, perce-
beu que algumas pessoas não gos- vai levar em breve uma turma pa- Entre as viagens para seus pro-
tariam de carregar a mochila pesa- ra fotografar as baleias jubarte. En- jetos pessoais de longo prazo, como
da, além do peso de toda a roupa tre questões que apurou, escolheu a documentação de populações tra-
polar, a cada parada. E entrar com a os barcos mais adequados para fo- dicionais (como está fazendo na Co-
câmera gelada, fora da mochila, no tógrafos e também detalhes como reia do Sul) , e o comando de expedi-
veículo aquecido, significa conden- o tamanho das nadadeiras a serem ções (como a que está prevista para
sação nas lentes, o que poderia ar- usadas. “É que para fotografar a ju- a Patagônia em maio próximo), Lu-
ruinar uma boa oportunidade com barte é preciso nadar até elas pela ciano Candisani há muito deixou de
a aurora boreal, fenômeno efême- superfície da água. Na prática, per- ser o clássico fotógrafo de natureza
ro. “Para contornar isso, instituímos cebi que nadadeiras longas de mer- e vida selvagem. Profissional com-
o uso de pequenas bolsas plásticas gulho livre, muito boas para afun- pleto, inclusive atuando também co-
para que a câmera nunca ficasse ex- dar, não dão velocidade na superfí- mo filmmaker, ele prova que acima
posta diretamente ao ar quente após cie. Testei modelos médios que ti- de rótulos há o talento do fotógra-
cada saída para fotografar”, explica. veram uma ótima resposta. É o que fo para múltiplas tarefas, inclusive a
Ele voltou recentemente de vou indicar aos participantes, antes de saber ensinar – já que muitos até
Tonga, no Pacífico Sul, para onde da viagem”, explica. tentam, mas não sabem.
Fotos: Zé Paiva
Retratos
Personagens iluminados: Antonio Bitencourt de Matos, luthier (à esq.), e Jaime Francisco dos Santos, fazedor de balaios e cestos
Z
é Paiva é um fotógrafo gaú- ria a experimentações e a uma no- indicações de amigos ou terceiros,
cho radicado em Florianópo- va especialidade: retratos. que foram tomando conhecimen-
lis (SC) desde 1985. Depois A série Iluminados é composta por to do projeto. Ele queria ir além dos
de trabalhar para o merca- 20 imagens de moradores de Floria- personagens mais característicos
do publicitário por alguns nópolis, todos com um mesmo perfil: da cidade, como a rendeira e o pes-
anos, tendo um dos estúdios pessoas com mais de 60 anos conhe- cador. Também buscou representar
mais importantes da capital catari- cidas na cidade por suas habilidades a variedade de origens dos habitan-
nense, migrou para a fotografia de com o trabalho manual. Zé Paiva uti- tes de Florianópolis, gente de Esta-
natureza, na qual se firmou como lizou a técnica de light painting pa- dos e países diversos. “O trabalho
um dos principais nomes do Bra- ra retratá-los, uma decisão ousada e acabou tendo essa dimensão antro-
sil, publicando vários livros, produ- em nada gratuita. pológica”, diz Zé Paiva.
zindo imagens para fine art e com- Os personagens foram escolhi- A realização de cada retrato en-
partilhando conhecimento por meio dos a partir de uma teia de contatos volveu aspectos psicológicos, ceno-
de workshops e expedições. Duran- tramada pelo fotógrafo, começando gráficos e técnicos, que desafiaram
te um curso de pós-graduação que por pessoas que eram suas conhe- o fotógrafo especializado em natu-
ele fazia nasceu a ideia que o leva- cidas e depois se ampliando com reza. Os aspectos psicológicos es-
Fotos: Zé Paiva
Valmor F. de Melo faz vários tipos de trabalhos manuais (à esq.) e Marisa Gularte é cozinheira especializada em macrobiótica
tão ligados à interação entre retra- pessoa acha que você é uma espécie “Tinha que reunir o máximo de
tista e retratado, fundamental nesse de bruxo, quando mostra a imagem informações em uma só imagem.
segmento. Zé Paiva conta que o pri- e fala que ela foi feita no escuro, com Para construir a cenografia pedia
meiro desafio foi tentar explicar qual uma lanterna”, informa. para conhecer um pouco da casa e
era o projeto e a intenção ao persona- descobrir objetos interessantes. Aí
gem para convencê-lo a participar, o IMAGEM E INFORMAÇÃO muitas vezes entrou a interação e a
que não ocorreu em todos os casos. O envolvimento com o retratado participação dos personagens, dan-
“A maioria das pessoas eu ti- evolui para a cumplicidade no mo- do sugestões ou escolhendo os ob-
ve que visitar e conhecer melhor em mento do clique. É aí que entram os jetos de sua predileção”, recorda ele.
uma primeira conversa, para só en- aspectos cenográficos, como mon- Um caso curioso foi o do pintor
tão marcar um dia para fazer a foto. tar a cena, posicionar e dirigir o mo- Rodrigo de Haro, para quem o fotó-
Nenhuma das imagens do projeto foi delo. No contexto da série Ilumina- grafo havia escolhido uma bela ca-
feita sem o mínimo de uma hora de dos, que visava exaltar o papel do deira antiga para se sentar. Na hora
conversa preliminar. Para quem não trabalho manual, Zé Paiva realiza- de fazer o retrato, ele preferiu sen-
está acostumado com a técnica fo- va uma busca de objetos que pudes- tar-se em uma cadeira de plástico,
tográfica, é difícil explicar como fun- sem indicar a atividade de cada per- colocou para o lado a cadeira antiga
ciona o light painting. Muitas vezes, a sonagem retratado. e nela posicionou uma bandeira do
Brasil Império (veja na página 45). lanterna do objeto iluminado, mais painting você só pode passar a lan-
“Foi um personagem que ajudou na concentrado o facho de luz e maior terna pelo personagem uma vez. Se
criação do cenário”, diz Zé Paiva. a impressão de artificialidade. você voltar a iluminar o rosto, por
Zé Paiva conta que com a prá- exemplo, ele vai sair borrado, por
ASPECTOS TÉCNICOS tica foi aprendendo a construir um mais que a pessoa tente ficar está-
O fotógrafo escolheu um enqua- mapa mental da cena e um per- tica, na mesma posição”, diz. Com o
dramento vertical, ideal para retra- curso a ser seguido. Ele optou por tempo ele percebeu que o mais fácil
tos, e objetiva grande angular, de se aproximar bastante dos objetos era começar iluminando o persona-
forma a captar os objetos em cena iluminados, dando ênfase a alguns gem, para depois iluminar os obje-
ao redor do personagem. O princí- aspectos da cena. Uma vez que a tos da cena. “Passava os primeiros
pio do light painting consiste em dei- escuridão toma conta do ambien- 10 a 15 segundos pintando o perso-
xar o obturador da câmera aberto te e o disparador é acionado, o per- nagem com luz e depois podia ilumi-
em modo B no escuro total e ilumi- curso realizado pela lanterna será nar a cena com mais calma, poden-
nar a cena com uma ou mais lan- decisivo para o resultado final. No do passar mais de uma vez a lanter-
ternas. A técnica comporta muitas caso de cenas com modelos vivos, a na pelo mesmo lugar”, explica.
variáveis e exige experimentações complexidade é ainda maior. Sempre que possível, o fotógra-
prévias. Quanto mais próxima a “Para fazer retratos com light fo incluía alguma fonte de luz encon-
Fotos: Zé Paiva
Zaly Folly, professora de yoga e astróloga (à esq.), e Benta Maria do Amaral, rendeira e participante de grupo folclórico
trada no local. Foi o caso do retrato Durante a realização do ensaio, aos alunos da pós-graduação que
do produtor de farinha de mandio- Zé Paiva não contou com assisten- Zé Paiva fazia (Especialização em
ca Cassio Andrade, no qual ele in- te e por isso não tem imagens de Fotografia) que lessem o livro Foto-
corporou a luz de uma “pomboca”, making of. Mas um amigo cinegra- grafia: entre documento e arte con-
nome dado localmente a um tipo de fista, Felipe Queriquelli, o acompa- temporânea, de André Rouillé. “Uma
candeeiro artesanal. nhou durante a realização de alguns das coisas que me surpreenderam
As sessões de retrato nunca fo- retratos. O material filmado resultou positivamente nesse curso é que a
ram além de cinco ou seis cliques, e em um curta de sete minutos edita- maioria das disciplinas era teórica.
Zé Paiva relata que cada foto envolvia do por Rodrigo Ferrari — que con- O contato com o livro indicado e com
não somente o tempo de exposição ta um pouco do processo criativo e as aulas me abriu uma perspectiva
como também o tempo exigido pe- mostra parte da técnica – veja em para o lado subjetivo da fotografia”,
lo recurso de redução de ruído para https://bit.ly/2BvF8dr. recorda o fotógrafo.
longas exposições da câmera digital Como trabalho final, ele pro-
– ele usou uma DSLR Nikon em con- NA SALA DE AULA duziu um autorretrato em tríptico.
junto com uma lente zoom 17-35 mm As primeiras experimentações Uma das imagens foi feita à manei-
f/2.8. “Era tudo muito demorado. Os de retrato com light painting nasce- ra de uma foto de estilo ficha policial,
personagens retratados, todos eles ram a partir das aulas da professo- frontal e direta, mais objetiva. No ou-
com mais de 60 anos, ficavam cansa- ra Denise Camargo, da disciplina de tro retrato, ele aparece no escuro,
dos ao longo do processo”, conta. Imagem e Comunicação, que pediu iluminado apenas pela luz de uma
45
OLHAR GLOBAL
C
POR ANA LUÍSA VIEIRA
ercados pela floresta e sob Noelle Mirabella – ainda que se cha- me encontrou”. Um clichê que certa-
um jogo de luz que lhes ga- me, na verdade, Cassandra Jones. mente não faz jus à verdadeira histó-
rante um halo especial, be- Quando perguntada sobre o ca- ria, iniciada sete anos atrás.
bês e crianças de várias fai- minho que trilhou até clicar os pe- Psicóloga de formação, Cassan-
xas etárias que protagoni- quenos profissionalmente, a cana- dra preparava a tese de mestrado
zam as imagens mais pare- dense – que vive na cidade de Grande em Psicologia Clínica quando deu à
cem parte de um universo encanta- Prairie, na província de Alberta, em luz Ava Maria. A menina, entretan-
do. Do outro lado, por trás da câmera, seu país de origem – é categórica: to, veio ao mundo sem vida. “Como
a fotógrafa também não deixa de ser “Sempre digo às pessoas que nun- é de se imaginar, fui completamen-
um personagem: é conhecida como ca procurei pela fotografia, foi ela que te tomada pela tristeza. Tive de tirar
47
Ensaio de mãe e filha: os figurinos são bem planejados e o clima no Canadá favorece o uso de lã, que tem textura marcante
48
Cassandra Jones
procura elementos da
natureza para compor
as imagens que produz
Fotos: Cassandra Jones
“Em relação às lentes, uso todas em em locações ao ar livre. As de maior far do que de efeitos de pós-produção:
situações variadas, mas a 24-70 mm abertura ficam para as fotos em am- “Adoro usar a 200 mm em abertura f/2
f/2.8 e a 200 mm f/2 estão sempre bientes fechados”, informa. para ter belos planos de fundo desfo-
comigo. Não consigo viver sem elas. Cassandra assegura que o resul- cados. Depois, no Photoshop, realço as
Geralmente, prefiro as mais longas tado quase onírico presente nas ima- melhores características que já foram
(de 200, 135 e 85 mm) para fotografar gens vem mais da forma de fotogra- registradas pela câmera”, explica.
O OUTRO NOME
Foi para publicar imagens onli-
ne, aliás, que Cassandra Jones sen-
tiu necessidade de encontrar um ou-
tro nome. “Quando comecei a foto-
grafar, não tinha intenção nenhuma
de me tornar profissional. Eu só que-
ria continuar atendendo como psicó-
loga e, nesse campo [da psicologia], é
muito importante evitar qualquer ti-
po de relação com o paciente fora do
consultório. Não poderia batizar mi-
nha página no Facebook com o meu
próprio nome porque as pessoas que
eu atendia poderiam fazer essa co-
nexão”, detalha.
A ideia para a alcunha artística perfeito para a minha página de foto- sul do país. Às margens da vila, exis-
veio enquanto a canadense folheava grafia.” E não é que combinou? te uma floresta de cair o queixo cha-
um álbum da própria infância: abaixo Além dos ensaios, Cassandra Jo- mada Wistman’s Wood. Não há pla-
de uma das fotos, sua mãe escrevera nes ainda participa de workshops so- cas que indiquem o local. Havia pô-
sobre o apego de Cassandra menina bre fotografia de crianças pelo Ca- neis e ovelhas selvagens e também
por uma boneca de pano chamada nadá e em outros países. Vez ou ou- um bosque majestoso, cheio de ár-
Noelle Mirabella. “Achei de uma ca- tra, também encontra tempo para vores com galhos retorcidos e pedras
sualidade incrível que minha primei- ensaios longe de casa. O lugar mais recobertas de musgo”, descreve.
ra filha também tenha sido batizada inusitado em que esteve, afirma, se Paisagens mais tropicais, como
Noelle em uma época que eu sequer situa nos rincões da Inglaterra. “É as do Brasil, ainda não serviram co-
lembrava que essa boneca existia. um vilarejo charmoso, chama-se mo pano de fundo para as fotos. “Mas
Imediatamente me pareceu o nome Widecombe-in-the-Moore, e fica no eu adoraria”, diz a canadense.
Cesar Barreto
Imagem colorida captada na região da Praia Vermelha, no Rio de Janeiro (RJ), que serviu como exemplo para a avaliação
P
POR CESAR BARRETO
or ter passado grande par- tes que deram conta de todas as mi- RGB da imagem nativa será essen-
te da carreira num quarto es- nhas necessidades. cial para dar os meios ou limites pa-
curo lidando com as potencia- Recentemente, contudo, fui insta- ra as pretensões interpretativas. A
lidades da fotografia em P&B, do pelo amigo fotógrafo Luciano Can- qualidade desse arquivo não esta-
não chegou a causar estra- disani a conferir o plugin Silver Efex rá condicionada a cores vivas e sa-
nhamento mergulhar no Pho- Pro 2, da Nik Collection DxO, e de fato turadas, mas sim por gradação rica
toshop, já que suas ferramentas agre- encontrei um aplicativo poderoso que de tons em cada canal, informação
gavam conceitos e controles bastan- pode realmente mudar a perspecti- e detalhes nos extremos da escala,
te naturais e cotidianos para mim. Só va de quem se dedica às imagens em sejam sombras ou altas-luzes, e, de
que esses recursos iam ainda mais P&B. Mas será capaz de fazer frente preferência, sem os ruídos típicos da
além, consideradas as opções de usar ao arsenal disponível no próprio Pho- compressão em JPEG. Independen-
camadas, máscaras de toda ordem e toshop e seus aliados Camera Raw temente de qual seja a ferramenta
o fantástico e insubstituível CTRL+Z. e Lightroom? Isso é o que pretendo ou aplicativo, as informações conti-
Outro forte atrativo veio a reboque: discutir mais adiante. das em cada canal são a base de to-
passar facilmente imagens em cor da computação a ser gerada, esteja
para P&B, e isso com um grau de pre- CORES você ciente ou não do que acontece
cisão inalcançável no mundo quími- Ao testar métodos de conversão por baixo dos algoritmos.
co. Com o tempo e muitas páginas li- de cor para P&B é preciso ter cla- Tendo em conta esses parâme-
das, desenvolvi métodos bem eficien- ro que a constituição dos canais de tros, fica patente que um processo
PHOTOSHOP – CAMADAS
PHOTOSHOP – VERMELHO
A
EOS M100 é uma das câme- sistema Dual Pixel CMOS-AF, ela tas que estão começando na fotogra-
ras da Canon que melhor re- oferece foco automático com 49 pon- fia – ou quem fotografa usando ape-
úne os atributos que fizeram tos que funciona de maneira rápida nas o smartphone e deseja imagens
o sistema mirrorless conquis- e precisa (e suave no modo de vídeo) com melhor qualidade. Tem contro-
tar espaço no mercado de fo- em quatro modos: detecção de face, les de exposição manual completos e
tografia e vídeo: vem com zona AF suave, ponto único AF e au- modos automáticos de registro (parte
sensor APS-C de 24 MP, filma em full tofoco servo. É possível ainda fazer a deles arquiva apenas com JPEG), co-
HD 60p com qualidade de imagem focalização manualmente com o au- mo modo inteligente ou híbrido auto-
satisfatória, e tem um corpo leve e xílio visual das áreas em foco (focus mático, auxiliar criativo, autorretra-
pequeno o suficiente para não can- peaking). O sistema da mirrorless ain- to, retrato, pele suave, paisagem, ce-
sar o braço durante o uso prolonga- da possibilita disparo contínuo de até na noturna, contraluz HDR, PB granu-
do. Muito portátil (a menor mirrorless 6 imagens por segundo e sensibilida- lado, foco suave, olho-de-peixe, gran-
da marca), a M100 é uma companhia de ISO de 100 a 25.600. de plano, esporte, comida, negrito ar-
ideal para levar em viagens. A EOS M100 tem recursos su- te, pintura a água, câmera de brinque-
Com o processador DIGIC 7 e o ficientes para agradar os entusias- do e miniatura HDR.
PRÁTICA
Com poucos botões físicos, a câmera
concentra a interface com o usuário no mo-
nitor sensível ao toque de 3 polegadas, que
se articula para cima em ângulo de até 180
graus, uma boa estratégia para fazer au-
torretratos e vídeos em primeira pessoa.
Sem visor eletrônico, todo enquadramento
e ajustes são feitos via monitor LCD, o qual
15 mm, ISO 10.000, 1/60s, f/5.6
LATERAL
Há poucas conexões
no lado do corpo,
apenas USB (2.0)
e micro-HDMI
ARMAZENAMENTO
A câmera segue o
padrão SD/SDHC/
SDXC, com entrada
para um cartão
MONITOR ARTICULADO
Engenhoso, o LCD pode ser
inclinado em ângulo de 180
graus e é sensível ao toque
MENU AGRADÁVEL
Parte das telas do sistema
é bem otimizada para o
uso touchscreen
LENTE
A pequena M100
O sensor APS-C possibilita fotografar em foi testada com a
resolução de 24 MP e gravar vídeos em full HD zoom 15-45 mm
Um dos usos
do monitor
articulado é
para fazer
autorretratos
e gravar Sem disco físico de modo de operação,
videologs a escolha é feita por meio do menu
ÓTIMA
câmera, dentre opções de exposi- ABERTURA 67%
MAIS NÍTIDA
ção, qualidade de imagem, modo
de autofoco e disparo.
f/4
BOA
Também é possível usar o apli-
cativo como controle remoto e para em 16 mm MÉDIA
ABERRAÇÃO CROMÁTICA
redes sociais. Aliado a outros recur-
sos, isso faz com que a M100 tenha f/4 f/5.6 f/8 f/11 f/16 f/22
MÍNIMA
0,01 0,01
sucesso numa combinação um tan- DISTÂNCIA FOCAL ÁREA DA LENTE
to rara atualmente no mercado: é 0,03 15 mm 35 mm 45 mm centro periferia
BAIXA
OBJETIVA TESTADA
Avaliação final Canon EF-M 15-45 mm f/3.5-6.3 IS STM
O QUE SE DESTACA
11%
Em relação ao original do colorchecker,
Sensor de 24 MP de boa qualidade; FIDELIDADE CROMÁTICA os maiores desvios cromáticos foram
autofoco rápido; corpo leve e SATURAÇÃO MÉDIA DE em tons de verde e amarelo.
bem compacto; conexões Wi-Fi e
Bluetooth; monitor touchscreen com ALCANCE DINÂMICO
inclinação de 180 graus RAW
FOTO EM RAW,
fone de ouvido, microfone); falta um ISO 100
ressalto para empunhadura; monitor de Quanto mais EV, mais 6
difícil visualização em ambientes claros; detalhes a imagem tem
bateria com baixa autonomia
SENSIBILIDADE ISO 100 200 400 800 1.600 3.200 6.400 12.800 25.600
ENGENHARIA E DESIGN
25/30 RUÍDO DIGITAL
RECURSOS
17/20 ACEITÁVEL ATÉ A partir daqui, as
ISO 1.600
DESEMPENHO fotos precisam de
redução de ruído
12/15
QUALIDADE DE IMAGEM
11/15 Quanto mais alta a curva,
CUSTO-BENEFÍCIO mais ruído há na imagem
18/20
METODOLOGIA DO TESTE: Fotografe usa o software Imatest em seus testes com câmeras e lentes. Confira os
TOTAL 83/100 parâmetros adotados nas avaliações em www.fotografemelhor.com.br/metodologiadostestes.
A carioca Nila Costa criou um estilo próprio de retratar gestantes, apostando em figurinos ousados e criativos
muitas personalidades brasileiras, na Barra da Tijuca (RJ), a especialista tado para a área de casamentos, en-
como o casal Francisco Gil (filho de se dedica a dar palestras em impor- saios artísticos e marketing de negó-
Preta Gil) e a modelo internacional tantes eventos de fotografia social, e cios na cidade do Rio de Janeiro, pre-
Laura Fernandez e o sambista Du- em 2019 será uma das atrações do visto para o Sheraton Grand Rio Ho-
du Nobre e Priscila, entre outros. Photo in Rio Conference (www.pho- tel & Resort, na Praia do Leblon, en-
Além de comandar um estúdio toinrio.com), um novo congresso vol- tre os dias 8 e 11 de julho de 2019.
67
VIDA DE FOTÓGRAFO
O estúdio é o território de domínio de Nila Costa, onde ela pode pensar em luz, fundo e figurino de acordo com cada produção
fotógrafa. Segundo ela, pode ocor- receber as mulheres”, conta. de funcionários resume-se a Carlo-
rer de uma locação externa ser mui- É com a técnica de moulage (ou ta, a mãe, que faz o relacionamen-
to bonita e roubar o foco da figura draping), que consiste em envolver o to com os clientes, e Cleusa Cordei-
principal do ensaio, que é a gestan- corpo da grávida com tecidos, que Ni- ro, senhora de 64 anos, braço direi-
te. “No início fazia meus ensaios na la cria cada um dos figurinos, fazen- to da fotógrafa dentro do estúdio na
sala do meu apartamento. Até o sín- do com que fiquem exclusivos. O tra- hora de maquiar e produzir. Há ainda
dico descobrir o entra e sai de tan- balho da especialista envolve três en- uma secretária que cuida da agenda
ta barriguda e colocar um fim na mi- saios diferentes e tomam um dia in- e três editores de arte terceirizados
nha alegria. Então fui para um estú- teiro da cliente: são três sets diferen- são responsáveis pela pós-produção,
dio de 30 m2 e atualmente a estrutu- tes de luz, figurino e maquiagem. em que cuidam apenas do tratamen-
ra é de 100 m2, todo projetado para to de pele. “Em minhas fotos não há
TRABALHO VIP fusão, a luz e o contraste também sa-
Outro diferencial da especialista em prontos da câmera”, afirma ela.
Arquivo Pessoal
GUIA ESPECIAL DE
Ensino de Fotografia
Tudo o que você precisa saber para estudar e evoluir como fotógrafo:
cursos livres, técnicos, profissionalizantes e de graduação, além de
workshops e expedições fotográficas. Confira e programe-se
Shutterstock
PUBLIEDITORIAL
GUIA ESPECIAL DE
Ensino de Fotografia
Bons cursos reúnem
teoria e muita prática,
pois o ato de fotografar é
a parte mais importante
Fotos: Shutterstock
ESTUDAR SEMPRE, SEGREDO PARA SER
UM BOM FOTÓGRAFO
Existe no mercado uma grande variedade de opções para aprender fotografia, de
cursos de graduação a workshops de fim de semana. Quem pretende se firmar como
profissional ou evoluir como entusiasta deve ter mente a palavra-chave: dedicação
(SP), por exemplo, têm reunido levam menos tempo e outros mínima de três a quatro dias e
mais mulheres do que homens e, mais. Em média, esse período de máxima de 10 a 15 dias.
de maneira geral, elas têm menos maturação é de dois anos”, avalia. Os roteiros, na maioria, são
dificuldades para se firmarem ligados à natureza e à vida
como profissionais e viver de EXPEDIÇÕES EM ALTA selvagem, tanto em destinos
fotografia. Dez anos atrás, era raro Outra forma de aprender nacionais como internacionais,
ver mulheres em salas de aula de fotografia que vem crescendo e direcionados a um público
fotografia. Hoje há classes com muito nos últimos anos é participar de alto poder aquisitivo, já que
pelo menos 50% delas e outras em de expedições fotográficas o investimento nas viagens
que são maioria. A avaliação dos comandadas por fotógrafos (principalmente ao exterior)
especialistas é que as mulheres profissionais experientes que não é baixo. A vantagem dos
são mais sensíveis e muito focadas. ministram uma espécie de participantes de expedições é
Rodrigo Zugaib, ex-professor workshop teórico e prático durante poder conviver diariamente com o
de Fotografia do Senac-SP e hoje o período em que convivem com professor, exercitar a fotografia de
diretor da escola Fullframe, diz os alunos. O formato é parecido forma ampla (paisagens, cenas
que teve salas só com mulheres em todas as empresas que de ação, retratos, documentário,
e que vem observando um organizam esse tipo de evento: capturas noturnas, macrofografia
crescimento do público feminino são definidos grupos participantes, e até imagens subaquáticas em
nos últimos anos. E, de forma não muito grandes (10 a 20 alguns casos), ter uma avalição
geral, quando o objetivo é a pessoas em média), que viajam tanto do líder da expedição
profissionalização na fotografia, para um determinado local, no quanto dos colegas do material
Zugaib afirma que dá para Brasil ou no exterior, que ofereça produzido durante a viagem e
perceber quem terá mais chances um atrativo ao mesmo tempo fazer turismo de maneira menos
de se inserir com sucesso no turístico e fotográfico. A duração passiva e muito mais ativa, que
mercado: é o aluno interessado, da expedição depende do destino, também não deixa de ser uma
homem ou mulher, que entrega mas geralmente tem duração ótima experiência de vida.
os trabalhos no prazo, não chega
atrasado, não falta, interpela o
professor quando tem dúvida,
visita exposições, lê livros e
revistas sobre ao assunto, é
curioso... “Todos que se dedicam
entram no mercado. Alguns
71
GUIA ESPECIAL DE PUBLIEDITORIAL
Ensino de Fotografia
Ao lado,
Canon College
em Brasília:
programa
educacional da
Canon chega a
todas as regiões
do Brasil
APRENDA A FOTOGRAFAR
COM A CANON
Do básico ao
avançado, os O Canon College é o programa
educacional da Canon do Brasil
que leva cursos de fotografia e vídeo
estão previstos os cursos, assim como
é possível consultar os valores de cada
um. Após a conclusão do curso, o aluno
cursos oferecidos com câmera DSLR para diversas recebe um certificado digital emitido
pelo Canon cidades no território nacional, com o pela Canon do Brasil.
College ensinam intuito de promover a cultura da imagem.
Os cursos oferecidos pela Canon COMEÇO PELO BÁSICO
o aluno a tirar o do Brasil são presenciais e teóricos, No curso Básico de Introdução à
melhor proveito de baixo custo e normalmente duram Fotografia, com duração de três horas, a
possível da em média três horas. Importante: proposta é oferecer ao aluno o primeiro
câmera DSLR não é necessário ter uma câmera contato com o universo fotográfico. No
fotográfica para realizar os cursos. O curso serão abordados temas como a
objetivo principal do Canon College é manipulação da câmera foográfica; o
apresentar as principais funcionalidades que é pixel; qual a função dos sensores;
das câmeras DSLRs para quem é exposição; ISO; diafragma; obturador e
apaixonado por fotografia. modos de exposição.
Quem deseja ter a oportunidade de
participar de um curso presencial da UM PASSO À FRENTE
programação do Canon College pode O curso Intermediário dá
se inscrever em uma área de interesse continuidade ao processo de
por meio da loja virtual da Canon Brasil: aprendizado do módulo Básico. Esse
www.lojacanon.com.br/college. Ao treinamento é ideal para o aluno avançar
acessar esse link, é possível conferir em tanto no conhecimento fotográfico
quais cidades, horários e endereços quanto no da câmera digital DSLR,
Os cursos oferecidos pelo programa Canon College são acompanhados de didáticas apostilas para cada etapa do que é ensinado
aperfeiçoando a experiência do (regra dos terços, das metades, como base para as aulas a linha de
usuário em relação a esse tipo linhas diagonais etc.). flashes Speedlite da Canon.
de equipamento. Além disso, o
curso ensina como diferenciar as ILUMINANDO COM FLASH VÍDEO COM DSLR
características dos diversos tipos O curso de Flash Dedicado O curso Vídeo com DSLR tem
de lentes disponíveis no mercado. I oferecido pelo Canon College como objetivo introduzir o aluno no
A programação do curso, tem como finalidade desvendar universo das técnicas de gravação
também com duração de três horas o uso básico do flash e quais de imagens com câmera reflex digital.
de teoria, prevê a abordagem de as possíveis aplicações dele O participante aprenderá como usar
temas como balanço de branco; na fotografia. É um módulo as funções da câmera com técnicas
foco; pontos de foco; modos destinado a fotógrafos que já têm básicas de filmagem, tirando o
de medição; arquivos RAW; conhecimento básico em fotografia máximo proveito do equipamento.
compensação de exposição; e que desejam explorar técnicas No plano de curso está prevista
AE bracketing; correção de de iluminação, como também a abordagem de temas como
temperatura de cor; lentes, entre aprender sobre as funcionalidades proporção e resolução; frames
outros temas de um flash dedicado. Os alunos por segundo; foco; lentes; planos
estudarão assuntos relacionados e composição; posicionamento
APRIMORAMENTO PARA ao uso do modo Manual do flash; e enquadramento; plano fixo;
FOTÓGRAFOS INICIANTES modo ETTL II; modo EXT A e movimentos da câmera; iluminação;
O módulo de Técnicas de M; e modo Multi. O módulo usa microfone; entre outros assuntos.
Aprimoramento para Iniciantes
tem o objetivo de orientar o aluno
sobre técnicas fotográficas de
modo que ele possa alcançar
uma qualidade superior nas
imagens produzidas. O objetivo é
ensinar técnicas de composição
e conceitos básicos sobre
iluminação, para orientar e
ajudar o aluno a desenvolver
um olhar fotográfico.
Na programação desse módulo
está previsto o desenvolvimento
de temas que fazem parte da Não é exigido
Fotos: Divulgação
Lençóis Maranhenses,
um dos destinos de
expedições nacionais
APRENDA COM
Quênia, Marrocos, Tunísia, DO BÁSICO AO AVANÇADO QUEM É PIONEIRO
Jordânia, Bolívia, Peru, Chile e A Visual Arts oferece alguns
NO RIO DE JANEIRO
Estados Unidos (23 parques cursos fundamentais e essenciais
americanos), além de diversos
parques nacionais e outros
destinos brasileiros.
para a formação de um bom
profissional. Alguns deles são:
Curso Básico de Fotografia (nos
U ma das primeiras e mais
tradicionais escolas de
fotografia da cidade do Rio
Cerca de 500 viajantes já turnos manhã, tarde e noite em de Janeiro, a Visual Arts foi
percorreram o Brasil e o mundo dias de semana e aos sábados); fundada em 1999 para suprir as
com o fotógrafo Marcelo Portella. Cursos Práticos: Iluminação, necessidades de aprendizado
Entre eles estão fotógrafos Fotografia de Paisagem e Prática do mercado fotográfico e logo
se tornou referência na formação
amadores, experientes, iniciantes Fotográfica; Laboratório Digital:
de fotógrafos.
em fotografia, administradores de Photoshop, Lightroom e Edição Em janeiro de 2018, o sócio-
empresa, empresários, arquitetos, de Vídeo. Além disso, a escola -diretor Marcelo Portella assumiu
engenheiros, advogados, também tem cursos avançados e a escola iniciando uma nova fase
jornalistas e muitos outros workshops especializados, assim da empresa, tendo como missão
profissionais que compartilham a como cursos personalizados ensinar fotografia por meio da
mesma paixão: viajar, fotografar e exclusivos e aulas particulares. arte da composição e das
vivenciar novas culturas. O horário de funcionamento da técnicas fotográficas.
A Dreamscapes Expedições escola é de segunda a sexta, das O objetivo da escola vai além
trabalha para promover uma 9h às 22h; e aos sábados, das do conhecimento fotográfico: a
experiência fotográfica e cultural 9h às 17h30. A Visual Arts fica na paixão pela fotografia faz buscar
aprimoramento constante da
diferenciada aos clientes. Para Avenida das Américas, 500, bloco
didática para proporcionar
tanto, proporciona ambiente 4, loja 106, Shopping Downtown, serviços de excelência. Na
amigável para quem é amante da na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro. escola, o ambiente é amistoso e
fotografia. Conheça mais sobre Central de Atendimento: de cooperação coletiva, em que
a empresa e confira os próximos (21) 2494-5250. Para saber mais alunos e professores podem trocar
roteiros acessando: sobre a programação, acesse o experiências fotográficas.
www.dreamscapes.com.br. site www.visualarts.com.br. Os professores são altamente
qualificados e comprometidos
com as melhores técnicas de
Grupo que foi para os ensino, que continuamente são
Lençóis Maranhenses aperfeiçoadas. A grade de cursos é
modular e atende tanto fotógrafos
amadores e iniciantes quanto
os que buscam uma formação
profissional – ou mesmo fotógrafos
profissionais que procuram de
cursos de aperfeiçoamento.
GUIA ESPECIAL DE PUBLIEDITORIAL
Ensino de Fotografia
Sala Irving Penn, uma
das seis que existem
na Omicron para
receber os alunos
Fotos: Divulgação
O KNOW-HOW
DE QUEM É PIONEIRO
O que uma pessoa busca em da 8a Arte uma escola de fotografia cursos profissionalizantes, ela
um curso de fotografia? em que ele próprio gostaria de mais uma vez sai na frente ao ser
Conhecimento técnico, prático ter estudado na adolescência, uma das poucas a oferecer cursos
e inovador para entrar no mercado mas não pôde, pois ela ainda nas modalidades presencial,
fotográfico e/ou para tirar o melhor não existia. Em outras palavras, semipresencial e totalmente a
do seu equipamento, é claro! ele queria oferecer um local com distância (cursos online).
E é isso que a Omicron Escola qualidade de ensino, muita mão na
de Fotografia, localizada em massa e atitude formativa para que Infraestrutura
Curitiba (PR), entrega de forma diferentes pessoas conquistassem Quem entra na escola nota
pioneira há mais de 30 anos. as habilidades necessárias de cara sua qualidade de ensino.
para uma carreira fotográfica de Ao todo, ela possui 1.000 m², que
Por que pioneira? sucesso. Com esse propósito, englobam: estúdio fotográfico
Quando Osvaldo Santos Lima, nasceu a Omicron. equipado e com 4 metros de
professor e diretor-fundador da Se a Omicron inovou na década pé-direito; seis salas de aula
Omicron, decidiu criá-la na década de 1990 ao ser uma das primeiras amplas; biblioteca; área de café
de 1980, ele tinha um sonho: escolas brasileiras de fotografia para pausas entre um clique e outro;
construir e oferecer aos amantes (escassas na época) a oferecer estacionamento coberto e até um
estúdio de TV, que produz material
A escola oferece um
para o Canal da Omicron no
amplo estúdio de
YouTube (segue lá: @omicronfoto)
60 m2 com pé-direito
e para as aulas dos cursos online.
de 4 metros
Cursos profissionalizantes para
quem quer entrar no mercado
Os cursos atendem desde
quem busca aprimorar seus
conhecimentos para manusear
uma câmera semiprofissional até
quem busca conhecimento para se
profissionalizar ou se especializar
em um ramo fotográfico.
Os cursos profissionalizantes são
divididos em quatro módulos (com
duração de um semestre cada) e
todos são presenciais:
MÓDULO 1:
LINGUAGEM E TÉCNICA
Ideal para quem está
começando e quer aprender a Empreendedorismo na Fotografia e MÓDULO 4:
dominar seu equipamento, a usar o Questões Contratuais. FOTOGRAFIA DOCUMENTAL
flash, a criar a iluminação dentro e E AUTORAL
fora do estúdio, a trabalhar com luz MÓDULO 3: Este pode ser o “empurrãozinho”
mista e a fazer retratos comerciais. FOTOGRAFIA DE FAMÍLIA que você procurava para tirar o seu
Se você busca trabalhar projeto fotográfico do papel! Tenha
MÓDULO 2: com ensaios e eventos, este é o aulas sobre Éticas Documentais,
FOTOGRAFIA APLICADA curso! Aprenda sobre: Fotografia Documentário Fílmico, Documentário
Perfeito para quem já trabalha Newborn, Acompanhamento Clássico, Sistemas Expositivos,
com fotografia! Neste módulo, Infantil, Iluminação, Pós-produção Narrativa Visual e Street Photography.
prepare-se para encontrar aulas Avançada (Photoshop e Lightroom),
de Still Life, Moda, Fotojornalismo, Fotografia de Casamento, Ensaios Para saber mais, acesse:
Fotografia Autoral, Photoshop, Fotográficos. www.omicronfotografia.com.br.
Sala Bresson (à esq.) e imagem do portfólio de uma aluna (à dir.): a Omicron tem módulo de fotografia documental e autoral
PUBLIEDITORIAL
GUIA ESPECIAL DE
Ensino de Fotografia
Fotos: Divulgação
Sala Man Ray e sala Barthes, dois dos vários espaços de ensino de fotografia na Omicron, que tem área total de 1.000 m2
MOTIVOS PARA
ESTUDAR NA OMICRON
1 CONFIANÇA: Trata-se da mais
antiga escola de fotografia em
funcionamento do Paraná. São mais
fotografia! Só o estúdio para as aulas
práticas presenciais possui 60 m² e
pé-direito de 4 metros.
de 30 anos de ensino e mais de 7 mil
fotógrafos formados.
5 MÃO NA MASSA: Além da
teoria, os cursos presenciais
3 ATENÇÃO AO ALUNO:
Turmas pequenas para
melhor aproveitamento das aulas 7 “POXA, MAS EU NÃO MORO
EM CURITIBA…”
e professores com atuação no Eis a boa notícia: cursos online
mercado fotográfico. esperam por você na plataforma
EAD da Omicron com suporte para
4 INFRAESTRUTURA: São
1.000 m² dedicados ao ensino da
dúvidas, prova teórica e certificado
de conclusão.
Fotos: Divulgação
Shutterstock
O concurso internacional da Hahnemühle é aberto apenas a
estudantes de fotografia, que devem comprovar essa condição
NA PRÁTICA
A VIVÊNCIA DE
Fotos: Divulgação
A ideia dos diretores Mauricio e Regina Daher é fazer da escola uma espécie de clube onde os alunos tenham prazer em aprender
UM CONCEITO DIFERENTE DE
APRENDER FOTOGRAFIA
I dealizada em 2010 pelo fotógrafo Mauricio Daher e
a publicitária Regina Daher, a escola Foto Conceito
tem uma proposta diferente: ser uma instituição de
atualizado e com muita prática. No portfólio de
cursos oferecidos é possível encontrar desde
os tradicionais Básico/Avançado de Fotografia,
ensino que vai além de cursos e cargas horárias. passando por Percepção Fotográfica e Fotografia
O objetivo é ser uma espécie de clube social, onde de Rua, aprofundamento com Flash e Estudando a
os alunos usufruem de várias atividades gratuitas, Luz, além dos profissionalizantes, como Fotografia
mesmo depois do término dos cursos. de Eventos, Newborn, Book/Retrato (Estúdio &
A proposta da Foto Conceito é oferecer ao aluno Externo) e Fotografia de Produtos.
a oportunidade de participar de oficinas semanais O corpo docente da escola é formado por
e aulas quinzenais de book externo (não importa o nove professores experientes, que, além de serem
curso), bem como de aulas particulares de reforço, atuantes na área de fotografia, são mestres na
passeios fotográficos com professor, assessoria a arte de ensinar. Outro diferencial da escola é que
distância, mentoria nos cursos profissionalizantes os alunos podem refazer o curso escolhendo o
ou até refazer o curso quantas vezes quiser. Tudo professor com a didática que desejar.
oferecido de forma gratuita pela escola, de maneira A escola soma 8 anos de trajetória, mais de 6 mil
ilimitada e permanente para alunos e ex-alunos. matrículas e está estabelecida em um espaço com
O sistema de ensino proposto pela Foto 1.000 m2, na Rua Ministro Godoi, 1.356, no coração
Conceito é exclusivo no Brasil, o que torna a escola do bairro Perdizes, em São Paulo (SP). Para saber
um clube onde o foco é o aprendizado constante, mais, acesse: www.fotoconceito.com.
A Foto Conceito
tem um amplo
estúdio para aulas
práticas e conta
com professores
experientes
e atuantes
no mercado
PUBLIEDITORIAL
GUIA ESPECIAL DE
Ensino de Fotografia
A Camera 55
tem uma ótima
estrutura para
atender seus
alunos e oferece
os cursos básico,
intermediário,
de iluminação
e de tratamento
de imagens
Fotos: Divulgação
AULAS PRÁTICAS DE
ILUMINAÇÃO E CRIAÇÃO
F undada em 2008 pelo
fotógrafo Mauro Machado,
a escola Camera 55, localizada
soma quatro décadas de
práticas fotográficas, e assumiu a
função de professor há 10 anos.
conteúdo bem elaborado, cria uma
sólida base de conhecimentos
para que o aluno possa evoluir
em Campinas, interior de São Ele comanda as aulas com a constantemente”, explica Machado.
Paulo, foi criada com o propósito expertise adquirida em trabalhos Para dar sequência ao
de ensinar fotografia com aulas profissionais e também em aprendizado, a escola oferece
práticas de iluminação e criação fotografia autoral, tendo exposto o curso Intermediário e outros
dentro de estúdio. Machado no Brasil e no exterior – como para reforçar e aumentar o
Toulouse, na França, e Porto, conhecimento do aluno. Já o
em Portugal. curso de Iluminação é feito no
A escola conta com próprio estúdio da escola, no
uma impressora de alta qual o aluno tem acesso a todos
qualidade (padrão fine art) os equipamentos de iluminação
para que os alunos possam e modificadores de luz. Além do
imprimir trabalhos, assim manuseio de flashes (tochas)
como uma biblioteca com de estúdio e seus acessórios, a
aproximadamente 480 livros compreensão da luz é essencial
sobre fotografia e artes, para o entendimento da
possibilitando pesquisas fotografia em geral.
Acima, a fachada e, abaixo, espaço interno com precisas da obra de Na etapa de Pós-Produção, a
galeria da Camera 55, escola criada em 2008 fotógrafos consagrados. Camera 55 também oferece cursos
A grade de cursos abrange de tratamento de imagens com
desde o básico até tratamento os programas da Adobe, como
de imagem. O curso Básico Photoshop e Lightroom. Além dos
tem a finalidade de preparar o diversos cursos, os alunos podem
aluno com conhecimentos e participar de workshops sobre
práticas que servem para o temas específicos, como Retrato
desenvolvimento profissional com Luz Natural, Fotografia de
ou autoral. “Acredito que esse Viagens e outros. Para saber mais,
curso, que apresenta um acesse: www.camera55.com.br.
PUBLIEDITORIAL
GUIA ESPECIAL DE
Ensino de Fotografia
PARA ATENDER AO MERCADO DE
QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL
Baseada em Florianópolis (SC), a Câmera Criativa
DA TEORIA À oferece cursos do básico à formação profissional
PRÁTICA
O s cursos da Câmera
Criativa, escola de
fotografia e arte, são
elaborados a partir de
conceitos técnicos e
linguísticos para dar
oportunidade aos alunos
de construir um olhar crítico
diante do assunto. Cada
técnica assimilada passa a
ser praticada e confrontada Aula prática de
com as características moda no estúdio
individuais de cada aluno. A
da escola
equipe da escola é formada
por profissionais/fotógrafos QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL EM FOTOGRAFIA
que atuam diretamente no Com carga horária de 250 horas e até práticas em estúdio, técnicas de
mercado de trabalho, com um ano de formação, o curso conta com iluminação, direção de pessoas, fotografia
experiência e conhecimento nove professores especialistas atuantes still, moda e fotografia social. Ao final
prático para ensinar e elaborar no mercado e foi desenvolvido para do curso, orientado pelos professores, o
as aulas a partir das próprias
atender quem busca uma profissão ou um aluno entrega um Trabalho de Conclusão
vivências do fazer fotográfico.
Os cursos e as oficinas são meio de expressão pessoal. A formação de Curso (TCC), que poderá servir de
subdivididos em Técnicos, proporciona imersão em diversas áreas base para a criação do portfólio.
Profissionalizantes e Criativos. de atuação, como a fotografia autoral, Após a conclusão, o aluno recebe o
Ao aluno é proporcionado suas linguagens, suportes e narrativas, Certificado de Fotógrafo Profissional.
um estudo continuado e de
qualidade, em que teoria e FOTOGRAFIA DO BÁSICO AO AVANÇADO
prática se complementam. Com cerca de dois meses de duração, Os participantes também trabalham,
Para saber mais, acesse: aulas teóricas e práticas, além de saídas o conhecimento necessário para a
www.cameracriativa.com.br. fotográficas, o curso pretende ensinar construção de um “Olhar Fotográfico”,
o aluno a usar todas as configurações abordando de forma didática os conceitos
Curso de edição e funções do equipamento fotográfico visuais utilizados em Composição,
de imagens e apresenta os acessórios externos. Enquadramento e Leitura de Imagens.
FOTOGRAFIA NA PRÁTICA
Com cinco meses de duração, Radilson Carlos Gomes, e aprende a
o objetivo é ajudar o aluno a praticar fotografar praticando solidariedade. Outros
a fotografia com as mais variadas cursos oferecidos: Fotografia e Arte,
técnicas, desenvolvendo seu olhar e suas (com professores especialistas em Artes
Fotos: Radison Carlos
EXPEDIÇÕES FOTOGRÁFICAS
É O FOCO DA TRAVESSIA
A FORÇA DA
EXPERIÊNCIA
A Travessia Expedições
Fotográficas consolidou
a proposta de criar
roteiros com destinos
cinematográficos em
beleza e ricos em
diversidade. Fundada em
2017 pelos fotógrafos
Tom Alves e Nataja Vidal,
tem como objetivo unir
a experiência de ambos
A riquíssima fauna do
no setor, além de integrar
Julius Dadalti
o know-how de atender Quênia oferece muitas
com profissionalismo a oportunidades fotográficas
complexidade dos roteiros. FOTOGRAFIA DE VIDA SELVAGEM NO QUÊNIA
Cada detalhe
Entre os dias 7 e 20 de agosto envolvendo também milhares de gazelas
das expedições é
previamente planejado de 2019 está prevista a expedição e zebras. É uma boa oportunidade para
para proporcionar maior “Quênia – A grande migração”, em documentar a vida selvagem.
conforto e aproveitamento que os participantes poderão observar Além dos safáris, a expedição
dos viajantes. São bem- e fotografar gnus, animais dominantes prevê o encontro com o povo Masai,
-vindos profissionais e dos campos do Masai Mara, que se seminômades e um dos grupos
apreciadores da fotografia, deslocam para o vizinho Serengeti, étnicos africanos mais conhecidos
bem como aqueles que buscando pasto fresco. A grande internacionalmente. Será possível
adoram colocar o pé migração é um dos eventos naturais registrar e aprender sobre os costumes e
na estrada. Conheça os mais impressionantes do planeta, as crenças desse povo.
roteiros completos em:
www.travessiaexpedicoes.
com.br. REGISTROS DAS ESTRELAS NA SERRA DO CIPÓ
A fotografia noturna é algo que leva os alunos à intocada e bela região da
sempre mexe com os sentidos. Não há Serra do Cipó, em Minas Gerais, onde é
quem não fique boquiaberto diante de um baixíssima a poluição visual.
céu estrelado em uma noite sem lua e de A proposta do workshop é
céu limpo. Ainda mais se o cenário realça compartilhar com os participantes
essa beleza. A expedição, prevista para técnicas, dicas e possibilidades criativas
o período de 2 a 4 de agosto de 2019, que envolvem a astrofotografia.
Maurício Paiva
Participantes da Expedição Cânions do Sul em ação: esse é um dos vários destinos nacionais comandados pelo experiente Zé Paiva
FLORIPA: DESVENDE OS
SEGREDOS DA ILHA DA MAGIA
A
ver – cachoeiras cristalinas, dunas de até 40 metros região do Araguaia, em Tocantins, será o destino
de altura, chapadas de até 800 metros de altura e uma da expedição prevista para o período de 19 a
riquíssima flora que inclui o famoso capim dourado. 23 de junho também sob a orientação de Zé Paiva.
Ainda é um segredo para a maioria da população Os participantes conhecerão o Parque Estadual do
brasileira – e precisa ser preservado. Cantão, a Lagoa da Confusão e a aldeia indígena
Boto Velho, da etnia Javaés, na Ilha do Bananal, entre
outras atrações. O Parque do Cantão está localizado
no encontro dos rios Javaés e Coco. É uma unidade
de conservação com cerca de 90 mil hectares de área,
entrecortado por florestas amazônicas, vegetação
de cerrado e com mais de 800 lagos que na época
da cheia se interligam. Já na região norte da ilha do
Bananal, a maior ilha fluvial do mundo, localiza-se o
Parque Nacional do Araguaia, onde vivem indígenas
das etnias Carajás e Javaés. A região conta com uma
Fotos: Zé Paiva
O leitor gaúcho Paulo Hopper fotografou uma apresentação da banda 14 Bis no Teatro da Univates, em Lajeado (RS)
CESAR FERRARO,
Como participar São Paulo (SP) 1
O objetivo desta seção é dar
ao leitor informações e dicas que
1 Embora o topo da torre
esteja quase centralizado no
eixo horizontal, a composição
sirvam para um aprimoramento agrada, principalmente pelo
do ato de fotografar. Ela é aber- fato de a base da torre estar no
ta a qualquer tipo de fotógrafo: canto do quadro e pelas
amador, expert ou profissional. árvores que enfeitam a cena.
Antes de enviar suas fotos para Para uma imagem mais no
análise, você precisa ler e aceitar estilo “cartão-postal”, a única
as regras a seguir: opção seria encontrar um
• É importante ressaltar que um ponto de vista muito mais
comentário é necessariamente distante que permitisse
subjetivo. Não é um julgamento, enquadrar a torre de frente.
mas apenas uma apreciação pes- Equipamento:
soal que, portanto, pode ser con- Nikon D610 com objetiva
testada e criticada. Já que o obje- Nikkor 24-120 mm
tivo de uma foto é agradar ao ob- Exposição: f/8, 1/40s
servador, qualquer crítica, mesmo e ISO 3.200
que formulada por uma só pes-
soa, aponta um elemento que po-
de ser melhorado ou ao menos
discutido. Assim, a crítica é sem-
pre de caráter construtivo.
• Quem envia as fotos para aná-
lise com a finalidade de comentá-
rios e dicas para melhorar a téc-
nica o faz sabendo disso.
• A publicação das fotos envia-
das não é garantida. As imagens
publicadas serão escolhidas pe-
lo mérito do comentário que per-
mitirem, não por sua qualidade.
Apenas uma foto de cada leitor JORGE LUIZ GARCIA,
será comentada. São Paulo (SP)
• Alguns comentários poderão
até parecer duros, porque o que
vai ser avaliado é a qualidade téc-
nica da imagem (enquadramento,
2 Demora um pouco para
entender o que é, mas a
forma redonda capta a atenção e
incomoda. Talvez ficasse melhor se o
espaço em cima fosse menor. Porém,
pela originalidade e pelo ponto de
composição, foco, exposição...), incentiva o observador a querer vista, as “regras” não se aplicam
sem levar em conta o aspecto entender a imagem. Gostei com tanto rigor.
afetivo que pode ter para o au- bastante do ponto de vista e do Equipamento: Canon EOS Rebel T6
tor que registrou uma pessoa, um fundo perfeitamente branco. com objetiva Canon 50 mm
momento ou uma cena importan- A falta de nitidez é o que mais Exposição: f/2.8, 1/100s e ISO 1.250
te e emocionante da sua vida.
Como enviar
Envie até três imagens em 2
formato JPEG e em arquivo de
até 3 MB cada um para o e-mail:
fotografe@europanet.com.br.
Escreva “Raio X” no assunto e in-
forme nome completo, cidade
onde mora e os dados da foto
(câmera, objetiva, abertura, ve-
locidade, ISO, filme, se for o ca-
so, e a ideia que quis transmitir).
É importante que os dados pedi-
dos sejam informados para aju-
dar na avaliação das fotos e na
elaboração dos textos que as
acompanham.
3 A paisagem noturna
captada é atraente, mas
4 Os barcos no primeiro
plano deixam a cena
bem dinâmica. Uma
5 Você soube se posicionar
à altura do tema, o que é o
ideal para dar ao observador
6 O formato retrato seria
o corte mais adequado
(conforme sugerido) graças à
veja no corte sugerido como pena que alguns detalhes a sensação de “fazer parte” natureza do tema e sua posição.
ficaria ainda melhor se atrapalhem. A inclinação e da brincadeira. O principal Além disso, a centralização
você não tivesse deixado a a centralização da linha do detalhe que incomoda é a do tema raramente agrada,
linha de horizonte bem no horizonte não agradam. O sobreposição entre as duas deixando a composição muito
meio. Existe a possibilidade recomendável é posicioná- crianças e até o balde, todos estática, sem dinamismo: o ideal
de cortar a foto no formato -la no terço do quadro, seja juntos no meio do quadro. teria sido posicionar o pássaro
panorâmico, mas você no inferior ou no superior. Ficaria melhor se você tivesse do lado oposto ao qual está
poderia igualmente ter Daria para testar os dois e esperado um momento em olhando. Quanto à luz, a foto
apontado a câmera mais eventualmente se abaixar que todos os elementos (as ficou superexposta, deixando
para baixo, deixando o corte para encontrar a proporção duas crianças e o balde no várias zonas estouradas,
no limite das nuvens, e ideal entre o céu e o primeiro primeiro plano) estivessem notadamente a parte branca da
mostrando uma maior parte plano com o melhor ângulo espalhados, conduzindo a cabeça do pica-pau.
da Baía da Guanabara. para manter a perspectiva leitura e o olhar do observador Equipamento: Nikon
Equipamento: Canon EOS dinâmica dos barcos. de um lado para o outro. Coolpix P900 com objetiva
5D Mark III com objetiva Equipamento: Nikon D750 Equipamento: Canon EOS equivalente a 24-2.000 mm
Canon 24-70 mm com objetiva Nikkor Rebel T6 com objetiva Exposição: f/5.6, 1/4.000s
Exposição: f/16, 30s Exposição: f/18, 1/4s Canon 18-55 mm e ISO 400
e ISO 100 e ISO 200 Exposição: f/6.3, 1/250s
e ISO 400
3 4
5 6
9 10
7
8
12
14
13