Cap10 Ref 2018
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Capítulo 10 - Condensadores
10.1. Introdução
Como pode ser visto na Fig. 10.2, a temperatura do refrigerante diminui durante o
desuperaquecimento e no subresfriamento, mas permanece constante durante a condensação
(caso de um refrigerante puro). A energia rejeitada pelo refrigerante aquece o meio de troca
térmica, cuja temperatura aumenta.
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Figura 10.3. Perfis de temperatura no condensador para uma condição normal de operação (a) e
para uma condição de baixa vazão do fluido de resfriamento (b).
Refrigeração Capítulo 10 Pág. 3
A temperatura dos dois fluidos no trocador de calor pode convergir mas nunca equalizar.
A temperatura de saída do fluido de resfriamento não pode ser, além de alguns poucos graus,
superior à temperatura de saturação. Reduzindo a vazão do fluido de resfriamento
exageradamente, na tentativa de aproximar as duas linhas, resulta em uma aproximação nula.
Isso reduz significativamente a eficiência do trocador de calor, resultando possivelmente em uma
condensação parcial do vapor e um desempenho imprevisível.
Q! c
V! = (10.1)
ρc p (T2 − T1 )
Figura 10.10. Esquema mostrando um condensador a água (trocador de calor mais torre de
resfriamento).
A distribuição de água pode ser feita por gravidade ou através de bicos pressurizados.
Distribuição por gravidade requer menor altura de bombeamento e permite uma melhor
distribuição da água através do enchimento, a torre pode ser inspecionada durante a operação e
tem fácil acesso para serviços de manutenção. Esse tipo de distribuição é geralmente utilizado
em torres de fluxo cruzado.
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Range
ε= (10.2)
( Range-Approach)
A razão de rejeição de calor (HRR – heat rejection ratio) é definida como a razão entre a
taxa de rejeição de calor no condensador e a taxa de calor absorvido no evaporador (ou
capacidade de refrigeração), conforme a Eq. (10.3):
Q! c
HRR = (10.3)
Q! E
Essa equação pode ser reescrita, lembrando das definições vistas anteriormente, como:
Q! c Q! E + W! comp W! 1
HRR = = = 1+ comp = 1+ (10.4)
Q! E Q!
E EQ! COP
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Dessa forma, é possível ver que o HRR é função do COP do sistema (que por sua vez
depende do tipo de refrigerante, temperaturas de vaporização e condensação, tipo de compressor
e qualquer outro arranjo de resfriamento suplementar do sistema).
Essa mesma equação pode ser representada considerando o ciclo de Carnot, como visto
no Capítulo 2, em função das temperaturas de condensação e vaporização, de acordo com a Eq.
(10.5):
Tc
HRR = (10.5)
TE
1,7
⎛T ⎞
HRR = ⎜ c ⎟ (10.6)
⎝ TE ⎠
1,7
⎛ 35 + 273 ⎞
HRR = ⎜ ⎟ = 1,31
⎝ −10 + 273 ⎠
Para condensadores a ar, o valor do THR ainda deve ser dividido por um fator de correção
em relação à altitude do local da instalação, de acordo com a Tab. (10.3).
THRanteior 87.120kcal / h
THR = = = 88.898 ( ≈ 103,3kW )
FCaltitude 0,98
TD = Tc − Ta = 43 − 34 = 9K
10K 1
THR = 88.898kcal / h = 98.776 ( ≈ 114,8, 4kW )
9K 0, 98
Com o valor calculado, determina-se na Tab. 10.4 o modelo de condensador com uma
capacidade igual ou maior a esse valor. Nesse caso, o modelo selecionado foi o ACP101, com
capacidade de 101.270 kcal/h.
Refrigeração Capítulo 10 Pág. 18
Quanto menor o espaçamento entre as aletas, maior será a área de troca térmica e,
consequentemente, maior será a capacidade do condensador. Porém, serpentinas com pouco
espaçamento entre aletas têm mais tendência a serem bloqueadas pela sujeira presente no ar.
O bloqueio da serpentina condensadora reduz sua capacidade de troca térmica e aumenta
o consumo de energia dos ventiladores, pois são forçados a operar em um regime mais rigoroso,
com menor fluxo de ar. Por esse motivo, o tipo de serpentina deve ser definido de acordo com as
condições do ar no local onde será instalado o condensador.
Em ambientes muito poluídos, próximos de rodovias ou em locais com altos níveis de
sujidade no ar, são recomendados condensadores com maior espaçamento entre aletas, com o
intuito de reduzir os gastos com manutenção e limpeza da serpentina.
12.000Btu / h
Q! E = 550TR = 6.600.000Btu / h
TR
2.545, 46Btu / h
THR = Q! E + Pot. eixo = 6.600.000Btu / h + 600HP = 8.127.276Btu / h = 8,127MBu / h
HP
Q! c 363kW
V! = = = 0,0175m 3 / s = 62,84m 3 / h
ρ c p (T2 − T1 ) ( 995kg / m ) ( 4,18kJ / kgK ) (35 − 30) °C
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Ao contrário das aplicações de resfriamento de ar para conforto que podem operar apenas
nos meses mais quentes do ano, aplicações de refrigeração comercial ou industrial operam
durante todo o ano. A maioria dos sistemas de refrigeração são expostos a variações substanciais,
tanto da carga térmica quanto da temperatura ambiente durante o período de operação. Com a
diminuição da temperatura ambiente (TBS e/ou TBU), a capacidade de condensação aumenta e,
como resultado, a pressão de condensação diminui.
Essa diminuição da pressão de condensação é interessante pois pode reduzir a potência do
compressor e, como consequência, reduz o consumo de energia do sistema. Entretanto, alguns
problemas podem surgir:
i. Ciclagem do ventilador
alguns modelos, dois motores devem ser ciclados simultaneamente para evitar a má distribuição
do ar. A ciclagem liga-desliga, quando realizada de forma muito frequente, pode causar
superaquecimento dos motores. Geralmente é recomendada uma ciclagem de, no máximo, 6 liga-
desliga por hora.
Outros sistemas de controle podem ser implementados, como variadores de frequência para
os ventiladores ou motores com um maior número de controle de velocidades.
Com variadores de frequência, a velocidade mínima do motor não deve ser inferior,
geralmente, a 30% da sua velocidade nominal (ou 18 Hz). Além disso, deve-se cuidar para que o
motor não opere em uma velocidade que cause ressonância na unidade ou em sua estrutura de
suporte.
TBU) do local da instalação. Recomenda-se para isso utilizar o Dia de Projeto de Verão de 1%,
isso é, o período de tempo do verão onde as temperaturas de bulbo seco e bulbo úmido, para o
local, excederão esse valor 1% do tempo, considerando um arquivo climático de referência.
Referências