49 2018 Relatório de Patologias
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MAIO DE 2019
Relatório de Patologias | Condomínio Paços do Moínho
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Relatório de Patologias | Condomínio Paços do Moínho
I. Introdução
No edifício em estudo nota-se que ao longo da sua existência houve algum atraso na deteção e
posterior reparação das pré-patologias que iam aparecendo deixando que as mesmas
chegassem á fase de patologia. Assim, neste momento é necessária uma intervenção profunda
e cuidada nalguns pontos do edifício com vista a reparar e solucionar os problemas tentando
eliminá-los e/ou minimizá-los ao máximo.
Foram feitas visitas ao edifício em três datas distintas para análise e registo das patologias no
interior de algumas das frações e especialmente dando bastante destaque na zona comum,
nomeadamente nas garagens e átrios de entrada das entradas do condomínio, bem como nas
fachadas exteriores do edifício.
Após cuidadosa análise ao registado concluímos que a maioria das patologias no interior das
zonas comuns resultam de defeitos na construção quer ao nível do projeto.
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O edifício em estudo localiza-se na Praceta Paços dos Moinhos, 4435-648 Baguim do Monte na
freguesia de Baguim do Monte, concelho de Gondomar.
É composto por cave, r/chão e quatro pisos com utilização de habitação, sendo a distribuição às
frações de habitação feita através de 11 entradas independentes direta ao nível do r/chão. O
edifício tem em cave a área de estacionamento privativo e no vão do telhado as áreas destinadas
ao condomínio.
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DESCRIÇÃO DA PATOLOGIA
INFILTRAÇÕES
As infiltrações são responsabilidade dos condomínios quando têm origem em:
• Fachadas;
• Varandas;
• Pisos, Paredes ou pilares enterrados (parcial ou totalmente)
Nota: Se as patologias detetadas no interior das frações tiverem a sua origem num destes pontos
será da responsabilidade do condomínio a reparação interior caso contrário a reparação será da
responsabilidade do proprietário da fração que deverá tratar e corrigir as anomalias que vão
surgindo ao longo do período de vida do seu imóvel.
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Verificou-se que a descarga das águas pluviais proveniente dos tubos de queda de recolha da
cobertura ao nível do alçado posterior se faz a céu aberto para o terreno confinante com o
edifício. Este sistema implica um aumento muito significativo de acumulação de água junto aos
muros (paredes) da cave que através de fissuras e da junta transportam a água para o interior
da mesma, provocando sérios problemas nas áreas de arrumos.
Verificamos que as manchas ao nível das paredes e tetos da cave têm maior incidência no ponto
onde a concentração de água é maior (nível de descarga das águas pluviais do edifício).
Reparar juntas de dilatação. Canalizar todo o efluente proveniente das águas pluviais do edifício
(alçado posterior) para um coletor que poderá ser colocado no alçado posterior do edifício e
encaminhá-lo para um poço absorvente. Na base do muro deverá ser criada uma caleira e
encaminhá-la para o poço absorvente.
Limpar convenientemente as paredes e aplicar uma armagassa de impermeabilização
monocomponente e flexivel. Esta argamassa permite a sua aplicação sem ter que tratar
pequenas fissuras. Um dos produtos existentes no mercado é a SIKALASTIC -1K aplicada em duas
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camadas sobre base húmida e limpa. Este produto é de alta resistência. Finalizar com aplicação
de pintura á base de tinta Epoxis.
Após reparar juntas de dilatação, canalizar todo o efulente proveniente das águas pluviais para
coletor dever-se-á também intervir nas abertura de ventilação por forma a evitar que pelas
mesmas entre água na área da cave. Isto poderá ser feito, através da reparação e eventual
prolongamento das chaminés e seus capacetes. A ventilação deverá ser tratada com cuidado
pois é necessária desde que corretamente feita, para a saúde do edifício e para a prevenção de
futuras patologias.
Ao nível dos tetos a reparação poderá ser feita tal como nas paredes aplicando uma armagassa
de impermeabilização monocomponente e flexivel. Esta argamassa permite a sua aplicação sem
ter que tratar pequenas fissuras. Um dos produtos existentes no mercado é a SIKALASTIC -1K
aplicada em duas camadas sobre base húmida e limpa. Este produto é de alta resistência. Após
a aplicação desta argamassa pintar com tinta Epoxi.
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No que diz respeito à parte estrutural, fazer o dimensionamento das zonas de assentamento de
terreno onde se encontram pilares bastante danificados, implementando reforço estrutural em
estrutura de aço nos pilares e o reforço nas sapatas.
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3.º FISSURAÇÃO
3.1 DESCRIÇÃO DA PATOLOGIA
Todo o edifício apresenta fissuração ao nível das paredes interiores das fracções, zonas comuns,
cave. Existem também fissuras ao nível do revestimento da fachada.
A fissuração no exterior permite a entrada de água podendo transmiti-la para o interior das
fracções.
Existem vários tipos de fissuração com origens diferentes devendo-se em primeiro lugar,
verificar qual a causa para a fissura e tentar tratar essa causa. Reparando apenas a fissura, em
princípio, não resolverá o problema porque a causa continua sem ser tratada, ou seja, a fissura
voltará a aparecer.
As fissuras são aberturas em forma de linha classificadas de acordo com a sua espessura e não
com o seu comprimento.
São consideradas: Fissuras finas até 1,5 mm.
Fissuras médias até 10 mm.
Fissuras largas a partir de 10 mm
A fissuração nas paredes interiores dos edifícios é uma patologia muito frequente nos edifícios
e normalmente são superficiais, afetando apenas a camada de pintura ou os azulejos não sendo
assim graves para a segurança das pessoas.
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No caso em análise da análise puramente visual (deverão ser medidas as espessuras) e verifica-
se a existência de fissuras largas.
Fissuras de retracção: apresentam a forma de rupturas curtas e sem ordem aparente, estando
relacionadas com uma má dosagem do reboco, excesso de espessura de aplicação ou secagem
demasiado rápida, por exposição a muito calor ou vento. Acontecem durante a fase de presa e
endurecimento das argamassas e revestimentos.
Fissuras de deformação: apresentam a forma de rede de malha larga, sem direcção dominante,
resultando das deformações sofridas pelo suporte por falta de estabilidade, sujeição a tensões
higrotérmicas, etc.
Fissuras de pontos singulares: surgem em pontos específicos, como em cantos de vãos e nas
ligações entre materiais diferentes no suporte (ligação de alvenaria com caixas de estores,
ligação entre tijolo e betão, etc).
Fissuras estruturais: têm origem na deformação estrutural dos edifícios e apresentam
espessuras e profundidades importantes; mostram geralmente orientação bem definida
(horizontal, vertical ou oblíqua em alguns casos).
3.2.4 INFILTRAÇÕES
As impermeabilizações têm um período de validade, não duram sempre. Quando não é feita a
renovação do material, a água pode-se infiltrar quer pela acção da chuva quer por vazamentos
causando problemas estruturais ou prejudicando as paredes.
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Apresentaremos algumas técnicas de reparação curativas, onde se verifica que algumas das
soluções se limitam à reparação das fissuras enquanto que outras consistem na reparação total
da fachada, à qual garantem, além da estanqueidade, a melhoria de outras características, tais
como as térmicas e estéticas. A reparação de fissuras não estabilizadas em zonas de
descontinuidades e concentrações de tensões pode ainda ser resolvida mediante a introdução
de reforços (redes de fibra de vidro com protecção anti-alcalina ou redes metálicas com
protecção contra a corrosão) que controlam as deformações, diminuem a amplitude do
movimento e redistribuem os esforços
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Por outro lado a perda de estanquidade das juntas, principia-se aquando da sua execução, se os
procedimentos de limpeza utilizados não forem adequados, podendo provocar danos no
material aplicado, que quando exposto a agentes atmosféricos agressivos e/ou solicitações
mecânicas, podem originar o aparecimento de fissuras que se tornam locais propícios á
ocorrência de infiltrações. Alguns dos problemas verificados no interior das frações poder ter
aqui a sua origem.
A degradação e ressequimento das juntas e a consequente perda de estanquidade aliada á
fissuração podem transmitir das exteriores patologias ao interior. Mesmo havendo pontos de
drenagem em toda a fachada o sistema em nosso entender não deve estar a funcionar.
Após reparação de juntas e de fissuras, a fachada com revestimento em pedra deverá ser limpa
e impermeabilizada.
Nos muro de suporte da cave, áreas com pintura, deve-se após tratamento das patologias atrás
descritas (fissuras e humidades) aplicar um decapante para remoção da tinta, colocar novo
reboco e pintar com tinta Epóxis.
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IV. Conclusões
Em conclusão o edifício apresenta diversas patologias que não poderão ser tratadas
individualmente mas como um todo já que, todas elas têm origem e consequência nas restantes.
Temos por isso como principais patologias a tratar: fissuras, juntas de dilatação do edifício,
juntas de assentamento de revestimento, varandas, coberturas e fachadas, rede de águas
pluviais incluindo drenos da cave. Após o tratamento destas patologias passar-se-á ao
tratamento de paredes e pavimentos e revestimentos. Numa segunda fase serão tratados todos
os problemas apontados por cada um dos condóminos e que estarão registados em fichas
individuais.
Salvaguarda-se no entanto que só serão contempladas no interior das frações, as obras que
tiverem origem direta nas patologias das áreas comuns do edifício.
Todas as restantes terão legalmente que ficar a cargo de cada proprietário.
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