Artes
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EDUCAÇÃO INFANTIL
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1
BEM-VINDO AO CURSO!
Capacitação e Aperfeiçoamento em Atividades
Artísticas na Educação Infantil
2
Sumário
Capacitação e Aperfeiçoamento em Atividades Artísticas na Educação
Infantil ............................................................................................................... 2
DICAS IMPORTANTES PARA O BOM APROVEITAMENTO ....... 2
MÓDULO I – CONHECENDO A ARTE..........................................5
1. INTRODUÇÃO ............................................................................ 5
2. ARTE A LINGUAGEM UNIVERSAL ..................................... 6
3. ARTE E SEUS ELEMENTOS ................................................... 9
4. EDUCAÇÃO E CÓDIGOS ....................................................... 15
5. ARTE E EDUCAÇÃO .............................................................. 19
6. POR QUE ARTE-EDUCAÇÃO?............................................. 21
MÓDULO II – PROCESSO DE FORMAÇÃO E
DESENVOLVIMENTO................................................................................23
3
MÓDULO III – ATIVIDADES ARTÍSTICAS NA EDUCAÇÃO
INFANTIL.....................................................................................................42
4
MÓDULO I – CONHECENDO A ARTE
1. INTRODUÇÃO
5
que é um movimento particular da história do homem, que
representa o predomínio do sentimento sobre a razão. (...) A arte
não é apenas a glorificação do belo, do significativo, mas a
relação implícita que existe entre o fato social e a sua expressão
(MOSQUERA, 1976, p. 63).
Como importante ferramenta para a formação do indivíduo, torna-o
sensível ao meio em que vive, valorizando a identidade cultural em que se
insere, desenvolvendo seu senso crítico e incentivando o nascimento de uma
consciência artística e social.
6
As linguagens artísticas estão enraizadas em todas as culturas em cada
canto do mundo. As manifestações musicais, danças, representações e
construções têm os mesmo conceitos de arte em qualquer povo que a
manifeste.
7
Para Bello (2003, p.2) “a arte é uma forma de produção e reprodução
cultural que só pode ser compreendida dentro do contexto e dos interesses de
suas culturas de origem e apreciação”. De modo que as produções artísticas
estão relacionadas a uma época, país ou região e onde cada uma tem sua
estrutura social, econômica, religiosa e política. A arte é o reflexo de uma
sociedade, por isso precisamos estar atentos às manifestações artísticas atuais
para entender, refletir e analisar criticamente o nosso cotidiano, sempre
buscando no passado o sentido da evolução humana.
Nas DCes (2007, p.29) consta que: “ toda linguagem artística possui
uma organização de signos que propicia comunicação e a interação”. Por isso
a arte sempre esteve baseada na: representação do mundo que o cerca, seus
deuses e a si próprio.
8
Analisando as mais variadas manifestações artísticas que o homem
desenvolveu através da história, entendemos o mundo que fazemos parte.
10
Fonte: https://learningenglish-esl.blogspot.com/2010/07/guernica-by-
pablo-picasso.html
11
perguntado a Picasso: “Forte esse quadro! Foi você quem fez?”. E Picasso
teria respondido: “Não. Foram vocês.” Ora, Picasso (ou quem inventou a
história, se foi o caso) não queria dizer isso de maneira literal, mas no sentido
de que a guerra o provocou a pintar aquele quadro. O sofrimento com o qual
ele se deparou foi marcante a ponto de criar a necessidade de realizar aquela
obra.
12
de um produto para o dia dos namorados), o produto não leva em conta
mulheres que se relacionam com mulheres. O que do ponto de vista comercial
seria interessante, uma vez que um casal de mulheres duplica o número de
clientes potenciais da loja. A propaganda especifica o tipo de homem que uma
mulher procura. Então excluem-se homens que têm poodle, fazem as unhas,
utilizam secadores de cabelo, moram coma mãe, usam polchete... Por que um
homem não pode fazer nada disso? O que define um homem?4 Por fim, no
vídeo da propaganda, aparecem diversas mulheres utilizando a langerieda
loja. São todas magras, altas, brancas, com cabelo liso comprido. De forma
que a propaganda também especifica o que é ser mulher.
A arte acessa, tanto para quem faz, quanto para quem usufrui, diversos
elementos da natureza humana, como já dito anteriormente. Para cada
indivíduo, terá um significado diferente, resultante da combinação entre nossa
percepção sensorial e nossas referências simbólicas: memória, cultura,
imaginação, mitos, sentimentos etc. Na música Para todos, Chico Buarque traz
uma série de referências simbólicas acerca de sua origem. Ele lista um pai
paulista, um avô pernambucano, um bisavô mineiro, um tataravô baiano, que
não necessariamente dizem respeito a sua genealogia familiar, mas a uma
13
genealogia simbólica, humana. A partir daí cita diversas outras referências
musicais, como que descrevendo uma genealogia musical sua. Tudo culmina
na afirmação de uma identidade como artista brasileiro. Tais referências estão
presentes no texto, mas também na musicalidade, com arranjos e harmonia
inspirados na cultura brasileira. Deforma simples e simbólica, Chico Buarque
fala de sua formação enquanto indivíduo e artista através do texto, das
imagens provocadas por ele e da sonoridade.
Fonte:https://lh4.googleusercontent.com/xHgAJ8q0wL8/TX1M6iosOqI/AAAAAAAA
GIA/MG-DjT90ipg/s1600/Sociedade+de+Consumo+-+Quino.jpg
Para discutir outro aspecto da arte, imaginemos uma cena de teatro em
que um ator manipula um objeto qualquer, como um lápis, por exemplo. Nesta
cena ele pode utilizar o lápis em sua função corriqueira, para escrever, mas
também pode fazer de conta que aquele objeto é um cigarro, um telefone, uma
arma... Ao fazer isso ele resignifica o objeto e propõe uma resignificação do
14
mundo. Se um lápis pode ser uma outra coisa, o mundo tal qual conhecemos
pode ser diferente.
4. EDUCAÇÃO E CÓDIGOS
15
percebemos na sociedade é a permanência da separação de culturas. A
legislação para o emprego do ensino da arte na educação básica ainda é
relativamente recente e, como demonstram as pesquisas na área, ainda muito
mal empregada. Isto se deve não só à escassez de espaço para a formação
docente, como também à falta de apoio e respeito à disciplina por parte dos
responsáveis pela maioria das escolas particulares e públicas.
Segundo Bosi (1992), devido à colonização européia, foram
distinguindo -se dois planos culturais no Brasil: o considerado erudito,
marcado pela branquidade e europeidade; e o definido como vulgar, sem
valor, das camadas subalternas. Tal distinção, que traz em seu bojo uma carga
significativa de preconceito, confunde, ainda hoje, grande parte da população
que não reconhece suas ações como manifestação de cultura, elegendo o que é
produzido pela classe dominante como modelo a ser seguido.
Para as classes populares, é sonegado o acesso à cultura de códigos
eruditos, por sua vez, as classes hegemônicas, além dos seus próprios
códigos, também dominam os códigos da cultura popular.
Estamos acostumados a falar em cultura brasileira, assim, no
singular, como se existisse uma unidade prévia que aglutinasse
todas as manifestações materiais e espirituais do povo brasileiro.
Mas é claro que uma tal unidade ou uniformidade parece não
existir em sociedade moderna alguma e, menos ainda, em uma
sociedade de classes. Se pelo termo cultura entendemos uma
herança de valores e objetos compartilhada por um grupo
humano relativamente coeso, poderíamos falar em uma cultura
erudita brasileira, centralizada no sistema educacional (e
principalmente nas universidades) e uma cultura popular,
basicamente iletrada, que corresponde aos mores materiais e
simbólicos do homem rústico, sertanejo ou interiorano e do
homem pobre suburbano ainda não de todo assimilado pelas
estruturas simbólicas da cidade moderna (1992, p. 312).
O acesso da classe dominante à cultura popular e a exclusão do povo da
cultura erudita foi denominado por alguns autores, dentre eles Ana Mae
Barbosa (1991) como “Apartheid” Cultural:
16
dominante que, por ser dominante, tem possibilidade de ser
mais abrangente e também domina os códigos da cultura
popular. Basta ver o número de teses que se escrevem na
universidade sobre cultura a arte popular e ainda a elite cultural
desfilando nas escolas de samba no carnaval. (...) As massa têm
o direito a sua própria cultura e também à cultura da elite, da
mesma maneira que a elite já se apropriou da cultura da massa...
(BARBOSA, 1991, p. 33, grifo nosso).
O conhecimento artístico é inegavelmente relevante para a
democratização dos códigos eruditos, assim como é, obviamente,
fundamental ao profissional da comunicação o domínio destes códigos.
17
recursos indispensáveis para compreender quaisquer outras áreas do
conhecimento humano e fundamentais para a construção de um texto ou para
desenvolver estratégias para, por exemplo, a resolução de um problema
matemático.
18
caminha para uma mise-em-scène própria, que lhe empreste
riqueza sonora e visual. Quanto à ilustração visual, usam -se
recursos variados, desde a filmagem do fato até a fotografias,
gráficos, mapas, desenhos e outros elementos plásticos (
KELLY, 1978, p. 172).
5. ARTE E EDUCAÇÃO
•É prazerosa, lúdica.
22
MÓDULO II – PROCESSO DE FORMAÇÃO E
DESENVOLVIMENTO
23
Cívica, Educação Física, Educação Artística, Programas de Saúde nos
currículos plenos de 1° e 2° graus...” (NISKIER, 1988, p.82).
24
Faz-se necessário que o professor, embora tenha sua formação somente
numa especificidade de linguagem, busque os conhecimentos artísticos
necessários, os quais não são de sua área de formação, pois como preconiza o
texto acima, é direito dos alunos terem acesso à arte de modo geral.
Por outro lado, as artes passaram a ser concebidas menos como criação
genial misteriosa e mais como expressão criadora, isto é como transfiguração
do visível, do sonoro, do movimento, da linguagem, dos gestos em obras
artísticas.
25
conhecimento em arte, que produz novas maneiras de perceber e interpretar
tanto os produtos artísticos, quanto o próprio mundo”.
27
distingue-se das outras produções humanas pela qualidade da comunicação
que ela propicia por meio das especificidades das linguagens artísticas, onde a
forma artística fala por si mesma, indo além das intenções do artista; a
percepção estética é a chave da comunicação artística, o processo de
conhecimento artístico advém da percepção das qualidades da linha, texturas,
cores, sons, movimentos, etc., onde o receptor deixe-se tocar sensivelmente
para perceber os significados que emanam dessas qualidades; a personalidade
do artista é ingrediente que se transforma em gesto criador; a imaginação
criadora transforma a existência humana.
28
dizem ser a nossa a civilização da imagem. Nada é tão representativo de
experiência estética como uma imagem, seja ela algo etéreo, fantástico, ou
algo materializado numa forma natural ou cultural”.
29
Artes evidencia toda uma discussão sobre leitura e releitura de imagens, de
percepção dos elementos das linguagens artísticas, com maior ênfase nas artes
visuais, pois a maioria tem formação em artes visuais, mas não discutem o que
é educação estética e, quando o fazem seguem os princípios defendidos por
Herbert Read.
30
Quando se pensa, no educar, deve-se levar em conta o conhecimento e
a prática pedagógica que resulte em um ensino coerente.
31
• Sentir e perceber (apreciação e apropriação);
32
somente na linha cronológica das obras e sim a relação que elas têm suas
características formais e seus elementos expressivos.
Porém, sempre que apresentar uma imagem para o aluno precisa situá-
lo no tempo histórico que foi construído, pois só assim haverá compreensão
de seu contexto, facilitando o entendimento para análise e interpretações. Ir
ampliando os conhecimentos de diversas linguagens artísticas,
gradativamente, onde os alunos conheçam ao longo do seu estudo uma grande
gama de saberes em arte.
De acordo com Ana Mae Barbosa (1991, p.37 e 38) que a metodologia
de análise de obras artísticas é de escolha do professor sempre enriquecida de
informação histórica. Cita: “Que a história da arte é importante conhecer as
características das classificações de estilos, a relação de uma forma de
expressões com características sociais, e com a psicologia social da época...”
33
A arte deve ser apropriada pelo professor depois repassado para os
alunos.
34
Assim, levam-nos a conhecer mais nosso povo e nossa história,
suas ideias e concepções de mundo.
Ao planejarmos o cronograma de conteúdos deve-se ter em mente:
35
sujeitos em seu fazer e pensar, e de autonomia nas suas associações
expressões.”.
36
O processo do trabalho pedagógico em Arte tem por finalidade
trabalhar na praticam com música, jogos teatrais, desenho e dança, levando
em conta os elementos formais como estudo sobre cores primaria e secundaria
(artes visuais), timbre, duração e altura (música), expressão facial, corporal e
gestual (teatro) e movimento corporal (dança). (DCes de Arte, 2008 p. 23).
misto, improvisação.
37
ARTES VISUAIS Ponto Figurativa Arte Pré-histórica,
Arte no Antigo Egito, Arte
Linha Abstrata Greco-Romana, Arte Pré-
Superfície Figura- Fundo Colombiana, Arte Oriental,
Arte Africana, Arte
Textura Bidimensional Medieval, Arte Bizantina,
Arte Românica, Arte Gótica,
Volume Tridimensional
Renascimento, Barroco,
Semelhanças
Luz Neoclassicismo,
Contrastes Romantismo,
Cor Expressionismo, Fauvismo,
Ritmo visual
Cubismo, Abstracionismo,
Gêneros: paisagem, retrato,
natureza-morta... Dadaísmo, Construtivismo,
Técnicas: pintura, gravura, Surrealismo, Op-art, Pop-art,
escultura, arquitetura, Art Naif, Vanguardas
fotografia, vídeo Artísticas Arte Popular, Arte
Indígena, Arte Brasileira,
Arte Paranaense, Indústria
Cultural, Arte Latino-
Americana, Muralismo...
38
Movimento Eixo, Dinâmica, Arte Pré-histórica, Arte
Aceleração, Ponto Greco-Romana, Arte
Corporal Oriental, Arte Africana,
de Apoio, Salto e queda.
Tempo Arte Medieval,
Rotação, Formação, Renascimento, Barroco,
Espaço
Deslocamento, Sonoplastia, Neoclassicismo,
DANÇA Romantismo,
Coreografia Expressionismo, Vanguardas
artísticas, Arte Popular, Arte
Gêneros: Folclóricas, de
Indígena, Arte Brasileira,
salão,
Arte Paranaense, Dança
étnica... Circular, Indústria Cultural,
Dança Clássica, Dança
Técnicas: Improvisação, Moderna, Dança
coreografia... Contemporânea, Hip-hop.
Uma delas é a leitura, onde nos faz refletir o que estamos olhando.
39
preocupar com a alienação que está acontecendo no contexto social e dar
sentido ao conhecimento para a vida do educando.
40
Pensando não somente no aluno, mas na formação do professor que
através de uma busca de aprimoramento dos conhecimentos para sua vida
profissional, através de estudos, pesquisas, possa desenvolver um ensino da
arte, utilizando-se de metodologias e estratégias inovadoras, agucem a
curiosidade das crianças para produzir e conhecer o fascinante mundo das
artes.
41
MÓDULO III – ATIVIDADES ARTÍSTICAS NA EDUCAÇÃO
INFANTIL
Até os dois anos a criança atua segundo uma inteligência prática, que
coordena, no plano da ação, os esquemas que ela utiliza. Isso significa dizer
que, até essa idade, as crianças estão em contato direto com objetos e pessoas
sem a necessidade de representação do pensamento ou de linguagem e que
elas estruturam maneiras de estar no mundo e de pensá-lo através da ação
sobre ele.
43
conquistadas. Na concepção piagetiana, o período ―pré-operatório‖ se
constitui como uma passagem para o período seguinte o das operações
concretas. Na Educação Infantil, as crianças estão construindo os elementos
que possibilitam a transição. A socialização e a aquisição e refinamento das
linguagens permitirão a construção das estruturas de pensamento operatório.
45
pedagógicas, mas sua obra dá bases para que possamos fazê-lo. Vygotsky
tentou entender as relações que estão em torno da estruturação do pensamento,
ele não se deteve em ver somente como ocorre esse processo em cada idade;
preocupou-se, sobretudo, com a relação entre esse referencial de
desenvolvimento real e as condições culturais em que aprendizados e
desenvolvimento são produzidos. Partindo de ângulos diferentes, mas não
inconciliáveis, ambos atribuem à construção do simbolismo um papel
fundamental no desenvolvimento do psiquismo infantil.
46
mesmo tempo, um processo pessoal e social: tem origem e se
realiza nas relações entre indivíduos organizados socialmente, é
meio de comunicação entre eles, mas também constitui a
reflexão, a compreensão e a elaboração das próprias
experiências e da consciência de si mesmo (FONTANA &
CRUZ, 1997, P.83).
48
articulação de ações pedagógicas que favoreçam a construção da
expressividade das crianças e o acesso ao repertório cultural das linguagens.
50
Segundo ele, há aprendizados prévios, que se transformaram em
desenvolvimento real, e há aprendizados precedendo e impulsionando novos
patamares de desenvolvimento, porque criam zonas de desenvolvimento
proximal.
51
A criança chega à escola com um repertório de conhecimentos e formas
de pensar, que percebeu e internalizou nas suas relações cotidianas e, nesta, as
condições e natureza das relações para construção do conhecimento ganharão
uma sistematização e planejamento. A escolarização atua, assim,
considerando o desenvolvimento real e articulando aprendizados que trazem
elementos novos à zona de desenvolvimento proximal. Nesse sentido, o
aprendizado não é desenvolvimento, mas pode pôr em movimento os
processos de desenvolvimento. Há portanto, unidade, mas não identidade,
entre os processos. Existem relações complexas entre aprendizados e
processos de desenvolvimento que estão, entre outros aspectos, relacionados à
especificidade dos aprendizados. Contudo alguns aprendizados podem, no
futuro, serem convertidos em desenvolvimento, daí ser importante atentar para
como as crianças internalizam conhecimentos ainda distantes às suas
capacidades de desenvolvimento real, como é o caso do sistema simbólico de
algumas linguagens artísticas.
52
acesso às linguagens com o intuito da formação de leitores, usuários do
simbolismo presente nas representações de Arte. Nesse sentido, as
especificidades das representações artísticas são propostas com o intuito de
que as crianças possam ter contato e usar, funcionalmente, o repertório
simbólico das linguagens artísticas em situações de expressão e comunicação.
53
As linguagens artísticas pressupõem a habilidade de atuar
estabelecendo relações entre significados e significantes, fato esse que pode
ocorrer através da brincadeira. Nesse sentido, a brincadeira, que é uma
maneira de compreender o mundo, pode ser também meio de exercício e de
compreensão da estrutura dessas linguagens.
54
Esse autor, baseado na semiótica, afirma que a aprendizagem dos
sistemas simbólicos pelas crianças, leva em conta três aspectos do sistema: a
gramática ou sintaxe; a semântica e a pragmática.
55
instrumentos de expressão e comunicação, que possibilitam a ação sobre o
ambiente e a construção da identidade da criança.
57
planejamento onde se observa as características do desenvolvimento que
marcam os níveis diferentes de ensino.
58
sobre aquele mundo, orientada pela imaginação. O conhecimento estético foi,
portanto, mobilizado antes de qualquer outra forma de pensar e estar no
mundo.
59
A linguagem da arte nos dá a ver o mundo mostrando-o de
modo condensado e sintético, através de representações que
extrapolam o que é previsível e o que é conhecido. É no modo
de pensamento do fazer da linguagem artística que a intuição, a
percepção, o sentimento/pensamento e o conhecimento se
condensam. (MARTINS, PICOSQUE, GUERRA, 1998, P.37).
60
recepção das representações artísticas. As primeiras trabalham com as
relações entre currículo de Educação Infantil e linguagens, abordando os
aspectos gerais que caracterizam o exercício das linguagens; enquanto as
segundas pensam as especificidades em situações de acesso aos sistemas
simbólicos das linguagens artísticas. Tanto Bassedas, Huguet, Solé, quanto
Martins, Psicosque, Guerra, colocam que compartilhar as convenções de uma
determinada linguagem permite a comunicação e ampliação do repertório
expressivo daquela linguagem. Para todas elas, essa vivência compartilhada
das linguagens oferece referenciais de leitura e de produção de representações.
61
intervenções no sentido do acesso das crianças aos repertórios simbólicos das
linguagens artísticas, amplia nelas as experiências estéticas e possibilita-lhes a
construção da identidade cultural.
62
Retomando Ferraz & Fusari (1993), o professor precisa saber Arte e saber ser
professor de Arte. No nosso caso, ele precisa também saber ser um professor
de Educação Infantil que propõe Arte.
63
reconstruam a realidade atribuindo, a ela, significados. A escola,
possibilitando o contato dos indivíduos com objetos de conhecimento e
fornecendo instrumentos para elaborá-los, pode, portanto, promover
aprendizagens significativas e mediar processos de desenvolvimento.
64
Como vimos nesse capítulo, a construção de simbolismos e o
desenvolvimento são dois dos aspectos organizadores da prática pedagógica
na Educação Infantil. Os aspectos dos objetos de conhecimento podem ser
conteúdos e instrumentos desses processos. A ação intencional da escola pode
ser estruturada a partir da relação entre as especificidades dos objetos de
conhecimentos e as demandas gerais da Educação Infantil.
65
O universo vivencial que cerca as crianças está repleto de experiências
estéticas e manifestações artísticas. É preciso tornar algumas dessas
experiências significativas para elas. Há uma valoração estética na escolha
daquilo que é apresentado às crianças, ou seja, há um padrão estético
subjacente às escolhas das manifestações artísticas.
66
há a preocupação em fazer com que as crianças participem da decoração da
sala enquanto um grupo.
68
13. ARTE COMO EXPRESSÃO
69
as linguagens artísticas serviram à revelação e organização de
sentimentos/conhecimentos das crianças.
70
A dinâmica das salas de aula para crianças de 2 a 7 anos requer, antes
de qualquer outra coisa, que elas se sintam seguras e aceitas por seus pares.
Para que isso aconteça, é necessário que seus desejos e demandas afetivas
estejam sendo considerados pelo professor e pelas demais crianças. A
construção de um novo grupo, a cada início de ano, desafia o professor a
articular situações em que a criança possa se expressar espontaneamente
72
As linguagens não verbais estão mais próximas das possibilidades de
expressão e representação das crianças que a escrita. Nesse sentido, a Arte
apresenta-se como um recurso fundamental no trabalho com crianças de 2 a 7
anos. Enquanto linguagem, a Arte tem servido à expressão/ representação de
conhecimentos ou de aspectos do desenvolvimento e está ligada a todos os
saberes veiculados na Educação Infantil, onde as crianças pequenas estão
estruturando as possibilidades de representação e nos quais as linguagens não
verbais (música, linguagem corporal, jogo simbólico...) estão mais próximas
do jeito de apreender o mundo e comunicar-se do que a escrita.
73
A Arte foi usada, por muito tempo,
como recurso para aprendizagem de outras
áreas, por ser considerada como meio para
que se pudesse chegar a objetivos alheios
ao conhecimento específico dessa área. Na história do ensino da Arte essa
tendência significou, em alguns casos, o esvaziamento do conteúdo da Arte,
em função de objetivos que giravam em torno do desenvolvimento
psicológico ou de simplesmente prover meios para a aprendizagem de
conteúdos de outras áreas. Nos dois sentidos a Arte é alijada de sua
especificidade, isto é, não se pretende abordar o seu ensino, mas ensinar outra
área através dela, ou simplesmente ajudar desenvolverem algumas
―competências‖através de atividades artísticas.
74
MÓDULO IV - EXPRESSANDO A ARTE
75
As linguagens não são percebidas da mesma forma por todas as
crianças; as vivências anteriores, o acesso ao repertório das linguagens e o seu
exercício, bem como as características cognitivas de cada uma, fazem com
que elas tenham uma recepção diferente das representações. Levando em
consideração essa diversidade, o professor articula mediações para o acesso às
representações, dependendo da experiência e estrutura de pensamento das
crianças, com o intuito de ampliar os seus repertórios de linguagens e as suas
possibilidades expressivas.
76
trabalho com as mesmas no intuito de fazer com que as crianças estejam mais
atentas aos sons que lhes rodeiam. A partir do contato das crianças com a
linguagem musical, as professoras organizam o planejamento de suas
atividades buscando trazer novos elementos dessa linguagem de modo a
ampliar o repertório de leitura das crianças e a propiciar situações diferentes
de vivência da mesma, como nos mostra o trabalho de Araújo & Medeiros
(2000).
77
para atos culturais.
78
O prazer vem da participação lúdica das crianças nesses momentos que,
geralmente, constituem-se em experiências ricas de contato com a ambiência,
levando-as a construir noções de atributos de tamanho, cor e sabor e à
coordenação de movimentos em determinado espaço.
No período de
adaptação a intenção é
fazer com que a criança
se sinta segura na escola
e estabeleça vínculos
afetivos com as
professoras e colegas,
afinal a escola é o lugar
onde se aprende coisas e
onde se conhecem
pessoas [...] A
modelagem, os fantoches,
o desenho, os jogos, a
música [...] têm forte teor afetivo para aliviar as tensões. O banho de grude permite o
encontro consigo mesmo e com o outro. O contato com texturas e cores espalhando
tintas coloridas por todo o corpo e pelo corpo do outro. (Brito & Capistrano, 1996)
79
está exposta. O desenvolvimento da oralidade, embora assuma lugar de
destaque, não ocorre separadamente ou em detrimento de outras linguagens.
81
Outra forma de aprendizagem artística é o período junino, repleto de
significados culturais que envolvem as crianças fora e dentro da escola. Na
escola, a segunda quinzena de junho é tomada pelos estudos com as crianças
sobre a simbologia das festas juninas e pela preparação das danças que serão
apresentadas ao público na festa junina da escola.
82
com os objetos de conhecimentos culturalmente construídos, é necessário
estar atento à construção das relações que darão à criança a segurança e
tranquilidade necessárias para que ela se envolva em processos de ensino e
aprendizagem.
83
16. CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS E ESTRATÉGIAS DE
ENSINO
84
O desenvolvimento de temas de pesquisa, em sala de aula, assemelha-
se aos momentos pedagógicos colocados no trabalho de Pernambuco (1994
p.35): ER - estudo da realidade; OC - organização do Conhecimento e AC -
Aplicação do Conhecimento.
85
O produto do diálogo entre as falas, que se constitui em expressão do
conhecimento construído sobre o tema, pode ser representado em várias
linguagens – oral, textos narrativos e poéticos, desenho, jogo dramático,
pintura, esculturas, entre outros. Promover o diálogo entre as falas possibilita
a construção de conhecimentos, respeitando o referencial das crianças e
desafiando-as com novas informações que podem transformar a fala inicial,
acrescentando novos elementos que resultam na construção de sínteses. Os
momentos pedagógicos organizam o diálogo entre os conhecimentos, ou seja,
entre as falas.
86
Arte, as professoras atuam considerando a relação entre Temas de Pesquisa e
Abordagem Triangular de Ensino da Arte.
Tratar Arte como conhecimento, passa por ter em vista a interação entre
estas três formas de aproximação da Arte - a leitura, a contextualização e o
fazer artístico - mas articular essas ações em situações de aprendizagem
significativas exige o planejamento e a articulação de uma sequência de ações.
87
17. EXEMPLOS PRÁTICOS DE APLICAÇÃO DA
EDUCAÇÃO ARTÍSTICA
Experiência 1:
Experiência 2:
88
Ainda no Brasil temos os índios que também se utilizam de elementos
da natureza para produzir sua arte, como: pintura corporal, arte plumária,
utensílios, materiais de caça e pesca, moradia e instrumentos musicais.
89
Atividade. Mão na massa!
da Arte!
90
Atividade: Observando o próprio corpo.
91
indígenas, rituais de descendentes africanos e na musica popular nordestina.
Sentimentos!!!
Atividade: Batucando!
92
Guizos: pode ser feitos com arame e tampinhas amassadas.
93
2- Formar grupos, escolher uma música e uma dança brasileira, e
apresentar para a turma. Filmar as apresentações para depois analisá-
las.
94
E sacra ou religiosa é a música erudita, destinada à tradição religiosa.
95
Lírico: caracteriza-se por ser uma manifestação do eu do artista.
Expressa, portanto, a sua subjetividade, os seus sentimentos e emoções, o seu
mundo interior. Ex. Soneto, ode, balada, elegia, canção, prosa lírica.
Épico: define-se pelo seu aspecto narrativo e pela vinculação aos fatos
históricos ou à realização humana. Ex. Epopéia e diferentes romances.
96
O que há de surpreendente no mundo da arte? Vamos viajar mergulhar
nas informações deste fascinante tesouro da humanidade? Assistindo, lendo,
ouvindo, movimentando, visitando, observando, acessando e pesquisando!!!
97
MÓDULO V – FECHAMENTO
18. CONCLUSÃO
98
que se refere aos aspectos do desenvolvimento, quanto à estruturação do seu
pensamento.
99
conhecimentos. Como as demais linguagens, as linguagens da Arte são
constituidoras do pensamento infantil e, nesse sentido, instrumentos das mais
variadas relações: expressão de sentimentos, recurso a outras áreas e
desenvolvimento de habilidades.
100
aprendem também enquanto atuam sobre a realidade; e fazem isso o tempo
todo.
101
esteticamente aquilo que para o professor, naquele momento, não tem o
objetivo de ser estético.
102
representações, desvendado pela possibilidade de imaginar. Ver o mundo de
forma estética é ver diversas dimensões por meios enigmaticamente múltiplos.
O jogo estético está presente na origem das representações humanas,
conciliando a matéria aos sentidos, como ato de pensamento que não exclui o
horizonte sensível da construção de conhecimentos.
103
19. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
OLIVEIRA, Malai Guedes de. Hoje é dia de arte. São Paulo: IBEP.
104
ZAGONEL, B.; MOURA, I. C.; BOSCARDIN,M.T.T. Musicalizando
crianças. São Paulo: Ática, 1996.
105
Afresco. Almedo e Salaste. Disponível em: <
http://galeriadearte.vilabol.uol.com.br/ créditos htm> Acesso em: 11 dez.
2008
106
Jairo Pereira. Livro “O Artista de Quatro Mãos”. Disponível em
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EDUCAÇÃO INFANTIL
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