Segunda Revolução Industrial
Segunda Revolução Industrial
Segunda Revolução Industrial
A Segunda Revolução Industrial nasceu com o progresso científico e tecnológico ocorrido na Inglaterra, França e Estados
Unidos, por volta da segunda metade do século XIX.
História Geral
A Segunda Revolução Industrial foi a continuação do processo de revolução na indústria, por meio da melhoria de técnicas,
da criação de máquinas e de novos meios de produção.
A Segunda Revolução Industrial representou o aumento de indústrias e a inserção de novos meios de produção.
A Segunda Revolução Industrial iniciou-se na segunda metade do século XIX, entre 1850 e 1870, e finalizou-se no fim
do Segunda Guerra Mundial, entre 1939 e 1945. Essa fase da Revolução Industrial representa o início de um novo período da
industrialização, vivida inicialmente na Inglaterra, mas que se expandiu para outros países.
As fases da Revolução Industrial simbolizam um novo patamar alcançado no desenvolvimento da civilização humana, no
que diz respeito aos avanços tecnológicos, ao surgimento de novas indústrias, bem como à capacidade produtiva de cada uma
delas. Sendo assim, não se pode considerar que houve rupturas ao longo da Revolução Industrial, mas sim o alcance de novos níveis
de industrialização. Esse movimento foi dividido em fases apenas em termos didáticos.
Segunda revolução?
Na verdade, o conceito de Segunda Revolução Industrial é apenas uma linguagem histórica para definir melhor os períodos.
Desde seu início, a Revolução Industrial não teve pausa ou ruptura alguma entre os avanços que se fizeram.
Como ela ocorreu num período relativamente grande, foi dividida em partes, de modo a se aprender mais facilmente sobre
o que aconteceu em cada período. Além disso, os industrialistas usavam esse termo para se referir às mudanças que aconteceriam no
ambiente industrial depois da Segunda Guerra.
O que foi?
A Segunda Revolução Industrial corresponde à continuidade do processo de revolução na indústria. O aprimoramento de
técnicas, o surgimento de máquinas e a introdução de novos meios de produção deram início a um novo momento. A
industrialização que, antes, limitava-se à Inglaterra, expandiu-se para outros países, como Estados Unidos, França, Rússia, Japão e
Alemanha.
O ferro, o carvão e a energia a vapor, característicos da primeira fase da Revolução Industrial, agora dão lugar aos
representantes da segunda fase: o aço, a eletricidade e o petróleo.
As tecnologias introduzidas nesse período possibilitaram a produção em massa, a automatização do trabalho e o
surgimento de diversas indústrias, em especial as indústrias elétrica e química. Houve também um aumento considerável de
empresas e o aprimoramento das indústrias siderúrgicas.
As ferrovias expandiram-se, possibilitando o escoamento dos bens produzidos e o aumento do mercado consumidor.
Surgiram, durante a Segunda Revolução Industrial, diversos inventos que modificaram toda a organização social e criaram novas
relações, sejam essas sociais, de trabalho e até mesmo entre o ser humano e o meio.
Os novos meios de produção desencadearam, nesse período, a introdução de modos de organização da produção
industrial que se preocupavam com a produção a menor custo e menor tempo, ou seja, a racionalização do trabalho. Esses modos
de organização ficaram conhecidos como taylorismo e fordismo. Para saber mais sobre esse assunto, leia nosso texto: Fordismo e
taylorismo.
Causas
A Segunda Revolução Industrial teve como principais causas fatores relacionados às Revoluções Burguesas, como a
Revolução Francesa e a Revolução Inglesa, ocorridas entre os anos de 1640 e 1850.
Essas revoluções estavam pautadas no pensamento liberal e foram influenciadas também pelo iluminismo, sendo
responsáveis pelo desenvolvimento das relações capitalistas de produção e também pela dominação social nesse período. A
burguesia era a classe dominante em diversos países, apesar de subordinada à Igreja e à monarquia.
As Revoluções Burguesas foram responsáveis pelo fim do Antigo Regime e também pelo fortalecimento do capitalismo,
o que acabou possibilitando o desenvolvimento industrial. Houve, nesse momento, um grande avanço tecnológico, a instalação de
novas indústrias e a ampliação da produção.
O capitalismo financeiro surge durante a Segunda Revolução Industrial, devido à instalação de grandes empresas que
passaram a monopolizar os setores industriais e de mercado. O capitalismo passa então a uma nova fase, assim como passa a
representar esse período da Revolução Industrial.
Consequências
As consequências da Segunda Revolução Industrial podem ser vistas tanto na economia quanto na sociedade. O
desenvolvimento tecnológico propiciou a produção em massa e uma nova forma de organização do trabalho, dando origem a
novas relações entre os empregadores e empregados. Com o monopólio das grandes empresas, que, sozinhas, dominavam o mercado,
houve concentração do capital e desvalorização da mão de obra.
Houve a substituição do ferro pelo aço, que passou então a ter um papel fundamental nas indústrias. O aço passou a ser
utilizado nas ferrovias, na indústria naval e na fabricação de armamentos, por exemplo.
Até a primeira fase da Revolução Industrial, a indústria química ainda não tinha ganhado destaque, o que mudou com o
início da segunda fase. Nessa foram desenvolvidos remédios, fertilizantes, adubos, papel e uma diversidade de produtos que
modificaram a vida das pessoas.
A eletricidade que, antes, limitava-se apenas ao desenvolvimento de pesquisas laboratoriais, agora faz parte não só das
indústrias mas também do dia a dia de toda a população. A substituição da energia a vapor pela energia elétrica possibilitou o
melhor desenvolvimento das indústrias, bem como permitiu criar diversos instrumentos que facilitariam a produção. A eletricidade
passou a ser utilizada também para iluminação e transporte, com o trem elétrico, e possibilitou diversos avanços no campo da
comunicação.
O uso do petróleo como fonte de energia também foi responsável por diversas alterações na sociedade e na indústria.
Surgiram, nesse período, os motores de combustão, a gasolina e a gás. A substituição gradativa do carvão pelo petróleo gerou um
novo significado à indústria, pois o uso do segundo possibilitou produção maior quando comparada à que utiliza o primeiro como
fonte de energia.
A introdução desses elementos na indústria durante a Segunda Revolução Industrial permitiu o aumento da produção de
alimentos com as técnicas inseridas na produção agrícola. Essa, que antes era de subsistência, em sua maior parte passa a atender
o mercado consumidor.
Apesar desses inúmeros avanços alcançados, a Segunda Revolução Industrial provocou algumas alterações negativas. Um
exemplo foi o intenso êxodo rural motivado pela substituição da mão de obra por máquinas, fazendo com que muitos trabalhadores
deixassem o meio rural e dirigissem às cidades. Iniciou-se, nesse momento, o processo de urbanização, e, com ele, começaram alguns
problemas, como o inchaço urbano e a favelização. O desemprego, que significou muita mão de obra disponível, desencadeou o
aumento da pobreza, da violência e da desvalorização do trabalho.