Estatuto PM Ma
Estatuto PM Ma
Estatuto PM Ma
TÍTULO I
GENERALIDADES
II – na inatividade:
a) os militares na reserva remunerada sujeitos à convocação;
b) reformados, por terem sido dispensados definitivamente da
prestação de serviço na ativa, continuando a perceber
remuneração do Estado
§ 3º - Militares de carreira são os que, no desempenho voluntário
é permanente do serviço policial-militar, têm estabilidade
assegurada ou presumida.
Art. 3º - O serviço policial-militar consiste no exercício de
atividades inerentes à Policia Militar e compreende todos os
encargos previstos na legislação especifica e peculiar
relacionadas com o policiamento ostensivo e preservação da
ordem pública.
Art. 4º - A carreira policial-militar é caracterizada por atividade
continua devotada às finalidades da Policia Militar.
§ 2º - É privativa de brasileiros natos a carreira de Oficial da VIII – ser aprovado em concurso público mediante os seguintes
Polícia Militar. critérios: * Redação dada pela Lei n.º 7.486,
Art. 5º - São equivalentes as expressões “Polícia Militar do Estado de 16/12/1999.
do Maranhão” “Polícia Militar do Estado”, a) para oficiais PM, será exigido o certificado do 2º Grau e ser
“Polícia Militar Estadual”, “Polícia Militar do Maranhão”, “Instituição aprovado inclusive nos exames: físico, médico
Policial Militar”, “Instituição Militar Estadual”, “Organização e psicotécnico;
Policial-Militar”, para efeito deste Estatuto. b) para praças PM, o candidato deverá possuir certificado de
Art. 6º - São equivalentes as expressões “na ativa”, “da ativa”, “em conclusão de 2º Grau e ser aprovado inclusive
serviço ativo”, “em serviço na ativa”, “em nos exames: físico, médico e psicotécnico * Redação dada pela Lei
atividade ou em atividade policial militar”, conferidas aos policiais n.º 7.486, de 16/12/1999.
militares no desempenho de cargo, Art. 10 – O ingresso no Quadro de Oficiais, no posto inicial da
comissão, encargos, incumbência ou missão, serviço ou atividade carreira, será através do Curso de Formação
policial-militar ou considerada de natureza de Oficiais da Polícia Militar, no qual serão matriculados os
policial-militar, nas organizações Policiais Militares, bem como em candidatos aprovado em concurso público.
outros órgãos do Estado, quando previsto
em lei ou regulamento.
Art. 7º - A condição jurídica dos servidores públicos militares é
definida pelos dispositivos constitucionais que
lhes forem aplicáveis, pela legislação específica, por este Estatuto
e pelas leis peculiares que lhes
outorguem direitos e prerrogativas e lhes imponham deveres e
obrigações.
CAPÍTULO I
DO INGRESSO NA POLÍCIA MILITAR
CAPÍTULO II
DA HIERARQUIA, DISCIPLINA E PRECEDÊNCIA
a) tenham falecido;
b) tenham sido considerado extraviados;
c) tenham sido considerados desertores.
Art. 28 - Função policial-militar é o exercício das atividades e
obrigações inerentes ao cargo policial-militar.
Art. 29 - Dentro de uma mesma Organização Policial-Militar, a
sequência de substituições, bem como as
normas, atribuições e responsabilidades são estabelecidas na
legislação peculiar, respeitadas a precedência
e qualificação exigidas para o exercício da função.
Art. 30 - As obrigações que, pela generalidade, peculiaridade,
duração, vulto ou natureza, não sejam
catalogadas como posições titulares em Quadro de Organização ou
dispositivo legal, são cumpridas como
“Encargo”, “Incumbência”, “Serviço”, “Atividade Policial-Militar” ou
de “Natureza Policial-Militar”.
requisitos do grau hierárquico, do quadro e da especialização;
II - Interino - é a situação do militar quando desempenha as
obrigações do cargo e sem satisfazer aos
requisitos previstos no inciso anterior.
Art. 34 - Na falta de militar qualificado para a função, poderá ser
designado para o exercício da mesma outro
militar de posto ou graduação inferior, obedecida a precedência
hierárquica.
Art. 35 - São considerados no exercício de função policial-militar,
os militares da ativa que se encontrarem
nas seguintes situações:
I - os policiais-militares que se encontrarem no exercício de
funções previstas no Quadro de Organização da
Polícia Militar;
II - os de Instrutor ou aluno de estabelecimento de ensino das
Forças Armadas ou de outras corporações
militares no País ou no exterior;
III - os de Instrutor ou aluno de outros estabelecimentos de ensino,
de interesse da Polícia Militar, assim
reconhecido pelo Comandante-Geral;
IV - colocados à disposição:
a) dos Gabinetes da Presidência e da Vice-Presidência da
República;
b) do Estado-Maior das Forças Armadas;
c) da Secretaria de Assuntos Estratégicos;
d) de órgãos de inteligência de outras Policias Militares.
Art. 36 - São ainda considerados no exercício de função policial-
militar ou de natureza policial-militar, ou
ainda de interesse policial-militar, os militares da ativa nomeados
ou designados para: * Ver art. 6 da Lei nº
7.760, de 17/07/2002.
I - assessoria militar do Governador e gabinete do Vice-
Governador;
II - gabinete do Presidente da Assembléia Legislativa;
III - gabinete do Presidente do Tribunal de Justiça;
IV - gabinete do Secretário de Justiça e Segurança Pública.
V - Auditoria da Justiça Militar;
VI - Diretor-Geral do Departamento Estadual de Trânsito – DETRAN;
* Inciso VI inserido pela Lei n.º 7.572,
de 07/12/2000.
VII – no Centro Integrado de Operações de Segurança, nos Centros
Integrados de Defesa Social, na
Supervisão de Polícia Comunitária, na Corregedoria do Sistema de
Segurança Pública, na Academia
Integrada de Segurança Pública, no Centro de Inteligência de
Segurança Pública e no Gabinete de Dirigente
de Gerenciamento de Crise. * Inciso VII inserido pela Lei n.º 7.855
de 31/01/2003.
VIII – Gabinete de Segurança Institucional da Presidência do
Tribunal de Constas do Estado do Maranhão;
* Inciso VIII inserido pela Lei n.º 8.229, de 25/04/2005.
IX – Gabinete de Segurança Institucional da Procuradoria Geral de
Justiça. * Inciso IX inserido pela Lei n.º
8.362, de 29/12/2005.
IX - Secretaria-Adjunta de Modernização Institucional da I - amar a verdade e a responsabilidade como fundamentos da
Secretaria de Estado da Segurança Cidadã. dignidade pessoal;
* Acrescentado pela Lei n° 8.714 de 19/11/2007 II - exercer com autoridade, eficiência e probidade as funções que
§ 1º - Os policiais-militares da ativa só poderão ser nomeados ou lhe couberem em decorrência do cargo;
designados para exercerem cargos ou III - respeitar a dignidade da pessoa humana;
função nos órgãos constantes dos incisos I a V deste artigo, na IV - cumprir e fazer cumprir as leis, os regulamentos, as
conformidade das vagas previstas para o instruções e as ordens da autoridades competentes;
pessoal PM nos Quadros de Organização dos respectivos órgãos. * V - ser justo e imparcial no julgamento dos atos e na apreciação do
Redação dada pela Lei n.º 7.572, de mérito dos subordinados;
07/12/2000.
§ 2º - Compete ao Chefe do Poder Executivo nomear ou designar
policial-militar nos casos previstos neste
artigo.
Art. 37 - Os policiais-militares da ativa, enquanto nomeados ou
designados para exercerem cargo ou função
em qualquer dos órgãos relacionados no art. 36, não poderão
passar à disposição de outro órgão.
Art. 38 - Os policiais militares, nomeados para função ou cargo
não catalogados nos arts. 35 e 36 desta Lei,
bem como os excedentes às vagas existentes nos quadros de
organização, serão considerados no exercício
de função de natureza civil. * Redação dada pela Lei n.º 7.855, de
31/01/2003.
TÍTULO II
DAS OBRIGAÇÕES E DOS DEVERES DOS POLICIAIS MILITARES
CAPÍTULO I
DAS OBRIGAÇÕES POLICIAIS MILITARES
SEÇÃO I
Do Valor Policial Militar
SEÇÃO II
Das Obrigações e da Ética Policial-Militar
a) em atividades político-partidárias;
b) em atividades comerciais;
c) em atividades industriais;
d) discutir ou provocar discussões pela impressora a respeito de
assuntos políticos ou policiais-militares,
excetuando-se os de natureza exclusivamente técnica, se
devidamente autorizado;
e) no exercício de funções de natureza não policial-militar, mesmo
oficiais;
XVIII - zelar pelo bom nome da Polícia Militar e de cada um dos
seus integrantes, obedecendo e fazendo
obedecer aos preceitos da ética policial-militar.
Art. 41 - Ao policial-militar da ativa, ressalvado o disposto no § 2º
deste artigo é vedado comerciar ou tomar
parte na administração ou gerência de sociedade ou dela ser sócio
ou participar, exceto como acionista ou
quotista em sociedade anônima ou por quotas de responsabilidade
limitada.
§ 1º - Os policiais-militares na reserva remunerada, quando
convocados, ficam proibidos de tratar, nas
organizações policiais-militares e nas repartições públicas civis,
dos interesses de organizações ou
empresas privadas de qualquer natureza.
§ 2º - Os policiais-militares da ativa podem exercer, diretamente,
a gestão de seus bens, desde que não
infrinjam o disposto no presente artigo.
§ 3º - No intuito de desenvolver a prática profissional dos
integrantes do Quadro de Saúde, é lhes permitido
o exercício da atividade técnico-profissional no meio civil, desde
que tal pratica não prejudique o serviço.
interesse da salvaguarda da dignidade dos mesmos, informem ao seu serviço”.
sobre origem e natureza dos seus bens,
sempre que houver razões que recomendem tal medida. SEÇÃO II
Do Comando e da Subordinação
CAPÍTULO II
DOS DEVERES POLICIAIS-MILITARES Art. 48 - O Comando é a soma de autoridade, deveres e
responsabilidades de que o militar é investido
Art. 43 - Os deveres policiais-militares emanam de vínculos legalmente, quando conduz homens ou dirige uma Organização
racionais e morais que ligam o policial-militar à Policial-Militar. O Comando é vinculado ao
comunidade estadual e à sua segurança, e compreendem, grau hierárquico e constitui uma prerrogativa impessoal, em cujo
essencialmente: exercício o policial-militar se define e se
I - a dedicação integral ao serviço policial-militar e a fidelidade à caracteriza como chefe.
instituição a que pertence, mesmo com o Parágrafo único - Aplica-se à direção e à chefia de Organização
sacrifício da própria vida; Policial-Militar, no que couber, o
II - o culto aos símbolos nacionais; estabelecido para o Comando.
III - a probidade e a lealdade em todas as circunstâncias; Art. 49 - A subordinação não afeta, de modo algum, a dignidade
IV - a disciplina e o respeito à hierarquia; pessoal do militar e decorre,
V - o rigoroso cumprimento das obrigações e ordens; exclusivamente, da estrutura hierárquica da Polícia Militar.
VI - a obrigação de tratar o subordinado dignamente e com
urbanidade.
SEÇÃO I
Do Compromisso Policial-Militar
CAPÍTULO III
DA VIOLAÇÃO DOS DEVERES E DAS OBRIGAÇÕES
Seção III
Dos Conselhos de Justificação e Disciplina
SEÇÃO I
Da Remuneração
Art. 76 – Vetado.
SEÇÃO II
Da Promoção
SEÇÃO III
Das Férias e Outros Afastamentos Temporários do Serviço
SEÇÃO IV
Do Salário-Família
SEÇÃO V
Das Licenças
CAPÍTULO II
DAS PRERROGATIVAS
§ 1º - Quando se der o caso previsto neste artigo, o militar só Art. 105 - É vedado a qualquer cidadão civil ou organização civil
poderá ser detido na delegacia ou posto usar uniforme ou ostentar distintivos,
policial durante o tempo necessário à lavratura do flagrante, equipamentos, insígnias ou emblemas que possam ser confundidos
imediatamente apresentado à autoridade militar com os adotados na Polícia Militar do
mais próxima. Maranhão.
§ 2º - Cabe ao Comandante-Geral da Polícia Militar a iniciativa de
responsabilizar a autoridade policial que TÍTULO IV
não cumprir o disposto neste artigo ou que maltratar ou consentir DAS DISPOSIÇÕES DIVERSAS
que seja maltratado qualquer preso policial-
militar ou que não lhe der o tratamento devido ao seu posto ou CAPÍTULO I
graduação. DAS SITUAÇÕES ESPECIAIS
§ 3º - Se durante o processo em julgamento no foro comum
houver perigo de vida para qualquer preso SEÇÃO I
policial-militar, o Comandante da OPM da área providenciará os Da Agregação
entendimentos com autoridade judiciária,
visando guardar o fórum por força policial-militar, a fim de
assegurar ação de justiça e preservar a vida do
preso.
Art.101- Os servidores militares da ativa são dispensados do corpo
de jurados da justiça comum e do serviço
da Justiça Eleitoral.
SEÇÃO ÚNICA
Do Uso dos Uniformes
SEÇÃO II
Da Reversão
SEÇÃO III
Do Excedente
SEÇÃO IV
Do Ausente e do Desertor
SEÇÃO V
Do Desaparecimento e do Extravio
CAPÍTULO II
DO DESLIGAMENTO OU EXCLUSÃO DO SERVIÇO ATIVO
SEÇÃO I
Da Transferência para a Reserva Remunerada
Art. 123 - O servidor militar da ativa que aceitar cargo público civil
permanente será transferido para a
reserva não-remunerada.
§ 1º - O militar transferido para a reserva nas condições previstas
neste artigo não fará jus à remuneração.
§ 2º - A passagem do militar para a reserva nos termos deste
artigo será efetuada por ato do Governador, a
contar da data de posse do novo cargo em que o militar for
investido.
SEÇÃO III
Da Reforma
SEÇÃO VI
Da Exclusão a Bem da Disciplina
CAPÍTULO III
DO TEMPO DE SERVIÇO
CAPÍTULO IV
DAS RECOMPENSAS E DAS DISPENSAS DO SERVIÇO
TÍTULO V
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
congreguem membros da Polícia Militar e que se destinem, PALÁCIO DO GOVERNO DO ESTADO DO MARANHÃO , EM SÃO LUÍS, 30
exclusivamente, a promover intercâmbio entre DE NOVEMBRO DE 1995,
militares e seus familiares e entre esses e a sociedade civil local. 174º DA INDEPENDÊNCIA E 107º DA REPÚBLICA.
Art. 161 – O aluno do Curso de Formação de Oficial, quando ROSEANA SARNEY MURAD
desligado do curso obedecerá às seguintes Governadora do Estado do Maranhão
restrições: JOÃO ALBERTO DE SOUZA
I - quando desligado por falta de aproveitamento, terá direito à 1 Secretário de Estado do Governo
(uma) rematrícula durante o curso;
II – quando desligado por motivo de saúde, poderá ser
rematriculado no prazo máximo de 02 (dois) anos;
III – quando desligado a pedido, não terá direito à rematrícula;
IV – quando desligado por motivo disciplinar, será licenciado a bem
da disciplina, salvo se praça com
estabilidade assegurada, que obedecerá às prescrições legais.
Parágrafo único – O aluno do Curso de Formação de Oficiais, após
concluir o primeiro ano com
aproveitamento, se reprovado nos anos subsequentes e não tendo
direito à rematrícula, poderá ser
promovido à graduação de 3º Sargento.
Art. 162 – Os alunos dos demais cursos com duração superior a 04
(quatro) meses, quando desligados por
falta de aproveitamento ou por motivo disciplinar, só poderão
concorrer à nova indicação após transcorridos
12 (doze) meses da data do desligamento.
Art. 163 – A indicação para o Curso Superior de Polícia (CSP),
Curso Aperfeiçoamento de Oficiais (CAO),
Curso de Especialização em Gestão de Segurança Pública (CEGESP)
e Curso de Aperfeiçoamento de
Sargento (CAS), dentre os candidatos inscritos e considerados
aptos nos exames de saúde e prova de
aptidão física, recairá sobre os mais antigos na escala hierárquica.
* Redação dada pela Lei n.º 7.519, de
29/05/2000.
Art. 164 – Ficam assegurados aos militares os direitos adquiridos
até à data de início da vigência desta Lei,
em função do § 4º do art. 61 do Decreto n.º 6.035, de 30 de março
de 1976.
Art. 165 – Os dependentes do militar são os definidos pela
legislação do Sistema de Seguridade Social
* Redação dada pela Lei n.º 8.080, de 04/02/2004.
Art. 166 – São adotados na Polícia Militar do Maranhão, em matéria
não regulada na legislação estadual, as
leis e regulamentos em vigor no Exército Brasileiro, no que lhe for
pertinente.
Art. 167 – Os dispositivos constantes desta Lei aplicam-se, aos
servidores militares integrantes do Corpo de
Bombeiros Militares.
Art. 168 – O presente Estatuto entra em vigor na data da sua
publicação, revogados o Decreto n.º 6.035, de
30 de março de 1976, e demais disposições em contrário.
Mando, portanto, a todas as autoridades a quem o conhecimento e
a execução da presente Lei pertencerem
que a cumpram e a façam cumprir tão inteiramente como nela se
contém. Excelentíssimo Senhor Secretário
de Estado de Governo a faça publicar, imprimir e correr.
RICARDO LAENDER PEREZ
Secretário de Estado do Planejamento
OSWALDO DOS SANTOS JACINTHO
Secretário de Estado da Fazenda
LUCIANO FERNANDES MOREIRA
Secretário de Estado da Administração, Recursos Humanos e
Previdência
CELSO SEIXAS MARQUES FERREIRA
Secretário de Estado da Justiça e Segurança Pública