Material Didático Eletrotécnica PDF
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Prezado aluno,
Quando você resolveu fazer um curso em nossa instituição, talvez não soubesse que, desse
momento em diante, estaria fazendo parte do maior sistema de educação profissional do país:
o SENAI. Há mais de sessenta anos, estamos construindo uma história de educação voltada
para o desenvolvimento tecnológico da indústria brasileira e da formação profissional de jovens
e adultos.
Devido às mudanças ocorridas no modelo produtivo, o trabalhador não pode continuar com
uma visão restrita dos postos de trabalho. Hoje, o mercado exigirá de você, além do domínio
do conteúdo técnico de sua profissão, competências que lhe permitam decidir com autonomia,
proatividade, capacidade de análise, solução de problemas, avaliação de resultados e propostas
de mudanças no processo do trabalho. Você deverá estar preparado para o exercício de papéis
flexíveis e polivalentes, assim como para a cooperação e a interação, o trabalho em equipe e
o comprometimento com os resultados.
Soma-se, ainda, que a produção constante de novos conhecimentos e tecnologias exigirá
de você a atualização contínua de seus conhecimentos profissionais, evidenciando a neces-
sidade de uma formação consistente que lhe proporcione maior adaptabilidade e instrumentos
essenciais à auto-aprendizagem.
Essa nova dinâmica do mercado de trabalho vem requerendo que os sistemas de educação se
organizem de forma flexível e ágil, motivos esses que levaram o SENAI a criar uma estrutura
educacional com o propósito de atender às novas necessidades da indústria, estabelecendo uma
formação flexível e modularizada.
Essa formação flexível tornará possível a você, aluno do sistema, voltar e dar continuidade
à sua educação, criando seu próprio percurso. Além de toda a infra-estrutura necessária ao seu
desenvolvimento, você poderá contar com o apoio técnico-pedagógico da equipe de educação
dessa escola do SENAI para orientá-lo em seu trajeto.
Mais do que formar um profissional, estamos buscando formar cidadãos.
Seja bem-vindo!
Algumas pessoas têm dificuldades com o conceito de MASSA, porque, no uso cor-
rente, esta palavra pode significar um tamanho físico grande (“a massa de água” de
uma onda do mar) ou mesmo números grandes (a massa de pessoas” presentes a um
comício). No uso científico, porém, a massa de um objeto é uma medida direta da
quantidade de matéria desse objeto. Assim: um ovo de galinha tem mais massa que
um ovo de codorna.
SENAI - RJ
Matéria e
Substância 2
a Terra é ligeiramente achatada nos pólos, estes são mais próximos do centro da Terra
que qualquer ponto do equador.
Mais uma curiosidade: em português, o verbo pesar tanto pode significar determi-
nar massa, como determinar peso.
Moléculas e átomos
Molécula é a menor parte de uma substância. As moléculas são partes tão
pequenas, que não podem ser vistas mesmo com o auxílio dos microscópios.
Atualmente são conhecidos 103 tipos diferente de átomos. Cada tipo rece-
beu um nome e tem características próprias.
SENAI - RJ
3
Matéria e
Substância
Em volta desse núcleo gira um
número variável de partículas de carga
elétrica negativa – os elétrons – que rea-
lizam milhões de rotações por segundo.
Fig. 1
Fig. 2
SENAI - RJ
Matéria e
Substância 4
Dizemos, então, que o átomo está eletrizado ou ionizado.
SENAI - RJ
5
Matéria e
Substância
Medida da tensão elétrica
Vimos que, sempre que se modifica a estrutura dos átomos
de um corpo, este fica eletrizado. Se tivermos dois corpos com
cargas elétricas diferentes, haverá entre eles uma diferença de
potencial (d.d.p.) elétrico.
Corrente elétrica
Quando um átomo está ionizado, sua tendência é voltar ao
estado de equilíbrio. Evidentemente, um corpo eletrizado tende a
perder sua carga, libertando-se dos elétrons em excesso, ou procu-
rando adquirir os elétrons que lhe faltam. Conclui-se, então, que
basta unir corpos com cargas elétricas diferentes para que se esta-
beleça um fluxo de elétrons, que chamamos corrente elétrica.
SENAI - RJ
Matéria e
Substância 6
6 prótons, 4 elétrons: carga positiva 6 prótons, 8 elétrons: carga negativa
Fig. 3
Você sabe por que durante uma tempestade as nuvens acumulam as cargas neces-
sárias para produzir um raio? Qual a diferença entre raio e relâmpago? O que é o
trovão?
A maneira pela qual uma nuvem acumula a quantidade de cargas elétricas neces-
sárias para produzir um raio é um tema que ainda não foi totalmente compreendido.
Acredita-se que durante uma tempestade a queda e ascensão de partículas de gelo e
gotículas de água vão atritando as nuvens, formando em cada uma duas seções: uma
com cargas elétricas positivas, outra com cargas elétricas negativas. A seção positiva
fica sempre mais elevada que a negativa.
SENAI - RJ
7
Matéria e
Substância
Separadas nestas seções, as
+ + + + + +
cargas elétricas vão se acumulando
nas nuvens, até que o ar atmosférico
+ + + + + +
ofereça condições para seu esco-
amento. Inicialmente, esse escoa-
mento se dá entre as duas seções
de uma mesma nuvem ou entre uma – – – – – –
seção de uma nuvem para a seção – – – – – –
oposta de outra nuvem, fenômeno
que percebemos como um clarão nas a Terra ocorre outra descarga elétrica, em
nuvens, denominado relâmpago. ziguezague, que é o raio. Isso acontece
porque as nuvens mais próximas (cujas
Quase simultaneamente ao relâm-
cargas negativas estão voltadas para baixo)
pago, entre a nuvem mais baixa e
induzem cargas positivas na superfície da
Terra; assim, nuvem e Terra passam a fun-
cionar como duas seções de cargas opos-
tas, até que a atmosfera propicie a descarga
elétrica entre ambas. A temperatura dentro
de um raio é de cerca de 30.000ºC e aquecer
o ar com tamanha intensidade que este se
expande explosivamente, criando o estrondo
do trovão.
SENAI - RJ
Matéria e
Substância 8
Grandezas
Elétricas
Na realidade, a eletricidade é invisível.
luz
calor
choque elétrico
SENAI - RJ
Grandezas
Elétricas 2
Tensão e Corrente elétrica
Nos fios, existem partículas invisíveis chamadas elétrons
livres, que estão em constante movimento de forma desorde-
nada.
Amperímetro
O amperímetro (figura abaixo), é um aparelho destinado a realizar
medições da intensidade da corrente elétrica em ampère.
2 3
1 4
5
0
SENAI - RJ
3
Grandezas
Elétricas
Como a corrente elétrica pode também ser medida em microampère,
miliampère ou quiloampère, temos ainda:
Microamperímetro – desti-
200 300
nado a realizar medições da ampera- 10
0 40
0
gem em microampères; 50
∝A 0
0
Miliamperímetro – destinado
40 60
a realizar medições da amperagem 80
20
em miliampères; 10
0
mA 0
Quiloamperímetro – desti-
4 6
nado a realizar medições da ampera- 2 8
gem em quiloampères. 0 10
kA
SENAI - RJ
Grandezas
Elétricas 4
Outros modelos não têm necessidade de ser incluídos no circuito, pois
atuam pelo efeito magnético produzido pela passagem da corrente elétrica.
0 5
deve ser feita em ampère. Observe, depois,
A que o ponteiro está coincidindo com o
número 4 da escala; portanto, lemos I = 4A
(corrente é igual a 4 ampère).
SENAI - RJ
5
Grandezas
Elétricas
Por ser medida em ampère, costuma-se chamar a intensidade da
corrente elétrica de AMPERAGEM.
Quiloampère
Ampère Miliampère Microampère
ou Kiloampère
kA A mA ∝A
1∝A =
1kA = 1000A 1A 1mA = 0,001A
= 0,000 001A
1- Choque elétrico
SENAI - RJ
Grandezas
Elétricas 6
O choque mais grave é o que atravessa o tórax, pois afeta o coração. Nesse caso,
mesmo uma intensidade não muito alta da corente pode ser fatal. Por outro lado, uma
corrente de alta intensidade que circule de uma perna a outra pode resultar só em
queimaduras locais, sem lesões mais sérias.
O quadro abaixo mostra a porcentagem da corrente elétrica que passa pelo coração
em função do tipo de contato.
♥ ♥ ♥ ♥ ♥
10% 8% 3% 2% 0%
2 3 Voltímetro
1 4
5
O voltímetro é um aparelho destinado a reali-
0
V zar medições da tensão elétrica,em volts.
SENAI - RJ
7
Grandezas
Elétricas
Milivoltímetro – Destina-se a realizar medi-
200 300
ções da tensão elétrica em milivolts. 0 400
10
50
0
mV 0
0 10
kV
SENAI - RJ
Grandezas
Elétricas 8
Tabela de equivalência entre a unidade (volt), sues submúltiplos e seu
múltiplo.
Através de sinais elétricos que viajam pelo nosso sistema nervoso, o cérebro recebe
as impressões dos sentidos e envia instruções para os diferentes sistemas do corpo.
núcleo
Esquema do neurônio
SENAI - RJ
9
Grandezas
Elétricas
A extremidade de cada neurônio ramifica-se em estruturas chama-
das dendritos. Entre os dendritos de dois neurônios, há um minúsculo
intervalo, denominado sinapse, no qual se processa a comunicação
entre uma célula nervosa e outra. A transmissão da informação ner-
vosa, pela sinapse, acontece quimicamente, não eletricamente.
Quilovolt ou
Volt Milivolt Microvolt
Kilovolt
kV V mV ∝V
1∝V =
1kV = 1000V 1V 1mV = 0,001V
= 0,000 000 1N
Condutância
A facilidade que a corrente elétrica encontra, ao percorrer os
materiais, é chamada de condutância. Essa grandeza é represen-
tada pela letra G.
Resistência
Os materiais sempre oferecem certa oposição à passagem da
corrente elétrica. Essa dificuldade que a corrente elétrica encontra
ao percorrer um material é a resistência elétrica, normalmente
representada pela letra R.
SENAI - RJ
Grandezas
Elétricas 10
Todo material condutor de corrente elétrica apresenta certo grau de
condutância e de resistência. Quanto maior for a condutância do material,
menor será sua resistência. Se o material oferecer resistência, proporcional-
mente apresentará pouca condutância.
CONDUTÂNCIA RESISTÊNCIA
Maior resistência Menor condutância
COBRE
Sentido da corrente
PLÁSTICO
SENAI - RJ
11
Grandezas
Elétricas
Atualmente, a unidade empregada para medir a condutância é denomi-
nada SIEMENS representada pela letra S.
Ω
• até há pouco, era medida em MHO –
Condutância
• atualmente, é medida em SIEMENS – S
1
G= (condutância é igual ao inverso da resistência)
R
Vimos que a resistência elétrica é uma grandeza que tem por unidade de
medida o ohm.
Ohmímetro
Serve para medir a resistência eléletrica
30 20 10
em OHM (Ω). 20
0
100 5
0 2
30
0 0
Como a resistência elétrica pode ser 40
Ω
também medida em microhm, miliohm, qui-
loohm e megohm, teremos, para cada caso, os
seguintes aparelhos medidores:
SENAI - RJ
Grandezas
Elétricas 12
Microhmímetro – destina-se a medir a
30 20
0
100
10
5 resistência elétrica em microhm (µΩ) .
20
00 2
3
0 0
40
∝Ω
20
0
100 5 resistência em miliohm (mΩ).
00 2
3
0 0
40
mΩ
20
0
100
10
5 resistência em quiloohm (kΩ).
0 2
30
0 0
40
kΩ
30 20
Megôhmetro – destina-se a medir a
10
20
0
100 5 resistência em megohm(MΩ).
0 2
30
0 0
40
MΩ
SENAI - RJ
13
Grandezas
Elétricas
Observe que os OHMÍMETROS, normalmente, têm o início de suas esca-
las ao inverso dos voltímetros, ou seja, o zero (0) da escala está à direita.
6 30 20
4 100
10
2 8 200
5
0 2
30
10 40
0 0
0
V Ω
Ilustração A
no condutor.
SENAI - RJ
Grandezas
Elétricas 14
Ilustração B
0
100
10
5 teiro, o símbolo kΩ, que nos indica que a medida
20
2
deve ser lida em quiloohm. O ponteiro está coin-
0
30
0 0
40
kΩ cidindo com o número 5; por conseguinte, temos
uma resistência elétrica de cinco quiloohms.
R = 5kΩ
SENAI - RJ
15
Grandezas
Elétricas
Sistema de medida de resistência elétrica ®
SENAI - RJ
Grandezas
Elétricas 16
Condutores,
e Isolantes
Resistores
Todos os materiais oferecem uma certa oposição à passagem da corrente
elétrica.
Condutores,
Resistores SENAI - RJ
e Isolantes 2
Os elétrons livres são numerosos nos materiais condutores como a prata,
o cobre e o alumínio e praticamente inexistentes nos materiais isolantes, como
vidro, a borracha e a porcelana.
Veja o que pode acontecer se um marinheiro estiver de sapato com sola de borracha:
SENAI - RJ Condutores,
Resistores
3 e Isolantes
Para dois condutores de igual seção transversal e comprimentos diferen-
tes, as resistências serão diferentes.
A=5
B = 10
B S= 2mm2
ρL
R=
S
Condutores,
Resistores SENAI - RJ
e Isolantes 4
A resistividade pode ser determinada em várias dimensões. A dimensão
mais usada é o ohm por metro de comprimento e 1 milímetro quadrado de seção
transversal.
TABELA
MATERIAL RESISTIVIDADE
prata 0,016
cobre 0,017
alumínio 0,030
tungstênio 0,050
zinco 0,060
chumbo 0,220
niquelina 0,420
níquel-cromo 1,000
Coeficiente de temperatura
O coeficiente de temperatura da resistência é a razão com que a resitência de
um material varia por ohm e por grau de temperatura.
Observação:
O coeficiente de temperatura é simbolizado pela letra grega (α).
Um caso em que se aplica esta noção será apresentado no problema que
se segue.
SENAI - RJ Condutores,
Resistores
5 e Isolantes
Um fio de cobre tem 10ohm de resistência a 0ºC. Qual será a sua
resistência a 30ºC, sendo o coeficiente de temperatura a 0ºC igual a
0,00427?
Rt = R’t + (R’t • α • ∆ t)
∆ t - diferença de temperatura
alumínio 0,0039
antimônio 0,0036
cobre 0,00393
ouro 0,0034
chumbo 0,00387
níquel 0,0062
platina 0,003
prata 0,0038
tungstênio 0,005
zinco 0,0037
bronze 0,002
constantan 0,000005
Condutores,
Resistores SENAI - RJ
e Isolantes 6
Circuito
Elétrico
Circuito elétrico é o caminho percorrido pela corrente elétrica.
receptor
chave
fonte geradora
condutor
Circuito elétrico
Circuito
Elétrico SENAI - RJ
2
Componentes do circuito elétrico
Fonte geradora – é o componente onde a energia elétrica é gerada.
SENAI - RJ Circuito
Elétrico
3
Lei de OHM
A relação entre a tensão (E), a intensidade de corrente (I) e a resistência
elétrica (R) foi determinada por George Simon Ohm, cientista alemão. Em sua
homenagem, esta relação foi denominada lei de Ohm, e pode ser enunciada da
seguinte forma:
I R
No circuito (a) abaixo, uma resistência R submetida a uma tensão de 1,5V, é per-
corrida por uma corrente de 0,1A (indicada no amperímetro). Logo a seguir (circuito
(b)) duplicou-se a tensão, mas a resistência permaneceu constante.
a) b)
R R
A A
1,5V 3V
V V
Sabendo que:
tensão aplicada ao condutor
resistência elétrica do condutor =
corrente no condutor
Circuito
Elétrico SENAI - RJ
4
Isto é:
E
R= ou E= R • I
I
e considerando a resistência constante nos circuitos apresentados, teremos:
em (a):
E 1,5
R= = ⇒ R = 15Ω
I 0,1
em (b):
E 3,0
R= = ⇒ R = 15Ω
I 0,2
Circuito em série
Circuito em série é aquele cujos componentes estão ligados de tal modo,
que permitem um só caminho à passagem da corrente elétrica.
SENAI - RJ Circuito
Elétrico
5
A tensão total de um circuito em série é igual à soma das
tensões dos seus componentes.
E = e1 + e2 + e3 etc.
I = i1 = i2 = i3 etc.
Circuito em paralelo
Circuito em paralelo é aquele em que os receptores estão liga-
dos diretamente aos condutores da fonte. Dessa maneira, nesse cir-
cuito haverá vários caminhos para a passagem da corrente, sendo
cada receptor um caminho independente para essa passagem.
I = i1 + i2 + i3 etc.
Circuito
Elétrico SENAI - RJ
6
A tensão elétrica no circuito paralelo é igual nos bornes de todos os receptores.
E = e1 = e2 = e3 etc.
Resistência equivalente
Quando existem vários resistores num circuito, é importante determinar
a resistência equivalente do conjunto, isto é, a resistência única capaz de subs-
tituir a associação daqueles resistores.
Ligação em série
SENAI - RJ Circuito
Elétrico
7
Como sabemos, a resistência aumenta com o comprimento
(L) dos resistores. Assim, quando ligamos um conjunto em série,
estamos somando os comprimentos dos resistores. Deduzimos,
então, que a resistência equivalente (Re) do conjunto, será a soma
das resistências dos resistores (R). Como conseqüência, o valor de
Re será sempre maior que o valor de qualquer uma das resistências
da ligação.
Re = R1 + R2 + R3 + +
Ligação em paralelo
R1 R2 R3
Circuito
Elétrico SENAI - RJ
8
As diferenças são três e se referem à corrente elétrica, à ddp e á resistência
equivalente.
R ⇒
1) Re = quando os resistores forem de igual valor, sendo:
Rn
R – resistência de um dos resistores.
SENAI - RJ Circuito
Elétrico
9
Ligação mista
R3
R1 R2 R4
R5
1
Re = 1R11R2
1 1 1
1 1
R3 R4 R5
Circuito
Elétrico SENAI - RJ
10
Potência em
Corrente Contínua
Potência é a capacidade de realizar um trabalho em um determinado
tempo.
Sendo uma grandeza, a potência elétrica pode ser medida, sendo o watt,
representado pela letra W, sua unidade padrão de medida. É bom lembrar que
1W = 1 VA, ou seja 1 watt equivale a 1 volt/ampère.
P=E.I
onde:
Potência
Correnteem
Contínua SENAI - RJ
2
O motor representado no diagrama ao lado funciona com:
E= 12 V e I= 2,5A.
– E=12V
I=2,5A
V
M
SENAI - RJ Potência
Correnteem
Contínua
3
Cálculo da potência elétrica em corrente
contínua
Para o cálculo da potência elétrica em corrente contínua, usa-se a
fórmula:
P = E.I
da qual derivam:
P P
E= e I=
I E
sendo:
P = Potência elétrica em CC, medida em watt (W).
E= Tensão elétrica, medida em volt (V).
I = Intensidade de corrente elétrica, medida em ampère (A).
P=?
E = 24V
I = 5A
P=E.I ⇒ P = 24 x 5 ∴ P = 120W
P=E•I
E E•E E2
P=E• ⇒ P= ∴P=
R R R
Potência
Correnteem
Contínua SENAI - RJ
4
Calcule a potência do circuito abaixo.
I=?
• • • A •
V E=24V R=4.8Ω
• •
E2 242 24 3 24 576
P= ⇒ P= ⇒ P= ⇒ P= ∴ P = 120W
R 4,8 4,8 4,8
E2
Observação: Na realidade, usando a fórmula P = , faz-se a mesma
R
operação indicada em E • I
• • A •
I=5A
R=24Ω
•
Pelo que estudamos, sabemos que P = E . I . Pela Lei de Ohm, E = I . R , o que
permite encontrar o valor de E, multiplicando esses dois valores já conhecidos. Assim,
E = 5 x 24, ou seja, E = 120V.
SENAI - RJ Potência
Correnteem
Contínua
5
A partir desse valor de E, calcula-se P.
P = E . I ⇒ P = 120 x 5 ⇒ P = 600W.
P=E.I
Assim,
P = I .R. .I
Portanto, P = I . I . R, ou melhor: P = I2 . R.
P = I2 . R ⇒ P = 52 . 24 ⇒ P = 25 x 24 ∴ P = 600W.
P=E.I
E2
P=
R
P = I2 . R
Potência
Correnteem
Contínua SENAI - RJ
6
Potência
Mecânica
Iniciaremos o estudo deste assunto, com um exemplo.
Potência
Mecânica SENAI - RJ
2
Por que a bomba A foi mais eficiente, isto é, gastou menos tempo para
realizar o trabalho? Porque a bomba A tem maior potência que a bomba B.
Matematicamente, temos:
T(trabalho)
Potência mecânica =
t(tempo)
sendo trabalho igual ao produto da força pela distância, isto é: T = F • d
F•d
P=
t
SENAI - RJ Potência
Mecânica
3
Energia
Elétrica
Energia é a capacidade de um corpo ou sistema de corpos de realizar tra-
balho.
Essas formas de energia podem ser transformadas entre si, com o uso de
aparelhos especiais.
Por exemplo:
Energia
Elétrica SENAI - RJ
2
Dois aparelhos semelhantes, de potências diferentes, podem consumir a
mesma energia, isto é, realizar o mesmo trabalho, porém o mais potente o faz
em menos tempo.
Como vemos, a energia pode ser medida, isto é, ela é uma grandeza.
1000 Wh.
SENAI - RJ Energia
Elétrica
3
até agora estudados, os ponteiros do medidor não voltam a zero,
quando não há consumo de energia.
Exemplo:
Energia
Elétrica SENAI - RJ
4
substituído por parafina. Este antigo material e os pavios de algodão trançado conti-
nuam presentes nas velas atuais.
2- Você sabe por que a lâmpada se acende imediatamente após o interruptor ser
acionado?
SENAI - RJ Energia
Elétrica
5
Ímãs e
Magnetismo
Os ímãs e o magnetismo intervêm no funcionamento de inúmeros apare-
lhos elétricos. Daí a importância de seu estudo.
Além dos ímãs naturais, existem outros, produzidos por processos diver-
sos, aos quais damos nome de ímãs artificiais; possuem, em geral, poder mag-
netizante maior.
fim do
movimento
início do
movimento
Ímãs e
Magnetismo SENAI - RJ
2
• mantendoemcontatocomumímãoutrocorpoquetenhacapacidadepara
adquirir propriedades magnéticas; enquanto durar o contato, o corpo atua como
um ímã, atraindo os ferromagnéticos. Esse tipo de imantação é temporária.
N N N
ferro doce
limanhas
Em contato com um ímã, o ferro doce transforma-se em ímã temporário. Após o contato,
ele perde sua capacidade magnética e as limalhas se desprendem.
SENAI - RJ Ímãs e
Magnetismo
3
Se aproximarmos um ímã de uma bússola, notamos que o pólo norte da
bússola é repelido pelo pólo norte do ímã. O mesmo acontece com os pólos
sul do ímã e da bússola. Entretanto, o pólo norte do ímã atrai o sul da bússola,
enquanto que o pólo norte da bússola é atraído pelo sul do ímã. Assim, pode-se
afirmar que pólos magnéticos de mesmo nome se repelem; os de nomes con-
trários se atraem, ou seja, polaridades iguais se repelem e as diferentes se
atraem.
figura ao lado.
Em 1600, após concluir estudos decisivos com a bússola, William Gilbert deduziu
que o inteiror da Terra deveria ser formado por alguma espécie de rocha magnética,
provavelmente a própria magnetita que ele andara pesquisando.
Sabemos hoje que o núcleo de nosso planeta é formado por ferro e níquel sub-
metidos a altíssima temperatura e pressão. E ambos são facilmente magnetizáveis.
Teria pois, Gilbert acertado com sua dedução? Não, pelo simples fato de que qualquer
ímã perde suas qualidades magnéticas acima de certa temperatura, o ponto Curie,
Ímãs e
Magnetismo SENAI - RJ
4
readquirindo-as apenas quando a temperatura retorna a um valor menor que o de seu
ponto Curie. Considerando a elevada temperatura do núcleo da Terra, é muito impro-
vável que o ferro e níquel sejam os responsáveis pelo magnetismo terrestre.
Adaptado de: CROPANI, Ottaviano de Fiore di. O mundo da eletricidade. São Paulo:
Pau-Brasil, 1987. p. 18
Campo magnético
A região, em torno de um ímã, onde se exercem ações magnéticas é cha-
mada campo magnético. Espalhando limalhas de ferro no campo magnético
de um ímã, notamos que elas se dispõem segundo linhas bem definidas, que
denominamos linhas de força do campo magnético. As linhas de força, por
convenção, sempre se dirigem do pólo norte para o pólo sul do ímã.
SENAI - RJ Ímãs e
Magnetismo
5
A intensidade do campo
magnético não é igual em todos
os seus pontos, pois, à medida
que nos afastamos do ímã, tor-
nam-se raras as linhas de força. B A
magnetopausa
ondas de choque
no vento solar
mormagnético
magnetosfera
magnetopausa
Ímãs e
Magnetismo SENAI - RJ
6
elas formam nessas regiões dois “funis”de entrada para as partículas que, ao
deslizarem em massa para dentro desses funis, produzem as auroras boreais.
O vento de prótons emitido pelo Sol deforma a magnetosfera, achatando-a do
lado do Sol e alongando-a em cada cauda do lado oposto.
Eletromagnetismo
Embora a eletricidade e o magnetismo fossem considerados ramos inde-
pendentes da Física, no século XIX um professor dinamarquês – Hans Cristian
Oersted – mostrou que há íntima relação entre eles. De suas experiências ficou
comprovado que uma corrente elétrica é capaz de produzir efeitos magnéticos.
SENAI - RJ Ímãs e
Magnetismo
7
O campo magnético criado pela corrente que circula num
sentido das linhas
condutor é, em geral, muito fraco. Para aumentá-lo, enrola- de forças
1,25 NI
H=
1cm
1,25 – constante
N – número de espiras
I – intensidade de corrente
1cm – comprimento do solenóide em centímetro
As linhas de força N S
O número de linhas de força por cm2 num eletroímã com núcleo de ferro,
é bem maior do que em outro com núcleo de ar, em igualdade de condições de
ampère-espiras, isto é, a intensidade do campo magnético é maior no ferro que
Ímãs e
Magnetismo SENAI - RJ
8
no ar, ou seja, o ferro é mais permeável às linhas de força do campo magnético
do que o ar.
a - Paramagnéticos – ao serem
colocados em um campo magnético,
imantam-se de modo a provocar um
pequeno aumento no valor do campo,
em um ponto qualquer. Os ímãs tendem
a se orientar no mesmo sentido do
campo aplicado.
c - Ferromagnéticos – pequeno
grupo de substâncias existentes na natu-
reza que, ao serem colocadas em um
campo magnético, se imantam forte-
mente. O campo magnético que estabe-
lecem é muitas vezes maior do que o
campo aplicado.
SENAI - RJ Ímãs e
Magnetismo
9
No núcleo do ar de um bobina, a permeabilidade magnética é
chamada de intensidade do campo magnético (H), e no núcleo de
ferro, indução magnética (B). Essa última é medida em graus.
B=∝.H
Assim:
∅=BxS
sendo:
∅ = fluxo magnético, medido em maxwell.
B = indução magnética, medida em graus.
S = secção atravessada pelo fluxo, medida em cm2
bobina
guitarra elétrica
amplificador
Ímãs e
Magnetismo SENAI - RJ
10
As cordas são fios de aço. Quando elas vibram, a vibração é captada pela bobina,
que , então, tem seu campo magnético modificado. A ddp que aparece em torno da
bobina tem a mesma freqüência que a da corda vibrante. Uma vez amplificada, essa
ddp comanda um alto-falante eletrodinâmico, que, por sua vez, tem uma bobina móvel
no interior.
Histerese
Quando se coloca um núcleo de ferro numa bobina, na qual circula uma
corrente elétrica, ele adquire propriedades magnéticas (atração de substâncias
que contenham ferro), enquanto a corrente passar por ela. Cessada a passagem
da corrente, o núcleo conserva um pouco dessa propriedade (continua ligei-
ramente imantado), que se chama magnetismo residual (ou remanescente),
fenômeno também chamado de histerese. Para se desimantar totalmente o ferro,
é liberada certa energia, que se perde sob a forma de calor na massa do mate-
rial.
SENAI - RJ Ímãs e
Magnetismo
11
Indução
Eletromagnética
A corrente elétrica, ao circular através de um condutor (um fio), produz
em volta dele um campo magnético. A indução eletromagnética é o processo
pelo qual se produz uma corrente elétrica num circuito fechado, utilizando-se
um campo magnético.
S N
G
MOVIMENTO
Indução SENAI - RJ
Eletromagnética 2
O cientista inglês Michael Faraday, em 1831, comprovou a possibilidade
de se produzir uma F. E. M. (força eletromotriz) por meio da indução eletro-
magnética.
As baterias estão longe de ser as únicas fontes de f.e.m. Entre outros, contam-se
os geradores; dispositivos ativados por diferenças de temperatura (termocoplas etc.);
dispositivos ativados por luz; o coração humano; certos peixes.
Lei de Lenz
A corrente induzida em um circuito aparece sempre com um sentido tal
que o campo magnético que ela cria tende a contrariar a variação do fluxo mag-
nético através da espira.
SENAI - RJ Indução
3
Eletromagnética
2 – Se a corrente induzida é devida à variação do fluxo (3º
processo), observamos que o sentido da corrente em relação ao
fluxo ocorre do seguinte modo:
Observe:
MOVIMENTO
S N
CAMPO
FEM
Indução SENAI - RJ
Eletromagnética 4
com a lei de Faraday: na figura (a), existe um fluxo
ímã não
se move
magnético através da bobina, mas ele não está variando
a)
e o ímã está parado. Portanto, não há corrente induzida
não passa nas espiras; na figura (b), ao afastar-se o ímã, o fluxo
corrente
magnético através da bobina diminuirá, e esta variação
do fluxo faz aparecer uma corrente induzida, que o
ímã se afasta
amperímetro indica; na figura (c), aproximando-se o
ímã da bobina, o fluxo através dela aumenta e a cor-
b) rente induzida aparece em sentido contrário ao ante-
passa
corrente
rior, como indicado no amperímetro.
∆∅ 1
e= . volt
∆t 108
onde:
e – tensão induzida em volts
∆∅ – variação de fluxo a que foi submetido o condutor em maxwell
∆t – tempo de duração da variação em segundos
A constante 108= 100 000 000 representa a variação do fluxo por segundo
necessário para induzir, num condutor, uma tensão de 1 volt.
SENAI - RJ Indução
5
Eletromagnética
Em geral, nas máquinas e aparelhos eletromagnéticos, o fluxo é produzido
por eletroímã. Desse modo, podemos obter a variação do fluxo por movimento
do induzido ou do indutor, ou, ainda, por variação da corrente que circula no
enrolamento do indutor.
A tensão induzida num único condutor tem um valor muito baixo; por
isso, o induzido é constituído de bobinas; nelas a tensão induzida vale a soma
das tensões induzidas em cada um dos condutores, considerando-se como um
condutor um dos lados de uma espira.
Auto-indução
O campo magnético produzido por uma corrente elétrica que percorre
um circuito é capaz de induzir corrente não só nos circuitos próximos como
também em seu próprio circuito. A indução produzida por um circuito sobre si
mesmo recebe o nome de auto-indução ou “self-indução”.
corrente alimentando
Indução SENAI - RJ
Eletromagnética 6
ia
ânc
+ ind
ut
Quando a corrente aumenta, a
indutância tende a diminuí-la.
nte
rre
co
+
nte Quando a corrente diminui, a
rre
co ind indutância tende a aumentá-la.
ut
ân
cia
1 volt
Como = 1ohm,
1 ampère
pode-se escrever:
1 henry = 1 ohm/segundo
SENAI - RJ Indução
7
Eletromagnética
Por essa razão os ingleses usam, às vezes, a palavra “sec-
ohm”em vez de henry.
Corrente de Foucault
Se considerarmos o núcleo de um solenóide como sendo
metálico, qualquer variação no fluxo magnético induzirá nesse
uma corrente elétrica. Essas correntes têm o nome de correntes de
Foucault ou parasitas .
Indução SENAI - RJ
Eletromagnética 8
com correntes alternadas são constituídos de lâminas ou fios de material ferro-
magnético de alta resistividade.
a - freqüência da corrente;
b - volume da massa do núcleo;
c - espessura das lâminas;
d - material de que o núcleo é feito.
Corrente alternada
A tensão e a corrente produzidas por fontes geradoras podem ser contí-
nuas ou alternadas.
SENAI - RJ Indução
9
Eletromagnética
Representando, num gráfico, os valores
–
da corrente no eixo vertical e o tempo no hori-
zontal, determinamos uma curva, demons-
trando a variação da corrente alternada, como
se vê ao lado.
I máx.
nulo, crescendo até um valor máximo, caindo
novamente a zero. Nesse instante, a corrente
muda de sentido, porém seus valores são 1
Por exemplo:
Um motor absorve uma corrente de 5A, que é o valor eficaz. Esse valor é
expresso por:
Indução SENAI - RJ
Eletromagnética 10
Resistência, Indutância
e Capacitância
O comportamento dos circuitos e das máquinas elétricas é afetado pelos
seus componentes, cujo conhecimento é essencial para que o comportamento
de um sistema elétrico possa ser atendido.
1mH = 1H/1000.
placas
condutor condutor
dielétrico
sendo:
C – capacitância em farad
Q – carga adquirida em coloumb
E – tensão nas placas em volt
cia
acitân
cap Quando a tensão
são
aumenta, a ten Quando a tensão
capacitância tende a ca diminui, a
s ão reduzi-la. pa
capacitância tende a
ten cit
ân
cia aumentá-la.
90º E Máx. +
270º E Máx. –
E Máx.
E Máx. I Máx.
E Máx.
270º 360º
I Máx. 0º 90º 180º
α
XL = 2 π FL
XL – reatância indutiva em ohm
L – coeficiente de auto-indução, em henry (H)
F – freqüência em hertz
Reatância capacitiva
A capacitância produz, num circuito de corrente alternada,
um avanço da corrente em relação à tensão, tendo, portanto, efeito
contrário à reatância indutiva. Esse avanço é chamado reatância
capacitiva.
A era da Eletrônica não poderia existir sem os capacitadores. Eles são emprega-
dos, juntamente com outros dispositivos, para reduzir a flutuação de voltagem nas
fontes eletrônicas de tensão, para transmitir sinais por meio de pulsos, para gerar
ou detectar oscilações eletromagnéticas de radiofreqüência, para produzir atrasos na
propagação de sinais, e de muitas outras maneiras. Na maioria dessas aplicações,
a diferença de potencial entre as placas não é constante, mas depende do tempo,
freqüentemente de um modo senoidal ou pulsado.
Impedância
É o comportamento do circuito elétrico em função da resistência elétrica
(R), da reatância indutiva (XL) e da reatância capacitiva (Xc), considerando-se
cada um desses componentes isoladamente.
R=4 Ω XL=3Ω
90º
Como o ângulo de fase de R = 0º e de
XL = 90º, obtém-se o seguinte diagrama veto-
rial para os dois componentes: XL
0º
ORIGEM R
R=4Ω
Z2 = R2 + XL2
Assim,
Z = XL – Xc ou Z = Xc - XL
XL
origem
90º
90º
Xc
XL = IΩ
3Ω
origem 5Ω
Z=
R=4Ω
Xc=4Ω
E (tensão)
Conclui-se então que, em C. A. a equação é a impedância
do circuito, e não a resistência ôhmica (R). I ( corrente)
iT = iR = iL = iC
iR iL iC
iT = corrente do circuito
iT
iR = corrente no resistor
iL = corrente no reator (indutor)
iC = corrente no capacitor
IT = i1 = i2 = i3 ...etc.
ET=10V
Tensão no resistor ER = I x R = 2 x 4 = 8 V
Tensão no reator EI = I x XL = 2 x 3 = 6 V
Tensão no capacitor EC = I x XC = 2 x 6 = 12 V
EL
I
IL IR
XL R
E•f
E
IR=
R
E
ϕ
E I
IL=
XL
A impedância será:
E
Z=
I
IC IR IL
XC
E R XL
IC
(IC – IL)
I
E
IR
IL
Fator de SENAI - RJ
Potência 2
S Potência ativa (W) P V I cos ϕ
Q Fator de potência(fp) = = = = cos ϕ
potência aparente (VA) S VI
ϕ
P
1) Um motor de indução, cuja saída é de 2 HP, tem rendimento de 85%. Com essa
carga, o fator de potência é 0,8 atrassado. Determinar as potências de entrada. Consi-
derar 1HP = 745,70W
Percentual = 20 / 25 = 80%
Q permanece inalterado.
SENAI - RJ Fator de
3
Potência
Vários métodos são utilizados para suprir a necessidade de
reativos em um sistema elétrico. Capacitores podem ser conecta-
dos em paralelo com as cargas, suprindo reativo em avanço, para
compensar o fator de potência em atraso de motores ou outros
equipamentos indutivos, bem como os barramentos de subestações
para compensar os requisitos de reativo em atraso dos transforma-
dores e das linhas. Capacitores são também instalados nas linhas
de distribuição, para compensar os requisitos de reativo dos consu-
midores.
Para que funcionem, eles precisam ter uma parte de sua car-
caça magnetizada, a fim de que o rotor gire. Esta magnetização
é obtida pela circulação de corrente no motor sem que seja gasto
praticamente nada de energia ou seja, toda a energia que entra no
motor para magnetizá-lo sai na mesma quantidade sendo devol-
vida à rede, apenas alterada fasorialmente, sendo então chamada
de “reativa”. Desta forma não há um “gasto” de energia de forma
que se possa cobrar algo por ela.
Fator de SENAI - RJ
Potência 4
Por outro lado, esta quantidade de energia ocupa lugar em toda a rede,
limitando a quantidade final que esta pode transportar. Uma situação péssima
pois, em tese, poder-se-ia fornecer mais energia a mais consumidores, porém a
rede está ocupada com energia reativa.
6
acima do ponto zero, e a curva
5
é totalmente positiva. Durante o
tensão
4 em Volt novo eixo da potência primeiro semiciclo, a curva da
3 potência aumenta de zero até
corrente em
2 Ampère um máximo e retorna a zero, ao
+ 1 mesmo tempo que as curvas de E e
90º
0
180º 270º 360º –
I. Portanto, os valores instantâneos
Tempo da potência são iguais ao produto
dos valores instantâneos de E e I.
SENAI - RJ Fator de
5
Potência
No segundo semiciclo, as curvas de E e I são negativas,
porém a curva da potência continua positiva, porque o produto de
dois valores negativos é positivo (veja tabela).
Potência aparente E x I = VA
Fator de SENAI - RJ
Potência 6
Notamos que de 0º a 90º , E e I são positivos, logo, a potência é positiva
(+ x+ = +)
a - Resistivo–Indutivo;
b - Resistivo–Indutivo–Capacitivo.
+
Ângulo de fase 45º (potência positiva = potência nega-
tiva)
I
E
Potência aparente → E x I = V.A
0
Eixo da potência → potência real → E.I cos ϕ
SENAI - RJ Fator de
7
Potência
As mesmas relações trigonométricas que usamos nos cálcu-
los da impedância são usadas nos cálculos das potências.
S= potência aparente
S P = potência real
Q
Q = potência reativa
ϕ
P
S=
S = E. I
Q = S. sen ϕ
P = E. I. cos ϕ
Fator de SENAI - RJ
Potência 8
Circuitos
Trifásicos
Quando uma linha é formada por três condutores com tensões iguais entre
eles, porém defasadas de 120º , temos uma rede trifásica.
E1 E2 E3
E1
120º 120º
120º
E3 E2
Circuitos SENAI - RJ
Trifásicos 2
Quando ligamos a uma linha trifásica três elementos receptores, temos um
circuito trifásico.
A corrente que passa pela linha é a mesma que passa pelos elementos, isto
é, a corrente de linhas é igual à corrente de fase.
U V W FASE R
U
TENSÃO DE FASE
TENSÃO DE LINHA
X
X Y Z
Y Z
NEUTRO
V
W FASE S
FASE T
I = ILinha = IFase
O ponto comum aos três elementos chama-se neutro. Se, desse ponto, se
tira um condutor, temos o condutor neutro, que em geral, é ligado à terra.
SENAI - RJ Circuitos
Trifásicos
3
A relação entre elas é:
E = ELinha = EFase
Assim:
U 1 V 2 W 3
X 4 Y 5 Z 6
fig. 1
Z 6
U 1
W 3
X 4
V 2 Y 5
fig. 2
Circuitos SENAI - RJ
Trifásicos 4
Os elementos de um receptor trifásico são representados pelos seguintes
elementos:
Cada um desses elementos tem sua polaridade, que deve ser seu conser-
vada na ligação.
E = EF e I = IF
PWF = EF • IF • cosϕ
SENAI - RJ Circuitos
5
Trifásicos
A potência nas 3 fases será:
PW = 3 EF • IF cos ϕ
E = EF e I = IF
PWF = EF • IF • cos ϕ
e IF = I
e no triângulo
EF=E IF
PW = E • I cos ϕ •
PA = E • I
Circuitos SENAI - RJ
Trifásicos 6
Transformadores
Quando se torna necessário modificar os valores da tensão e da corrente
de uma fonte ou rede de energia elétrica, usamos um transformador.
Transformadores SENAI - RJ
2
mento secundário, uma FEM que será proporcional ao número de espiras do
primário (NP) e do secundário (NS). Essa proporção é chamada relação de
transformação.
sendo:
EP – tensão no primário
ES – tensão no secundário
IP – corrente no primário
IS – corrente no secundário
NP – número de espiras no primário
NS – número de espiras no secundário
PWS 3 100
PWP
SENAI - RJ Transformadores
3
A
V V
V A
Transformadores SENAI - RJ
4
Transporte
Energia Elétrica de
Uma das grandes vantagens da energia elétrica sobre as demais formas de
energia é a facilidade do seu transporte a grandes distâncias, sem perdas apre-
ciáveis.
Transporte de SENAI - RJ
Energia Elétrica 2
Para demonstrarmos a importância da transmissão em alta tensão, tome-
mos como exemplo o problema resolvido a seguir.
12 x 1,3 = 15,6Ω.
A solução para eliminar a perda seria elevar a tensão na fonte e abaixá-la no local
de utilização, usando-se transformadores para reduzir a corrente (I) da linha.
2% para a linha.
SENAI - RJ Transporte de
3
Energia Elétrica
Para a perda na linha teremos:
3 920 3 2 7 840
2% de 3 920 W = = = 78,4W
100 100
Nos cálculos, não consideramos outros fatores que contribuem para maior exatidão,
como F.P. dos transformadores e da carga, a reatância e capacitância da linha.
Transporte de SENAI - RJ
Energia Elétrica 4