Origem Da Osteopatia
Origem Da Osteopatia
Origem Da Osteopatia
PRINCÍPIOS DA OSTEOPATIA
a) – T12
b) – L3
I – As Linhas da Força
a) – A Linha Antero-Posterior:
A linha ântero-posterior tem sua origem ao nível do forame magno
do occipital, passa através do corpo de T11-T12, atravessa o processo
articular posterior de L4-L5 e o corpo de S1. Termina sobre o cóccix.
Seu papel é o de dar uma unidade à mecânica espinhal.
A linha antero-posterior é a placa giratória do movimento vertebral.
b) – A Linha Póstero-Anterior
A linha póstero-anterior tem sua origem na borda posterior do forame
magno do occipital, passa pela borda anterior de L2-L3 e termina
dividindo-se nos acetábulos.
C. A Linha da Gravidade
Tem sua origem no terço posterior do crânio, passa no processo odontróide,
nos processos transversos de C3, C4, C5, C6, e na frente do T4, através
dos corpos de L1, L2, L3, L4, do promontório sacro. Ela se divide em duas
medialmente, atravessando os quadris e os joelhos, para terminar na
articulação astragalonavicular.
A Coluna Lombar
A Coluna Torácica
- movimentos compridos:
- extensão, rotação (30º), lateroflexão (30º);
- flexão, lateroflexão, rotação
A Coluna Cervical
- movimentos compostos:
- extensão, lateroflexão (20º),
- flexão, rotação (70º), lateroflexão.
O Sacro
- movimentos compostos:
- flexão, lateroflexão, rotação;
- extensão, rotação, lateroflexão.
II – As Repercussões Capsuloligamentares
Ocasiona edema e fibrose, limitando de maneira crónica a
mobilidade articular.
IV – As Repercussões Fasciais
A lesão vertebral pode ser geradora de transtornos periféricos ao
nível do crânio, dos membros, do mediastino ou do abdómen. Esse
processo ocorre por intermédio das fáscias segundo uma organização em
cadeias anterior, anterior, posterior ou lateral
V – As Repercussões Musculares
Trata-se da hiperactividade gama supra e subjacente, assim como da
facilitação medular, que pode ser o ponto de partida das cadeias lesionais
neuromusculares, podendo afectar os membros.
VI – As Repercussões Nervosas
Pode-se produzir uma irritação dos elementos nervosos próximos e
neuropatias responsáveis por nevralgias.
A lesão vertebral provoca uma facilitação dos influxos nervosos
sensitivos-motores e neurovegetativos responsáveis por um transtorno da
função visceral.
A disfunção somática vertebral pode transtornar, de uma parte a
medula espinhal e de outra os glânglios laterovertebrais simpáticos.
I – O Grupo C1-C2-C3
Este grupo é muitas vezes o resultado de uma adaptação a uma lesão
craniana, e sobretudo a uma lesão C0-C1.
II – O Grupo C4-C5-C6
O transtorno deste grupo ocasiona problemas do tipo hipertensão
arterial essencial, algias dos membros superiores, problemas estomacais ou
respiratórios (diafragma + + +).
IV – O Grupo T3-T5
Seu transtorno provoca problemas cardíacos respiratórios, gastrites.
V – O Grupo T6-T7-T8-T9
Seu transtorno é responsável por sintomas digestivos: o grupo do
nervo grande esplénico (estômago, fígado, vesícula biliar, duodeno) e do
plexo solar.
VI – O Grupo T10-T11-T12-L1
Seu transtorno provoca problemas intestinais do tipo colite,
constipação intestinal, urinários (rins, ureteres). É igualmente as zonas das
hemorragias ginecológicas.
I – A Dor Óssea
A dor óssea é precisa, centrada sobre a vértebra danificada: a dor é
surda; contínua, aumenta com todos os movimentos.
II – A Dor Discal
A dor é aguda, se manifesta quando o peso do corpo se coloca sobre
o disco intervertebral danificado (posição sentada ou de pé).
Aumenta com a antelexão que provoca a retropulsão do disco, e
coloca em tensão o ligamento longitudinal posterior ricamente enervado.
A dor aparece imediatamente, sem tempo de latência. Ao nível lombar, esta
dor é aumentada pela tosse ou pelos esforços de defecação que elevam a
pressão intrabdominal e intradiscal.
IV – A Dor Muscular
Manifesta-se com os movimentos e está relacionada à contracção
muscular. O movimento doloroso indica o músculo lesado. O movimento
oposto, que coloca em tensão o músculo, é responsável por um rebote
causado por um espasmo muscular.
Pode existir uma dor referida a um ponto gatilho no seio do músculo.
V – A Dor Nervosa
A dor radicular é descrita como do tipo filiforme: o paciente pode
indicar o trajecto com o dedo.
A dor aumenta com certos movimentos, e às vezes, pelo apoio sobre
o processo transverso da vértebra implicada
A RADIOLOGIA
A radiologia em osteopatia tem vários objectivos:
. buscar as contra-indicações formais às manipulações + + .
. buscar informações úteis ao tratamento osteopático, ou seja, os
sinais radiológicos que podem levar a uma suspeita de uma disfunção
somática. Guardando-se das interpretações fantasiosas, não se pode
querer ler em uma radiografia o que não se pode ler: é difícil obter
informação sobre a mobilidade articular de uma imagem estática.
Sem dúvida, alguns sinais radiológicos são confiáveis. A imagem
radiológica é muito importante em casos de hérnia discal, pois pode dar
informações relevantes para as manipulações.
I) – As Contra-Indicações
O Pivô C2
A presença do processo odontoide, assim como a sua situação, impõe
a C2 um movimento máximo em rotação. O áxis é, portanto, a chave do
pescoço e a garantia da mobilidade do segmento cefálico. É o transmissor
número um do movimento autorizado pela dobradiça occipital C1-C2.
Se o pivô C2 suporta o segmento cefálico, é o atlas que faz a relação
entre eles, e que permite a adaptação aos movimentos antero-posteriores.
A lateroflexão existe para permitir o máximo de combinação dos
movimentos. É acima do pivô C2 que o mecanismo é mais importante.
Esse pivô de apoio C2 está em equilíbrio sobre sua vértebra subjacente C3.
disso resulta para o áxis as adaptações e as compensações mecânicas em
relação com C3.
O Pivõ C5
A posição do pivô C5 da coluna cervical lhe permite utilizar os eixos
horizontais do “tripé vertebral”. A flexibilidade cervical global lhe impõe,
sem dúvida, a máxima rotação possível, levando em conta as lateroflexões
impostas pela orientação das superfícies articulares. Nos movimentos
globais extremos da coluna cervical, é ao nível de C5 que as forças de
tensão e de contra-pressão são mais importantes. Essa é a razão maior pela
qual C5 apresenta sinais artrósicos frequentes.
Por outra parte C5 é o pivô inter-arco entre o pequeno arco superior
cervical (occipital - C4) e o arco médio (C6-C8) (ver capítulo a
biomecânica cervical).
As adaptações cervico-cefálicas necessitam a maior mobilidade
possível, em relação ao bloco torácico altamente rígido; elas passam pela
utilização correcta do pivô C5. a mobilidade de C5 é limitada por C4 e C6.
C4 pertence ao arco superior cervical e se apoia sobre C5 servindo-
lhe de pivô.
C6 é o início do arco cervicodorsal superior. E está suspensa à C5
servindo-lhe de apoio. C5 é então o local da mudança entre essas duas
curvaturas.
C5 sofre o máximo de forças e é importante obter uma boa
mobilidade assim como uma boa elasticidade das curvaturas supra e
subjacentes, antes de corrigir ou de ajustar C5.
É necessário não esquecer que as linhas antero-posteriores e póstero-
anteriores passam pelo corpo de C5. C5 é como C2 a vértebra cervical cujo
máximo de volume se situa na pirâmide superior.
A variação de altura dessa pirâmide vai pressionar C5 a suportar
maiores ou menores tensões anteriores, maiores ou menores compressões
posteriores.
É evidente que a sua função arrisca ser perturbada e que uma
fisiologia de compressão vai ser instalada.
AS PATOLOGIAS CERVICAIS
Compreende-se:
- as cervicalgias agudas;
- as cervicalgias subjacentes;
- as cervicalgias moderadas.
A – As Cervicalgias Agudas
B – As Cervicalgias Subagudas
Muitas vezes de origem inflamatória, maligna ou benigna:
- algias subaguda de origem artrósica;
- lesões inflamatórias;
- poliartrite crónica evolutiva;
- pelviespondilite reumática;
- espondilodiscite tuberculosa;
- reumatismo psoríasico;
- afecção maligna da coluna cervical;
- cancro vertebral;
- metástase;
- abcesso de Grisel.
GENERALIDADES
I – Generalidades
É uma articulação que possui anatomicamente dois eixos e que é
mecanicamente simples.
A clavícula é articulada com o manúbrio esternal, tal como o pino de
suspensão, rígido no seu conjunto, articulado às suas duas extremidades. O
pivô esternoclavicular é a garantia da mobilidade da clavícula. É o ponto de
apoio de todos os movimentos.
A clavícula controla as possibilidades mecânicas do ombro e do
braço. Ela é uma ligação importante entre o pescoço e o tórax.
II – A Biomecânica Osteopata
A – A Adaptação
Os pivôs ligamentares esternoclaviculares são os apoios da cintura
escapular. A predominância de um braço sobre o outro, e seus movimentos,
vão provocar uma torção das clavículas comparável à torção da pelve com
uma rotação anterior de um lado e uma rotação posterior do outro.
B – As Compensações
Estas são, sobretudo, os pivôs C2, C5, T3, T4, e 4ª costela, que
compensarão a esse nível.
C7-T1 é a articulação mais frequente lesada, em consequência da
alavanca constituída pela 1ª costela.
A lesão da clavícula provocará uma lesão da 1ª costela, ou
reciprocamente.
A ARTICULAÇÃO ACROMIOCLAVICULAR
A ARTICULAÇÃO ESCAPULOTORÁCICA
I – Os Movimentos da Escápula
Não são mais que deslizantes de músculos sobre músculos
A ARTICULAÇÃO ESCÁPULOUMERAL
AS PATOLOGIAS DO OMBRO
A maior parte das dores do ombro são devidas à lesão das estruturas
periarticulares próximas (cápsulas, tendões e músculos), ou distantes
(cervicais, cotovelos, etc.).
I – As Patologias Articulares
A – As Afecções Mecânicas:
- luxação;
- fracturas.
B – As Afecções Degenerativas:
- condrocalcinose;
- osteocondromatose;
- artrose glenoumeral.
C – As Lesões Inflamatórias:
- as artrites reumáticas;
- pelviespondilite reumática;
- pseudo-poliartrite rizomélica;
- omartrite infecciosa;
- escapulalgia;
- omatrite infecciosa asséptica.
D – As Afecções Raras:
- necrose epifisária dos mergulhadores;
- tumores benignos;
- tumores malignos primitivos;
- doença da Paget.
II – As Periartrites Escapuloumerais
A – O Ombro Frouxo:
1) Tendinite do supraespinhal;
B – O Ombro Bloqueado:
- sua origem é capsular.
C – O Ombro Rígido:
É um ombro dolorido e bloqueado. É uma combinação de patologia
tendinosa e capsular.
A FISIOPATOLOGIA DO OMBRO
B – Os Mecanismos
A cabeça está anterior em relação à glena da escápula e em rotação
interna, e está quase sempre associada a uma inferioridade da cabeça
umeral. Coloca em tensão os ligamentos coracoumeral e glenoumerais,
com irritação do tendão da porção longa do bíceps, criando uma tendinite.
Essa lesão é favorecida por uma hipotonoia do músculo
coracobraquial que não centra a cabeça umeral na glena.
A – A Etiologia
É quase sempre uma queda sobre a mão ou uma queda sobre o
cotovelo.
B – O Mecanismo
Produz-se uma sensação da cabeça umeral em relação à glena da
escápula, associada a uma lesão do anel glenóide, que é responsável por
uma dor invalidante, por ser uma lesão em imbricação.
Há sofrimento da bolsa serosa subdeltoidiana e tendinite do
supraespinhal.
A – A Etiologia
É produzida por um movimento de retropulsão forçada, associada a
uma antepulsão resistida (saque do ténis, por exemplo). Pode ser também
induzida por carregar peso, ou uma queda frontal com o braço alongado
para a frente, ou ainda uma queda lateral sobre o ombro.
B – Os Mecanismos
A escápula desliza para a frente, para cima e para fora. O acrômio
eleva a extremidade externa da clavícula.
A lesão vem acompanhada por espasmos musculares do trapézio
superior, do deltóide anterior, do feixe clavicular do grande peitoral.
A primeira costela é tracional para trás pela tensão do ligamento
costoclavicular. Há uma limitação da rotação-lateroflexão cervical do lado
homolateral.
A – A Etiologia
É produzida por uma queda sobre a parte anterior do ombro, ou uma
queda lateral sobre o combro, associada a uma retropulsão horizontal
forçada.
B – Os Mecanismos
É o inverso. A rotação posterior é acaompanhada por um espasmo de
trapézio superior e uma inibição do subclávio.
A primeira costela adota uma posição relativamente anterior em
razão da tensão sobre o ligamento costoclavicular.
Essa posição da costela limita a lateroflexão-rotação do pescoço do
lado oposto.
A – A Etiologia
B – Os Mecanismos
Distingue-se:
- uma crepitação na mobilização activa da cabeça umeral;
- uma dor na abdução e rotação externa;
- uma passagem dolorosa entre 60º a 80º de abdução.
Nota-se:
- uma dor na parte do ombro irradiando para o deltóide;
- movimentos dolorosos em abdução, antepulsão acima de 80º, e os
movimentos de abdução e rotação externa.
II – A Palpação
A articulação acromioclavicular é uma articulação subcutânea. A
clavícula faz uma saliência acima do acrômio. A articulação
acromioclavicular é portanto fácil de apalpar. O movimento do ombro faz
mover essa articulação, tornando-a assim muito fácil de ser localizada.
GENERALIDADES
A Anatomia
AS PATOLOGIAS DO COTOVELO
I – As Lesões Articulares
A – As Afecções Agudas
Uma dor aguda do cotovelo revela quase sempre uma origem
traumática (entorse, luxação e fractura).
C – As Afecções Inflamatórias
Artrites reumatóides (artrite infecciosa, artrite séptica, tumor branco do
cotovelo).
D – As Artropatias Nervosas
Elas são muito raras.
II – As Lesões Periarticulares
A – As Epicondilalgias Primárias:
- periartrite do cotovelo;
- bloqueio agudo radioumeral;
- condrite da cartilagem;
- sinovite por inflamação;
- bloqueio de uma franja sinovial;
- subluxação posterior da cabeça radial.
B – As Epicondilalgias Secundárias
A FISIOPATOLOGIA
A – As Causas Directas
Pode tratar-se:
- de problemas posturais;
- das torções ou rotações forçadas do antebraço;
- de um gesto violento não controlado muscularmente.
B – As Causas Indirectas
Pode tratar-se:
- de um problema cervical C5-C6;
- de uma lesão do ombro repercutindo sobre o cotovelo;
- de uma lesão de punho repercutindo igualmente ao nível do cotovelo.
A – A Articulação Umeroulnar
Pela flexão ou extensão em torno de um eixo frontal.
B – A Articulação Radioumeral
II – A Anotomia
O punho é composto de oito ossos do carpo dispostos em duas
fileiras, associados ao rádio e à ulna.
A primeira fileira compreende o escafòide, o lunato, o piramial, o
pisiforme.
A segunda fileira é composta do trapézio, do trapezóide, do capitato
e do hamato.
O punho compreende duas articulações principais.
A – A articulação Radiocárpica
É a mais importante articulação do punho. Ela é do tipo biaxial.
Sua face distal convexa compreende o escafóide, o lunato se articula
com o rádio e a ulna, o ligamento triangular e o piramidial associados aos
ligamentos interósseos.
A articulação é orientada para baixo, para a frente e para fora.
B – A Articulação Mediocárpica
È uma articulação atomicamente simples entre as duas fileiras do
carpo. A parte distal do escafóide se articula com o trapézio e o trapezóide.
A parte proximal de escafóide e o lunato se articulam com o capitato.
A – A Mão Artrósica:
- artrose radiocárpica;
- artrose carpo-metacarpofalangeana;
- artrose discal.
C – A Mão Psoriática
D – A Mão Reumática
E – A Mão Neuromuscular
- doença de Raynaud;
- Artrose.
F – A Mão Neurotrófica
- síndrome ombro-mão + + + .
II – A Patologia Analítica
A – O Punho
B – O Carpo
As lesões degenerativas:
- necrose do lunato.
As neurodistróficas:
- síndrome do canal carpiano;
- doença do Dupuytren;
- síndrome do canal Guyon.
Lesões infecciosas:
- o panarício;
- o flegmão ou inflamação das bainhas dos flexores;
- as articulações específicas.
Lesões degenerativas:
- nódulos de Heberden;
- reumatismo psoriático.
Artropatia gotosa:
- nódulos de Bouchard.
Lesões neurodistróficas:
- as acroparestesias;
- a esclerodermia.
D – O Polegar
I – A Lesão Radioulnar
Elas aparecem:
- associadas a uma lesão radioulnar;
- ou isoladas.
Trata-se sobre tudo das lesões de deslizamento dos ossos entre si:
- anteriormente, devido ao movimento de extensão;
- ou posteriormente, devido a um movimento de flexão.
O punho:
- a extensão = C6
- a flexão = C7
Os dedos:
- a extensão = C7;
- a flexão = C8;
- a abdução = T1;
- adução = T1.
O polegar:
- a flexão = C6-C7-C8;
- a abdução = C7;
- a adução = C8;
- a oposição = C6-C7;
- a oposição do 5º dedo = C8.
D: 112 – Os nervos periféricos ao nível da mão
O Exame da Sensibilidade
GENERALIDADES
A FISIOPATOLOGIA DO QUADRIL
As afecções do quadril podem ser classificadas em duas categorias:
- as doenças da articulação;
- as algias referidas.
I – As Patologias da Coxofemoral
A – Na Criança:
- as anomalias congénitas: luxações, subluxações e displasias;
- a doença de Legg-Perthes-Calvé;
- as coxites infecciosas agudas.
B – No adolecente:
- a epifisiólise da cabeça femoral;
- a coxa vara.
C – No Adulto:
- a necrose isquêmica da cabeça femoral;
- as coxites reumáticas;
- a doença de Paget;
- a coxartrose ou coxite.
D – As Afecções Raras:
- as coxites infecciosas;
- as fracturas por fadiga;
- as osteodistrofias metabólicas, a osteomalacia;- os tumores do
quadril.
II – As Algias Referidas
A – Próximas:
- abcesso;
- adenopatias;
- bursites do psoas;
-burcites troncanterianas.
B – As Estruturas Distantes:
- mecânica;
- degenerativa;
- inflamatória;
- ciática alta;
- meralgia parestésica;
- nefropatia.
Tipo Causas
Coxartrose Malformações congénitas:
Secundária - Luxação
- Subluxação
- Displasia
Deformações adquiridas por doença:
- Osteocondrite
- Epifisiólise
- Coxite “apagada”
Traumatismos:
- Fractura do colo
- Luxação
- Fractura do acetábulo
Coxartrose primitiva - No decorrer de uma poliartrose
- De causa não esclarecida
Coxites “Coxartrites” - No decorrer dos reumatismos inflamatórios
*PCE, SA, Rh. Psoriático
- Isolados, de origem primária
Protrusão acetabular primitiva - Causa desconhecida
Osteonecrose cervico capital - Secundárias: Hemofilia, anemia, *LED, Doença de
Gaucher, etc.
- Primarias: Causas não esclarecidas
Periartrite - Calcificantes (+ associadas à *PSA)
- Calcificantes
*LED – Lúpus Eritematoso disseminado
*PCE – Poliartrite crónica evolutiva
*PSA – Pelvispondilite anquilosante
Quadro 22: Classificação etiológica das patologias da coxofemoral
I – As Lesões Musculares
Essas são as lesões devidas aos espasmos musculares
A – O Iliopsoas
É o mais importante músculo da coxofemoral
1) O psoas
A etiologia das perturbações desse músculo é múltipla
2) O ilíaco
Esse músculo é perturbado em caso de lesões sacroilíacas ou de
disfunções L2-L3, ou ainda em caso de lesão visceral (válvula
ileocecal, vesícula).
B – O Piriforme
O piriforme, assim como o psoas, possui um papel primordial no
movimento respiratório primário. O piriforme se insere sobre o sacro. O
psoas pressiona a sacroilíaca que ele controla antero-posteriormente.
C – O Glúteo Médio
O problema mais frequente é a hipotonia. Esse músculo possui um
papel importante sobre a estabilidade do quadril.
E – Os Adutores
II – As Lesões Articulares
1) Etiologias
2) Mecanismos
A rotação externa da cabeça do fémur é fixada pelo espasmo dos
músculos seguintes:
- piriforme;
- psoas;
- quadrado femoral;
- pectíneo e feixe superior do adutor magno.
Existe compressão da articulação coxofemoral.
D – A Disfunção em Rotação Interna da Coxofemoral, Anterioridade
da Cabeça Femoral
1) Etiologia
Elas são igualmente múltiplas:
- lesões em compressão da coxofemoral;
- lesões sacroilíacas (ilíaco anterior);
- disfunção L4-L5-S1.
2) Mecanismos
A rotação interna da cabeça do fémur é fixada por um espasmo do
glúteo mínimo principalmente, mas também pelo feixe do glúteo médio.
Há compressão da articulação coxofemoral.
GENERALIDADES
A BIOMECÂNICA
AS PATOLOGIAS DO JOELHO
I – As Gonalgias Locais
A – As Gonalgias Agudas
1) As Gonalgias Pós-Traumáticas:
- por um choque directo;
- por um entorse (entorse simples, entorse com distensão
ligamentar, lesão do menisco e rompimento dos ligamentos
cruzados).
2) As Gonalgias Inflamatórias:
- os reumatismos articulares;
- as artrites purulentas;
- a osteomielite aguda;
- injecção intraarticular (cortisona);
- artrite úrica (gota).
B – As Gonalgias Subagudas
1) Mecânicas:
- entorse benigno;
- algoneurodistrofia.
2) Infamatórias:
- reumatismo articular agudo;
- tumor branco do joelho;
- artrite lúpica;
- a pelviespondilite reumática;
- tumoral: condroma, fibroma.
C – As Gonalgias Crónicas
- a gonartrose + + +;
- a meniscose do joelho;
- a condromalácia;
- a osteocondromatose do joelho;
- a osteocondrite dissecante;
- a necrose isquêmica;
- a doença de Pllegrini-Stieda;
- a tendinite de inserção;
- a condrocalcinose;
- a doença de Paget.
II – As Gonalgias das Proximidades:
Elas estão próximas ao joelho, colocando em jogo as estruturas
distantes.
A – As Estruturas Próximas:
- a tuberosidade da tíbia;
- a osteocondrite ou doença de Osgood-Schlater.
B – As Estruturas Distantes:
- a articulação do quadril;
- a coluna lombar;
- o pé;
- certas afecções neurológicas: esclerose e tabes.
A FISIOPATOLOGIA DO JOELHO
A – O Mecanismo
É uma lesão de abdução-adução que se produz quando os
movimentos menores de deslizamento lateral são exagerados por um
traumatismo. Ela necessita previamente de uma hipotonia do tensor da
fáscia lata, que autoriza os movimentos de lateralidade.
B – Os Sintomas
Existem dores:
- na parte interna do joelho;
- na flexão ou extensão do joelho;
- ao nível da patela.
A – O Mecanismo
É um falso movimento em flexão-rotação interna do joelho (rotação
do tronco com a tíbia fixa ao solo), lesando o ligamento cruzado anterior.
B – Os sintomas
Observa-se uma dor na extensão do joelho.
A – O Mecanismo
É um choque directo (queda sobre o joelho), que provoca uma lesão
importante do ligamento cruzado posterior, associado a uma hipotonia do
quadríceps.
B – Os Sintomas
Dores na flexão do joelho, durante o agachamento por hiperpressão
da patela. Associa-se igualmente dores ao nível da fossa poplítea por tensão
sobre os córtices condilares femorais.
A – O Mecanismo
É um traumatismo em torção transmitida para baixo a partir do
tronco ou do fémur pela tensão dos músculos rotatores do quadril. A tíbia
fica fixada ao solo pelo peso do corpo.
Essa lesão de rotação interna é quase sempre associada a uma lesão
em abdução.
B – Os Sintomas
Dores na parte externa do joelho e na parte interna da patela. O pé
gira para dentro em relação à patela, do lado lesado.
B – Os Sintomas
Há dores ao nível:
- da parte interna do joelho;
- da parte externa da patela;
- na flexão do joelho.
A – O Mecanismo
As lesões de posterioridade da articulação tibiofibular produzidas por
uma força de abdução do tornozelo que força a fíbula para cima, para
dentro e para trás.
Toda a lesão da fíbula repercutirá sobre o tornozelo e o joelho. Essa
lesão é responsável por um espasmo do bíceps e do fibular longo.
B – Os Sintomas
Observa-se:
- uma câimbra da panturrilha;
- uma dor externa do joelho;
- sensação de instabilidade do tornozelo.
VII – As Lesões dos Meniscos
A – Os Mecanismos das Lesões do Menisco Interno:
É uma lesão que ocorre quando o joelho não possui sua integridade
ligamentar.
O bloqueio do menisco não é uma lesão osteopática, é uma
verdadeira subluxação do menisco.
A causa mais frequente é uma torção do joelho em flexão que associa
uma adução e uma rotação externa. Durante o endireitamento do joelho a
partir dessa posição, o menisco interno é surpreendido e pinçado entre o
côndilo e a glena.
B – Os Sintomas
Observa-se um bloqueio do joelho em flexão:
- na lesão do corno anterior existe uma dor antero-interna, com
sensação de rompimento no lado interno;
- na lesão do corno posterior existe uma dor póstero-interna.
TRATAMENTO
OSTEOPÁTICO DO TORNOZELO E DO PÈ
GENERALIDADES
Distingue-se:
- o eixo externo: passa pelo calcâneo, o cubóide, e o 4º e 5º
metatarsos.
- o eixo de henké: ele é oblíquo de trás para a frente passando pelo
calcâneo, tálus e o navicular. Ele faz um ângulo de 42º com o eixo
horizontal.
- a linha de Schade: ela une a parte póstero-inferior da polia do tálus,
o centro do navicular, o primeiro cuneiforme e a cabeça do primeiro
metarso.
Quando o pé é plano, a linha está desviada para cima.
Quando o pé é calvo, a linha está desviada para baixo.
III – O Metatarso
Compreende-se os cinco metatarsos, que terminam nos dedos do pé.
Cada metartarso compõe-se de uma cabeça, um corpo, uma base. As
articulações metatarseanas são articulações do tipo antiartrose. Cada
metatarso se articula com seu cuneiforme correspondente, salvo o IV e o V
que se articulam com o cubóide.
A PATOLOGIA
I – A Patologia do Tornozelo
As afecções dolorosas do tornozelo
A – As Lesões Articulares
Distingue-se quatro grupos
1) As Afecções Mecânicas:
- os entorses;
- as fracturas.
2) As Afecções Degenerativas:
- a artrose;
- a condromatose.
3) As Afecções Inflamatórias
a) Agudas:
- a gota.
b) Subagudas e crónicas:
- a artrite reumática;
- o reumatismo articular;
- a lesão tuberculose;
- as artrites sépticas;
- a artrite gonocócia;
- a artrite micótica.
4) A Artropatias Nervosas:
- tabes;
- algoneurodistrofia.
B – As Lesões Periarticulares:
- tendinite de tendão de Aquiles;
- burcite pré ou subaquileana;
- ruptura parcial do tendão de Aquiles;
- tenosinovite dos músculos periarticulares;
- as inflamações das partes moles;
- as insuficiências circulatórias.
II – A Fisiopatologia do Pé
É necessário distinguir as dores do pé no seu conjunto e as dores nos
seus diferentes segmentos.
A – As Dores do Conjunto do Pé
As algias de origem estática:
- o pé plano;
- o pé cavo.
Distingue-se três grandes patologias principais
1) Doenças Reumáticas:
- poliartrite reumática;
- pelviespondilite reumática;
- síndrome de Fiessinger-Leroy-Reiter;
- reumatismo pós-anginoso;
- reumatismo articular agudo;
- artrite gonocócica.
2) Os Falsos Pés Inflamatórios:
- distrofia simpática de Sudek-Leriche;
- tabes;
- insuficiência venosa crónica.
3) Os Pés Vasculares:
- fístulas arteriovenosas congénitas;
- pés doloridos linfáticos;
- arterite obliterante crónica;
- doença de Raynaud + +;
- eritromelalgia paroxística de Weir-Mitchell;
- pé congelado.
B – As Algias Segmentares do Pé
1) As Talalgias:
- talalgias estáticas: posterior e palmar;
- tatalgias inflamatórias: poliartrite reumática, pelviespondilite
reumática;
- outras tatalgias: doença de Paget;
- osteocondrite do calcâneo.
2) As Patologias:
- as plantalgias estáticas: pé plano; cavo, em valgo, em varo,
aponeurite plantar;
- plantalgias inflamatórias: ver anteriormente.
3) As Metatarsalgias
a) Metatarsalgias estáticas:
- o hálux valgo;
- o antepé plano;
- hálux rígido;
- dedo em martelo;
- metatarsalgias de Thomas-Morton.
b) Metatarsalgias Inflamatórias:
- metatarsalgias agudas.
c) Metatarsalgias Subagudas
Distingue-se as grandes doenças reumáticas:
- a poliartrite reumática;
- a pelviespondilite reumática;
- a artrite infecciosa. Gonocológica ou bacilar;
- a osteoporose localizada;
- a escafoidite ou doença de Muller- Weiss;
- a pifisite da cabeça do 2º metatarso;
- a sesamoidite.
A FISIOLOPATOLOGIA
OSTEOPÁTICA DO TORNOZELO E DO PÉ
A – As Etiologias
B – Os Mecanismos:
A tíbia desliza anteriormente sobre o tálus.
Essa lesão é fixada por uma hipertonia do tibial anterior.
A – A Etiologia:
É uma supinação forçada com apoio na borda externa do pé.
B – Os Mecanismos
O tálus está em inversão forçada. Ele é antero-externo em relação ao
antepé e relativamente antero-interno em relação à tíbia. A fixação articular
localiza-se ao nível da articulação anterior entre o tálus e o calcâneo, e
entre a tíbia e o tálus.
A – A Etiologia:
A causa é uma flexão plantar-inversão forçada. É o mecanismo do
entorse do tornozelo.
B – Os Mecanismos:
O calcâneo é fixado em anterioridade e em inversão sobre a faceta
articular póstero-interna que se encontra em compressão.
A – A Etiologia
B – Os Mecanismos
B Os Mecanismos:
A borda interna do cubóide desce e conduz com ela o navicular.
Existe hipotonia dos fibulares com enfraquecimento do arco externo do pé
e dos tecidos moles plantares.
I – A Anamnese
No tratamento das algias do pé, é necessário eliminar um certo
número de causas e dores:
- uma lesão do nervo sensitivo (citalgias L5, S1);
- uma síndrome do nervo ciático poplíteo externo;
- outras neuropatias periféricas (síndrome do canal arsiano);
- as dores referidas a partir do esclerótomo, após as lesões
neurovasculares metaméricas de origem vertebral;
- as dores referidas a partir dos músculos;
- as dores referidas de origem visceral;
- um edema nos tornozelos nas cardiopatias ou nas lesões renais.
II – A Inspecção
A – Na Lesão Postero-Externa do Calcâneo
Nota-se um equilíbrio inadequado do pé, o calcanhar se encontra em
varo.
Existe hiperelasticidade do tornozelo e instabilidade. Observa-se uma
restrição em inversão. A dor se situa na parte interna do tornozelo ao nível
do sinus do tarso.
Encontra-se:
- um edema repetido quando o paciente está de pé;
- um deficit em flexão dorsal;
- uma dor ao subir as escadas;
- um desconforto local;
- uma sensação de instabilidade do tornozelo.
Observa-se as dores:
- à inversão;
- ao nível da borda externa do pé, irradiando para o quarto e quinto
metatarsos;
- ao nível da cabeça dos metatarsos (associadas a colosidades e
metatarsalgias).
Nota-se:
- as metatarsalgias;
- as calosidades;
- a doença de Morton.
III – A Palpação
IV – Os Testes de Mobilidade
AS CONTRA-INDICAÇÕES
E INDICAÇÕES EM OSTEOPATIA VISCERAL
I – As Contra-Indicações
Trata-se das patologias que não podem ser tratadas pela osteopatia,
ou que não podem ser melhoradas de forma durável:
- cancro digestivo (estômago e cólon);
- apendicite, peritônite;
- pólipos;
- megacólon;
- oclusão intestinal;
- estenose do piloro ou do esófago;
- síndrome de má absorção;
- cancro ginecológico, infecção ginecológica, micose;
- cancro dos rins…
II – As Indicações
- gastrite, úlcera em seu primeiro estágio, discinesias gastroduodenal,
hérnia hiatal;
- hepatite viral ou alcoólica, discinesia vesicular;
- colites, doença de Crohn, constipação;
- sequencia de infecções;
- consequência cirúrgicas;
- pielonefrites;
- dismenorréia, amenorréias secundárias, síndromes e bronquites;
- hipertensão arterial essencial.
A metodologia não é diferente daquela utilizada para a coluna ou
para o crânio. Consiste em estudar o tônus muscular pelo teste.
Goodheart estudou as relações entre os músculos e as vísceras:
- fígado: peitoral maior esternal, coracobraquial;
- vesícula biliar: poplíteo;
- flexura do cólon: tensor da fáscia lata;
- cardia-piloro: peitoral maior clavicular;
- duodeno: quadriceps;
- flexura duodenojejunal: recto
do abdómen;
- cécum: quadrado lombar;
- válvula ileocecal: quadrado lombar;
- cólon sigmóide: isquiostibiais;
- rins: iliopsoas;
- útero: piriforme;
- pulmão: deltóide;
- coração: subescapular.
O MOVIMENTO
RESPIRATÓRIO PRIMÁRIO DE SUTHERLAND