Memorial Descritivo Fossa Filtro Rev00

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 6

SENAI – SERVIÇO NACIONAL DE APRENSIZAGEM INDUSTRIAL

DEPARTAMENTO REGIONAL DE MATO GROSSO


CNPJ: 03.819.150/0001-10

MEMORIAL DESCRITIVO
SISTEMA DE TRATAMENTO DE ESGOTO DO SENAI ALTA
FLORESTA
SERVIÇO: PROJETO PARA EXECUÇÃO DE SISTEMA DE TRATAMENTO DE ESGOTO.
MODALIDADE: CONSTRUÇÃO
LOCAL: AV. PERIMETRAL DEP. ROGERIO SILVA, N.º 1.573, BAIRRO: JARDIM CAMÉLIA –
ALTA FLORESTA – MT.
PROPRIETÁRIO: SENAI – SERVIÇO NACIONAL DE APRENSIZAGEM INDUSTRIAL

RESPONSÁVEL TÉCNICO
Giulian Honorato Romão
Engenheiro civil
CREA MT 1214618847
FONE: (65) 3611-1640
EMAIL: engenharia@senaimt.com.br

CUIABÁ – MT
NOVEMBRO/ 2016 – REVISÃO 00

1
SENAI – SERVIÇO NACIONAL DE APRENSIZAGEM INDUSTRIAL
DEPARTAMENTO REGIONAL DE MATO GROSSO
CNPJ: 03.819.150/0001-10

1 CARACTERÍSTICAS DO EMPREENDIMENTO:

• ENDEREÇO: AV. PERIMETRAL DEP. ROGERIO SILVA, N.º 1.573, BAIRRO: JARDIM CAMÉLIA
– ALTA FLORESTA – MT.
• TIPO DE OBRA: Institucional / Educacional
• NÚMERO DE PAVIMENTOS: 01 (pavimento Térreo)
• DENSIDADE POPULACIONAL PREVISTA: 240 PESSOAS

2 ABASTECIMENTO DE ÁGUA

• PERÍODO CONSTRUTIVO: Ligação Provisória de Água;


• OCUPAÇÃO DEFINITIVA: Ligação definitiva de água através do abastecimento pela rede
pública, com consumo diário per capita estimado em 50 Litros/Pessoa/Dia.

3 PRODUÇÃO DE ESGOTOS

Em face da população acima descrita, o volume per capita na contribuição diária de esgotos será de 50
litros/pessoa/dia.

O sistema de tratamento primário e secundário compõe-se de TANQUE SÉPTICO, FILTRO ANAERÓBIO


DE FLUXO ASCENDENTE e posterior despejo na REDE PÚBLICA DE ESGOTO, conforme parecer da
CA-AFL 057-2016 emitida pela CAB Alta Floresta.

O destino do lodo residual produzido pelo sistema de tratamento de esgoto será de acordo com as normas
municipais, transportados por empresa credenciada e tem destino a estação de tratamento designada.

4 SISTEMA DE TRATAMENTO DE EFLUENTES SANITÁRIOS

4.1 APRESENTAÇÃO:
• O empreendimento localiza-se em uma região urbana, com ocupação mista (residencial e comercial);
• O efluente oriundo das chuvas terá o curso em seu ramal pluviométrico natural, sendo parte
absorvida pela área permeável e o restante coletado pelas sarjetas e sistema de coleta público.
• O empreendimento terá um conjunto de tratamento de efluentes previsto na área comum, onde será
tratado o efluente dos sanitários.
• A destinação do efluente restante do tratamento primário e secundário do esgoto será dada a rede
pública de esgoto.

2
SENAI – SERVIÇO NACIONAL DE APRENSIZAGEM INDUSTRIAL
DEPARTAMENTO REGIONAL DE MATO GROSSO
CNPJ: 03.819.150/0001-10

4.2 JUSTIFICATIVA DO PROJETO:


• Na região onde se localiza o empreendimento, há rede de esgoto urbano, porém sem sistema de
tratamento municipal para efluentes sanitários, tornando-se necessário a implantação de um sistema
de tratamento primário e secundário dos efluentes e posterior encaminhamento para à rede pública de
esgoto.
• O sistema de tratamento adotado pelo presente empreendimento será através de TANQUE
SÉPTICO, FILTRO ANAERÓBIO DE FLUXO ASCENDENTE e posterior despejo na REDE
PÚBLICA DE ESGOTO, conforme parecer da CA-AFL 057-2016 emitida pela CAB Alta Floresta.
• O projeto foi elaborado segundo a NBR 7229 da ABNT PROJETOS CONSTRUÇÃO E
OPERAÇÃO DE SISTEMAS DE TANQUES SÉPTICOS e pela NBR 13969, no
DIMENSIONAMENTO DO FILTRO ANAERÓBIO.
• O local de implantação dos referidos conjuntos segue o previsto na planta baixa e de implantação do
empreendimento.

4.3 CARACTERÍSTICAS

4.3.1 TANQUE SÉPTICO

• Unidade de sedimentação e digestão de fluxo horizontal e funcionamento contínuo, destinado ao


tratamento primário do esgoto sanitário a unidade é de seção prismática.
• O efluente bruto, nessa unidade, sofre ação de bactérias anaeróbias, parte da matéria orgânica sólida
é convertida em gases ou em substâncias solúveis, que dissolvidas em líquido contido na fossa será
lançada ao tratamento posterior, enquanto as partículas minerais sólidas depositam no fundo da fossa
formando o lodo.
• A TANQUE SÉPTICO será estruturada, para suportar a pressão hidrostática do empuxo.

4.3.2 FILTRO ANAERÓBIO


• O filtro anaeróbio destina-se ao tratamento secundário após o tratamento primário do TANQUE
SÉPTICO.
• A unidade é de forma retangular, constituída de leito filtrante de brita n° 4, completado com uma
lâmina d’água e bordo livre de 0,30m.
• As características construtivas seguem as mesmas do TANQUE SÉPTICO.

3
SENAI – SERVIÇO NACIONAL DE APRENSIZAGEM INDUSTRIAL
DEPARTAMENTO REGIONAL DE MATO GROSSO
CNPJ: 03.819.150/0001-10

4.4 MEMORIAL DE CÁLCULO

4.4.1 VOLUME E DIMENSIONSÕES DO TANQUE SÉPTICO


V = 1.000 + N (C . Td + K. Lf) SEGUNDO A NBR 7229/97
ONDE:
V = VOLUME ÚTIL DO TANQUE SÉPTICO, EM LITROS;
N = NÚMERO DE CONTRIBUINTES;
C = CONTRIBUIÇÃO DE DESPEJOS, EM LITRO/PESSOA X DIA (CONSIDERANDO AMBIENTE RESIDENCIAL)
Td = PERÍODO DE DETENÇÃO, EM DIAS;
K = TAXA DE ACUMULAÇÃO DE LODO DIGERIDO EM DIAS, EQUIVALENTE AO TEMPO DE ACUMULAÇÃO DE LODO;
Lf= CONTRIBUIÇÃO DE LODO FRESCO, EM LITRO/PESSOA X DIA ;

TANQUE SÉPTICO TS1


NÚMERO DE CONTRIBUIÇÃO CONTRIBUIÇÃO
TIPO DE
CONTRIBUINTES DIÁRIA DE DESPEJOS TOTAL
HABITAÇÃO
(N) (LITROS/PESSOA.DIA) (LITROS/DIA)
ESCOLAS (EXTERNATOS)
E LOCAIS DE LONGA 240 50 9.736
PERMANÊNCIA

CONTRIBUIÇÃO DIÁRIA
TIPO DE CONTRIBUIÇÃO TOTAL DE
LODO FRESCO
HABITAÇÃO LODO FRESCO (LITROS/DIA)
(LITROS/PESSOA.DIA) (Lf)
ESCOLAS (EXTERNATOS)
E LOCAIS DE LONGA 0,20 48
PERMANÊNCIA

DADOS ADICIONAIS:
TEMPO DE
INTERVALOS TEMPERATURA TAXA DE
DETENÇÃO DE
ENTRE LIMPEZAS MÉDIA DO MÊS ACUMULAÇÃO DE
DESPEJOS (DIAS)
(ANOS) MAIS FRIO (°C) LODO (DIAS) (K)
(T)
0,50 02 > 20 ºC 97

PORTANTO:
V = 1.000 + N (C . T + K. Lf)
V=1.000 + 240 (50 . 0,50 + 97 . 0,20)
V= 11.656,00 Litros

ENTÃO:
VOLUME
ÚTIL LARGURA COMPRIMENTO PROFUNDIDADE N° DE
FORMATO
CALCULADO (m) (m) ÚTIL (m) CÂMARAS
(m³)
PRISMÁTICO
12 2,05 4,00 1,80 2
RETANGULAR

4
SENAI – SERVIÇO NACIONAL DE APRENSIZAGEM INDUSTRIAL
DEPARTAMENTO REGIONAL DE MATO GROSSO
CNPJ: 03.819.150/0001-10

4.4.2 VOLUME E DIMENSIONSÕES DO FILTRO ANAERÓBIO

V = (1,60 . N . C . T) - SEGUNDO A NBR 13969/1997

ONDE:
V = VOLUME ÚTIL DO FILTRO ANAERÓBIO, EM LITROS;
N = NÚMERO DE CONTRIBUINTES;
C = CONTRIBUIÇÃO DE DESPEJOS, EM LITRO/PESSOA X DIA (CONSIDERANDO AMBIENTE RESIDENCIAL)
T = PERÍODO DE DETENÇÃO, EM DIAS;

PORTANTO:
V = (1,60 . 240 . 50 . 0,50)
V = 9.600,00 L
V = 10 m³
Para tratar esse volume de efluentes, optou-se pelo uso de um de filtro anaeróbio de fluxo ascendente com
duas câmaras simultâneas, recebendo cada unidade 50% dos despejos, ou V = 5 m³.

PORTANTO:
V= 5 m³ / Câmaras

CÁLCULO DAS DIMENSÕES DO FILTRO ANAERÓBIO (01 UNIDADE):


V = 10 m³
V = B x L x H.
31 = B x L x H
L=2xB
>>> 10 = B x 2B x H
Hadotado=1,20m
10 = 2B² x 1,20
B = (10/1,20/1)^0,5

BCALC = 2,89 M ADOTADO L=3,00


LCALC = 2,89 M ADOTADO L=3,00

ENTÃO:
Volume útil calculado (m³) Formato Largura Profundidade útil (m) N° de câmaras
(m)
10 PRISMÁTICO 3,00 1,20 01

Portanto, a câmara do filtro anaeróbio terá formato retangular, com as seguintes dimensões internas:
• Largura: 3,00m;
• Comprimento: 3,00m;

5
SENAI – SERVIÇO NACIONAL DE APRENSIZAGEM INDUSTRIAL
DEPARTAMENTO REGIONAL DE MATO GROSSO
CNPJ: 03.819.150/0001-10

• Altura total: 1,95 m, sendo altura: 0,20 m da laje de fundo, 1,20 m do leito filtrante, 0,10 m da altura
da calha, 0,30 m de bordo livre e 0,15 m de laje superior.

ESPECIFICAÇÃO E CONSIDERAÇÕES FINAIS


• Os tubos dos efluentes que integram o sistema de tratamento serão instalados com declividade
mínima de 0,5% e com diâmetro de 150 mm;
• O revestimento interno do tanque séptico e do filtro anaeróbio deverá ser tratado com
impermeabilização;
• Antes da partida do sistema, encher o tanque séptico e o filtro anaeróbio com água limpa a fim de se
aferir sua estanqueidade, com antecedência mínima de uma semana;
• O lodo e a escuma acumulados serão removidos com periodicidade de 02 anos;
• O efluente após ter sido tratado pelo sistema de tratamento proposto será enviado para a rede pública
de esgoto;

BIBLIOGRAFIA:

1. NBR 7229 - ABNT, “PROJETOS CONSTRUÇÃO E OPERAÇÃO DE SISTEMAS DE TANQUES


SÉPTICOS”.
2. NBR 13969/1997, “TANQUES SÉPTICOS – UNIDADES DE TRATAMENTO
COMPLEMENTAR E DISPOSIÇÃO FINAL DE EFLUENTES LÍQUIDOS – PROJETOS,
CONSTRUÇÃO E OPERAÇÃO”.
3. CREDER, HELIO - INSTALAÇÕES HIDRAULICAS E SANITÁRIAS, Ed LTC. RJ 1994.

____________________________________
Giulian Honorato Romão
Engenheiro civil
CREA MT 1214618847
FONE: (65) 3611-1640
EMAIL: engenharia@senaimt.com.br

Você também pode gostar