Apostila Ueg 2018
Apostila Ueg 2018
APOSTILA UEG
2019
REDAÇÃO, LÍNGUA ESTRANGEIRA, LINGUA PORTUGUESA, LITERATURA E
ARTES.
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Redação
Seguindo a tendência dos últimos processos seletivos da UEG, a prova apresenta três
propostas de construção textual: dissertação, narração e carta argumentativa. Para ajudar o
candidato na elaboração de sua redação, a prova traz uma coletânea de textos contendo
opiniões diversas sobre o tema, o que visa fornecer elementos para a sua reflexão sobre o
assunto abordado. Espera-se do candidato um tratamento crítico das informações e ideias
expressas na coletânea, articulando-as com suas experiências pessoais. Espera-se também que
ele demonstre capacidade de seleção e aproveitamento dos fragmentos textuais que lhe
servirão de apoio para o desenvolvimento da sua composição discursiva. Não se trata, assim, de
uma simples cópia ou de um comentário sobre a coletânea. Além disso, espera-se que a redação
do candidato esteja adequada à norma-padrão da língua portuguesa e, quando necessário, a
outras variantes linguísticas. Por fim, espera-se do candidato habilidade no uso de mecanismos
de coesão e coerência textuais, ou seja, domínio na articulação das ideias do texto de forma
lógica e clara, a partir do uso de conectores e operadores argumentativos, tais como conjunções,
pronomes relativos, tempos e modos verbais, entre outros. Seguem abaixo expectativas mais
específicas para o desenvolvimento do tema em cada uma das propostas apresentadas na prova.
PROPOSTA 1 – DISSERTAÇÃO
PROPOSTA 2 – NARRAÇÃO
A Banca espera que o candidato escreva um texto do tipo narrativo, do gênero crônica, em
primeira pessoa, a partir da seguinte situação: seu bairro está tomado por lixo de grande porte
e de toda natureza que a cada dia aumenta nas ruas e esquinas. Como presidente da associação
de moradores você convoca as famílias para decidir o que fazer com a produção e o excesso de
lixo. A partir da situação dada, espera-se que o candidato conte, em um texto em prosa, qual foi
a sua reação e a medida tomada diante do fato. A banca espera, também, que o candidato não
deixe de transmitir suas possíveis reflexões e impressões sobre a situação criada, obviamente,
relacionando-a com o tema desta prova.
PROPOSTA 3 – CARTA ARGUMENTATIVA
A Banca espera que o candidato se imagine na condição de leitor de um jornal ou revista de
circulação nacional e escreva uma carta de leitor emitindo seu ponto de vista − contrário,
favorável ou outro que transcenda os posicionamentos − a respeito da opinião exposta no Texto
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5 da coletânea. Além disso, esperasse que, ao concluir sua carta, o candidato NÃO a assine,
subscrevendo-a simplesmente com a expressão UM (A) LEITOR (A).
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Se você quer saber como fazer uma boa redação, o primeiro passo é esquecer os mitos de que
somente algumas pessoas levam jeito para escrever e são capazes de tirar boas notas em
vestibulares, concursos, etc.
Talvez você fique surpreso, mas para tirar nota máxima em uma redação basta seguir os
critérios da equipe avaliadora.
Existem muitos detalhes importantes que, quando obedecidos, fazem sua redação receber uma
excelente nota, mesmo que o texto não seja revolucionário ou digno de um prêmio Nobel. Os
corretores não estão procurando um texto inovador ou uma ideia espetacular, eles apenas
querem um texto organizado, coerente e fiel ao tema.
Não é difícil. Basicamente, para fazer sua primeira redação você vai começar colocando no papel
algumas ideias simples que você teve para escrever seu primeiro texto. Depois de escrever as
primeiras ideias, você vai estruturar essas frases no formato certo. Essa estrutura é
a organização do que vamos escrever. Uma boa redação é dividida
em introdução, desenvolvimento e conclusão. Então vamos ver como fica essa organização:
Introdução
É um parágrafo de 2 a 3 frases apenas. A gente só põe nela o básico, dizemos do que vamos
falar na redação.
Desenvolvimento
Pode conter de 2 a 4 parágrafos. É nele que a gente vai argumentar, discutir o tema da
redação.
Conclusão
É um parágrafo com 2, 3 ou 4 frases. É um fechamento do texto.
A introdução pode ser feita a partir da seguinte pergunta em relação ao tema: “o que eu penso
sobre isso?”
O desenvolvimento pode ser obtido por meio das perguntas: “como posso provar isso?”, “Quais
as causas disso?”, “Quais as consequências disso?”, “Como isso acontece?”, “De que forma posso
realizar isso?”.
E a pergunta da conclusão é: “Que lição pode ser tirada disso?”
A partir dessas respostas é que você vai organizar sua redação. Repare que estamos dividindo a
redação antes de começá-la, isso é muito importante. Os avaliadores não enxergam a redação
como um único texto fechado e compacto, eles analisam o texto por etapas, por isso que você
deve se preocupar com cada uma dessas etapas, para garantir que todas estão atendendo ao
que eles esperam. Não há como fazer uma boa redação de outra forma que não seja dividindo
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Observe que as frases acima não são muito grandes nem muito elaboradas. Isso tem um
motivo: a ideia aqui é que você coloque no papel a informação exatamente do jeito que
ela veio à sua cabeça. Nesse momento, não estamos preocupados com a estrutura do
texto, nem com a perfeição das frases, pois se você ficar “travado”, sem conseguir se
expressar no papel, corre o risco de perder um bom argumento, além de perder muito
tempo (talvez outras ideias relacionadas ao assunto sejam perdidas enquanto você
tenta formular um pensamento rico e elaborado).
Então o propósito aqui é simples: coloque no papel aquilo que veio à cabeça, pois
estamos apenas construindo nossos pilares. O próximo passo vai ser organizar os
argumentos que criamos.
Afinal, o mercado de chocolate movimenta muito dinheiro justamente pelo fato de que
muitas pessoas gostam de chocolate. Isso também motiva a criação de vários tipos
diferentes de chocolate, então o segundo argumento também pode ser incluído nesse
raciocínio. Já o primeiro argumento serve como um alerta. Portanto, um parágrafo para
nosso texto, contendo todas essas ideias, poderia ser:
tivemos lá no início. Esse processo sempre vai ser utilizado para garantir um texto fluido
e bem estruturado.
Muito bem, esse foi apenas um exemplo simples para você ter uma ideia de como um
parágrafo se constrói na prática. Obviamente, aqueles argumentos que criamos sobre
chocolate renderiam muitas outras frases e ideias, mas nosso objetivo era apenas
mostrar o conceito de criação de argumentos e elaboração do texto a partir desses
argumentos.
Da mesma forma que fizemos com esse exemplo, mostraremos o que mais precisa
levado em consideração.
Agora sim estamos preocupados com o texto da redação, pois antes estávamos apenas
preocupados em como construir argumentos para o tema. Fazer a redação é o segundo
passo; primeiro você precisa colocar os argumentos no papel, como já comentamos.
Esse detalhe acaba pegando muitos alunos no contrapé, pois tentar fazer uma redação
do início ao fim diretamente é muito mais difícil e arriscado. Você fica sujeito a cometer
muitos erros como fuga do tema, falta de coerência e conexão, etc.
O que vamos fazer nos próximos artigos é ensinar como você deve construir uma introdução,
um desenvolvimento e uma conclusão, pois cada uma dessas etapas requer cuidados e
atenções especiais. Esses cuidados são simples, mas fazem toda a diferença na sua nota final.
Fora da ficção, é fato que a realidade apresentada por Orwell pode ser relacionada
ao mundo cibernético do século XXI: gradativamente, os algoritmos e sistemas de
inteligência artificial corroboram para a restrição de informações disponíveis e para
a influência comportamental do público, preso em uma grande bolha sociocultural.
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Portanto, é mister que o Estado tome providências para amenizar o quadro atual.
Para a conscientização da população brasileira a respeito do problema, urge que o
Ministério de Educação e Cultura (MEC) crie, por meio de verbas governamentais,
campanhas publicitárias nas redes sociais que detalhem o funcionamento dos
algoritmos inteligentes nessas ferramentas e advirtam os internautas do perigo da
alienação, sugerindo ao interlocutor criar o hábito de buscar informações de fontes
variadas e manter em mente o filtro a que ele é submetido.
É fato que a tecnologia revolucionou a vida em sociedade nas mais variadas esferas,
a exemplo da saúde, dos transportes e das relações sociais. No que concerne ao uso
da internet, a rede potencializou o fenômeno da massificação do consumo, pois
permitiu, por meio da construção de um banco de dados, oferecer produtos de
acordo com os interesses dos usuários.
Sob esse âmbito, a internet usufrui dessa vulnerabilidade e, por intermédio de uma
análise dos sites mais visitados por determinado indivíduo, consegue rastrear seus
gostos e propor notícias ligadas aos seus interesses, limitando, assim, o modo de
pensar dos cidadãos. Em meio a isso, uma analogia com a educação libertadora
proposta por Paulo Freire mostra-se possível, uma vez que o pedagogo defendia
um ensino capaz de estimular a reflexão e, dessa forma, libertar o indivíduo da
situação a qual encontra-se sujeitado – neste caso, a manipulação.
Cabe mencionar, em segundo plano, quais os interesses atendidos por tal controle
de dados. Essa questão ocorre devido ao capitalismo, modelo econômico vigente
desde o fim da Guerra Fria, em 1991, o qual estimula o consumo em massa. Nesse
âmbito, a tecnologia, aliada aos interesses do capital, também propõe aos usuários
da rede produtos que eles acreditam ser personalizados.
Desse modo, é imperiosa uma ação do MEC, que deve, por meio da oferta de
debates e seminários nas escolas, orientar os alunos a buscarem informações de
fontes confiáveis como artigos científicos ou por intermédio da checagem de dados,
com o fito de estimular o senso crítico dos estudantes e, dessa forma, evitar que
sejam manipulados.
Existem diversas palavras e frases para começar uma redação. A introdução é uma
forma interessante de atrair a atenção do seu avaliador ou leitor comum. Por isso, é
crucial que você dedique tempo e atenção às primeiras palavras do seu texto.
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Vamos começar pelas frases mais adequadas para iniciar uma redação. Acompanhe:
Hoje em dia…
No passado…
Atualmente…
Observando o cenário…
Basta olhar para um passado próximo…
Talvez seja difícil dizer o motivo pelo qual…
Comenta-se, com frequência, a respeito de…
Atualmente, observa-se que…
É fácil falar sobre…
É difícil abordar…
Ao se examinarem alguns… verifica-se que…
Convém lembrar …
É de fundamental importância…
É indiscutível que…/ inegável que…
Muito se discute a importância de…
No século …
É de conhecimento geral que…
Levando-se em consideração os aspectos…
Todos sabem…
Poucos sabem…
Muito se debate, hoje em dia…
Muitos duvidam…
A história afirma…
Apesar de muitos acreditarem que…
Pode-se afirmar que, em razão de…
Cogita-se, com muita frequência de…
Dado o exposto da pesquisa tal…
Todos sabem que, em nosso país, há tempos, observa-se…
Ao contrário do que muitos acreditam …
Muito se tem discutido, recentemente, acerca de…
Ao analisar os fatos…
Não raro, toma-se conhecimento…
Percebe-se que…
Em virtude do cenário atual…
Em vista da atual situação…
Se você observam bem…
Levando-se em conta às últimas notícias…
Em virtude do que foi mencionado pelo especialista tal…
Em face da realidade…
Você precisa saber que…
Alguns argumentam que…
Dentre os inúmeros motivos que levaram…
Ao olhar para trás…
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Além das frases de efeito que podem iniciar uma redação, há também as formas de
conduzir uma argumentação para envolver o leitor. Veja algumas possibilidades:
Alusão à História
É comum iniciar uma redação falando sobre o que diz a História. À luz do conhecimento
qualquer tema fica mais interessante. É possível mencionar guerras, conflitos,
conquistas e revoluções para iniciar uma redação.
Também é possível instigar o seu leitor por meio de uma oposição a uma ideia. É uma
forma interessante, mas que precisa ser bem fundamentada para não se perder logo de
cara. Evite opiniões pessoais, traga apenas ideias.
Citação
Você também pode começar uma redação fazendo uma citação de alguém
importante. Mas atenção: cuidado com citações muito polêmicas e que atualmente não
são aceitáveis. Prefira mencionar especialistas, políticos, historiadores, cientistas,
antropólogos ou sociólogos.
Pesquisa
Nada mais sólido do que mencionar pesquisas em uma redação. Além de impressionar
o avaliador, você pode capturar a atenção do leitor comum. Mas, cuidado com a fonte
de pesquisa. Ela precisa ser idônea e séria.
Estatísticas
Definição
O dicionário é sempre um amigo leal de quem escreve e na hora de fazer uma redação
ele pode ser seu melhor aliado. Defina as palavras do seu tema e você dificilmente errará
na escolha da sua introdução.
Contrapontos
Que tal começar logo polemizando? Mas, calma! Tudo dentro de um padrão. Você pode
trazer na sua introdução duas correntes opostas ao tema e assim atrair o leitor para a
sua conclusão sobre a polêmica.
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Argumento
Essa é a forma mais tradicional de iniciar uma redação. É com um bom argumento que
você vai agradar seu professor ou avaliador. Nesse sentido, você tem que estar bem
certo sobre seu argumento para não acabar se contradizendo durante o texto.
Questionamento
Você pode deixar uma pergunta ao leitor logo de cara. Isso vai fazê-lo se envolver com
o seu tema e buscar uma resposta ao longo do texto para responder ao questionamento
introdutório.
Cite personalidades
Algumas pessoas importantes ou famosas podem fazer parte da sua introdução. Tudo
com muita parcimônia e seriedade. Contudo, evite frivolidades ou celebridades. Prefira
políticos, escritores, esportistas poetas, especialistas, cientistas e outras personalidades
respeitadas na área do tema.
Explore os sinônimos
Os sinônimos são sempre bem-vindos em uma redação. Isso porque, ao invés de ficar
repetindo a mesma palavra dezenas de vezes, é possível usar expressões diferentes
que tem o mesmo significado.
Esse tipo de estratégia mostra que você conhece bem a língua portuguesa e sabe
desenvolver um texto de forma dinâmica.
Os adjetivos também são grandes aliados na hora de fazer a redação. Por meio deles, é
possível descrever de maneira mais detalhada situações, fatos e objetivos.
Contudo, é preciso ter cuidado ao usar essas palavras. O excesso pode transmitir que
você está apenas enrolando e que não há conteúdo relevante no texto.
Palavras de transição
Esses termos são usados para conectar frases, orações, expressões ou parágrafos.
Basicamente, são eles que dão sentido à união, deixando o texto bem mais claro.
De acordo com
Por outro lado
Em síntese
Antes de mais nada
Sob o mesmo ponto de vista
Ademais
Saiba como fazer uma boa introdução, que informe o que seu texto abordará e não
que deixe o leitor confuso ou enganado. Vamos te ensinar quais frases clássicas podem
ser usadas pra te ajudar a tirar uma boa nota.
Faça alusão histórica ou citação filosófica e tome cuidado com as expressões que
podem ser consideradas clichês, afinal é muito louvável ler uma redação que foge do
que é comum e todos já falam.
INGLÊS
10 dicas de Inglês para o Vestibular e Enem
As expressões How many e How much são utilizadas na língua inglesa para fazer
perguntas relacionadas à quantidade. How much é utilizado quando se está falando de
coisas incontáveis, como leite, água, dinheiro. Já a expressão How many faz referência
a coisas que podem ser contadas, sendo que geralmente é utilizada para substantivos
no plural.
Verbos modais se diferenciam dos demais verbos da língua inglesa. São suas características:
3. Few/Little
De um modo geral, as palavras few e little podem ser traduzidas como “pouco”. Então,
como diferenciá-las? Few refere-se a palavras no plural, ou seja, expressa a ideia de
“poucos” ou “poucas”, como few people, que quer dizer “poucas pessoas”.
Já little transmite a ideia de “pouca” ou “pouco”, se relacionando a palavras no
singular. Little food, que quer dizer “pouca comida”.
4. Anything/Something/Nothing
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Anything
Em frases negativas a palavra anything significa nada. Em frases afirmativas passa a
significar qualquer coisa. Já em frases interrogativas significa alguma coisa.
Exemplo de frase interrogativa: Did you see anything? – Você viu alguma
coisa?
Exemplo de frase negativa: I didn’t see anything. – Eu não vi nada.
Exemplo de frase afirmativa: You can take anything. – Você pode pegar
qualquer coisa.
Something
É utilizado em frases afirmativas com o significado de algo ou alguma e em frases
interrogativas significando alguma coisa.
Exemplo de frase afirmativa: I know something about her. – Eu sei algo sobre
ela.
Exemplo de frase interrogativa: Do you need something? – Você precisa de
alguma coisa?
Nothing
A palavra nothing não possui um significado exato. Ela tem a função de tornar as frases
afirmativas em negativas.
5. Too/To
6. Falsos Cognatos
Como já foi dito anteriormente, os falsos cognatos são palavras em inglês que se
parecem com palavras em português, mas possuem um significado diferente. Confira
na tabela abaixo os principais falsos cognatos da língua inglesa:
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O que parece
Atualmente Na verdade
Antecipar Prever
Fábrica Tecido
Jornal Diário
Lanche Almoço
Novela Romance
Parentes Pais
Puxar Empurrar
7. Your/You’re
A expressão you’re é uma contração das palavras you are, que significa você é ou você
está. Já a palavra your é um pronome possessivo da segunda pessoa do singular,
referindo-se a alguma coisa que pertence à pessoa com quem está se falando.
9. Good/Well
10. Than/Then
Amadeu Marques fez um estudo detalhado de todas as edições das provas de inglês no
ENEM e identificou as 50 palavras mais comuns e organizamos aqui para você conferir:
Substantivos
freedom = liberdade
novel = romance
publisher = editor(a)
law = lei
partner = sócio(a)
Adjetivos
dead = morto
strong = forte
greater = maior
ashamed = envergonhado
Locuções Verbais
Locuções Nominais
Locuções Nominais
1. the
o, a, os, as
The best day of my life O melhor dia da minha vida
The most beautiful girl A menina mais bonita
The basketball players Os jogadores de basquete
The girls As meninas
exatamente
milk is the medicament for you leite é (exatamente) o medicamento para você
Algumas expressões:
the more the better quanto mais, melhor
the sooner the better quanto antes, melhor
2. of
de, do, da
The walls of the room As paredes do quarto
a look of pity um olhar de piedade
are you sure of it? você tem certeza?
he is one of them ele é um deles
of course naturalmente, claro!
the three of us nós três
3. and
e
You and me Você e eu
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11. he
ele
He is my friend Ele é meu amigo
He is here Ele está aqui
Where is he? Onde está ele?
he who… aquele que…
12. was
foi, era, estava (passado do verbo to be)
I was there Eu estava lá
It was good Foi bom
She was my friend Ela era minha amiga
I was rewarded Eu fui recompensado
13. for
para
We have a present for you Temos um presente para você
They died for their country Eles morreram pela pátria
may I hold the umbrella for you? posso segurar o guarda-chuva para você?
Books for children Livros para crianças
por, por causa de
He was punished for stealing Ele foi condenado por ter roubado
14. on
em, na, sobre
on the table na mesa
on the right/left à direita/esquerda
on the river à margem do rio
on the telephone ao telefone
they got on a bus eles subiram no ônibus
Algumas expressões:
and so on e assim por diante
come on! venha, vamos
go on! continue, prossiga
hold on! segure-se
15. are
ser, existir
21
21. at
em, no, na
at home em casa
at the shop na loja
at the bus stop no ponto de ônibus
at 10 o’clock às dez horas
to be good at mathematics ser bom em matemática
one at a time um por vez
22. be
ser, existir
to be busy estar ocupado
to be careful ser cuidadoso
to be in a hurry estar com pressa
to be able ser capaz, poder
be that as it may seja como for
23. this
este, esta, isto
this is my friend este é meu amigo
this story is very interesting esta história é muito interessante
this is what happened foi isto que aconteceu
all this tudo isto
24. have
ter, haver, possuir
I have many friend Eu tenho muitos amigos
They have a lot of money Eles têm muito dinheiro
to have a try experimentar
have a look at it dê uma olhada nisso
have a nice trip! boa viagem!
25. from
de, proveniente de
far from here longe daqui
where are you from? de onde você é?
different from diferente de
from above de cima
from now on de agora em diante
26. or
ou
either you or he ou você ou ele
whether you know it or not quer você saiba, quer não
behave or else you may go comporte-se ou vá embora
27. one
um, uma, o número um
every one cada um
no one ninguém
one and only único
one by one um por um
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52. up
para cima
keep your head up mantenha a cabeça erguida (literalmente: mantenha a cabeça
“para cima”).
she turned the volume up ela aumentou o volume (“turn up” = aumentar)
time is up o tempo acabou
to get up levantar-se (da cama)
to stand up ficar em pé
53. other
outro, outra
other people outras pessoas
other ideas outras ideias
one after the other sucessivamente, um após o outro
in other words em outras palavras
on the other hand por outro lado
54. about
sobre, a respeito de
I was thinking about you eu estava pensando em vocês (“pensando sobre você”)
a book about ancient Greece um livro sobre a Grécia antiga
what is she talking about? sobre o que ela esta falando?
his opinion about this topic is… a opinião dele sobre o assunto é…
55. out
fora
get out of my way saia do meu caminho
out of business retirado (fora) dos negócios
out of danger fora de perigo
out of sight longe da vista / fora de visão
to go out sair (no sentido de sair de casa para fazer alguma coisa)
56. many
muitos, muitas
too many muito / demasiado
how many? quantos?
many people muitas pessoas
the solution to many of our problems a solução para muitos dos nossos problemas
one of my many errors um entre meus diversos (muitos) erros
57. then
depois, em seguida, então
till then até lá
if that is so then… se é assim, então…
then why don’t you say so? então por que você não diz?
if it rains, then we can’t go se chover, (então) não podemos ir
take your first right, then turn left at the light dobre na primeira à direita e então
dobre à esquerda no sinal
58. them
os, as, lhes, a elas, a eles, deles
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62. her
lhe, a ela, seu, sua, a
I saw her eu a vi
what is her name? qual é o nome dela?
her parents will visit soon os pais dela farão uma visita em breve
it’s her turn to play é a vez dela jogar
she bought her own house ela comprou sua própria casa
63. would
Usado junto com outros verbos para formar verbos que terminam em “-ria”. Exemplos:
would like gostaria
would go iria
would play jogaria
would you like some coffee? você gostaria de um pouco de café?
would you like to dance with me? você gostaria de dançar comigo?
he knew he would be late ele sabia que se atrasaria
you would look good in a tuxedo você ficaria bonito de terno
64. make
fazer
make lunch fazer o almoço
make a delicious sauce fazer um molho delicioso
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71. two
dois (número)
One, two, three… Um, dois, três…
The two os us nós dois
Two-edged swordEspada de dois gumes
to kill two birds with one stone Literalmente: “matar dois pássaros com uma pedra
só” (em português dizemos “matar dois coelhos com uma cajadada só”)
72. more
mais, maior quantidade
I want more Eu quero mais
more and more cada vez mais/mais e mais
never more nunca mais
once more mais uma vez
73. write
escrever
I will write a letter to him Eu vou escrever um carta para ele
I want to learn to write in English Eu quero aprender a escrever em inglês
to write down anotar
74. go
ir
It’s time to go home É hora de ir para casa
Let’s go! Vamos!
to go back voltar/retornar
Let me go! Solte-me!
on the go em movimento, em atividade
75. see
ver, enxergar
I can’t see Não consigo ver
I see things differently now Agora estou vendo as coisas com outros olhos (de forma
diferente)
I don’t see the good of doing that Não vejo a razão para fazer isto (Literalmente: “Não
vejo o bom de fazer isto”)
let me see! deixe-me ver!
76. number
número, algarismo
the number one o número um
telephone number número de telefone
even number número par (em matemática)
77. no
não
Sorry, the answer’s no. Desculpe, a resposta é não.
Another drink? No, thanks. Mais uma bebida? Não, obrigado.
by no means de forma alguma
no doubt não há dúvida
Are you ready? No, I’m not. Você está pronto? Não, não estou.
78. way
via, caminho, modo, maneira
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LÍNGUA PORTUGUESA
Funções da Linguagem
É muito interessante observar que para manter uma comunicação não é preciso usar a fala e
sim utilizar uma linguagem, seja, verbal ou não-verbal.
Tipos de Textos
Os tipos de textos, são classificados de acordo com sua estrutura, objetivo e finalidade.
De maneira geral, a tipologia textual é dividida em: texto narrativo, descritivo,
dissertativo, expositivo e injuntivo.
Texto Narrativo
A marca fundamental do Texto Narrativo é a existência de um enredo, do qual se desenvolvem
as ações das personagens, marcadas pelo tempo e pelo espaço.
Assim, a narração possui um narrador (quem apresenta a trama), as personagens (principais e
secundárias), o tempo (cronológico ou psicológico) e o espaço (local que se desenvolve a
história).
Sua estrutura básica é: apresentação, desenvolvimento, clímax e desfecho.
Texto Descritivo
O Texto Descritivo expõe apreciações e observações, de modo que indica aspectos,
características, detalhes singulares e pormenores, seja de um objeto, lugar, pessoa ou fato.
Dessa maneira, alguns recursos linguísticos relevantes na estruturação dos textos descritivos
são: a utilização de adjetivos, verbos de ligações, metáforas e comparações.
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Texto Dissertativo
O Texto Dissertativo busca defender uma ideia e, logo, é baseado na argumentação e no
desenvolvimento de um tema.
Para tanto, sua estrutura é dividida em três partes fundamentais:
tese (introdução): define o modelo básico para apresentar uma ideia, tema, assunto.
antítese (desenvolvimento): explora argumentos contra e a favor.
nova tese (conclusão): sugere uma nova tese, ou seja, uma nova ideia para concluir sua
fundamentação.
Os textos dissertativos-argumentativos, além de ser um texto opinativo, buscam persuadir o
leitor.
Discurso Direto
No discurso direto, o narrador dá uma pausa na sua narração e passa a citar fielmente a
fala do personagem.
O objetivo desse tipo de discurso é transmitir autenticidade e espontaneidade. Assim, o
narrador se distancia do discurso, não se responsabilizando pelo que é dito.
Pode ser também utilizado por questões de humildade - para não falar algo que foi dito
por um estudioso, por exemplo, como se fosse de sua própria autoria.
Características do Discurso Direto
Utilização dos verbos da categoria dicendi, ou seja, aqueles que têm relação com o verbo
"dizer". São chamados de "verbos de elocução", a saber: falar, responder, perguntar,
indagar, declarar, exclamar, dentre outros.
Utilização dos sinais de pontuação - travessão, exclamação, interrogação, dois pontos,
aspas.
Inserção do discurso no meio do texto - não necessariamente numa linha isolada.
Conotativo e Denotativo
O sentido conotativo é aquele em que a palavra encontra significado a partir do
contexto em que é empregada, é o sentido figurado. Enquanto que o
sentido denotativo é o mesmo que encontramos no dicionário, o emprego original e
literal da palavra.
Portanto, a linguagem denotativa é mais objetiva, direto ao sentido estreito do vocábulo
ou expressão. Já na linguagem conotativa há mais espaço para interpretações ou
associações.
PRESSUPOSTOS E SUBENTEDIDOS
Pressupostos
Pressupostos são informações que, como o próprio nome diz, se pressupõe de outras
informações adicionais. Elas são facilmente identificadas e compreendidas a partir de
expressões ou até mesmo palavras presentes nas orações.
Assim, o pressuposto se destaca por permitir que o leitor consiga identificá-la por meio
do implícito. O pressuposto, dessa maneira, se torna verdadeiro e irrefutável por estar
presente na oração.
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Exemplos de pressupostos
Subentendido
Eles podem ser verdadeiros ou não, além de serem facilmente refutáveis. Isso se deve
ao fato de depender única e exclusivamente de quem interpreta o texto.
Exemplos de subentendidos
horário.
Semântica
A semântica é o ramo da linguística que estuda os significados e/ou sentido dos
vocábulos da língua. Do grego, a palavra semântica (semantiká) significa “sinal”.
De acordo com duas vertentes, “sincrônica” e “diacrônica”, a semântica é dividida em:
Semântica Descritiva: denominada de semântica sincrônica, essa classificação indica o
estudo da significação das palavras na atualidade.
Semântica Histórica: denominada de semântica diacrônica, se encarrega de estudar o
significado das palavras em determinado espaço de tempo.
A fim de conhecer as palavras apropriadas para empregá-las em determinados
discursos, recorremos à semântica, ou seja, a significação dos termos.
Para isso, alguns conceitos são basilares para o estudo das significações, a saber:
Sinonímia e Antonímia
Os sinônimos designam as palavras que possuem significados semelhantes, por
exemplo:
andar e caminhar
usar e utilizar
fraco e frágil
Do grego, a palavra sinônimo significa “semelhante nome” sendo classificados de acordo
com a semelhança que compartilham com o outro termo.
Os sinônimos perfeitos possuem significados idênticos (após e depois; léxico e
vocabulário). Já os sinônimos imperfeitos possuem significados parecidos (gordo e
obeso; córrego e riacho).
Os antônimos designam as palavras que possuem significados contrários, por exemplo:
claro e escuro
triste e feliz
bom e mau
Do grego, a palavra “antônimo” significa “nome oposto, contrário”.
Leia Sinônimos e Antônimos.
Paronímia e Homonímia
Homônimos são palavras que ora possuem a mesma pronúncia, (palavras homófonas),
ora possuem a mesma grafia (palavras homógrafas), entretanto, possuem significados
diferentes.
São chamados de "homônimos perfeitos", as palavras que possuem a mesma grafia e a
mesma sonoridade na pronúncia, por exemplo:
37
Morfossintaxe
Sinonímia/antonímia
LITERATURA
Diferenças entre linguagem literária e linguagem não literária
Gêneros literários
Conto
Um conto é uma narrativa que cria um universo de seres, de fantasia ou acontecimentos. Como
todos os textos de ficção, o conto apresenta um narrador, personagens, ponto de vista e um
enredo
Fábula
As fábulas são composições literárias curtas, escritas em prosa ou versos em que os personagens
são animais que apresentam características humanas, muito presente na literatura infantil.
Apólogo
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Apólogo é uma narrativa que busca ilustrar lições de sabedoria ou ética, através do uso de
personagens inanimados com personalidades diversas. Servem como exemplos os clássicos
apólogos de Esopo e de La Fontaine. Serve como texto moralizante não explicito na narrativa
"apólogo"
Parábola
Narrativa alegórica que transmite uma mensagem indireta, por meio de comparação ou
analogia. Parábola é uma pequena narrativa que usa alegorias para transmitir uma lição moral.
As parábolas são muito comuns na literatura oriental e consistem em histórias que pretendem
trazer algum ensinamento de vida. Possuem simbolismo, onde cada elemento da história tem
um significado específico.
Crônica
Na literatura e no jornalismo, uma crónica ou crônica é uma narração curta, produzida
essencialmente para ser veiculada na imprensa, seja nas páginas de uma revista, seja nas
páginas de um jornal ou mesmo na rádio.
Novela
Uma novela, em português, é um gênero literário que consiste em uma narrativa breve, sendo,
porém, maior do que um conto e menor do que um romance. Também se caracteriza por
apresentar uma espécie de concentração temática em torno de um número restrito de
personagens.
Poemas de Forma Fixa
Os poemas de formas fixas são poesias do gênero lírico. Eles seguem sempre a mesma
regra segundo a quantidade de versos, estrofes e o esquema de rimas.
Métrica é a medida ou quantidade de sílabas que um verso possui. A divisão e a contagem das
sílabas métricas de um verso são chamadas de ESCANSÃO, que não é feita da mesma forma que
a divisão e contagem de sílabas normais, pois, segundo a Versificação:
2) Quando duas ou mais vogais se encontram no fim de uma palavra e começo de outra,
e podem ser pronunciadas simultaneamente, unem-se numa só sílaba métrica. Quando
essas vogais são diferentes, o processo chama-se elisão e quando são vogais
idênticas, crase.
Ex: E|la+es|ta|va|só (Elisão) e fo|ge+e|gri|ta Crase)
1 2 3 4 5 1 2 3
3) Geralmente, como acontece na divisão silábica normal, os elementos que formam um ditongo
não podem ser separados e os elementos que formam um hiato devem ser separados na
escansão de um verso. No entanto, se o poeta precisar separar os elementos de um ditongo
(diérese) ou unir os de um hiato (sinérese), ele tem LICENÇA POÉTICA para que sua métrica dê
certo. O mesmo acontece se ele precisar contar também até a última sílaba átona do verso.
O ritmo é ternário descendente quando há um som forte seguido de dois sons fracos
(FORTE/fraco/fraco):
“Fá|ti|ma|diz|que|não|to|ma|nem|pí|lu|la” (D.Pignatári)
Os versos que não seguem as normas da Versificação quando à métrica e/ou ao ritmo
são chamados de VERSOS LIVRES.
Som ou RIMA também é para os antigos um elemento essencial para que um poema
seja uma POESIA. A rima é a identidade e/ou semelhança sonora existente entre a
palavra final de um verso com a palavra final de outro verso na estrofe. Foneticamente,
uma rima pode ser perfeita - se houver identidade entre as terminações das palavras
que rimam (neve/leve) – ou imperfeita, se houver apenas semelhança (estrela/vela).
Morfologicamente, a rima é pobre quando as palavras que rimam pertencem à mesma
classe gramatical (coração/oração), e rica quando as palavras que rimam pertencem
a classes gramaticais diferentes (arde/covarde).
Quanto à posição na estrofe, as rimas podem ser classificadas como:
Os elementos estruturais de uma narrativa são: enredo, ação, tempo, espaço, foco
narrativo, personagem e recursos de expressão utilizados pelo narrador.
O gênero dramático se diferencia dos outros principalmente pelo fato de não ser um texto
escrito para ser lido, e sim representado. Dessa forma, sua estrutura é também muito singular.
Veremos alguns traços importantes a serem observados nesse gênero. A primeira questão é que
o texto escrito para ser encenado possui duas estruturas, não apenas uma como nos demais.
Aqui falamos em estrutura interna e estrutura externa do texto.
Na estrutura externa do texto dramático, encontramos o ato, que é a grande divisão do texto
que decorre num mesmo espaço, e a cena, que é a subdivisão do ato, determinada pelas
entradas e saídas das personagens.
O gênero dramático é uma arte que consiste, entre outros aspectos, na representação do real
através da imitação - de gestos expressões, sentimentos, atitudes e situações, através de
linguagem não verbal e linguagem verbal, oral relacionados com um determinado contexto
situacional. Para que isso ocorra, é necessária a presença de um locutor (aquele que emite a
mensagem), de um interlocutor (ou ouvinte), que recebe a mensagem. E isso é muito claro na
representação teatral. Os principais meios utilizados para que essa comunicação aconteça são a
linguagem oral, a linguagem escrita e a linguagem não verbal.
- Apartes: quando a personagem faz comentários para o público, que assim passa de ouvinte a
interlocutor passivo.
Como o texto dramático é escrito para ser representado, temos então uma hibridização das
artes. A literatura funde-se com a arte cênica para que o espetáculo aconteça e para que o
público se emocione. Dessa forma, alguns aspectos externos à arte literária devem ser
considerados.
Um desses aspectos é o espaço teatral, que é o próprio palco e os cenários nele contidos. O
tempo é outra questão importante, já que deve ser breve diante da apresentação que deve
acontecer. As personagens são encorporadas pelos atores da peça. A linguagem, por sua vez, é
predominantemente verbal e objetiva, predominando os diálogos, podendo aparecer, no
entanto, os monólogos e os apartes.
Na paráfrase as palavras são mudadas, porém a idéia do texto é confirmada pelo novo
texto, a alusão ocorre para atualizar, reafirmar os sentidos ou alguns sentidos do texto
citado. É dizer com outras palavras o que já foi dito. Temos um exemplo citado por
Affonso Romano Sant'Anna em seu livro "Paródia, paráfrase & Cia" (p. 23):
Texto Original
Paráfrase
Este texto de Gonçalves Dias, “Canção do Exílio”, é muito utilizado como exemplo de
paráfrase e de paródia, aqui o poeta Carlos Drummond de Andrade retoma o texto
primitivo conservando suas idéias, não há mudança do sentido principal do texto que é
a saudade da terra natal.
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Paródia
A paródia é uma forma de contestar ou ridicularizar outros textos, há uma ruptura com as
ideologias impostas e por isso é objeto de interesse para os estudiosos da língua e das artes.
Ocorre, aqui, um choque de interpretação, a voz do texto original é retomada para transformar
seu sentido, leva o leitor a uma reflexão crítica de suas verdades incontestadas anteriormente,
com esse processo há uma indagação sobre os dogmas estabelecidos e uma busca pela verdade
real, concebida através do raciocínio e da crítica. Os programas humorísticos fazem uso contínuo
dessa arte, freqüentemente os discursos de políticos são abordados de maneira cômica e
contestadora, provocando risos e também reflexão a respeito da demagogia praticada pela
classe dominante. Com o mesmo texto utilizado anteriormente, teremos, agora, uma paródia.
Texto Original
Paródia
Na frase acima, a pessoa está querendo dizer que gosta de ler as obras de Maurício de
Souza, e não ler o autor, o que seria impossível.
Sinestesia
A sinestesia é o jogo da mistura das sensações. Quando na mesma oração o autor realiza
o cruzamento de diferentes sentidos humanos.
Sinestesia é uma figura de linguagem muito utilizada em livros e poesias em geral. É
muito comum também notar sua presença em letras de música.
Perceba no exemplo abaixo:
“Ela sentiu o sabor frio da derrota”
Na frase acima, a sensação de frio que sentimos nos tatos foi direcionada para o paladar
(sabor). De fato, não podemos sentir o sabor do “frio”, por isso ocorreu um cruzamento
de sensações na frase, o que configura uma figura de linguagem sinestesia.
Catacrese
A Catacrese é um tipo de recurso muito interessante. Tal figura de linguagem ocorre
quando atribuímos um “nome” a algo que não possui um nome específico, fazendo
referência a outras coisas e objetos.
Um ótimo exemplo seria o “céu da boca” ou a “asa da xícara”. Perceba que nossa boca
não possui um céu de fato, assim como a xícara não possui asas de fato, parte atribuída
somente às aves.
Antítese
Quando, em uma mesma oração, usamos termos que possuem sentidos contrários,
configura-se a antítese. Por exemplo:
“O Renato estava dormindo acordado na aula”
Perceba que “dormindo” e “acordado” entram em contraste de significado na frase.
Paradoxo
Esta figura de linguagem se refere a algo “contrário ao que se pensa”, fugindo do senso
comum e até mesmo refletindo a falta de nexo. Confira um exemplo simples de
um paradoxo:
“Ele não passa de um pobre homem rico”
Eufemismo
Troca de um termo por outro mais “leve”, que acaba passando uma conotação mais
agradável a um sentido. Um bom exemplo de eufemismo é quando trocamos o termo
“morreu” por “foi para o céu“.
Hipérbole
Ao contrário de eufemismo, a hipérbole é uma figura de linguagem que dá um exagero
intencional ao contexto. Por exemplo, em vez de dizermos “eu estou com muita sede“,
as vezes dizemos “estou morrendo de sede“. Na verdade, não estamos morrendo
literalmente, mas ocorre um exagero para ilustrar a grandeza da sede.
Ironia
Ironia é a utilização proposital de termos que manifestam o sentido oposto do seu
significado. Por exemplo, uma pessoa que foi demitida após péssimo dia de trabalho,
dizer: “- Era o que faltava para encerrar o meu dia maravilhosamente bem”.
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Apóstrofe
Apóstrofe é muito interessante. Esta figura de linguagem ocorre quando alguma pessoa
faz uso da “invocação” de algo ou alguém para manifestar algum sentido ao contexto.
Por exemplo: “Meu Deus! Que susto!”.
Personificação ou Prosopopeia
A personificação ou prosopopeia ocorre quando atribuímos sentidos racionais a
elementos irracionais. Por exemplo, quando dizemos “A natureza está em chorando…”
estamos atribuindo o “choro” (algo racional) à natureza (um elemento irracional). Outro
exemplo seria dizer “Meu coração está em pratos…“.
Pleonasmo
Pleonasmo é muito utilizado no dia-a-dia. Trata-se da repetição de palavras que tem o
mesmo significado, em uma mesma oração.
Exemplos: “Sair para fora”, “subir para cima”, “dupla de dois”…
Cacofonia
A cacofonia surgem quando ocorre uma junção do final de um vocábulo e começo de
outro, formando tonalidades estranhas, dando significados controversos, quando lemos
ou pronunciamos a frase rapidamente. Assim, outras pessoas podem entender ou
atribuir sentidos contrários ao que falamos. É considerado um vício de linguagem.
Exemplo:
Eu vi ela na praça. (vi+ ela= viela)
Alma minha gentil que te partiste (Alma + minha = maminha)
Metalinguagem
Em lógica e linguística, uma metalinguagem é uma linguagem usada para descrever algo
sobre outras linguagens. Modelos formais sintáticos para descrição gramatical, e.g.
gramática gerativa, são um tipo de metalinguagem.
Resumo Quinhentismo
O quinhentismo, também conhecido como literatura de informação, é a
primeira manifestaçãode literatura que aconteceu no Brasil, sendo representada especialmente
por relatos de viagens e informações bastante descritivas das terras descobertas
pelos portugueses em suas navegações, que incluem desde os povos até a fauna e flora destas
novas terras.
Características do quinhentismo
Algumas características bastante particulares fazem com que os trabalhos realizados no período
do quinhentismo sejam facilmente identificados como obras deste período.
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Confira a seguir algumas das principais características atribuídas às obras realizadas no período
do quinhentismo:
– Textos descritivos
– Textos informativos
– Crônicas de viagens
– Conquista material
– Conquista espiritual
– Utilização de muitos adjetivos para a descrição de novas terras
– Linguagem simples
O quinhentismo pode ser observado na obra de alguns autores, dentre os quais destacam-se:
Autor da carta que informou ao rei de Portugal sobre o descobrimento do Brasil, Pero Vaz de
Caminha é considerado um dos maiores escritores do quinhentismo, com descrições bastante
detalhadas de navegações realizadas sob o comando de Pedro Álvares Cabral.
A carta de descobrimento do Brasil escrita por Pero Vaz de Caminha é considerada a primeira
obra da literatura brasileira, pois foi o primeiro documento escrito nestas terras.
– José de Anchieta
Padre, historiador e poeta, entre outras coisas, José de Anchieta foi o responsável pela
catequização dos índios no território brasileiro. Assim, foi o primeiro a desenvolver um trabalho
sobre a língua Tupi, utilizada pelos indígenas brasileiros.
– Manuel da Nóbrega
Responsável pela primeira missão jesuítica realizada na América, Manuel da Nóbrega esteve
presente na primeira missa realizada no Brasil, assim como na catequização dos índios, eventos
muito detalhados em sua obra.
BARROCO BRASILEIRO
O Barroco foi um movimento artístico que teve a sua origem na Itália durante o século XVII e se
espalhou rapidamente por outros países europeus, como França, Holanda, Bélgica e Espanha.
Ele se manifestou primeiro nas artes plásticas e mais tarde assumiu outras formas, ganhando
espaço na literatura, no teatro, na música e na arquitetura. Inclusive, falando especificamente
sobre a literatura, o Barroco é considerado hoje uma escola literária.
Essa tendência artística permaneceu firme até o final do século XVIII, quando cedeu lugar a uma
nova estética. Você vai ler a seguir um resumo do Barroco brasileiro, mas antes, é preciso
entender o contexto geral que levou ao seu surgimento.
Antes de saber como o Barroco chegou no Brasil, quais foram as principais obras e os artistas
que mais se destacaram, é necessário compreender os motivos que levaram ao surgimento
desse movimento lá fora, para que depois pudesse chegar até aqui.
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Durante o século XVI, a Igreja Católica, que até então tivera sido a instituição mais poderosa de
todas, se viu cercada por várias Reformas Religiosas. Isso significa que diversas pessoas
começaram a contestar seus dogmas e a interpretar a Bíblia com perspectivas diferentes, o que
provocou o surgimento de novas religiões.
Mesmo que a Igreja tenha se fragilizado, os católicos continuavam sendo influentes do ponto
de vista político, econômico e também religioso. É importante citar que entre os anos de 1545
e 1563 aconteceu o Concílio de Trento, que reformulou o Catolicismo para restaurar a sua
autoridade, como uma resposta aos movimentos reformistas. Isso ficou conhecido como
Contrarreforma da Igreja Católica.
O clima nos países europeus era de tensão e de contradição. Os chamados Tribunais da Santa
Inquisição tentavam demonstrar uma rigidez cada vez maior, no entanto, a humanidade já
estava se encaminhando para o Renascimento, um período em que o teocentrismo cedeu lugar
ao antropocentrismo.
• Passagem do tempo: aproveitar a vida terrena que é efêmera, ou renunciar ao que ela oferece
pensando em viver a plenitude da eternidade? Esse é outro questionamento que o Barroco
propõe.
Todas essas características descritas na primeira parte do nosso resumo do Barroco brasileiro se
aplicam à manifestação desse movimento artístico aqui no país, é importante deixar isso claro.
O Barroco foi introduzido no Brasil por meio dos jesuítas, por isso, no início, ele era fortemente
influenciado pelo Barroco português, sendo até dependente dele. Com o passar do tempo, foi
adquirindo mais autonomia.
A arte barroca está muito mais nas igrejas brasileiras do que nas bibliotecas! Em Minas Gerais e
na Bahia, por exemplo, dentro das igrejas é possível ver pinturas desse estilo e até a própria
arquitetura das construções têm inspirações barrocas claras. O movimento foi utilizado mais
como uma tentativa de ensinar o caminho para as pessoas do que como arte propriamente dita.
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Isso acontece porque nesse período, nos séculos XVII e XVIII, o Brasil não tinha um público leitor
formado, não havia essa cultura. A maior parte das pessoas que habitavam o nosso país eram
colonos portugueses, que haviam sido mandados para cá porque estavam “incomodando” de
alguma forma em Portugal. A sociedade estava se formando a partir de analfabetos, prostitutas,
ladrões de um lado e os jesuítas do outro, que vieram para catequizar os índios e educar esses
colonos.
Assim, é comum não ouvirmos dizer que o Brasil fez parte do Barroco de uma forma consolidada,
mas sim que alguns artistas daqui foram influenciados por artistas europeus que pertenciam ao
movimento.
O marco inicial do Barroco brasileiro foi a publicação do poema Prosopopeia, de Bento Teixeira,
em 1601. Além dele, Gregório de Matos merece destaque, com a sua poesia notadamente
satírica, a ponto de ter ficado conhecido como “Boca do Inferno”. Aleijadinho foi o nosso
principal escultor e arquiteto do período, sendo “Os Doze Profetas” uma de suas obras mais
famosas.
O padre Antônio Vieira foi outro nome muito importante, com destaque para os sermões que
escrevia, intensamente marcados pelo conceptismo.
Arcadismo
Origem e principais características - resumo
Esta escola literária, caracterizava-se pela valorização da vida bucólica e dos elementos da
natureza. O nome originou-se de uma região grega chamada Arcádia, que na mitologia grega
era a morada de Pan (deus grego dos bosques, matas e dos pastores).
As principais características das obras do arcadismo brasileiro são: valorização da vida no campo,
crítica à vida nos centros urbanos (fugere urbem em latim = fuga da cidade), uso de apelidos,
objetividade, idealização da mulher amada, abordagem de temas épicos, linguagem simples,
pastoralismo e fingimento poético.
Romantismo no Brasil
O Romantismo foi para além da literatura, foi um movimento artístico e filosófico que surgiu no
final do século XVIII na Europa, indo até o final do século XIX. A maior característica do
Romantismo era a visão de mundo que se contrapunha ao racionalismo do período anterior
(neoclassicismo). O movimento romântico cultiva uma visão de mundo centrada no indivíduo, e
portanto os autores voltavam-se para si mesmo, retratando dramas pessoais como tragédias de
amor, idéias utópicas, desejos de escapismo e amores platônicos ou impossíveis. O século XIX
seria, portanto, marcado pela arte voltada para o lirismo, a subjetividade, a emoção e a
valorização do “eu”.
No Brasil, o período histórico era marcado por um sentimento nacionalista, em especial pelo
fato marcante que foi a Independência, em 1822. Encontramos, pois, elementos que
caracterizam o período, presentes nas obras dos autores românticos. É o exemplo da exaltação
da Pátria feita por Gonçalves Dias, e do clima nostálgico presente nas poesias de Álvares de
Azevedo e Fagundes Varela, sem falar no engajamento nas causas sociais, presente fortemente
na obra de Castro Alves, o qual abordou temas polêmicos como a escravidão.
A produção Romântica foi rica e vasta, tanto em outros países, quanto aqui, tanto em prosa,
quanto em versos.
Na poesia, a obra que marca o início das produções românticas é “Suspiros Poéticos e
Saudades”, de Gonçalves de Magalhães. A poesia romântica é dividida em 3 gerações:
Segunda Geração: Mal do Século - Neste período, que se iniciou por volta de 1850, a poesia
vinha de encontro às ideias e temáticas da geração anterior: o eu-lírico volta-se mais para si e
afasta-se da realidade social à sua volta. Traz em si o pessimismo e o apego aos vícios. Os
sentimentos são exagerados e aparecem de forma idealizada na poesia. Além disso, elementos
como a noite, a melancolia, o sofrimento, a morbidez e o medo do amor são recorrentes em
seus textos poéticos. O eu-lírico vivem em meio solidão, aos devaneios e às idealizações.
poesia liberal, enfim, era o final do movimento romântico no Brasil. O condoreirismo se refere
à figura do condor, uma ave que tinha voo alto, assim como os poetas românticos faziam em
busca de defender seus ideais libertários.
Enquanto isso, na prosa romântica, iniciava-se, de fato, a produção de prosa literária no Brasil.
Neste campo, o romantismo se dividiu por tendências, sendo elas:
Realismo e Naturalismo
A partir da segunda metade do século 20, as concepções estéticas que nortearam o ideário
romântico começaram a perder espaço. Uma nova tendência, baseada na trama psicológica e
em personagens inspirados na realidade, toma conta da literatura ocidental. Estava inaugurado
o Realismo-Naturalismo.
No Brasil, essa passagem ocorre em 1881, com a publicação de Memória Póstumas de Brás
Cubas, de Machado de Assis (1839-1908), e de O Mulato, de Aluísio Azevedo (1857-1913).
Enquanto o livro de Machado apresenta acentuado viés realista, o de Aluísio é claramente
naturalista.
Realismo
O Realismo brasileiro é completamente diferente do europeu. A obra de seu principal autor,
Machado de Assis, escapa de qualquer tentativa de classificação esquemática.
Na fase madura, Machado produz uma literatura essencialmente problematizadora. Com
minuciosa investigação psicológica, ele indaga a existência humana. Ele ainda substitui o
53
Parnasianismo
Introdução (o que foi) e significado do nome
O Parnasianismo foi um movimento literário, que surgiu na França, na metade do século XIX.
Desenvolveu-se na literatura europeia e, posteriormente, chegou ao Brasil. Esta escola literária
foi uma oposição ao romantismo, pois representou a valorização da ciência e do positivismo.
O nome parnasianismo surgiu na França e deriva do termo "Parnaso", que na mitologia grega
era o monte do deus Apolo e das musas da poesia. Na França, os poetas parnasianos que mais
se destacaram foram: Théophile Gautier, Leconte de Lisle, Théodore de Banville e José Maria de
Heredia.
- Valorização da estética e busca da perfeição. A poesia era valorizada por sua beleza em si e,
portanto, deveria ser perfeita do ponto de vista estético;
- O poeta evitava a utilização de palavras da mesma classe gramatical em suas poesias, buscando
tornar as rimas esteticamente ricas;
- Temas da mitologia grega e da cultura clássica eram muito frequentes nas poesias parnasianas;
- Valorização da metrificação: o mesmo número de sílabas poéticas era usado em cada verso;
No Brasil, o parnasianismo chegou na segunda metade do século XIX, e teve força até o
movimento modernista (Semana de Arte Moderna de 1922).
- Raimundo Correia. Obras principais: Primeiros Sonhos (1879), Sinfonias (1883), Versos e
Versões (1887), Aleluias (1891) e Poesias (1898).
- Olavo Bilac. Obras principais: Poesias (1888), Crônicas e novelas (1894), Crítica e
fantasia (1904), Conferências literárias (1906), Dicionário de rimas (1913), Tratado de
versificação (1910), Ironia e piedade, crônicas (1916) e Tarde (1919).
- Vicente de Carvalho. Obras principais: Ardentias (1885), Relicário (1888), Rosa, rosa de
amor (1902), Poemas e canções, (1908), Versos da mocidade (1909), Páginas soltas (1911) e A
voz dos sinos (1916).
Você sabia?
- Olavo Bilac, Alberto de Oliveira e Raimundo Correia formaram a chamada "Tríade Parnasiana".
Simbolismo
Introdução (o que foi)
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O simbolismo foi um movimento que se desenvolveu nas artes plásticas, teatro e literatura.
Surgiu na França, no final do século XIX, em oposição ao Naturalismo e ao Realismo.
- Caráter individualista;
Simbolismo no Brasil
No Brasil, o simbolismo teve início no ano de 1893, com a publicação de duas obras de Cruz e
Souza: Missal (prosa) e Broquéis (poesia). O movimento simbolista na literatura brasileira teve
força até o movimento modernista do começo da década de 1920.
Literatura internacional:
- Charles Baudelaire – autor da obra As flores do mal (1857) que é considerada um marco no
simbolismo literário.
Literatura brasileira:
- Cruz e Souza
- Alphonsus de Guimaraens
Pré-Modernismo no Brasil
O que foi
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O Pré-Modernismo foi um período da literatura brasileira, que teve seu desenvolvimento nas
décadas de 1910 e 1920. Muitos estudiosos da literatura brasileira afirmam que foi um período
de transição entre o simbolismo e o modernismo.
Contexto histórico
- Surgimento, em alguns escritores (Lima Barreto, por exemplo) do uso da linguagem coloquial.
* importante: por não se tratar de uma escola literária, mas sim um período de transição, as
características acima não estão presentes nas obras de todos os escritores pré-modernistas.
Cada escritor possui seu próprio estilo e suas próprias temáticas de destaque.
- João Simões Lopes Neto – escritor gaúcho, autor de Contos Gauchescos e Lendas do Sul.
Resumo: Modernismo
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CONTEXTO HISTÓRICO
O modernismo acontece entre 1922 e 1980, durante o fim da República Velha e o início da
República Nova.
Com o fim do Império e a Proclamação da República em 1889, o Brasil escapou das mãos do
Imperador e caiu nas mãos das elites. A República Velha (de 1889 até 1930) foi a época da
política do café-com-leite, em que as elites cafeeiras de São Paulo e Minas Gerais usavam o seu
poder para manipular as votações para presidência para se revezarem nos cargos políticos. O
país começou a se industrializar, e a mão-de-obra escrava foi trocada pela mão-de-obra barata
de imigrantes. Era um momento de quebra, de mudança, e isso se reflete principalmente nas
duas primeiras gerações do modernismo.
Em 1930, começa a Era Vargas. Foi um período de centralização do poder, em que o mesmo
homem governou o país durante 15 anos. Foi um período de vários avanços trabalhistas, quando
as mulheres ganharam o direito ao voto e o fim da política do café-com-leite. Mas foi também
uma época de repressão política, já que Vargas foi um ditador populista, como eram as
lideranças de vários outros países na época. O modernismo compreende a Era Vargas do início
ao fim, em 1945.
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS
O modernismo é dividido em três gerações, que são diferenciadas pelo foco dos artistas. A
primeira delas se inicia em 1922 com a Semana de Arte Moderna, e tem como foco a oposição
ao parnasianismo. A segunda geração é mais politizada, e foca mais no retrato da miséria do que
qualquer movimento anterior. Já a última geração é mais melancólica e deixa um pouco de lado
o caráter social.
É importante lembrar que essas características não anulam umas às outras, as gerações
funcionam como blocos de construção: cada nova fase se apoia nas que vieram antes. Elas são
divididas assim por razões didáticas, mas isso não impede que Drummond, por exemplo, tenha
transitado pelas três fases.
Primeira Geração
1922-1930
A primeira geração do modernismo vem em oposição ao parnasianismo, o movimento poético
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da “arte pela arte” em que a forma do poema é o principal e o conteúdo é um mero detalhe.
Isso resultou em poemas perfeitamente rimados e ilustrados falando sobre vasos. O
modernismo vai rejeitar isso diretamente, produzindo poemas como “Os Sapos”, do Manuel
Bandeira, em que os parnasianos são chamados de sapos por “só coaxarem”, produzirem
sons que não fazem nenhum sentido.
Segunda Geração
1930-1945
A segunda geração é a mais politizada, onde aparece finalmente o retrato da pobreza no Brasil.
Em movimentos anteriores, a miséria era mostrada, mas agora ela é o foco da narrativa. Obras
como Capitães da Areia dão um enfoque político a problemas como a criminalidade infantil.
Como não poderia ser diferente durante a Era Vargas, o nacionalismo e a consciência da pátria
também se tornam temas importantes.
Terceira Geração
1945-1980
A terceira geração é a mais introspectiva e melancólica. Começando em 1945, com o fim da Era
Vargas e da Segunda Guerra Mundial, ela absorve todas as características das fases anteriores e
inaugura a prosa urbana, intimista e regionalista. Essa é a geração mais abrangente,
manifestando e desenvolvendo as características das gerações anteriores.
PRINCIPAIS ARTISTAS
Mário de Andrade
Graciliano Ramos
Concretismo
Neoconcretismo
Poesia-Práxis
Poesia Marginal
Poema Processo
Características
As principais características da literatura contemporânea são:
ARTES
Arte é a atividade humana ligada a manifestações de ordem estética, feita por artistas a partir
de percepção, emoções e ideias, com o objetivo de estimular esse interesse de consciência em
um ou mais espectadores, e cada obra de arte possui um significado único e diferente.
A arte está ligada à estética, porque é considerada uma faculdade ou ato pelo qual, trabalhando
uma matéria, a imagem ou o som, o homem cria beleza ao se esforçar por dar expressão ao
mundo material ou imaterial que o inspira. Na história da filosofia tentou se definir a arte como
intuição, expressão, projeção, sublimação, evasão, etc. Aristóteles definiu a arte como uma
imitação da realidade, mas Bergson ou Proust a veem como a exacerbação da condição atípica
inerente à realidade. Kant considera que a arte é uma manifestação que produz uma "satisfação
desinteressada".
Arte é um termo que vem do latim, e significa técnica/habilidade. A definição de arte varia de
acordo com a época e a cultura, por ser arte rupestre, artesanato, arte da ciência, da religião e
da tecnologia. Atualmente, arte é usada como a atividade artística ou o produto da atividade
artística. A arte é uma criação humana com valores estéticos, como beleza, equilíbrio, harmonia,
que representam um conjunto de procedimentos utilizados para realizar obras.
Para os povos primitivos, a arte, a religião e a ciência andavam juntas na figura, e originalmente
a arte poderia ser entendida como o produto ou processo em que o conhecimento é usado para
realizar determinadas habilidades.Para os gregos, havia a arte de se fazer esculturas, pinturas,
sapatos ou navios.
A arte é um reflexo do ser humano e muitas vezes representa a sua condição social e essência
de ser pensante.
60
História da arte
A história da arte consiste em uma ciência que estuda os movimentos artísticos, as modificações
na valorização estética, as obras de arte e os artistas. Esta análise é feita de acordo com a
vertente social, política e religiosa da época que é estudada. Várias outras ciências servem de
auxílio para a história da arte, como a numismática, paleografia, história, arqueologia, etc.
Através da história da arte é possível aprender um pouco sobre o ser humano através a evolução
das diversas expressões e manifestações artísticas.
Tipo de artes
A arte apresenta-se através de diversas formas como, a plástica, música, escultura, cinema,
teatro, dança, arquitetura etc. Existem várias expressões que servem para descrever diferentes
manifestações de arte, por exemplo: artes plásticas, artes cênicas, arte gráfica, artes visuais, etc.
Alguns autores (como Hegel e Ricciotto Canudo) e pensadores organizaram as diferentes artes
em uma lista numerada. A inclusão de algumas formas de arte não foi muito consensual, mas
com a evolução da tecnologia, esta é a lista mais comum nos dias de hoje:
1ª Arte - Música;
3ª Arte - Pintura;
5ª Arte - Teatro;
6ª Arte - Literatura;
7ª Arte - Cinema;
8ª Arte - Fotografia;
Funções da arte
A arte tem várias funções na vida do homem. Entre elas, podemos destacar a função de
educar, informar e entreter.
A força da arte está em suas mais variadas formas de manifestação, como a música, o desenho,
a pintura, a dança e a interpretação. Também como função social, a arte transmite ideias e
informações, levando ao desenvolvimento do senso crítico e de uma melhor expressão oral e
comunicativa.
HISTÓRIA DA ARTE
Arte na Pré-História
Quando se fala em arte na Pré-História, estamos falando da produção vista como artística
na Pré-História, isto é, durante os períodos Paleolítico, Neolítico e Idade dos Metais. Em geral,
compreende pinturas realizadas em cavernas, gravuras esculpidas em rochas, esculturas,
estatuetas etc.
Para facilitar sua compreensão a respeito do assunto, é importante considerarmos que os três
períodos citados e que são considerados como parte da Pré-História são:
Paleolítico: período que compreende de 2.5 milhões de anos atrás a 10.000 a.C.
Neolítico: período que se estende de 10.000 a.C. até 5.000 a.C.
Idade dos Metais: período que se estende de 5.000 a 3.500 a.C.
Outra observação importante é que as extensões de cada período em todo o planeta são
bastante distintas. Neste texto, optamos por colocar a datação clássica, mas os avanços e
desenvolvimentos no estilo de vida humana foram distintos nos diferentes locais do planeta.
Sendo assim, houve locais em que o avanço que caracterizou as diferenças de uma era para
outra foi bastante rápido e outros em que os avanços foram lentos.
Registrar o cotidiano apenas por registrar. Nesse caso, o registro artístico seria no sentido “a
arte pela arte”.
Registrar com fins ritualísticos de criar uma conexão do homem com a natureza.
Arte na Antiguidade
Do quarto ao primeiro milênio antes de Cristo, no Egito, a arte deixa de ser pré-histórica. Com o
surgimento da escrita, a sofisticação das técnicas de construção (pirâmides de Miquerinos,
Quéfren e Quéops, no terceiro milênio a.C.) e o desenvolvimento da simetria, a arteganha
princípios rigorosos de ordenação e acabamento. Por volta de 2.600 a.C., por exemplo, já se
domina a técnica da escultura, capaz de modelar a Cabeça de um príncipe que se vê no Museu
Egípcio do Cairo.
No curso desses três milênios, a arte egípcia foi se tornando mais realista, chegando à maestria
comprovada em Rainha Nefertiti – ver foto ao lado – (1.360 a.C.?), busto da esposa do imperador
Aquenatón.
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ARTE MESOPOTÂMICA
No entanto, a sofisticação técnica não chega ali ao nível atingido no Egito Antigo. Falta-lhe a
capacidade de realizar a simetria axial – a transcrição volumétrica – que os egípcios detinham.
Mesmo assim, com seu grau maior de estilização e planificação, a arte mesopotâmica produz
obras de grande qualidade estética, sobretudo no que se refere à variedade de motivos
introduzidos para ornamentar estátuas e selos.
ARTE GREGA
Foram provavelmente os gregos micênicos que deram origem, no século VIII a.C., a um período
de grandeza estética que marcou toda a civilização ocidental. Sob influência orientalizante,
criam um estilo crescentemente rigoroso, solene e preciso – que leva adiante as conquistas
da arte egípcia.
É encontrado primeiro em manifestações estilizadas na cerâmica e passa a esculturas
monumentais, estruturado em segmentos geométricos, como na estátua de mármore Kouros
(600 a.C.?), em que a representação humana é tipicamente ática.
A arte egípcia estava intimamente ligada à religião, por isso era bastante padronizada, não
dando margens à criatividade ou à imaginação pessoal, pois a obra devia revelar um perfeito
domínio das técnicas e não o estilo do artista.
A arte egípcia caracteriza-se pela representação da figura humana sempre com o tronco
desenhado de frente, enquanto a cabeça, as pernas e os pés são colocados de perfil. O
convencionalismo e o conservadorismo das técnicas de criação voltaram a produzir esculturas e
retratos estereotipados que representam a aparência ideal dos seres, principalmente dos reis,
e não seu aspecto real.
Após a morte de Ramsés II, o poder real tornou-se muito fraco. O Egito foi invadido
sucessivamente pelos etíopes, persas, gregos e, finalmente, pelos romanos. A sua arte, que
influenciada pela dos povos invasores, vai perdendo sua características.
A pintura egípcia teve seu apogeu durante o império novo, uma das etapas históricas mais
brilhantes dessa cultura. Entretanto, é preciso esclarecer que, devido à função religiosa dessa
arte, os princípios pictóricos evoluíram muito pouco de um período para outro.
Contudo, eles se mantiveram sempre dentro do mesmo naturalismo original. Os temas eram
normalmente representações da vida cotidiana e de batalhas, quando não de lendas religiosas
ou de motivos de natureza escatológica.
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As figuras típicas dos murais egípcios, de perfil mas com os braços e o corpo de frente, são
produto da utilização da perspectiva da aparência. Os egípcios não representaram as partes do
corpo humano com base na sua posição real, mas sim levando em consideração a posição de
onde melhor se observasse cada uma das partes: o nariz e o toucado aparecem de perfil, que é
a posição em que eles mais se destacam; os olhos, braços e tronco são mostrados de frente.
Essa estética manteve-se até meados do império novo, manifestando-se depois a preferência
pela representação frontal. Um capítulo à parte na arte egípcia é representado pela escrita. Um
sistema de mais de 600 símbolos gráficos, denominados hieróglifos, desenvolveu-se a partir do
ano 3300 a.C. e seu estudo e fixação foi tarefa dos escribas. O suporte dos escritos era um papel
fabricado com base na planta do papiro.
A escrita e a pintura estavam estreitamente vinculadas por sua função religiosa. As pinturas
murais dos hipogeus e as pirâmides eram acompanhadas de textos e fórmulas mágicas dirigidas
às divindades e aos mortos.
É curioso observar que a evolução da escrita em hieróglifos mais simples, a chamada escrita
hierática, determinou na pintura uma evolução semelhante, traduzida em um processo de
abstração. Essas obras menos naturalistas, pela sua correspondência estilística com a escrita,
foram chamadas, por sua vez, de Pinturas Hieráticas.
A pirâmide foi criada durante a dinastia III, pelo arquiteto Imhotep, e essa magnífica obra lhe
valeu a divinização. No início as tumbas egípcias tinham a forma de pequenas caixas; eram feitas
de barro, recebendo o nome de mastabas (banco). Foi desse arquiteto a idéia de superpor as
mastabas, dando-lhes a forma de pirâmide.
Também se deve a Imhotep a substituição do barro pela pedra, o que sem dúvida era mais
apropriado, tendo em vista a conservação do corpo do morto. As primeiras pirâmides foram as
do rei Djeser, e elas eram escalonadas. As mais célebres do mundo pertencem com certeza à
dinastia IV e se encontram em Gizé: Quéops, Quéfren e Miquerinos, cujas faces são
completamente lisas.
Normalmente eram divididos em duas ou três câmaras: a primeira para os profanos; a segunda
para o faraó e os nobres; e a terceira para o sumo sacerdote. A entrada a esses templos era
protegida por galerias de estátuas de grande porte e esfinges. Quanto à arquitetura civil e
palaciana, as ruínas existentes não permitem recolher muita informação a esse respeito.
A escultura egípcia foi antes de tudo animista, encontrando sua razão de ser na eternização do
homem após a morte. Foi uma estatuária principalmente religiosa. A representação de um faraó
ou um nobre era o substituto físico da morte, sua cópia em caso de decomposição do corpo
mumificado. Isso talvez pudesse justificar o exacerbado naturalismo alcançado pelos escultores
egípcios, principalmente no império antigo.
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Com o tempo estendeu se a certos membros da sociedade, como os escribas. Dos retratos reais
mais populares merecem menção os dois bustos da rainha Nefertite, que, de acordo com eles,
é considerada uma das mulheres mais belas da história universal. Ambos são de autoria de um
dos poucos artistas egípcios conhecidos, o escultor Thutmosis, e encontram-se hoje nos museus
do Cairo e de Berlim.
Igualmente importantes foram as obras de ourivesaria, cuja maestria e beleza são suficientes
para testemunhar a elegância e a ostentação das cortes egípcias. Os materiais mais utilizados
eram o ouro, a prata e pedras.
As jóias sempre tinham uma função específica (talismãs), a exemplo dos objetos elaborados para
os templos e as tumbas. Os ourives também colaboraram na decoração de templos e palácios,
revestindo muros com lâminas de ouro e prata lavrados contendo inscrições, dos quais restaram
apenas testemunho.
A Arte Grega
Dos povos da antiguidade, os que apresentaram uma produção cultural mais livre foram os
gregos, que valorizaram especialmente as ações humanas, na certeza de que o homem era a
criatura mais importante do universo.
Podem-se distinguir quatro grandes períodos na evolução da arte grega: o geométrico (séculos
IX e VIII a.C.), o arcaico (VII e VI a.C.), o clássico (V e IV a.C.) e o helenístico (do século III ao I a.C.).
No chamado período geométrico, a arte se restringiu à decoração de variados utensílios e
ânforas. Esses objetos eram pintados com motivos circulares e semicirculares, dispostos
simetricamente.
A técnica aplicada nesse trabalho foi herdada das culturas cretense e micênica. Passado muito
tempo, a partir do século VII a.C., durante o denominado período arcaico, a arquitetura e a
escultura experimentaram um notável desenvolvimento graças à influência dessas e outras
culturas mediterrâneas.
Também pesaram o estudo e a medição do antigo megaron, sala central dos palácios de Micenas
a partir da qual concretizaram os estilos arquitetônicos do que seria o tradicional templo grego.
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Entre os séculos V e IV a.C., a arte grega consolida suas formas definitivas. Na escultura, somou-
se ao naturalismo e à proporção das figuras o conceito de dinamismo refletido nas estátuas de
atletas como o Discóbolo de Miron e o Doríforo de Policleto.
A pintura grega encontrou uma forma de realização na arte da cerâmica, os vasos gregos são
conhecidos não só pelo equilíbrio de sua forma, mas também pela harmonia entre o desenho,
as cores e o espaço utilizado para a ornamentação.
Com o passar do tempo, elas foram gradativamente se enriquecendo, até adquirir volume.
Surgiram então os primeiros desenhos de plantas e animais guarnecidos por adornos chamados
de meandros.
Numa etapa próxima, já no período arcaico (séculos VII e VI a.C.), começou a ser incluída nos
desenhos a figura humana, que apresentava um grafismo muito estilizado. E, com o
aparecimento de novas tendências naturalistas, ela passou a ser cada vez mais utilizada nas
representações mitológicas, o que veio a aumentar sua importância.
As cenas eram apresentadas em faixas horizontais paralelas que podiam ser visualizadas ao se
girar a peça de cerâmica. Com a substituição do cinzel pelo pincel, os traçados se tornaram mais
precisos e ricos em detalhes.
As primeiras esculturas gregas (século IX a.C.) não passavam de pequenas figuras humanas feitas
de materiais muito brandos e fáceis de manipular, como a argila, o marfim ou a cera. Essa
condição só se alterou no período arcaico (séculos VII e VI a.C.), quando os gregos começaram
a trabalhar a pedra. Os motivos mais comuns das primeiras obras eram simples estátuas de
rapazes (kouros) e moças (korés).
Com o advento do classicismo (séculos V e IV a.C.), a estatuária grega foi assumindo um caráter
próprio e acabou abandonando definitivamente os padrões orientais. Foi o consciencioso
estudo das proporções que veio oferecer a possibilidade de se copiar fielmente a anatomia
humana, e com isso os rostos obtiveram um ganho considerável em expressividade e realismo.
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Essa regra é utilizada até hoje nas aulas de desenho.)Miron, Praxíteles e Fídias. Contudo, não se
pode tampouco deixar de mencionar Lisipo, que, nas suas tentativas de plasmar as verdadeiras
feições do rosto, conseguiu acrescentar uma inovação a esta arte, criando os primeiros retratos.
Durante o período helênico (século III a.C.), verificou-se uma ênfase nas formas herdadas do
classicismo, e elas foram se sofisticando.
Na arquitetura, não resta dúvida de que o templo foi um dos legados mais importantes da arte
grega ao Ocidente. Suas origens devem ser procuradas no megaron micênico. Este aposento, de
morfologia bastante simples, apesar de ser a acomodação principal do palácio do governante,
nada mais era do que uma sala retangular, à qual se tinha acesso através de um pequeno pórtico
(pronaos), e quatro colunas que sustentavam um teto parecido com o atual telhado de duas
águas. No princípio, esse foi o esquema que marcou os cânones da edificação grega.
Foi a partir do aperfeiçoamento dessa forma básica que se configurou o templo grego tal como
o conhecemos hoje. No princípio, os materiais utilizados eram o adobe – para as paredes – e a
madeira – para as colunas. Mas, a partir do século VII a.C. (período arcaico), eles foram caindo
em desuso, sendo substituídos pela pedra.
Essa inovação permitiu que fosse acrescentada uma nova fileira de colunas na parte externa
(peristilo) da edificação, fazendo com que o templo obtivesse um ganhono que toca à
monumentalidade. Surgiram então os primeiros estilos arquitetônicos: o dórico, ao sul, nas
costas do Peloponeso, e o jônico, a leste. Os templos dóricos eram em geral baixos e maciços.
As grossas colunas que lhes davam sustentação não dispunham de base, e o fuste tinha forma
acanelada. O capitel, em geral muito simples, terminava numa moldura convexa chamada de
eqüino. As colunas davam suporte a um entablamento (sistema de cornijas) formado por uma
arquitrave (parte inferior) e um friso de tríglifos (decoração acanelada) entremeado de métopas.
A construção jônica, de dimensões maiores, se apoiava numa fileira dupla de colunas, um pouco
mais estilizadas, e apresentava igualmente um fuste acanelado e uma base sólida. O capitel
culminava em duas colunas graciosas, e os frisos eram decorados em altos-relevos. Mais
adiante, no período clássico (séculos V e IV a.C.), a arquitetura grega atingiu seu ponto máximo.
Aos dois estilos já conhecidos veio se somar um outro, o coríntio, que se caracterizava por um
capitel típico cuja extremidade era decorada por folhas de acanto.As formas foram se estilizando
ainda mais e acrescentou-se uma terceira fileira de colunas.
Assim, a história da arte grega está ligada às épocas da vida desse povo. O pré-helenismo foi um
longo período, no qual a arte estava se afirmando. Na época arcaica , a arte tomou formas
definidas. A época clássica, foi o momento da plenitude e da perfeição artística e cultural dos
gregos.
A Arte Romana
A arte romana sofreu duas grandes influências: a da arte etrusca, popular e voltada para a
expressão da realidade vivida, e a da grego-helenística, orientada para a expressão de um ideal
de beleza. mesmo com toda influência e admiração nas concepções helenísticas a respeito da
arte, os romanos não abdicaram de um interesse muito próprio: retratar os traços particulares
de uma pessoa. O que acabou ocorrendo foi uma acomodação entre a concepção artística
romana e a grega.
A arte dos romanos revela-nos um povo possuidor de um grande espírito prático: por toda parte
em que estiveram, estabeleceram colônias, construíram casas, templos, termas, aquedutos,
mercados e edifícios governamentais.
Embora não haja dúvida de que as obras arquitetônicas romanas tenham resultado da aplicação
das proporções gregas à arquitetura de abóbadas dos etruscos, também é certo que lhes falta
um caráter totalmente próprio, um selo que as distinga.
Para começar, a partir do século II a.C., os arquitetos da antiga Roma dispunham de dois novos
materiais de construção. Um deles, o opus cementicium – uma espécie de concreto armado –
era um material praticamente indestrutível.Do outro lado estava o opus latericium, o ladrilho,
que permitia uma grande versatilidade.
Por outro lado, as segundas, como os palácios urbanos e as vilas de veraneio da classe patrícia,
se desenvolveram em regiões privilegiadas das cidades e em seus arredores, com uma
decoração faustosa e distribuídas em torno de um jardim.
A plebe, ao invés disso, vivia em construções de vários pavimentos chamados de insulae, muito
parecidos com nossos atuais edifícios, com portas que davam acesso a sacadas e terraços, mas
sem divisões de ambiente nesses recintos. Seus característicos tetos de telha de barro cozido
ainda subsistem em pleno século XX.
A engenharia civil merece um parágrafo à parte. Além de construir caminhos que ligavam todo
o império, os romanos edificaram aquedutos que levavam água limpa até as cidades e também
desenvolveram complexos sistemas de esgoto para dar vazão à água servida e aos dejetos das
casas. O conceito de grande urbe que tinham os romanos definitivamente era muito semelhante
ao que existe em nossos dias.
A pintura romana sempre esteve estreitamente ligada à arquitetura, e sua finalidade era quase
exclusivamente decorativa. Já no século II a.C., na época da república, disseminou-se entre as
famílias patrícias, empenhadas em exibir sua riqueza, o peculiar costume de mandar que se
fizessem imitações da opulenta decoração de templos e palácios, tanto na casa em que viviam
quanto naquela em que passavam o verão.
Graças a um bem-sucedido efeito ótico, chegavam a simular nas paredes portas entreabertas
que davam acesso a aposentos inexistentes.Com o tempo, aproximadamente na metade do
império, esse costume deixou de ser moda e foi se atenuando, até que as grandes pinturas
murais acabaram tendo reduzidas suas dimensões, para transformarem-se finalmente em
pequenas imagens destinadas a obter efeitos decorativos. o mosaico foi o outro grande favorito
na decoração de interiores romana.
Os temas prediletos para a aplicação dessa complicada e minuciosa técnica foram, por um lado,
o retrato, que podia ser bem pessoal ou apresentar um caráter familiar, e, por outro, as
onipresentes cenas mitológicas, além das paisagens rurais ou das marinhas, com sua fauna e
flora.
Isso fez com que surgissem importantes escolas de copistas. Pode-se dizer que quase todas elas
logo atingiram um excelente nível de realização. Desse modo, a arte estatuária do Império
compensou com quantidade sua falta de originalidade.
Cláudio, por exemplo, fez-se esculpir com os atributos de Júpiter, e Augusto se fez retratar com
seus galões militares, afundado numa armadura que deixava entrever os músculos do Doríforo
de Policleto.
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Os imperadores romanos começaram a enfrentar tanto lutas internas pelo poder quanto a
pressão dos povos bárbaros que, cada vez mais, investiam contra as fronteiras do império. Era
o começo da decadência do Império romano que, no século V, perde o domínio do seu território
do Ocidente para os germânicos.
Arte Medieval
Resumo e características gerais
Durante a Idade Média (século V ao XV), a arte europeia foi marcada por uma forte influência
da Igreja Católica. Esta atuava nos aspectos sociais, econômicos, políticos, religiosos e culturais
da sociedade. Logo, a arte medieval teve uma forte marca temática: a religião. Pinturas,
esculturas, livros, construções e outras manifestações artísticas eram influenciados e
supervisionados pelo clero católico.
Este estilo prevaleceu na Europa no período da Alta Idade Média (entre os séculos XI e XIII). Na
arquitetura, principalmente de mosteiros e basílicas, prevaleceu o uso dos arcos de volta-
perfeita e abóbadas (influências da arte romana). Os castelos seguiram um estilo voltado para o
aspecto de defesa. As paredes eram grossas e existiam poucas e pequenas janelas. Tanto as
igrejas como os castelos passavam uma ideia de construções “pesadas”, voltadas para a defesa.
As igrejas deveriam ser fortes e resistentes para barrarem a entrada das “forças do mal”,
enquanto os castelos deveriam proteger as pessoas dos ataques inimigos durante as guerras.
Com relação às esculturas e pinturas podemos destacar o caráter didático-religioso. Numa época
em que poucos sabiam ler, a Igreja utilizou as esculturas, vitrais e pinturas, principalmente
dentro das igrejas e catedrais, para ensinar os princípios da religião católica. Os temas mais
abordados foram: vida de Jesus e dos santos, passagens da Bíblia e outros temas cristãos.
O estilo Gótico e suas principais características
O estilo gótico predominou na Europa no período da Baixa Idade Média (final do século XIII ao
XV). As construções (igrejas, mosteiros, castelos e catedrais) seguiram, no geral, algumas
características em comum. O formato horizontal foi substituído pelo vertical, opção que fazia
com que a construção estivesse mais próxima do céu. Os detalhes e elementos decorativos
também foram muitos usados. As paredes passaram a ser mais finas e de aspecto leve. As janelas
apareciam em grande quantidade. As torres eram em formato de pirâmides. Os arcos de volta-
quebrada e ogivas foram também recursos arquitetônicos utilizados.
Deus não era negado pelos homens do Renascimento, no entanto a preocupação com o ser
humano e os assuntos terrenos deveria estar em primeiro lugar. A base da cultura renascentista
era o humanismo, movimento que apresentava como principais características:
Racionalismo: a busca da verdade deve ocorrer por meio da investigação, visto que o
homem é um ser racional.
Realismo: os artistas buscavam representar suas criações com o máximo de realidade, para isso
no centro de suas obras estava o homem e a natureza. Com o objetivo de se aproximar dessa
realidade, eles desenvolveram técnicas que visavam expressar os sentimentos e emoções
humanas.
Valorizavam-se muito os prazeres terrenos e a beleza do corpo, o que antes era considerado
pecado pela sociedade medieval.
Rafael Sanzio: ficou reconhecido pela pintura de várias Madonas (representação da virgem
Maria com o menino Jesus). Suas obras apresentavam um estilo baseado na clareza das figuras.
Apesar de criações inspiradas em temáticas religiosas, Rafael procurava em retratar o ser
humano e explora o mundo real. As características realistas são nitidamente percebidas em suas
obras. Uma das suas criações mais conhecidas é a Escola de Atenas, pintada em uma das paredes
do Vaticano.
Leonardo da Vinci: um dos artistas mais completos do período renascentista destacou-se por
seus estudos científicos sobre os mais variados assuntos. Pintor, escultor, cientista, engenheiro,
físico, escritor, etc. Leonardo conquistou maior reconhecimento em suas obras artísticas do que
em seus estudos científicos. Obras principais: Mona Lisa, Última Ceia.
Sandro Botticelli: reconhecido por suas representações de cenas da mitologia clássica. Entre
suas principais obras estão O Nascimento de Vênus e Primavera.
Filippo Brunelleschi: sua principal criação foi à cúpula da catedral de Florença, modelo para a
arquitetura renascentista.
Donatello: apesar de também exaltar a figura humana, o artista ficou conhecido por suas
esculturas com temas religiosos. Suas principais criações foram São Jorge e Gattamelata.
Arquitetura
A cultura greco-romana continuou a influenciar os artistas renascentistas, as obras
arquitetônicas não fugiram a essa regra. O resgate da cultura Clássica buscava aliar elementos
do cristianismo com as manifestações do mundo pagão. A busca incessante pela beleza levava
os arquitetos a investirem na edificação de obras artisticamente perfeitas que imprimissem as
suas características individuais.
ARTE BARROCA
A arte barroca apresenta, sobretudo, características bastante detalhistas, dramáticas e
expressivas que de alguma maneira mexem com o emocional do espectador. A pintura barroca
assumiu caraterísticas realistas e um ousado contraste de claro-escuro a fim de intensificar a
noção de profundidade, além disso, a luz tem o objetivo de conduzir o olhar do espectador à
cena principal. Um dos mais notáveis artistas desse período foi o italiano Caravaggio. Sua obra
A Vocação de São Mateus (1596-1598) reflete bem as características citadas anteriormente. O
olhar do fruidor fixa-se no raio de luz que conduz ao acontecimento principal da obra – Jesus à
direita apontando para Mateus a esquerda.
famosas. A escultura em mármore de tamanho natural está localizada na Igreja de Santa Maria
Della Vittoria e parecem flutuar e dominar as emoções do espectador.
No Brasil a arte barroca permaneceu durante o período colonial e serviu para facilitar o
doutrinamento católico além da decoração de igrejas. Na arquitetura destacam-se as inúmeras
igrejas em várias regiões do país como, por exemplo, a Igreja de São Francisco em Salvador e a
Igreja de Santo Antônio em Cairu. Ambas são consideradas ricas expressões do Barroco
brasileiro. Quanto à escultura não podemos esquecer o nome de Aleijadinho, um dos artistas
mais notáveis do barroco brasileiro que além de escultor, também projetou varias igrejas. Suas
obras estão espalhas por inúmeras construções religiosas de Minas Gerais, entre elas A Ultima
Ceia no Santuário de Congonhas.
ARTE MODERNA
Arte moderna é a designação dada para a produção artística que surgiu entre o final do século
XIX e meados do século XX.
Sucedendo o romantismo e o realismo, a arte moderna começou a se ramificar em vanguardas
a partir das artes plásticas, com os pintores do chamado Impressionismo, que dedicavam-se em
retratar cenas exteriores da vida cotidiana, como paisagens e pessoas.
A arte moderna seria o primeiro período artístico que abrangeria novas formas de se fazer arte,
como a fotografia e o cinema, que surgiram durante a Revolução Industrial.
Os chamados artistas modernistas, na primeira metade do século XX, acreditavam que as formas
“tradicionais” das artes plásticas, design, literatura, música, cinema e da vida organizacional e
cotidiana tornaram-se totalmente ultrapassadas. Devia-se “criar” uma nova cultura, com o
objetivo de transformar as características culturais e sociais já estabelecidas, substituindo-as por
novas formas e visões.
Tal condição foi propícia para o aparecimento de várias vanguardas revolucionárias, que viam
na estética artística a oportunidade de mudar o mundo.
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Os movimentos de vanguarda tinham como objetivo tentar resolver ou achar respostas para os
problemas que surgiram na era moderna, seja no campo social ou político. Entre estes
movimentos, destacam-se o surrealismo, o expressionismo, o futurismo, dadaísmo, cubismo e
demais vanguardas que direcionavam a arte moderna às causas revolucionárias da época, que
paradoxalmente, defendia a realidade que se estabelecia, ao mesmo tempo, que a negava
completamente.
Saiba mais sobre Vanguarda, Expressionismo e Características do Expressionismo.
Os artistas modernos, a partir dessas novas formas artísticas que se estabeleciam, desenvolviam
as suas técnicas de criação e reprodução, fazendo surgir subjetivamente uma nova forma de
pensar o sistema vigente.
Entre os principais artistas modernistas brasileiros estão: Di Cavalcanti, Vicente do Rêgo, Anita
Malfatti, Lasar Segall, Victor Brecheret, Tarsilla do Amaral e Ismael Nery.
Vanguardas Europeias
Cubismo: resultado das experiências de Pablo Picasso (1881 – 1973) e de Georges Braque (1882
– 1963), esteve, inicialmente, ligado à pintura e teve por princípio a valorização das formas
geométricas. Na literatura, caracteriza-se pela fragmentação da linguagem e geometrização das
palavras, dispostas no papel de maneira aleatória a fim de conceber imagens.
Dadaísmo: surgido em 1916, durante a Primeira Guerra Mundial (1914 – 1918), constitui um
grito de revolta contra o capitalismo burguês e o mundo em guerra. Por isso, os dadaístas são
contra as teorias e ordenações lógicas.
Expressionismo: tem como herança a arte do final do século 19 e valoriza aquilo que chama de
expressão: a materialização criativa (na tela ou no papel) de imagens geradas no mundo interior
do artista.
Surrealismo: como o Expressionismo, preocupa-se com a sondagem do mundo interior, a
liberação do inconsciente e a valorização do sonho. Esse fascínio pelo que transcende a
realidade aproxima os surrealistas das ideias do psicanalista austríaco Sigmund Freud (1856 –
1939).
Com o que ficar atento?
A palavra “vanguarda” vem do francês avant-garde (termo militar que designa o pelotão que
vai à frente). Desde o início do século 20, designa aqueles que, no campo das artes ou das
ideias, está à frente de seu tempo.
Obras interativas;
Andy Warhol
Bansky
Damien Hirst
Jean-Michel Basquiat
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Anselm Kiefer
Richard Serra
Bill Viola
Jeff Koons
Marina Abramović
Gerhard Richter
Takashi Murakami
Lucian Freud
Keith Haring.
Pop Art
Arte Conceitual
Arte Digital
Fotografia
Instalação
Hiper-realismo
Fotorrealismo
Op art
Arte cinética.
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