06 - Cinetica - Leis
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MATERIAIS E REAGENTES
- 1 suporte para tubos - 3 pipetas graduadas de 10ml
- 1 tripé - 1 béquer de 50ml - Solução de KIO3 (A) 0,023mol/l
- 1 tela de amianto - 1 béquer de 400ml
- 1 termômetro - frasco lavador - Solução de NaHSO3 (B) 0,0075mol/l
- 1 bastão de vidro - fósforo
- 12 tubos de ensaio - cronômetro
- 1 escova para tubos
INTRODUÇÃO
O estudo cinético e mecanístico de uma reação química consiste inicialmente em determinar a lei
de velocidade (eq. de velocidade) e a constante de velocidade, freqüentemente em diferentes
temperaturas. A determinação da lei de velocidade só é possível experimentalmente. Assim sendo,
vários métodos experimentais têm sido desenvolvidos. Entre eles temos o método de Isolamento, que
consiste em ter a concentração de todos os reagentes, exceto a de um, em grande excesso. Isto é, se
temos a reação: A + B Produtos, e se a concentração de B está em grande excesso, uma boa
aproximação é considerar sua concentração constante. Assim, supondo uma reação de 2a ordem global,
ou seja:
v = kCACB, nós podemos assumir que CB é constante, então CB = b.
Logo: v = k’CA, onde k’= kb
que é uma lei de velocidade de 1a ordem. É uma lei que foi forçada a ir para a 1a ordem, por assumir
que CB é constante. Esta é a chamada lei de velocidade de Pseudo-primeira Ordem. Desta forma
podemos determinar a lei completa de velocidade.
Um outro método normalmente utilizado é o método da velocidade inicial, freqüentemente usado
em conjunto com o método de isolamento. Ele consiste em medir a velocidade no início da reação para
vários valores de concentração inicial dos reagentes.
Assim sendo para a reação acima podemos supor que: v = k’CA, mas no início CA = a.
Portanto: vo = k’a (Velocidade inicial).
Rearranjando esta equação temos:
lnvo = lnk’ + lna
Esta equação está nos dizendo que lnvo varia linearmente com o lna, ou seja, um gráfico de lnvo vs lna
é uma reta cuja a inclinação é a ordem da reação.
A reação que nós vamos estudar é a seguinte:
Temos que a ordem da reação com relação ao íon bissulfito (HSO3-) é de 1a ordem. Consequentemente
a lei de velocidade será:
d[HSO 3 ]
v k[HSO 3 ]1[IO3 ]α
dt
Para que nós tenhamos a expressão de velocidade completa é necessário determinar a ordem da reação
com relação ao íon iodato (IO3-) e a constante de velocidade a uma dada temperatura. Para isto iremos
utilizar o método da velocidade inicial.
Temos também que a grande maioria das reações a velocidade aumenta com o aumento da
temperatura. Arrhenius foi quem propôs inicialmente uma relação entre a constante de velocidade k e a
temperatura (de forma empírica), como sendo: k A e E a / RT . Onde A é uma constante chamada fator
de freqüência ou fator pré-exponencial, Ea é a energia de ativação, R a constante universal dos gases e
T a temperatura termodinâmica(em Kelvin). Sendo que A está relacionado com o número de colisões
entre as moléculas reagentes e Ea é a energia mínima que os reagentes devem ter para transformar em
produtos. Ou seja somente as moléculas que possuírem uma energia superior a um certo valor crítico,
denominado energia de ativação, são capazes de reagir.
Rearranjando a equação de Arrhenius temos:
Ea 1
ln k ln A .
R T
Assim conhecendo a lei de velocidade de uma reação podemos determinar a constante de velocidade
em diferentes temperatura. Com estes dados podemos obter um gráfico de lnk vs 1/T que, de acordo
com a equação de Arrhenius deve ser linear. Onde do coeficiente angular determinamos a energia de
ativação (Ea) e do coeficiente linear o fator pré-exponencial (A).
Como nesta prática encontraremos a lei de velocidade para reação do bissulfito com o iodato e
assim determinando a velocidade desta reação em diferentes temperaturas teremos condições de
encontrar a energia de ativação e o fator pré-exponencial.
Esta prática tem como objetivo a determinação da lei de velocidade para a reação do bissulfito-
iodato, a constante de velocidade e a energia de ativação.
PARTE EXPERIMENTAL
O que iremos fazer é determinar o tempo necessário para que certa quantidade fixa de íons
bissulfatos seja consumida. Para que possamos saber o término da reação iremos usar como indicador
as seguintes reações:
os íons iodetos reagem com os íons iodatos (a quantidade inicial é sempre superior a quantidade
estequiométrica) remanescentes para produzir iodo livre que reagiram com a amido resultando em uma
solução azul. Esta mudança de cor indica o término da reação.
Experimentos realizados em baixas concentrações tem demonstrado que a velocidade desta reação
é praticamente constante, isto é, a concentração decresce quase que linearmente durante o consumo de
uma quantidade fixa de bissulfito.
Desse modo a velocidade média:
Δ[HSO 3 ]
v é uma boa aproximação para a velocidade inicial:
Δt
d[HSO 3 ] Δ[HSO 3 ]
vo k[HSO 3 ]o [IO3 ]αo
dt Δt
1.1 Procedimento - (1a Parte)
d[HSO 3 ] Δ[HSO3 ]
v k[HSO 3 ]1[IO3 ] .
dt Δt
Assim para um dado par de concentrações de HSO3- e IO3- podemos medir a velocidade em
diferentes temperaturas e determinar a energia de ativação com base na equação de Arrhenius.
a) Em 5 tubos de ensaio colocar em cada um 1,5ml de solução de KIO3 mais 3,5ml de água (A).
b) Em outros 5 tubos de ensaio colocar 5ml de solução de NaHSO3 (B).
c) Montar um sistema como mostra a figura abaixo:
d) Introduzir no béquer um tubo de ensaio do item a e um do item b e um termômetro.
e) Esperar de 1 a 2 minutos até que a temperatura dos tubos se iguale a temperatura da água.
f) Adicionar o conteúdo de um tubo no outro, acionar o cronômetro, agitar vigorosamente e colocar o
tubo dentro do béquer com a água.
g) Observar atentamente, o momento em que perceber o primeiro sinal de
mudança de cor, anotar o tempo gasto e a temperatura em que a reação
ocorreu, na tabela 2.
h) Colocar no béquer um tubo de ensaio (A) e outro (B) e aquecer a água
do béquer aproximadamente 20oC acima da temperatura anterior.
i) Nesta temperatura repetir o mesmo procedimento dos itens d, e e f.
Obs. : Anotar corretamente a temperatura e o tempo gasto necessário
para ocorrer a reação.
j) Resfriar a água do béquer para aproximadamente 5C abaixo da
temperatura anterior e assim, repetir os procedimentos anteriores.
k) Assim a cada variação para baixo de 5C efetuar uma reação conforme
os itens anteriores.
Observação: Para cada experimento anotar corretamente a temperatura e
tempo.
Tabela 1 - Dados necessários para obtenção da ordem de reação em relação o íon IO3- e a lei de
velocidade.
Exp [HSO3-] mol/L [IO3-] mol/L T (k) t (s) vo= [HSO3-]/t k lnk 1/T (k)
1 0,00375 0,00345
5 0,00375 0,00345
4 0,00375 0,00345
3 0,00375 0,00345
2 0,00375 0,00345
Relatório
De acordo com os dados obtidos no experimento (tabela 1 e 2), construir os gráficos que
necessários para determinar: