Abordagem Qualitativa X Abordagem Quantitativa - FREIRE
Abordagem Qualitativa X Abordagem Quantitativa - FREIRE
Abordagem Qualitativa X Abordagem Quantitativa - FREIRE
Flick (p. 21) também analisa a pesquisa quantitativa e observa que os princípios
norteadores da pesquisa e do planejamento nessa linha de abordagem em pesquisa são
utilizados com as seguintes finalidades:
• Isolar claramente causas e efeitos, buscando, ao máximo, controlar as condições
e as relações em que os fenômenos estudados ocorrem a fim de melhor classificá-los e
garantir a clareza e a validade das relações causais identificadas.
• Operacionalizar adequadamente relações teóricas.
• Medir e quantificar fenômenos (por exemplo, classificando os fenômenos de
acordo com sua frequência e distribuição).
• Desenvolver planos de pesquisa que permitam a generalização das descobertas
e permitam formular leis gerais, o que implica em minimizar, tanto quanto possível, as
influências do pesquisador, do entrevistador etc., buscando garantir a objetividade do
estudo (o que implica em desconsiderar, muitas vezes, grande parte das opiniões
subjetivas, tanto do pesquisador quanto dos indivíduos submetidos ao estudo).
Essas características descritas por Flick relacionam-se à realização de
levantamentos e métodos quantitativos e padronizados (já que se busca,
frequentemente, nessa linha de abordagem, identificar padrões de ocorrência, sua
frequência e distribuição, por exemplo) e a um interesse especial em aperfeiçoar os
instrumentos de coleta de dados e de análise estatística dos mesmos. Divergem,
portanto, das pesquisas eminentemente subjetivistas.
Observa-se, pela análise de Flick, que o tipo de interesse (e, portanto, de questão
de pesquisa) que conduz a uma abordagem objetivista é essencialmente distinta dos
interesses e questões que conduzem a uma abordagem predominantemente
subjetivista, cujas respostas não dependem, necessariamente, de padronização ou de
quantificação.
Outros autores que abordam a temática da polarização entre pesquisa
quantitativa e pesquisa qualitativa, como Santos Filho e Gamboa (2002), já citados,
também enfatizam a implicação das visões de mundo implícitas ao processo de pesquisa
e acrescentam que