Melo & Farias, 2015 Gestão de Tempo PDF

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 10

ISSN 1984-9354

GERENCIAMENTO DO TEMPO E DA ROTINA DE


TRABALHO: UM ESTUDO DE CASO NUMA AGÊNCIA DO
BANCO BRADESCO S/A

Área temática: Gestão Estratégica e Organizacional

Edvonaide Priscila Soares Melo


ed_priscila_melo@hotmail.com
Ana Paula da Silva Farias
ana_paula2778@hotmail.com

Resumo: O tempo é um recurso precioso e as organizações estão cada vez mais exigentes com a sua gestão. Gerir o
tempo é criar um instrumento capaz de orientar o desempenho e a rotina de trabalho, de maneira eficaz. Sendo assim,
esse trabalho tem como objetivo analisar como se trabalha a gestão do tempo e da rotina de trabalho numa agência do
Banco Bradesco, localizada em Afogados da Ingazeira, interior do Estado de Pernambuco. Para atingir tal objetivo,
utilizou-se uma pesquisa caracterizada como explicativa e exploratória, com abordagem qualitativa e o estudo de caso
como método. Como principal resultado da pesquisa, tem-se a necessidade de melhoria da gestão do tempo e da rotina
de trabalho entre os empregados da agência.

Palavras-chaves: Tempo, rotina, gestão, trabalho, pessoas.


XI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO
13 e 14 de agosto de 2015

1. INTRODUÇÃO
O gerenciamento do tempo tende a ser visto pelas organizações como uma arma competitiva. O
tempo é equivalente a dinheiro, produtividade, qualidade e inovação. Administrá-lo tem feito com que
as organizações reduzam seus custos e ofereçam uma ampla linha de produtos, cobrindo mais
segmentos de mercado e aumentando a sofisticação tecnológica dos seus produtos (HELMS &
ETTKIN, 2000).
Na prática, gerir o tempo adequadamente é determinar, no início da jornada de trabalho, um
roteiro de prioridades, ou seja, é fazer uma reflexão sobre o que deve ser feito naquele dia e o que pode
ser feito, posteriormente (ANDRADE & TIAGO, 2006).
Vê-se, portanto, que a gestão do tempo se relaciona com o planejamento de uma rotina de
trabalho, que tem como objetivo estabelecer, manter e melhorar os padrões de qualidade,
produtividade e segurança dos procedimentos e dos processos que serão executados. O gerenciamento
da rotina e do tempo permite ganhos relacionados a qualidade, confiabilidade operacional e aumento
da competitividade (CAMPOS, 1998).
Assim, esse artigo tem como objetivo analisar como se trabalha a gestão do tempo e da rotina
de trabalho numa agência do Banco Bradesco, localizada em Afogados da Ingazeira, interior do Estado
de Pernambuco.

2. GESTÃO DO TEMPO
Gerir o tempo, de acordo com Andrade e Tiago (2006), é uma força de expressão, pois ele é
sempre igual. Uma hora tem sempre 60 minutos e um minuto sempre 60 segundos. A principal
diferença está em como se aproveita esse tempo.
Hindle (1998) garante que o tempo é um recurso precioso e as organizações estão cada vez
mais exigentes com a sua gestão. Principalmente quando se tem atividades interdependentes, que é o
caso da maior parte das empresas. Silveira (2002), afirma que as atividades nas organizações estão
cada vez mais colaborativas e a não execução de uma tarefa, pode comprometer o resultado de todo o
processo.
Portanto, a gestão baseada no tempo implica no comprometimento de todos os empregados, de
todos os setores da organização, com pleno aproveitamento do tempo e qualidade do produto/serviço a
ser entregue, seja ele para o consumidor final ou para o próximo elo da cadeia produtiva. Envolve

2
XI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO
13 e 14 de agosto de 2015

também a criação de estratégias administrativas e operacionais, além da revisão do processo


operacional e fluxo de informações, dentre outras ações (GUERREIRO & SOUTES, 2013).
Com o excesso de tarefas, o empregado, muitas vezes, não sabe por onde deve começar. Nesse
sentido, planejar o tempo para a execução das tarefas é importante para orientar o desempenho dos
profissionais nas empresas. Segundo Maitland (2000) planejar as atividades com base no tempo pode
oferecer vários benefícios, dentre eles: maior controle; aumento da produtividade e do tempo livre; e,
maior transparência.
Além do planejamento adequado do tempo, há de se pensar em outro aspecto: qual tarefa
executar primeiro? Para Alvarães (2004), um dos grandes problemas associados a gestão do tempo está
relacionado com a diferenciação de três elementos básicos: a urgência, a importância e a prioridade.
Junqueira (1998) enfatiza que as atividades urgentes são aquelas que devem ser realizadas
dentro de um prazo específico e, podem ou não, ser importantes. As atividades importantes são aquelas
relacionadas com o objetivo do negócio. E as atividades prioritárias combinam o caráter de urgência e
importância. Então, deve-se começar o dia executando as atividades prioritárias.
Na visão de Covey (2004), é possível classificar as atividades diárias, em quatro tipos de
situações: as importantes e urgentes, as importantes e não urgentes, as não importantes e urgentes e as
não importantes e não urgentes. O quadro 1 ilustra essas situações.

URGENTE NÃO URGENTE


I II
IMPORTANTE

Crises Prevenção de problemas


Problemas com prazo Desenvolvimento de relacionamentos
Problemas urgentes Identificação de oportunidades
Planejamento, recreação

III IV
IMPORTANTE

Interrupções, telefone Detalhes, pequenas tarefas


NÃO

Relatórios e correspondências Correspondências


Questões urgentes próximas Perda de tempo
Atividades populares Atividades agradáveis

Quadro 1 – Teoria dos Quadrantes.


Adaptado de Covey (2004).

Como se vê, a utilização de uma classificação das atividades é um elemento essencial na gestão
do tempo e pode gerar a redução ou extinção de empecilhos no desenvolvimento do trabalho como,

3
XI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO
13 e 14 de agosto de 2015

por exemplo, o excesso de tarefas, de papéis, de interrupções, de telefonemas, de reuniões e a


tendência a procrastinação (CHAVES, 1992).

3. GESTÃO DA ROTINA DE TRABALHO


Ao se falar da gestão do tempo e da importância de se estabelecer as tarefas que serão
executadas diariamente, chega-se ao conceito de rotina de trabalho. Essa está sendo objeto de estudo
de muitos pesquisadores. Há um consenso de que ela é fundamental para explicar as diferenças
existentes no desempenho, no que se refere ao desenvolvimento de processos ou serviços inovadores,
entre as instituições (KNOTT & MCKELVEWY, 1999 apud BECKER, 2003).
Estabelecer e gerenciar a rotina do trabalho é formar um conjunto de ações e verificações
diárias, conduzidas com o máximo de cuidado, dedicação, prioridade e autonomia. É instituir o senso
de responsabilidade nas pessoas para o cumprimento das obrigações que lhes são conferidas
(CAMPOS, 2004).
Ainda segundo o autor, o gerenciamento da rotina está centrado nos seguintes princípios:
- Na perfeita definição da autoridade e da responsabilidade de cada pessoa;
- Na padronização dos processos de trabalho;
- No monitoramento dos resultados destes processos e sua comparação com as metas;
- Na ação corretiva do processo, a partir dos desvios encontrados nos resultados, quando
comparados com as metas;
- Num bom ambiente de trabalho e na máxima utilização do potencial mental das pessoas; e,
- Na busca contínua da perfeição.
Verifica-se, então, que gerenciar a rotina é, por si só, um processo que pode ser aplicado a
qualquer tipo de departamento ou setor da organização que tenha como objetivo a plena satisfação do
cliente por meio de controle sistemático e da melhoria contínua de cada microprocesso em base diária
e progressiva (GALGANO, 1994).
Para Marshall Júnior e Cierco (2006), o gerenciamento da rotina busca a eficiência dos
processos organizacionais, através da padronização do trabalho para evitar mudanças que possam
comprometer a qualidade estabelecida.
E Carvalho (2005) acrescenta que esse gerenciamento é responsabilidade de cada empregado e
esse deve receber o constante acompanhamento do gestor na execução da rotina, a fim de maximizar o
seu desempenho.

4
XI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO
13 e 14 de agosto de 2015

4. CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO
O Banco Bradesco S.A. iniciou suas atividades em 10 de março de 1943, no interior do Estado
de São Paulo. Em, apenas, oito anos de existência o banco assumiu a liderança como maior instituição
financeira privada do Brasil. E, com dezesseis anos de atuação, foi considerado o maior banco privado
da América Latina.
A organização tem como missão fornecer soluções, produtos e serviços financeiros e de
seguros com agilidade e competência, principalmente por meio da inclusão bancária e da promoção da
mobilidade social, contribuindo para o desenvolvimento sustentável e a construção de relacionamentos
duradouros para a criação de valor aos acionistas e a toda a sociedade. Quanto à visão, espera ser
reconhecida como a melhor e mais eficiente instituição financeira do Brasil e pela atuação em prol da
inclusão bancária e do desenvolvimento sustentável.
A trajetória do banco é marcada pelo pioneirismo e liderança em tecnologia e atendimento ao
cliente. Foi uma das primeiras empresas brasileiras a usar computadores para administrar seus
negócios e um dos primeiros bancos da América do Sul a automatizar suas operações, iniciando uma
revolução tecnológica no mercado financeiro do Brasil, com operações instantâneas. Também foi
responsável pela primeira rede privada de comunicação de dados via satélite, o primeiro home banking
e o Alô Bradesco – um serviço inédito de atendimento ao consumidor. Possui uma forte política de
sustentabilidade, ações voluntárias e programas sociais viabilizados através da Fundação Bradesco.
A agência do Banco Bradesco escolhida para esse estudo está localizada em Afogados da
Ingazeira, interior do Estado de Pernambuco. Foi constituída no município em 1994. Atualmente,
possui quinze funcionários, sendo 1 gerente geral, 1 gerente pessoa física, 1 gerente pessoa jurídica, 1
gerente administrativo, 6 gerentes vinculados aos postos de atendimento, 3 supervisores, 1 caixa e 1
estagiária, além de possuir serviços terceirizados de limpeza, vigilância, seguros e previdência social.
A agência é responsável por 8 postos de atendimento distribuídos nos municipios de Água
Branca, Carnaíba, Iguaraci, Ingazeira, Juru, Quixaba, Solidão e Tuparetama, todos equipados com
máquinas para autoatendimento.
A agência de Afogados da Ingazeira é de extrema importância tanto para cidade sede, como
para as cidades circunvizinhas, pois concentra um grande número de correntistas que utilizam os
serviços do banco diariamente, contribuindo para o desenvolvimento econômico da região.

5. MATERIAL E MÉTODOS

5
XI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO
13 e 14 de agosto de 2015

A presente pesquisa é caracterizada como descritiva e exploratória. É descritiva pois tem como
objetivo descrever as características de determinado fenômeno, estabelecendo relações entre possíveis
variáveis. E é exploratória porque apresenta investigações que possuem o objetivo de formular
questões ou um problema, com três finalidades: formular hipóteses, aumentar a familiaridade do
pesquisador com o ambiente e esclarecer conceitos (MARCONI & LAKATOS, 2007)
A abordagem utilizada na pesquisa foi a qualitativa que, de acordo com Denzin e Lincoln
(2005), consiste num conjunto de práticas interpretativas e materiais que tornam o mundo visível.
Essas práticas transformam o mundo, fazendo dele uma série de representações, incluindo notas de
campo, entrevistas, conversas, fotografias, gravações e anotações pessoais.
Como método, o estudo de caso foi utilizado. Esse pode ser entendido como uma estratégia
quando se quer responder perguntas do tipo “como” e “por quê”, quando o investigador tem pouco
controle sobre os acontecimentos e quando o foco da pesquisa é sobre um fenômeno contemporâneo,
dentro de um contexto da vida real (YIN, 2003).
De maneira geral, a pesquisa seguiu as seguintes etapas:
1ª Etapa - Pesquisa bibliográfica, com revisão da literatura para melhor definição do problema
e objetivo de pesquisa;
2ª Etapa – Entrevistas semiestruturadas com os principais gestores da agência, abordando
aspectos da gestão do tempo e da rotina de trabalho;
3ª Etapa – Análise dos dados coletados e redação final do artigo.
Todas as etapas dessa pesquisa foram desenvolvidas no período compreendido entre os meses
de novembro/2014 e janeiro/2015.

6. SITUAÇÃO PROBLEMA
A agência do Bradesco de Afogados da Ingazeira atinge índices de produtividade e
performance excelentes, no tocante ao atingimento das metas impostas pelo grupo Bradesco, como um
todo. Mesmo apresentando um reduzido número de empregados e uma demanda de trabalho bastante
alta.
No entanto, observou-se que a agência enfrenta problemas, no tocante as despesas mensais.
Essas despesas estão relacionadas com o pagamento de salários, deslocamento de empregados,
material de limpeza e administrativo, carro forte, telefone, energia elétrica, entre outras. Isso faz com
que os resultados obtidos sejam ofuscados, o que, de certa forma, impede que a agência possa

6
XI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO
13 e 14 de agosto de 2015

concorrer ao prêmio do Programa de Objetivos Anual (POBJ) e ser reconhecida como uma agência
que apresenta crescimento adequado ao seu porte.
O que mais chama atenção no rol das despesas mensais é o elevado número de horas extras que
são realizadas pelos empregados. A hora extra é um suplemento legal que pode ser anexado a jornada
de trabalho diária. Nos termos da lei, mediante acordo individual ou coletivo, o empregado que faz
hora extra trabalha até duas horas a mais, por dia. Ao realizar hora extra, o empregado deve ser
remunerado com, no mínimo, 50% a mais do valor da hora normal, em dias úteis. As horas extras
geram outra despesa adicional, que é o descanso semanal remunerado, previsto em lei.
Ao coletar informações com os gestores, verificou-se que o excesso de horas extras pode estar
associado a dificuldade que os empregados possuem em administrar o tempo de execução de suas
atividades e o estabelecimento de uma rotina de trabalho diária. A maioria dos empregados têm uma
jornada de trabalho de oito horas diárias e essas não estão sendo suficientes para o fechamento das
atividades.
Observou-se que cada empregado está preocupado, apenas, com as atividades inerentes a seu
cargo. Não há colaboração entre os membros no desenvolvimento das tarefas. Além disso, perde-se
muito tempo com tarefas que não agregam nenhum valor para a instituição como, por exemplo, a
digitalização de contratos e tarefas importantes são deixadas para depois como a comercialização de
produtos ou serviços e a prospecção de negócios.

7. PROPOSTA DE INTERVENÇÃO
Ao analisar a situação problema descrita acima, foi elaborada uma proposta de intervenção que
tem como objetivo conscientizar a equipe de empregados sobre a importância do gerenciamento do
tempo e da rotina de trabalho. A proposta é apresentada, a seguir.

1º Passo: Conscientização de todos os empregados da agência


A primeira ação é a realização de uma reunião com toda a equipe de trabalho, com a finalidade
de esclarecer como pode ser feito o gerenciamento do tempo e da rotina de trabalho em prol de bons
resultados da agência.
É um processo de sensibilização que busca o reconhecimento, por parte do grupo, dos
problemas enfrentados e da necessidade de mudança, que pode ser incorporada a cultura
organizacional.

7
XI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO
13 e 14 de agosto de 2015

2º Passo: Conhecer o funcionamento da empresa


Elaborar, em conjunto, um fluxograma que contenha os processos da organização. É necessário
discutir como a agência está funcionando e como ela deve funcionar. O objetivo principal dessa etapa
é identificar quais são as atividades críticas da empresa e classificá-las em três grupos: atividades
importantes, atividades prioritárias e atividades urgentes.
É nessa fase que se determina: quais as atividades são necessárias para atender a demanda
diária, quais atividades são dependentes entre si, quais recursos (humanos e materiais) deverão ser
utilizados e qual a estimativa de tempo para a conclusão das atividades.

3º Passo: Planejar ações de melhoria para a gestão do tempo e da rotina de trabalho


Essa é a fase de se criar um plano de ação, de estabelecer, com todo o grupo, as rotinas
prioritárias, os limites de controle, os indicadores de qualidade, os métodos que serão utilizados, a
frequência com que se realizará tal atividade e os responsáveis pelo controle das ações.
Deve-se criar um sistema aberto, capaz de envolver todos os empregados, que poderão sugerir
melhorias a serem incorporadas no plano de ação. É necessário que os empregados deixem claro o que
podem ou não fazer. É importante estabelecer quais habilidades e conhecimentos são requeridos em
cada atividade/função.
Em suma, deve-se estabelecer:
- A ordem em que as atividades devem ser feitas;
- Qual a maneira mais eficiente de realizá-las;
- A padronização das rotinas críticas da operação;
- As técnicas de reprogramação ou delegação das atividades que não façam parte da meta
principal; e,
- A forma de acompanhamento dos resultados.

4º Passo: Implementação das ações planejadas


Após a fase de planejamento, deve-se executar tudo o que foi acordado pelo grupo. Deve haver
um compromisso com a mudança de hábitos, com a organização do local de trabalho, com os horários
e com a programação diária, que deve ser cumprida.

5º Passo: Processo de avaliação

8
XI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO
13 e 14 de agosto de 2015

Nessa etapa, faz-se uma verificação dos efeitos positivos e negativos do estabelecimento das
práticas relacionadas a gestão do tempo e da rotina de trabalho. Deve haver um reforço dos aspectos
positivos e a proposição de melhorias para as situações em que se tem dificuldade.

8. CONCLUSÃO
A utilização correta do tempo e o estabelecimento de uma rotina de trabalho adequada são
fatores que podem influenciar no desempenho final de uma organização. No caso específico da
Agência do Bradesco em estudo, os gastos referentes ao pagamento de horas extras têm influenciado e
impedido o seu crescimento.
Nota-se que os empregados estão preocupados com o atingimento das metas, mas não
apresentam um processo correto para atingi-las, com maior eficiência e envolvendo todo o grupo.
Assim, faz-se necessário repensar a forma como estão sendo geridos os processos de trabalho e criar
mecanismos para o melhor aproveitamento do tempo diário disponível.
Portanto, foi criada uma proposta de intervenção que propõe o trabalho em grupo para o
entendimento do funcionamento da organização, para a definição das atividades prioritárias, das
habilidades necessárias e o estabelecimento de uma rotina diária para cada profissional, com
supervisão dos principais gestores.
A ideia principal é fazer com que todos conheçam as atividades que podem ser executadas em
conjunto, aquelas que são interdependentes e garantir o comprometimento de sua execução em prol da
organização como um todo, ressaltando o sentido colaborativo que, atualmente, não está presente.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALVARÃES, A. Considerações sobre administração do tempo, 2004. Disponível em: <
http://carreiras.empregos.com.br/carreira/administracao/ge/sucesso/tempo/020804-
administracao_tempo_alvaraes.shtm>. Acesso em: 28 mar. 2015.
ANDRADE, J. G.; TIAGO, R. A. A busca: alcance sucesso profissional transformando sua vida
pessoal. Barra Bonita: Solidum, 2006.
BECKER, M. The concept of routines twenty years after Nelson and Winter 1982 a review of the
literature. Druid Working Paper, 2003. Disponível em: http://www3.druid.dk/wp/20030006.pdf.
Acesso em: 20 de out. 2014.
CAMPOS, V. F. Gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia. Rio de Janeiro: Bloch, 1998.

9
XI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO
13 e 14 de agosto de 2015

CAMPOS, V. F. Qualidade total: padronização de empresas. Nova Lima: INDG, 2004.


CARVALHO, M. M. et al. Gestão da qualidade: teoria e casos. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005.
CHAVES, E. Administrar o tempo é planejar a vida, 1992. Disponível em:
http://www.cursoseducar.com.br/salavirtual/pedagogia/Administracao%20do%20Tempo.pdf. Acesso
em: 30 dez. 2014.
COVEY, S. R. Os 7 hábitos das pessoas altamente eficazes. 21. ed. Rio de Janeiro: Best Seller,
2004.
DENZIN, N. K.; LINCOLN, Y. S. Handbook of qualitative research. Thousand Oaks: Sage, 2005.
GALGANO, A. Calidad total: clave estratégica para la competitividad. Bogotá: Diaz de Santos,
1994.
GUERREIRO, R.; SOUTES, D. O. Práticas de gestão baseadas no tempo: um estudo em empresas dos
Brasil. Revista Contabilidade & Finanças, São Paulo, v. 24, n. 63, p. 181-194, set./out./nov./dez.
2013.
HELMS, M. M.; ETTKIN, L. P. Time-based competitiveness: a strategic perspective.
Competitiveness Review, v. 10, n. 2, p. 1. 2000.
HINDLE, T. Como gerir o seu tempo. São Paulo: Civilização Editora, 1998.
JUNQUEIRA, L. A. C. Administração do tempo: um programa de autodesenvolvimento. 3. ed.
Rio de Janeiro: COP, 1998.
MAITLAND, I. Administre seu tempo. São Paulo: Nobel, 2000.
MARCONI, M. A.; LAKATOS, E. M. Fundamentos de metodologia científica. 6 ed. São Paulo:
Atlas, 2007.
MARSHALL JUNIOR, I.; CIERCO, A. A. Gestão da qualidade. 8. ed. Rio de Janeiro: FGV, 2006.
SILVEIRA, M. Está sem Tempo? Revista Você S/A, São Paulo, p. 26-35, mar. 2002.
YIN, R. K. Estudo de caso: planejamento e métodos. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2001.

10

Você também pode gostar