Came Seguidor2017 PDF
Came Seguidor2017 PDF
Came Seguidor2017 PDF
U
P
-E
R
Sumário
M
P
1 Introdução 1
2 Metodologia de Projeto 2
2.1 Divisão do Movimento em Etapas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
SP
2.2 Diagrama SVAJ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
2.3 Condições de Contorno . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
U
P
3 Equacionamento do Perfil do Came pela Curva Cicloidal 5
-E
4 Influência do Valor do Raio da Circunferência de Base 9
R
5 Equacionamento do Perfil do Came por Polinômios 10
M
P
6 Projeto de Came com Apenas uma Etapa de Repouso 12
7 Ferramentas Computacionais 14
8 Exercícios Propostos 15
SP
Referências 15
U
P
-E
R
M
1 Introdução
P
Cames são mecanismos compactos utilizados para movimentos cíclicos com deslocamentos de
pequena amplitude, normalmente com intervalos de repouso. Comparado aos mecanismos planos de
SP
4 barras, seu custo pode ser mais alto pois seu perfil complexo encarece a fabricação. Entretanto,
os cames têm a vantagem de oferecer intervalos de repouso justapostos aos movimentos alternados,
U
Esta apostila visa dar uma noção introdutória de projeto de cames. Serão abordados com certa
-E
profundidade dois métodos convenientes de projeto de cames com seguidor tipo rolete: com perfis de
R
A figura 1 mostra meio ciclo do movimento linear alternado de um seguidor e seu came. Note
P
o formato oval popular em cames, enquanto que o seguidor tipo rolete possui uma mola para forçar
o contato com a superfície do came. Nesse caso, o seguidor descreve um movimento alternado na
vertical, com amplitude H dada pela diferença entre o ponto da superfície do came mais afastado
SP
do seu centro e o ponto da superfície do came mais próximo do centro. Note, também, que a figura
mostra um caso particular em que a linha de movimentação do seguidor passa pelo centro de rotação
U
Já a figura 2 mostra uma configuração genérica de um came com seguidor tipo rolete, com a
-E
respectiva nomenclatura. O raio de base representa a circunferência com centro no pivô do came e
R
1
P
SP
U
P
-E
R
M
P
SP
U
P
Figura 1: Meio ciclo de movimentação (descida) de um came com seguidor tipo rolete.
-E
R
M
P
SP
U
P
-E
R
M
P
2 Metodologia de Projeto
U
P
A primeira fase de projeto consiste na interpretação dos requisitos para encontrar as condições
-E
de contorno das equações do perfil do came, o período e a velocidade uniforme de rotação do came.
R
em que um seguidor do tipo rolete realize ciclicamente a seguinte sequência de movimentos lineares
P
-E
alternados: a)repouso na posição mais baixa durante um intervalo de 2s; b)subida até uma posição
elevada de uma altura h num intervalo de 1s; c)repouso na posição mais alta durante um intervalo de
R
M
2
P
SP
3s; d)descida até a posição mais baixa durante um intervalo de 2s.
Para simplificar vamos considerar que a linha de movimentação do seguidor passe pelo centro de
U
rotação do came, ou seja, não há excentricidade entre o came e o seguidor.
P
-E
R
2.1 Divisão do Movimento em Etapas
M
Neste exemplo:
P
Etapa I: Repouso, posição baixa, tI = 2s.
Etapa II: Subida até altura h, tII = 1s.
SP
Etapa III: Repouso, posição alta, tIII = 3s.
U
Etapa IV: Descida até a posição baixa, tIV = 2s.
P
O período T deste movimento cíclico será:
-E
T = tI + tII + tIII + tIV = 2 + 1 + 3 + 2 = 8s (2.1)
R
E a velocidade angular correspondente, supondo o movimento do eixo do came circular uniforme,
M
será:
2π 2π π
P
ω= = = rad/s = 45◦ /s (2.2)
T 8 4
Como o movimento é cíclico (periódico), também é possível utilizar uma variável angular ao invés
do tempo. Seja θ a variável global de posição angular, sendo que 0 ≤ θ ≤ 2π. Assim, para cada etapa
SP
encontra-se o intervalo angular correspondente a sua parcela do ciclo:
Etapa I: βI = 82 360◦ = 90◦ = π2 rad
U
P
4
M
Ao invés de trabalhar com a variável global θ, é mais prático definir uma variável local de posição
angular, γ, válida apenas no intervalo considerado. Assim, é possível encontrar uma equação de
perfil do came para cada etapa de subida ou descida em função da variável local γ. Isso será visto
SP
mais adiante.
U
Supondo o movimento do came com velocidade de rotação uniforme para simplificar, a relação
P
γ = ωt (2.3)
R
=ω (2.4)
dt (2.5)
P
dγ = ωdt
ω
βII
• Etapa II (subida): 0 ≤ γ ≤ βII ou 0≤t≤
U
ω
P
βIII
• Etapa III (repouso em H): 0 ≤ γ ≤ βIII ou 0≤t≤
-E
ω
βIV
R
3
P
SP
2.2 Diagrama SVAJ
U
O próximo passo é começar a preparar o Diagrama SVAJ (S deslocamento, V velocidade, A
P
aceleração, J tranco - jerk). O tranco é considerado como a primeira derivada da aceleração.
-E
Considerando que a velocidade, a aceleração e o tranco são nulos por todo o intervalo das etapas
R
de repouso, começamos o diagrama pelas etapas de repouso, figura 3.
M
P
SP
U
P
-E
R
M
P
SP
Note as etapas bem definidas no diagrama, de acordo com os intervalos β definidos anteriormente.
Note, também, que o diagrama para deslocamento (S) apresenta uma região de repouso em zero e
R
As condições de contorno são estabelecidas com a ajuda do Diagrama SVAJ, como na figura 4.
SP
Sempre existirão 8 condições de contorno tanto para a subida como para a descida.
As condições de contorno, considerando as variáveis locais de ângulo γ em cada intervalo, são:
U
S(0) = 0 S(βII ) = h
-E
V (0) = 0 V (βII ) = 0
R
A(0) = 0 A(βII ) = 0
M
J(0) = 0 J(βII ) = 0
P
J(0) = 0 J(βIV ) = 0
U
P
-E
4
P
SP
U
P
-E
R
M
P
SP
U
P
-E
Figura 4: Condições de Contorno no Diagrama SVAJ.
R
M
P
βII
S(t = 0) = 0 S(t = ω
) =h
βII
V (t = 0) = 0 V (t = ω
) =0
SP
βII
A(t = 0) = 0 A(t = ω
) =0
U
βII
J(t = 0) = 0 J(t = ω
) =0
P
βIV
S(t = 0) = h S(t = ω
)=0
R
βIV
V (t = 0) = 0 V (t = )=0
M
ω
βIV
P
A(t = 0) = 0 A(t = ω
)=0
βIV
J(t = 0) = 0 J(t = ω
)=0
SP
Todo projeto adequado de came deve garantir pelo menos a condição de continuidade em todos
-E
no tranco pode ser descartada na maioria dos projetos para baixas e médias velocidades. Entretanto,
M
se a velocidade do came for muito alta e se for imprescindível evitar vibrações, então também será
P
necessário impor condição de continuidade para o tranco por todo o ciclo. O método que utiliza a
curva cicloidal não impõe continuidade para o tranco.
Nesse método, o ponto de partida é impor uma curva senoidal para a aceleração de forma a
satisfazer as condições de contorno. A partir daí, a equação para velocidade é encontrada por
SP
integração da equação da aceleração. A curva do deslocamento, por sua vez, é encontrada por
U
5
P
SP
Assim, para a subida ou descida, impõe-se uma aceleração do tipo senoidal:
U
P
γ
A(γ) = C0 sin(2π ) (3.1)
-E
β
R
Integração da aceleração para encontrar a velocidade. Lembrar que deve ser feita a integração no
M
tempo. Atenção nas variáveis! Substituindo a equação 2.3 na equação 3.1:
P
ωt
A(t) = C0 sin(2π ) (3.2)
β
Então,
SP
β γ β ωt
U
V (t) = −C0 cos(2π ) + C1 = −C0 cos(2π ) + C1 (3.3)
2πω β 2πω β
P
-E
R
β2 γ γ β2 ωt ωt
S(t) = −C0 2 2 sin(2π ) + C1 + C2 = −C0 2 2 sin(2π ) + C1 + C2 (3.4)
M
4π ω β ω 4π ω β ω
P
Note que a equação 3.4 de deslocamento na subida (ou na descida) é formada pela superposição
de duas curvas simples: uma senóide e uma reta. Assim, essa curva recebe o nome de “ciclóide”.
Note, também, que existem 3 constantes a determinar. Portanto, é necessário que sejam escolhidas
SP
As seguintes condições de contorno e respectivas equações podem ser escolhidas para a subida:
P
-E
βII
V (t = 0) = 0 =⇒ − C0 + C1 = 0
R
2πω
M
S(t = 0) = 0 =⇒ C2 = 0
P
βII βII
S(t = ω
) =h =⇒ C1 + C2 = h
ω
SP
U
βII
− 2πω 1 0 C0 0
R
0 0 1 C1 = 0
(3.5)
M
βII
0 ω
1 C2 h
P
Portanto,
2πhω 2 2πhω 2
SP
C0 = 2
= 2
βII βsubida
U
hω hω
P
C1 = =
βII βsubida
-E
R
C2 = 0
M
6
P
SP
As seguintes condições de contorno e respectivas equações podem ser escolhidas para a descida:
U
P
βIV
-E
V (t = 0) = 0 =⇒ − C0 + C1 = 0
2πω
R
M
S(t = 0) = h =⇒ C2 = h
P
βIV βIV
S(t = ω
)=0 =⇒ C1 + C2 = 0
ω
SP
U
O sistema de equações resultantes para a descida será:
P
-E
βIV
− 2πω 1 0 C0 0
R
0 0 1 C1 = h
(3.6)
M
βIV
0 ω
1 C2 0
P
Portanto,
2πhω 2 2πhω 2
C0 = − 2
= − 2
βIV βdescida
SP
hω hω
U
C1 = − =−
P
βIV βdescida
-E
C2 = h
R
M
Após o cálculo das constantes, basta substituir nas equações de deslocamento, velocidade e
P
sentido anti-horário, os valores obtidos para as constantes neste exemplo foram: subida C0 = 2π,
-E
podem ser vistos na figura 5 e na figura 6. Note que o gráfico de posição na figura 6 mostra as curvas
M
cicloidais de subida e descida como sendo a superposição (soma) de duas curvas: uma reta e uma
senóide, desenhadas em vermelho.
P
SP
U
P
-E
R
M
7
P
SP
U
P
-E
R
M
P
SP
U
P
-E
Figura 5: Perl do came obtido no projeto usando ciclóide.
R
M
P
SP
U
P
-E
R
M
P
SP
U
P
-E
R
M
P
8
P
4 Inuência do Valor do Raio da Circunferência de Base
SP
U
No exemplo resolvido foi atribuído um valor de raio de base igual a 4 cm para uma altura de
P
elevação de 1 cm. Ver figura 5.
-E
Aumentando-se o raio da circunferência de base é possível obter perfis mais suaves. A figura 7
R
mostra os perfis de cames resultantes para h = 1 cm e raio de base entre 2 cm e 8 cm. Note que o
M
came com raio de base 8 cm tem curvas muito mais suaves (principalmente para a etapa de subida)
P
do que o came com raio de base 2 cm. Entretanto, note que o tamanho do came aumenta.
SP
U
P
-E
R
M
P
SP
U
P
-E
R
M
P
9
P
5 Equacionamento do Perl do Came por Polinômios
SP
U
Outro método bastante interessante para projeto de perfil de cames é por uso de polinômios. Este
P
método permite, inclusive, continuidade no tranco. Entretanto, é mais trabalhoso que o método por
-E
curva cicloidal.
R
Um polinômio genérico de ordem n na variável γ pode ser representado por:
M
γ γ γ γ γ
P (γ) = C0 + C1 ( ) + C2 ( )2 + C3 ( )3 + C4 ( )4 + . . . + Cn ( )n (5.1)
P
β β β β β
Note que um polinômio de ordem n possui n + 1 coeficientes C. O método consiste em usar
para a função de deslocamento S um polinômio de ordem tal que o número de seus coeficientes a
determinar seja igual ao número de condições de contorno. No exemplo visto nesta apostila, há 6
SP
condições de contorno para garantir continuidade até a aceleração, ou 8 condições de contorno para
U
garantir continuidade até o tranco. Assim, deve ser usado um polinômio de ordem 5 ou de ordem 7,
P
respectivamente.
-E
Como exemplo, veremos o mesmo projeto proposto anteriormente mas, agora, garantindo
continuidade até o tranco. Devem ser escolhidos polinômios de ordem 7 tanto para a subida como
R
para a descida, pois essas etapas apresentam 8 condições de contorno cada.
M
P
2 3 4 5 6 7
γ γ γ γ γ γ γ
S(γ) = C0 +C1 +C2 +C3 +C4 +C5 +C6 +C7 (5.2)
β β β β β β β
SP
2 3 4 5 6 7
ωt ωt ωt ωt ωt ωt ωt
-E
(5.3)
M
P
" 2 3 4
ω ωt ωt ωt ωt
V (t) = C1 + 2C2 + 3C3 + 4C4 + 5C5 +
U
β β β β β
P
5 6 #
ωt ωt
-E
" 2 3
ω2
ωt ωt ωt
A(t) = 2 2C2 + 6C3 + 12C4 + 20C5 +
β β β β
4 5 #
ωt ωt
SP
" 2 3 4 #
ω3
ωt ωt ωt ωt
J(t) = 3 6C3 + 24C4 + 60C5 + 120C6 + 210C7 (5.6)
R
β β β β β
M
10
P
SP
Assim, teremos que resolver os seguintes sistemas para encontrar os coeficientes dos polinômios
correspondentes:
U
Subida:
P
-E
1 0 0 0 0 0 0 0
C0 0
R
1 1 1 1 1 1 1 1
C1 h
M
ω
0
β 0 0 0 0 0 0 C2 0
P
0 ω 2ω 3ω 4ω 5ω 6ω 7ω
β C3
= 0
β β β β β β
(5.7)
2ω 2
0 0 β 2 0 0 0 0 0 C4 0
2 2 2 2 2 2
0 0 2ω2 6ω2 12ω2 20ω2 30ω 42ω
C 0
β β β β β2 β2 5
SP
0 0 0 6ω3 0 0 0 0 C6 0
β3
0 0 0 6ω 3 24ω 3 60ω 3 120ω 3 210ω 3 C7 0
U
β3 β3 β3 β3 β3
P
Assim,
-E
R
C0 = C1 = C2 = C3 = 0
M
C4 = 35 C5 = −84 C6 = 70 C7 = −20
P
Descida:
SP
1 0 0 0 0 0 0 0
1 1 1 1 1 1 1 1 C0 h
C1 0
U
ω
0 0 0 0 0 0 0
β C 0
P
7ω 2
0 ω 2ω 3ω 4ω 5ω 6ω
-E
β C3
β β β β β β
= 0 (5.8)
2ω 2
0 0 0 0 0 0 0 C4 0
β2
R
β2 β2 β2 β2 β2 β 2
6ω 3
0 0 0 0 0 0 0 C6 0
P
β3
0 0 0 6ω 3 24ω 3 60ω 3 120ω 3 210ω 3 C7 0
β3 β3 β3 β3 β3
Assim,
SP
C0 = 1 C1 = C2 = C3 = 0
U
P
C4 = −35 C5 = 84 C6 = −70 C7 = 20
-E
11
P
SP
Perfil do Came
U
V(cm/s)
P
-E
R
M
P
SP
U
A(cm/s 2) J(cm/s3)
P
-E
R
M
P
SP
Em alguns casos é necessário projetar um came para a seguinte sequência: repouso - subida -
P
descida (o repouso ocorre na parte mais baixa do deslocamento). Ou repouso - descida - subida (o
repouso ocorre na parte mais elevada). Há apenas uma etapa de repouso. É preciso considerar se o
tempo de subida é igual ao de descida, ou se os tempos são diferentes.
SP
Caso os tempos de subida e descida sejam iguais, a curva será simétrica e o projeto será muito
mais simples. Se a escolha for por curva cicloidal, podem ser obtidas as equações para uma das etapas
U
(subida, por exemplo) e o resultado pode ser rebatido (refletido) para a outra etapa. Se a escolha for
P
por curva polinomial, é possível juntar a subida e a descida numa única etapa e considerar um único
-E
Caso o tempo de subida seja diferente do de descida o projeto se torna mais complicado. Se a
escolha for por curva cicloidal, devem ser obtidas equações para cada uma das etapas. Em geral, há
mudança abrupta de aceleração no ponto de mudança entre subida e descida, figura 9.
SP
Se for escolhido o método de polinômio, é melhor usar um polinômio diferente para cada etapa
(subida e descida), pois o uso de um único polinômio pode trazer resultados inadequados quando não
U
12
P
SP
Perfil
U
P
Veloc.
-E
R
M
P
SP
U
Acel. Tranco
P
-E
R
M
P
SP
Figura 10: Resultados para polinômio em subida descida. Esquerda, uso de um único polinômio
para subida-descida. Direita, uso de polinômios distintos para subida e para descida.
SP
U
P
-E
R
M
13
P
7 Ferramentas Computacionais
SP
U
Programas como Matlab ou Scilab podem ser usados para o projeto de cames pelos métodos
P
vistos aqui (cicloidal, polinômio) ou outros. Para tanto, é necessário escrever funções contendo todo
-E
o equacionamento e os dados do projeto: condições de contorno, período, intervalos em ângulos,
R
sentido de rotação, raio de base (r), deslocamento máximo (h), equações.
M
Além de resolver rapidamente as equações para encontrar os coeficientes das curvas dos perfis de
P
cames, esses programas também podem plotar os gráficos de deslocamento, velocidade, aceleração,
tranco, e do prórpio perfil.
O caso do projeto com curva cicloidal é o mais fácil de ser implementado, já que consiste num
SP
sistema linear de 3 equações e 3 incógnitas. Note das equações 3.5 e 3.6 que apenas a lista com as 3
condições de contorno varia com o projeto.
U
Já no caso de uso de polinômios, a implementação é muito mais trabalhosa. É necessário
P
considerar que o projeto pode envolver desde um polinômio de ordem 5 (sistema de 6 equações a
-E
6 incógnitas) até um polinômio de ordem 9 (sistema de 10 equações a 10 incógnitas).
R
Com relação à plotagem do perfil do came, é muito mais prático utilizar coordenadas polares do
M
que cartesianas. Os números complexos e a Fórmula de Euler (reiθ = rcosθ + irsinθ) são indicados
P
para coordenadas polares. Assim, para plotar um arco de circunferência de raio r = 4 e de ângulo γ
basta criar uma lista com uma grande quantidade de valores de γ, e plotar a parte imaginária de reiθ
(coordenada y) em função da parte real (coordenada x). Por exemplo, para γ = 45◦ = π/4rad:
r=4;
SP
A=45*pi/180;
U
plot(real(r*exp(i*alpha)), imag(r*exp(i*alpha)))
-E
Observe a figura 11 com um esquema para plotagem do perfil do came usado no exemplo desta
R
apostila. Lembre que S(x) é a função de deslocamento obtida do método cicloidal ou de polinômio.
M
P
SP
U
P
-E
R
M
P
SP
U
P
14
P
8 Exercícios Propostos
SP
U
Ex 1 Projete um came que gere o seguinte movimento cíclico no seguidor: subida até uma altura
P
2 cm em 180◦ , descida em 180◦ . Use curva cicloidal, e admita uma velocidade de rotação do came
-E
ω = π/2 rad/s. Encontre as curvas de deslocamento, velocidade, aceleração e tranco. Obtenha os
R
gráficos correspondentes e desenhe o perfil do came supondo um raio de base 5 cm e sentido horário
M
de rotação.
P
Ex 2 Projete um came que gere o seguinte movimento cíclico no seguidor: subida desde a base até
uma altura 1 cm com duração 1s, repouso por no topo por 5s, descida até a base com duração 1s,
SP
e repouso na base por 5s. Encontre o período, velocidade angular do came (suposta constante), e
divida os intervalos nos ângulos β correspondentes. Considere um raio de base de 5 cm. Implemente
U
primeiro usando curva cicloidal e, depois, curva polinomial que garanta continuidade do tranco
P
inclusive. Encontre as curvas de deslocamento, velocidade, aceleração e tranco. Obtenha os gráficos
-E
correspondentes e desenhe o perfil do came.
R
M
Ex 3 Projete um came que gere o seguinte movimento cíclico no seguidor: subida até uma altura
2 cm em 60◦ , descida até a base em 90◦ , repouso na base por 210◦ . Primeiro faça o projeto usando
P
uma única curva cicloidal para subida-descida. Depois, faça o projeto usando uma única curva
polinomial para subida-descida. Por fim, faça o projeto usando uma curva polinomial para subida
e outra curva polinomial para descida. Considere todas as condições de contorno necessárias para
SP
cada caso. Encontre as curvas de deslocamento, velocidade, aceleração e tranco. Obtenha os gráficos
correspondentes e desenhe o perfil do came.
U
P
-E
R
M
P
Referências
SP
U
[Erdman] A. G. Erdman, G. N. Sandor, Mechanism Design, Analysis and Synthesis, vol. 1, Prentice
M
Hall, 1997.
P
SP
U
P
-E
R
M
15
P