Pesquisa Escolar

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Prof. Rafael S. Sousa


Rafael.Sousa@facimp.edu.br
A PESQUISA NA ESCOLA
INTRODUÇÃO
• O objetivo deste Estudo de Caso é a
elaboração de um plano de pesquisa que
oriente o grupo de professores a aprofundar
seu conhecimento sobre determinado tema,
auxiliando e qualificando o trabalho
pedagógico.
• A pesquisa é um processo de construção do
conhecimento que tem por objetivo gerar
novos conhecimentos ou refutá-los,
constituindo-se num processo de
aprendizagem tanto do indivíduo que a realiza,
quanto da sociedade.
• O conhecimento é elaborado historicamente
pelo acúmulo de pesquisas realizadas.
• Pesquisar torna o professor mais seguro em relação ao
seu trabalho. Um professor pesquisador reflete sobre a
sua pratica, investiga melhores alternativas, estuda
outras formas de resolução de problemas e dificuldades
encontradas na prática pedagógica.
• A pesquisa pode sustentar um trabalho pedagógico
mais fundamentado e traz melhores resultados.
• É possível realizar boas pesquisas, que ampliem o
conhecimento do grupo de professores e que
qualifiquem a aprendizagem, utilizando materiais
e recursos facilmente obtidos em bibliotecas
físicas e virtuais.
• Desta forma, concluímos que é importante
estimular esta prática no grupo de profissionais.
• Uma ótima maneira de propor a investigação é realizar
um levantamento com o corpo docente, com a
finalidade de escolher que temas seriam pertinentes à
pesquisa no âmbito daquela comunidade.
• Por exemplo, em uma escola pode ser importante
naquele momento encontrar formas de
enfrentamento da indisciplina. Ou talvez o maior
problema naquele ano seja o alto índice de
reprovações.
• Numa empresa, o problema a ser enfrentado pode ser como
diminuir as faltas nas segundas-feiras.
• Cada instituição pode ter diferentes hipóteses para responder a
perguntas importantes de uma determinada realidade.
• Caberá ao pedagogo realizar estes levantamentos, propor as
metodologias de pesquisa, disponibilizar acesso à bibliografia
especializada, organizar os momentos de estudo, trazer
palestrantes ou oferecer cursos que possam auxiliar no
desenvolvimento do trabalho, refletir com o grupo os resultados e
outras atividades.
• Ao final da pesquisa, também caberá ao
pedagogo reunir os resultados e auxiliar os
colegas na interpretação.
• É necessário que a pesquisa tenha finalidade
clara, tempo determinado para início e fim e
aplicabilidade.
A Pesquisa na construção do conhecimento do
aluno
• A pesquisa pode ser um grande instrumento
na construção do conhecimento do aluno, por
isso se faz necessário, sempre que possível,
que o professor mande algum tema para
pesquisa relacionado com o conteúdo, a fim
de contribuir na construção da aprendizagem.
• Por meio da pesquisa o aluno tem possibilidade de
descobrir um mundo diferente, coisas novas,
curiosidades.
• Dessa forma, o professor tem a incumbência de
gerenciar e orientar os seus alunos na busca de
informações, sua função é disponibilizar referências
bibliográficas(Entre outras), oferecendo melhores
condições de desenvolvimento da pesquisa.
Ensinar exige pesquisa
“Não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem
ensino”
• Martins (2007, p. 85) faz a seguinte observação
em relação ao educando:
A criança tem paixão inata pela descoberta e por
isso convém não lhe dar a resposta ao que não
sabe, nem a solução pronta a seus problemas; é
fundamental alimentar-lhe a curiosidade, motivá-
la a descobrir as saídas, orientá-la na investigação
até conseguir o que deseja (2007, p. 78).
• Muitas vezes a aula não se torna atrativa para o
aluno e isso é, quase sempre, resultado da
metodologia inadequada utilizada pelo professor.
• Matar a curiosidade do aluno dando-lhe respostas
prontas e acabadas, antes mesmo de questionar o
que o mesmo já sabe sobre o assunto abordado é
um dos motivos que leva ao desinteresse por
parte do educando e frustração ao professor
Pesquisa na escola e suas possibilidades
• Durante muito tempo o tema da pesquisa foi tratado
como de exclusividade dos estudantes dos cursos
superiores.
• Sendo que na Educação Básica, especificamente no
Ensino Fundamental, onde se inicia a escolarização,
pouca ênfase ou orientações vêm sendo
disponibilizadas aos educandos quanto ao
encaminhamento dos trabalhos de pesquisa escolar.
• A realidade, na maioria das vezes encontrada é a de que no
momento em que o aluno se depara com trabalhos de
pesquisa escolar, se vê frente a uma situação conflituosa e,
por falta de orientação, sem saber como fazer e onde
encontrar materiais sobre o tema solicitado, simplesmente
deixa de fazer ou apresenta cópias fiéis de partes de obras
ou recorte e cola trechos de textos da Internet, apenas
para receber “nota”, sem consciência do crime do plágio
cometido e, muitas vezes nem lê o que entrega ao
professor.
• José Mendes Manzano e Nívia Gordo, afirmam
que é preciso avaliar até que ponto as
atividades de pesquisa escolar, do modo
como são encaminhadas e elaboradas
atualmente nas escolas do Ensino
Fundamental, contribuem para o processo
formativo dos educandos.
• Além disso, na maioria das vezes, os pais se
veem incapazes de auxiliar os filhos na busca
de fontes de consulta ou até mesmo na
organização da redação final.
• Os autores também alertam para a forma em que
os trabalhos são apresentados, onde a pesquisa
quase sempre é uma cópia, sem indicação de
fontes e nem o emprego de aspas. E, se falar de
trabalho em equipe, piora ainda mais, pois
geralmente um copia, outro digita, outro faz a
organização, ou simplesmente um faz e põe o
nome dos outros e assim por diante.
• Bagno, indignado com a forma superficial em
que as pesquisas escolares na maioria das
vezes são encaminhadas, faz sugestões para
transformar essas atividades em verdadeiras
fontes de aquisição de conhecimento.
• Segundo ele (Bagno), o professor, além de transmitir
conteúdos, tem o papel de ensinar a aprender,
orientando e criando possibilidades para que a criança
chegue às verdadeiras fontes do conhecimento
através de um olhar crítico.
• A pesquisa em sala de aula precisa ser repensada e
discutida, já que nos cursos superiores ou mesmo na
formação continuada de professores o assunto não é
levado em consideração.
• Marcos Bagno enfatiza a importância da pesquisa
já nas séries iniciais do Ensino Fundamental, esta
deve ser encaminhada de forma organizada,
precedida de um projeto que pode ser bem
simples, mas que não dispensa a ajuda do
professor no sentido de mostrar aos alunos como
se faz o trabalho, ou seja, mostrar o caminho a ser
seguido
•Fazer um projeto é lançar ideias para
frente, é prever as etapas do trabalho, é
definir aonde se quer chegar com ele -
assim, durante o trabalho prático,
saberemos como agir, que decisões tomar,
qual o próximo passo que teremos de dar
na direção do objetivo desejado (2007, p.
22).
• Por si só, a atividade de pesquisa não tem função
nenhuma.
• Para que a mesma atinja seus objetivos, ou seja, se
torne produtiva na escola, é necessário que o aluno
analise produções já disponíveis sobre o tema e depois
elabore suas conclusões pessoais. Desta forma o
educando será capaz de argumentar, criticar, avaliar as
diversas situações do conhecimento.
•Em sua obra “Pesquisa na escola o
que é e como se faz”, Bagno orienta
os itens do projeto de forma bem
acessível e simplificada, mas que não
fogem das normas definidas pela
ABNT. São os principais itens: título,
objetivo, justificativa, metodologia,
produto final, fontes de consulta e
cronograma.
• Quando se trata do produto final, o alerta é
para o ponto importantíssimo do projeto, ou
seja, o que desejamos obter com a pesquisa
que propusemos aos alunos.
• É fundamental que os passos do projeto sejam
bem explicados e a escolha do tema discutido
antes de se lançar a pesquisar.
Para Martins (2007, p. 34), trabalhar
com projetos de pesquisa desde as
séries iniciais é uma maneira de evitar
situações que muitas vezes ocorrem ao
final de cursos acadêmicos de
especialização, ou mesmo de cursos
regulares universitários, quando o
estudante se vê incapaz de realizar
monografias, relatórios de estudos e
outros trabalhos.
5 etapas para realizar uma boa pesquisa escolar
Formular uma boa pergunta
• O primeiro passo para organizar uma situação
de investigação que funcione como
ferramenta didática é definir o tema de
estudo e, em seguida, criar uma pergunta ou
situação-problema que desperte na turma a
vontade de saber mais
Indicar fontes seguras
• A base de qualquer pesquisa são os materiais que
os alunos vão analisar. Por isso, a escolha deles
deve ser criteriosa e feita, necessariamente, por
você assim que começar a planejar a atividade.
• Deixe claro para a turma que pesquisa não se faz
somente em enciclopédias e apresente fontes de
diferentes gêneros.
Ensinar a interpretar
• A etapa mais importante da pesquisa escolar é,
sem dúvida, a interpretação de tudo o que foi
lido, visto e experimentado durante o processo.
Com a ajuda do professor, os alunos vão conhecer
modelos mais claros de leitura para estudar,
aprender a tomar notas, fazer resumos e analisar
imagens e procedimentos de observação e
experimentação.
Orientar a produção escrita
• Para estudar, não é importante somente ler, mas
também escrever. A escrita é uma poderosa
ferramenta de organização do conhecimento e
favorece o aprofundamento do tema abordado.
• Por isso, é fundamental que você oriente a turma
sobre como tomar notas e elaborar resumos que
ajudem na seleção de informações que
respondam à questão proposta.
Socializar os trabalhos
• Os resultados das investigações feitas pelos alunos devem ser
mostrados aos colegas, a outras turmas da escola ou mesmo à
comunidade.
• No mundo real, as descobertas decorrentes de uma pesquisa são
divulgadas em publicações especializadas e para plateias
interessadas, possibilitando que o conhecimento circule. Cabe à
escola organizar situações semelhantes.
• A organização de debates, palestras, seminários e feiras de Ciências
abertas à comunidade, além da produção de murais informativos no
pátio, livros, textos e outros documentos são algumas opções
• BAGNO, Marcos. Pesquisa na Escola o que é como se faz. 21 ed. São
Paulo: Loyola, 2007.
• MANZANO, José Carlos Mendes; GORDO, Nívia. A autonomia da
escola como contribuição à redução do fracasso escolar. São Paulo:
Summus, 1997.
• MARTINS, Jorge Santos. O trabalho com projetos de pesquisa: do
ensino fundamental ao ensino médio. 5 ed. Campinas, SP: Papirus,
2007.
• NOVA ESCOLA. “Grandes pensadores 41 educadores que fizeram
história, da Grécia antiga aos dias de hoje”. Revista Nova Escola.
São Paulo: Editora Abril, Ed. Especial nº 19, julho 2008.

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