Behaviorismo 1
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Behaviorismo 1
29 de agosto de 2019
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Behaviorismo é uma teoria psicológica que objetiva estudar a psicologia através da observação do comportamento, com
embasamento em metodologia objetiva e científica fundamentada na comprovação experimental, e não através de conceitos
subjetivos e teóricos da mente como sensação, percepção, emoção e sentimentos.
É uma das três principais correntes da Psicologia, junto com a psicologia da forma (Gestalt) e psicologia analítica (Psicanálise).
Neste artigo, vamos falar da origem do behaviorismo e os principais conceitos da psicologia comportamental.
O que é Behaviorismo
O nome Behaviorismo tem origem no termo em inglês Behavior, que significa comportamento.
O Behaviorismo, também chamado de Comportamentismo ou Comportamentalismo, tem como objeto de estudo o comportamento.
Essa teoria psicológica defende que a psicologia humana ou animal pode ser objetivamente estudada por meio de observação de
suas ações, ou seja, observando o comportamento.
Os Behavioristas acreditam que todos os comportamentos são resultados de experiência e condicionamentos. As figuras influentes
do Behaviorismo incluem os psicólogos John B. Watson e B.F. Skinner, que estão associados ao condicionamento clássico e ao
condicionamento operante, respectivamente.
O Behaviorismo estuda o comportamento de forma direta, com base no ambiente e no condicionamento em que vive o indivíduo ou
animal.
Entre 1920 até meados de 1950, o behaviorismo se tornou a escola dominante de psicologia, com o propósito de estabelecer a
psicologia como uma ciência objetiva e mensurável. Os estudiosos e pesquisadores do behaviorismo estavam envolvidos em criar
teorias que pudessem ser descritas e medidas de forma clara e prática.
Os principais tipos de Behaviorismo são o Behaviorismo metodológico, influenciado pelo trabalho de John B. Watson, e o
Behaviorismo radical, que foi iniciado pelo psicólogo Burrhus Frederic Skinner.
O condicionamento clássico está ligado à escola do Behaviorismo metodológico (ou behaviorismo clássico), enquanto que o
condicionamento operante, faz parte dos estudos do Behaviorismo radical, como veremos mais adiante.
Behaviorismo Metodológico
O Behaviorismo metodológico foi o ponto de partida do Behaviorismo, fundado por John B. Watson, com base nas teorias sobre
condicionamento do russo Ivan Pavlov.
O Behaviorismo metodológico (ou clássico), se opõe ao mentalismo e introspeccionismo, ou seja, descarta os estudos relacionados
a mente, pensamento e emoções. É baseado através de observação e experimentação.
Essa abordagem defende que o comportamento pode ser previsível e controlado a partir de estímulos.
Na educação, a teoria comportamental de Watson defende que o comportamento do indivíduo pode ser moldado e ajustado, capaz
de fazer com que uma criança tivesse determinada formação de caráter ou exercesse qualquer profissão que escolhessem para
ela, por exemplo.
Com isso, concluiu-se que os seres vivos já nascem com certos reflexos, ou seja, possuem determinada reação a partir de ações
específicas.
O teste prosseguiu e o bebê foi colocado para brincar com um rato de laboratório, que a princípio não causava medo à criança. Mas
neste experimento, Watson e Rayner faziam um barulho muito alto com um martelo, assustando Albert e o fazendo chorar. Depois
que esse procedimento foi repetido por várias vezes, o bebê começou a sentir medo do rato mesmo antes do som alto ser
reproduzido.
O bebê passou cerca de um ano sendo submetido a vários testes, associando os outros elementos que antes não lhe causara medo,
ao estrondoso som produzido por Watson e sua assistente. Novamente, quando apresentavam ao bebê somente o elemento, mesmo
que sem fazer o estrondoso barulho, o bebê chorava e demonstrava medo.
No final dos experimentos, o bebê passou de muito tranquilo e calmo a um bebê com ansiedade e episódios de angústia.
Isso mostrou que o bebê havia aprendido a associar a sua resposta, o medo que sentia e o choro provocado, a um outro estímulo
que antes não lhe causava medo.
Behaviorismo Radical
O Behaviorismo radical, corrente comportamentalista de Skinner, surgiu em oposição ao behaviorismo metodológico.
Essa abordagem considera que os comportamentos observáveis eram manifestações externas de processos metais invisíveis, como
o autocontrole, o pensamento, entre outros. Porém, defende que era mais conveniente estudar os comportamentos observáveis.
Com isso, ele pretende dizer que as emoções não dão origem à nossa conduta, pois também fazem parte do modo de agir. Ou seja,
o comportamento não é consequência do livre arbítrio, mas sim das consequências dos seus atos, sejam positivos ou negativos.
Skinner contribuiu grandemente com a criação do Condicionamento Operante, um método de aprendizado que ocorre através de
reforços (positivos ou negativos) e punições. O objetivo é entender a relação entre os comportamentos de um animal ao seu
ambiente.
Para Skinner, o comportamento é reforçado através das suas próprias consequências. Partindo da premissa que o indivíduo busca
sobreviver, se proteger, se autorrealizar, entre outras ações que sentem necessidade, à medida que alcançasse o seu objetivo, o
comportamento se repetiria. Esse mecanismo de repetição é chamado de operante, sendo que se for seguido de um reforço positivo
ou reforço negativo, a probabilidade de ele se repetir, aumenta. Enquanto que se for seguido de uma punição, a probabilidade do
comportamento ser repetido, diminui.
Em outras palavras, essa teoria propõe que para um comportamento desejado ser alcançado, deveria ser incentivado através de
uma recompensa, se estivesse agindo corretamente, e se estivesse agindo errado, receberia uma punição.
Reforço positivo: quando algo bom é adicionado, por exemplo alimento cai na caixa, para ensinar um novo comportamento.
Reforço negativo: quando algo ruim é removido, por exemplo, uma corrente elétrica é interrompida, para ensinar um novo
comportamento.
Já as Punições têm o objetivo de cessar ou diminuir a frequência de um comportamento, pois sua consequência é algo ruim.
Punição: Quando algo ruim é adicionado, por exemplo, multa de trânsito, para ensinar a parar um comportamento.
Condicionamento operante: “A caixa de Skinner”
Skinner comprovou a sua teoria através de um experimento chamado “Caixa de Skinner”, que consistia em colocar um rato dentro
de uma caixa fechada com uma alavanca, que ao passo que o rato interagisse com a barra, ativava um mecanismo que oferecia ao
animal algumas recompensas como água, alimento ou luz, e em alguns modelos, emitia choques.
A partir dos critérios estabelecidos pelo experimentador, como aproximação do animal até a barra, se tocava com a pata, se
encostava o focinho, se pressionava a barra várias vezes o alimento era entregue a ele, como uma recompensa.
Foi observado que quando recompensado, o rato aumentava a frequência dos movimentos que tinha a recompensa como resultado.
Assim como os movimentos que não lhe gerava nenhuma recompensa, eram diminuídos.
Através do resultado dessa experiência, Skinner passou a fazer modelagem de diferentes padrões comportamentais, em diferentes
espécies.
Enquanto que o condicionamento operante, envolve condicionamento voluntário, ou seja, o indivíduo controla através das
consequências.
Ou seja, no condicionamento clássico, a associação não pode ser controlada, e no condicionamento operante, a associação entre
comportamentos e resultados é aprendida.
O estudo do comportamento pode ajudar a melhorar o aprendizado ou motivação ao estudo ou trabalho em ambientes diversos,
através de sistemas de punições e premiações e as observações do que ocorre após esses estímulos.