Euripedes Barsanulfo
Euripedes Barsanulfo
Euripedes Barsanulfo
Desde muito pequeno mostrou possuir um carácter bondoso e ser dono de uma
inteligência brilhante, características estas que lhe permitiram trabalhar para ajudar a
família desde tenra idade (5/6 anos), pois na altura passavam por grandes dificuldades
financeiras.
Uns anos mais tarde e com a família a viver já com um certo desafogo económico,
decidiu ir continuar os seus estudos para fora da cidade, pois Sacramento não oferecia
grandes perspectivas. Contudo, a relutância da sua mãe em vê-lo sair de casa, fê-lo ficar
e, assim, tornou-se um autodidacta, desenvolvendo uma série de capacidades inatas para
o seu espírito, já com um grau de evolução muito elevado. E tanto era assim que, com
apenas 22 anos, fundou com um grupo de amigos o Liceu de Sacramento.
Antes de fazer dezoito anos, já tinha montado na sua casa uma pequena farmácia
homeopática, a fim de ajudar a curar os pobres das redondezas e, frequentemente,
também visitava as favelas próximas.
O seu primeiro contacto com a Doutrina Espírita deu-se quando tinha 25 anos, através
da leitura do livro de Léon Denis “Depois da Morte”, que lhe tinha sido emprestado
pelo seu tio Mariano da Cunha Júnior, que tendo sido materialista, se tinha convertido
ao Espiritismo. Quando lhe devolveu o livro, exclamou: “Realmente este livro é um
monumento!”
O tio convidou-o, então, para assistir a uma reunião mediúnica no centro espírita que
frequentava, e ele aceitou. Foi uma noite muito especial, porque nessa sua primeira
reunião, Eurípedes Barsanulfo, através da mediunidade psicofónica do seu tio, ouviu o
Dr. Bezerra de Menezes dar-lhe as boas-vindas e dizer-lhe que estava ali um espírito de
alta hierarquia que lhe queria falar. Apresentou-se então esse espírito, comunicando-lhe
que era o seu protector, que o acompanhava desde o seu nascimento, e que já tinham
sido amigos em muitos vidas. Eurípedes perguntou-lhe então como se chamava e a
resposta foi que na sua última existência tinha tido o nome de Vicente de Paulo.
Insistindo, Eurípedes Barsanulfo perguntou-lhe se tinha sido São Vicente de Paulo,
tendo ele respondido que sim. Seguidamente, informou-o de que tinha uma missão a
cumprir: “os espíritos do Senhor – disse-lhe -. realizarão diversos trabalhos contigo. A
Caridade, meu filho, é a nossa bandeira. O teu trabalho principal será o de curar, e
Bezerra de Menezes irá ajudar-te nessa área. Tudo está planeado e, na verdade, é Jesus
quem nos dirige.”
A partir daí, abandonou o catolicismo e dedicou-se inteiramente ao Espiritismo. Pouco
depois também a sua mãe, conhecida como D. Meca e, um pouco mais tarde o seu pai,
“seu” Mogico, seguiram as suas pisadas...
Sob a tutela de espíritos muitos elevados e com a ajuda destes (entre eles Santo
Agostinho), realizou curas difíceis de serem explicadas pela medicina e até chegou a
fazer operações cirúrgicas.
Temos aqui mais uma prova de que, efectivamente, Eurípedes era já um espírito de
uma elevação enorme, pois estes sublimes encontros só se dão, se os espíritos já tiverem
uma alta hierarquia... E no seu caso, já tinha sido até, amigo de Jesus, pois numa das
suas encarnações foi o Apóstolo João Evangelista, e noutra, ocorrida durante a Idade
Média, foi Francisco de Assis.