A Oração Na Nova Aliança

A Oração na Nova Aliança
Introdução
A vida de oração na realidade é um grande mistério que ainda não foi plenamente revelado a toda igreja.
Encontramos uma prática completamente oposta à vida de piedade, por muitas vezes muita religiosidade. O Senhor
nos convida a trabalhar junto a Ele através da oração e não sozinhos.
Um dos maiores presentes que o Pai nos concedeu é a vida de oração. Mas, a maior parte dos crentes não tem uma
vida vitoriosa de oração. Vemos que o coração espiritual deles até param de bater, ficam frios, indiferentes.
Na realidade, a vida cristã deveria ser algo tremendamente prazeroso e alegre, mas Jesus não nos ensina a viver uma
vida debaixo de regras, de leis, e que não produzem relação nenhuma com a Vida de Deus.
Fomos chamados para experimentar uma Vida Profunda de Deus diariamente, e isso aponta para uma vida no
sobrenatural, constante e diariamente.
A questão esta no nosso coração, não na oração

Provavelmente a maioria dos crentes não tem uma vida intensa de oração, devido a falta correta de entendimento
de como deve se relacionar com Deus através da oração.
Muitos têm um conceito de oração em petição apenas, ou seja, pedir algo a Deus. Muitos falam que oração é falar
com Deus, mas o conceito correto seria alinhar nosso coração à vontade de Deus, e quando temos o conceito
errado, tentamos alinhar o coração de Deus às nossas vontades.
É verdade que a vontade de Deus é responder a todos nossos pedidos de oração, mas quando estamos na base
errada, acabamos nos frustrando, pois buscamos ser constante em algo que não nos traz resultado eficaz. Esse é o
principal motivo pelo qual muitos não tem uma vida de oração exitosa.
Muitos ensinam que Deus sempre responde às nossas orações da seguinte maneira: algumas orações Ele diz sim,
outra espere, e outras orações, diz não. Isto definitivamente não é bíblico.
Olha o que diz em João 15:7 – “Se vocês permanecerem em mim, e as minhas palavras permanecerem em vocês,
pedirão o que quiserem, e lhes será concedido.”
Portanto, o que precisamos através da oração é alinhar nosso coração à Palavra revelada de Deus conforme a Nova
Aliança, pois tudo que pedirmos será realizado. Esta, sim, é a Verdade da Palavra de Deus.
Existem 650 orações dentro da Bíblia, com aproximadamente 450 respostas às essas orações. Também encontramos
25 passagens de Jesus orando, e Paulo cita a oração mais de 40 vezes, ou seja, a oração tem um valor imenso na
Palavra de Deus. Existem 9 tipos de orações listadas na Bíblia, por isso, a oração não se resume apenas em petições.
Paulo nos ensina que devemos orar todos esses tipos de oração, a todo tempo, ou seja, ser constante em orar em
toda circunstância, conforme cada necessidade.
E a Bíblia, na Nova Aliança, em nenhum momento, nos ensina ficar somente pedindo coisas a Deus através da
oração. Precisamos alinhar nossa crença, ao crer corretamente conforme a Nova Aliança na vida de oração.
Resumidamente, a questão não é o que pedimos, mas como esta nosso coração diante de Deus, e isso aponta para
como meditamos na Palavra de Deus.
À medida que meditamos na Palavra de Deus, o Senhor revelará Seu coração a nós. O jejum e a meditação muda
nosso coração e nos alinha à vontade de Deus.
Alguns tipos de orações

Intercessão – é a questão de orarmos por outras pessoas, não com a ideia de manipula-las, conforme a nossa
vontade, mas sim em orarmos para que a vontade de Deus se materialize na vida delas. Ache o coração de Deus
através da oração e, aí sim, peça para que isso aconteça na vida das pessoas.
Pessoal – A grande tristeza do coração de Deus é a falta de fé na vida dos seus filhos. Veja o que Jesus um dia me
falou: “todos os dias, os Meus filhos ficam tentando me convencer a dar algo a eles que já dei, e todos os dias estou
tentando convencer que já lhes dei todas as coisas em Mim”.
Se estamos em falta de provisão, de suprimento, de saúde, não tem nada a ver com a falta de oração, e sim, com a
falta de fé. E a fé vem pelo ouvir a Palavra de Deus.
Olha o que a Palavra de Deus diz: “Fui jovem e já estou velho, e nunca vi um justo abandonado, nem seus
descendentes mendigando o pão.”
A promessa de Deus é que o Senhor é nosso Pastor e nada teremos falta. Se essa é uma promessa de Deus, por que
não vivemos isso? É porque não acreditamos e não tomamos posse. Consequentemente, não desfrutamos e não
descansamos. Surge a necessidade e agimos contrários à fé na Palavra. Se acreditarmos nestas promessas, não
pediríamos mais essas coisas a Deus.
Jesus nos ensina: “Olhem para as aves nos céus, olhem para as flores, não semeiam, ou seja, não me pedem nada,
contudo neles não há necessidade alguma. Vocês não acham que têm mais valor que essas criaturas?” E Jesus fecha
com uma forte afirmação: “Homens de pequena fé”, nos mostrando que o que impede deles desfrutarem da
provisão, era a ansiedade baseada através de uma vida pedindo a Deus algo que Ele já nos deu gratuitamente por
Seu amor.
Contudo, diante desse texto, observamos ainda como devemos nos posicionar em fé, buscando em primeiro lugar o
reino de Deus e sua justiça, e todas essas coisas nos serão acrescentadas.
Se o próprio Filho de Deus, primogênito de Deus, disse isso, por que não desfrutamos de tudo isso ainda? A resposta
é a falta de fé e desse posicionamento, alinhando nosso coração à motivação de Deus nos acrescentar.
O que é buscar o reino e justiça – no original, a palavra “reino” aponta para o governo do Messias (Jesus), a
autoridade do rei, poder de Jesus, território governado sujeito ao governo do rei.
Tudo isso nos ensina que devemos buscar a Deus com um coração cheio de fé em alinhar nossa vontade a do Pai,
através de um relacionamento diário, confessando a palavra, testemunhando o Salvador aos perdidos, ensinando a
guardar a Palavra da fé aos irmãos.
Isso esta relacionado a reino, e “justiça” - tem a ver com nossa posição em andar em fé de que somos justificados
em Cristo Jesus. Essa é a nossa real condição diante de Deus. Isso tem a ver com os nossos pensamentos que devem
crer no Evangelho da Graça e que diante de Deus somos aprovados e benditos.
Jesus nos ensina constantemente a buscar tão somente a viver dessa forma, orar dessa forma, e a promessa de que
“todas” nossas necessidades nos serão supridas, é real, não precisamos mais ficar pedindo isso, e sim crer.
Não precisamos pedir por nada material, pois em nenhum momento a Bíblia ensina que devemos pedir por algo
material. Devemos crer que o Pai nos deu e nos dá todas essas coisas e em abundância, sobejando, para até
abençoar mais os outros.
Nas passagens quando Ele diz, “peça e vos será dado, bata e abrirá, etc...” Vemos que Jesus estava operando na
velha aliança, pois a Nova ainda não tinha sido estabelecida. Só foi estabelecida após Sua morte na cruz. Portanto,
na cruz, Ele cumpriu toda lei, pois essa era Sua missão, cumprir a lei, e nos salvar, através da Nova Aliança, onde pela
fé, conseguimos viver uma vida de plenitude e vitória. Assim, a partir de agora, devemos ler as Escrituras com as
lentes da Nova Aliança. Por exemplo:
Oração do Pai Nosso

“E perdoa-nos as nossas dívidas como também nós perdoamos aos nossos devedores”. Essa é uma oração
condicional. Sabemos que após a morte de Jesus por nós, Ele cumpriu todas essas condições. E quando cremos nisso,
estamos livres das exigências da lei, na verdade, acima da demanda da lei, pois hoje, perdoamos porque Ele nos
perdoou e não para sermos perdoados. Não há mais condição! Precisamos crer nisso. Paulo nos diz em suas cartas
para perdoarmos como Ele nos perdoou.
Portanto, não faz mais sentido orarmos daquela maneira, pois isso é a velha aliança, visto que pela graça de Deus,
nossos pecados todos já foram perdoados.
“O pão nosso de cada dia nos dai hoje” também nos mostra isso. Não precisamos mais pedir o pão nosso de cada
dia, pois Ele tem nos dado diariamente, pois esse é o Seu cuidado sobre nós.
Podemos, sim, pedir o Pão espiritual revelado a cada dia que é muito mais que o pai material. É isso que Paulo pedia
por treze vezes em suas cartas: espírito de revelação e sabedoria no pleno conhecimento de Cristo Jesus.
Principio da oração na Nova Aliança

Primeiro, precisamos entender o princípio da oração, pois uma vez que entendemos isso, a nossa vida de oração vai
mudar tão radicalmente, e assim conseguiremos ter um desfrute profundo nessa prática.
Vamos estudar o significado do original da palavra oração, sabendo que a Bíblia foi escrita no velho testamento em
hebraico para um povo hebreu (povo da religião moniteísta – que acreditava em um só Deus).
Existem várias palavras para oração, mas no original hebraico, creio que o significado principal é: Tefilá – que tem
duas raízes do hebraico, e isto é uma chave para entendermos a oração na Nova Aliança.
A primeira raiz é julgar a si mesmo, e a segunda raiz é reconciliar ou colocar junto novamente. Isto era usado quando
quebrava um vaso, e daí eles colocavam o vaso restaurado junto novamente, era a reconciliação. Portanto, oração
significa julgar a si mesmo e reconciliar.
Como aplicamos a oração do Pai Nosso com esse entendimento?

Primeiro Jesus disse: “Pai nosso, que estais nos céus”. Nós temos um Pai agora, onde não falamos com Deus
simplesmente, e sim com nosso Pai. Ele, de fato, é Deus, mas na oração, devemos nos relacionar com Ele como
filhos, e isto é muito importante, para não nos relacionarmos distantes do nosso Deus.
Há uma diferença de se relacionar com o pai biológico quando se é próximo de um Deus que sentimos distante e
santo. O que observamos, é que muitos aplicam a imagem do pai biológico frio e distante para com o Pai Celestial. E
acabam se relacionando assim, sem se sentirem filhos. Mas, quando se sentem amados e queridos pelo pai natural,
encontram facilidade ter um relacionamento mais profundo com o Pai Espiritual.
O fato é que independentemente do pai que tivemos ou não, temos um Pai completamente amoroso e gracioso que
nos ama, nos perdoa, nos abraça, nos acolhe, nos supre. É isso é totalmente suficiente, nos basta, nos completa.
Podemos orar: Pai nosso!!!
E na sequência Jesus nos ensina “santificado seja o vosso nome”. O que isto significa? Essa é outra chave para a
oração na Nova Aliança. A palavra santificar é um verbo hebraico muito forte, que significa dar um lugar especial,
separar a um propósito especial.
Portanto Jesus nos ensina primeiro nos relacionamos com Deus como nosso pai, e segundo nos levando a ter certeza
que Seu Nome tem um lugar especial em nossas vidas.
O nome de Deus tem um significado muito importante na Bíblia, e quando oramos, primeiro devemos ir ao encontro
do nosso pai que nos ama apaixonadamente, e em sequência, escolho alguns dos nomes de Deus e dou um lugar
especial a eles no meu coração.
Olhando para a raiz julgar a si mesmo, como devemos orar nesse sentido? Bom, quando temos um problema
financeiro, ou de doença, ou qualquer que seja o problema que temos, a primeira coisa que devemos fazer é um
julgamento, e quando pensamos em julgar, logo pensamos em algo negativo, mas julgar não é algo somente
negativo, temos muitas coisas positivas em julgar. E em função disso, oramos com base nos princípios da Nova
Aliança! Assim fazemos, quando julgamos em tomar uma decisão em prol do bem de alguém.
Então, qual tipo de julgamento fazemos na oração? Podemos pensar: “eu não tenho provisão, ou, eu estou doente,
ou tenho um problema maior”, e acabamos ficando inibidos de orar com autoridade.
No entanto, qual julgamento devemos ter? Não podemos ter como base avaliações do tipo acima, pois não procede
de acordo com a promessa de meu Pai, que é Provedor, que já curou de todas minhas feridas, que me deu todas as
coisas que preciso para solucionar meus problemas.
A Bíblia nos garante provisão, saúde e solução aos nossos problemas. Portanto, em primeiro lugar devemos julgar
nossa forma de pensar, e de agir diante das questões, tendo essa forma para começamos a orar, de modo que não
devemos pedir a Deus algo que Ele já nos prometeu, mas levar a julgamento nossas crenças diante da Verdade de
Sua Palavra.
E assim, vem a segunda parte da palavra oração, que significa reconciliar, de maneira que reconciliamos a nossa
situação com o nome de Deus, santificado seja o teu nome.
Os nomes de Deus
Salmos 23:1 – O Senhor é o meu pastor. A palavra “Senhor” aqui significa Jeová. Este é um dos nomes de Deus, que
vem do hebraico Jeovah-Raá. Logo, devemos reconciliar nossa situação que estava errada no nosso coração, por
meditação , proclamação, confissão através do nome de Deus e experimentarmos o quanto, de fato, não temos falta
de nada.
Em Genesis há outro nome, Jeová Jireh, o Senhor proverá. Se estamos doentes, o nome de Deus não esta sendo
santificado, mas Jesus nos ensina, santifique o nome de Deus, colocando-O num lugar especial em nosso coração,
pois se o nome de Deus não esta sendo expresso em nossas vidas, Ele não esta sendo santificado.
Então, devemos definitivamente parar de pedir dinheiro, saúde, provisão, suprimento, pois o nome de Deus não esta
sendo santificado pela nossa falta de fé na Palavra.
Só avaliarmos o tanto que nossas orações com base na velha aliança não têm sido respondidas na maioria, pois
temos orados sem fé, com base errada, levando nosso coração a se endurecer, devido à falta de respostas.
Aplicando na prática
Bem, devemos cultivar os primeiros momentos do nosso dia na presença do Pai, colocando-O em um lugar especial
no nosso coração, santificando seu Poderoso Nome, julgando nosso coração diante de todas as coisas.
Faz muitos anos que tenho ofertado minhas primeiras horas do dia e últimas horas ao Senhor. Geralmente, nossa
tendência hoje é acordarmos, indo direto ao celular e afazeres, mas decidi, a muito tempo atrás, ao acordar, não
olhar mais para o celular, sem passar pelo menos 90 minutos orando a Deus, e ao deitar, também, em não gastar
com programas televisivos, mas na Palavra de Deus, para que meu corpo entre no descanso e possa dormir cheio de
Sua doce e graciosa presença. Tenho assim, experimentado de sonhos proféticos, e noites de plena comunhão com o
Espírito, devido a essas poderosas práticas.
Jesus repreendeu a forma como os fariseus oravam, com muitas repetições, e no muito falar, não devemos seguir
essa linha, mas orar ao nosso Pai Amoroso, santificando Seu Nome, e experimentaremos, todos os dias, de uma
relacionamento poderoso com o Pai.
Não peça nada, pois Ele sabe de suas necessidades. Não devemos ir a um Deus distante, não a um Deus que não
quer responder hoje devido ao nosso pecado, mas ao Pai que reside dentro de nós e que nos ama e nos perdoa
sempre.
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