Empowerment Uma Nova Abordagem
Empowerment Uma Nova Abordagem
Empowerment Uma Nova Abordagem
Introdução
Os antigos gestores acreditavam que uma boa gestão era feita a partir da alta
eficiência pela centralização do poder, do alto grau de impessoalidade nas relações bem
como com técnicas de gestão onde se priorizava a alta qualidade e um grande volume de
produção por meio da racionalização do trabalho, e desprezavam o lado humano das
suas empresas. Atualmente verifica-se que essa forma de administração vem sendo cada
vez mais abandonada, apesar de em alguns casos ser o modelo ideal. Esse arquétipo de
visualizar uma organização é denominado de molde burocrático de organização,
delineado por Weber (1940 apud MORGAN, 2002, p.26):
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responsabilidades, (2) dar a eles autoridade correspondente às responsabilidades citadas,
(3) estabelecer padrões de excelência, (4) oferecer a eles o treinamento necessário para
atingir tais padrões, (5) fornecer aos mesmos conhecimento e informação, (6) fornecer
feedback, (7) dar o reconhecimento propício pelas realizações de cada pessoa, (8)
confiar nos funcionários, (9) dar-lhes permissão para errar e (10) tratar todos com
dignidade e respeito. Conforme a autora, cada um desses princípios é dividido em vários
outros subpassos. Verifica-se que as etapas embrionárias supracitadas são os pontos
básicos para que se possa abordar de forma peculiar o tema. Os autores abordam o
empowerment sob uma perspectiva gerencial. Devido à sua grande complexidade torna-
se impossível defini-lo de uma maneira unívoca. O conceito também pode ser aplicado
a todas as pessoas, sejam elas funcionárias de uma empresa ou não. O educador Paulo
Freire é peremptório ao afirmar que o empoderamento é um processo que permite aos
indivíduos aumentar a eficácia do exercício de sua cidadania, por meio da utilização de
recursos que proporcionam ao mesmo um acréscimo de poder psicológico, sócio-
cultural, político e econômico, visando a libertação do indivíduo de estruturas,
conjunturas e práticas sócio-culturais injustas, opressivas e discriminadoras, por meio
de um processo de reflexão sobre a realidade humana. Nesse sentido, para Paulo Freire
(1970 apud VALOURA, 2005) o empoderamento visa transformar a maneira de sentir,
de pensar e de agir de uma pessoa qualquer.
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tarefa contínua a ser desempenhada; (b) quando o ambiente é suficientemente
estável para assegurar que os produtos oferecidos sejam os apropriados; (c)
quando se quer produzir sempre exatamente o mesmo produto; (d) quando a
precisão é a meta; e (e) quando as partes humanas da “máquina” são
submissas e comportam-se como foi planejado que façam.
A presente obra não foi elaborada pensando-se em tais estruturas, mas sim para
sistemas que possuem como característica um ambiente externo instável e turbulento.
Para uma empresa que desempenha uma mesma tarefa, continuamente, que produz um
mesmo tipo de produtos, que possui um macroambiente estável e que, principalmente,
possui indivíduos que aceitam o controle rígido, fortemente centralizado, não é
interessante, a princípio, falar-se em empowerment. Só seria interessante abordar essa
técnica quando o ambiente sofresse mudanças. Na medida em que essas mudanças
acontecessem, a alta gestão perceberia, cada vez mais, a importância dessa prática de
administração. Entretanto pode-se falar em empowerment, nesse tipo de organização,
somente no caso de ceder autoridade, autonomia e flexibilidade ao pessoal da alta
gerência.
Outra questão importantíssima são os aspectos culturais que muitas vezes são
incompatíveis com os princípios do empowerment. É comum que determinado grupo
pense que um administrador perde poder ao reparti-lo com seus supervisionados, pois
essa máxima perdurou por muito tempo na sociedade. Essa assertiva, que provém da
cultura de um povo, é extremamente prejudicial ao empoderamento.
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bem como da averiguação das barreiras culturais que muitas vezes ofuscam o
empoderamento.
2. Indicar as principais mudanças que devem ocorrer nas empresas burocratizadas, bem
como as transformações culturais para que ocorra a gestão com foco no empowerment;
1.3 Hipóteses
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1.4 Justificativa
2.Referencial Teórico:
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2.1 Diversas Abordagens e definições do empowerment
Para Slack (apud Santos, 2001, p.2) “empowerment significa dar ao pessoal a
autoridade para fazer mudanças no trabalho em si, assim como na forma como ele é
desempenhado”
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2.2 As barreiras dos sistemas burocráticos à implementação do empowerment:
[...] apesar desses sucessos, enfoques mecanicistas da organização quase sempre têm severas
limitações. Em particular, elas podem (a) criar formas organizacionais que tenham grande dificuldade em
se adaptar a circunstâncias de mudança; (b) desembocar num tipo de burocracia sem significado e
indesejável; (c) ter conseqüências imprevisíveis e indesejáveis à medida que os interesses daqueles que
trabalham na organização ganhem precedências sobre os objetivos que foram planejados para serem
atingidos pela organização; (d) ter um efeito desumanizante sobre os empregados, especialmente sobre
aqueles posicionados em níveis mais baixos da hierarquia organizacional.
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2.3. Passos para implementação do empowerment:
As organizações podem ser vistas como (a) máquinas, (b) organismos, (c)
cérebros, (d) centros culturais, (e) sistemas políticos, (f) prisões psíquicas, (g) fluxo e
transformação e (h) instrumentos de dominação (MORGAN, 2002). O trabalho
procurará imaginar ou imaginizar(termo criado pelo autor) uma organização a partir das
formas ou metáforas supracitadas: modelo burocrático, orgânico ou contingencial,
cerebral ou holográfico, cultural, político, da prisão psíquica, do fluxo e transformação e
da face repugnante ou instrumentos de dominação.Essas formas de visualizar têm suas
vantagens e limitações, cada uma, e são importantes para que se entenda como
implementar o empowerment.
3.Metodologia:
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sugestões de professores que já tiveram contato com o tema, já outras, serão descobertas
a partir de pesquisas na internet. Almeja-se efetuar uma busca nas principais bibliotecas
do Recife, bem como em algumas livrarias da referida cidade.
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Empregar-se-á, nesse projeto de pesquisa, a técnica dedutiva, partindo da busca
de características gerais de como implementar o empowerment, para que toda empresa
possa efetuá-lo, ou seja, do geral para o particular. O método dedutivo, proposto por
Descartes, Leibiniz e Spinoza faz uso de silogismos e construções lógicas para se chegar
a uma verdade, a qual pode ser derrocada, ou não. Conforme assinala Cervo e Bervian
(2002, p. 34,35):
Com isso pode-se dizer que far-se-á uso do conhecimento científico, tratando
com racionalidade os métodos de implementação do empowerment, sendo esquemático
e metodológico, bem como será feito o uso da técnica da inferência e de pesquisas
históricas.
Ao definir a amostra a ser estudada procurar-se-á saber quais são os livros mais
abordados no meio acadêmico sobre o assunto em questão. Ao catalogá-los partir-se-á
para uma escolha aleatória dos livros que serão usados como referência. No processo de
escolha de livros sobre a burocracia, será de fundamental importância a indicação de
livros pelo professor orientador.
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Procurar-se-á fazer uma busca em algumas das principais livrarias da
cidade do Recife e também das bibliotecas centrais. Partir-se-á para uma procura de
artigos relevantes em sites como o SCIELO e o RAE.
4. Cronograma e Orçamento
Cronograma
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Mês/2010 Jan. Fev. Mar. Abr. Maio Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez.
1.escolha do
tema
2.levantamento
bibliográfico
3.elaboração
do projeto de
pesquisa
4.entrega do
projeto de
pesquisa
5. coleta de
dados
6. organização
do trabalho
7. redação do
trabalho
8. revisão final
9. entrega e
defesa da
monografia
Orçamento
5. Referências
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BÍBLIA. Português.Bíblia de Estudo de Genebra.São Paulo: Cultura Cristã e
Sociedade Bíblica do Brasil, 1999.1728 p.
Gil, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas,
2002.
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