Gestão de Custos PDF
Gestão de Custos PDF
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Missão
Visão
Valores
Apresentação
de se elaborar o preço de vendas, partindo-se da lucrativi-
dade sobre os diversos tipos de custos. Também ressalta-
mos os cuidados que as empresas devem ter em relação ao
mercado, pois é este que, na maioria das vezes, dita o preço,
cabendo à empresa ajustar-se a ele para ser competitiva –
sendo a análise de custos e dos processos industriais e de
gestão fundamentais para tomada de decisão.
Discorremos, no oitavo capítulo, sobre o custo invisível,
aquele que só vai aparecer quando o prejuízo bater à porta
da empresa – em resumo, aquele custo que envolve retra-
balho, desperdício, incompetência, entre outros. Já o pla-
nejamento financeiro – que envolve orçamento e fluxo de
caixa e é fundamental para acompanhamento e controle
de custos em toda organização – é contemplado no nono
capítulo .
No décimo capítulo, relacionamos os custos de distri-
buição com logística e sua influência nos custos totais, prin-
cipalmente sua importância na relação empresa-cliente
final. A logística como um todo não se restringe apenas à
distribuição, mas abrange todo o processo empresarial.
Para complementar, apresentamos em anexo um estudo
de caso de uma empresa comercial, considerando todas as
etapas do processo, ou seja, da compra até a formação do
preço, levando em conta o custo finaneiro. Enfim, espera-
mos que os conceitos e os exemplos práticos aqui apresen-
tados ajudem o leitor na interpretação do que seja custo e
que auxiliem na gestão empresarial.
x
Gestão de Custos
s umário
7.6 Método com base nas decisões das empresas concorrentes, 149
Sumário
( 8 ) O custo invisível de produção, 161
8.1 Elementos do custo de produção , 164
Referências, 221
Apêndice, 223
Gabarito, 249
xiv
Gestão de Custos
(1)
( )
(1.1)
f ases da elaboração de um
18 sistema de custos
Gestão de Custos
Exemplo
Classificação das contas
Quanto à variabilidade
22
A variabilidade indica como o custo vai se comportar em
relação ao produto ou serviço. Esta classificação ocorre de
Gestão de Custos
duas formas:
(1.4)
c usto de produção ou
custo industrial
Conforme normas e procedimentos contábeis estabeleci-
dos pelo Conselho de Contabilidade, o custo de produção
ou industrial é o valor de todos os bens e serviços consu-
midos no processo produtivo num determinado período,
sendo formado por três elementos básicos:
(1.5)
c ustos de transformação
São custos incorridos pela empresa para transformar maté-
rias-primas em produtos acabados. Eles correspondem
ao valor agregado (mais-valia) da produção da empresa.
Segundo Kliemann Neto6 , esse é um conceito de extrema
importância, pois eles refletem os verdadeiros custos de
produção de uma empresa industrial (isso pelo fato de que
uma empresa industrial vende seu trabalho, isto é, o valor
que ela agrega às matérias-primas utilizadas, que deve-
riam ser encaradas apenas como objeto de trabalho da
empresa).
Na realidade, os custos de transformação agregam a
mão-de-obra direta mais os custos indiretos de fabricação,
identificados pela equação:
25
CTRA = MOD + CIF
Origem e evolução da
contabilidade de custos e...
(1.6)
p rincipais filosofias de
custeio da produção
Considerando a filosofia como uma maneira de conheci-
mento que interpreta e cria uma concepção coerente e sis-
têmica com o objetivo de possibilitar uma ação efetiva em
relação ao modo de agir, ela significa, para os sistemas de
custos, uma forma de interpretação e aplicação do custo
de produção.
O problema consiste, basicamente, na forma como os
estoques são valorizados em relação ao custo dos produ-
tos, ou seja, se os custos fixos são agregados aos estoques
ou não. Segundo autores como Martins7, Kliemann Neto8,
Beulke e Bertó9, entre outros, existem três filosofias básicas
utilizadas para custos, que são:
Exemplo
Margem de contribuição
3.600,00
(R$ 10.000,00 – R$ 6.400,00)
(1.7)
c omparação das cifras de lucros
Os lucros vão se alterar conforme o volume de produção e
vendas e, dependendo da filosofia de custeio adotada, em fun-
ção da valoriação dos estoques, os lucros se alteram.
Exemplo
Custeio total
33
Vendas R$ 540,00
Origem e evolução da
contabilidade de custos e...
Prejuízo R$ 40,00
Custeio direto
Vendas R$ 540,00
(1.9)
vantagens e desvantagens
34
do custeio direto
Gestão de Custos
a. Vantagens:
▪▪ permite que se conheça a margem de contribuição
por produto ou linha de produtos;
▪▪ facilita a realização de análises de custo–volume–lucro;
▪▪ facilita o processo de tomada de decisão.
b. Desvantagens:
▪▪ a classificação dos custos fixos e variáveis não é
muito fácil;
▪▪ a fixação do preço de venda não pode ser baseada
no custo;
▪▪ não há um único custo unitário que possa ser usado
como guia enquanto o volume de produção for
variável; 35
▪▪ para que o processo de tomada de decisão seja mais
Origem e evolução da
contabilidade de custos e...
(.)
p onto final
Neste capítulo procuramos discorrer, de forma simples
e direta, sobre o conceito de custos, enfocando aspectos
teóricos e práticos na aplicação das filosofias e no conceito
gerencial, ou seja, procuramos fazer uma análise simples
para tomanda de decisão.
atividades
1. Aponte uma vantagem para a utilização do sistema de cus-
teio direto.
2. Quais as fases para elaboração de um processo de custos?
3. Qual a diferença entre o custeio direto e o custeio indi-
reto?
4. O que significa custo variável?
5. Vamos supor que a empresa A vendeu 1.000 unidades do
36 produto Y por R$ 15,00 a unidade. Sua produção foi de 1.100
unidades, o custo variável por unidade de R$ 8,00 e o custo
Gestão de Custos
(2.2)
c usteio por atividade x
contabilidade
41
A contabilidade tradicional separa os custos em fixos e
Custeio por atividade
(2.3)
b ases de relação
O custeio por atividade pressupõe que atividades geram
custos e que os produtos consomem tais atividades, isto é,
utilizam-se destas em maior ou menor grau, absorvendo
seus custos.
A primeira fase do sistema é calcular o custo de cada
atividade. Isso é feito de forma semelhante aos sistemas tra-
dicionais de duas fases, distribuindo-se os itens de custos
para as atividades através de bases de rateio. Desse modo,
chega-se a um custo por atividade. Para alocação dos cus-
tos das atividades aos produtos, utiliza-se o conceito de
bases de relação, as quais podem ser definidas como aque-
42
las atividades ou transações que determinam os custos das
Gestão de Custos
Exemplo
Produto Unidades
Camisetas 18.000
Vestidos 4.200
Calças 13.000
No passo seguinte, após o levantamento dos custos, foram esta-
belecidas as bases de relação/direcionamento dos custos, conforme
tabela abaixo:
Atividades
Direcionamento Atividades Custos/R$
direcionadas
Desenvolver
12.000,00 Nº de fornecedores
fornecedores
Total 28.000,00
Movimentar
16.000,00 Nº de requisições
materiais
Total 28.350,00
Administração Programar a
16.000,00 Nº de produtos
da produção produção
Controlar a
13.850,00 Nº de lotes
produção
Total 29.850,00
Total 57.600,00
Despachar os Apontamento de
32.200,00
produtos tempo
Total 46.200,00
Observe que os processos de fabricação e outras atividades
representam conjuntos que se inter-relacionam com seus respecti-
vos custos. Isso permite, como vimos anteriormente, uma análise
não só do lucro ou do custo de um produto, mas também de onde
estão sendo consumidos os recursos aplicados na empresa.
Uma vez apuradas essas informações, estabelece-se a base de
relação propriamente dita entre os produtos e atividades, conforme
a tabela a seguir:
Direcionadores de custo
Nº de fornecedores 2 6 3
Nº de produtos 1 1 1
Nº de lotes 10 40 20
Apontamento de tempo 25 h 50 h 25 h
Os direcionadores e/ou rastreamento indicam a relação do
custo com o departamento ou atividade, que é obtida através de
estudos e pesquisas, não sendo resultado de mera arbitrariedade
e subjetivismo.
O custo de cada atividade, conforme Martins, será composto
pelos mesmos componentes do custo do departamento.
O cálculo do custo específico de cada produto da confecção,
por exemplo, camisetas, sem considerar a matéria-prima, é feito
da seguinte forma:
Custo da atividade
Nº total de direcionadores
Custo da atividade
Total de unidades
Comprar
0,1778 2,0317 0,3282 2,5377
materiais
Desenvolver
0,1212 1,5584 0,2517 1,9313
fornecedores
Receber
0,1372 1,5683 0,2533 1,9588
materiais
Movimentar
0,1317 2,1164 0,3647 2,6128
materiais
Programar a
0,2963 1,2698 0,4103 1,9764
produção
Controlar a
0,1099 1,8844 0,3044 2,2987
produção
Despachar
0,4472 3,8333 0,6192 4,8997
produtos
▪▪ Camisas: R$ 10,00
▪▪ Vestidos: R$ 22,00
▪▪ Calças: R$ 16,00
R$ R$ R$ R$
Custos
2,66 17,33 5,33 25,32
indiretos
Lucro bruto
3,59 -1,08 6,42
unitário
(2.5)
a bc e análise de valor
A análise de valor contempla não só o valor das ativida-
des e dos processos como também o que chamamos finan-
ceiramente de valor agregado. Uma vez que o custeio por
atividade parte de uma derivação da filosofia de custeio
por absorção, pode agregar simultaneamente o conceito de
custeio direto. Assim, teremos um dado importante a ser
analisado – a margem de contribuição unitária – a qual,
na realidade, é o que sobra do preço de venda dos produ-
tos menos os custos variáveis, porém com uma diferença:
a apropriação do custo gerado pela atividade e/ou partes
específicas relacionadas ao produto.
Essa análise de valor deve ser realizada sempre sob
a ótica do cliente, interno ou externo, isto é, daquele que
recebe e utiliza o bem ou serviço gerado pela atividade, o
qual deve ser considerado o que agrega valor, ou seja, lucro
real menos o custo de capital.
Supomos que um produto X custe R$ 10,00 por uni-
dade (investimento) e que cada uma gerou um lucro de
R$ 0,10. Se o custo de capital da empresa (investimento)
for de 2%, vamos ter um custo sobre R$ 10,00 de R$ 0,20, ou
seja, lucro de R$ 0,10 – R$ 0,20, o que não agregou valor ao
produto. Ao contrário, se o lucro unitário for de R$ 0,50 e o
custo de capital (2% sobre o investimento de R$ 10,00, que
é o custo do produto) de R$ 0,20, o produto agregou valor
de R$ 0,30 por unidade.
(2.6)
a bc e gestão baseada em
atividades
A gestão baseada em atividades apóia-se no planejamento,
execução e mensuração do custo das atividades para obter
vantagens competitivas. Utiliza o custeio baseado em ativi-
dades e caracteriza-se por decisões estratégicas como:
(2.7)
d efinição do sistema
de custeio abc
Estabelecer o objetivo do projeto ABC é essencial, podendo
este incluir itens como custeio de produtos, linhas ou famí-
lias de produtos; inclusão ou não de gastos com vendas e
administração no custo dos produtos, linhas ou famílias;
custeio do processo; custeio de canais de distribuição; cus-
teio de clientes, mercados e segmentos de mercado; aná-
lise de lucratividade desses objetos custeados; utilização
de custos históricos ou predeterminados; se o sistema será
apenas de análise ou também de acumulação de custos; se
será recorrente ou de uso apenas periódico etc.
53
(2.8)
Custeio por atividade
p rincipais vantagens e
desvantagens do sistema abc
Nenhum sistema de custos é perfeito, mesmo o ABC apre-
senta vantagens e desvantagens como os demais; porém,
conforme demonstra a prática, é de longe o melhor sistema
a ser adotado por empresas multiprodutoras.
De acordo com Batista, Andrade e Sousa, como vanta-
gens podemos ressaltar:
Receitas R$ 166.800,00
(-) Custos
CMV R$ 100.000,00
Lucro em % 4,08 %
Custos
Suporte à
(6.000,00) (15.000,00) (9.000,00) (30.000,00)
loja (30%)
(continua)
(conclusão)
Margem de
10.450,00 15.020,00 11.330,00 36.800,00
contribuição
Custos
Atendimento
4.840,00 2.360,00 2.040,00 10.240,00
ao cliente
Margem de
(1.630,00) 24.900,00 13.530,00 36.800,00
contribuição
atividades
59
1.
s istemas e métodos
de apuração de custos
( )
Exemplo
Mão-de-obra 7.800,00
Total de funcionários 15
Pró-labore 3.000,00
Encargos 500,00
Contabilidade 180,00
Telefone 250,00
(continua)
(conclusão)
Aluguel 1.000,00
Luz 200,00
Água 0,00
Seguros 150,00
Total 6.580,00
Pintura
1,0000 120,0000 0,0888 10,65
complemento
Móvel para
17,00% 1,03 1 1 0,0888
telefone
1 17,00%
Custo
Matéria-
Custo Custo Crédito
prima
Custo total
0,00 0,00
matéria-prima 50,3920
Custo total do produto
Custo da mão-de-obra (R$ 37,28) + custo da matéria-prima (R$
50,39), que soma R$ 87,67.
Os dados do exemplo desenvolvido pelo autor procuram
demonstrar de forma simples como os elementos podem compor
uma ficha técnica e, ao mesmo tempo, demonstram uma metodo-
logia de custo padrão, em que a base é o custo da mão-de-obra.
(3.1)
s istema de custos por ordens de
produção (scop)
Nesse sistema, os elementos do custo de produção são, inicial-
mente, acumulados por ordens de produção e, só então, atri-
buídos aos produtos que foram fabricados nessas ordens.
Adapta-se, especialmente, a empresas caracterizadas 67
por uma produção sob encomenda ou não repetitiva, nas
de apuração de custos
Sistemas e métodos
quais os produtos são fabricados por lotes de produção.
Exemplo: construtoras, estaleiros, consultorias etc.
(3.2)
s istema de custos por processos
(SCP)
Nesse sistema, os elementos do custo de produção são,
inicialmente, acumulados por processos produtivos (ou
departamentos produtivos e/ou centros de custos) e, só
então, atribuídos aos diferentes produtos que passaram
por esses centros de custos.
Adapta-se, principalmente, a empresas caracterizadas
por uma produção em série de grandes lotes de produtos
padronizados.
SCOP SCP
Custos Custos
Unidade de
acumulação Ordens de Centro de
produção custos
Produtos Produtos
68
Gestão de Custos
(3.3)
método de apuração de custos
Método significa uma sistemática de apuração de custos
que deve ser padronizada para as diversas etapas do pro-
cesso de levantamento de custos. Se não existir um método
padrão de custo, as informações podem ser muito distorci-
das, não permitindo se estabelecer corretamente um custo.
Método do custo padrão
de apuração de custos
Sistemas e métodos
▪▪ avalia o desempenho por meio do estabelecimento de
medidas de comparação, as quais são normalmente
relativas a preços, eficiência e uso da capacidade
instalada;
▪▪ incentiva um melhor desempenho pela definição de
um padrão referencial de comparação;
▪▪ facilita a elaboração de orçamentos confiáveis;
▪▪ permite uma melhor orientação da política de preços;
▪▪ permite uma melhor determinação de responsa-
bilidade, bem como a realização de controles por
exceção (pela individualização das variações mais
significativas e/ou de maior importância);
▪▪ facilita a identificação de oportunidades de redução
de custos;
▪▪ fornece subsídios à adoção de medidas corretivas;
▪▪ diminui significativamente o trabalho administrativo.
b. Desvantagens:
▪▪ a utilização eficiente do método exige constantes
correções nos padrões monetários (a simples inde-
xação em dólares ou outra unidade supostamente
constante não é suficiente nem confiável para as
necessidades do método);
▪▪ muitas vezes, há dificuldades para determinar os
valores dos padrões.
70 Tipos de padrões
A grande dificuldade de se estabelecer um padrão está rela-
Gestão de Custos
CPMP = QP x PP
Então,
CPMP = Custo padrão unitário de matéria-prima.
QP = Quantidade padrão unitária de matéria-prima.
PP = Preço padrão unitário de matéria-prima.
de apuração de custos
padrões de preços podem estar relacionados e/ou atre- Sistemas e métodos
Onde,
CPMOD = Custo padrão unitário de mão-de-obra direta.
HP = Tempo padrão unitário de mão-de-obra direta.
TP = Taxa salarial padrão unitária de mão-de-obra
(3.4)
r efugos, unidades defeituosas,
desperdícios e sobras
Os sistemas e métodos de apuração de custos procuram reco-
nhecer uma forma padronizada de se identificar os custos de
forma racional e transparente. No decorrer do processo pro-
dutivo, ocorrem custos que não são avaliados corretamente e,
conseqüentemente, não possuem padrão de comparação.
A maioria dos processos produtivos gera, juntamente
com a produção de boa qualidade, perdas, como conseqüên
cia inevitável da combinação mais econômica dos fatores de
produção. Embora seja tecnicamente possível eliminar todas
as perdas, em alguns casos pode não ser econômico fazê-lo,
74 pois os custos de diminuição das perdas serão maiores que os
custos destas. Assim, é normal que os processos produtivos
Gestão de Custos
de apuração de custos
problema. Sistemas e métodos
Exemplo
Tomamos como exemplo uma fábrica que utiliza um pro-
cesso químico, o qual recebe 2.000 litros de matéria-prima
e produz apenas 1.900 litros de produtos acabados, dos
quais 100 litros evaporam-se durante os diferentes trata-
mentos intermediários. Supondo que esse desperdício seja
normal (padrão), 1.900 litros produzidos absorverão auto-
maticamente os custos desse desperdício, sendo o custo
unitário igual ao custo total dividido por 1.900 litros.
de apuração de custos
ízo no demonstrativo de lucros e perdas, e não como um Sistemas e métodos
atividades
1. Qual o principal objetivo do método de custo padrão?
2. Descreva uma das principais vantagens do método do
custo padrão?
3. O que significa refugo?
4. A que se adapta o sistema de custos por ordens de produção?
5. Supomos que sua empresa comercializa o produto X a R$ 14,00
a unidade. O custo unitário do produto é de R$ 10,00 e a
mão-de-obra R$ 8,00 por unidade. A empresa opera oito
horas diárias, sendo o tempo padrão para produção do
produto X de 1 unidade por hora. A empresa vendeu cinco
unidades do produto e consumiu seis horas de produção.
Qual o valor do lucro ou prejuízo do negócio?
79
de apuração de custos
Sistemas e métodos
(4)
(4.1)
a grupamento de centros
de custos
Agrupar custos significa identificar os custos que apre-
sentam as mesmas funções em um processo produtivo. A
seguir, destacamos como podem ser classificados esses
agrupamentos.
Centros comuns
Centros auxiliares 85
86
Centros produtivos
Gestão de Custos
Centros de vendas
▪▪ espécie de custo;
▪▪ bases de relação;
▪▪ despesas contabilizadas;
▪▪ centros comuns;
▪▪ centros auxiliares;
▪▪ centros de vendas;
▪▪ centros produtivos. 89
Custo da atividade
Nº total de direcionadores
(4.4)
matriz de custo por atividade
Martins6 e Leone7 apresentam um exemplo sobre a matriz de custos
de uma pequena indústria de confecção de roupas:
Exemplo
Matriz de custos
Observação:
Como já visto no segundo capítulo, processos são conjuntos de
atividades que se inter-relacionam e seus respectivos custos, o que
permite uma melhor análise não só do lucro ou custo de um pro-
duto, mas também de onde estão sendo consumidos os recursos
aplicados na empresa.
Levantamento dos custos das atividades e direcionamento
Atividades
Direcionamento Atividades Custos R$
direcionadas
Comprar
Compras 16.000,00 Nº de pedidos
materiais
Desenvolver Nº de
12.000,00
fornecedores fornecedores
Total em R$ 28.000,00
Receber Nº de
Almoxarifado 12.350,00
materiais recebimentos
Movimentar Nº de
16.000,00
materiais requisições
Total em R$ 28.350,00
Administração Programar a
16.000,00 Nº de produtos
da produção produção
Controlar a
13.850,00 Nº de lotes
produção
Total em R$ 29.850,00
Tempo de
Costurar 28.600,00
costura
Total em R$ 57.600,00
Tempo de
Acabamento Acabar 14.000,00
acabamento
Despachar Apontamento
32.200,00
os produtos de tempo
Total em R$ 46.200,00
Nº de pedidos
150 400 200 750
de compra
Nº de
2 6 3 11
fornecedores
Nº de
150 400 200 750
recebimentos
Nº de
400 1500 800 2700
requisições
Nº de produtos 1 1 1 3
Nº de lotes 10 40 20 70
Horas utilizadas
2.160 h 882 h 2.600 h 5.642 h
para o corte
(continua)
(conclusão)
Horas utilizadas
3.240 h 2.958 h 7.800 h 13.098 h
para costurar
Horas utilizadas
2.700 h 2.520 h 3.900 h 9.120 h
para acabamento
Apontamento de
25 h 50 h 25 h 100 h
tempo
Direcionadores de custos
94 Comprar
0,1778 2,0317 0,3282 2,5377
materiais
Gestão de Custos
Desenvolver
0,1212 1,5584 0,2517 1,9313
fornecedores
Receber
0,1372 1,5683 0,2533 1,9588
materiais
Movimentar
0,1317 2,1164 0,3647 2,6128
materiais
Programar a
0,2963 1,2698 0,4103 1,9764
produção
Controlar a
0,1099 1,8844 0,3044 2,2987
produção
(continua)
(conclusão)
Despachar
0,4472 3,8333 0,6192 4,8997
produtos
Quadro-resumo: ABC
Custos
2,66 17,33 5,33 25,32
indiretos
atividades
1. Como se caracterizam os centros de custos independentes?
2. O que significa uma matriz de custos?
3. O que são processos?
4. O que significa centros comuns de custos?
5. Como se caracterizam os centros comuns?
(5)
(5.1)
s imbologia adotada e significado
As siglas simplificam a aplicação de fórmulas a serem utili-
zadas em custos, porém cada autor tem as suas siglas espe-
cíficas para indicar um determinado item. Adotaremos
aqui a simbologia que mais facilita a interpretação, utili-
zada por Francisco Kliemann Neto em sua dissertação de
mestrado sobre custos, que resume os principais pontos
para análise do custo, volume e lucro.
P = preço de venda unitário
v = custos e despesas variáveis unitários
Q = quantidade produzida e vendida do produto
cf = custos e despesas fixas
Q* = quantidade de equilíbrio
MCu = margem de contribuição unitária
RCu = razão de contribuição unitária
Ro = faturamento de equilíbrio
Exemplo
Exemplo
Exemplos
P 10,00 20,00
v 6,00 16,00
Q* 75.000 75.000
Ro 750.000,00 1.500.000,00
cf 70.000,00 30.000,00
Q 10.000 10.000
Pv 10,00 10,00
v 2,00 6,00
Ro 87.500,00 75.000,00
Gestão de Custos
Automatizada Manufatura
Ponto de equilíbrio
(5.2)
p onto de equilíbrio para empresa
multiprodutora
Para se calcular o ponto de equilíbrio de uma empresa mul-
tiprodutora, segundo Kliemann Neto2, calcula-se uma RCu
média para a empresa, a qual deverá ser representativa
do conjunto de produtos que ela fabrica. Essa RCu média
será obtida pela média das RCu dos diversos produtos da
empresa, ponderada por suas respectivas participações no
faturamento. É importante ressaltar que, para a participa-
ção dos produtos no faturamento, poderão ser utilizados
tanto dados históricos de vendas quanto projeções (ou esti-
mativas) para os produtos futuros que se queira analisar.
% do
Produto RCu média Ponderação Pv unitário
Fat.
RCu 0,23
Exemplo
R$ R$
Produtos P1 P2 P3
R$ R$ R$
Ro faturamento
300.000,00 200.000,00 320.000,00
custos fixos
Ro custos
125.000,00 75.000,00 50.000,00
fixos comuns
Q* total
42.500 27.500
(unidades) 37.000
(5.3)
p onto de fechamento (QF) 109
QF = cf elimináveis
MCu
Exemplo
Exemplos
Produto A Produto B
v 14,00 18,00
Loja A Loja B
v 6,00 6,00
(5.5)
p onto de equilíbrio contábil,
econômico e financeiro
113
114
Exemplo
Gestão de Custos
Dados Gerais
(.)
p onto final
No mundo globalizado dos negócios, onde há grande con-
corrência e os mercados são disputados palmo a palmo, há 115
importância em se avaliar a atividade ou a operação em
(6.1)
f atores que interferem na
formação dos preços de venda
Alguns fatores interferem na elaboração do preço de venda
120
de forma subjetiva, como veremos a seguir. Porém, o
ponto de partida para qualquer análise é o processo e/ou
Gestão de Custos
a. Condições de mercado:
d. Exigências governamentais:
▪▪ controle de preços;
▪▪ impostos;
▪▪ código de defesa do consumidor;
▪▪ proteção / reserva de mercado etc.
(6.2)
e tapas a serem consideradas na
formação dos preços de venda
Nesse ponto, há duas análises a serem feitas. A primeira,
não suscetível a questionamento, diz respeito ao preço de
venda ser definido pelo mercado: ou a empresa adequa os
custos e processos para reduzir o lucro e ainda obter algum
benefício ou, então, fica fora do mercado. A segunda aná-
lise refere-se à correta exploração das etapas (procedimen-
tos para se identificar os custos) e filosofia de custo adotada
pela empresa, principalmente para apropriação correta
dos custos fixos comuns ou não aos produtos. Isso é muito
importante para obtermos parâmetros de comparação.
Uma avaliação não invalida a outra: ou se parte de den-
tro para fora (custos e preço de venda), ou de fora para den-
tro (preço do mercado x custos internos).
123
Formação do preço base desejado
b. Volume de vendas
(6.3)
p rincipais bases de custo para
formação de preços
A separação entre os custos pertencentes aos produtos (cus-
tos variáveis) e os custos pertencentes à estrutura geral da
empresa (custos fixos) é fundamental para a correta defini-
ção dos preços de vendas dos produtos.
+ despesas administrativas;
+ despesas comerciais;
+ despesas financeiras;
+ margem de lucro desejada
= Preço de venda
Exemplo
Produto A % Produto B %
(continua)
(conclusão)
CIF (200% da
12,00 22,60% 24,00 36,63%
MOD)
Custo de
34,00 64,10% 42,00 64,10%
produção
Desp. adm.
fin. com. 20% 6,80 12,82% 8,40 12,82%
do CP)
Margem de
lucro (30% s/ 12,24 23,08% 15,12 23,08%
CT)
Preço de
venda pro-
53,04 100,00% 65,52 100,00%
posto s/
imposto
a. Principal vantagem:
b. Desvantagens (limitações):
Custos de transformação
Produto A Produto B
MP 16,00 6,00
Custos de transformação
18,00 36,00
(CTRA)
Exemplo
Produto A em R$
135
MP 16,00
(.)
p onto final
Neste capítulo, verificamos alguns métodos para se for-
matar os preços de venda, todos muito úteis quando
desenvolvidos corretamente. Outro ponto importante,
também observado, é que todos os métodos devem ser
estruturados em função do custo base do produto, tanto
quando se parte para o cálculo do preço de venda de um
produto a partir do custo na empresa, como quando se
analisa o preço de venda a partir do mercado, isto é, o mer-
cado estabelece o preço e, na empresa, verifica-se o custo
e a rentabilidade, considerando o custo base para tomada
de decisão.
Se, no entanto, a empresa possuir um produto espe-
cífico e exclusivo, sem concorrência, e do qual o mercado
necessite, o preço de venda será estabelecido por ela. Um
exemplo são os remédios exclusivos produzidos pelos
laboratórios. Muitas vezes o governo tem de intervir para
conter abusos de preços. Foi o caso, no passado, de remé-
dios contra a Aids. 137
Finalizando, este capítulo demonstrou como estabele-
atividades
1. Como são compostos os elementos para formação dos pre-
ços de venda com base nos custos de transformação?
2. Considere as seguintes informações: matéria-prima de
R$ 16,00 e mão-de-obra de R$ 6,00; custos indiretos de
fabricação representando 200% da mão-de-obra; despe-
sas administrativas e financeiras representando 20% do
custo de produção e a margem de lucro, 30% dos custos
totais. Considerando o método de formação do preço de
venda com base nos custos totais e tomando como prin-
cípio as informações dadas, qual seria o preço de venda
desse produto?
3. Qual a principal vantagem em se utilizar a técnica de for-
mação do preço de venda com base nos custos totais?
4. Uma empresa possui um produto cuja composição de cus-
tos é a seguinte: matéria-prima, R$ 6,00; custos de transfor-
mação, R$ 36,00; as despesas administrativas e financeiras
representam 20% do custo de produção e a margem de
lucro é de 68% sobre os custos de transformação. Qual será
o preço de venda desse produto?
5. O que significa custo marginal ou variável?
138
Gestão de Custos
(7)
Exemplo
Convenções Descrição
M Margem de lucro
CT Custo total
Fórmula base:
Pvu = CT x f
144
Rotação Fator
0,50 1,667
1,00 1,250
1,50 1,154
2,00 1,111
2,50 1,087
3,00 1,071
3,50 1,061
Fator é igual a:
f= R
R – TRI
Sendo:
f = fator
R = Rotação
TRI = Taxa de retorno esperada
Onde, para a R (rotação) = 0,5, teremos:
f = 0,5/(0,5 – 0,2) = 0,5/0,3 = 1,667
Para uma R (rotação)= 1,00, teremos:
f = 1,0/(1,0 – 0,2) = 1,0/0,8 = 1,250
Observação:
PVu = CDP x f f= R
l – df R – TRI
146 Exemplo
Gestão de Custos
Dados do problema R$
Capital 6.000,00
TRI 20%
ICM 17%
Comissões 5%
Promoções 2%
147
(7.3)
(7.4)
método do preço com base
nos preços estimados
Esse método é especialmente adaptado para empresas que
fabricam produtos volumosos, caros e normalmente pro-
duzidos em quantidades variáveis, a partir de especifica-
ções técnicas fornecidas pelos clientes. São exemplos desse
tipo de situação a fabricação de turbinas, caldeiras, navios,
estradas e obras de infra-estrutura em geral. Para esses
casos, os preços devem ser negociados e estabelecidos com
antecedência, em função das estimativas dos custos de pro-
dução em que vão incorrer:
(7.6)
método com base nas decisões
das empresas concorrentes
Qualquer método de determinação de preços deve compa-
rar os preços determinados com aqueles praticados pelas
empresas concorrentes. Nesse sentido, serão apresentados,
a seguir, os principais métodos de comparação.
(7.7)
método misto
Esse, seguramente, deveria ser o método mais utilizado,
porque envolve uma combinação simultânea entre os cus-
tos incorridos a produção e a comercialização dos produ-
tos, na avaliação da concorrência e nas características de
mercado. Tende a ser o método mais correto por conside-
rar, implicitamente, as conseqüências de longo prazo da
escolha dos preços sobre a saúde financeira da empresa,
pois no preço de venda está embutida a margem de lucro
sobre o produto que, em suma, representa a rentabilidade
da empresa, ou seja, o retorno do investimento.
Esse método contempla aquilo que apregoam os estra-
tegistas de marketing, como Kotler7, Peters8, Porter9, entre
outros: a visão do todo, avaliando aspectos de curto, médio
e longo prazo para tomada de decisão e formação de preços.
Porém, nem sempre isso é possível, sendo importante esta-
belecer corretamente os custos e adequar o método de for-
mação de preços de forma que possibilite ao empresário
estimar corretamente a rentabilidade da empresa e tam-
bém que esta se mantenha no mercado.
(7.8)
154
f órmula base para formatar
o preço de venda
Gestão de Custos
Exemplos
Matéria-prima 700,00
Mão-de-obra 200,00
IPI 10,00%
PIS 0,75%
Finsocial 0,60%
Comissões 4,90%
Valor em R$ Dados
Valores em R$ Dados
atividades
1. Conseidere que um empresário investiu R$ 10.000,00 em
uma linha de montagem do produto X, cujo custo de fabri-
cação é de R$ 50,00 por unidade, e sobre o qual ele deseja
um lucro de 20%. Estima-se uma produção de 1.000 unida-
des do produto. Qual o preço de venda desse produto?
2. Para que tipos de empresa a utilização do método de venda
com base nos preços estimados é recomendada?
3. Supondo que uma empresa de esquadrias padrão para
casas populares possua, no produto mais simples, os
seguintes custos por unidade: matéria-prima, R$ 700,00;
mão-de-obra, R$ 200,00; custos indiretos de fabricação
variáveis, R$ 100,00; custos fixos, R$ 100,00. O ICMS repre-
senta 17%; Pis e Cofins, 1,35%; comissões, 4,90%; despesas
administrativas e financeiras, 20% do custo de produção e
margem de lucro de 30%. Tomando como base o método
do preço de venda pelos custos totais, qual seria o preço
de venda do produto?
4. Em que se apóia o método do preço de vendas baseado nas
características do mercado para formatar o preço de venda?
160
5. A rede de supermercados Preço Baixo, localizada na cidade
Material direto
Quando se elabora informações de custos, estas se destinam
a ajudar os diversos níveis gerenciais a exercer atividades
de controle, de planejamento e de tomada de decisão.
A contabilidade considera como custo de produção a
soma de três elementos distintos: material direto, mão-de-
obra direta e despesas indiretas de fabricação. Quando se
procura estabelecer informações de custos para atividades
de controle, de planejamento e tomada de decisão, o conta-
dor considera o material direto (ou simplesmente o mate- 167
Material R$ 500,00
Mão-de-obra R$ 1.000,00
Total R$ 1.500,00
O efeito depreciação
posteriormente.
Vida útil
Métodos de depreciação
LT = R – C – D
(.)
p onto final
Neste capítulo, retomamos alguns conceitos de custos para
demonstrar onde o custo invisível ou “operário invisível”
178
aparece. Normalmente, esses custos não são contemplados
e/ou identificados e, por conseqüência, não são considera-
Gestão de Custos
atividades
1. Destaque pelo menos duas características do “operário
invisível”.
2. Como a contabilidade considera o custo de produção?
3. O que significa custo invisível de produção?
4. A depreciação é como um “operário invisível”. Dessa forma,
como ela pode ser considerada?
5. De que maneira os efeitos da depreciação interferem na
elaboração do custo e na formação do preço de venda de
um produto?
(9)
c usto e planejamento
( )
(9.1)
planejamento financeiro
Significa elaborar planos para dirigir, coordenar e contro-
lar as ações de curto (operacionais) e de longo (estratégicas)
prazos, a fim de atingir os objetivos da empresa. Seu prin-
cipal objetivo consiste em planejar o caixa e o lucro das ati-
vidades operacionais futuras de qualquer empresa.
O planejamento financeiro é divido em duas partes
distintas: a primeira trata do orçamento em si – a primeira
condiz com as operações que vão ocorrer no período de
competência como no mês em que ocorrem como o fatu-
ramento; a segunda representa o fluxo de caixa, o qual
ocorre quando a empresa vai receber ou pagar suas contas,
em outras palavras, quando a empresa vai ter o ingresso
de recursos (decorrente do faturamento, por exemplo) e
quando vai, efetivamente, desembolsar recursos.
Padoveze1 nos ensina que
Custo e planejamento
É um instrumento de previsão e planejamento financeiro
que possibilita ao administrador determinar as necessida-
des financeiras de curto prazo das operações da empresa.
Para Welsch2, sua importância consiste em possibilitar a
definição e a análise das necessidades financeiras da orga-
nização e, assim, definir as fontes dos recursos.
184
Figura 9.1 – Fluxo de caixa
Fluxos financeiros
Fluxos operacionais
e legais
Vendas a
prazo
Juros
Impostos Produtos em
Despesas
elaboração
Caixa
Capital de Ativos
terceiros Compras à
vista
Patrimônio Fornecedores Estoques
líquido Compras a
prazo
Custo e planejamento
das demonstrações projetadas
Cenário
187
Previsão de
Custo e planejamento
vendas
Previsão de
produção
Estimativa do
consumo de MP
Estimativas das
compras de MP
Necessidades
Custos dos produtos
fabricados
Custos de
fabricação
Estimativas DO
Plano de
Orçamento
Projeção DR investimento
de caixa
de capital
Balanço do
período
Balanço
projetado
Custo e planejamento
mentário numa empresa é a existência de apoio da direção
e de motivação para disseminar a cultura orçamentária
entre os funcionários.
Como visto anteriormente, o orçamento econômico ou
orçamento operacional é composto por vários estágios,
porém nosso enfoque é o planejamento das receitas e cus-
tos para um determinado período, de acordo com determi-
nadas metas de resultados, a partir dos volumes físicos de
vendas (para indústria e para o comércio) e atendimentos
(empresas prestadoras de serviços).
Os custos estruturais ou operacionais primários são admi-
nistrados por diferentes gerências ou chefias. Estipula-se,
em conjunto com cada uma ou com seu apoio, o montante
desses custos por conta/centro com base no retrospecto
recente, introduzindo importantes ajustes ou reduções
nos componentes avaliados. Desse modo, pode-se prati-
car o indispensável esforço de adequação permanente da
estrutura da empresa. Por outro lado, a projeção de cus-
tos estruturais ou operacionais precisa basear-se em cus-
tos históricos, pois se estivermos projetando uma empresa,
esses custos também deverão ser projetados em função da
estrutura proposta para a organização.
Custo e planejamento
Produtos P1 P2 P3
Custo e planejamento
causas físicas e causas monetárias.
Com relação às causas físicas, os fatores a serem avalia-
dos são quebras, refugos, retrabalho acima do normal, má
utilização dos materiais ou oscilações do rendimento ope-
racional. A partir da constatação do problema deve-se tra-
çar as medidas corretivas que se adaptam a cada caso nas
áreas responsáveis.
As variações monetárias tendem, em princípio, a ser
de natureza incontrolável, uma vez que nem sempre a
empresa exerce influência favorável na aquisição de insu-
mos. Isso porque estas decorrem, sempre, de causas estri-
tamente incontroláveis; à empresa não restará alternativas
senão repassá-las ao preço de venda. Essa transferência
será integral ou parcial, conforme a permissão mercado.
No sistema de cálculo do custo padrão (estabeleci-
mento de um método de custo para ser usado em toda
empresa) são mais amplas as possibilidades de análise
sobre essas variações. Na inexistência de parâmetros mais
confiáveis a margem de contribuição unitária estabelecida,
ou recentemente observada, pode servir como ponto de
referência para destacar as variações ocorridas.
Em vista das modificações a que estão sujeitos os valo-
res planejados, é conveniente dispor de instrumentos para
avaliação de seus efeitos no resultado da empresa. Para
se constituir num eficiente fator de apoio às tomadas de
decisões na empresa, o sistema de custos deve estar bem
estruturado para formular novas alternativas em face do
cumprimento das metas.
Tradicionalmente, autores como Beulke e Bertó5, Ching,
Marques e Prado6, e Cogan7, fazem essa abordagem refe-
rindo-se às relações entre custo–volume–lucro. Essa aná-
194 lise conduz à delimitação do montante mínimo das vendas
para não haver prejuízo.
Gestão de Custos
(9.3)
c usto padrão
Na metodologia de custos, o custo padrão constitui, histori-
camente, um instrumento de grande valia no esforço cons-
tante que as empresas empreendem para se manter viáveis
e bem dimensionadas do ponto de vista econômico.
Os custos estimados tendem a antecipar os custos
reais, servem como orientação para a administração e são,
com freqüência, utilizados para se estabelecer os preços de
venda dos produtos, não procurando adaptar a realidade a
estes, mas justamente o contrário.
De acordo com Leone9 e Martins10, o custo padrão é esta-
belecido antes da realização da atividade, por meio de méto-
dos racionais, ou seja, por meio da relação do custo com a
operação no processo fabril. A teoria do custo parte do prin-
cípio de que os valores pré-calculados são verdadeiros cus-
tos de produção do produto e não valores pós-cálculo.
O custo padrão, quando fixado de forma exata e em
condições normais, é o verdadeiro custo de produção do
produto. Ele visa estabelecer a correta utilização dos fato-
res de produção, servindo como instrumento para o con- 195
trole das operações da empresa. O aspecto controle não
Custo e planejamento
é uma finalidade unilateral do custo padrão, ao contrário,
ele é, na realidade, uma meta a ser atingida pela empresa.
Ao lado das finalidades apontadas, o custo padrão serve
como instrumento de avaliação da economicidade. Tal
finalidade é constatada por meio do cálculo das variações,
o qual permite averiguar as diferenças entre o custo real e
o custo padrão, ou seja, entre o custo que foi e o custo que
deveria ter sido. As variações indicam até que ponto uma
orientação ou um objetivo foi atingido.
(9.4)
c álculo das variações de custos
O cálculo das variações de custos visa demonstrar todas as
variações de insumos de bens e serviços ocorridas na pro-
dução. Elas são obtidas geralmente através da relação cus-
tos reais–custo padrão.
Um resultado positivo indica custos excessivos, o
que é desfavorável; ao contrário, um resultado negativo
indica custos inferiores ao padrão, sendo, assim, favorá-
vel. Constata-se que a grandeza padrão é a unidade de
medida à qual são comparados os custos reais. Observa-se,
nesse caso, que positivo (+) não significa algo favorável e
que negativo (–) não significa algo desfavorável. O conhe-
cimento das variações de custos numa empresa condicio-
na-se, automaticamente, a uma utilização mais econômica
dos fatores de produção. 197
A importância das variações não reside apenas na cons-
Custo e planejamento
tatação de sua grandeza absoluta, mas principalmente na
análise de suas causas e de seus responsáveis. Para que
essa análise possa ser concretizada, cumpre a divisão das
variações em duas categorias, segundo sua origem: varia-
ções de preços de origem externa, as quais são incontrolá-
veis, e variações quantitativas, que são de origem interna
e controláveis.
(9.5)
a nálise de investimentos
Conforme Gitman12, os estudos para a realização de um
investimento devem considerar as variáveis de diversas
áreas gerenciais, como as áreas técnica, mercadológica,
econômica e financeira. Quando se fala em custos, em geral
se está vinculando o tema ao aspecto econômico. No que
diz respeito a um estudo de investimento, normalmente
se deseja saber qual o volume necessário de produtos ou
serviços que deve ser gerado, e em que tempo, para que o
valor investido retorne ou seja recuperado. Em relação ao
estudo econômico de investimento, a variável margem de
contribuição é preponderante no cálculo.
(9.6)
g erência e controle de custos
198
Controle de materiais
Custo e planejamento
no sentido do controle dos custos e despesas operacionais
é alcançado mediante a sua setorização por áreas de res-
ponsabilidade. A experiência profissional indica que a
forma mais fácil de não se preocupar com os custos e de
não assumir nenhum comprometimento é desconhecê-
los. O simples conhecimento destes pelos responsáveis das
áreas e a consciência de que as esferas superiores também
os conhecem constituem fatores inibidores na sua realiza-
ção, redundando em maior cuidado e racionalização.
A partir da identificação desse custo/despesa por área
de responsabilidade, deve-se fazer uma análise evolutiva
destes no nível horizontal e vertical. A análise horizontal
indica a evolução mensal, em índice, de cada espécie indi-
vidual de custos; a vertical aponta para sua participação
relativa à composição total dos custos da área. Para efeito
de uma melhor gestão setorial, é ainda adequada uma divi-
são desses custos/despesas entre os que são administráveis
diretamente pela área e os que são atribuídos por meio de
rateios genéricos.
Como exemplo, vamos considerar um demonstrativo
de resultados simples:
Exemplo
Demonstrativo de resultados
Demonstrativo
2007 2008 Variação
de resultados
Despesas
15.000 33,33% 16.500 24,26% 10,00%
operacionais
Resultado
5.000 11,11% 13.500 19,85% 170,00%
operacional
Receitas
não-operacionais
Outras receitas
não-operacionais
Lucro antes do
5.000 11,11% 13.500 19,85% 370,00%
Imposto de Renda
Provisão para
contribuição
social
Provisão para
Imposto de
Renda
Lucro líquido
5.000 11,11% 13.500 19,85% 370,00%
do exercício
Custo e planejamento
cação, logística, merchandising etc.) e constituem fator rele-
vante para análise, em função do estabelecimento das bases
de relação e direcionamento a produtos, canais de distri-
buição, segmentos, clientes específicos etc. A abertura dos
custos mercadológicos nessas categorias – tais como custo
dos produtos, dos canais de distribuição, dos segmentos
de clientes e os relacionados a clientes específicos – tornam
a análise particularmente muito eficaz, conforme exempli-
ficado no segundo capítulo – “Custeio por atividade”.
(.)
p onto final
Neste capítulo, discorremos sobre a inter-relação entre
o processo de custo e o planejamento financeiro. Vimos
que, em qualquer situação, para se elaborar o orçamento,
a identificação dos custos e despesas, assim como as previ-
sões de investimentos, devem ser claras e objetivas, funda-
mentadas em sistema de custos. Porém, é evidentente que
o plano orçamentário não é composto apenas por custos,
mas também pelas receitas, projeção dos estoques etc.
A partir do orçamento financeiro projeta-se o fluxo
de caixa que, em outras palavras, representa quando e
o quanto deverá ser desembolsado, conforme estabele-
cido no orçamento, sendo uma importante ferramenta
para acompanhamento e gerenciamento de custos nas
organizações.
202
atividades
Gestão de Custos
(10.1)
l ogística e distribuição –
processo industrial
Os conceitos de logística empresarial são muitos. O con-
ceito básico, do qual evoluíram vários outros, constitui-se
em “colocar o produto certo, na hora certa, no local certo e
ao menor custo possível, desde as fontes de matéria-prima
até o produto acessar o consumidor final”1. Apesar de ser
genérico, reflete de forma clara a abrangência e o objetivo
da logística empresarial. Segundo o Council of Logistics
Management, citado por Dílson Augusto Lopes Duarte,
3
2 4 7
Madeira
(alm. madeira)
5/6 8
2
Mdas 4
9
(alm. madeira)
2 11 13 23 25 27 29 30 32
Percintas 4
(alm. madeira)
10 12 14 24 26 28 33
31
2
Espumas 4 16
1 (alm. espumas)
15
2 18 20 22
Tecido 4
(alm. central)
17 19 21
2
Embalagens 4
(alm. embalagens)
2
Papelão 4
(alm. embalagens)
de distribuição
Na figura apresentada, observamos o processo produ-
208
tivo, conforme descrição a seguir:
Gestão de Custos
de distribuição
Controle e análise dos custos
31. chegada à transportadora/transporte do produto final
até a expedição carregamento;
32. assinatura do canhoto e liberação da mercadoria.
O que vimos, na realidade, é um processo de distribui-
ção interno em uma unidade industrial para fabricação de
um sofá. Esse mesmo processo logístico pode ser montado
para simplificar a distribuição de produtos para o mercado,
partindo-se da etapa 31 em diante até o cliente.
(10.2)
s ituação atual e perspectivas
Conforme Beulke e Bertó3, as empresas industriais brasi-
leiras até pouco tempo não se preocupavam com esse tipo
de custo (logística e distribuição), a ponto de exercer sobre
ele os mesmos tipos de análises e controle que já vinham
sendo realizados em relação aos custos de produção.
A lógica anterior ao estudo da logística era convergir
esforços de distribuição para outras prioridades gerenciais,
principalmente no tocante a custos de produção e processo.
Atualmente, o custo de distribuição, segundo os mes-
mos autores, tem um peso muito grande nos custos das
indústrias, do comércio e serviços. Não raro se observa
que, pela competência, a área de distribuição das empre-
sas é terceirizada com o objetivo de se obter menor custo e
maior eficiência. As grandes redes, hoje, não possuem frota
própria para este fim; quase tudo é terceirizado visando
uma redução significativa de custos ou até uma maior
eficiência na distribuição de seus produtos. Contudo, sem-
210
pre deve haver uma avaliação (apuração de custos) para
Gestão de Custos
(10.3)
o que são custos de distribuição
Para Beulke e Bertó4, os custos realizados pela função comer-
cial são operacionais porque, do mesmo modo, ela é uma
função fim. Os custos de distribuição são os custos realiza-
dos pelos segmentos comerciais que envolvem pesquisa de
mercado, promoção de vendas, propaganda, crédito, venda,
armazenagem, transporte, faturamento, cobrança, serviço
de atendimento no pós-venda etc.
Cabe à contabilidade de custos identificá-los correta-
mente e apropriá-los conforme os critérios estabelecidos
no plano de contas. Num primeiro momento, deve-se iden-
tificar a maneira como será subdividida a atividade de dis-
tribuição, a qual pode ser realizada de diversas formas:
▪▪ Por função: pesquisa de mercado, propaganda, cré-
211
dito, venda, armazenagem, transporte, faturamento,
de distribuição
Controle e análise dos custos
cobrança, atendimento no pós venda;
▪▪ Por produto: pelas grandes linhas de produto (lâmpa-
das, aparelhos domésticos, equipamento pesado, equi-
pamentos leves, ou então, produtos farmacêuticos,
produtos de higiene etc.);
▪▪ Por territórios: pelas zonas de vendas e regiões;
▪▪ Por cliente: governo, indústria, consumidores, crian-
ças, estudantes etc;
▪▪ Por canal de distribuição: atacadistas, varejistas, con-
sumidores diretos, lojas próprias, lojas de terceiros;
▪▪ Por tamanho de pedido: pedidos de grandes volumes,
pedidos médios, pedidos pequenos etc.
(10.4)
a nálise dos custos de distribuição
De posse das informações, poderemos proceder uma série
de análises que vão fornecer dados gerenciais diferentes
para o exercício de planejamento, controle e tomada de
decisão por parte da administração, avaliando a influência
desses custos com relação aos itens a seguir.
de distribuição
Controle e análise dos custos
causas desses fenômenos;
▪▪ estabelecimento de preços de venda, caso seja possí-
vel, pois o custo comercial por produto dará meios de
se fazer essa avaliação. Estes deverão cobrir os custos
diretos e variáveis de distribuição;
▪▪ estabelecimento de políticas mais aperfeiçoadas,
visando maior eficiência do setor de vendedores, para
a aplicação de critérios de premiação e ajuda aos que
conseguirem vender maior quantidade dos produtos
mais rentáveis;
▪▪ obtenção de recursos, em termos de informações, para
o estabelecimento de análise dos melhores canais de
distribuição, da melhor combinação de vendas e de
métodos mais adequados de comercialização.
de distribuição
Controle e análise dos custos
que, necessariamente, vai ser repassado ao cliente final. É
o caso, por exemplo, de uma fábrica de colchões, a qual
vende seus produtos por intermédio de representantes,
que por sua vez comercializam com distribuidores, e estes,
utilizando-se de vendedores, comercializam com lojistas,
os quais, por fim, atendem o consumidor final. Todos esses
canais de distribuição devem ser remunerados, e quem
paga o custo é o cliente final.
(.)
p onto final
Conforme vimos no início do capítulo, o conceito de logística
constitui-se em “colocar o produto certo, na hora certa, no local
certo e ao menor custo possível, desde as fontes de matéria-
prima até o produto acessar o consumidor final”5. Contudo,
217
para a empresa realmente atender esses requisitos precisa
de distribuição
Controle e análise dos custos
estar estruturada em todos sentidos: do processo de progra-
mação da produção à entrega do produto final ao cliente, o que
implica, necessariamente, no acompanhamento dos custos de
distribuição.
Assim, concluímos que por meio do controle e gerencia-
mento dos custos é possível identificar a maioria dos problemas
que acontecem na organização e, através de um diagnóstico, é
possível propor ações corretivas para que a empresa atenda às
necessidades do mercado e mantenha a rentabilidade.
atividades
1. Realizando uma análise de custo de distribuição por pro-
dutos poderemos avaliar resultados sobre diversos pontos.
Que resultados seriam estes?
2. O que são custos de distribuição?
3. O que a análise dos custos de distribuição por função per
mite?
4. O que medem os custos de distribuição por território?
5. O que estamos estabelecendo quando utilizamos um
roteiro predefinido para coleta e entrega de mercadorias
em uma transportadora?
r eferências numéricas
Apêndice
O sucesso na elaboração correta dos preços de venda passa,
necessariamente, pela forma com que os custos são clas-
sificados para depois serem apropriados corretamente ao
produto.
Apêndice
unidades = R$ 12,50 por unidade.
Custeio por absorção: Custo fixo unitário = R$ 10,00
por unidade; R$ 2.000,00 (200 unidades x R$ 10,00) vão
ser lançadas como despesa no período.
b. Se vender 1.250 unidades:
Custeio total = Custo fixo unitário = R$ 10.000,00/1.250
unidades = R$ 8,00 por unidade.
Custeio por absorção: Custo fixo unitário = R$ 10,00
por unidade; R$ 2.500,00 (250 unidades x R$ 10,00) vão
ser lançados como receita no período.
228
1.5 Rateio da participação
dos custos fixos
Gestão de Custos
Apêndice
Comissões 7,00 % 7,00 %
230
(2)
Gestão de Custos
Exigências governamentais
▪▪ Controle de preços;
▪▪ Impostos sobre vendas.
Apêndice
A taxa de marcação é representada pela seguinte fórmula:
Onde:
CC = Custos comerciais variáveis incidentes sobre o
preço de venda do produto.
ML = Margem de lucro desejada.
TM = Taxa de marcação.
O preço de venda é obtido pela seguinte fórmula:
Preço
Produto 100,00 202,69 100,00%
de venda
TM 0,4835
Cofins 2,65 %
Frete 3,00 %
Administrativo 2,00 %
Comissões 7,00 %
Totais 31,65 %
Exemplo
Apêndice
teríamos:
Coeficiente para preço à vista: 0,6335, onde:
Pv = R$ 100,00/0,6335 = R$ 157,85.
Pv = R$ 100,00/0,6218 = R$ 160,82.
Pv = R$ 100,00/0,6101 = R$ 163,90.
Coeficiente para 21 dias: 0,6335 – 0,03500 = 0,5985, onde:
Pv = R$ 100,00/0,5985 = R$ 167,08.
Nesse caso, a totalidade dos custos financeiros e variáveis
é coberta pela taxa de marcação, pois todos os custos estão
embutidos.
Exemplo
238
Partindo do exemplo anterior, o preço de venda à vista
Gestão de Custos
Apêndice
como base a taxa de marcação, incluindo apenas os cus-
tos comerciais, como ICMS, Cofins, fretes, publicidade,
comissões etc.
Fórmulas-base:
Prova:
Gestão de Custos
(3)
a nálise de custo, volume e lucro
O processo de planejamento empresarial envolve tanto
a seleção de objetivos quanto a definição dos meios para
atingir tais objetivos. Nesse sentido, cabe assinalar que a
maximização dos lucros constitui o objetivo mais relevante
e clássico da maioria das organizações empresariais.
Contudo, o lucro é uma variável-resultado, ou seja, ele
é a conseqüência final da gestão empresarial.
Esse volume será encontrado a partir da igualdade:
p.Q = CF + vQ
Onde:
P = preço de venda unitário;
v = custos e despesas variáveis unitários;
q = quantidade produzida e vendida do produto;
241
Cf = custos e despesas fixas.
Apêndice
Isolando-se o Q na equação, chega-se:
Q* = CF = CF
P–V MCu
Onde:
Q* = Quantidade de equilíbrio.
MCu = Margem de contribuição unitária.
Ro = P.Q* = Cf = Cf
1 – (v/P) RCu
Onde:
Ro = Faturamento de equilíbrio;
RCu = Razão de contribuição unitária.
seus produtos.
Exemplo geral
Produto Produto
Contas Identificação
A = R$ B = R$
Preço de venda
P 10,00 20,00
unitário
Custos variáveis
v 6,00 16,00
por produto
(continua)
(conclusão)
Custos fixos
Cf 300.000,00 300.000,00
totais
Margem de
contribuição MCu 4,00 4,00
unitária
Razão de contri-
RCu 0,40 0,20
buição unitária
Quantidade de
Q* 75.000 75.000
equilíbrio
Faturamento de
Ro 750.000,00 1.500.000,00
equilíbrio
Exemplo
Custeio Total R$
Custeio Direto R$
Vendas 540,00
Produto A B C D Totais
Vendas em
100 150 70 80
unidades
Custo do
5,00 6,00 8,00 8,00
produto
Custos comer-
316,50 474,75 332,32 506,40 1.629,97
ciais (31,65%)
Custo do
500,00 900,00 560,00 640,00 2.600,00
produto
Custo fixo
atribuído por 70,00 100,00 60,00 150,00 380,00
produto
Lucro líquido
113,50 25,25 97,68 303,60 540,03
por produto
% de lucro
11,35% 1,68% 9,30% 18,98% 10,49%
líquido
Se formos analisar o negócio pelo custeio total, verificare-
mos que os produtos B e C não atingem a margem líquida
desejada de 10%, fato que não permitiria o fechamento do
negócio.
Pelo conceito de margem de contribuição (custeio direto),
podemos observar que, no conjunto, a operação é viável,
pois a margem líquida no conjunto é de 10,49%, ou seja,
acima do mínimo estabelecido.
Conforme o mix de produtos a ser negociado, haverá uma
mudança substancial na margem de lucro.
Taxa de
6,00% 1,40% 2,80% 4,20% 5,60%
juros/mês
Custos
31,65%
comerciais
Margem
À vista 7 dias 14 dias 21 dias 28 dias
de lucro
ICMS
0,6835 0,6695 0,6555 0,6415 0,6275
17,00%
247
5% 0,6335 0,6195 0,6055 0,5915 0,5775
Apêndice
10% 0,5835 0,5695 0,5555 0,5415 0,5275
Taxa de
6,00% 1,40% 2,80% 4,20% 5,60%
juros/mês
Custos
19,65%
comerciais
Margem
À vista 7 dias 14 dias 21 dias 28 dias
de lucro
Capítulo 1 Capítulo 2
1. Ele facilita a realização de análises de 1. A visão econômica de custeio, que é
custo, volume e lucro e o processo de uma visão vertical, no sentido de que
tomada de decisão. apropria os custos aos objetos de custeio
2. Apuração, análise e divulgação. através de atividades realizadas em cada
departamento.
3. É que o custeio direto é facilmente atri-
buído a um determinado produto e o 2. É que possibilita a eliminação ou redu-
custeio indireto é aquele que apresenta ção das atividades que não agregam
um grau de dificuldade para ser atri valor ao produto.
buído a um determinando produto.
3. Os controles redirecionados para o cál-
4. É aquele constante por unidade, mas culo dos custos dos produtos.
que flutua no seu total de maneira dire-
tamente proporcional às variações no 4. Indica a relação do custo com o depar-
volume de atividade. tamento ou atividade.
produto ou item, sendo que sua função distintos: material direto, mão-de-obra
é prestar serviços a outros centros de direta e despesas indiretas de fabricação.
custos.
3. São aqueles custos indiretos de produção.
5. São centros de custos que não estão
4. Como um decréscimo no valor venal de
diretamente ligados à produção de um um bem, podendo ser apontada como
item. Sua função é fornecer serviços um custo indireto de fabricação de
para outros centros de custos. forma física, econômica e contábil.
251
Gabarito
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