AçãoDeclaratoriax Telefonica (Vivo)
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DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA
I – Dos fatos
Em dado momento, sua situação financeira apertou e ficou inadimplente, mas pagou
todo o débito e pediu o cancelamento da linha telefônica móvel, mesmo assim,
continuaram cobrando o que a Autora já havia pago e sempre alegando que a mesma
embora com a linha cancelada, continuava devendo;
Após, recebeu outra fatura com vencimento contra prestação, cobrando os meses de
junho a setembro/17, totalizando R$ 137,96,(cento e trinta e sete reais e noventa e seis
centavos), já com ameaças de inclusão de seu nome nos cadastros restritivos do SPC e
SERASA, mais uma vez a Autora pagou, MESMO COM A LINHA JÁ CANCELADA,
ficou com medo de ficar com o nome “sujo” (doc. anexo);
Pasme Excelência! A Autora mais uma vez recebeu outra correspondência para
pagamento do que já vem pagando por várias vezes, JÁ FOI PAGO, com vencimento
para 22/12/2018, no valor de R$ 117,27 (cento e dezessete reais e vinte e sete centavos);
o que mais uma vez pagou conforme documento e recibo anexos, sentindo-se
ameaçada com as ameaças constantes de inclusão do seu nome nos cadastros restritivos
e por entender que esta situação nunca terá fim a não ser através das vias judiciais;
A Autora já pagou o mesmo débito diversas vezes com sua linha cancelada pela própria
empresa Ré, que insiste em fazer cobranças absurdas que deixam a Autora apavorada e
em situação vexatória e humilhante, causando um enorme sofrimento, pois não mais
tem vinculo com a Ré, o que pretende é o cancelamento destas cobranças e os danos
causados pela Ré a sua pessoa;
II – Do Direito
Todos estes atos e omissões da Ré acabaram por gerar danos à Autora. Esta conduta nos
remete ao seu enquadramento em uma previsão legal qual seja, artigo 186 do Código
Civil de 2002.
“Art. 186 Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência,
violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato
ilícito”
Como se pode constatar, é notória a responsabilidade objetiva da Ré, uma vez que
ocorreu uma falha substancial na prestação do serviço de cobrança e repetição de
indébito e, por tratar-se de uma relação consumerista, a ser regida, portanto, pelas
normas do Código de Defesa do Consumidor, cabe imputar às instituições fornecedoras
de serviço tal tipo de responsabilidade;
O artigo 14 do instituto supra referido embasa tal afirmação como se pode observar:
Dessa forma, fica evidente o dever de indenizar da Ré, pois de acordo com o exposto
anteriormente, restou comprovada a existência do ato ilícito, e segundo os ditames do
artigo 927 do Código Civil de 2002, temos que:
“Art. 927. Aquele que, por ato ilícito, causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo”.
IV – Do Dano Moral
Segundo a doutrina, o dano moral configura-se quando ocorre lesão a um bem que
esteja na esfera extrapatrimonial de um indivíduo, e a reparação do mesmo tem o
objetivo de possibilitar ao lesado uma satisfação compensatória pelo ato sofrido,
atenuando, em parte, as consequências da lesão;
“Art. 5º... X – São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das
pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de
sua violação...”
Com relação ao dano moral, ficou igualmente provado que a Ré com sua conduta
negligente violou diretamente direito sagrado da Autora, o de ter sua paz interior e
exterior inabalada por situações com o qual não concorreu e que lhe causa imenso
sofrimento;
V – Da Jurisprudência
Diante do caso concreto, acima relatado, percebe-se que grande parte de nossa
jurisprudência tem convergido para a mesma solução nos casos em que as
concessionárias de telefonia móvel, agem negligentemente na abertura, venda e
cobrança de linhas, vindo posteriormente violar os direitos de pessoas integras que não
possuem nenhuma relação com a instituição.
Do Dano Irreparável
b) Conceder nos termos do art. 6º, VIII do CDC, a inversão do ônus da prova em favor
do Autor;
Dá-se à causa o valor de R$ 10.876,80 (dez mil oitocentos e setenta e seis reais e oitenta
centavos).
Nestes termos,
Pede deferimento.
NEUCI SÁ DE MELLO
OABRJ: 77564