Cito Histo Embrio

Fazer download em docx, pdf ou txt
Fazer download em docx, pdf ou txt
Você está na página 1de 21

MORFOLOGIA (cito/histo/embrio)

CITOLOGIA

Células Eucariontes => Uni/Pluricelulares

 Protistas, fungos, plantas e animais


 Organelas membranosas
 Núcleo, DNA em fitas longas
 Citoesqueleto

Revisão

Células Procariontes => Unicelulares

 Bactérias e cianofíceas
 Aeróbios ou anaeróbios
 Ausência de organelas e núcleo
 DNA único e circular

NÚCLEO

Função: Controlar todas as atividades da célula, representando o centro de coordenação


celular.

Nucléolo: Região mais escura do núcleo, constituídos por DNA, RNA e proteínas. Relacionam-
se com a produção dos ribossomos e origina – se dos cromossomos (organizadores do
nucléolo)

Carioplasma: Suco nuclear. Fluido aquoso existente entre a cromatina e o nucléolo.

Carioteca: Membrana (envoltório nuclear) com dupla camada lipídica e proteica.


1 – Cromatina e Nucleossomo: cromatina é o filamento de DNA enrolado a proteínas
chamadas histonas. Nucleossomo é o conjunto de histonas envolvidas pelo filamento de DNA.
(Unidade básica da cromatina, quatro pares de histonas = H3, H4, H2a, H2b. Por cima do
nucleossomo, fixa-se entre uma proteína H1 que o compacta)

2 – Cromatina e Cromossomo: A cromatina é o filamento de DNA enrolado a proteínas, em


estado descondensado. Cromossomo é a própria cromatina em estado máximo de
condensação.

3 – Histonas: Proteínas que se associam ao DNA para a formação da cromatina. São pequenas
e de carga levemente positiva, o que faz com que a eficácia na associação ao DNA, que tem
carga levemente negativa, seja maior.

4 – Eucromatina, Heterocromatina Constitutiva, Heterocromatina Facultativa: A eucromatina


é a porção de DNA onde se encontram os genes, portanto, contém informação para gerar
proteínas e ser transcrita em RNA mensageiro. A heterocromatina constitutiva é a região mais
densa da cromatina, formada por um DNA altamente repetitivo que mantem-se condensado, o
que faz com que não tenha capacidade de transcrever-se, nem mesmo na interfase; encontra-
se em diversas partes do cromossomo, e é responsável também pela formação do centrômero
e do telômero do cromossomo. A heterocromatina facultativa é um dos cromossomos X do par
sexual, condensado, se comportando como heterocromatina por um mecanismo de
compensação de doses nas células para a manutenção da vida.

5 – Centrômero, Telômero e Cinetócoro: O centrômero é uma estrutura do cromossomo que


une as cromátides irmãs. O telômero é a extremidade do cromossomo; assim como o
centrômero, é formado por heterocromatina constitutiva; sua função é não permitir que haja
adesão nas pontas do cromossomo. Cinetócoro é uma estrutura proteica que dá a ancoragem
às fibras do fuso mitótico e meiótico, e localiza-se na região do centrômero.
6 – Conceito de cariótipo e cariótipo humano: Cariótipo é o conjunto de cromossomos de uma
espécie ou indivíduo, caracterizado por numero e morfologia. O cariótipo humano é formado
por 22 pares de cromossomos autossômicos, ou seja, que são iguais e de mesmo conteúdo
genético para ambos os gêneros sexuais; e um par de cromossomos sexuais, sendo o feminino
dois cromossomos submetacêntricos X, e o masculino, um submetacêntrico X e um
acrocêntrico Y.

7 – Morfologia dos cromossomos: Quando o centrômero se localiza ao meio do cromossomo,


dividindo-o em dois braços de igual tamanho, é chamado de metacêntrico. O centrômero
localizado na extremidade do cromossomo divide o mesmo em dois braços de tamanhos
diferentes, um maior que o outro; este tipo de cromossomo é chamado de submetacêntrico.
Quando deslocado para quase o final do cromossomo, o centrômero o divide em dois braços
de tamanhos diferentes, porém um deles é muito curto, assim é chamado de acrocêntrico.
Antigamente acreditava-se na existência de um quarto tipo de cromossomo denominado
telocêntrico, e este continha apenas um dos braços. Hoje, sabe-se que o mesmo é
acrocêntrico.

Características da membrana nuclear

A membrana nuclear, assim como a membrana plasmática, é constituída por dupla camada
lipídica e proteínas. A sua face externa tem continuidade com as membranas do retículo
endoplasmático rugoso, e tem ribossomos aderidos à sua superfície. Entre as faces internas e
externas da carioteca, existe um pequeno espaço denominado cisterna perinuclear. As duas
faces, em alguns pontos, encontram-se fundidas dando origem a poros, onde ocorre troca de
substâncias entre o núcleo e o citoplasma. A lâmina nuclear fica aderida à parte interna da
carioteca, e é formada por filamentos de proteínas. Sua função é manter a forma e dar
sustentação ao envoltório nuclear.
CICLO CELULAR – MITOSE E MEIOSE

 Mitose: Cíclico, típico

Dá origem a duas células diploides (2n)

Ocorre no corpo todo, porém, nos testículos e


ovários, em locais diferentes, longe dos gametas.
Diferenças entre a
 Meiose: Não cíclico, reducional
Mitose e a Meiose
Dá origem a quatro células haploides (n)

Ocorre nas gônadas. É responsável pela


formação de gametas.

O Ciclo Celular: tempo de vida da Célula

Apoptose:

Morte celular (alterações morfológicas e fisiológicas)

- A célula para de exercer sua função

- Ocorre a fragmentação do DNA

- Condensação da cromatina

- Fragmentação Nuclear

- Mudanças fisiológicas das mitocôndrias

- Contração celular (corpos apoptoticos)

- Organismo fagocita (fago = Digestão) a célula

Interfase: Período em que a célula vive para executar sua função.

Divisão: Cariocinese => Divisão do núcleo

Citocinese => Divisão do citoplasma


Fases:

G1 – Pós mitótico ou pré sintético (exerce sua função)

S – Duplicação do DNA

G2 - Pós sintético ou pré mitótico (preparação para a divisão)

4c S
Prófase – Anáfase

2c
G1 G2 Telófase

 Em relação ao tempo de divisão, o que varia na célula é o G1, pois ele tem o que se
chama de ponto de restrição (Ponto R), que fica no final dessa fase, e dependendo do
“tamanho”, o tempo para a divisão é maior ou indefinido.

(Tamanho = Relação na produção de ciclina para cdc2)

 Induz a condensação cromossômica


 Rompimento do envoltório nuclear
 Reorganização do citoesqueleto para a montagem do fuso

 Proteínas cdc, proteínas quinases e Ponto R - Relação:

A cdc2 é uma proteína existente no citoplasma, que serve de estímulo para que ocorra a
duplicação do DNA. Ela é o Ponto R que faz a célula se dividir. No G1 ocorre a produção de
ciclina para preencher as “lacunas” de cdc2. Assim que completas, a célula pode, então,
duplicar seu DNA, pois conseguiu “atravessar a barreira de restrição”. Cada célula pede uma
quantidade certa de ciclina para poder preencher a cdc2, e dar prosseguimento ao seu ciclo.
Na fase “S” a ciclina é destruída pelas proteínas quinases, que, no caso, tem função
degradativa, e chega a “G2” com a cdc2 vazia, entrando em produção de ciclina de G2, que é o
estímulo para a divisão. A célula entra em fase de divisão, destruindo a ciclina de G2 para
realizar um novo ciclo.

- Cdc2+Ciclina de G2 = Fator promotor de maturação (substância)


 Complexo sinaptonêmico – Definição e Importância:

O complexo sinaptonêmico é uma estrutura de três partes formada por proteinas, e


serve para alinhar e unir os cromossomos homólogos pareados. A formação dessa
estrutura é feita durante o zigóteno, na primeira divisão da meiose, sendo muito
importante para o crossing over na fase seguinte.

Fases da mitose e seus principais eventos

A mitose é dividida em quatro fases, e em seu início, existe a prófase, que consiste na atuação
do fator promotor de maturação: a condensação dos cromossomos, a membrana nuclear
desaparece, o RNA para de transcrever, os centríolos vão para os polos da célula e se forma o
fuso mitótico. Na metáfase, os cromossomos duplicados vão para o equador da célula. Na
anáfase há o encurtamento dos fusos mitóticos, separando os cromossomos. Na telófase não
há mais fuso, os cromossomos permanecem nos polos da célula, que se divide formando uma
nova célula.

(Fuso = Microfilamentos de tubulina)

Formação do fuso:

Polar – Curtos

Livre – Não se prendem a lugar nenhum

Quintóporos – ligados nos centrômeros dos cromossomos

Fases da Meiose e seus principais eventos

Na meiose existem duas divisões: a primeira é a divisão reducional, é mais longa e é dividida
em vários estágios; e a segunda é semelhante a uma mitose, pois é rápida (chamada de
equacional); nela ocorre a divisão dos centrômeros e a separação das cromátides.

A prófase I da meiose é a fase mais longa; é dividida em subfases: leptóteno – os cromossomos


ainda não estão condensados, o fator de maturação não age; zigóteno – os cromossomos
começam a se parear; paquíteno – cromossomos pareados, crossing-over; diplóteno – início da
separação dos cromossomos homólogos (pares de cromossomos das células 2n); diacinese –
aumento da repulsão dos cromossomos homólogos. Em seguida, vem a metáfase, onde os
cromossomos duplicados vão para o equador da célula; a anáfase – encurtamento dos fusos; e
finalmente a telófase para completar a primeira divisão – o fuso desaparece e há a separação
do citoplasma.

Começa a divisão II, com a prófase: desintegração das cariotecas, formação de dois novos
fusos. Matáfase: os cromossomos alinham-se no centro do fuso. Anáfase: os centrômeros se
dividem, cada um levando um cromossomo filho para um polo. Telófase: os cromossomos
começam a se descondensar, a carioteca se reorganiza e o núcleo reaparece. Formam-se,
então, quatro novas células com numero haploide de cromossomos.
Importância da meiose

 Mantém constante a produção de gametas de geração a geração


 Possibilita a dispersão ao acaso dos cromossomos maternos e paternos entre os
gametas
 Realoca segmentos de cromossomos maternos e paternos através do crossing-over
(permutação/troca de pedaços dos cromossomos)
MEMBRANAS CELULARES

Membrana plasmática: é um envoltório celular que serve como barreira entre o meio
intracelular e extracelular, com função de proteger a célula, transportar e controlar as
substâncias que entram e saem dela, além disso, promove a interação com outras células, e
consegue reconhecer diversas moléculas via receptores (glicoproteínas que se comportam
como receptores). A morfologia das membranas tem funções diferentes nas faces internas e
externas, por isso há uma assimetria entre as camadas.

Componentes das membranas celulares

As membranas celulares são formadas por uma bicamada lipídica com proteínas que podem
estar associadas a uma de suas faces, ou mesmo atravessa-las (trans-membrana). As proteínas
e lipídeos da membrana podem estar ligados a glicídios, formando glicoproteínas ou
glicolipídeos na face extracelular.

Lipídeos

A bicamada lipídica é formada por fosfolipídeos que organizam-se em meio aquoso, sem gasto
de energia. São formados por uma cabeça polar e hidrofílica, e uma cauda apolar e hidrofóbica
de ácidos graxos, ou seja, a cauda não entra em contato com a água, pois a repele por conta
de sua viscosidade. O fosfolipídeo é mais abundante, porém, existe também, na membrana,
uma quantidade de glicolipídeos e colesterol.

As cadeias de ácidos graxos podem ser saturadas ou insaturadas (relação com a fluidez da
membrana – o quanto ela é permeável. Quanto mais insaturado, menor a viscosidade da
membrana, vice-versa. A presença do colesterol também controla sua fluidez).

Mosaico Fluido

A bicamada lipídica está permeada por proteínas de diferentes tamanhos, posições e funções,
formando um mosaico fluido.

Proteínas (contribuem para a assimetria da membrana)

Podem transpassar a camada lipídica, estar aderidas à parte externa da membrana, ou ligadas
à parte citoplasmática. As proteínas representam 50% do peso da membrana plasmática.

A maior parte das substancias que atravessam a membrana, o fazem pelas proteínas que
propiciam canais hidrofílicos para a passagem dessas substancias (principalmente substancias
maiores e polares que não poderiam enfrentar o ambiente hidrofóbico e apolar das caudas
dos lipídeos)

Essas proteínas podem ser carreadoras, sem gasto de energia, canais abertos e com portões.
Tipos de transporte de moléculas através das membranas

- Transportes sem modificação morfológica da membrana (através da bicamada ou através da


proteína)

Difusão: Muitas substâncias podem passar diretamente através da bicamada lipídica, isso
ocorre por meio da difusão, um transporte sem gasto de energia que carrega substância de
pouca ou nenhuma carga elétrica. A difusão é a favor do gradiente de concentração (a
substância que atravessa a membrana vai de um ambiente de maior concentração para um de
menor concentração).

Transporte facilitado: Substância que atravessam a membrana por meio de proteínas


carreadoras. Sem gasto de energia.

Transporte ativo: A travessia ocorre por uma proteína transportadora e há consumo de


energia (quebra de ATP para a modificação das proteínas carreadoras), contra o gradiente de
concentração.

Simporte: duas substâncias iguais lançadas para fora ou para dentro da célula.

Antiporte: duas substâncias diferentes, uma lançada para dentro e outra para fora da célula

Bomba de Na K: Transporte ativo contra o gradiente de concentração e exemplo do antiporte.


Enquanto o sódio é lançado para fora da célula, o potássio é mandado para dentro da célula
com gasto de energia.

Transporte passivo: Substâncias apolares que podem atravessar diretamente a bicamada


lipídica. A favor do gradiente de concentração, sem gasto de energia.

Íons e moléculas pequenas atravessam por difusão facilitada através de simples canais
proteicos ou proteínas carreadoras que em contato com a substância, modificam sua estrutura
e facilitam o transporte passivo a favor do gradiente de concentração.

- Aquaporina: canal que facilita a entrada de pequena quantidade de água pela bicamada
lipídica a favor do gradiente de concentração. A aquaporina é importante para a manutenção
do turgor celular (estado normal de turgidez e tensão interna das células vivas).

Uniporte: Substância lançada do meio de maior concentração para o de menor concentração


por uma proteína carreadora, sem gasto de energia.

- Transporte com alteração morfológica na membrana

Endocitose e Exocitose:

As grandes moléculas ou até partículas constituídas por agregados moleculares são


transportadas através de outros processos.
A endocitose permite o transporte de substâncias do meio extra para o intracelular, através de
modificações na membrana plasmática (invaginações). Exocitose é a eliminação de corpo
residual (resíduos de material que não foi digerido pela célula) após o processo de digestão
celular pela membrana plasmática.
ORGANELAS CITOPLASMÁTICAS
Retículo Endoplasmático Rugoso: Responsável pela síntese de proteínas, transporte e
armazenamento de substâncias. Sua membrana é ligada com a membrana nuclear. Para que
um retículo seja denominado rugoso, é preciso de grânulos, e esses grânulos são ribossomos
aderidos a ele. Pode-se encontrar muito RER nas células do pâncreas.

Ribossomos: Os ribossomos são a sede da síntese proteica. Eles originam-se do nucléolo,


podem aparecer livres no citoplasma (dão origem a uma proteína pronta) ou aderidos à
membrana do RER (proteína que precisa de modificações). Associam-se a filamentos de RNA
mensageiro, constituindo os polirribossomos (junção de RNA-r + RNA-m).

Retículo Endoplasmático Liso: Responsável pela síntese de lipídeos e esteroides, e também,


metabolização e detoxicação de componentes, concentração de cálcio e absorção de lipídeos,
e a formação de membranas, além de sempre estar em comunicação com o RER. Nas células
do fígado e do testículo, por exemplo, existe grande concentração de REL.

Complexo de Golgi: O complexo de Golgi complementa a modificação das proteínas.


Responsável pela síntese de glicoproteínas e polissacarídeos, concentração e secreção de
substâncias. Faz a seleção, direcionamento, distribuição e transporte dessas substâncias.

Centríolos: Centro organizador do fuso mitótico (fuso – distribuição dos cromossomos entre as
células filhas na mitose). Formados por nove conjuntos de três microtúbulos (tubulina). Atuam
também na formação de cílios e flagelos. (Cílios e flagelos: dão mobilidade para as células)

Mitocôndria: Responsável pela respiração celular (ciclo de Krebs pela matriz mitocondrial e
cadeia respiratória pelas cristas) e aproveitamento de energia pela quebra de ATP. São
organelas independentes e formam-se a partir de outras preexistentes.

Lisossomo: Responsável pela digestão intra-celular de organelas e macromoléculas


danificadas, ou em grande concentração (fagocitose ou pinocitose). É composto por uma
membrana que contém enzimas digestivas.

- Autólise: degradação celular


- Proteossomo: enzima que degrada proteínas
- Compartimento endossomal: responsável pela separação e endereçamento do material que
penetra no citoplasma pelas vesículas de pinocitose (envia para o lisossomo). Seu interior
apresenta pH ácido

Vacúolo: É o compartimento de digestão e degradação de resíduos. Responsável pela


regulação do tamanho celular, estocagem de nutrientes e subprodutos celulares. Faz a
eliminação de corpos residuais para o citoplasma, que os tiram da célula por exocitose.

Peroxissomo: Degrada moléculas orgânicas e peroxido de carbono. O metabolismo celular


forma H2O2, substância tóxica que danifica as estruturas celulares. A catalase (enzima)
presente no lisossomo decompõe essa molécula tóxica em H2O e O2, protegendo a célula.

Citoesqueleto: Responsável pela manutenção e alteração da forma da célula, ancoragem e


transporte de organelas e vesículas, separação de cromossomos na divisão celular, resistência
mecânica e locomoção celular. É formado por proteínas e não contem membrana.
HISTOLOGIA

(Base “Histologia básica - Junqueira&Carneiro” e “A espécie humana – Unidade 1”)

Histologia => Estudo das células e tecidos do corpo e de como essas estruturas se organizam
para constituir os orgãos.

Tecido => Conjunto de células que atuam de modo integrado no desempenho de


determinadas funções. Os tecidos são compostos por células e matriz extracelular.

O Estudo

Para observar essas estruturas pelo microscópio de luz, elas devem ser fatiadas pelo
micrótomoe colocadas sobre lâminas de vidro.

Processo:

- Coleta

- Fixação

- Desisdratação

- Inclusão

- Microtomia

- Montagem

- Coloração

Quando removidas do corpo, as estruturas devem passar pelo processo de fixação, que evita a
digestão dos tecidos por enzimas das próprias células (autólise), endurece os fragmentos e
preserva a estrutura e composição molecular dos tecido.

A fixação é feita pela imersão destes fragmentos em soluções de agentes desnaturantes ou


estabilizadoras de moléculas (formaldeído/glutaraldeído).
Após a fixação, os fragmentos de tecidos passam pela inclusão, que lhes proporcionam uma
consistência rígida através de parafina ou algumas outras resinas de plástico. Neste processo
também ocorre a desidratação destes fragmentos, adicionando uma grande concentração de
etanol, que banha estes fragmentos por várias vezes. Depois deste procedimento, o etanol é
substituído por substâncias intermediárias (xilol/toluol) que os deixa trasnparentes
(clareamento).

As estruturas são colocadas em parafina derretida, então, o calor evapora o solvente, e elas se
tornam rígidas, prontas para serem levadas ao micrótomo (microtomia) para remover os
excessos de parafina, colocadas sobre uma superfície de água aquecida, depois sobre lâminas
de vidro (montagem) para serem coradas.

A coloração mais utilizada é a combinação hematoxilina-eosina (HE). Os componentes de


tecidos que coram bem com corantes básicos são chamados basófilos, e os que tem grande
afinidade por corantes ácidos, acidófilos.

 Hematoxilina – cor violeta/azul – cora núcleo/ácidos (basofilia)


 Eosina – cor rosa – cora citoplasma/colágeno (acidofilia)

Dessa maneira, é possível estudar estruturas por longos períodos sob diferentes condições
fisiológicas ou experimentais.

TECIDOS

Existem quatro tipos principais de tecidos:

 Tecidos epiteliais
 Tecidos conjuntivos
 Tecidos musculares
 Tecido nervoso
Matriz extracelular (MEC): é composta por fibras (proteínas: colágeno, fibras elásticas) e
substância fundamental (açúcares proteoglicanos). Há uma intensa interação entre as células e
a MEC. Muitas moléculas da matriz são reconhecidas e se ligam a receptores encontrados na
superfície das células. A maioria desses receptores são moléculas que cruzam a membrana
celular e se conectam a moléculas encontradas no citoplasma.

TECIDO EPITELIAL

Os epiteliais, são tecidos que revestem a superfície de cavidades do corpo, e também têm
função secretora. Eles delimitam estruturas, fornecem proteção e propciam trocas controladas
entre o exterior e o interior do corpo ou das cavidades.

O tecido epitelial é nutrido por vasos sanguíneos do tecido adjacente, pois são avasculares.

Para classificar um tecido epitelial é preciso levar em conta o número de camadas, a forma das
células da ultima camada e as especializações como cílios, etc. As células do tecido epitelial são
poliédricas e justapostas e tem pouca MEC.

Entre o tecido epitelial e o conjuntivo existe a lâmina basal, formada por células epiteliais e
principalmente pela proteína colágeno associada à glicoproteinas. Abaixo da lâmina basal, no
tecido conjuntivo, pode ocorrer acúmulo de fibras reticulares, formando, juntamente com a
lâmina, a membrana basal, que serve como estrutura de suporte do epitélio, para fixá-lo ao
conjuntivo subjacente.

Mebrana basal função: permeável a gás carbônico, oxigênio e nutrientes, permitindo a troca
de substâncias das células para os vasos sanguíneos do tecido conjuntivo. Participa dos
mecanismos de defesa do organismo, pois é uma barreira à entrada de microorganismos.

Região apical: polo das células voltado para uma superfície livre

Região basal: polo voltado para o tecido conjuntivo subjacente

Tipos de epitélios de revestimento

Os tecidos epiteliais de revestimento podem ser classificados quanto ao número de camadas


celulares (simples, estratificado, pseudoestratificado e de transição), e à forma das células
presentes na camada superficial (pavimentoso, cúbico e prismático).

- Tecido epitelial com uma única camada de células ciliadas com núcleos em diferentes alturas
podem ser classificadas como epitélio pseudo estratificado, cilíndrico e ciliado
- O epitélio estratificado é formado por duas ou mais camadas de células e está presente em
zonas de atrito

- O epitélio de transição é um tecido epitelial com várias camadas, cujas celulas da camada
apical são globosas

Tipos de epitélios glandulares

As glândulas podem ser unicelulares ou multicelulares. O produto da atividade glandular é


denomidado secreção, que pode ser mucosa (espessa e rica em muco), serosa (fluida e rica em
proteínas) ou mista (mucosa e serosa).

As glândulas multicelulares ficam sempre imersas em tecido conjuntivo, recebendo nutrientes


e oxigênio. São formadas a partir da proliferação de células epiteliais de revestimento que
penetram no tecido conjuntivo. Há dois tipos básicos de glândulas multicelulares: as
endócrinas e as exócrinas. No entanto, existe uma glândula no corpo humano que possui tanto
regiões endócrinas quanto regiões exócrinas, que é a glândula mista.

Glândulas exócrinas: apresentam a porção secretora associada a ductos que se abrem para
fora do corpo.

Glândulas endócrinas: apresentam a porção secretora, porém não apresentam ductos, sendo
a secreção eliminada para os vasos sanguíneos localizados nasproximidades das glândulas. As
secreções das glandulas endócrinas são denominadas hormônios, e atuam especificamenteem
determinados orgãos. Uma mesma glândula endócrina pode produzir mais de um tipo de
hormônio, mas cada um deles tem atuação específica sobre o orgão-alvo.

Gândula mista: apresenta regiões endócrinas e exócrinas ao mesmo tempo. É o caso do


pâncreas, cuja maior paarte do volume é formada por vários conjuntos de secretores
exócrinos, que produzem o suco pancreático. Imersas na parte exócrina do pâncreas existem
as ilhas pancreáticas (endócrinas), que produzem a insulina e o glucagon, hormônios que
atuam regulando a taxa de glicose no sangue.

TECIDO CONJUNTIVO

Os tecidos conjuntivos caracterizam-se morfologicamente por apresentarem diversos tipo de


células imersas em grande quantidade de MEC, que é sintetizada pelas próprias células desses
tecidos. A MEC dos tecidos conjuntivos é composta de fibras proteicas e substância
fundamental (Fibroblasto – célula do tecido conjuntivo, formadora da MEC). Os diferentes
tipos desses tecidos estão amplamente distribuídos pelo corpo, podendo desempenhar
funções de preenchimento de espaço entre órgãos, sustentação, defesa e nutrição. A
classificação desses tecidos baseia-se na porção relativa entre os elementos da MEC e na
composição de células.
Tecidos conjuntivos propriamente ditos: são os tecidos de mais ampla distribuição no corpo
humano. O tecido conjuntivo propriamente dito é altamente vascularizado. A MEC é viscosa e
muito hidratada. Essa viscosidade representa até certo ponto uma barreira contra agentes
infecciosos. Outra função deste tecido é a conexão entre os outros tecidos.

Tipos de tecidos conjuntivos propriamente ditos:

Frouxo: exerce funções principais de preenchimento de espaços, nutrição de células epiteliais,


defesa contra infecções e cicatrizações. Envolve nervos, músculos, vasos sanguíneos e
linfáticos, e faz parte da estrutura de muitos outros orgãos.

Denso: Nesta variedade de tecido conjuntivo há predomínio de fibras colágenas. As células


mais presentes são os fibroblastos.

 Modelado – fibras colágenas dispostas em feixes paralelos e compactos, dando ao


tecido características de resistência à tensão. Ocorre nos tendões.
 Não modelado – fibras colágenas dispostas em feixes que não apresentam orientação
determinada. São exemplos desse tipo de tecido a derme, as cápsulas que envolvem
alguns orgãos, como rins e fígado, o periósteo e o pericôndrio, que recobrem
respectivamente os ossos e as cartilagens.

Tecidos conjuntivos de propriedades especiais

- Tecido adiposo: Neste tecido há predomínio de células adiposas, e a substância intercelular é


reduzida. Existem duas variedades de tecido adiposo:

> Unilocelular: as células adiposas apresentam citoplasma preenchido quase totalmente por
uma gota de gordura, cuja quebra libera energia para o metabolismo.

> Multilocelular: as células adiposas apresentam em seu citoplasma várias gotículas de


gordura, cuja quebra libera calor.

- Tecido reticular: é um tecido constituído por fibras e células reticulares, que são exclusivas
desse tipo de tecido de tecido. Tais elementos se dispõem compondo uma delicada trama, que
dá suporte a células livres formadoras de células do sangue. É encontrado nos orgãos que tem
função hemocitopoética, representados pela medula óssea vermelha e por orgãos linfáticos.
Na medula óssea vermelha, esse tecido recebe o nome de tecido mieloide, rico em células
precursoras de todos os elementos do sangue: hemácias, leucócitos e plaquetas. Nos orgãos
linfáticos, recebe o nome de tecido linfoide, rico em linfócitos em diferentes fases de
maturação, em macrófagos e plamócitos.

Tecidos conjuntivos de consistência rígida

- Tecido cartilaginoso: o tecido cartilaginoso apresenta consistência firme, mas não é tão
rígido como o tecido ósseo. Tem função de sustentação, reveste superficies articulares
facilitando os movimentos e é fundamental para o crescimento de ossos longos. As células
presentes neste tipo de tecido são os condroblastos e os condrócitos. Os condroblastos são
responsáveis pela formação das fibras colágenas e reticulares da substância fundamental das
cartilagens. Quando os condroblastos apresentam pouca atividade metabólica ficam em
lacunas na matriz cartilaginosa e recebem o nome de condrócitos.

Envolvendo muitas cartilagens há uma bainha conjuntiva denominada pericondrio, que se


estende gradualmente ao conjuntivo adjacente, rico em vasos sanguíneos. As cartilagens não
contém vasos sanguíneos nem tampouco nervos, sendo um tecido de baixa atividade
metabólica. Assim, a nutrição das células da cartilagem depende dos vasos sanguíneos do
conjuntivo adjacente.

Dependen do tipo e da quantidade de fibras presentes na cartilagem ela pode ser classificada
em três tipos: hialina, elástica e fibrosa.

- Cartilagem Hialina: apresenta matriz homogênea com quantidade moderada de fibras


colágenas. Este tipo de cartilagem é o mais comum e ocorre no nariz na laringe e nos anéis da
traquéia e dos brônquios.

- Cartilagem Elástica: além das fibras colágenas, apresenta grande número de fibras elásticas, o
que torna essa cartilagem mais resistente à tensão do que a cartilagem hialina, que não
apresenta esse tipo de fibra. A cartilagem elástica encontrada no pavilhão auditivo, na tuba
auditiva, na epiglote e em algumas partes da laringe.

- Cartilagem Fibrosa: é um tecido rico em fibras colágenas. Ocorre associada a algumas


articulações do corpo humano e em pontos onde tendões e ligamentos se fixam aos ossos.

- Tecido ósseo: o tecido ósseo tem consistência rígida e função de sustentação. Ocorre nos
ossos do corpo onde é o tecido mais abundante. Os ossos são orgãos ricos em vasos
sanguíneos e que, além do tecido ósseo, apresentam também os tecidos reticular, adiposo,
cartilaginoso e nervoso.

As células do tecido ósseo são:

- Osteoblastos: células jovens com muitos prolongamentos e que possuem intensa atividade
metabólica. São responsáveis pela produção da parte orgânica da matriz parecendo exercer
influência na incorporação de minerais.

- Osteócitos: durante a formação dos ossos, a medida que vai ocorrendo a mineralização da
matriz, os osteoblastos acabam ficando em lacunas, diminuem a atividade metabólica e
passam a se chamar osteócitos. Nos espaços ocupados pelos prolongamentos dos osteoblastos
formam-se canalículos que permitem a comunicação entre os osteócitos e os vasos sanguíneos
que os alimentam. Os osteócitos atuam na manutenção dos constituintes da matriz.

- Osteoclastos: estão relacionados com a reabsorção da matriz óssea, pois liberam enzimas
que digerem a parte orgânica propiciando a volta dos minerais para a corrente sanguínea. Eles
também estão relacionados com processos de regeneração e remodelação do tecido ósseo. Os
osteoclastos possuem grande mobilidade e muitos núcleos. Originam-se de monócitos do
sangue que se fundem após atravessarem as paredes dos capilares.
Formação do tecido ósseo

- Ossificação intra-membranosa: ocorre através de uma membrana do tecido conjuntivo


embrionário, originando os ossos chatos do corpo, como os ossos do crânio. Nessa membrana
conjuntiva surgem centros de ossificação caracterizados pela transformação de células
mesenquimatosas em osteoblastos que produzem grande quantidade de fibras colágenas.
Esses centros vão aumentando, dando início a deposição de sais inorgânicos. À medida que
isso acontece, os osteoblastos ficam em lacunas transformando-se em osteócitos.

As fontanelas (“moleiras”) encontradas na caixa craniana dos recém-nascidos representam


pontos que ainda não sofreram ossificação. Isso é importante, pois permite o crescimento da
caixa craniana. Esse aumento também é possível graças a ação dos osteoclastos que
reabsorvem a matriz óssea, e dos osteoblastos, que depositam nova matriz.

- Ossificação endocondral: é o processo mais comum de formação de ossos. Ela se caracteriza


pela substituição de cartilagem hialina por tecido ósseo. Um exemplo desse tipo de ossificação
é a formação do fêmur, um osso longo localizado na coxa. A ossificação começa no centro e ao
redor do molde cartilaginoso e dirige-se para as extremidades, onde também tem início a
formação de centros de ossificação.

Nos processos de ossificação, algumas regiões de cartilagem permanecem no interior dos


ossos longos, formando os discos epifisários. Esses discos mantêm a capacidade de
crescimento longitudinal do osso até por volta dos 20 anos de idade. Depois disso, o osso não
cresce mais. Portanto, a estatura atingida até essa idade será definitiva.

Estrutura do tecido ósseo maduro

Os ossos são revestidos externa e internamente por membranas conjuntivas denominadas


periósteo e endósteo, respectivamente. Ambas as membranas são vascularizadas e suas
células transformam-se em osteoblastos. Portanto, são importantes na nutrição das células do
tecido ósseo e como fonte de osteoblastos para o crescimento dos ossos e a reparação de
fraturas. Um osso é formado por duas partes: uma sem cavidades, chamada osso compacto, e
outra com muitas cavidades que se comunicam, chamada osso esponjoso. Essas regiões
apresentam os mesmos tipos de células e substância intracelular, diferindo entre si apenas na
disposição de seus elementos e na quantidade de espaços que delimitam.

Existem duas variedades de tecido ósseo:

- Primário (imaturo): as fibras colágenas estão dispostas de forma desorganizada; é pouco


frequente no adulto permanecendo apenas próximo às suturas dos ossos do crânio, nos
alvéolos dos dentes e em alguns pontos de inserção dos tendões.

- Secundário (maduro): as fibras colágenas dispõem-se em lamelas paralelas entre si ou em


conjuntos de lamelas concêntricas em torno de um canal central ou interna (canal de Havers);
cada conjunto de lamelas ósseas concêntricas ao redor desse canal, é chamado sistema de
Havers. Esse tipo de tecido ósseo é o mais comum nos adultos.
Os canais centrais são revestidos por endósteo e percorrem o osso longitudinalmente. Em
cada canal há vasos sanguíneos e nervos

TECIDO MUSCULAR

As células do tecido muscular são alongadas, contráteis e multinucleadas. O tecido apresenta


quantidade moderada de MEC. A função deste tecido é a movimentação por contração.

Tecido orgânico = conjunto de células que desempenham uma mesma função

Fibra muscular = Célula muscular

Miosina e actina = filamentos contráteis do meio intracelular

Tecidos musculares e suas diferenças estruturais - Existem três tipos de tecidos musculares:
Tecido muscular estriado esquelético – tecidos com células cilíndricas, justapostas,
multinucleadas, núcleos alojados da periferia das células cujo citoplasma apresenta estriações
transversais. Sua contração é rápida.

Tecido muscular estriado cardíaco – possui estrias transversais, as células são ramificadas e o
núcleo é central. Discos intercalares (limite entre uma célula m. cardíaca e outra) são
característicos do tecido muscular estriado cardíaco. Sua contração é rítmica.

Tecido muscular liso – não possui estrias, suas céluas são bem próximas umas das outras, são
uniceluladas e fusiformes. Este tipo de tecido é encontrado nas vísceras. As células encontram-
se espalhadas e os miofilamentos formam uma rede.

Fibras musculares: - Endomísio (tecido conjuntivo frouxo formado principalmente por fibras
reticulares e que envolve cada uma das células reticulares)

- Permísio (tecido conjuntivo denso que envolve um conjunto de células)

- Epimísio (feixe muscular que liga todos os grupos de conjuntos celulares, e associa-se ao
tendão)

Miofilamento, miofibrila e sarcômero: As miofibrilas são estruturas cilíndricas, compostas de


miosina e actina, presentes na célula, que quando organizadas, formam as estrias musculares.
O sarcômero é a unidade formadora da miofibrila, é contido entre duas linhas Z, e é
responsável pela contração muscular. É, também, formado de miosina (miofilamento espesso)
e actina (miofilamento fino).

Linha Z: proteína que forma uma parede separadora entre cada sarcômero

Banda A: região da miofibrila que contém miofilamento espêsso e fino (parte escura da
estriação muscular)
Banda I: dividida pela linha Z (fino). Nas extremidades, contém metades de banda I, que
formam um sarcômero

Banda H: Meio (espesso)

Contração muscular: A contração depende de gasto de ATP e íons cálcio. Acontece pela
ligação da cabeça da miosina com a actina. Quando o músculo se encontra em repouso, a
actina e miosina são separadas por uma proteína chamada troponina. O cálcio (que fica dentro
do RER/retículo sarcoplasmático) é liberado pelo impulso nervoso (que muda a
permeabilidade da membrana sarcoplasmática e vai para o citoplasma, onde ficam as
miofibrilas) e modifica a troponina tropomiossina, perdendo ATP. Há encurtamento do
sarcômero durante a contração muscular (banda I desaparece).

- A contração muscular realizada pelo esqueleto é voluntária, as viscerais (liso) são


involuntárias (ex: contração do estômago).

- A contração do tecido muscular estriado cardíaco é semelhante ao esquelético, porém a


quantidade de oxigênio e ATP são maiores.

TECIDO NERVOSO

Tecido com função de receber estímulos e passar em impulsos nervosos. Possui pouquíssima
MEC, e seus componentes principais são as células nervosas – neurônios, células de schwann e
as células da glia (vários tipos celulares com formas e funções diferentes).

Estrutura básica dos neurônios: Quase todos os tipos de neurônios apresentam basicamente
três regiões – o pericário, os dendritos e o axônio.

O pericário é o centro de alto metabolismo do neurônio. O núcleo é grande e o nucléolo pe


bem desenvolvido, indicando um grau elevado de transcrição gênica. Os dentritos são
receptores de estímulos do meio, de outros neurônios e de células sensoriais. São numerosos
prolongamentos da célula que diminuem de diâmetro conforme se ramificam. O axônio (fibra
nervosa - não é um componetente da matriz extracelular) é um prolongamento único, com
diâmetro constante ao longo do comprimento e ramificado na porção terminal. É uma
estrutura especializada na transmissão do impulso nervoso a outro neurônio ou a outros tipos
celulares.

Classificações de neurônios: bipolar (apresenta um dendrito e um axônio partindo do centro


celular), pseudounipolar (apenas um prolongamento parte do corpo celular. Esse
prolongamento divide-se e, na extremidade de um deles, há diferenciação de dendritos) e
multipolares (possuem muitos dentritos e um axônio, partindo do centro celular – são os mais
comuns).

Células de Schwann: Certos tipos de neurônios são envolvidos por células especiais, as células
de Schwann. Essas células se enrolam dezenas de vezes em torno do axônio e formam uma
capa membranosa, chamada bainha de mielina. A bainha de mielina atua como um isolamento
elétrico e aumenta a velocidade de propagação do impulso nervoso ao longo do axônio.
Células da glia e suas funções: são menores e mais numerosas que os neurônios e ocorrem no
SNC. A neuróglia é composta de quatro tipos de célular: oligodendrócitos (produzem o estrato
mielínico nas fibras do SNC), astrócitos (células com grande número de prolongamentos, que
podem envolver a parede de capilares sanguíneos e participar do transporte de substâncias
entre o sangue circulante e os neurônios), as células da micróglia (derivadas dos macrófagos e
responsáveis pela fagocitose no tecido nervoso) e as células ependimárias (formam um
epitélio que reveste as cavidades internas do encéfalo e da medula, participando da produção
e reabsorção do líquido cefaloraquidiano). A célula neuromuscular não faz parte das células da
glia.

Impulso Nervoso: O impulso nervoso se propaga no sentido dendrito -> corpo celular
(pericário) -> axônio. Neurônios apresentam membranas de muitas especializações que
favorecem mudanças rápidas de polarizações. Um neurônio em repouso também possui sua
membrana polarizada. A diferença de potencial entre um lado da membrana e outro é
chamada potencial de repouso. O potencial de repouso depende em grande parte do teor de
íons potássio dentro da célula (funcionamento da bomba Na K+). Quando um estímulo
químico, mecânico ou elétrico chega ao neurônio, pode ocorrer alteração da permeabilidade
da membrana, permitindo grande entrada de sódio na célula, o que faz com que haja uma
inversão de cargas nesse local da membrana, que fica despolarizada, gerando um potencial de
ação. Essa despolarização propaga-se pelo neurônio, caracterizando o impulso nervoso. Assim
que o impulso passa, ocorre a repolarização da membrana em função da saída de íons K+.

Sinapse: Os neurônios conectam-se entre si e com células de órgãos efetores (musculares e


glandulares) por meio de regiões especializadas chamadas sinapses.

O tipo mais comum de sinápse é a química, em que as membranas das duas células ficam
separadas por um espaço de cerca de 20 nm, denominada fenda sináptica.

Na porção terminal do axônio existem várias vesículas, que contém mediadores ou


mensageiros químicos denominados neurotransmissores. A chegada do impulso nervoso à
porção terminal do axônio provoca liberação desses neurotransmissores por exocitose. Eles
caem na fenda sináptica e ligam-se a moléculas receptoras presentes na membrana de outro
neurônio ou de uma célula efetora. Os neurotransmissores que estão na fenda sináptica são
logo degradados por enzimas específicas, cessando seu efeito sobre a membrana pós-sináptica
(de outro neurônio ou de uma célula efetora).

O impulso nervoso só prossegue na célula pós-sináptica quando a quantidade de


neurotransmissores excitatórios é suficiente para desencadear o potencial de ação dessa
célula. Caso contrário, o impulso não é transmitido.

Essa integração permite que o sistema nervoso como um todo possa desencadear grande
variedade de respostas.

Substância cinzenta e substância branca: cerca de 90% dos neurônios do corpo humano
ocorrem no SNC e se dispõem da seguinte maneira:
- Os corpos celulares ficam na região mais externa do cérebro e mais interna da medula,
formando juntamente com as células da glia a chamada substância cinzenta.

- Os axônios desses neurônios, envolto pelo estrato mielínico, dispõem de modo a formar
tratos bem definidos, que ficam na região mais interna do cérebro e mais externa da medula,
constituindo a substância branca. A cor esbranquiçada deve-se à presença de grande
quantidade de mielina. Células da glia também estão presentes.

No cérebro, a substância cinzenta envolve a branca, enquanto na medula ocorre o contrário.

Você também pode gostar