Manual - 4258 Direito Social
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Manual - 4258 Direito Social
Francisco Sá
Código:
Designação do Curso: Direito social
Acão Nº: 1
3.03. Formações Modulares para DLD Local de
Tip. de Intervenção: Ponte lima
POISE-03-4231-FSE-001516 Realização:
Nome do/a formador/a Sandra Campos
Nº Horas: 25 Data Início: 25/02/2019 Data Fim: 15-03-2019
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Código IMP/DF/47
Edição 01
Pág. 0 de 1
Introdução
Quando pensamos em direitos fundamentais, há que colocar o marco na data de
1776, com a Declaração de Direitos do Estado da Virgínia, e em 1789, com a
Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. Eles representam a viragem na
história humana que nos permite hoje discutir e distinguir direitos fundamentais. No
nosso caso, toda a matriz europeia de construção da dignidade humana partiu desse
ponto e assim abre o artigo 1.º da Constituição da República Portuguesa (CRP). Todos
os desenvolvimentos, bem como os que discutimos aqui hoje, daí resultam.
Objetivos Específicos
Direitos sociais;
As funções sociais do Estado;
Instituições internacionais de solidariedade social;
A cidadania;
Limitações ao exercício dos direitos sociais.
Foi prática muito comum nas décadas finais do século XIX e na primeira metade
do século XX a participação dos trabalhadores em associações de caráter mutualista, as
quais eram provedoras de certas garantias sociais num cenário deficiente de políticas
públicas por parte do Estado. As mutuais proporcionavam, em geral, assistência em caso
de doenças, acidentes, reforma e falecimento, concedendo, neste caso, pensão à família,
além de educação, amparo jurídico e ambientes de lazer. Sendo assim, tais instituições
eram provedoras de elementos que viriam a fazer parte dos Direitos Sociais que o
Estado tentaria garantir. Não só o movimento operário tido como de resistência, ou seja,
o sindicalismo, mas o movimento mais ameno, que é o mutualismo, influenciaram para
que o poder público assumisse uma posição mais presente no que diz respeito à
concessão de Direitos Sociais.
Os Direitos Sociais são uma grande conquista dos trabalhadores no século XX,
que, embora tenham repercutido com mais notoriedade em tal momento, fazem parte de
um processo de longo prazo e que exige alto investimento. Para proporcionar uma vida
digna ao cidadão ou, como diz T. H. Marshall, permitir que ele tenha uma vida de ser
civilizado, o Estado deve garantir o direito à vida, o direito à igualdade, o direito à
educação, o direito de imigração e emigração e o direito de associação. A atual
Constituição Brasileira, de 1988, por exemplo, estabelece que são Direitos Sociais o
acesso à educação, saúde, alimentação, trabalho, moradia, lazer, segurança, previdência
social e a proteção à maternidade, à infância e aos desamparados.
O ramo do direito social nasce no direito público com base nas modificações nos
modos de vida e o seu principal objetivo consiste em ordenar e corrigir potenciais
desigualdades que possam surgir entre as classes sociais, com vista a proteger as
pessoas perante distintas questões que decorrem no dia-a-dia. O Direito Social, por sua
vez, compreende outros ramos, nomeadamente o direito laboral, o direito à segurança
social, o direito migratório e o direito agrário.
As ideias e valores dos direitos humanos podem ser traçadas através da história
antiga e das crenças religiosas e culturais ao redor do mundo. O primeiro registro de
uma declaração dos direitos humanos foi o cilindro de Ciro, escrito por Ciro, o grande,
rei da Pérsia, por volta de 539 a.C. Filósofos europeus da época do Iluminismo
desenvolveram teorias da lei natural que influenciaram a adoção de documentos como a
Declaração de Direitos de 1689 da Inglaterra, a Declaração dos Direitos do Homem e
do Cidadão de 1789 da França e a Carta de Direitos de 1791 dos Estados Unidos.
Preâmbulo
A Assembleia Geral
Artigo 1
2. Não será também feita nenhuma distinção fundada na condição política, jurídica
ou internacional do país ou território a que pertença uma pessoa, quer se trate de um
território independente, sob tutela, sem governo próprio, quer sujeito a qualquer outra
limitação de soberania.
Artigo 3
Artigo 4
Artigo 5
Todo ser humano tem o direito de ser, em todos os lugares, reconhecido como
pessoa perante a lei.
Artigo 7
Todos são iguais perante a lei e têm direito, sem qualquer distinção, a igual
proteção da lei. Todos têm direito a igual proteção contra qualquer discriminação que
viole a presente Declaração e contra qualquer incitamento a tal discriminação.
Artigo 8
Todo ser humano tem direito a receber dos tribunais nacionais competentes
remédio efetivo para os atos que violem os direitos fundamentais que lhe sejam
reconhecidos pela constituição ou pela lei.
Artigo 9
Artigo 10
Todo ser humano tem direito, em plena igualdade, a uma justa e pública
audiência por parte de um tribunal independente e imparcial, para decidir seus direitos e
deveres ou fundamento de qualquer acusação criminal contra ele.
Artigo 11
1. Todo ser humano acusado de um ato delituoso tem o direito de ser presumido
inocente até que a sua culpabilidade tenha sido provada de acordo com a lei, em
julgamento público no qual lhe tenham sido asseguradas todas as garantias necessárias à
sua defesa.
2. Ninguém poderá ser culpado por qualquer ação ou omissão que, no momento,
não constituíam delito perante o direito nacional ou internacional. Também não será
imposta pena mais forte de que aquela que, no momento da prática, era aplicável ao ato
delituoso.
Artigo 12
Ninguém será sujeito à interferência na sua vida privada, na sua família, no seu
lar ou na sua correspondência, nem a ataque à sua honra e reputação. Todo ser humano
tem direito à proteção da lei contra tais interferências ou ataques.
Artigo 13
1. Todo ser humano tem direito à liberdade de locomoção e residência dentro das
fronteiras de cada Estado.
2. Todo ser humano tem o direito de deixar qualquer país, inclusive o próprio e a
esse regressar.
Artigo 14
Artigo 15
Artigo 16
2. O casamento não será válido senão com o livre e pleno consentimento dos
nubentes.
Artigo 17
Artigo 19
Todo ser humano tem direito à liberdade de opinião e expressão; esse direito
inclui a liberdade de, sem interferência, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir
informações e ideias por quaisquer meios e independentemente de fronteiras.
Artigo 20
Artigo 21
1. Todo ser humano tem o direito de tomar parte no governo de seu país
diretamente ou por intermédio de representantes livremente escolhidos.
2. Todo ser humano tem igual direito de acesso ao serviço público do seu país.
Todo ser humano, como membro da sociedade, tem direito à segurança social, à
realização pelo esforço nacional, pela cooperação internacional e de acordo com a
organização e recursos de cada Estado, dos direitos econômicos, sociais e culturais
indispensáveis à sua dignidade e ao livre desenvolvimento da sua personalidade.
Artigo 23
2. Todo ser humano, sem qualquer distinção, tem direito a igual remuneração por
igual trabalho.
3. Todo ser humano que trabalha tem direito a uma remuneração justa e satisfatória
que lhe assegure, assim como à sua família, uma existência compatível com a dignidade
humana e a que se acrescentarão, se necessário, outros meios de proteção social.
4. Todo ser humano tem direito a organizar sindicatos e a neles ingressar para
proteção de seus interesses.
Artigo 24
Todo ser humano tem direito a repouso e lazer, inclusive a limitação razoável
das horas de trabalho e a férias remuneradas periódicas.
Artigo 25
1. Todo ser humano tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar a si e à sua
família saúde, bem-estar, inclusive alimentação, vestuário, habitação, cuidados médicos
e os serviços sociais indispensáveis e direito à segurança em caso de desemprego,
doença invalidez, viuvez, velhice ou outros casos de perda dos meios de subsistência
em circunstâncias fora de seu controle.
Artigo 26
1. Todo ser humano tem direito à instrução. A instrução será gratuita, pelo menos
nos graus elementares e fundamentais. A instrução elementar será obrigatória. A
instrução técnico-profissional será acessível a todos, bem como a instrução superior,
esta baseada no mérito.
2. Todo ser humano tem direito à proteção dos interesses morais e materiais
decorrentes de qualquer produção científica literária ou artística da qual seja autor.
Artigo 28
Todo ser humano tem direito a uma ordem social e internacional em que os
direitos e liberdades estabelecidos na presente Declaração possam ser plenamente
realizados.
Artigo 29
1. Todo ser humano tem deveres para com a comunidade, na qual o livre e pleno
desenvolvimento de sua personalidade é possível.
2. No exercício de seus direitos e liberdades, todo ser humano estará sujeito apenas
às limitações determinadas pela lei, exclusivamente com o fim de assegurar o devido
reconhecimento e respeito dos direitos e liberdades de outrem e de satisfazer as justas
exigências da moral, da ordem pública e do bem-estar de uma sociedade democrática.
Todas as crianças são iguais e têm os mesmos direitos, não importa a sua
cor, raça, sexo, religião, origem social ou nacionalidade;
Preâmbulo
A Assembleia Geral
Proclama esta Declaração dos Direitos da Criança com vista a uma infância feliz
e ao gozo, para bem da criança e da sociedade, dos direitos e liberdades aqui
estabelecidos e com vista a chamar a atenção dos pais, enquanto homens e mulheres,
das organizações voluntárias, autoridades locais e Governos nacionais, para o
reconhecimento dos direitos e para a necessidade de se empenharem na respetiva
aplicação através de medidas legislativas ou outras progressivamente tomadas de acordo
com os seguintes princípios:
Princípio 1.º
A criança gozará dos direitos enunciados nesta Declaração. Estes direitos serão
reconhecidos a todas as crianças sem discriminação alguma, independentemente de
qualquer consideração de raça, cor, sexo, idioma, religião, opinião política ou outra da
criança, ou da sua família, da sua origem nacional ou social, fortuna, nascimento ou de
qualquer outra situação.
Princípio 2.º
Princípio 4.º
Princípio 5.º
Princípio 6.º
A criança tem direito à educação, que deve ser gratuita e obrigatória, pelo menos
nos graus elementares. Deve ser-lhe ministrada uma educação que promova a sua
cultura e lhe permita, em condições de igualdade de oportunidades, desenvolver as suas
aptidões mentais, o seu sentido de responsabilidade moral e social e tornar-se um
membro útil à sociedade. O interesse superior da criança deve ser o princípio diretivo de
quem tem a responsabilidade da sua educação e orientação, responsabilidade essa que
cabe, em primeiro lugar, aos seus pais.
A criança deve ter plena oportunidade para brincar e para se dedicar a atividades
recreativas, que devem ser orientados para os mesmos objetivos da educação; a
sociedade e as autoridades públicas deverão esforçar-se por promover o gozo destes
direitos.
Princípio 8.º
Princípio 9.º
Como tal, a Carta Social Europeia pode ser utilizada pelo Tribunal de Justiça
Europeu como um guia interpretativo em litígios relacionados com os direitos sociais e
laborais. Esses litígios podem assumir a forma de ações legais por meio de referências
dos tribunais nacionais, de acordo com o artigo 267.º do TFUE (que corresponde ao ex-
artigo 234.º do TCE), desafiando os Estados-Membros em matéria de aplicação do
direito da União, que poderia violar os direitos sociais fundamentais dos trabalhadores
previstos na Carta.
Esta Carta Social Europeia da UE não deve confundir-se com a Carta Social
Europeia do Conselho da Europa, que foi aberta à assinatura dos seus Estados em
Turim, em outubro de 1961, foi objeto de um Protocolo Adicional em 1988 e que,
novamente em Turim, foi objeto de uma nova versão revista em 21 e 22 de Outubro de
1991.
Preâmbulo
Princípios fundamentais
Artigo 1.º
República Portuguesa
Artigo 2.º
Artigo 3.º
Soberania e legalidade
3. A validade das leis e dos demais atos do Estado, das regiões autónomas, do
poder local e de quaisquer outras entidades públicas depende da sua conformidade com
a Constituição.
Artigo 4.º
Cidadania portuguesa
São cidadãos portugueses todos aqueles que como tal sejam considerados pela
lei ou por convenção internacional.
Artigo 5.º
Território
Artigo 6.º
Estado unitário
Relações internacionais
Artigo 8.º
Direito internacional
Artigo 9.º
Artigo 10.º
Capítulo II – Competência
Capítulo II – Competência
Título IV – Governo
Título V – Tribunais
Capítulo II – Freguesia
2. Direito à Educação
j) Assegurar aos filhos dos imigrantes apoio adequado para efetivação do direito
ao ensino.
4. Todo o tempo de trabalho contribui, nos termos da lei, para o cálculo das
pensões de velhice e invalidez, independentemente do sector de atividade em que tiver
sido prestado.
1. Todos têm direito, para si e para a sua família, a uma habitação de dimensão
adequada, em condições de higiene e conforto e que preserve a intimidade pessoal e a
privacidade familiar.
2. Para assegurar o direito à habitação, incumbe ao Estado:
3. Ninguém pode ser perguntado por qualquer autoridade acerca das suas
convicções ou prática religiosa, salvo para recolha de dados estatísticos não
individualmente identificáveis, nem ser prejudicado por se recusar a responder.
Por fim, e no que concerne aos Direitos Sociais de Classes, estes caracterizam-
se pela individualidade, isto é, pelo direito específico à classe a que se associam como é
o caso dos Direitos dos Trabalhadores. Em grosso modo, e neste caso, o legislador opta
por se debruçar sobre estes em códigos ou Decretos de Lei à margem da Constituição da
República Portuguesa, como é o caso do Código do Trabalho ou Código Civil.
1.7. O EXERCÍCIO DOS DIREITOS SOCIAIS
Mas, por outro, em matéria de exclusão social ou, aliás, em relação ao papel dos
direitos sociais como forma de contrariar as situações de exclusão social, não há igual
certeza sobre a incidência do seu exercício para a transposição da barreira da exclusão
social. E isto porque, as transformações económicas e as mutações a que estão sujeitas
as sociedades de hoje originam relações de um certo tipo de dominância social que se
traduz na exclusão social pondo em causa o direito à dignidade humana.
Não há dúvida que, para o grau de realização dos direitos sociais, concorre o
volume de recursos suscetível de ser mobilizado para esse efeito, isto é, a reserva das
disponibilidades da coletividade e a forma da sua distribuição. Será que este confronto é
igualmente claro para os agentes económicos e que existe a perceção integral de que
apenas da sinergia entre as políticas, as instituições e os atores diretamente envolvidos
resultará um processo de integração social e duradouro?
Neste quadro, o Estado deixa de ser o Estado liberal mínimo e não interventivo
para passar a assumir-se como um Estado que intervém ativamente na vida económica e
social, o Estado social ou Estado providência ao qual se exige, não já uma conduta
passiva, mas antes uma intervenção ativa no sentido da concretização de uma justiça
social redistributiva. Nesta nova conceção o Estado social passa a ser encarado como o
garante da justiça, da coesão e do bem-estar sociais, o Estado prestador, que desenvolve
um conjunto de atividades, a fim de garantir a satisfação das necessidades coletivas, de
acordo com princípios de universalidade, solidariedade e justiça social.
Por outro lado, o postulado da universalidade dos direitos sociais não pode
deixar de ter em conta o objetivo essencial da consagração destes direitos que é atingir a
igualdade de facto entre todos os cidadãos, sendo para isso necessário atender à desigual
distribuição da riqueza. Note-se que a universalidade dos direitos sociais não significa
necessariamente uma igualdade formal no acesso a esses direitos. Os direitos sociais
existem para colmatar as diferenças geradas pela igualdade formal, a fim de obter a
igualdade de facto entre todos os cidadãos.
Mas, precisamente porque contribui e com uma fatia maior proporcional aos
seus rendimentos, não deve perder a titularidade dos direitos sociais, que são, por
natureza, direitos universais. Nos últimos anos, toda esta construção do Estado social
que pretende garantir a universalidade de direitos e a igualdade real entre todos os
cidadãos tem sido alvo de ofensivas sucessivas que visam a desmontagem economicista
do Estado-providência, numa lógica marcadamente neoliberal.
É então à luz de todas estas considerações e pressupostos que devemos refletir
sobre o papel e as funções do Estado e qual a conceção de Estado que melhor protege e
garante a todos os cidadãos a plenitude dos seus direitos, a construção de uma igualdade
real entre todos e a manutenção da coesão social.
1. UNICEF
Quando surgiu?
Inicialmente designada de “Fundo Internacional de Emergência das Nações
Unidas para as Crianças”, a UNICEF foi criada em dezembro de 1946 para ajudar as
crianças europeias, no rescaldo da II Guerra Mundial. Em 1953, tornou-se uma agência
permanente da ONU. O nome mudou para “Fundo das Nações Unidas para a Infância”.
No entanto, a sigla UNICEF, que a tornou conhecida em todo o mundo, mantém-se.
Em que áreas atua?
Mais de metade dos recursos da UNICEF destina-se a campanhas de vacinação
infantil, cuidados de saúde materno-infantil, nutrição, acesso a água potável e
saneamento básico.
A agência da ONU centra ainda os seus esforços na prevenção da transmissão do
VIH de mãe para filho. Para minorar este flagelo, disponibiliza tratamento pediátrico,
previne a infeção entre os jovens e apoia as crianças órfãs e vulneráveis devido à SIDA.
2. CARE
A CARE está presente em 94 países e tem por missão salvar vidas, erradicar a
pobreza e alcançar justiça social. O seu foco são as meninas e as mulheres. O motivo?
Estes grupos são os principais rostos da pobreza nas comunidades mais pobres do
Mundo. Além disso, as quase sete décadas de experiência da CARE mostram que a
capacitação da população feminina é a chave para famílias inteiras saírem de uma
situação de pobreza extrema.
Quando surgiu?
Foi fundada nos Estados Unidos em 1945. A CARE nasceu da junção de 22
organizações norte-americanas que se mobilizaram para apoiar os sobreviventes da II
Guerra Mundial, através do envio de “Care Packages”, que continham alimentos e
outros bens essenciais Atualmente, a CARE é uma confederação internacional de 14
organizações.
Quando surgiu?
Esta ONG foi criada em Londres, em 1919, com o propósito de ajudar as
crianças nas áreas devastadas pela I Guerra Mundial. Hoje, está presente em 120 países,
do Ruanda ao Bangladesh, da Serra Leoa ao Iraque.
Missões de Emergência;
Quando surgiu?
A AMI foi fundada em 1984 pelo médico-cirurgião urologista Fernando Nobre.
Assume-se como uma organização humanitária inovadora em Portugal vocacionada
para missões internacionais. Desde 1987, a organização já realizou missões em 79
países, tendo enviado centenas de voluntários e toneladas de ajuda. Em Portugal, a AMI
dispõe atualmente de 16 equipamentos e respostas sociais: 9 centros Porta Amiga, 2
abrigos noturnos, 2 equipas de rua, 1 serviço de apoio domiciliário e 2 polos de receção
de alimentos do FEAC.
Quando surgiu?
A organização foi fundada em 1971, em França, por jovens médicos e jornalistas
que trabalharam como voluntários, no final da década de 60, na Guerra do Biafra, na
Nigéria.
A primeira missão dos MSF foi em Manágua, capital da Nicarágua, em 1972,
depois de um terramoto ter destruído grande parte da cidade e matado entre 10 000 a 30
000 pessoas.
Atualmente, os MSF desenvolvem programas em 71 países, envolvendo
milhares de profissionais de saúde e pessoal administrativo e de logística.
A origem da palavra cidadania vem do latim "civitas", que quer dizer cidade. A
palavra cidadania foi usada na Roma antiga para indicara situação política de uma
pessoa e os direitos que essa pessoa tinha ou podia exercer. Segundo Dalmo Dallari:
A cidadania é algo que não se aprende somente com os livros, mas com a
convivência, na vida social e pública. É no convívio do dia-a-dia que exercitamos a
nossa cidadania, através das relações que estabelecemos com os outros, com a coisa
pública e o próprio meio ambiente. A cidadania deve ser perpassada por temáticas como
a solidariedade, a democracia, os direitos humanos, a ecologia, a ética. A cidadania é
tarefa que não termina. A cidadania não é como um dever de casa, onde faço a minha
parte, apresento e pronto, acabou. Enquanto seres inacabados que somos, sempre
estaremos buscando, descobrindo, criando e tomando consciência mais ampla dos
nossos direitos. Nunca poderemos chegar a entregar a tarefa pronta, pois novos desafios
na vida social surgirão, demandando novas conquistas e, portanto, mais cidadania.
Bibliografia
https://direitosociais.org.br/article/os-direitos-sociais-direitos-
humanos-e-fundamentai/
https://rafaelbertramello.jusbrasil.com.br/artigos/121943093/os-
direitos-sociais-conceito-finalidade-e-teorias
http://ssasociologia.blogspot.pt/2014/09/direitos-civis-politicos-
sociais-humanos.html