Alvenaria Estrutural - Construindo o Con
Alvenaria Estrutural - Construindo o Con
Alvenaria Estrutural - Construindo o Con
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1
Alvenaria no Brasil....................25
Alvenaria Atual.................27
Aspectos
Históricos
Materiais: Componentes e
Elementos......................34
Bloco....................................35
Unidades cerâmicas............36
Unidades de concreto.................41
Unidades silicocalcario...............49
Argamassa..............................52
Graute...............................59
Armadura...............................62
2 Materiais:
Componentes
Componentes
e elementos
e elementos
Projeto em Alvenaria
Estrutural.......................68
coordenação modular.............75
Amarrações.........................77
Forma do prédio...................81
Distribuição e arranjo das
paredes.............................85
Tipologia de paredes..............87
Integração de Projetos............95
3
Projeto em
Componentes
Alvenaria Estrutural
e elementos
Execução e estudo de
caso............................130
Projeto.....................131
Treinamento................133
Ferramentas...................134
Segurança.....................135
Marcação das Alvenarias.....136
Exemplos de estudo de
caso............................138
4 Componentes
Execução e
e elementos
estudo de caso
1
A
Aspectos
Históricos
bordar a evolução histórica sobre o sistema construtivo em
Alvenaria Estrutural é fornecer, através das grandes obras
construídas no sistema, a compreensão e percepção do
desenvolvimento dos elementos e materiais bem como o seu processo
construtivo. Neste capítulo, pretende-se explorar os principais
materiais e elementos estruturais aliados as técnicas construtivas
empregadas, afim de demonstrar a evolução do sistema construtivo
em Alvenaria Estrutural desde a primeira intenção do ser humano em
abrigar-se ao sistema construtivo atual .
Os elementos estruturais básicos que contribuíram para o
desenvolvimento da Alvenaria Estrutural foram: cúpula, viga, pórtico,
abóbada e o arco. Aplicados na construção civil proporcionaram a
verticalidade nas construções e horizontalidade, maiores vãos
internos, nas construções.
Cúpulas
O primeiro elemento, a cúpula,
deteve-se inicialmente a
enclausurar espaços para abrigar
residências primitivas. Assim, as
habitações encontradas no sitio
arqueológico de Choirokoitia,
localizada na ilha de Chipre, datam
de 9000a.C. Estas foram moldadas
em barro e pedras locais, sua
organização como comunidade a
lembra forma de uma colmeia.
Divididas em falsas e verdadeiras,
as cúpulas consideradas
verdadeiras, tinham de ser
escoradas durante a sua
construção, especialmente na
egião de coroamento, para
garantir a estabilidade do
Fig. 1 - Habitações em Choirokoitia, Chipre. elemento.
Pórtico
A partir da técnica do equilíbrio de uma pedra apoiadas sobre outras duas,
criou-se o sistema viga-pilar, apesar da resistência à tração baixa e o
surgimento de fissuras eminente, a viga de pedra teve a seção transversal
aumentada tornando-se adequada para
pequenos vãos.
Redução da espessura
inicial e disposição das
peças linearmente.
B B
Corte AA
Corte BB
Corte CC
C C Base espessa e
intertravada.
D D
Corte DD
Fig. 10 - Mecanismo
de içamento.
Os romanos utilizaram a
abóbada, como uma nova
alternativa para execução em
larga escala em suas obras
públicas. Através da união de
vários anéis de arcos
prolongados a partir de uma
extremidade dispostos
longitudinalmente.A
construção da abóbada foi o
fator que determinou o rumo
das coberturas arquitetônicas
nos séculos seguintes
(MORAES, 2010). Assim a
partir do arco, cada unidade
de alvenaria permanece em
equilíbrio formando um anel
de compressão. Contribuindo,
ao longo dos anos,
principalmente no período
Gótico e Renascentista a
criação de grandes expoentes
da arquitetura, as catedrais.
Açõ
es
do
ve
nt
o
A
o longo da história da
Aspectos humanidade muitos
materiais foram utilizados
Os romanos desenvolveram o
opus caementicium, concreto
romano, este era composto por
pequenos pedaços de calcário,
adição da cinza pozolânica,
cascalho e restos de materiais
cerâmicos. Durante a
construção da cúpula,
diferentes agregados
alternavam-se em camadas
dentro do concreto variando seu
peso da base à abertura central
(STENVENSON;1998).
Fig. 21 - Panteão , Roma.
As grandes espessuras
das paredes externas
resistiam ao efeito de
vento e cargas
o
o vent
es d Fig. 27 -Perspectiva entrada principal, Chicago.
Açõ
O elemento parede tem-se o impulso inicial como elemento atuante
na estrutura através do edifício Monadnock, em Chicago.
Contrapondo-se ao avanço nos séculos passados, segundo Ramalho e
Correa (2003) este pode ser considerado como exemplo da
irracionalidade do sistema pois é resultada do do dimensionamento
por métodos empíricos. Possuindo paredes na base com 180
centímetros de espessura. Este edifício foi considerado, no seu
tempo, como limite dimensional máximo para estruturas de alvenaria
calculadas a partir de métodos empíricos (ABCI, 1990).
(a)
(b)
Desafios entre
a arquitetura
e a Estrutura
Por Eladio Dieste.
Detalhe construtivos da Igreja de
Atlántida, Uruguai.
Situação 1 Situação 2
Argamassa de cobrimento
Armadura Longitudinal
Tijolo ou bloco
cerâmico
armadura transversal
Duas barras de aço
Década de 1980 -
Construção do conjunto
residencial, Parque das Flores,
com blocos ceramicos e
utilização do mesmo bloco em
Década de 1980 obras estruturais diversas,
armadas e não aramadas.
Década de 1990 -
Construção do edifício
residencial ‘Solar dos
Alcântaras’ e, São Paulo, SP.
Com 18 pavimentos no sistema
construtivo em alvenaria
Década de 1990 armada com blocos de
concreto de 14 cm de
Fig. 40 - Exemplos das edificações.
Fonte ABCI (1990). espessura.
A Alvenaria Atual
Alvenaria de tijolos maciços Alvenaria de vedação
VANTAGENS
- Mão de obra bem qualificada;
- Limpeza do canteiro de obras;
- Redução de armaduras;
- Redução de formas;
- Redução de resíduos;
- Redução do tempo de execução;
- Boa integração e compatibilização
com sub sistemas.
- Custos otimizados
- Redução do número de
Fig. 41 - Exemplo de projeto compatibilizado. profissionais no canteiro de obras.
DESVANTAGENS
- Não permite improvisações, condicionando a arquitetura;
- Inibe a destinação dos edifícios (uso e ocupação);
- Restringe a possibilidade de modificações;
- Vãos livres limitados e vãos em balanço não sendo indicados;
- Não permite paredes e conjuntos muito esbeltos.
Alvenaria Estrutural Alvenaria Estrutural Armada
Alvenaria Armada
É somente aquela cuja taxa de armadura total da obra (horizontal e
vertical) seja de 20%, e dimensionada para resistir a esforços de
tração, flexão, cisalhamento e compressão. Geralmente a armadura é
colocada nos vazios dos blocos estruturais, e depois esses vazados são
preenchidos com graute.
Parcialmente Armada
Ela é parcialmente armada quando há paredes de alvenaria armadas e
outras não armadas, pois apenas em alguns trechos da estrutura
surgem solicitações com tensões acima das admissíveis.
Não Armada
Quando não possui armaduras. Armaduras usadas para amarração das
paredes ou ligações laje e parede não caracterizam a alvenaria como
armada.
Protendida
Possui armadura de reforço pré tensionada, submetendo a alvenaria a
esforços de compressão.
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