RELATÓRIO TÉCNICO AMBIENTAL Atualizado

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RELATÓRIO

TÉCNICO
AMBIENTAL

INDÚSTRIA DE CONSERVAS LARISSA


Processo nº 21938/2007

E-mail: silmara.palmiteira@hotmail.com
2

SEMA (Secretaria Estadual de Meio Ambiente)

Coordenadoria de Indústria-CI

Ref.: Solicitação de Renovação de Licença de Operação

Senhor Coordenador,

A Indústria de Conservas Larissa LTDA., localizado na Estrada do Presídio das


Palmeiras, s/n. localizada na Agrovila das Palmeiras, município de Santo Antônio de
Leverger/MT, vem por meio desta requerer a renovação de licença de operação para a
atividade de Indústria de Conservas de Legumes e outros vegetais, de acordo com
estabelecido pelo órgão ambiental.
Colocamo-nos à sua inteira disposição para quaisquer outros esclarecimentos quer si,
fizerem necessários.
Respeitosamente,

_________________________________________________
ANA PAULA DO BOM DESPACHO AMORIM
Engenheiro Sanitarista e Ambiental
Especialista em Sustentabilidade
CREA 120948561-3
3

SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO _______________________________________________ 4
1.1 Informações Gerais __________________________________________________ 5
1.2 Informações do Empreendimento _______________________________________ 5
1.3 Informações do Técnico Responsável ____________________________________ 6

2.0 GENERALIDADES ___________________________________________ 7


2.1 Licenciamento Ambiental do empreendimento _____________________________ 7
2.2 Dados Gerais _______________________________________________________ 7

3.0 DESCRIÇÃO DO PROCESSO _________________________________ 10


3.1 Colheita e Recepção ________________________________________________ 10
3.2 Seleção e Armazenamento ___________________________________________ 11
3.3 Pré Lavagem ______________________________________________________ 12
3.4 Retirada da Casca __________________________________________________ 12
3.5 Envase e adição de liquido ___________________________________________ 12
3.6 Exaustão e fechamento ______________________________________________ 12
3.7 Resfriamento ______________________________________________________ 12
3.8 Teste de Qualidade _________________________________________________ 13
3.9 Rotulagem e Encaixotamento _________________________________________ 13

4.0 EQUIPAMENTOS ___________________________________________ 14


4.1 Tanque de Lavagem ________________________________________________ 14
4.2 Lavadora _________________________________________________________ 14
4.3 Máquina de Corte___________________________________________________ 14
4.4 Panela de Cozimento a vapor _________________________________________ 15
4.5 Mesa de armazenamento ____________________________________________ 16

5.0 GESTÃO AMBIENTAL _______________________________________ 16


5.1 Utilização de Água __________________________________________________ 16
5.2 Esgoto Sanitário ____________________________________________________ 17
5.3 Residuos Sólidos ___________________________________________________ 19
5.4 Energia Elétrica ____________________________________________________ 20
5.5 Mesa de armazenamento ____________________________________________ 16

6.0 MONITORAMENTO AMBIENTAL _______________________________ 22


7.0 INVENTÁRIO RESIDUOS SÓLIDOS ____________________________ 23
8.0 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ________________________________ 27
9.0 ANEXOS __________________________________________________ 28
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APRESENTAÇÃO
O presente documento foi elaborado para apresentar o Relatório Técnico, solicitado
pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente–SEMA, contendo elementos para a análise de
Renovação de Licença de Operação da Indústria de Conservas Larissa- Indústria de
Conservas Pantaneira.
Os trabalhos seguiram as orientações dos Projetos Executivos e Estudos
Ambientais, condicionantes exigências e recomendações contidas nas respectivas
Licenças ambientais, realizadas pela Eng. Sanitarista/ Segurança do Trabalho Sandra
Eudes da Silva bem como aos Termos de Referências Técnicas da SEMA.
Os serviços abrangeram o levantamento e diagnóstico dos possíveis passivos
ambientais resultantes das atividades, verificação da implementação das medidas de
proteção ambiental e verificação do cumprimento das condicionantes específicas
estabelecidas na Licença de Operação (LO) 4066/2007.
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1.INFORMAÇÕES GERAIS
Neste capítulo são apresentadas as características gerais do Empreendimento,
sujeito ao presente Relatório, abordando a identificação do empreendedor, identificação do
empreendimento e informações do Técnico contratado para elaboração deste estudo.

1.1 INFORMAÇÕES DO EMPREENDEDOR

O presente relatório, foi solicitado pelo Proprietário do Empreendimento, cujas


informações estão descritas na Tabela1.

IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDEDOR
Razão social: Indústria de Conservas Larissa - Ind. Conservas
Pantaneira
CNPJ: 07.878.053/0001-59
endereço: Estrada do Presidio das Palmeiras- S/N
cep: 78180-000
município: Santo Antônio de Leverger-
telefone: (65) 98163-8181 (Orivam)

1.2 INFORMAÇÕES DO EMPREENDIMENTO

A Tabela2 apresenta as informações do empreendimento sujeito ao presente


Relatório

IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDIMENTO
Razão social: Indústria de Conservas Larissa - Ind. Conservas
Pantaneira
CNPJ: 07.878.053/0001-59
endereço: Estrada do Presidio das Palmeiras- S/N
N° de Inscrição Estadual 013.318.395-5
Extensão: 1 ha
município: Santo Antônio de Leverger-
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Atividade: Processamento, preservação e produção


de conservas de legumes e outros vegetais
Coordenadas DATUM WGS84- W 55:32:06,20 -
Geográficas S: 15:57:07,60
Bacia Hidrográfica Prata
Sub- Bacia Rio Cuiabá

1.3 INFORMAÇÕES DO TÉCNICO RESPONSÁVEL

A Tabela 3 apresenta as informações do técnico responsável

IDENTIFICAÇÃO DO PROFISSIONAL
Nome Ana Paula Do Bom Despacho Amorim
CPF: 006.882.531-56
endereço: Rua: Coronel Antônio Antero Paes de Barros, n° 06-
Morada da Serra.
Telefone (65) 3358-7623 / (65) 99908-2246
E-MAIL amorimana02@gmail.com
CREA 120948561-3
N° Credenciamento
sema 5424
7

2.0 GENERALIDADES
A inspeção da atividade de processamento, preservação, e produção de conservas
de legumes e outros vegetais tem por objetivo fazer cumprir as exigências do órgão
licenciador, relacionadas na Licença de Operação, bem como os programas ambientais
preconizado no Termo de Referência expedido Secretaria Estadual de Meio Ambiente –
SEMA e no Plano de Controle Ambiental – P.C.A.

2.1 LICENCIAMENTO AMBIENTAL DO EMPREENDIMENTO

No processo de licenciamento ambiental do empreendimento foram cumpridas as


seguintes etapas:
Licenciamento Prévio e Instalação:
• Plano de Controle Ambiental- PCA, Cadastro de usuário de água, Projeto de
Tratamento de Efluentes domésticos, Projeto Arquitetônico apresentado em janeiro de
2007 pela Eng. Sanitarista Sandra Eudes da Silva.
Licença de Operação – LO 4066/2007 de 26/01/2007 – Válida por 04 anos a contar
da data de sua assinatura, emitida pelo Secretaria Estadual de Meio Ambiente de Mato
Grosso– SEMA/MT; O empreendimento encontra-se com a Licença Operação prescrito do
ano de 2010, tendo por essa finalidade a apresentação de estudos, planos, projetos e
programas ambientais para requerimento de sua renovação e voltar a exercer a atividade
do empreendimento.

2.2 DADOS GERAIS

O empreendimento está implantado em zona rural do município de Santo Antônio


de Leverger /MT, nas coordenadas 15°57’07,60” de latitude Sul e 55°32’06,20” de
longitude Oeste. A propriedade tem uma área total de 1 ha dos quais cerca de 355,70 m2
são ocupados pelas estruturas do empreendimento. Encontra-se em anexo o mapa de
localização do empreendimento.
A área de estudo está localizada no município de Santo Antônio de Leverger,
localizado na Baixada Cuiabana a 35 km da capital, margem esquerda do rio Cuiabá.
8

Fig. 01 Vista geral do empreendimento e ocupação ao entorno. Fonte: Google


View,2019.

A imagem acima extraida do Google Eart, apresenta a posição do empreendimento


em relação a comunidade Agrovila das Palmeiras, demonstrando que há núcleos
populacionais próximos ao empreendimento. Também é possivel observar a localização do
córrego Cuiabá Mirim em relação ao empreendimento.
Fig. 02 Vista da área ao fundo do empreendimento.
Foto: Orivam, 2019
9

Constata-se que o núcleo populacional Agrovila do Palmeiras são próximos ao


empreendimento. A instalação encontra-se a 1.000 metros do córrego Cuiabá Mirim. Nota-
se ainda os limites da propriedade, bem como a presença de remanescente de vegetação
em estágio secundario de regeneração na propriedade, mas na margem do Córrego
sobresai a vegeta natural. A ocupação do entorno, além das atividades supracitadas
consiste em quatro propriedades que fazem criação de gado de corte, pastagem, e
plantação de frutas. No mais não há nenhuma atividade produtiva.

Fig. 03 Vista da fachada do empreendimento, não está

Foto: Orivam, 2019


em operação.

O empreendimento se encontra inativa, devido as condicionantes da licença de


operação estar desatualizada. Para voltar a operar a atividade a indústria possue
cadastrados em seu banco de dados 10 (dez) funcionários. Os mesmo são capacitados
para atuarem nas diversas atividades necessárias à sua plena operação, estando
distribuídos nos seguintes etapas de processo de produção: Recepção, lavagem, corte e
processamento.
10

3.0 DESCRIÇÃO DO PROCESSO


Segue abaixo o fluxograma operacional do processo:

Colheita e/ou Seleção/


armazenamento
Recepção refrigerado

Pré Lavagem
Retirada das
cascas

Envase (Adição
de liquido a Exaustão
embalagem)

Resfriamento
Tratamento
Térmico ( teste manual de
vedação)

Controle de
Resfriamento
Qualidade

Rotulagem e
embalagem

3.1 COLHEITA E RECEPÇÃO

Logo que são feitas as colheitas são armazenados em caixas de plástico limpas,
quantificadas e anotadas em formulários próprios para acompanhamento do processo.
11

Fig. 04 Imagem da colheita realizada nos anos


de operação da indústria.
Foto: Arquivo, 2010.
Durante a operação realizada manualmente por meio dos cortes atráves da moto
serra e posteriormente apanhada por pá carregadeira, a mesma é selecionada in loco e
separadas em lotes posteriormente onde são classificadas quando a origem e elementos
como peso, diâmetro etc., o procedimento é importante para controle de operação. Toda
máteria prima é feita por meio de doação a Indústria, com isso os proprietários se
beneficiam em relação a isenção de utilização de produtos tóxicos para controle de pragas
e na mão de obra para reparação do mesmo.

3.2 SELEÇÃO E ARMAZENAMENTO

Nessa etapa, a matéria prima é classificada de acordo com seu grau de maturação, seu
tamanho e sua integridade (presença de defeitos causados por deterioração, ataque de
insetos, roedores, etc.). A seleção é feita na mesma área da recepção, conhecida como
área suja.
Fig. 05 Imagem área de recepção da matéria
prima, seleção e classificação.
Foto: Arquivo, 2010.
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3.3 PRÉ LAVAGEM

É realizada a pré-lavagem que tem por finalidade a remoção de sujeiras maiores,


como areia, barro, terra, folhas, etc. Essa pré-lavagem é realizada com água corrente e
potável. São utilizados tanques de aço inoxidável, como demonstrados em figura xx. A
matéria prima é mantida totalmente imersas na água, após a primeira lavagem tem-se mais
dois processos de lavagens consecutivas em água limpa e corrente.

3.4 RETIRADA DA CASCA

A retirada da casca ou da pele, quando necessário, são realizadas de forma


manual por meio de raspagem ou corte da casca/pele.

3.5 ENVASE/ ADIÇÃO DO LIQUIDO NA EMBALAGEM

O processsament dos palmitos são distribuidos de modo uniforme nos recipientes


de vidros, posteriormente é adicionada a salmora fria ou quente até a cobertura dos
mesmos.

3.6 EXASUTÃO E FECHAMENTO

A exaustão é feita para expulsar o ar de dentro da embalagem e formar o vácuo, e


assim diminuir as reações químicas. A atividade é realizada por imersão dos vidros em
água fervente ( método de banho maria), onde há a eliminação de ar contido dentro dos
tecidos vegetais, fazendo o vácuo nos vidros e contribuindo para realçar a colocaração
da cor do palmito.

3.7 RESFRIAMENTO

O resfriamento é feito imediatamente após o tratamento térmico, pois é necessário


interromper processo para não alterar sua cor, sabor, odor e textura. Sem o resfriamento
a materia prima continuarão cozinhando dando condições para o desenvolvimento de
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microrganismos resistentes ao calor, responsáveis pela fermentação do produto,


tornando-o azedo. Para evitar que os vidros sofram choque térmico, procedese ao
resfriamento deixando escorrer água fria lentamente pelas paredes internas do tanque
aberto ou do tacho, até transbordar.

3.8 TESTE DE QUALIDADE

O teste de qualidade é realizada manulmente pelos empreendedores, modo a


verificar a o aspecto do produto e formação do vacuo no interior dos vidros.

3.9 ROTULAGEM E ENCAIXOTAMENTO

Com a pré seleção dos produtos após a verificação da qualidade, os mesmos


recebem o rótulo contendo informações exigidas pela legislação sanitária do municipio e
estarem aptas para comercialização. As seguintes informações devem constar do rótulo
de dos produtos:

• Nome e/ou a marca do alimento.

• Nome do fabricante ou produtor.

• Sede da fábrica ou local de produção.

• Número de registro do alimento no órgão competente do Ministério da Saúde.

• Número de identificação da partida, do lote ou da data de fabricação, expressamente ou


em código, além da data de validade.

• Peso ou volume líquido.

• Designação do produto fixada nesse padrão.

• Lista dos ingredientes na ordem decrescente do respectivo peso, com exceção da água,
quando for o caso. Depois de rotuladas, as embalagens devem ser embaladas em caixas
de papelão e armazenadas até a distribuição.
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4.0 EQUIPAMENTOS (MAQUINÁRIOS QUE


SERÃO UTILIZADOS NO PROCESSO)

4.1 TANQUE DE LAVAGEM

Para a primeira etapa de lavagem será utilizado um tanque de aço inoxidável.

Fig. 06 Equipamentos utilizados na manipulação da

Foto: Arquivo, 2019.


matéria prima.

4.2 LAVADORA

A lavadora é construída em aço inoxidável e pode ser operada com água fria, quente.

4.3 MÁQUINA DE CORTE

O equipamento corta o produto em tiras ou quadrados mantendo a espessura original.


4.4 PANELA DE COZIMENTO A VAPOR
Fig. 07 Equipamentos utilizados na manipulação da
matéria prima.
Fig. 08 Equipamentos utilizados na manipulação Foto: Arquivo, 2019.
da matéria prima.
O equipamento é produzido em aço inoxidável, possui cesto extraível.
Foto: Arquivo, 2019.
15
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4.5 MESA DE ARMAZENAMENTO

São utilizados durante a manipulação da máteria prima.

Fig. 9 Equipamentos utilizados na manipulação da matéria prima.


Foto: Arquivo, 2019.

5.0 GESTÃO AMBIENTAL

5.1 UTILIZAÇÃO DE ÁGUA

O empreendimento é dotado de poço tubular para captação de água, caixa d'água


metálica tipo taça (capacidade: 30.000 l) para abastecimento. Para processamento da
máteria prima a fabrica utilizará em média cerca de 3 m3/dia.
17

Hidrômetro. Foto: Orivam, 2019


Fig. 11 Vista nstalação do
Fig. 10 Vista da Reservatório e poço para abastecimento do
empreendimento. Foto: Orivam, 2019

Fig. 12 Vista nstalação do Filtro.


Foto: Orivam, 2019
Na figura 11- Instalação do hidrômetro para a medição de água para o
empreendimento e logo na figura 12 o novo filtro para caixa d’água tem a função de reter
partículas de sujeira. Isso aumenta a vida útil dos aparelhos hidráulico e aumenta a
qualidade da água armazenada.

5.2 ESGOTO SANITÁRIO

Os efluentes sanitários gerados pelos funcionários são destinados ao sistema


constituído por fossa séptica, seguida de filtro anaeróbio, com destinação final na lavoura
de plantação de pepinos e outras hortaliças existentes na propriedade, sendo o efluente
armazenado no tanque de alvenaria.
Os efluentes gerados da lavagem das peças dos vegetais foram construídas caixas
separadoras na qual recebe a água contendo resíduos orgânicos, os mesmos são
coletados por meio de uma caixa plástica perfurada estes resíduos não podem ser lançados
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diretamente na rede de esgoto para não comprometer o funcionamento do sistema de


efluentes. A caixa separadora contém três repartições que funcionam da seguinte maneira:
I - Caixa retentora de materiais (camadas orgânicas dos vegetais) tais como a casca;

Tem como objetivo fazer com que decante todo material presente na água, a
passagem da primeira para a segunda repartição acontece por gravidade onde duas caixas
são separadas por uma parede e conforme vai enchendo irá transpor a barreira.

Fig. 13 Caixa retentora de matérias- solução


elaborada pelo empreendedor
Foto: Orivam, 2019
II - Caixa retentora chicana de materiais;

Ainda, na segunda repartição, é colocada uma tela e ao fundo dela, são colocadas
pedras tipo brita, que diminuem a velocidade na qual há a passagem do efluente para a
terceira repartição. Essa passagem ocorre pelo fundo.
Fig. 14 Caixa retentora de matérias-
solução elaborada pelo empreendedor
Foto: Orivam, 2019
19

III - Caixa Inspeção;

Na terceira repartição o descarte de efluentes não há indícios de materiais.

5.3 RESIDUOS SÓLIDOS

Os resíduos que serão produzidos pela indústria serão as cascas dos vegetais
utilizados na fabricação das conservas mais propriamente o palmito, os mesmos são
armazenados em recipientes próprios e tapados na área externa da indústria e recolhidos
da área interna periodicamente.
A coleta de resíduos é feita após a produção por um caminho entre as áreas de
produção “suja” e “limpa”, estabelecido de modo a evitar contaminações cruzadas. Após a
coleta, é feita a higienização dos lixos.
Os descartes das cascas serão destinados a área para secagem e posteriormente
utilizados como adubo orgânico. A mesma ficará exposta ao sol durante um período de 2
semanas até a secagem, o empreendedor ficará responsável pela limpeza periódica da
área. Como a matéria prima é rica em água após a secagem das fibras a mesma além de
ser utilizada como adubo orgânico, serve como gerador de energia para a caldeira, isso
minimiza os custos com a destinação dos resíduos.
A queima nas caldeiras exige um controle rigoroso para não provocar a fumaça em
demasia. Outra forma de aproveitamento é a silagem desses resíduos, que será utilizada
na época no inverno, quando há pouca oferta de alimentos para os animais.
Fig. 15 Imagens de arquivo do empreendedor dos
resíduos gerados durante o processo.
Foto: Orivam, 2010
20

De acordo com informações os resíduos inorgânicos originados nas atividades do


escritório tais como papel, plástico e vidro são armazenados em sacos plásticos e dispostos
para a coleta periódica de agentes recicladores da região. Os resíduos orgânicos tais como
sobras de alimento, papel higiênico e podas de jardins são armazenados e encaminhados
para a coleta de resíduos do município de Santo Antônio de Leverger, possui um
cronograma estabelecido de 1 vez por semana de recolher e encaminhar ao aterro.

5.4 ENERGIA ELÉTRICA

A energia é fornecida diretamente pela concessionária ENERGISA em rede própria


e apresenta consumo médio mensal de 100 kw/mês, evidenciado pela cópia da conta anexa
ao processo

5.5 PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS

O Relatório Técnico ressalta que os procedimentos operacionais são aqueles


detalhados no PCA e algumas informações foram reportadas pelo empreendedor.
A empresa não está realizando as atividades conforme informado anteriormente,
segundo informações do empreendedor o mesmo voltará a produzir em torno de 400
conservas/dia de (palmitos e /ou pepinos). As matérias primas para fabricação são oriundas
da região, sendo que o vegetal pepino é originaria da propriedade do empreendedor.
21

6.0 MONITORAMENTO AMBIENTAL

Conforme pode ser observado no Plano de Controle Ambiental elaborado, a região


onde se insere o empreendimento praticamente não apresenta vegetação original e
ambientes preferenciais das espécies nativas. A cobertura vegetal é dominada por campos
antrópicos constituídos por pastagens. Os remanescentes da vegetação natural,
especialmente as formações de cerrado em suas diferentes gradações são fragmentárias
e se restringe às capoeiras e esparsos exemplares testemunhos da vegetação anterior.
O único fragmento de cerradão mais significativo em termos de vegetação situa-se
nas coordenadas geográficas de 15°57’19.36”Se 55°31’49.10”O , no qual não dispõe
corpos d’água Córrego Cuiabá Mirim.
Odores Indesejados
Os gases que ocasionalmente são formados pela combustão de material na caldeira
são direcionados para o ambiente externo, se dispersando naturalmente não existindo
qualquer riscos em relação a poluição do ar em comunidade aos redores. O
empreendimento é cercada e protegida contra a entrada de animais e pessoas não
autorizadas.
Não há indicios de inundação,pois a área é ampla o que configura nenhum problema
com drenagem superficial.
22

7.0 INVENTÁRIO DOS RESIDUOS SÓLIDOS


INDUSTRIAIS
INFORMAÇÕES SOBRE O PROCESSO DE PRODUÇÃO DESENVOLVIDO PELA
INDÚSTRIA NOS ANOS ANTERIORES

N° MATÉRIAS CÓDIGO CONAMA QT.ANO


PRIMAS/INSUMOS TON.

1 LIXO ORGÂNICO A001 Resíduo de refeitórios 100


2 PAPEL/PAPELÃO A006 Resíduos de papel e 200
papelão
3 PLÁSTICOS/ CAIXAS A207 Filmes e pequenas 50
PLÁSTICAS embalagens de plástico

4 VIDROS A117 Resíduos de vidros 70


5 CASCAS DE PALMITO A999 Resíduos de frutas (bagaço, 5.100
mosto, casca, etc.)
TOTAL 5.550

ETAPAS DO PROCESSO DE PRODUÇÃO DA INDÚSTRIA

NOME DA ETAPA DESCRIÇAO


COLHEITA No ato da colheita, os residuos que são gerados de vegetais
são condicionados na mesma área, isso tem sido prática dos
agricultores da região pois o mesmo melhora a capacidade
fisica e quimica do solo.
SELEÇÃO Ao selecionar as cascas para manipulação, as mesmas vão
ser separadas, acondicioandas e levadas para o pátio do
empreendedor para a secagem.
PRODUÇÃO Na produção poderá haver residuos de vidros,papel,
plásticos que são acondicionadas e separadas e dispostas
aos recicladores da região, os mesmos pertencerm ao
mercado informal, portanto o empreendedor não possui
vinculos nem registros dos mesmos.
23

INFORMAÇÕES SOBRE OS RESÍDUOS SÓLIDOS GERADOS


Formas de Armazenamento
Código do Resíduo: Descrição do Resíduo:
A001 Resíduo de refeitórios

1. Formas de 3.Na Área da


2.Quantidade Destinação
Armazenamento Indústria?
Os residuos
A indústria possui
oriundos dos
1 a 5kg/Dia uma área para
alimentos são Aterro municipal
( Váriavel) refeição dos
armazenados em
funciionários.
sacos plásticos.

Código do Resíduo: Descrição do Resíduo:


A006 Resíduos de papel e papelão

1. Formas de 3.Na Área da


2.Quantidade Destinação
Armazenamento Indústria?
Os residuos de A Indústria
papel são armazena os
Agentes informais
armazenados em 5 a 10 kg/Dia residuos até que a
recicladores da
caixas e dispostos ( Váriavel) equipe de
região.
para coleta recicladores vem
seletiva . buscar o material.

Código do Resíduo: Descrição do Resíduo:


A207 Filmes e pequenas embalagens de
plástico
24

1. Formas de 3.Na Área da


2.Quantidade Destinação
Armazenamento Indústria?
Os residuos de
plásticos são A Indústria
armazenados em armazena os
Agentes informais
caixas e dispotos 3 a 7 kg/Dia residuos até que a
recicladores da
para coleta seletiva, ( Váriavel) equipe de
região.
muitas vezes são recicladores vem
reutilizados para buscar o material.
algumas atividades.

Código do Resíduo: Descrição do Resíduo:


A117 Resíduos de vidros

1. Formas de 3.Na Área da


2.Quantidade Destinação
Armazenamento Indústria?
Os residuos de A Indústria
vidros oriundos da armazena os
Agentes informais
quebra são 3 a 6 kg/Dia residuos até que a
recicladores da
armazenados em ( Váriavel) equipe de
região.
caixas e dispotos recicladores vem
para coleta seletiva. buscar o material.

Código do Resíduo: Descrição do Resíduo:


A999 Resíduos de frutas (bagaço, mosto, casca,
etc.)- cascas de palmito.

1. Formas de 3.Na Área da


2.Quantidade Destinação
Armazenamento Indústria?
25

Os residuos de
cascas de palmito
são armazenadas e
dispostas na área
particular do Não poderá ser Para secagem na
200 a 500 kg/Dia
empreendedor, nela dispostos na área particular do
( Váriavel)
é realizado a indústria. emrpeendedor.
secagem
posteriormente para
adubo ou para
queima na caldeira.
26

8.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Plano Municipal de Saneamento Básico: Santo Antônio de Leverger-MT./


Organizado por Eliana Beatriz Nunes Rondon Lima, Paulo Modesto Filho e Rubem Mauro
Palma de Moura. Cuiabá-MT: EdUFMT, 2017. 714p.

Resolução n. º 001/86 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA).

RESOLUÇÃO CONAMA nº 313, de 29 de outubro de 2002


Publicada no DOU no 226, de 22 de novembro de 2002, Seção 1, páginas 85-91

SILVA, Sandra. Plano de Controle Ambiental- Ses Engenharia. Licença de


Operação, ano de 2007.

_______________________________
Ana Paula Do Bom Despacho Amorim
Engenheira Sanitarista e Ambiental
Especialista em Sustentabilidade
CREA 120948561-3
9.0 ANEXOS

Mapa. 01 Mapa do município de Santo Antônio de Leverger com a respectiva localização da área de estudo.
(Requerimento padrão modelo SEMA) -1
2

(Publicação do pedido da licença em periódico local ou regional) -2


3

Publicação do pedido da licença em Diário Oficial do Estado-3


4

Cadastro de uso insignificante-4

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