Como Nasce Um Cafajeste PDF
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com*******"
Sempre façominhas
respeito das as mesmas
criações:perguntas a mim mesmo a
- Os livros que publiquei, realmente são o melhor que
posso fazer?
- Toda minha experiência foi retrata em três livros?
- Estou totalmente satisfeito com o que escrevi?
Por mais que os leitores adorem, elogiem, alguns até
mesmo dizem que a minha coleção do Clube dos
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Homens são os melhores livros que leram na vida,
mesmo assim uma sensação de INCOMPLETUDE fica
presente em meu dia-a-dia.
- Eu poderia ter feito melhor.
A grande
esses verdade
livros; é:eu que
não sabia mal um
leveidiaà seriam
sério quando escrevi
publicados e,
afinal de contas, o livro UM escrevi em três dias, o livro
DOIS também foi rápido e o livro TRÊS a mesma coisa.
Tanto que esses dias eu estava falando para a minha
mãe:
- Os livros que escrevi são bons, mas sinto que não está
bom para
minha mim, sinto
concepção que não não
o conteúdo me dediquei suficiente.Na
está extraordinário.
Ela respondeu que nenhum livro é feito em dias, que
muitos levam anos de edição para chegarem até o
público.
Mas se eu tivesse feito algo, algo que sei que posso
fazer, algo extraordinário, que possa dedicar todo o meu
tempo e. atenção, com toda certeza seria um best-seller
mundial
Afinal, vendi milhares de cópias dos CDH: um livro
extraordinário deve vender milhões de cópias no
mundo todo.
Então devo aceitar a realidade. Eu não criei nada
FENOMENAL OU EXTRAORDINÁRIO.
- MAS EU VOU!
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Essa foi a conversa que tive com ela há alguns meses,
enquanto estava desenvolvendo a minha obra-prima: um
diamante lapidado cuidadosamente para ser o carro-
chefe da minha coleção.
Espero que todos pensem a mesma coisa após ler: será
muito diferente do que vocês já tiveram contato. O
conteúdo foi feito com dedicação e carinho: foi escrito,
lido, reescrito incontáveis vezes, até que, por fim,
estivesse pronto. Eu escrevi três livros para satisfazê-
los: mas esse foi escrito para suprir meu ideal de
criação.
Não posso afirmar que vai vender milhões de cópias.
Mas eu sei de uma coisa: finalmente não tenho mais
negócios inacabados; ao final das últimas palavras e
frases que escrevi, eu posso afirmar com extrema
convicção:
EU CRIEI ALGO EXTRAORDINÁRIO!
J.F Rozza
MELHOR.
O que lhe esperava no final dessa jornada não era um
caminhão de dinheiro, não era uma mulher/troféu: era
poder olhar para trás com orgulho e dizer que fez o
melhor que pode – seja pelas suadas conquistas ou por
quem fica para contar a sua história.
As pirâmides do Egito, por mais majestosas que
possam
não fossemser, seriam apenas um
pelas pessoas queamontoado de pedras
ficaram para contar sea
história.
A sua história é a grande resposta que você procura.
Dedique-se a construí-la, etapa por etapa, e não será
infeliz um só dia na vida!
Arthur compreendia o sentido da jornada. Ele começou
a recordar os primeiros passos que deu. A grande
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aventura começou, quando casou com a mulher errada.
- Eu fui um tolo ao acreditar que fazer terapia de casal
poderia salvar o meu relacionamento. Pensou Arthur.
Ele entendiacomo
necessidades que seoferecer conforto
fossem suas únicas eobrigações.
prover as
Hámilênios os homens abandonaram as cavernas e
construíram moradias, evoluíram ao ponto de o
casamento não significar apenas sobrevivência. Os
deveres do homem não são mais sair à caça e trazer
alimento ou proteger o lar: a humanidade está em seu
auge, onde podemos viver com conforto e segurança e
podemos fechar os dois olhos a noite.
- Se a sua mulher quisesse apenas um teto para morar,
alguém para pagar as suas contas, ser sustentada, ela
permaneceria na casa dos pais – disseo terapeuta.
- Sua mulher precisa de você, do homem com quem ela
casou, para suprir seus desejos de mulher e não de
administradora do lar – continuou o terapeuta.
Arthur era muito cabeça dura nessa época para aceitar
isso.
Essa nova rotina duroualgumas semanas, ele estava
apenas atendendo a um capricho dela.Frequentou as
sessões de terapia, porém, depois de um tempo,
começou a inventar desculpas, e logo acabou
convencendo a mulher a “parar com essa bobagem”,
como dizia. E nunca mais compareceu às sessões.
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Milagrosamente seus dias em casa melhoraram:
ninguém mais o perturbava, encontrou uma paz que há
muito tempo estava esquecida.
Era quarta à noite, sentou para assistir ao jogo de
futebol. A seleção canarinho estava entrando em campo
para um amistoso. Ele não gostava muito de futebol,
mas assistia a todos os jogos da seleção.
Arthur era uma pessoa com gostos diferentes, era mais
voltado a séries e filmes. Seus finais de noite
geralmente se encerravamno sofá com algum episódio
de uma de suas séries favoritas.
Nesse dia fez uma brincadeira consigo mesmo e
começou a contar quantos segundos levaria até que
fosse interrompido.
Porém, dessa vez, nada aconteceu. Pode assistir à
seleção vergonhosamente empatar com um time bem
inferior.
- Mais um milagre atendido! –pensou.
Chegou em casa,
acesso pela entrouColocou
garagem. pela porta
umadagarrafa
cozinhadequevinho
tem
para gelar.
- Ana, querida, tenho uma surpresa! – falava enquanto
desembrulhava suas compras.
Havia comprado um gel lubrificante aromatizado para a
ocasião. Escondeu rapidamente atrás do micro-ondas
para que Ana não visse e estragasse a surpresa.
Foi até à sala. Abriu a garrafa de vinho e serviu uma
taça.
- Ana? Onde você está?
Olhou em todos os cômodos da parte térrea e não a
encontrou. Subiu as escadas e nada de Ana. Não estava
em nenhum dos quartos nem no banheiro. Olhou pela
sacada para o pátio e o jardim, antes sempre bem
cuidado,agora parecia um matagal – o jardim não tinha
mais importância para Ana. Deveria fazer semanas que
ela não descia até lá. As trepadeiras já estavam
tomando conta das rosas que Ana tanto gostava e
cuidava.
Definitivamente chegar em casa e não encontrar a
esposa estava contra os seus planos.
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- O carro dela está na garagem, ela não foi longe. Vou
esperar aqui enquanto termino minha bebida.
- Deve estar em alguma vizinha ou foi ao
supermercado.
-concluiu.
São apenas três da tarde: tenho tempo de sobra –
Arthur fechou o vinho. Iria guardar para mais tarde. No
lugar no vinho abriu uma garrafa longneck da sua
cerveja preferida. Tirou os sapatos e se acomodou no
sofá:seu lugar preferido da casa.
Distraiu-se assistindo à um documentário sobre a China
no Discovery Channel.
A primeira garrafa de cerveja já não se sentia mais tão
solitária em cima da mesa de centro:outras três garrafas
e uma travessa de salgadinhos a faziam companhia.
A demora de Ana fez com que algumas horas
parecessem anos de espera.
Arthur estava sentado naquele sofáhá exatamente
quatro horas. Já eram 19h e nada da esposa
chegar.Pegou o telefone e tentou ligar no celular, mas
ele estava desligado. Decidiu sair e dar umas voltas
pelo quarteirão, mas nada encontrou.Logo não havia
mais sol no céu e as primeiras estrelas começaram a
aparecer.Eram 21h e o pavor começava a tomar conta
dele.
-amado
Comoemfoitroca.
bom. Ah! Foi bom amar essa mulher e ser
- O que pode ter acontecido para que eu a perdesse no
caminho?
A nostalgia era constantemente interrompida por
seguidos sentimentos de raiva, de fúria e angústia.
Arthur havia até comprado uma arma para a ocasião.
Em sua psicose teria pensado até mesmo em fazer
justiça com as próprias mãos.
Em sua imaginação ele incorporava um dia de fúria
dentro daquele motel e mandava bala para todos os
lados. Sem ter que recarregar uma única vez a arma ele
destruía tudo com uma saraivada de tiros e para
finalizar um kame-hame-ha na fuça do “carrasco”.
Podemos tudo na nossa imaginação.
Guardou a arma novamente no porta-luvas enquanto
repetia para si mesmo:
- Se eu fizer isso, eles vencerão. Jogarei tudo no ralo.
- Minha vida acabaria também.
Seu plano perdia forças conforme o medo de fazer algo
Dirigiu
qualquer.até o centro. Estacionou e entrou em um bar
Só havia uma coisa prudente a serfeita nesse momento
e não era vingança, não era briga nem mesmo o
divórcio: essa era a hora de encher a cara.
Esse seria seu primeiro porre depois de anos. Nem
lembrava qual havia sido a última vez em que secou
uma garrafa de uísque sozinho. Provavelmente nunca.
Bêbado e imprudente, dirigiu até em casa; por algum
milagre chegou inteiro.
Chegando em casa encontrou a esposa já dormindo.
Olhou para ela deitada na cama e murmurava enquanto
tirava a roupa:
- Dormindo profundamente porque está cansada né,
vadia?!
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Ao se despir, pegou o cinto nas mãos.
– Está na hora de te dar uma lição daquelas!
Ele não conseguia: por mais que aquela criatura o
tivesse feito sofrer e o estivesse traindo, nunca bater em
uma mulher.
Deitou e desmaiou de sono. No dia seguinte, enfrentou
uma das piores ressacas da sua vida. Levantou na
mesma hora de sempre e foi trabalhar. Não pensou
mais no ocorrido durante o dia inteiro, isso porque sua
cabeça doía demais. Seus pensamentos estavam
enevoados.
Quando o relógio
não ir para casa? mostrava 22h um dilema surgiu:ir ou
Poderia ir para um hotel, pedir para alguém buscar suas
coisas. Ou até mesmo poderia aceitar o amante da
esposa e continuar casado.
Muitos fazem isso não fazem?
Mas a solução que encontrou foi muito mais simples.
A solução para a sua angústia seria a favorita dos
covardes e dos vencidos: bebida.
As próximas semanas da vida de Arthur se resumia à
flashes alternados de estados sóbrios com alguns
episódios de consciência onde ele se via no escritório
ou vomitando no banheiro de bares.
Tornou-se frequentador assíduo de bares e lobbys de
hotéis.
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Foi discreto até certo ponto. Mantinha a sua rotina para
não demonstrar em casa que havia algo errado.
Bebia o que podia até pouco mais de meia noite e em
seguida ia para casa. Sempre encontrava a mulher
realizada e “preenchida” emocionalmente, satisfeita
como não era há tempos, já dormindo.
Ela mal sentia a sua ausência, por vezes ia dormir
totalmente esquecida que era casada.
Infelizmente, o que ela esquecia ele relembrava.
Ele alimentou sua amargura e destilou seu sangue em
álcool na tentativa de fugir da realidade. Muitas vezes
embriagado,
seu casamento,chegava
choravaem casa em
e bebia e colocava o DVD do
frente à TV.
Nem a sua cantoria era capaz de despertar a casa.
- I have, the time of my life. And I never fell like this
before.
Cantava enquanto via na sua televisão, um casal
apaixonado trocando olhares em frente ao altar. Pouco
restou desse casal além da insatisfação mútua.
Acordava para trabalhar de ressaca e exausto.
Mas tudo estava prestes a mudar.
Em uma noite de bebedeira, que começou como outra
qualquer,entre um copo e outro de uísque, ele estava
tão bêbado que mal conseguia reparar no ambiente ao
seu redor, apesar de que enxergava muitas mulheres,
casais, até mesmo casais do mesmo sexo já eram vistos
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nos restaurantes. Arthur nunca se importou com isso,
não era uma pessoa preconceituosa.
Entre tantos rostos, viu em um canto do bar, um ser
precário e sujo, tinha a barba por fazer e o cabelo
totalmente descuidado. Achou até que tinha um cheetos
preso no cabelo do mendigo.
E aquele mendigo mudaria tudo.
O mendigo ainda deve ter pegado do seu petisco
porque mais ninguém no bar estaria comendo
salgadinho a essa hora.
Estava próximo da hora de ir embora, quando ele
tomou
fossem apermitido
decisão mendigos.
de encontrar outro bar em que não
Aquela noite estava se sentindo agressivo.
- Eu poderia arrumar briga com alguém. Quero matar
alguém hoje – pensava.
Olhou novamente para o canto onde aquele mendigo
agora o estava encarando.
- Que ousadia, se ao menos eu tivesse coragem de ir lá
e dar um murro na cara dele.
Provavelmente quebraria o punho nada mais que isso.
Arthur acabou ficando com medo do mendigo e foi
embora, jurando não mais voltar àquele bar.
Mais uma noite chegou e dessa vez estava em outro
bar.
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Logo que entrou no bar, pediu o que costumava pedir,
olhou ao redor e novamente o mesmo mendigo. Dessa
vez estava um pouco melhor vestido.
- Deve ter roubado a roupa de alguém – pensou.
-novamente?
Seria coincidência
Esse caraesse
estácara no mesmoSólugar
me seguindo. pode!que eu
- Deve ser o amante de Ana, me seguindo para caçoar
de mim.
- Ele que venha! Que aos socos e pontapés o mando
embora!
Noites passaram e Arthur e seu seguidor estavam em
um bar do outro lado da cidade, onde Arthur tentava
despistar seu novo amigo. Já o considerava um amigo,
pois era a única pessoa com quem conversava nos
últimos tempos.
Mas toda a camaradagem acabou em uma noite em que
seu perseguidor fez gestos obscenos para ele.
Engoliu a seco mais uma dose de uísque.
Imaginou gritando e xingando aquele mendigo, subindo
em cima das mesas e quebrando tudo.
- Vem seu bosta! Pega a chave da minha casa e vai que
ela está te esperando!
- Na minha casa é como na minha empresa. Não
preciso estar lá para todos estarem satisfeitos - e caiu
na gargalhada.
- Sou uma espécie do gênero “CorneliusCorneliudus”.
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A graça parecia não ter fim.
Mas infelizmente para Arthur ele foi traído mais uma
vez.
Dessa vez não era sua imaginação. Ele estava
realmente fazendodeucena
segurança chegou, uma de bêbado
gravata nele edeo atirou
filme.para
O
fora do bar.
Arthur caiu forte no chão, bateu o cotovelo e arranhou
os joelhos.
Contorcia-se sozinho no chão, enquanto frequentadores
passavam por ele.
- É só mais um bêbado - ouvia alguém falar.
- Chega Arthur, hora de ir para casa – falou com sua
mente que ainda tinha um pouco de juízo.
Mas ele não lembrava onde tinha estacionando: dessa
vez havia exagerado na bebida.
Algumas lentas piscadas, flashes de imagens, pessoas
passando, visões e luzes, quando voltou a si estava
sentado dentro do carro.
- Ótimo! Enfim vamos sair daqui.
- Ande carro, ande!Para o infinito e além!– Falava
enquanto girava a chave na ignição.
O carro não pegava.
Havia ele comprado um carro com defeito. Não fazia
nem um ano que o havia adquirido. O maldito volante
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não mexia.
Mas um fato curioso aconteceu quando Arthur reparou
que estava chovendo dentro do carro. Arthur não sabia
que sua Range Rover era conversível, pois ele estava
todo molhado e água pingava em seu rosto.
- Como é possível estar chovendo aqui dentro?
Indagava o confuso bêbado.
Sua sanidade começou a voltar aos poucos. Não sabia
quanto tempo estava dentro do carro.
Começou a ver sombras, e depois vultos ao seu redor.
Ouviu uma voz distante.
- Você vai ficar bem.
A confusão mental ainda era grande, quando voltou a si
pode perceber o motivo do carro não andar. Estava de
cabeça para baixo. O que uma vez foi seu carro agora
não passava de aço contorcido.
E no meio de todo esse aço, água, óleo, barro, estava ali
o que uma vez foi um grande gênio empreendedor.
Totalmente embriagado e encharcado.
Havia inconscientemente pegado o carro e dirigido
bêbado por um tempo. Até que adormeceu no volante e
capotou caindo de uma ponte em um leito de um rio.
Se a queda fosse alguns metros antes Arthur teria caído
na parte funda do rio, e nesse momento estaria
submerso e morto.
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Uma vida de sucessos chegaria ao fim devido a uma
fraqueza emocional.
Por mais confuso e bêbado que estivesse, conseguiu
entender a gravidade da situação.
-passou
Eu vou morrer? Perguntou
rapidamente por ele. à uma das sombras que
- Se eu vou morrer preciso do meu celular.
- Se eu realmente vou morrer tem algo que preciso
fazer.
Confuso, pegou o celular e twittou: #partiucéu
O bêbado nele deveria achar graça de toda a situação.
Mas o homem teria que pagar pelos pecados.
Seus olhos pesaram, atirou o celular para longe
enquanto desmaiava lentamente.
Dessa vez Arthur acordou, mas não estava em meio à
ferragens, estava com alguns curativos, mas tirando o
soro em seu braço nenhuma parte de seu corpo estava
doendo.
Milagrosamente não precisaria nem ao menos ficar em
observação. Assim que recobrou a consciência, fizeram
alguns testes e o liberaram.
- O senhor pode nos acompanhar? Pediu dois policiais
a ele.
- Não agora não, só quero ir para casa. E saiu.
Deu alguns passos até que foi pego pelo braço,
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imobilizado, algemado e preso.
Talvez tivesse sido melhor ficar hospitalizado.
Pelo menos estaria deitado em uma quente cama de
hospital, recebendo canja e sendo cuidado.
Mas ao invés disso estava algemado com a perna do
policial fazendo pressão em sua barriga.
Dirigir embriagado é crime.
Foi algemado e posto na viatura, junto com dois outros
sujeitos. Um deles era um estuprador que havia fugido
e o outro foi pego furtando turistas próximo ao
aeroporto.
Nesse momento o grande empresário dono de uma das
maiores empresas do ramo estava sendo conduzido à
delegacia para ficar detido em uma cela com outros
presos.
Como tem ensino superior, deveria receber uma cela
especial. Mas por azar de Arthur, o delegado de plantão
recentemente havia perdido um filho atropelado por um
bêbado que fugiu sem prestar socorro.Conseguiram
prender o culpado após o mesmo deixar mais duas
vítimas e parar somente quando um poste o deteve.
O delegado passou a odiar todos os bêbados que
apareciam em sua delegacia.
- Coloque o Doutor aqui em uma cela normal.
Arthur não tinha nem a coragem de reclamar.
Seu caso se resolveria rapidamente com o pagamento
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de uma fiança. Mas quem poderia chamar a essa hora?
No meio da confusão, perdeu o celular e o único
número que sabia de cor era o da esposa.
- Prefiro passar a noite com esses presos perigosos do
que com ela.
Recusou a ligação. De dia ligaria e apenas pediria o
telefone do seu advogado e pediria para ele tirá-lo dali.
Mas teria que enfrentar uma das mais duras noites de
sua vida.
Não podia chamar mais ninguém além do advogado,
não tinha amigos, sua mulher não era do tipo que
recebeu aprovação dos amigos, e ele há tempos havia
colocado ela em prioridade e se esqueceu das outras
pessoas.
O policial tirou suas algemas e o colocou cela adentro,
com mais doze presos.
A grade se fechou em sua frente. Estava confinado em
uma cela.
Tudo parecia terrível para o ainda bêbado Arthur. Mas
sua bebedeira não era tanta a ponto de fazê-lo não se
preocupar com a situação.
Por sua sorte, como era madrugada a maioria dos
detentos estavam dormindo, pelo menos não corria
perigo de sofrer qualquer tipo de abuso, seja físico ou
mental. Sentou-se em um canto afastado para tentar
dormir, o único lugar vazio era perto da latrina.
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Mas o cheiro era horrível, ele não conseguiria dormir
ali. Começou a pensar no que ele havia se tornado. Ao
mesmo tempo em que estava bêbado começava a
entender a sua situação.
Sua autoanálise foi interrompida por um rosto familiar.
Seu fiel companheiro que o seguia também estaria
preso?
Mas ele estava em uma cela muito pequena para uma
pessoa. De fato, era um pequeno quadrado, de bordas
vermelhas meio enferrujado, localizado acima do
bebedouro.Tinha marcas de pasta de dente e ferrugem.
Aquele
sujo quemaldito
todos osmendigo estava ali novamente, mais
outros presos.
Conforme juntava forças para confrontá-lo, começou a
achar alguns traços em sua fisionomia que parecia com
a sua:havia traços reconhecíveis naquele homem.
Por algum motivo, lembrava um pouco com o seu avô,
só que tinha a barba por fazer, olheiras e parecia que
tinha
devia tomado uma surra
estar a muitos dias daquelas,
sem tomartirando
banho.o fato de que
Pode reparar que também havia vomito e sangue na
roupa.
- Mas que mendigo sujo e nojento – pensou.
Por um momento sentiu peso na consciência, seu avô
nunca foi um homem sujo assim para ter sido
comparado.
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- Que cara nojento! A confusão de Arthur passou.
Estava sóbrio como não ficava há tempos.
Conseguiu entender toda a situação. Aquele homem
sujo na sua frente, era ninguém mais do que ele
mesmo.
- Meu reflexo!
- Eu sou nojento e digno de pena!
- Foi isso o que me tornei?
- Esse é o homem que minha mãe pôs no mundo? Que
meu pai morreu de tanto trabalhar para me dar uma
vida decente?
- A minha vida quase acabou por causa de uma
mulher?
- PATETICO!
Era isso que havia se tornado. A frustração reprimida
havia feito apenas uma vítima:ele mesmo.
A incapacidade de lidar com esse abalo emocional fez
apenas
crimes, uma pessoa de boba,
um renomado a vítimarespeitado
empresário, de seus próprios
em seu
meio havia se tornado o palhaço desse circo, a atração
principal.
Arthur começou a discursar com aquele reflexo
decrépito.
- Com vocês, Arthur o palhaço! Conhecido por sua
mulher como corno conformado!Palmas para ele! –
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Falava, sorria e batia palmas para si mesmo.
De uma vida estável estava ali agora em uma cela suja,
com uma forte dor de cabeça e com medo de receber
um “chamego” a mais de outro preso. Ele sentia
calafrios no cangote cada vez que alguém se mexia na
cela.
Arthur agora olhava fixamente aquele homem precário
e acabado que era ninguém mais do que ele mesmo.
O silencio foi quebrado pelo som da sua voz.
- Se Deus fizer algum milagre e me tirar daqui eu farei
um juramento àEle:Esse Arthur patético morre aqui e
agora!
- A imagem que levarei dele comigo é esse ser
abominável, atrás das grades, cabeludo, bêbado e
irresponsável, que pôs a própria vida e a de outros em
perigo!
Quanto mais pensava, mais se culpava e se enfurecia.
Sentia crescer uma raiva que vinha da frustração do seu
casamento. O pulso se fechoude raiva, sua respiração
começou a ficar mais forte. Seu coração bateu mais
forte, jorrando sangue em seus músculos.
Arthur encheu os pulmões e soltou um grito de raiva,
frustração, cerrou ainda mais os punhos. Suas veias
pulsavam em sua testa.
Com toda a força da sua alma ele incorporou o espírito
vingativo de todos os cornos do passado que perderam
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a vida por causa de uma mulher e socou com vontade
aquele espelho velho.
O espelho se espatifou, alguns pedaços de vidro lhe
ferirama carne. Arthur não sentia dor.
A satisfação
cérebro eranãoconseguia
que ele tão grande a sentir
adrenalina
a dor inundava seu
de um punho
quebrado.
Arthur ria de satisfação, eufórico, havia derrotado
aquele bonzinho, aquele ser terrível que havia se
tornado. A partir de agora tudo seria diferente, ele seria
feliz, podia sentir que a vida seria maravilhosa.
Fechou os oolhos
Pensar era para se
que estava concentrarmas
o matando, poragora
um instante.
todos os
seus pensamentos seriam em prol dele mesmo. De
transformar a sua vida em uma vida onde ele seria feliz.
Uma sensação de calor aconchegante tomava conta
dele. Por um momento ele não estava mais ali em uma
cela suja, estava na segurança da sua casa na infância,
estava embaixo do lençol térmico na casa dos pais,
totalmente protegido.
Sentia que seria feliz.
Ficou algum tempo perdido nos pensamentos, mas logo
voltou a si, ou melhor foi despertado desse lindo sonho
cor-de-rosa pela dor em seu punho.
Havia quebrado a mão ao socar o espelho e a parede.
Pedaços de vidro estavam presos a mão. Era uma dor
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insuportável, o sangue escorria pelo braço.
Apesar da imensa dor, sentiu-se agradecido.
- Antes um momento de dor do que uma vida de
angústia – falou para si mesmo.
Conformou-se com a dor.
Poderia ter sido pior, afinal saiu de um acidente sem
um arranhão e o preço para deixar de ser um otário
bonzinho foi um pulso quebrado.
Apesar da situação, ele estava sorrindo.
Virou-se para chamar o delegado e pedir atendimento
médico. Pelo menos iria para o hospital e acertaria a
fiança lá mesmo. Não precisaria voltar a essa cela.
Quando virou, viu que sua experiência ainda traria mais
marcas.
Infelizmente para Arthur, os outros presos não
gostaram de ser acordados aos gritos e ainda mais dele
ter quebrado o único espelho da cela.
Arthur
Arthur apanhou.Sua segunda surra da vida.
era socado e chutado.
Mas qual a graça de bater em alguém que não revida?
Os outros presos não prosseguiram por muito tempo.
Logo perderam o interesse.
Apenas o estuprador continuou, passou a mão no
cabelo de Arthur e disse:
- Como você é bonito meu rei.
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Deus realmente fez um milagre e tirou ele dali a tempo.
Quando o sangue de Arthur começou a escorrer pela
cela os outros presos chamaram o delegado.
- Leve esse bêbado daqui antes que vire a mulher de
alguém!
- Ele está sujando toda a cela de sangue!
Arthur foi levado ao hospital desacordado.
O paramédico que veio atendê-lo perguntou aos
policias:
- Ele realmente estava apanhando?
- Sim, por quê? Respondeu um dos policiais
-Veja:ele tomou uma surra e está com o punho
quebrado. Tenho certeza que esta inconsciente, mas
estranhamente parece estar sorrindo.
- Deve ser um masoquista, leve-o daqui! Exclamou o
policial.
Existem condições
bonzinho. que contribuem
As mulheres culpam para a morte de um
os cafajestes por
existirem, elas acreditam que cafajestes são
inescrupulosos e nasceram apenas para fazê-las de
bobas.
O cafajeste não as fazem de bobas: o cafajeste não faz
promessas e cada um de seus beijos não é um contrato
de compromisso. As mulheres se iludem sozinhas e
depois não aceitam o final.
Os homens bonzinhos são condicionados a essa situação
pelas próprias vítimas do seu lado cafajeste.
Os ingredientes que geram os cafajestes ironicamente
são introduzidos na relação pelas próprias mulheres, ou
pela consequência de suas ações e comportamento.
Amor negado:
Ninguém tem a obrigação de amar o outro só porque
esse quer ser amado. Mas algumas mulheres gostam de
brincar com os homens, os controlam com uma espécie
de feitiço. Dão corda para ter atenção: quando o homem
começa a escapar do seu feitiço elas lançam a corda e o
trazem para perto novamente.
Arthur
da descobriu
laranja dapara
que ficou piortrás,
maneira que ele
esquecida eraapodrecer.
para a metade
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A alma do cafajeste foi forjada no coração de um
relacionamento moribundo.
Mas não um simples relacionamento, mas sim um
término decepcionante e trágico em que o ex-bonzinho
percebeu todos os erros que cometeu e o quão tolo foi ao
entregar o seu coração para uma vadia fria e calculista.
Teve sua parcela de culpa, mas nenhuma desculpa
justifica a traição. Se não quer mais, pelo menos tenha a
decência de terminar.
O bonzinho morre e nasce o Cafajeste.
Sua convicção foi reforçada por uma lembrança do
tempo da faculdade
evolução. Conformeonde leu um
Darwin, artigo
tudo sobre
deve Darwin
evoluir, ea
e, por
final, o Cafajeste também evoluirá e se tornará o
Homem Dominante, O Alfa.
-Eu era o bonzinho, mas não mais!
- Minha parte boazinha e provedora morreu, então
agora irei novamente nascer, mas não como um bebê
que
umavem domadura
mente ventre da mãe, mas um cafajeste que vem de
e evoluída.
- Hoje nasce um Cafajeste.
Arthur sentia crescer uma determinação em si, estufou o
peito como um canário que começaria a cantar se
pudesse. Quando voltou a si, todos estavam o
observando.
Ele realmente deveria parar de ter esses surtos de ilusão
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em público.
Pagou a conta, agradeceu à Danilo que o atendeu. Cortar
o cabelo e se cuidar, foi uma injeção de ânimo que ele
precisava; sentia-se bem, muito bem.
Mas antesde
problema defrente:
qualquer
teriamudança,
que lidarprecisaria confrontar
com o elefante brancoo
que o esperava em casa.
Só após estar totalmente livre iria em busca de novas
experiências.
Ele decidiu caminhar um pouco pela Beira Mar. Ficou a
tarde toda na barbearia e já era noite. Caminhou por
alguns
até queminutos, viajando
deu se conta: nãoem seus próprios
poderia pensamentos
confrontar sua futura
ex-mulher no estado em que estava.
Estava um bagaço, com a mão quebrada e alguns
arranhões, sem contar o olho roxo. Naquela noite
caminhando na Beira Mar com certeza parecia um
lutador de MMA fracassado que havia levado um
nocaute na noite anterior.
- Sim senhor!
Seu medo agora não era de ter que ir embora, mas sim
de perdê-lo agora que finalmente havia descoberto a sua
real personalidade.
Percebeu que ele não era aquele fantasma que vivia na
frente da TV.
Arthur falou:
Percebendo
aos a mudança
prantos saiu da sala. no tom de voz do marido, Ana
- Meu Deus!
Ana estava voltando, mas não era bem a imagem que ele
esperava.
Um simples:
- Não
os recémcasarei mais!dizem).
separados (Isso deve ser a primeira coisa que
Arthur não queria passar pelo mesmo acontecimento
novamente. Mas não fugiria do sentimento caso o
mesmo surgisse em sua vida. Aproveitaria as chances de
ser feliz, já sabia recomeçar e faria isso quantas vezes
fossem necessárias.
Lembrou
iria trair edoenganar
texto que leu: nãoNão
ninguém. seriaseria
um canalha, não
preciso ferir
ninguém como ele foi ferido, isso não é nenhuma
vingança, é apenas um homem descobrindo como é bom
ser homem.
Iria dar às mulheres que cruzassem o seu caminho a
mesma coisa, nada mais e nada menos. Não garantiria
sentimento algum, mas retribuiria isso fazendo a
diferença na vida das mulheres que com ele se
relacionasse.
Marcaria a memória delas.
Refletindo, para ser bem-sucedido deveria seguir
alguma espécie de código ou regras.
As regras não seriam totalmente morais. Seriam as
regras imorais e egoístas do recém-nascido cafajeste.
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Como todo homem recém descornado, a principal coisa
a se pensar é aproveitar ao máximo a vida, sua primeira
regra seria:
Não ficar mais de um mês com a mesma mulher.
A fim
não se de evitar qualquer
envolveria mais dotipo
quede apego
trinta diassentimental,
com a mesmaele
mulher. Sempre sustentaria a história de que era um
empresário de passagem pela cidade. Também não daria
seu nome verdadeiro a ninguém.
Esse era um experimento social que visava apenas a
satisfação sexual de Arthur. Precisava aprender como
amar da maneira certa as mulheres para que ficassem
satisfeitas a ponto de nunca virem a trair.
- O que as mulheres realmente querem?
Sua aventura visava a resposta a essa única pergunta.
Queria descobrir o que os famosos filósofos descreviam
como o “Sagrado Feminino”. Que na sua interpretação
seria a consagração sexual entre o masculino e o
feminino,homem e mulher,ou seja,o prazer a dois.
O nascimento de um cafajeste não teve nada de divino
ou sagrado, muito pelo contrário, foi um feio e grotesco
aprendizado.
Muitas pessoas passam a vida sem ter que pagar o preço
para conhecer realmente as pessoas que as cercam; para
Arthur esse preço foi cobrado cedo, tão cedo que ele
tinha tempo de sobra para ter quantas experiências
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quisesse.
Sua primeira norma garantiria a liberdade e proteção
emocional. Não queria se apaixonar pela primeira
mulher. Se assim fizesse não aprenderia nada e jamais
entraria em um relacionamento enquanto houvesse nele
desejos secundários não preenchidos.
Seus olhos brilharam, sua primeira norma se encaixaria
perfeitamente em seu novo estilo de vida.
De início havia estipulado três meses. Mas três meses
seria muito tempo.
- Quanto tempo seria necessário para conquistar uma
mulher?
Após uma breve reflexão, de que anteriormente havia
levado anos e mesmo assim não havia conseguido
conquistar a própria mulher com quem dividia os
lençóis. Se tivesse a conquistado desde o início, não
teria sido traído.
- Não posso perder tanto tempo da minha vida para
perceber que não tem futuro uma relação.
- Um mês.
- Nada mais nada menos. Um mês deveser tempo
suficiente para conquistar uma mulher.
Muitos condenariam sua ideia de tirar um ano para
descansar e colocar a nova vida em ordem. Mas ele
havia dado duro durante toda a sua vida, nunca tirava
férias. Vivia sempre para trabalhar.
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Sua segunda regra não o agradava muito, não queria
virar um desocupado que apenas gasta o dinheiro que
tem. Iria tirar folga, mas ao mesmo tempo procuraria
fazer algum tipo de curso, aprender outros idiomas,
talvez até mesmo tirar licença de piloto, algo que
sempre quis.
Não vivo mais para trabalhar. Trabalho para viver.
Enquanto anotava em um bloco suas regras, deu-se
conta que a única coisa que havia mudado era sua
aparência. Sua rotina era academia, hotel, dormia até
tarde, ainda não tinha ido testar sua nova artilharia.
Estava planejando demais e fazendo de menos, já tinha
três meses que se separou, finalmente seu corpo estava
chegando perto do que ele sempre quis ter, e ele nem ao
menos flertou com nenhuma mulher.
Sexo não bate à porta.
- Obviamente para encontrar oportunidades preciso ir
onde elas estão.
Jamais prometa fidelidade se não irá cumprir.
Essas simples normas poderiam auxiliar Arthur a
aproveitar essa fase de sua vida, sem se importar com os
demais e ajudariam a proteger a si mesmo de cair
novamente em decepções amorosas.
Arthur não estava indo atrás de encontrar o amor de sua
vida, nunca esteve tão longe disso, em sua amargura,
repetia a si mesmo que já havia tido isso em sua vida,
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precisava ter o que nunca antes teve.
Ele estava indo atrás de vários troféus para a sua
coleção, nada mais do que isso. Ele não tinha alguém
para que o aconselhassede que essa não era bem a
resposta que ele buscava: perdeu o pai muito cedo e a
falta de figura paterna sempre teve um impacto negativo
na evolução da sua personalidade.
Para um filho homem não ter um pai presente para
aconselhá-lo, para ser o seu mentor e o seu melhor
amigo é uma tragédia que nunca será superada na vida.
Ele tinha um padrasto, mas não era a mesma coisa.
Arthur estremecia com a ideia. Sempre pensou que sair
e flertar seria imensamente fácil, sempre fora um
excelente argumentador e fez fortuna vendendo o seu
produto.
Mas quando o produto em questão era ele mesmo
acabou ficando perdido e criando uma pressão
desnecessária.
Tudo começou quando por fim, percebeu que seu
período de isolamento e auto aperfeiçoamento estavam
terminando.
Tratou os últimos meses como se estivesse em um retiro
espiritual, treinou a mente e fortaleceu o corpo, não
ingeriu álcool, cuidou da alimentação, até mesmo havia
esquecido o gosto de frituras e refrigerantes; levava a
sua nova condição com extrema dedicação.
Mas como todo atleta que treina, chega a hora de pôr a
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prova e mostrar os resultados do seu esforço.
Era uma noite qualquer. Ele escolheu a dedo um terno
feito sob medida para a ocasião; perfumou-se, coisa que
sempre levou como frescura e não deu a devida atenção.
Se algum
toda deseria
certeza seus alvo
antigos amigospois
de piadas, o vissem agora, mais
se preparou com
do que uma noiva para a ocasião.
Porém, estava longe demais da monogamia.
O local da morte do seu lado bonzinho, foi em uma cela
suja de uma delegacia qualquer, mas não poderia
renascer nesse lugar.
O local de morte e renascimento, o campo predestinado,
o local da batalha. Quando adentrou o lobby,
obviamente nenhum dos funcionários do
barreconheceria que esse Arthur era o mesmo que bebia
até tarde há alguns meses atrás. Ele não era mais aquele
“mendigo acabado”.
Arthur decidiu que estava na hora. Aquela mesma noite,
nem
desceriria muitoalguns
e trocar longe,olhares.
ali no lobby do seu hotel iria
Estava na hora da tentativa propriamente dita.
Estava bem arrumado quando desceu do seu quarto. Já
havia jantado e se dirigiu para o bar do hotel. O bar
estava cheio, como esperado de um movimentado hotel
de luxo.
Seu maior medo era que as pessoas recordassem mais
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do par de chifres que carregava quase como um amuleto
para todos os lugares.
Isso era uma ilusão: seus chifres eram apenas
metafóricos e não físicos.
Ali diante
lapidou de todos
e cuidou de estava um novo homem, alguém que
si mesmo.
Estava curioso para saber o que as mulheres achariam
desse novo homem.
Conforme chegou ao lobby a ansiedade ficou maior.
Nem a conversa com o mais difícil de seus clientes
trouxeram tantos calafrios em sua espinha como o
momento que antecede a investida.
Observou algumas mulheres, trocou olhares com outras.
Mas não sabia como deveria agir.
- Devo começar me apresentando?Pensava enquanto
observava o local.
- Veja essas mulheres: para elas é tão fácil, basta
empinarem a bunda e esperar.
Observou do outro lado do bar, uma mulher sendo
cortejada várias vezes.
Era uma loira, só conseguia vê-la de costas. E que
costas. Tinha as curvas perfeitas de uma atriz ou
modelo.
Arthur sempre foi olho grande e sempre escolhia as
coisas mais caras e mais belas. Tinha um gosto
requintado.
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Continuou observado ao longe enquanto decidia em que
lugar se sentaria. Por influência do destino, o casal que
estava ao lado da suposta loira estava se retirando dali.
Enquanto se aproximava ele reparou que havia um
banquinho na frente dela.
- Por que ela não sentou?Analisou mentalmente.
- Não, ela tem tanto orgulho desse corpo que precisa
exibi-lo.Aposto que se mata em uma academia, bem que
faz. Dá vontade de passar por ela e bater palmas. Mas
se fizer isso serei apenas mais um.
Arthur já havia se decidido, a vida toda fugiu de grandes
tensões,
com umaemulher
para começar essa sua nova etapa, deveria ser
nota dez.
Não se perdoaria se trocasse a esposa por alguém
inferior. A intenção é melhorar cada vez mais.
- Devo tentar uma aproximação mais cautelosa.
Dito isso, aproximou-se, parou exatamente ao lado dela.
Chamou o garçom. Reparou o nome do garçom.
- Benhur meu caro, traga-me um Jonnye Walker Blue
com gelo.
Sentou-se e pegou o celular.
- Por Deus! Estou do lado de uma mulher fenomenal e o
melhor que faço é pegar o celular e conferir minha
timeline?
Desesperou-se por um momento.
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- Mas se soltar o celular, o que eu devo fazer? Para
onde devo olhar? Respirar ou não?
- Eu passei perfume, meu nariz está sujo? Olhava no
visor do celular. O nervosismo e a ansiedade tomavam
conta do jovem Arthur.
Acabou convencendo a si mesmo que seria melhor só
observar por hoje, estava apenas se aquecendo, essa era
a primeira noite do resto da sua vida, não tem porque ele
se afobar.
Por fim guardou o celular. Tomou um longo gole do seu
drink, sentia o álcool queimar sua garganta, uma
sensação de ardência desceu pela sua traqueia e caiu
como uma bomba de lava quente em seu estomago.
Por um instante se arrependeu de ter pedido uísque,
tirando sua pequena fase como bêbado não era adepto da
arte.
Alguns instantes depois, tudo já era mais fácil, a bebida
já descia mais facilmente, até que ele começou a sentir
uma sensação de euforia e prazer. Demorou, mas o
efeito calmante do álcool fez com que suas inseguranças
fossem momentaneamente esquecidas.
Distraiu-se por um momento, agora relaxado arriscou
olhar para o lado, viu que a moça estava tomando o que
parecia ser o mesmo que ele. Teve a confirmação
quando o garçom trouxe mais uma dose para ela.
Por instinto e sem nada planejado as palavras lhe
escaparam da boca.
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- Com certeza esse é o melhor uísque que existe, não
acha?
O pavor tomou-lhe conta: a primeira coisa que falou
para uma mulher, após um longo período de casamento,
após uma trágica separação, após um retiro espiritual,
horas de dedicação, a primeira coisa que ele fala é sobre
bebida?
- Meu Deus... se meu pai me visse agora com toda
certeza voltaria a vida só para me dar um peteleco atrás
da orelha, pensava.
Sua aflição foi interrompida por uma inesperada
resposta.
- Sim, é o meu preferido. Meu pai costumava falar que
esse uísque tem o mágico poder de transformar qualquer
ocasião em uma ocasião especial.
Todos já ouviram o ditado, “dá a mão já quer o braço?”.
Esse ditado poderia descrever a situação em que Arthur
se encontrava. Só precisava de uma brecha e havia
conseguido.
- Só preciso de uma brecha para começar a conversar e
terminar na cama desse hotel.
Anteriormente ele havia planejado com todos os
detalhes, analisado de todas as formas. Não alugou um
apartamento justamente pela facilidade que teria de
trocar de hotel caso algum problema aparecesse pela
frente.
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Além de que não levaria uma mulher desconhecida para
o seu apartamento, nem ao menos queria acordar ao lado
de uma mulher que poderia não ter lhe agradado ou
poderia ter tanta vergonha do seu desempenho que sairia
correndo.
Então ele criou um personagem para a ocasião. Caio
Mendes seria pseudônimo: estaria ele a negócios na
cidade e hospedado no hotel, mesmo que terminasse a
noite sozinho pelo menos teria o conforto de sua
hidromassagem.
Virou-se completamente para a mulher; ela puxou a
cadeira e sentou.
Arthur percebeu isso como um sinal:
Ele já havia fisgado o peixe, estava na hora de recolher
o anzol e a isca.
- O sabor desse uísque é mais bem desfrutado se tiver
uma companhia agradável.Disse o ainda acanhado
Arthur.
- Pormulher,
sua que está tão feliz?
porque acha Você nunca
que terá umsoube satisfazer a
bom desempenho
com essa? Vai passar vergonha. Roupas finas e
confiança não fazem de você bom de cama.Ela é muita
areia para o seu caminhãozinho.
A porta se fechou e o elevador começou a subir. A
euforia fora substituída pela insegurança.
E o que
não aconteceu
sabia a seguir
que isso era erapossível
algo extraordinário, ele
de acontecer,
secretamente desejou que ela nunca mais tirasse a boca
dali.
- Por favor continue... Pensava enquanto seu corpo
estremecia com os toques daquela carnuda boca em seu
pênis.
Nunca
sabe antestempo
quanto havia durou
experimentado
o ato, mastamanho prazer.
com certeza nãoNão
foi
suficiente.
Quando se deu por conta, Amanda estava beijando-lhe a
boca novamente.
Inocentemente desejou que ela pelo menos tivesse
passado uma água na boca antes de voltar a beijá-lo,
mas estava desejando conhecer os segredos da satisfação
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sexual e não iria estragar tudo com nojinho bobo.
Percebeu Amanda diminuindo o ritmo; ele entendeu isso
como um sinal de que era hora dele se deliciarcom
aquele corpo e satisfazê-la. Virou-a para baixo.
Beijou-lhe
ganhou, as toda
beijava costas,
a suadevolvendo os até
coluna, descia arrepios
a regiãoque
da
fabulosa bunda, e voltava.
- Vou beijar tanto seu corpo até que ela implore para
ser penetrada,planejou.
Amanda se virou, ainda estava de lingerie; mas já havia
aberto seu sutiã o qual retirou com malicia.
Ele a agradeceu imensamente por revelar aqueles belos
seios a sua visão.
Tocou com sutileza, eram tão durinhos e ao mesmo
tempo tão macios. Beijou seus seios com vontade.
Amanda gemeu. Os gemidos o encorajavam a continuar.
Conforme beijava, Amanda o puxava mais forte pelos
cabelos.
Ele estava atento aos sinais, seus gemidos e gestos
mostravam como Amanda gostava de ser tocada.
Tinha uma linda barriga e uma cintura fininha. Ele
decidiu beijá-la até o limite da sua calcinha. Foi uma
vez, mordiscou a calcinha e voltou a subir. Amanda
gemia freneticamente.
Deu-lhe mais um demorado beijo na boca enquanto
roçava seu corpo ao dela, garantindo-se de que seu pênis
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encostava onde deveria.
Mais uma vez voltou aos seios e desceu;mas dessa vez,
quando beijou sua calcinha e foi novamente subir sua
cabeça, Amanda não deixou: segurou o pelos cabelos e
abaixou ainda mais sua cabeça, ele sabia onde ela queria
a sua boca.
Tinha suas dúvidas. Afinal acabara de conhecer essa
mulher. Ele não faria isso com qualquer uma isso é fato.
Não tinha certeza se queria mesmo fazer isso, mas
deveria, pelo time.
Seu pênis agradeceria mais tarde se pudesse.
Ao percebersubiu
levemente que ele
seuiria atendereleaosabia
quadril, seu pedido,
que elaAmanda
estava
dando seu consentimento para que ele retirasse sua
calcinha.
Nunca antes havia visto as partes femininas tão de perto,
nunca antes havia tido uma mulher desinibida e pronta
para se aventurar e descobrir a sexualidade. Suas
experiências vieram tarde, mas estava agradecido por ter
com essa linda mulher.
Por um momento novamente se preocupouem colocar a
boca em um lugar que não sabia onde esteve e quantos
frequentadores antes dele estiveram ali.
Amanda era cuidadosa, limpa. A vagina estava
totalmente depilada, era de um tom rosado, a parte ao
redor dos grandes lábios eram tão brancos e tão limpos
que ele não teve receio.
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Atirou-se com vontade, como se fosse uma criança a
experimentar sorvete pela primeira vez. Ele
instintivamente soube o que fazer.
Pelos gemidos de Amanda sabia que estava fazendo um
bom trabalho, a mulher estremeceu, ergueu seu belo
quadril para que ele pudesse ir ainda mais fundo antes
de cair novamente nos lençóis dando um longo e
delicioso gemido.
- O que aconteceu? Arthur se perguntou.
Olhou para Amanda enquanto limpava a baba de sua
boca; talvez tivesse colocado muita saliva durante o ato.
Amanda
cara estava com os olhos entreabertos, com uma
de realizada.
Ela estendeu os braços convidativos a ele.
- Vem me comer. Disse a maravilhosamente.
- Há quem passa a vida sem receber um convite tão
maravilhoso assim.Disse Arthur.
Tirou as calças, colocou a “capa de chuva” no seu
companheiro e se aproximou.
Iria retardar ao máximo o momento da penetração para
despertar o máximo prazer nela.
Subiu em cima dela, beijou-lhe os lábios fortemente.
Amanda também não tinha nojo de experimentar o sabor
da sexualidade.
Nãomáximo,
ao tinha a intenção
somente de penetrá-la
quando logo,
ela não iriasuportasse
mais provocá-laa
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penetraria.
Mas sentiu a mão dela tocar-lhe. Ela direcionou seu
pênis para dentro dela, sentiu o calor tomar conta do seu
membro.
Arthur teveuma
Finalmente a melhor
mulher orelação sexual como
fez entender da sua vida.
gosta de
ser tocada na cama.
Arthur movimentava-se lentamente. Não queria arriscar
nenhuma ejaculação precoce, quando estava próximo de
gozar entrava fundo e parava por alguns instantes
enquanto a presenteava com fortes beijos. Retomava o
movimento com cuidado e delicadeza.
Conforme movimentava se Amanda gemia mais e mais;
quando seus gemidos estavam tão altos que
provavelmente os vizinhos de quarto escutariam, ele
sentiu que também era a sua hora de se entregar ao
prazer.
Tiveram um longo orgasmo ao mesmo tempo. Ele
exausto desabou o corpo em cima do dela, ela lhe
abraçou forte e beijou-lhe o pescoço o apertando com as
pernas.
Os dois amantes estavam entrelaçados nos lençóis. Ele
não sabe quanto tempo durou a transa, mas sabe que foi
inesquecível.
Ele não seguiria o plano. Não iria embora no meio da
madruga. Não iria nem ao menos dormir. Queria ter
mais algumas rodadas, aproveitar ao máximo a noite.
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Tomaria um energético para afastar o sono.
Não tinha motivo para a noite acabar agora. Embora
estivesse cansado, sua masculinidade ansiava apenas por
uma coisa, todas as células de seu corpo ansiavam
apenas uma coisa.
Mais.
Serviu
caixa deduas doses de
bombons queuísque
havia com energético,
comprado e se abriu
sentouuma
na
poltrona para contemplar a vista, enquanto aguardava por
Amanda.
Olhava o movimento dos carros. Contemplou a lua que há
poucos meses iluminava um homem sozinho em um carro
sem saber como agir em frente ao motel onde sua mulher
estava com outro homem.
“- O mundo dá voltas. Não,o mundo não dá voltas,
somente nossas atitudes o fazem girar”.
Ela demorou mais do que o esperado. Quando saiu do
banheiro estava nua.
- Traga os aperitivos junto, preparei um banho para nós,
disse Amanda.
Arthur tomou a sua dose e abriu uma garrafa de
champagne. O sono já havia ido embora. Não era nenhum
efeito instantâneo do energético. Era a adrenalina
correndo nas veias.
Quando chegou ao banheiro já estava sendo esperado por
Amanda, submersa embaixo de uma densa camada de
espuma.
- Queria poder tirar uma foto sua e usar de papel de
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parede, falou Arthur.
Ele não tinha plena confiança em seu corpo para expor
sua nudez assim, mas não poderia recuar. Fez o melhor
que pode, esse era o pensamento que tinha ao conduzir
seu corpo para dentro da banheira.
Sentou em frente a ela. Os dois conversaram, beberam e
comeram.
Ele já havia se recuperado e estava pronto para outra.
Arthur trouxe uma camisinha no bolso do roupão e
colocou estrategicamente próximo a ele, caso as coisas
esquentassem novamente.
tocadas
conseguee despertar
as maravilhas que podem dar ao homem que
o seu desejo.
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Arthur acordou primeiro, era próximo do meio dia.
Amanda estava de costas para ele, seu medo de que tudo
fosse um sonho sumiu com a imagem daquela fabulosa
nudez.
Tomou um banho e pediu café na cama. Após um longo
discurso com o gerente do hotel sobre o horário do café,
conseguiu que servissem alguma coisa em sua suíte.
Preparou a mesa, não era o cafajeste que achava que iria
se tornar, que iria embora na madrugada. Ele era um
amante à moda antiga, preocupado e cuidadoso com a
mulher com quem estava não importando se era por uma
noite ou por uma vida.
Quando voltou ao quarto encontrou a cama vazia,
Amanda estava tomando um banho, aguardou sentado na
cama alguns minutos até que ela voltou.
-Bom dia. Disse ela.
- Você não tem compromissos para tratar?
Ele entendeu aquilo quase como uma dispensa.
- Me usou e agora tchau? Pensou Arthur.
- Não. Hoje não tenho nada planejado, iria apenas
conhecer um pouco a cidade, retrucou.
- Esplendido! Posso me juntar a vocêCaio?
Como quem agradece aos céus ele rapidamente aceitou.
Ela desceu ao seu quarto sem nem tocar no café. Ele até
pensou no tempo que perdeu para conseguir. Alimentou-
se, mas não demorou a começar a se arrumar.
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Ligou para Rubens. Passou instruções a Rubens para que
se referisse a ele como Caio.
Arrumou-se de maneira impecável como sempre. Amanda
já não estava tão formal, estava usando um jeans, camisa e
uma jaqueta. Ele tirou a gravata para dar um visual mais
despojado.
Tiveram uma maravilhosa tarde juntos.
De noite foram ao teatro, assistiram a uma peça e jantaram
em um fino restaurante. Não se desgrudavam por um
minuto.
O que iria começar como uma simples conquista
prolongou-se por apreensão
passava, mais sua uma semana. Quanto
tomava conta. mais o tempo
Não podia negar, acabou se apaixonando por ela. E como
poderia ser de outra maneira?
Uma mulher linda com gosto requintado e educada, com
quem teve uma forte afinidade. Teria algo de errado com
Arthur se ele não tivesse se apaixonado.
Mas antes mesmo que decidisse qualquer coisa, tinha
vários problemas a enfrentar.
Primeiro, Amanda iria embora no dia seguinte.
Segundo, mesmo se ela não fosse, não poderia continuar
mentindo quem era. Cada vez que saiam em público temia
ser reconhecido por alguém que o chamasse pelo nome
verdadeiro.
Era sua última noite com Amanda, havia planejado um
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passeio pela beira mar, sabia que o melhor da noite viria
no que seguiria ao jantar, mas essa era a única parte da
noite que ele não se preocupava se seria ou não
espetacular.
Queria fazer algo por ela. Mesmo que nunca mais a visse
queria deixar sua marca na memória.
Foi buscar Amanda em seu quarto. Bateu e ninguém
apareceu, voltou ao seu quarto e interfonou. Nada.
Foi até a recepção do hotel, para se informarse alguém
sabia onde estava Amanda, e o gerente lhe respondeu que
não havia ninguém chamada Amanda hospedada ali.
Ele olhou
queria saberpara a carta da
o conteúdo emcarta,
cimaassim
da escrivaninha. Não
poderia fantasiar
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diversas coisas.
Em sua imaginação já havia formulado diversos
cenários:Amanda estava arrependida de ter traído o
marido e foi embora o mais rápido que pode; ou Amanda
estava apaixonada por ele e foi embora pedir o divórcio;
ou ainda, Amanda era uma assombração de uma mulher
traída que aparecia de anos em anos para seduzir um
homem e roubar-lhe a alma.
A viagem mental de Arthur não tinha limites.
Sentia-se como um marinheiro que leu em um conto de
fadas na infância.
Na história
de uma o marinheiro havia sido enfeitiçado pelo canto
sirena.
Apaixonou-se, largando família e amigos ese entregoua
ela que o arrastou parao fundo do mar.
Arthur estava no fundo do oceano. Sentia a pressão da
água sobre os ombros.
Tudo isso foi somente para no final de tudo se
decepcionarmais uma vez e morrer na praia.
Amanda não teve nem mesmo a decência de o olhar nos
olhos e contar.
Exclamou com raiva.
- Jamais lerei essa carta.
- Ou talvez eu leia agora!
- Ou nunca!
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Confuso, no fundo não queria saber o que aconteceu.
- Ainda não sou forte e frio como queria ser, somente irei
ler essa carta quando tiver me tornado o homem que
sempre quis ser.
-seduzir
Deixei-me
e eu levar, ela usou
cedi devido a suafraqueza
a minha principalcomo
armahomem.
para me
- Por bem ou mal, não me arrependo.
- Prometi que nunca me arrependeria do que fizesse.
- Também não vou atrás dela, ela decidiu partir e não
olhou para trás.
- Eu ainda tenho uma vida para ter experiências como
essa.
- Amanda, a primeira mulher que tive de verdade e que
aprendi a satisfazer, partiu inesperadamente.
- Mas agradeço por ter te encontrado, as lembranças
serão minhas para sempre.
- Boa noite.
Se ela retribuísse e ele percebesse a chance,
investiria, se não deixaria parecer que apenas foi educado
com a mulher que chegou ao seu lado.
Em suas saídas, Arthur percebeu um fator que seria
importantíssimo e que garantiu o sucesso em suas
abordagens.
A maioria dos homens, ao chegar a um local,
vasculham-no com os olhos rapidamente e logo o que lhe
chama a atenção são as melhores mulheres. As mais
lindas, as que tivessem os melhores corpos. Como se
estivessem em uma exposição e só o belo o atrairia.
Arthur ao chegar a um local não olhava para a
bunda ou seios das mulheres. Olhava para os olhos. Não
iria escolher sempre a mais bela, mas sim perceberia as
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oportunidades.
Não estava apenas atrás de corpos perfeitos. Tinha
estipulado ter somente mulheres como Amanda, mas
logo se deu conta que dessa maneira só conheceria a
arrogância das mais belas.
Queria experiências e não tinha mais nada contra
traçar uma mulher interessante que não se encaixasse no
padrão de linda ou perfeita.
Mas também não era São Jorge e não enfrentaria
nenhum dragão.
Caso percebesse interesse, ele trocaria olhares,
daria
segundaumfase
pequeno sorriso e se retribuído partiria para a
da conquista.
A primeira fase é perceber o interesse. A segunda é
a abordagem certa. A terceira é testar os limites. Até
onde a mulher estaria disposta a ir com ele. A quarta e
última fase seria decidir se sairia na madrugada, ou
ficaria para um segundo tempo. Após a experiência com
Amanda, ele não ficava mais para um segundo tempo.
A mulher retribuiu seu cumprimento. Mas não
demonstrou nenhum outro tipo de interesse. Nem ao
menos uma brecha.
Arthur continuou tomando o seu drink, até que
reparou do outro lado do restaurante uma mulher, que,
com certeza não entraria para a lista das top dez da sua
vida, mas era bonita a sua maneira. Talvez alguns
minutos diários em cima de uma esteira não fariam mal
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nenhum a ela.
Arthur percebia que ela não estava nenhum pouco
preocupada em disfarçar o olhar.
Ele aproveitou que já havia fisgado o peixe, e deu
uma olhada seaoapresentava.
oportunidade redor para ver se alguma outra
Naquele dia o hotel não estava muito
movimentado. Por fim,Arthur pegou duas taças de
champagne e se encaminhou para a mesa.
Conforme se aproximava já percebeu a mudança de
postura da mulher. Agora estava com a postura
totalmente correta.
- A bela aceita um drink?
A moça deu um riso nervoso que mais pareceu um
miado de um gato desesperado.
- Sim.
Arthur sabia o protocolo social a seguir. Pergunte o
máximo sobre ela e fale o mínimo sobre você. Foi um
bom ouvinte por alguns minutos.
- Me chamo Caio, e você?
- Beatriz.
- Está na cidade a passeio Beatriz?
- Sim e você?
- Estou a negócios.
- Ficará até quando na cidade Caio?
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Arthur pensou por um momento.
- Ficarei até amanhã.
-Que pena, disse Beatriz.
-E você Beatriz?
-Ficarei dois dias.
- Ótimo! -pensou Arthur, no dia seguinte não
poderia sair do quarto.
Arthur resolveu arriscar.
- Então não podemos perder tempo. Gostaria de
me acompanhar até a minha suíte?
Estavam
frequentar nus. Beatriz
Mc Donald poderia
e substituir muito fritas
as batatas parar por
de
alface. Precisava perder uns quilinhos.
Arthur pensou, mas não se importou. A pegou
como se fosse perfeita e transaram na cama.
Beatriz subiu em cima de Arthur, era meio
desengonçada e conforme “galopava” suas mãos
pareciam um desengonçada.
mesmo muito boneco inflável de posto. A moça era
Beatriz pulou algumas vezes e já alegou ter
cansado. Arthur sugeriu que ela deitasse e deixasse tudo
com ele.
Arthur fez sem pressa, do jeito a agradar aquela
amante de bacon.
- Arthur posso te pedir duas coisas?
- Sim. Claro.
- A primeira, você poderia me dizer uma frase.
Arthur se arrependeu de ter concorda com as
respostas.
- Você poderia me dizer: eu não faço amor, eu
fodo.
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Arthur realmente não entendia o que se passava na
cabeça daquela sonhadora menina. Realmente ela achava
que eles se apaixonariam e viveriam felizes para sempre.
Arthur consentiu o desejo.
Elesemorava
suíte onde retirousilenciosamente
era exatamente aodolado.
quarto. Por sortea
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Tirou a roupa, assistiu um pouco do noticiário e
adormeceu.
Sonhou com Amanda. Mesmo que não pensasse
nela, não conseguia vencer os próprios sonhos.
AlmoçouNo nodiacentro
seguinte saiu cedo para
de conveniência ir ao curso.
da faculdade. Não
queria ir para o hotel e dar de cara com Beatriz.
Era por volta das quinze horas, sua aula de Francês
havia encerrado mais cedo e retornou ao centro de
conveniência. Pediu um café e ficou a observar. Abriu o
notebook e começou a escrever sobre o acontecido na
noite anterior.
Criou uma pasta “Meu livro” na área de trabalho e
escreveria todas as experiências ali para no futuro
organizar em uma história. Esperava que tivesse um final
feliz.
Enquanto escrevia, reparou em uma linda moça
que chegou. Aparentava ser bem jovem, obviamente era.
Tinha os cabelos castanhos e os olhos verdes. Era uma
beleza extravagante. Como a maioria das brasileiras,
tinha um belo corpo. Arthur somente reparou na moça e
continuou escrevendo.
Perto das 17h ligou para Carlos, gerente do hotel e
pediu se ele havia visto a sua convidada da noite anterior.
Por azar de Arthur, ela estava no lobby do hotel,
com algumas amigas.
vapor.Suas
Ao atividades
longo de umnoturnas também
mês ele estavam
já havia levadoa pleno
para
cama: a recepcionista da academia, duas educadoras
físicas e agora estava de olho na instrutora de pilates.
Por um momento ele temeu que esse
comportamento pudesse afetar o convívio, mas caso
algum problema surgisse, ele sempre poderia trocar de
academia.
Era extremamente fácil convidá-las para sair. Já
que é mais fácil puxar assunto com pessoas da própria
convivência.
Mais algumas semanas passaram, o encantamento
da sirena estava passando. O mais difícil foi ele baixar o
padrão estabelecido por Amanda.
Eleluto.
precoce havia superado a perda, o seu segundo e
Um mundo se abriu diante dele, um novo e
admirável mundo de possibilidades. Começou a reparar
que todo local que ia era uma conquista em potencial.
Uma livraria, loja, mercado, tudo depende de fazer a
abordagem correta. Não pode chegar em uma mulher que
está no mercado e convidá-la para jantar.
Nessa parte nos diferenciamos e muito das
mulheres, e isso é totalmente injusto.
Se você abordar uma mulher no mercado e propor
sexo, tem grandes chances de ela chamar a polícia. Mas
se uma mulher fizer isso com você, não precisa nem ser
muito bonita, você instantaneamente já responde com:
- Claro!
A melhor maneira de conseguir atrair
desconhecidas é se você fizer com que a iniciativa parta
dela. Faz-se isso despertando seus desejos primitivos ou
ganhando a sua confiança.
Também pode demonstrar certa educação e
cavalheirismo, mas sem deixar que notem as suas
intenções.
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A maior arma sexual da mulher não é o seu corpo,
não são os seus peitos nem nada físico.A principal arma
sexual da mulher é a capacidade que tem de seduzir você
somente mostrando-se presente. Isso acontece porque o
homem se excita com o que vê. A mulher pode ser uma
vigarista, uma vadia, mas se tiver os atributos certos é
capaz de fazer com que todos caiam na sua armadilha.
Também usam disso para controlar todos ao redor.
As traiçoeiras amorosas se mostram, dão confiança só
para provar a si mesmas que conseguem, que são
capazes. Você não pode vencê-las em seu próprio jogo de
manipulação. Você deve pensar o que você quer e o que
ela quer.
O que ela quer: Controlar você e provar que tem
poder para influenciá-lo, conseguindo obter qualquer
coisa de você. Bens materiais ou pura bajulação.
Quantas vezes você tem uma mulher top dando
atenção para você, sendo amigável e a conversa flui
facilmente e você se encanta? Mas quando tenta qualquer
aproximação maior, ela recua.
Ela é esguia, foge das investidas, não aceita
convites. Mas quando você está desistindo e se afastando,
ela novamente precisa provar que tem você: lança a
corda e o traz para perto novamente – e você fica nesse
ciclo vicioso sem fim.
O que você quer: Satisfazer o desejo.
Simplesmente isso. Não quer casar, inflar ego nem nada.
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Quer se satisfazer. Você pode fingir que está sob controle
até obter o que quer, mas não se deve pagar o preço dos
bonzinhos, se não cuidar, passará a esperar por chances, e
quando perceber já está sob o controle dela.
A mulher se excitacom o que ouve.
A maioria fica confuso com essa frase. Acha que a
mulher irá se entregar somente com juras de amor.
Longe disso. A mulher gosta de ser cortejada, mas
também gosta de ser tratada com educação. O que ela
ouve pode não ser nada de sentimental, mas pode mostrar
as qualidades que você tem, invisíveis aos olhos nus.
Mostre que você tem mais do que os olhos podem
ver.
Arthur sabia disso.
Era mais uma tarde normal na vida dele. Estava
lendo artigos de seduçãono café da faculdade e logo quis
tirar a prova.
“As mulheres se excitam com o que ouvem”.
Sentou em uma mesa, abriu o seu laptop e deixou
em aberto um artigo com o título: “Homens sensíveis”.
Nada mais era que uma isca, queria ver o que isso
poderia atrair.
Não deu certo.
Ele trocou o título do artigo: “Prazer a dois”
Não adiantava ele abrir o artigo se ninguém ver.
Era hora de lançar uma nova isca.
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As mulheres são atraídas pelo que ouvem.
- Devo fingir uma ligação?
- Devo ler algo em voz alta?
-Não. Isso só fará de mim um tolo, concluiu ele.
Levantou-se e foi até ao balcão. Pediu mais um
cappuccino e um pedaço de torta.
A atendente colocou a torta em cima do balcão
enquanto servia seu café.
Uma bela mulher se aproximoupara fazer o pedido.
Ele a reconheceu, era a mulher de dias atrás, que ele
havia visto.
Morena de olhos verdes. Ele ainda não tinha
experimentado esse prato.
- Quero um café expresso e um pedaço de torta,
pediu a moça com sua suave voz.
- Desculpe, era o último pedaço de torta. Gostaria
de alguma outra coisa? Respondeu-lhe a atendente.
A chance se apresentou a Arthur.
As mulheres se atraem com o que ouvem.
Dentre todas as maneiras de se aproximarde uma
mulher, uma gentileza geraria pontos cruciais na
conquista.
- Pode ficar com o meu. Prontamente disse Arthur.
- Não, imagina. Você chegou primeiro, disse-lhe a
mulher.
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- Eu insisto, ajude-me a reforçar o fato de que
ainda existe cavalheirismo no mundo,disse Arthur,
pegando seu café e saindo.
A isca havia sido lançada. A melhor coisa a fazer
em seguida seria partir sem nada dizer, apenas
demonstrando que o gesto foi legítimo e sem querer
ganhar nada em troca.
Ele sabia que ao menos a mulher iria agradecer
novamente antes de ir embora.
A tática do artigo aberto não deu em nada. Agora
era matar o tempo e ver se a mulher viria até ele antes de
ir embora.
Abriu uma página de notícias qualquer. Distraiu-se
por um momento.
Sua distração foi interrompida antes do imaginado.
- Pelo menos me deixe pagar o seu café,disse a
mulher enquanto puxava a cadeira.
- Posso me sentar?
- Claro, fique à vontade, disse Arthur enquanto
fechou a tampa do notebook.
Cada detalhe foi calculado.
Se mantivesse o computador ligado, demonstraria
duas coisas:
1. Não estaria interessado em dar atenção àrecém-
chegada.
2. Não tinha a mesma educação que demonstrou a
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pouco.
Ao fechar o computador, sem palavras deixou a
entender que a sua atenção estaria totalmente nela.
Mulheres adoram ser o centro das atenções. Quando está
falando com uma mulher, preste atenção nela.
- São poucos os homens que consideram a si
mesmo cavalheiros. Disse-lhe a recém-chegada.
- Concordo, mas não é isso que a maioria das
mulheres afirma?Que não existe mais homens que sabem
tratar as mulheres como devem ser tratadas?
- Eu faço o melhor para ser a exceção. Abrir mão
de um pedaço
mulher, de torta
é um preço baixopara ver o sorriso de uma bela
a pagar.
A mulher ficou com o rosto corado por um minuto.
- Qual seu nome?
- Sabrina, e o seu?
- Meu nome é Caio. Arthur decidiu não mais sair
do personagem, suas noites de lembranças e solidão
forjaram em si a convicção de não mais se entregar
totalmente.
Queria mais e mais experiências, uma noite não é o
suficiente para conhecer uma mulher. Amanda lhe
ensinouisso.
- O Que você faz Sabrina?
Era umnobom
experiência argumentador,
assunto mas atrapalhou
eo nervosismo não tinha muito
a sua
performance.
- Está bem. Respondeu-lhe Sabrina.
- Ótimo! Aonde iremos?Posso pedir ao meu
motorista que nos leve a qualquer lugar.
- Vamos ao zoológico, o que acha?
- Excelente escolha, disse Arthur.
- Zoológico? Pensou ele.
Em nenhum cenário ele via isso como uma boa
escolha. Era péssima, para não dizer terrível. Tinha algo
de errado com Sabrina para propor um local desses.
- Caio você é um doce! Claro que não iremos ao
zoológico,
Sabrina. estava brincando com você! Exclamou
- Podemos rodar um pouco pela cidade e caso
goste de algum lugar, descemos para ver.
- Tudo bem, só antes pedirei parao meu motorista
dar uma passada no meu hotel, pelo menos me deixe
trocar de sapatos.
Sabrina concordou.
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Arthur tinha uma desculpa para levá-la primeiro ao
hotel, se conseguisse seduzi-la não precisaria nem ao
menos sair para jantar.
As mulheres geralmente podem ficar inseguras
para aceitar um convite seu para subir ao quarto. E por
vergonha às vezes não aceitam. É preciso mascarar o
pedido com qualquer outra desculpa. A mulher sabe para
quê está subindo, mas é mais fácil para ela aceitar.
Na adolescência a desculpa geralmente é ver um
filme.
As duas partes sabem o que está acontecendo, mas
lidam melhor com a situação assim.
Chegaram até o hotel, Sabrina desceu junto com
ele. Nem precisou convidá-la.
Subiram até o quarto e ela ficou maravilhada com a
vista. Arthur, esperto como era, já ligou uma música e
criou um clima.
- Quer tomar alguma coisa para deixar a tarde
mais interessante? Disse ele.
- Podemos, o que sugere?
- Uma taça de vinho vai bem com o frio, não
concorda?
Abriu uma garrafa, serviu duas taças, e deu uma à
Sabrina.
Ela estava deslumbrada com o luxo da suíte de
Arthur.
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Mulheres são atraídas por homens poderosos. Isso
é inegável. E ele sabia usar isso a seu favor.
Sabrina tinha todos os atributos que a sua
juventude lhe oferecia. Estava vestida casualmente, afinal
para ela era somente mais uma tarde qualquer.
Para Arthur, uma tarde para a sua coleção.
Conforme interagia, ele mais recordava da sua
primeira noite com Amanda. Parece que o protocolo é
sempre o mesmo, mudam-se apenas os personagens.
Atraímos o alvo, deixamos confortável, despertamos o
desejo. Simples e repetitivas etapas.
A cidade
restaurante era bela
de Arthur. à noite,
Sabrina foramportar
sabiase a uma mesa,
conhecido
mas
tirando a maravilhosa tarde de sexo, não tinham mais
nada em comum. A conversa não fluía. Arthur tentava,
mas não faziam parte do mundo um do outro.
Por mais que aja química sexual, não se faz um
casal apenas com sexo. Ele tentou atender as vontades
dela, perguntava o máximo sobre ela, conversaram sobre
diversos assuntos, mas ao final dessa noite ele tinha
certeza de que ela seria apenas mais um número. E
duraria até o dia seguinte, nada mais.
Ele já havia pensado no assunto, sentiu-se um
crápula por apenas usar da mulher para seus próprios
desejos. Mas também não iria prometer nada sério
somente por consciência. Eram adultos e nada foi
prometido.
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Jantaram, pediram a conta e foram embora. Arthur
pediu para que o motorista desse algumas voltas pela
cidade.
Sabrina beijou o pescoço de Arthur como bem
sabia fazer. Subiu no seu colo e começaram a esquentar
os beijos.
Rubens abriu o teto solar traseiro. O clima ficou
ainda mais convidativo. As películas eram escuras a
ponto de proteger a intimidade dos dois.
Arthur colocou a camisinha, Sabrina estava
somente sem os sapatos. Puxou a calcinha da jovem para
o lado e a penetrou ali mesmo sem a menor vergonha e
pudor.
- Fantástico!- pensava ele. Jamais imaginou
fazendo isso. A vida é boa quando se é solteiro, isso é
inegável. Cada nova experiência traz satisfação e deixa o
desejo de querer mais.
Ela continuou por um tempo até que os amantes
estivessem satisfeitos. O motorista deixou os dois no
hotel.
Subiram ao quarto e dormiram, exaustos.
No dia seguinte, ela saiu cedo pois precisava ir à
aula da faculdade. Arthur também foi à sua aula. Perto do
meio dia retornou ao hotel e almoçou. Sabrina o chamou
no whatsapp. Ele não respondeu de imediato.
Sentiu-se
ali. Ela na obrigação
se recusou moral de
a ir embora. Paranãoevitar
deixarfiasco
a moçae
confusão subiram até o quarto de hotel.
Obviamente um erro. Arthur era homem, fraquejou
e teve uma recaída. Encorajou os sentimentos dela
apenas por uma noite de prazer.
Tudo que passou foi jogado fora, teria que começar
novamente. Mas por incrível que pareça, ela aceitou pôr
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fim no relacionamento.
No dia seguinte, Arthur fez seu check out. Para
evitar situações como essa teve que ir para outro hotel.
Não foi uma decisão fácil, estava lá há dois meses e meio
naquele hotel. Tantas lembranças e a esperança de um dia
descer para o lobby e encontrar Amanda era fatores que o
faziam querer ficar.
Mas precisava dar um basta e se mudou.
Ele sabia que foi errado, não era obrigado a se
apaixonare ficar na relação, mas se não estava feliz não
adiantava levar isso adiante.
Sabrina
um fato nãoVocê
da vida. era a as
primeira
vezes agosta
sofrerdepor amor,que
alguém issoseé
esquece de gostar de volta.
Arthur precisava de um novo plano se quisesse
apenas aventura. A partir de hoje, iria procurar frequentar
mais a bares e festas do que ambientes “familiares” ou
lobbys de hotéis, principalmente o seu hotel.
Na ocasião,
filho Karen
quando os doisestava
quase andando de bicicletapor
foram atropelados comumo
carro em alta velocidade. O filho de Karen havia caído e
batido a cabeça. Arthur prontamente chamou uma
ambulância e fez questão de ir com eles até o hospital.
Enquanto Lucas, filho de Karen, era atendido, eles
aguardavam na sala de espera do hospital.
- Você quer alguma coisa? Perguntou o prestativo
Arthur.
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- Não obrigada. Foi tudo tão rápido que nem pude
agradecê-lo.
- Meu nome é Karen.
- Prazer, Arthur.
Por um momento Arthur se esqueceu do seu
personagem, mas não tinha intenções de flertar com
Karen, por mais que ela fosse bonita e atraente. A situação
não inspirava nenhuma conquista.
- Você não precisa ficar esperando, não deve ser nada
grave. Tenho certeza que você tem coisas mais
importantes para fazer, disse Karen educadamente.
- Não sairei daqui enquanto não tiver notícias do Lucas.
Karen sorriu. Para agradar uma mãe basta tratar bem
seus filhos.
No final da consulta tudo não passou de um susto.
Arthur ligou para Rubens que os pegou no hospital e os
levoupara a casa de Karen.
- Fique para jantar conosco Arthur: é o mínimo que
podemos oferecer.
Arthur estava suado e com roupa de malhar.
- Não estou vestido para a ocasião.
- Você pode tomar um banho eu tenho algumas roupas
do meu ex-marido que você poderia colocar, se você não
se importar, é claro.
Arthur se importava. Mas aceitou o convite assim
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mesmo.
Tomou um banho. A casa de Karen era tudo que um
verdadeiro lar teria. Criança, brinquedos, a bagunça de
uma mãe solteira que tem que cuidar sozinha do filho.
- Deixe-me
pegava ajudá-la
uma faca com isso.
e começava Disse
a picar Arthur enquanto
os tomates.
- Uma visita não deve ajudar. Disse Karen brincando.
Lucas havia deitado no sofá e adormeceu.
Arthur estava sendo ele mesmo, estava vestindo uma
camisa do Vasco e uma calça de abrigo. Parecia um
paizão. Totalmente diferente da sua realidade atual.
Enquanto ria e conversava com Karen, pensou que o que
talvez tivesse faltado em seu casamento fosse um filho.
Sempre quis ser pai, mas o compromisso era sempre
adiado.
“- Um filho não mantém um casamento”. As palavras
surgiram em sua mente.
- Então Arthur. Conte-me a sua história.
Arthur falava sobre Arthur.
- Bom... disse e ficou em silencio.
- A verdade é que não tem muita coisa sobre mim.
- Como não?Você trabalha com o quê?
- Eu tenho uma empresa, mas tirei um ano de folga, e
esse ano já passou há um ano, mas sinto que andei meio
perdido ultimamente.
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Arthur desabafou.
- Eu era casado. Minha mulher me traiu e nos
separamos. Após isso eu tirei umas férias do trabalho
para encontrar o equilíbrio novamente. Comecei a
frequentar um curso de escrita, pois estou trabalhando em
um livro.
- Que legal!Interrompeu Karen. - Qual o nome do livro?
- Ainda não defini isso. Se quer mesmo saber eu ando
desperdiçando meus dias e noites. Estou sentindo um
vazio existencial.
- Mas como assim? Um homem tão bonito não pode
estar assim.
Karen envergonhou-se do que disse.
Arthur juntou os tomates e colocou na panela, ao virar-
se deu de frente com ela. Olhou em seus olhos. Via os
olhos de uma mulher feita.
- Desculpe, disse Arthur. E pôs se de lado.
- Está quase pronto Arthur. Você pode colocar a mesa?
Tudo que você precisa está nesse balcão.
Enquanto Arthur fazia a mesa, Karen acordava Lucas.
Ele acordou e foi ao banheiro se lavar. Era uma criança de
sete anos.
Quando Lucas saiu da sala. Arthur perguntou:
- Desculpe perguntar. Mas onde está o pai do Lucas?
- Longa história- disse Karen com um tom melancólico.
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- Resumindo. Ele tinha outra mulher e se mudoucom ela
para o Japão.
- Ele não se importa conosco, soube até que já tem outro
filho. Recebemos dele somente a pensão, nem ligou no
aniversário do Lucas.
- Faz tempo que estão separados?
- Desde que o Lucas tinha três anos. Não o vemos desde
então.
- Seus cheques chegam pelo correio, e isso é o mais
perto do pai que o Lucas fica.
Arthur sentiu pena do garoto; sabia como era crescer
sem um pai, não ter um herói.
Os três jantaram como se fossem uma família. Enquanto
tiravam a mesa Lucas foi desenhar no quarto.
Arthur ajudou Karen com a louça e os dois sentaram na
varanda de Karen para conversar e tomar uma taça de
vinho.
- E você trabalha com o que Karen?
- Sou pediatra. Trabalho no hospital.
Karen ralava muito para não deixar faltar nada parao
filho, fazia o papel de pai e mãe.
- Só tenho tempo para o meu filho, disse Karen.
Arthur não se ofendeu, não estava ali para uma
conquista. Estar com essa família hoje lhe trouxe uma paz
que ele não conhecia.
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- Está ficando tarde, melhor eu ir - disse Arthur.
Arthur chamou Rubens que não demorou a chegar.
Enquanto despedia-se de Karen. Lucas veio correndo e
deu um abraço nele. Trazia junto dele um desenho feito há
pouco.
O desenho tinha um sol, ele e a mãe juntos de bicicleta,
e um homem de tamanho desproporcionalao desenho,
com uma capa vermelha de super-herói.
- Esse sou eu a mamãe e você Arthur, disse o doce
menino.
Arthur sorriu. Deu um forte abraço em Karen e em
Lucas e partiu.
Chegou ao hotel e logo deitou.
- Foi uma boa mudança de ares. Pensou sozinho
enquanto adormecia.
No dia seguinte Arthur retomou a vida rotineira.
Escrevia, malhava e saia a noite.
Passaram-se
Karen algumas
e Lucas em semanasLevou
um domingo. e Arthur
umadecidiu
bicicletavisitar
nova
para o menino.
Estava se aproximando da frente da casa quando Lucas o
reconheceu e saiu correndo em sua direção e gritando.
- Mãe. Mãe. O Arthur veio nos visitar.
Arthur soltou a bicicleta e recebeu Lucas com um forte
abraço.
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Karen apareceu na porta sorrindo.
- Porque não vai pegar seu capacete para testar seu
novo presente? Disse Karen.
Lucas saiu em disparada e Arthur se aproximoupara
cumprimentá-la.
Karen o abraçou com força e o beijou.
- Não parei de pensar em você- disse ela amorosamente.
Arthur retribuiu o beijo e deu um forte abraço.
Lucas voltou com o capacete. Arthur e Karen foram com
ele caminhar pela Beira Mar.
- Fique somente onde podemos enxergá-lo. Gritou para
o acelerado Lucas.
Karen segurava a mão de Arthur fortemente. Arthur
estava feliz. Uma estranha felicidade tomava conta dele.
Pôs-se de frente a ela.
- Então Dra Karen. Acha que pode me beijar sem nem
ao menos me levar para jantar?
Karen sorriu.
- Eu esperava que você fizesse esse convite, retrucou
Karen.
- Eu pensarei em algo, disse Arthur.
E caminharam enquanto Lucas andava de bicicleta pela
orla.
Era noite
tomar banhoquando voltaram
e os dois à casa para
aproveitaram de Karen.
saciar aLucas
fome foi
de
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beijos que estavam.
Arthur estava definitivamente envolvido, estava atraído.
Arthur não a trataria como uma conquista qualquer. Não
a levaria para jantar, não a levaria ao seu hotel. Acima de
tudo ela era uma mãe.
- Acho que já sei como retribuir. Ao invés de nós dois
sairmos jantar, porque não vamos à praia no sábado. Já
está quente o suficiente. Assim Lucas pode nos
acompanhar e acho que é algo que ambos precisamos.
- Acho ótimo, disse Karen.
A véspera da viagem à praia chegou e Arthur estava
jantando com eles nasextaà noite. Karen havia tomado
umas cervejas a mais e Lucas já estava dormindo.
Karen o beijava apaixonadamente.
- Sabe Arthur... acho que seria mais fácil, se você
dormisse aqui, não acha? Digo, afinal, sairemos amanhã
bem cedo.
Arthur sorriu.
- Não posso Karen. Ainda não. Devo respeitar o seu
filho.
Karen concordou. Ficaram juntos assistindo um filme
até uma da manhã. Karen adormeceu no sofá e Arthur a
levou para cama.
Ele arrumou a sala e saiu fechando a porta da frente e
-Karen
Prazerinterrompeu
em conhecê-loSr
seu paiJoão.
antes que o convidasse para
jantar.
- Comporte-se Lucas. Arthur e eu vamos jantar e
amanhã viremos buscá-lo.
Disse isso e deu um beijo no pai, os dois retiraram-se
dali.
A viagem até a casa de Karen foi silenciosa.
Quando chegaram ela abriu o portão com o controle e
Arthur guardou o carro na garagem junto com o dela.
Entraram e Karen disse que iria tomar um banho.
- Pode ir que eu descarrego tudo, disse Arthur.
Demorou em esvaziar o carro e Karen demorou-se no
banho.
Quando entrou na casa foi até a cozinha, abriu a
geladeira e abriu uma cerveja. Não havia bebido nada
durante o passeio, pois estava dirigindo.
Arthur sentou no sofá, mal teve tempo de ligar a TV e
Karen surgiu vestindo um roupão.
- Você vai tomar um banho querido?
- Sim já estou indo.
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- Deixei uma toalha para você em cima da cama.
Arthur foi até o quarto de Karen, pegou a toalha e entrou
debaixo do chuveiro.
- Nada como um banho quente após um dia cansativo.
Ele tomou um banho demorado.
O que estaria ele fazendo ali no meio daquela família?
Um conquistador que não queria se envolver, seria por
carência que estava vivenciando isso, ou realmente sentia
algo por Karen?
Arthur desligou o chuveiro. Ao sair do quarto esperava
encontrar Karen esperando já na cama. Ambos sabiam o
que aconteceria naquela noite.
Desceu as escadas e Karen estava usando uma camisola
transparente. Ela havia colocado uma música suave tocar
e abria uma garrafa de vinho.
O dia foi ensolarado, mas quando estavam voltando ele
já havia percebido algumas nuvens se acumularemno céu.
A bateria
pelo do notebook
menos uma estava
trilha sonora cheia, a ponto de terem
ainda.
Arthur acendeu algumas velas, os dois deitaram no
tapete da sala.
A chuva castigava Florianópolisnaquela noite. Arthur e
Karen tiveram a sua primeira noite de amor ao som da
chuva e à luz de velas.
Arthur pela primeira vez percebeu que estaria fazendo
amor e não transando.
Uma transa é algo feito somente para aplacar o desejo
momentâneo. Fazer amor é entregar-se por inteiro.
Achava que havia tido isso com Amanda, mas já fazia
tanto tempo que ele havia esquecido.
A noite foi só deles. Amaram-se mais de uma vez. Karen
adormeceu em seus braços. Ele buscou uma coberta no
quarto e pegou as almofadas do sofá. Dormiram ali
mesmo enquanto uma forte tempestade assolava a cidade.
Alguns dias passaram, e o que eram dias viraram
semanas. Arthur passava seus dias escrevendo, malhando
e algumas noites ia até Karen.
Estava perto de quebrar a sua regra de um mês. Mas
talvez criou essas regras somente para se manterlivre até
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encontrar uma mulher como ela.
A regra de um mês foi facilmente esquecida. Arthur
estava namorando com Karen hátrês meses. Seu
aniversário de trinta anos estava próximo. Arthur também
sentia que estava finalizando seu livro, logo também
voltaria para a empresa.
Não via o menor problema no fato de Karen já ter um
filho, gostava mesmo daquela criança, e aquela criança
gostava ainda mais dele.
Os dias vazios de Arthur foram preenchidos por uma
família que foi abandonada por outro homem.
O queArthur
outros. uns deixam para trásé
aproveitou muitoexatamente
a sua fase,otodas
que falta para
as fases,
já fazia quase dois anos e pouco que havia se separado.
Arthur foi verdadeiro com ela e ela o aceitou. Claro que
ele não revelou sua fase de cafajeste.
Tudo ia bem.
Arthur chegou do seu curso de Francês. Arrumou-se,
levaria Karen para jantar em um restaurante e após isso
dormiriam juntos no seu hotel.
Desceu e foi até o lobby, pediu um drink. Enquanto
levava o copo até a sua boca, uma visão o fez derrubar seu
uísque.
O atendente do bar prontamente limpou tudo, mas
Arthur estava congelado.
A sua frente estava uma mulher loira, bem vestida,
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estava em pé frente ao bar falando com o barman.
Arthur sentia o coração bater fortemente. Seria possível
Amanda aparecer para desestabilizá-lo agora?
Estava sem reação. O barman trouxe outra dose de
uísque. Arthur
permanecia virou lugar.
no mesmo a dose e pediu outra enquanto
Seu coração batia acelerado. Estava feliz com Karen,
deveria virar-se e ir embora. Mas... Mas era ela.
Arthur virou mais uma dose de uísque. E seu corpo
começou a se movimentar.
Andou em direção ao bar. A moça estava tomando uma
taça de champagne. Colocou a mão em seu ombro e disse:
- Boa noite.
Todos vivem um momento na vida, onde o tempo parece
congelar. Para Arthur esse era o momento.
A mulher se virou. Arthur reconheceu aquela cor dos
olhos. Mas tirando a cor dos olhos nada mais tinha de
Amanda.
- Desculpe, disse ele.
- Achei que fosse outra pessoa.
A mulher o olhou de cima a baixo e respondeu.
- Mesmo? Que pena. E sorriu.
Arthur parou ao lado dela, pediu mais uma dose de
uísque e virou. Pediu mais uma.
- Nossa! Vocêestá passando por alguma coisa hoje?
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Ninguém que esteja bem bebe desse jeito.
- É. Por um momento achei... Nem sei bem o que achei.
E virou mais uma dose.
Arthur tomou muitas doses nessa noite e mulher ao seu
lado o encorajava. Ficou bêbado como não ficava desde
que havia sido traído.
Aos poucos os já esquecidos flashes voltaram a ele. Mas
dessa vez as imagens que geralmente via de um mendigo
foram substituídas por uma mulher loira nua, em cima
dele.
Arthur acordou com o som de batidas na sua porta.
Estava confuso e tonto.
- Só um minuto!
Estava ele no seu quarto de hotel.
Caminhou até a porta e abriu.
Era Karen.
- Arthur o que houve, aconteceu alguma coisa? Porque
você está nu?
Arthur enfim voltou a si.
- Hã? Não sei bem o que aconteceu.
Karen começou a chorar.
- O que foi Karen?
- O que foi seu cretino? O que foi?- Você pode me
explicar
cama? quem é aquela mulher nua em cima da sua
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Arthur não se virou.
Fechou os olhos e o apertou desejando que isso tudo não
fosse mais uma de suas ilusões.
Já sabia o que havia feito. Karen chorava sem parar.
Arthur colocou um roupão.
- Desculpe Melissa, é Melissa não é?
É sim. Disse a jovem enquanto se vestia.
- Desculpe a tratar assim, mas será que você poderia
nos deixar a sós.
- Claro! Só vou juntar minhas coisas.
Karen chorava.
Arthur não sabia o que dizer.
Melissa parou em frente a ele.
- O que foi Melissa? Já disse, desculpa, mas poderia nos
deixar a sós?
- Sim, posso! Mas antes você tem que me pagar.
Concluiu Melissa.
Sua história
acabou começouumquando
por tornar-se decidiu ser um cafajeste, mas
canalha.
Os dias seguintes, Arthur tentou ligar para Karen. Ela não o
atendia.
Mandou uma mensagem para ela:
- Pelo menos me deixe falar com o Lucas!
Karen dessa vez respondeu a mensagem.
- Você nunca mais verá o meu filho!
Arthur havia se apegado ao menino. Sentia-se como um pai
para o garoto. Entrou na vida daquela já ferida família, apenas
para deixá-los ainda mais traumatizados.
Os dias passaram. Seu aniversário de trinta anos estava se
aproximando. Ele e Karen estavam planejando uma viagem à
Paris. Já das
resultado haviam comprado
aulas de as Arthur.
Francês de passagens. Iriam testar o
Planos jogados fora pela fraqueza do homem:
Ceder aos desejos e não medir as consequências.
Sabia que ele era o único culpado por isso. E seus problemas
estariam apenas começando.
Acabou indo viajar sozinho, passou uma semana em Paris.
Comemorou sozinho seu aniversário de trinta anos.
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Voltou ao Brasil. Com o passar dos dias, ele se conformou.
Karen jamais o perdoaria por isso. Mas daria um tempo para
que ela reconsiderasse a amizade dele com Lucas. Afinal, a
criança não deveria sofrer por causa do seu erro.
- O que está feito está feito.
Lamentar-se será em vão. Fui traído e acabei traindo.
A traição, além de um ato covarde, é uma enorme falta de
respeito.
Traiu por conta da falta de equilíbrio que faltava em sua vida.
Não queria olhar para si mesmo no espelho.
Suas noites voltaram a ser de bebedeira. Até o dia em que se
deu conta disso, a tempo de reverter a situação.
- Vejo apenas um playboy no meu reflexo.
- Não tenho ido trabalhar hádois anos, estou só consumindo,
minha empresa está nas mãos de terceiros.
- Durmo até o meio dia, a tarde vou para academia e à noite
saio atrás de mulher. Eu comecei tudo isso querendo
experiência, mas estou jogando fora minhas conquistas.
- Preciso viver sobre meus próprios princípios morais.
- Não posso continuar desse jeito.
A primeira mudança que Arthur deveria tomar era sair do
hotel e encontrar um apartamento próprio. Não precisava se
tornar um monge, afinal, mulher é bom demais para abrir mão
completamente. Mas deveria priorizar os objetivos na sua
ida.
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Manter o que conquistou era o crucial e a prioridade absoluta
no momento!
- O primeiro princípio moral a qual devo me apegar é:
Não viver para correr atrás de mulher!
Mas
para ele não queria
sobreviver sobreviver,
com o básico eeleaposentar-se
não começou aosuma empresa
trinta anos.
Era uma pessoa extremamente talentosa para exigir tão pouco
de si.
Nas mãos de terceiros, sua empresa prosperava enquanto não
havia dificuldades, mas ao sinal do primeiro obstáculo
percebeu a fraca estrutura que havia formado. Arthur havia se
iciado em conquistas e esqueceu que o valor de um homem
também é definido pelo seu comprometimento com o
trabalho.
O trabalho traz a dignidade ao homem. Não soube pesar a
balança, não conseguiu obter pleno equilíbrio entre as partes
distintas da sua vida. Quando priorizou o trabalho, afundou-se
até que sua vida profissional e suas obrigações engolissem
sua vida pessoal.
Não vivo para trabalhar, trabalho para viver.
Seguindo essa nova diretriz, ele se deixoulevar: só buscava
pelos prazeres e lazer. Havia esquecido o tipo de homem que
era. Precisava voltar e encarar suas obrigações, não precisava
abdicar da vida pessoal: poderia harmoniosamente viver bem
e continuar crescendo como empresário.
Sua diretriz era falha, como outras que havia criado em sua
infantilidade inicial, a resposta para sua nova regra era algo
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que ele não conseguia enxergar na prosperidade. Algumas
crises são fundamentais pois nos acordam para as coisas boas
que temos em nossa vida.
Sou o tipo de homem que persegue um ideal, traço
planos e alcanço
e proteger meussuor
o que com objetivos. Luto para evoluir
conquistei.
Nunca teve nada de graça na vida, não poderia entregar de
bandeja todo seu esforço. Era hora de voltar a levar a vida
mais à sério. Estava se perdendo na vida noturna, seu segundo
princípio moral deveria lembrá-lo disso.
Foram necessárias muitas semanas de trabalho árduo para
reverter um ano de
irresponsabilidade mausmarcado
ficaria resultados. O preço
na sua históriadecomo
sua
empresário.
Sua empresa havia diminuído 50% de tamanho graças a má
gestão de pessoas menos capazes.
Ele nunca mais deixaria seu legado na mão de terceiros. Mas
também havia aprendido a não ser escravo das obrigações.
Um novo Arthur nasceu.
A rotina por mais chata que aparente ser, faz parte da vida do
homem.Levantava cedo e ia trabalhar. No horário de almoço
aproveitava e ia para a academia, voltava e trabalhava até as
18h. No inícionão mais saía: trabalhava no seu livro. Somente
após perceber que sair não o atrapalharia ele voltou a fazer.
Saía só para um drink ou outro. Mas consequentemente suas
saídas limitaram-se aos finais de semana.
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Durante a semana concentrava-se no trabalho.
Conseguiu amenizar a situação com Karen, e a mesma
permitiu que ele e Lucas fossem amigos. Já era de costume
ele e Lucas fazerem alguma coisa juntos nos finais de
semana. Karen com o tempo foi permitindo até o ponto de
Lucas passar os finais de semana com ele.
Isso era bom para Karen também, após meses da separação
dos dois, ela estava namorando outra vez. Com um colega de
trabalho que há tempos era apaixonado por ela, em quatro
meses ele a pediu em casamento e ela aceitou.
Mas para Lucas que não conheceu o pai, ninguém poderia
substituir Arthur. E Arthur também não permitiria, pois, o
menino não era seu sangue, mas considerava o mesmo seu
filho.
Um filho é quem entra em nosso coração e não deixamos
mais sair. O laço de sangue gera parentes, mas somente o
amor faz uma família.
Arthur não faliu. Com muito esforço conseguiu se adaptar ao
novo cenário. O importante era que estava à frente da sua
empresa novamente.
Foi preciso uma crise para que ele pudesse entender de vez
quais os princípios morais que deveria seguir:
1. Não viva para correr atrás de mulher.
2. Sou o tipo de homem que persegue um ideal, traço
metas e cumpro meus objetivos.
3. Vivo por mim e venço por mim mesmo.
4. Sou fiel aos meus princípios e não mudo não importa
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a situação.
5. Se eu prometer fidelidade, eu vou cumprir. Porque é isso
que os homens fazem!
Há
nãoanos nãoàvia
voltava a própria
antiga família.
casa dos pais Esteve tãotempo,
há muito ocupado que
tempo
demais de fato. Esqueceu totalmente as suas próprias
raízes.
Fechou a mala.Rubens chegou para levá-lo nessa viagem.
Estava na hora de fazer uma pequena visita ao passado.
A viagem era longa. Arthur e Rubens tinham uma relação
de empregado e patrão, mas não se tratavam como tal.
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Rubens era um amigo além de motorista e mordomo.
- Sabe Rubens. Quando sai da casa dos meus pais, nunca
imaginava que a minha vida daria tantas voltas.
- Com todo respeito Arthur. Eu levei você para cima e
para baixoentraram
mulheres durante eanos, tenho
saíram do certeza que mais de
seu carro.Como cem
homem
não sei se lhe dou os parabéns ou o levo fazer um exame
de sangue.
- A aventura foi fantástica, mas o senhor sabia que não
seria para sempre. Em algum momento o senhor se
perdeu – continuou.
-Mas Karen.Você
com eu nunca o vi foi tão
umfeliz comoporquando
otário você estava
ter perdido essa
mulher – advertiu à Arthur.
- Talvez voltar às srcens seja justamente o que o senhor
precisa.
Arthur concordou.
A viagem se prolongoupor algumas horas.
Sua cidade natal era pequena, sua família menor ainda.
Não tinha avós vivos mais, somente uma mãe que há
tempos já havia casado novamente e construído uma nova
vida.
Nunca se preocupou com ela, pois seu padrasto era um
homem firme, mas com um coração imensamente
generoso. A melhor coisa que a mãe fez na vida foi ter
casado com ele.
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- Para ele foi duro criar o filho de outro homem, pensava
Arthur. Sempre foi criado à pulso firme, mas nunca viu o
padrasto maltratar sua mãe.
Quando foi embora, jamais olhou para trás. Abandonar as
raízes é um duro fardo a ser carregado, mas logo você
mesmo acaba se adaptando à nova fase.
Em frente à casa onde fora criado sentiu a nostalgia bater
em seu peito. A casa era a mesma, tirando alguns
consertos novos, uma varanda lateral que não existia da
última vez que esteve ali – tudo parecia o mesmo.
A cidade parecia esquecida no tempo, a maioria dos
jovens ia para a capital tentar a vida, a população era
praticamente de pessoas idosas.
Imediatamente teve a plena certeza que partir foi a decisão
certa a ter sido tomada.
Tocou a campainha, uma, duas vezes. Quando foi tocar a
terceira ouviu passos se aproximaremda porta.
A cidade era a mesma, as ruas eram as mesmas, até
mesmo
mas ele sua casaimaginou
jamais era a mesma que ele
que quem esperava
abriria encontrar,
a porta, seria a
sua ex-mulher, Ana.
- Arthur!
- Desculpe, eu não planejava estar aqui quando você
chegasse, estou na cidade visitando meus pais e resolvi
passar por aqui dar um oi.
Mal terminou de falar e sombras vieram por trás dela.
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- Meu filho! Que saudade! Interrompeu a mãe de Arthur.
Aconchegou-se naquele abraço apertado, realmente
amava a mãe e por instantes se sentiumal com o fato de
não a visitar com frequência.
-- Vejo
Ana, que
fiqueospara
doisaacabaram se encontrando.
festa de Arthur, onde houve amor pode
haver amizade não concordam? Completou a mãe dele.
A vontade dele era de mandar Ana para o quinto dos
infernos, mas não queria fazer cena, não com a mãe dele
ali. Quando tivesse um tempo sozinho com Ana pediria
gentilmente para que ela fosse embora.
Arthur esperava uma pequena comemoração, mas sua
família planejava algo maior, seu cunhado havia cedido o
salão de festas da empresa, e a festa que seria para poucas
pessoas acabou virando a atração da cidade.
- Não é todo dia que se faz trinta anos, disse a mãe de
Arthur enquanto colocava uma forma no forno.
- Na realidade, mãe, são trinta e um.
- Sério? Também com um filho desnaturado desses é
compreensível eu cometer um equívoco.
- Mas então estamos um ano atrasado. Queria que seus
trinta anos fossem especiais.
Arthur se lembrou de como foi seu aniversário de trinta
anos. E como deveria ter sido. Ele e Karen haviam
programado uma viagem à Paris. Mas jogou tudo fora e o
mais perto de uma celebração que teve foi quando comeu
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um cupcake próximo a Torre Eiffel. Arthur acabou indo
viajar, pois não conseguiu trocar a passagem.
Sua tia veio também e seus primos. Julio também chamou
a filha dele.
-desse
A vida nãoespecial.
um dia foi muito boa com você, queremos fazer
Sua mãe sabia da sua separação, em sua mente ela achava
que Ana havia deixado Arthur e que o filho estivesse
sofrendo imensamente.
A casa era grande, mas não tão grande que fizesse com
que ele não esbarrasse em Ana de tempos em tempos. Ela
aceitou
ajudar a omãe
convite de ficar
dele com para a festa, e ficaria ali para
os doces.
Se tem uma coisa que Ana sempre teve foi a mão cheia na
cozinha.
A noite caiu, após um jantar com todos, juntou-se a seu
padrasto para degustar um vinho na recém descoberta
varanda.
- Diga-me filho - o padrasto o chamava de filho. Arthur
nunca retribuiu o gesto o chamando de pai.
- Qual a dificuldade em deixar que nós participemos mais
de sua vida? Não tem um dia que a sua mãe não fale em
você e mesmo assim você não liga.Não vem aos feriados,
não estaremos aqui para sempre, você sabe. Falou Julio,
padrasto de Arthur.
Arthur deu um longo suspiro, seu final de semana não
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estava sendo como planejou, além de encontrar a ex
mulher ainda tevede ouvir sermão.
Mas ele nutria em profundo respeito por aquele homem
que o criara como um filho, embora ele sempre sentisse a
falta do pai verdadeiro.
- Sei que se falar que a minha vida está corrida, não seria
uma desculpa aceitável. Digamos que estive meio perdido
nos últimos anos, com a separação e tudo mais que
aconteceu. Mas sei que um homem de verdade se dedica à
família. Buscarei me esforçar mais para fazer parte desta.
Seu padrasto deu uma forte gargalhada.
- Entendo. tão
resolvemos Marta
fácil ficará
assim, desapontada ao saber
ela pediu diversas vezes que
que
eu fosse duro com você. Caso ela pergunte diga que eu
fui.
Arthur sorriu enquanto enchia sua taça.
- Mas e falando agora Arthur, o que houve com o seu
casamento?
Por um breve momento, teve vontade de erguer a voz e
contar tudo, para que todos vissem Ana como ela
realmente era, e não essa santa devota a ajudar que estava
se mostrando.
- Ana e eu não éramos felizes. Apenas isso.
Teve uma atitude madura, mesmo sua ex errando, não
falaria mal dela, nunca. Tiveram uma história juntos, foi
bom por um tempo, foi decepcionante em outro momento,
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mas não pode apagar as marcas.
Além do mais, ele andava se sentindomeio solitário nos
últimos dias, diversas vezes pensou em Ana e em como
estaria, mas jamais iria procurá-la.
Arthur
da cama.havia bebido
A fim pouco eosno
de assimilar dia seguinte pulou
acontecimentos cedo
recentes.
Em um final de semana suas primeiras mulheres estavam
de volta a sua vida.
Por mais cafajeste que havia se tornado, não deixava de
pensar que a vida poderia estar retribuindo sua história
com um final feliz. Assim como filmes e livros que as
pessoas utilizamestava
eternos existem, para iludir a si vivendo
ele enfim mesmasem
de um?
que amores
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Sem que percebesse estava em frente a porta do porão,
aquele porão que nunca conseguiu esquecer. O seu nome
e de Julia ainda continuavam entalhados em uma viga,
exatamente do jeito que haviam deixado.
Enquanto viajava em suas embaçadas lembranças, sua
mãe surgiuem sua frente.
- Faz tempo que ela voltou com a família. Se você ao
menos ligasse teria ficado sabendo. Mas é preciso alguém
morrer para que venha nos visitar.
Arthur desculpou-se com a mãe e a abraçou fortemente.
- Eu sei que você e Julia foram o primeiro um do outro.
Logo
me quando a mãe dela foi embora, ela me ligou para
contar.
- E como ela ficou sabendo? Disse o envergonhado
Arthur.
- Julia disse a ela é claro. Contou que queria que você
fosse o primeiro na sua vida, e você foi.
- Mãe, você acredita que as pessoas nascem
predestinadas a ficarem juntas?
- Não. Isso é uma bobagem. Respondeu-lhe a mãe.
- Somente ficam juntos aqueles que batalham para que o
relacionamento dê certo. Eu e seu pai éramos destinados
a ficarmos juntos, mas ele se foi cedo demais. Mas eu
ainda estava viva, e como mulher tenho meus próprios
sonhos e desejos – continuou.
- Seu padrasto é um homem bom, mas nem sempre foi
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fácil ficar ao lado dele. O nosso relacionamento deu certo
porque decidimos superar qualquer briga, e fazer dar
certo.
- Mas quem sabe vocês dois fossem predestinados a
ficarem juntos, não acha? Disse Arthur.
A mãe continuou.
- Se contos e fantasias de amor eterno fossem verdade, eu
e o seu pai estaríamos juntos. Porque eu amei seu pai
assim como eu amo seu padrasto.Não nascemos
capacitados unicamente para amar uma só pessoa, você
tem afinidade com uma pessoa por um tempo, até que
essa afinidade acaba. Somente se os dois estiverem
levando a sério a relação é que ficarão juntos. Com
certeza você sentiu isso já na vida, não?
Arthur pensou em Karen. Por mais incrível que parecesse,
não era disso que a mãe estava falando.
- Sim, mas infelizmente com uma mulher casada.
Respondeu após uma longa reflexão.
-sentiria
Então. Você
isso acha
com quealguém
se algo que
fosse não
predestinado,
poderia você
ser
inteiramente sua?Não existem amores eternos, como não
existem contos de fadas. O que existe são pessoas. E cabe
a essas pessoas trabalharem em prol um do outro.
- Com o esforço diário essas pessoas predestinam a si
mesmas.
- Sim, só um minuto.
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- Querida tem visita para você.O homem lhe feriu com as
palavras.
Logo Julia apareceu a porta, mas seria mesmo ela? Em
nada lembrava a menina da sua infância.
-- Arthur!
DesculpeQue
nãosurpresa!
ter ido a sua festa, mas tive enjoos a noite
toda. Sabe como é gravidez, não é?! Entre, entre. Quanto
tempo.
- Como sabia que era eu? Perguntou Arthur.
- Ah! Sua mãe mostrou uma foto sua em um de nossos
almoços em família.
- Que falta de educação, esse é Gabriel, meu marido e
essa no seu colo é nossa filha, Maria.
O silencio tomava conta da alma de Arthur. Por instantes
teve uma ilusão de que abriria a porta, a jovem e virgem
Julia abriria e se atiraria em seus braços, sairiam,
conversariam, casariam, teriam filhos, uma casa com
jardim, veriam os filhos crescer, envelheceriam e
partiriam juntos desse mundo. Doce ilusão.
Contos de amor só existem para nos fazer acreditar que a
nossa vida pode ser melhor do que é.
Passou algumas horas com a Julia e a família e o que viu
não foi sua promessa de amor eterno, foi uma mãe de três
filhos, apaixonada pelo marido. Haviam se mudadoa
pouco com os pais para ajudá-los na reconstrução da casa
e acabaram ficando por ali mesmo. Naquela cidade
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abandonada por Deus.
Quando saiu, despediu-se de vez de sua fantasia de
infância. Não voltou para casa, precisava digerir os
acontecimentos.
Caminhou pelasexatamente
tinha na mente, ruas, pela igual
intocável imagem
nos dias que ainda
de hoje.
Ele realmente se considerou um tolo, realmente achava
que as pessoas parariam no tempo para esperar uma as
outras. Já havia aprendido que ninguém era insubstituível.
- Às vezes é bom fantasiar. Fugimos para um lugar que é
somente nosso. Julia tem uma família e fico feliz por ela.
Encontreidiaas somente
mesmo duas primeiras
para memulheres da minha
despedir vida no,
para sempre
refletia Arthur.
Qualquer lacuna em seu relacionamento foi preenchida
em um único final de semana. Julia não era mais aquela
menina que se entregou a ele. Já não conseguia se lembrar
de sua jovem nudez ou qualquer outra lembrança. Apenas
se lembravade uma mãe feliz com seus filhos e marido.
Arthur riu.
Tivera Julia, tivera Ana. Apaixonou-se e se
decepcionoucom Laura. Colecionou experiências e
calcinhas diferentes. Conheceu Karen, a traiu e a perdeu.
Tanta coisa aconteceu nos últimos anos que ele tinha
apenas uma única certeza na vida.
Qualquer e nenhum relacionamento pode nos fazer
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feliz.
Podemos ser felizes sozinhos e podemos ser felizes em
casal.
Apenas quando se aprende a viver consigo mesmo é que
estamos
pessoa. preparados para caminhar lado a lado com outra
- Minha jornada de aprendizado me mostrou todos esses
caminhos.
- Ainda sou jovem. Concluiu Arthur.
- Vim à minha antiga cidade cheio de temores e saio
daqui renovado. Libertado de qualquer ilusão. Ainda
tenho muitos anos pela frente, e mais e mais experiências
para testar minha maturidade.
Sua mãe o havia presenteado com a sua última regra.
Se você quer estar em um relacionamento, batalhe
para dar certo.
Se sentia as
esperava vontade, ia atrás. Se queria algo, iria atrás. Não
coisas acontecerem.
Sempre colaborava com o seu próprio destino.
Durante o dia, concentrava-se em suas obrigações. Era o
primeiro a chegar à empresa. Mas não era o último a sair.
Trabalhava até às dezessete horas.
Dava suas caminhadas diárias, frequentava a mesma
academia. Sempre dizia a si mesmo que não cairia na
rotina, mas a rotina faz parte da vida do homem, quer ele
queira, quer não.
A noite de Arthur começava como uma noite qualquer.
Mais um rotineiro final de semana.
Ele havia viajado para São Paulo para participar de uma
feira e adquirir alguns novos equipamentos de última
geração para sua empresa.
Ele e alguns executivos combinaram de se
encontraremno lobby do hotel para sair jantar e irem
visitar um certo estabelecimento onde teriam a “nata” das
mulheres São Paulinas.
Arthur não estava empolgado com isso, se ele estivesse
atrás só de mulher, ele conseguiria em qualquer lugar.
Estava focado nos compromissos profissionais. Mas sabe
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que ter amigos e conviver em sociedade é fundamental.
Enquanto esperava seus colegas, tomava um drink como
de costume.
Estava observando o ambiente, haviam poucas mulheres.
Esse hotel estava lotado de turistas acompanhados. Viu
diversas pessoas se dirigirem para uma sala de
conferências.
Esse hotel tinha diversas salas de conferências;nessa
havia uma palestra sobre empreendedorismo digital.
Ele poderia cancelar o compromisso e assistir à palestra,
afinal, estava ali à negócios e se aprimorarsempre era
uma de suas regras.
Pegou o folheto da agenda de palestras. Se houvesse
novamente em outro dia poderia manter seu
compromisso.
Mas o que chamou a atenção de Arthur no folheto não
foi a palestra. Em um pequeno canto, na agenda de
eventos. Umtítulo chamou a atenção: a seguir, palestra
de dermatologia, com a Dra Laura Diniz.
O silêncio se prolongouem sua mente.
Há muito tempo não pensava em Laura a quem teimava
em chamar de Amanda.
Nunca antes havia a procurado, pois temia a rejeição que
pudesse vir dela.
Ainda tinha a carta que ela lhe escreveu, mas jamais
havia lido. Concluiu por conta própria que Laura havia se
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arrependido e voltado correndo para o marido.
Seria capaz até mesmo dela nem o reconhecer mais. Não
sabia se ela costumava ter um amante em cada cidade
que palestrava.
Ele poderia
mais mentir
profundo a todos
querer, menos
ansiava empara si mesmo,
vê-la, nem queemfosse
seu
uma última vez. Apenas ver.
Há poucos dias havia tido o desfecho com as duas
primeiras mulheres de sua vida, devia a si mesmo pelo
menos o desfecho com a mulher que o ensinou as
maravilhas de amar uma mulher.
Não pensava
convidada em nela,
seus mas ocasionalmente
sonhos. Sempre que ela era uma
acordava se
angustiavade ser apenas um sonho.
- Não existe amor eterno nem predestinações. Mas eu
quero concluir isso, e além do mais, ela me deve pelo
menos um pedido de desculpas.
Como planejou, saiu com os amigos, quando deu por
conta
em uma estava
festa,ema uma
menteboate, logo em
de Arthur nãooutra boate,
estava depois
no mesmo
lugar que o seu corpo.
Alguma parte dele nunca havia deixado aquele quarto de
hotel.
Queria ler a carta. Queria saber. A palestra de Laura seria
no dia seguinte. Tinha umas dezoito horas até isso.
Sempre quis saber, mas nunca foi atrás. E tinha a certeza
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de onde ela estaria. Poderia só olhar ao longe.
- Preciso saber o que vou sentir ao vê-la.
A mente de Arthur voltou ao seu corpo, estava ele
sentado em um sofá de uma zona qualquer. Nem sabia
como
perto, havia ido parar
dirigiu-se até aali.recepção,
Seus colegas nãoum
deixou estavam
recadopore
partiu.
Ao sair pegou um táxi, não foi para o hotel. Foi direto
para uma empresa de aluguel de carros. Já era mais de
meia noite quando pegou a estrada. Tudo isso por uma
carta.
Eram oito
minutos de horas
avião.deEleviagem até emchegar
só precisava casa, cerca de 40
em casa. Já
havia comprado uma passagem de volta para São Paulo.
A chuva começou a castigar o trajeto. Ele mal podia ver
um palmo na sua frente.
- Seria terrivelmente cruel da sua parte, eu morrer agora
não acha?Falou sozinho para quem pudesse ter ouvido.
Arthur era um homem prudente, por mais apressado que
estivesse, jamais poderia se arriscardesnecessariamente e
muito menos colocar outras pessoas em risco.
Parou o carro no primeiro posto que encontrou.
Aguardou a chuva passar.
Acabou adormecendo ali mesmo.
O dia amanheceu. Estava a algumas horas do seu destino,
mas já eram quase 10h. O céu estava nublado, mas não
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chovia. Não tinha reparado quando parou, mas era um
posto abandonado, não havia ninguém ali.
Seu voo de volta seria às 14h, a palestra de Laura
começava às 18h. Não conseguiria chegar em casa a
tempo de pegar o voo e se perdesse o voo não chegaria a
tempo.
Ou seguia em frente e se arriscavavoltar sem saber o que
ela quis lhe dizer ao se despedir.
Perdeu um tempo precioso pensando.
Ligou o carro e seguiu viagem.
- Caso o conteúdo da carta seja ruim, não preciso voltar.
Concluiu.
Quando estamos com pressa tudo conspira contra, é
impressionante. Pensava enquanto maltratava a buzina do
carro alugado.
O trânsito estava horrível naquele início de tarde. A
chuva havia causado deslizamento de terra e o
congestionamento se arrastavanaquele trecho.
Por fim, Arthur avistou os primeiros marcos semelhantes
da sua cidade, mais alguns minutos, enfrentar o trânsito
local e estaria em casa.
Para aumentar a sua ansiedade, ainda perdeu uns dez
minutos discutindo com um caminhão de mudança que
estava na frente da garagem do seu prédio.
Estacionou o carro na primeira vaga que viu. O elevador
custou a chegar. Chegou em frente da porta, por instantes
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esqueceu qual era a chave a usar.
Mais tempo perdido.
Ansiosamente pôs-se adentro do seu apartamento. Correu
para o guarda-roupas. Em uma caixa antiga de gravatas;
encontrou o envelope
com a sacola já esquecido
que Laura e ainda
havia levado lacrado
ao seu junto
quarto na
primeira noite. Ela havia ido embora sem nem ao menos
abrir a sacola.
Arthur nunca a abriu.
Puxou envelope pela ponta. Mas parou.
Paralisou com o que poderia ler. Estava tão apreensivo,
coração disparado.
Mas quando chegou na hora realmente não queria saber
qual o conteúdo da carta.
Poderia viver com aquela esperança de que o conteúdo
da carta era surpreendentemente bom, ou poderia usar
como desculpa para não se envolver com outras
mulheres.Parou com a carta em frente.Largou em cima
da cama. Caminhou em direção a porta do banheiro.
- Estou um lixo, preciso de um banho.
Não quis ler a carta de imediato, queria desfrutar dos
últimos momentos de ansiedade. Tudo poderia mudar ou
sua ilusão poderia acabar; de um jeito ou de outro,
convenceu a si mesmo que independente do conteúdo já
era tarde demais. Já havia passado três anos desde que
esteve com Laura.
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Mas não abria mão de vê-la uma última vez, nem que
fosseàdistância.
Demorou-se no banho, as horas passavam, eram quatro
horas da tarde, a palestra dela começaria em duas horas.
Já havia perdido o voo das 14h. E ele ainda estava em
casa.
Vestiu-se, comeu, lavou a louça. Sentou em sua poltrona
preferida. Rasgou o envelope e pegou a carta.
“Querido Caio,”
Havia até esquecido o nome que tinha dado a ela na
ocasião .
“Sei que pode parecer repentino e eu não tenho a
coragem necessária para encarar você nos olhos e contar
o que realmente está acontecendo.
Primeiro preciso confessar:meu nome não é Amanda.
Chamo-me Laura.
Estou realmente me sentindo mal. Primeiro por ter
mentido sobre isso entre tantas outras coisas.
A verdade é que sou casada, ou era casada. Meu marido
me traiu com a minha melhor amiga e eu queria dar o
troco; sentia que poderia voltar com ele e esquecer tudo,
se o traísse com alguém.
Não quero que pense que sou uma mulher fácil só pelo
que aconteceu. Eu nunca havia feito nada parecido.
Planejei ter um homem essa noite e deixá-lo no meio da
noite, dei um nome falso na recepção para que ele não
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me procurasse.
Mas quando levantei a noite, olhei para você e
simplesmente não tive forças para deixá-lo. Sinto que
tivemos uma extrema sintonia, sei que sente algo
também.
Eu nunca pude imaginar que você seria tão maravilhoso
a ponto de fazer com que eu me apaixonasse por você em
apenas cinco dias.
A pouco ele me ligou e eu disse a ele que tudo havia
mudado. Que haviam acontecido tantas coisas e que eu
percebi que jamais poderia perdoá-lo. Que eu não
precisaria temer ficar sozinha porque ainda era capaz de
me apaixonar e ser feliz.
Peço que não me procure, preciso dar um tempo a mim
mesma. Estou voltando para minha casa para formalizar
meu divórcio.
Não sei o que fui para você, se apenas fui uma conquista
ou uma aventura.
Então
três eu teSepeço,
meses. sentirestarei novamente
algo por na signifiquei
mim, se eu cidade daqui
algoa
para você, me encontre aqui, no lobby onde nos
conhecemos, traga-me a sacola que esqueci no seu
quarto. Eu estarei esperando por você.
De quem inesperadamente se apaixonou por você,
Laura”
Após apor
passar leitura
tudofaria
issouma sessão
sozinho, de autógrafos.
sorte Seria Bruna
que Arthur tinha difícil
para lhe darforças.
Arthur se dirigiuao palco. Foi recebido ao som de
aplausos. Logo viu alguns rostos que conhecia na plateia.
Reconheceu Karen e o marido assim como Lucas, seu
filho por afeição.
Viu também
Rubens estava seus pais eem
aplaudindo algumas
pé. pessoas conhecidas.
Mas em nenhum lugar enxergava Bruna.
Sentiu um pouco de nervosismo, precisava da sua
presença para inspira-lo nessa leitura.
Como se os deuses atendessem ao seu pedido, Bruna
surgiu vindo em direção ao palco.
Vestia um vestidinho rosa e usava um laço na cabeça.
Arthur a amava com todas as forças.
Bruna chegou até ele.
Ele falou ao microfone.
- Gostaria de apresentar a vocês uma das pessoas mais
importantes da minha vida, a mulher da minha vida.
Disse isso e todos o aplaudiram. Deu um beijo na testa de
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Bruna e logo a mãe dela, Laura, disse em tom sarcástico:
- Se ela é a mulher da sua vida, o que sou eu?
- Acontece que sou o homem mais sortudo da terra e
tenho duas mulheres na minha vida.
Laura,que trazia a recém-nascida Bruna, sentou-se
próxima a ele.
Antes de iniciar a leitura gostaria de agradecer a minha
esposa, a minha filha, meu filho e meus amigos e
familiares que me apoiaram a publicar essa obra que
comecei a escrever enquanto passava por um dos
momentos mais difíceis da minha vida.
Meu livro chama-se “Diário de um Cafajeste – O que ele
aprendeu com as mulheres”.
O livro conta a história de Caio Mendes. Espero que
gostem do meu romance.
Enquanto começava a ler, Arthur contemplava o que para
ele era o ponto mais alto de sua vida, a sua vitória e
aquelas duas mulheres eram a resposta que ele sempre
buscou.
Arthur havia conquistado, uma verdadeira
família
.
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E adquira a versão
impressa.
Por gentileza não
esqueça de classificar essa obra
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com a sua opinião sobre a
mesma.
Agradecemos a sua
leitura.
E lembre-se sempre: