AL 1.3 Colisões PDF

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Atividade

Laboratorial 1.3 – Colisões

Questões pré-laboratoriais
1. Identifique as forças que atuam em cada carrinho antes,
durante e após a colisão.
Antes da colisão atuam sobre cada carrinho a força do
peso e a reação normal. Durante a colisão, continuam a atuar o
peso e a reação normal em cada um dos carrinhos, e passa
também a ser exercida uma força de colisão em cada um dos
carrinhos, exercida pelo outro carrinho. Após a colisão voltam a
atuar apenas o peso e a reação normal.

2. Recorrendo à aplicação da Terceira Lei de Newton durante a


colisão, compare os momentos lineares do sistema antes e
após a colisão.
Durante a colisão, força exercida pelo carrinho 1 no
carrinho 2 é simétrica à força exercida pelo carrinho 2 no carrinho
1, logo estas forças constituem um par ação-reação, de acordo
!
com a Terceira Lei de Newton. Dado que 𝐹!/! = 𝐹!/! e 𝐹 = ∆!,
pode concluir-se que 𝑝!/! = 𝑝!/! , logo ∆𝑝!"!#$%& = 0, o que
significa que há conservação do momento linear.

3. Em que condições há conservação do momento linear num


sistema?
Considera-se que há conservação do momento linear
quando a resultante das forças exteriores ao sistema é nula.

4. Como se designa o coeficiente que mede a elasticidade de


uma colisão?
O coeficiente que mede a elasticidade de uma colisão é o
coeficiente de restituição.

5. Entre que valores varia o coeficiente de restituição em cada


tipo de colisão?
O valor do coeficiente de restiuição pode variar entre 0 e 1,
sendo e=0 se a colisão for perfeitamente inelástica, e=1 se esta
for elástica, e 0<e<1 se for inelástica.

6. Que informação dá o coeficiente de restituição?


O coeficiente de restituição mede a elasticidade de uma
colisão, sendo este definido pela razão entre a velocidade de
afastamento (𝑣! !"#$% − 𝑣! !"#$% ) e a velocidade de aproximação
(𝑣! !"!#!$% − 𝑣! !"!#!$% ) dos dois corpos em colisão.

Apresentação e análise dos resultados



Situação 1
• Largura da cartolina: ∆𝑥 = 0,0100 ± 5×10!! 𝑚
• 𝑚!"##$%!! ! = (180,86 ± 0, 01)𝑔
• 𝑚!"##$%!! ! = 182,32 ± 0,01 𝑔

∆𝒕 𝒊𝒏𝒊𝒄𝒊𝒂𝒍 ∆𝒕𝒇𝒊𝒏𝒂𝒍 𝒗𝒊𝒏𝒊𝒄𝒊𝒂𝒍 𝒗𝒇𝒊𝒏𝒂𝒍 𝒑𝒊𝒏𝒊𝒄𝒊𝒂𝒍 𝒑𝒇𝒊𝒏𝒂𝒍 𝑬𝒄 𝒊𝒏𝒊𝒄𝒊𝒂𝒍 𝑬𝒄 𝒇𝒊𝒏𝒂𝒍


(ms) (ms) (m/s) (m/s) (kg m/s) (kg m/s) (J) (J)

9,46 20,15 1,06 0,496 0,193 0,180 0,102 0,0447

14,53 34,21 0,688 0,292 0,125 0,106 0,0432 0,0155

9,47 20,34 1,06 0,492 0,192 0,178 0,102 0,0439

8,73 19,81 1,14 0,505 0,209 0,183 0,120 0,0463

8,62 25,77 1,16 0,388 0,212 0,141 0,123 0,0273




Nota: O carrinho 1 é o carrinho que inicia a experiência em repouso, e o
carrinho 2 é o que inicia a experiência em movimento. Nas tabelas das
situações 1 a 3, a velocidade inicial é a velocidade inicial do carrinho 2, e
a final é a velocidade final dos dois carrinhos a moverem-se juntos.

∆!
𝑣!"##$%!! = ∆!
𝑝!"##$%!! = 𝑚!"##$%!! ∗ 𝑣!"##$%!!
!∗! !
𝐸! =
!
Situação 2
• Largura da cartolina: ∆𝑥 = 0,0100 ± 5×10!! 𝑚
• 𝑚!"##$%!! ! = (210,86 ± 0, 01)𝑔
• 𝑚!"##$%!! ! = 202,32 ± 0,01 𝑔

∆𝒕 𝒊𝒏𝒊𝒄𝒊𝒂𝒍 ∆𝒕𝒇𝒊𝒏𝒂𝒍𝒍 𝒗𝒊𝒏𝒊𝒄𝒊𝒂𝒍 𝒗𝒇𝒊𝒏𝒂𝒍 𝒑𝒊𝒏𝒊𝒄𝒊𝒂𝒍 𝒑𝒇𝒊𝒏𝒂𝒍 𝑬𝒄 𝒊𝒏𝒊𝒄𝒊𝒂𝒍 𝑬𝒄 𝒇𝒊𝒏𝒂𝒍


(ms) (ms) (m/s) (m/s) (kg m/s) (kg m/s) (J) (J)
8,6 24,43 1,163 0,409 0,212 0,149 0,123 0,0304
6,92 15,32 1,445 0,653 0,263 0,237 0,190 0,0774

7,13 17,04 1,403 0,587 0,256 0,213 0,179 0,0625

7,57 18,09 1,321 0,553 0,241 0,201 0,159 0,0555

7,3 15,64 1,370 0,639 0,250 0,232 0,171 0,0742

Situação 3
• Largura da cartolina: ∆𝑥 = 0,0100 ± 5×10!! 𝑚
• 𝑚!"##$%!! ! = (210,86 ± 0, 01)𝑔
• 𝑚!"##$%!! ! = 242,32 ± 0,01 𝑔

∆𝒕 𝒊𝒏𝒊𝒄𝒊𝒂𝒍 ∆𝒕𝒇𝒊𝒏𝒂𝒍 𝒗𝒊𝒏𝒊𝒄𝒊𝒂𝒍 𝒗𝒇𝒊𝒏𝒂𝒍 𝒑𝒊𝒏𝒊𝒄𝒊𝒂𝒍 𝒑𝒇𝒊𝒏𝒂𝒍 𝑬𝒄 𝒊𝒏𝒊𝒄𝒊𝒂𝒍 𝑬𝒄 𝒇𝒊𝒏𝒂𝒍


(ms) (ms) (m/s) (m/s) (kg m/s) (kg m/s) (J) (J)
5,85 10,17 1,709 0,983 0,312 0,357 0,266 0,176

8,73 22,36 1,145 0,447 0,209 0,162 0,120 0,0363

8,19 18,18 1,221 0,550 0,223 0,200 0,136 0,0549

6,74 11,76 1,484 0,850 0,270 0,309 0,201 0,1313

7,35 13,61 1,360 0,735 0,248 0,267 0,169 0,0980




Situação 4
• Nesta situação, estuda-se a colisão de um carrinho com um
anteparo metálico.
• 𝑚!"##$%!! = 182,32 ± 0,01 𝑔

∆𝒕 𝒊𝒏𝒊𝒄𝒊𝒂𝒍 ∆𝒕𝒇𝒊𝒏𝒂𝒍 𝒗𝒊𝒏𝒊𝒄𝒊𝒂𝒍 𝒗𝒇𝒊𝒏𝒂𝒍


(ms) (ms) (m/s) (m/s)
7,61 22,24 1,314 0,450

11,66 46,26 0,858 0,216

9,79 28,32 1,021 0,353

9,86 28,35 1,014 0,353

8,99 27,75 1,112 0,360

0,5
velocidade após a cloisão (m/s)

0,45
0,4
0,35
0,3
y = 0,4722x - 0,156
0,25
0,2
0,15
0,1
0,05
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4
velocidade anterior à colisão (m/s)

!
• 𝑒 = ! !"#$% , logo como o gráfico relaciona a velocidade final e a
!"!#!$%
velocidade inicial, pode considerar-se que o coeficiente de
restituição corresponde ao declive da reta, 𝑒 = 0,47.

Situação 5
• Nesta situação, estuda-se a colisão de um carrinho com um
anteparo revestido por esponja.
• 𝑚!"##$%!! = 182,32 ± 0,01 𝑔

∆𝒕 𝒊𝒏𝒊𝒄𝒊𝒂𝒍 ∆𝒕𝒇𝒊𝒏𝒂𝒍 𝒗𝒊𝒏𝒊𝒄𝒊𝒂𝒍 𝒗𝒇𝒊𝒏𝒂𝒍
(ms) (ms) (m/s) (m/s)

7,85 16,35 1,274 0,612

9,1 17,96 1,099 0,557

8,45 16,22 1,183 0,616

10,28 19,87 0,973 0,503

9,78 18,41 1,022 0,543


0,7
velocidade após a colisão (m/s)

0,6

0,5
y = 0,3719x + 0,1533
0,4

0,3

0,2

0,1

0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4
velocidade anterior à colisão (m/s)

• Nesta situação, 𝑒 = 0,37.


Nota: Nas situações 4 e 5, a velocidade inicial corresponde à velocidade
do carrinho antes de colidir com o anteparo, e a velocidade final
corresponde à velocidade após esta colisão.
Conclusões
Na primeira parte da experiência (situações 1, 2 e 3), apesar de o
momento linear antes da colisão ser teoricamente igual ao que se
obtém após a colisão, na experiência realizada verificamos pequenas
discrepâncias, que provavelmente se devem a erros experimentais
como a existência de atrito, devido ao facto de a calha não estar polida
devidamente, e pode também dever-se ao facto de a tira de cartolina
ter entortado ligeiramente após a colisão, o que não permite uma
medida tão correta do intervalo de tempo em que o feixe da célula
fotovoltaica está interrompido.
Pelos dados obtidos nas situações 1, 2 e 3 verifica-se uma
diferença entre a energia cinética inicial e a energia cinética final do
sistema, o que significa que não há conservação da energia cinética,
logo a colisão analisada é uma colisão inelástica.

Na segunda parte da experiência (situações 4 e 5), obtivemos


valores de coeficientes de restituição de 0,47 e 0,37. No entanto, os
valores eram teoricamente esperados que fossem mais próximos de 1
(colisão elástica). O facto de tal não ter ocorrido terá sido devido aos
materiais utilizados para a colisão com o carinho, que provocaram
maior dissipação de energia do que a antecipada. Também os erros
mencionados acima, relativos ao atrito e à posição da tira de cartolina,
poderão ter afetado os resultados obtidos nesta parte da experiência.

Questões pós-laboratoriais
1. Explique porque é que numa colisão, em geral, a energia
cinética não se conserva.
Geralmente a energia cinética não se conserva numa colisão
porque esta tende a transformar-se em energia potencial (neste
caso energia potencial elástica) ou a dissipar-se sob a forma de
energia térmica.

2. Indique, justificando, o valor do coeficiente de restituição


numa colisão perfeitamente inelástica.
Numa colisão perfeitamente inelástica, o valor do coeficiente
de restituição é igual a 0, porque a velocidade final dos dois
carrinhos é a mesma, dado que estes seguem juntos, logo
𝑣!"#$% ! = 𝑣!"#$% ! .
3. Indique possíveis causas de erro quando se obtêm
experimentalmente valores diferentes para os momentos
lineares antes e após a colisão.
É possível obter experimentalmente valores diferentes para os
momentos lineares antes e depois da colisão se a calha onde os
carinhos se deslocam não for totalmente polida, pois nesse caso
passa a ser exercida uma força exterior ao sistema sobre este, a
força de atrito, o que altera o momento linear.

4. Indique como pode calcular o coeficiente de restituição


numa colisão frontal do carrinho com um anteparo.
Numa colisão frontal do carrinho com o anteparo, é possível
obter o coeficiente de restituição através do declive da reta do
gráfico que relaciona a velocidade posterior à colisão com a
velocidade anterior à colisão, no caso de se realizarem vários
ensaios. Caso apenas se realize um ensaio, obtém-se o coeficiente
de restituição pelo quociente entre a velocidade posterior e a
velocidade anterior à colisão.

5. Explique como é que a partir dos tempos de passagem do


carrinho pela célula fotoelétrica, antes e após a colisão com
o anteparo, se pode determinar o coeficiente de restituição.
∆!
𝑣 = ∆! , sendo ∆𝑥 correspondente à largura das tiras de cartolina
que interrompe o feixe das células fotovoltaicas.
∆!
!!"#!" ∆!!"#$% ∆!!"!#!$%
Assim, 𝑒 = ! ⇔𝑒= ∆! ⇔𝑒=
!"!#!$% ∆!!"#$%
∆!!"!#!$%

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