Historial de Seguros em Moçambique
Historial de Seguros em Moçambique
Historial de Seguros em Moçambique
Embora o seguro, na sua forma moderna, tenha iniciado a praticar-se na Europa, mais
concretamente em Génova, na Itália, desde o século XIV, e registado um grande desenvolvimento a
partir do século XVIII, em Moçambique só começou a ser transaccionado no início do século XX.
Nos primeiros anos, as transacções de seguro estavam entregues a firmas comerciais que, para além
do comércio interno, importação e exportação, se dedicavam, entre outras actividades subsidiárias,
a actividade de seguro, sendo maior parte dessas instituições constituídas por agências
estabelecidas em Moçambique, de capitais Britanicos e Sul Africanos, numa reflexão clara do fraco
poderio económico de Portugal, então potência colonizadora, sendo maior expressão económica
destas agências observada no período compreendido entre 1933 a 1942.
Em 1943, foi criada a primeira sociedade de seguros colonial, a “NAUTICUS” e nos tempos que se
seguiram até 1948, com a também criação da segunda companhia colonial, a “LUSITANA”, em 1945,
a situação conheceu uma inversão positiva nas transacções de seguro a favor das companhias de
seguro com sede em Moçambique.
Em 1957, nascem mais duas novas sociedades de seguro com sede local, nomeadamente, a
“MUNDIAL E CONFIANÇA DE MOÇAMBIQUE” e a “TRANQUILIDADE DE MOÇAMBIQUE”, elevando
para quatro o número de companhias seguradoras com sede em Moçambique.
Por ser um sector que gere, também, seguros sociais, no caso, por exemplo, de Acidentes de
Trabalho e, como tal, de reflexos sociais importantes;
Por ser um sector de serviços complexos e onde não havia quadros nacionais preparados. Havia,
assim, que garantir a sua formação técnica e profissional de forma acelerada;
Por outro lado, cessaram as suas actividades na República de Moçambique as agências gerais e
delegações das cerca de trinta companhias de seguros estrangeiras, entre as quais, portuguesas,
inglesas, sul africanas e italianas.
O sector segurador apoiava-se “em esquemas e estruturas capitalistas que não beneficiavam a
Nação”;
Das cerca de três dezenas de seguradoras e agências existentes em Moçambique, apenas quatro
delas possuíam sede no solo pátrio;
“A legislação, as modalidades de seguro, suas bases e reservas técnicas, e seu caucionamento fora
do País”, visavam obter vantagens para a “potencia colonial”;
“Os dinheiros das seguradoras eram, fundamentalmente, aplicados nos sectores especulativos, em
especial para a área imobiliária”;