10.º Ano - Diagn - 2017 - 2018
10.º Ano - Diagn - 2017 - 2018
10.º Ano - Diagn - 2017 - 2018
º ano
Grupo I
http://www.tsf.pt/programa/o-livro-do-dia/emissao/a-sociedade-dos-sonhadores-involuntarios-de-jose-eduardo-
agualusa-8565631.html?autoplay=true
(02:02 min)
Para responder aos itens que se seguem, vais ouvir um programa radiofónico
sobre livros.
Para cada item, escreve, na folha de respostas, o número do item e, a seguir, uma
das letras, V para as afirmações verdadeiras ou F para as afirmações falsas.
1. O novo romance de Agualusa começa com a frase: “Angola não é para mansos”.
2. O romance intitula-se A Sociedade dos Sonhadores Involuntários e a ação tem
lugar em Angola.
3. Neste livro, as personagens sonham com o passado como uma metáfora de
prever o futuro.
4. O livro foi proibido porque é uma forma de resistência ao poder angolano.
5. O protagonista é apresentado por outra personagem como um jornalista que
investiga desaparecimentos suspeitos.
6. O caso relatado no livro do desaparecimento em Luanda de um Boeing 727 é
ficção.
7. São relatados, no livro, os desaparecimentos de pessoas muito conhecidas que se
evaporaram durante a guerra.
8. O romance fala essencialmente do futuro.
9. O livro mistura ficção e realidade de uma forma muito interessante.
10. É referida no livro a greve de fome durante 36 dias de vários ativistas angolanos
a favor do regime.
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Grupo II
Parte A
Lê o texto.
Luís, o poeta, salva a nado o poema
Era uma vez Nada que nada Estas palavras
um português sempre a nadar vão alegrar
de Portugal. livro perdido a minha gente
O nome Luís no alto mar. de um só pensar.
há de bastar ‒ Mar ignorante À nossa terra
toda a nação que queres roubar? irão parar
ouviu falar. a minha vida lá toda a gente
Estala a guerra ou este cantar? há de gostar.
e Portugal A vida é minha Só uma coisa
chama Luís ta posso dar vão olvidar
para embarcar. mas este livro o seu autor
Na guerra andou há de ficar. aqui a nadar.
a guerrear É fado nosso
e perde um olho Estas palavras é nacional
por Portugal. hão de durar não há portugueses
por minha vida há Portugal.
Livre da morte quero jurar. Saudades tenho
pôs-se a contar Tira-me as forças mil e sem par
o que sabia podes matar saudade é vida
de Portugal. a minha alma sem se lograr.
sabe voar.
Dias e dias Sou português A minha vida
grande pensar de Portugal vai acabar
juntou Luís depois de morto mas estes versos
a recordar. não vou mudar. hão de gravar.
Ficou um livro O livro é este
ao terminar Sou português é este o canto
muito importante de Portugal assim se pensa
para estudar. acaba a vida em Portugal.
Ia num barco e sigo igual. Depois de pronto
ia no mar Meu corpo é Terra faltava dar
e a tormenta de Portugal a minha vida
vá d'estalar. e morto é ilha para o salvar.
Mais do que a vida no alto mar.
há de guardar Há portugueses
o barco a pique a navegar
Luís a nadar. por sobre as ondas
Fora da água me hão de achar.
um braço no ar A vida morta
na mão o livro aqui a boiar
há de salvar. mas não o livro Almada Negreiros, Obras
Completas, vol. 1 – Poesia, IN-
se há de molhar. CM, 2.ª ed., 1990, p. 33
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1. Identifica o “português” referido ao longo do poema e caracteriza-o com dois
adjetivos.
2. Infere uma das razões que poderá ter levado o poeta a indicar apenas o nome
desse “português”.
3. Explica o sentido dos quatro últimos versos do poema.
Parte B
Grupo III
Lê o texto.
EMOJI – O FILME
Na última semana, a crítica americana (ou, pelo menos, boa parte dela)
anunciou ao mundo a descoberta de uma das piores animações de todos os
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tempos: “Emoji – o Filme”, de seu nome. Digamo-lo, pois, desde já, embora
faça prova de um pobre imaginário, a última obra dos estúdios da Sony não é o
desastre absoluto que por aí se apregoa. Como o seu próprio sugere, esta
animação instala-nos no interior de um smartphone, para seguir as tribulações
10 de um emoji que, no seu primeiro dia de trabalho na app de texto do telemóvel,
percebe não só que é capaz de produzir mais expressões do que aquela que
nasceu para fazer, mas também que é incapaz de as controlar. Trata-se de um
15 defeito que levará o protagonista a partir por esse telemóvel fora com outros
dois emojis (um high-5 caído em desgraça e uma princesa armada em rebelde),
em busca de ser reprogramado. Damo-lo de barato: a premissa do filme é
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pacóvia, o seu universo é uma mera versão tecnológica daquele que
encontramos em “Divertida Mente”, as personagens são estereotipadas, a
animação é genérica, o humor é frouxo e as peripécias que constituem a ação,
essas, são outros tantos pretextos para descarados exercícios de product
placement (uma sequência no Candy Crush, outra na Dropbox…) O que salva
então o filme da nulidade? O modo como, nos intervalos do seu próprio défice
de atenção, ele ainda encontra tempo para contar uma história (mil vezes
contada e permeável a todo o tipo de clichés, é certo). A saber: a do processo de
autodescoberta de uma personagem que, ao longo da sua peregrinação,
aprenderá a aceitar-se a si mesma. E não é preciso puxar muito pela cabeça para
nos lembrarmos de uma mão cheia de animações que nem isso conseguiram
oferecer-nos.
Vasco Baptista Marques, Revista do Expresso, 12 de agosto, 2017, p. 80.
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1. O texto é uma apreciação crítica
(A) que refere vários comentários depreciativos do filme.
(B) que tece variados elogios do filme.
(C) que concilia aspetos negativos e positivos do filme.
(D) que salienta que o filme foi um fracasso de bilheteira.
A B
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(a) “Digamo-lo” (l. 3) (1) Complemento indireto
(b) “as personagens são (2) Predicativo do sujeito
estereotipadas” (l. 13) (3) Modificador
(c) “para nos lembrarmos de uma (4) Complemento oblíquo
mão cheia de animações” (l. 22) (5) Complemento direto
Grupo IV