Atividade - M1 - 2020 - I
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Acadêmico(a)________________________________________________________________________
AVALIAÇÃO -
Orientações Gerais:
1. Leia com muita atenção o enunciado das questões, atendendo ao que se pede.
2. Caso necessite fazer correções solicite a rubrica do professor sobre a rasura.
3. A interpretação das questões é parte integrante da prova.
4. Todas as questões estão fundamentadas no material disponibilizado em sala de aula.
Nesta matéria você encontrará um panorama de como está posicionada a logística no Brasil frente aos
nossos concorrentes no cenário mundial. Verá quais os nossos pontos fortes e onde (e como) precisamos
melhorar. Entenderá algumas tecnologias que podem ajudar as empresas a alcançar
um desempenho superior.
Logística e cadeia produtiva
A cadeia produtiva é um processo integrado, assim como deve ser a boa logística. Hoje, falamos
em logística integrada ou em gestão da cadeia de suprimentos, pois todos os envolvidos são
interdependentes. Há tempos a logística deixou de ser sinônimo de transporte. Fabricantes de matérias-
primas estão envolvidos em entregar o produto de acordo com a necessidade do produtor. O produtor,
dentre outras coisas, precisa pensar na embalagem do produto de forma que facilite o transporte, a
exposição, a segurança, o meio ambiente… os distribuidores e grandes varejistas precisam ter seus
sistemas integrados para garantir a disponibilidade do produto no momento certo. Então, os
transportadores e fornecedores de tecnologia também fazem parte do processo. Esta integração é uma
tendência mundial e já é realidade no Brasil.
As empresas e os modais de transporte
Existem boas empresas que oferecem serviços logísticos integrados, os operadores logísticos. Eles
oferecem serviços integrados de gestão de estoque, transporte, armazenagem, consolidação e
desconsolidação de cargas. São serviços que agregam valor ao cliente.
Mas infelizmente, para transporte nacional, 60% das cargas utilizam as rodovias, mesmo quando elas
devem ser enviadas de norte a sul, viajando mais de 3000 km. Isto é economicamente inviável, e outros
modais de transporte seriam mais vantajosos, se estivessem disponíveis. Na Rússia, concorrente direto do
Brasil no cenário internacional, cerca de 80% das cargas viajam de trem, que é mais barato para as longas
distâncias e mais seguro.
E vale lembrar que as rodovias são nosso “ponto forte”. O Brasil tem apenas 30 mil km de ferrovias contra
63 mil km da Índia, 77 mil km da China e 87 mil km da Rússia. Apenas para colocar estes números em
perspectiva, os EUA tem mais de 220 mil km de trilhos.
Com relação aos navios a situação não é diferente. Temos 14 mil km de hidrovias. Rússia e China tem
mais de 100 mil km cada uma. Nos portos brasileiros, estima-se que o custo de movimentação por
tonelada seja de US$ 13 enquanto a média mundial é de US$ 7.
Some isso tudo ao fato de que as rodovias são o principal meio de transporte de cargas no Brasil, e você
tem a receita para uma distribuição cara, ineficiente e inconsistente, ajudando a aumentar o chamado
Custo Brasil.
Além da infraestrutura viária existem ainda problemas relacionados à tecnologia utilizada: baixo índice de
rastreamento de cargas, nem sempre se tem integração de sistemas e muitas vezes os modelos
de previsão de demanda são inapropriados ou inexistentes. A melhoria do processo logística global
depende da solução de cada um destes elementos.
Como os problemas afetam a produtividade
Estes números que citei fazem com que os produtos brasileiros percam competitividade e o consumidor
pague um preço alto. Se as estradas não estão em boas condições, aumenta o custo de transporte, que é
inevitavelmente transferido ao consumidor. O frete é um dos principais componentes dos custos logísticos.
O roubo de cargas ainda é um problema presente no Brasil. Em 2009 foram registrados mais de 1 bilhão
de Reais em prejuízos com roubo de cargas. Este custo também é repassado ao consumidor final,
tornando o roubo de cargas um problema de todos nós.
Além disso, se as empresas não fazem a gestão da demanda de maneira correta, acabam com estoques
elevados, que custam caro. Com a quantidade de dados disponíveis hoje é possível fazer uma
excelente previsão de demanda, mantendo níveis de estoques mais baixos sem causar rupturas.
Estes dois elementos, transporte e estoque, são os principais componentes do que chamamos de custos
logísticos
A infraestrutura e o crescimento econômico
Caminhamos para o colapso logístico. A crise mundial diminuiu as demandas e deu sobrevida à nossa
infraestrutura, mas os números já mostram que estamos voltando aos patamares anteriores. O
crescimento do Brasil está maior que o crescimento da oferta de transporte (rodoviário), que tende para o
apagão.
A economia está crescendo, mais famílias tem acesso aos diferentes bens de consumo, mas não vemos
investimentos substanciais em infraestrutura. Sem investimentos maciços nos portos, aumentando a
capacidade e a eficiência, o transporte no Brasil continuará caro e altamente dependente dos caminhões.
Situação do transporte rodoviário
Não somente temos poucas estradas asfaltadas, como o estado de conservação deixa a desejar. Isto
acarreta atrasos, maiores custos de manutenção da frota e preços maiores para os consumidores. Os
pneus dos caminhões duram em média 250 mil km no Brasil, metade do que dura nos EUA e 100 mil km a
menos do que na vizinha Argentina. Os amortecedores dos caminhões no Brasil duram em média 80 a
150 mil km enquanto que em estradas adequadas, este número sobe para 200 mil km.
O custo do transporte rodoviário é muito grande no Brasil, especialmente para longas distâncias, para as
quais deveríamos utilizar outros meios de transporte. Veja o exemplo de um frete de pouco mais de 1000
km, entre Goiás e o Porto de Paranaguá, no Paraná feito por caminhões: custa 75 dólares por tonelada. A
mesma distância, se fosse percorrida nas hidrovias americanas custaria 18 dólares por tonelada.
Trens e navios
A produtividade e eficiência de outros setores de transporte no Brasil não são diferentes do que já
discutimos para as rodovias. No maior porto do Brasil, o Porto de Santos, a carga fica parada em média 17
dias, enquanto a média mundial é de 5 dias. Na Suécia, por exemplo, um contêiner fica parado em média
apenas por 2 dias.
Em outras avaliações a ineficiência também é notável: em um dos maiores e mais movimentados portos
do mundo, o Porto de Roterdã, a média de carga movimentada por funcionário é de 300 mil toneladas por
ano, enquanto no Porto de Santos são 50 mil toneladas por ano.
O próprio governo reconhece o atraso dos portos, através de estudos realizados pelo IPEA. Eles
mostraram que é preciso investir na construção, ampliação e recuperação dos terminais, na melhoria dos
acessos terrestres, na dragagem e na infraestrutura em geral. O investimento necessário, estimado pelo
mesmo estudo, era de 43 bilhões de Reais, mas o PAC alocou apenas 10 bilhões para os portos.
As ferrovias padecem de outro mal: elas são incompatíveis entre si. Existem diferentes tamanhos de
bitolas no Brasil, então um trem não consegue ir para regiões diferentes. O IPEA também estimou o custo
para solucionar estes gargalos ferroviários em 76 bilhões de reais, principalmente para a construção de
novas linhas, já que temos pouquíssimos trilhos. No entanto, os investimentos do governo tem sido de
menos de 0,3% do PIB por ano, muito aquém do necessário.
Com sistemas antigos e sem investimentos, as ferrovias do Brasil são lentas: média de 25km/h contra
80km/h dos trens americanos, fruto do sucateamento da malha ferroviária, que diminuiu nas últimas
décadas sem receber investimentos de manutenção.
Solucionar os problemas logísticos?
É possível e existem planos, como os estudos do IPEA que citei. Há também boa vontade do setor
privado, que se beneficia grandemente com a melhoria da nossa infraestrutura.
Mas certamente a solução não é mágica e não acontece no curto prazo. É preciso manter investimentos
contínuos e ter um plano de desenvolvimento logístico de longo prazo, como um plano de Estado e não
um plano de governo, que muda a cada 4 anos.
O papel da iniciativa privada
Como falei, a iniciativa privada se beneficia da melhoria da situação logística do país. Eles encontram
custos menores, mais confiabilidade e maior produtividade se a infraestrutura logística é adequada. Por
isso vemos participação privada no desenvolvimento logístico nacional.
Veja o exemplo das rodovias privatizadas: elas tem qualidade superior (às custas de pedágios, é verdade),
mas são estradas com condições de segurança, sinalização e estado do piso de rodagem superiores à
média nacional.
Para as ferrovias, o setor de mineração faz o trabalho sozinho, com investimentos de até 5 bilhões de
Reais por ano.
No setor de tecnologia e integração, as pesquisas e desenvolvimento de sistemas informatizados ajudam
a reduzir custos tanto de transporte (como nos programas que criam rotas para distribuição urbana)
quanto de estoques (como modelos de previsão de demanda).
Tecnologias para transporte e diminuição de estoques
Nos sistemas de transporte, é através do que chamamos de roteamento de veículos: trata-se de encontrar
a forma mais eficiente de enviar os caminhões para fazer a distribuição dos produtos. As pesquisas nesta
área tem mais de 50 anos e continuam a avançar, encontrando soluções melhores e em menos tempo. É
uma área em que as pesquisas científicas são transferidas para o meio empresarial muito rapidamente.
Nos sistemas de previsão de demanda, utilizamos dados históricos de vendas e cruzamos com outras
informações relevantes para prever, com segurança, qual deve ser o estoque mantido e quando devem
ser feitos novos pedidos.
Há ainda muitas outras tecnologias interessantes que se aplicam neste setor, como a precificação: qual
deve ser o preço cobrado por um produto? As companhias aéreas usam esta tecnologia há muitos anos e
aos poucos ela começa a aparecer no varejo também.
Inovação
Certamente, como todas as novas tecnologias, há espaço para criatividade e inovação. Sempre aparecem
soluções diferentes para resolver problemas, diminuindo o custo.
Um exemplo interessante, novamente na área de distribuição, ocorreu nos EUA quando uma empresa de
transporte decidiu que seu sistema de roteamento de veículos deveria evitar que os mesmos tivessem que
fazer curvas à esquerda. Em vias de mão dupla, é preciso esperar que o tráfego no sentido contrário pare
para que se avance à esquerda. Ficar parado custa dinheiro. Eles mostraram que conseguiam economizar
tempo e dinheiro fazendo o veículo continuar seu trajeto percorrendo um caminho maior, desde que
evitasse virar à esquerda!
1. A cadeia produtiva é um processo integrado, assim como deve ser a boa logística
Com esta afirmativa o autor quer dizer.......
a.( ) Que a logistica só faz transporte;
b.( ) Que a logística somente faz transporte, e embalagem;
c.( ) Que a integração é uma tendência mundial e já é uma realidade brasileira;
d.( ) O autor aborda o assunto logística, mas não a armazenagem;
e.( ) A logística é soma das alternativas b e c
2. O autor afirma que ....”Existem boas empresas que oferecem serviços logísticos integrados......”,
a.( ) Estes serviços são a gestão de estoques e o transporte;
b.( )Estes serviços são a consolidação e desconsolidação de cargas;
c.( )Os serviços citados nas alternativas a e b não são serviços logísticos integrados;
d.( )Os serviços citados nas alternativas a e b se complementam;
e.( )Nenhuma das alternativas está de acordo com o autor
3. O autor cita que ..... “Além da infraestrutura viária existem ainda problemas relacionados à
tecnologia utilizada.....”.
a.( ) Ele se refere aos baixos índices de rastreamento da carga;
b.( ) Ele se refere a falta de integração de sistemas;
c.( ) Ele se refere aos modelos de previsão de demanda que são inapropriados ou
inexistentes;
d.( ) Ele se refere a todos os itens citados nas alternativas anteriores
e.( ) Ele se aos itens das alternativas a e b
11. Na evolução dos transportes podemos colocar como ordem correta associando o século ao
evento a seguinte:
a. ( ) Final do século XIX – automóvel ; século XVI – avião; final do século XX – trem e barco a
vapor;
b. ( ) Final do século XIX – trem e barco a vapor; Início do século XX automóvel; final do século
XIX – avião;
c. ( ) Final do século XIX – avião; século XVII – automóvel; Inicio do século XX – trem e barco a
vapor;
d. ( ) Inicio do século XX – avião; século XVI – trem e barco a vapor; final do século XIX –
automóvel;
e. ( ) nenhuma das alternativas está correta.
12. Sobre o sistema de transportes assinale a alternativa correta:
“Podemos dizer que ele é.......”
a. ( ) produtivo porque envolve entidades intervenientes, públicas e privadas; institucional
porque agrega vias, veículos e processos de produção; que ele é organizacional porque
contempla as regras em vigor;
b. ( ) produtivo porque agrega vias, veículos e processos produtivos; ele é institucional porque
contempla as regras em vigor; ele é organizacional porque envolve entidades intervenientes
públicas e privadas;
c. ( ) produtivo porque agrega vias, veículos e processos de produção; que ele é
organizacional porque contempla as regras em vigor; que é institucional porque envolve as
entidades intervenientes publicas;
d. ( ) produtivo porque contempla as regras em vigor; ele é institucional porque agrega vias,
veículos e processos de produção; ele é organizacional porque envolve entidades
intervenientes, públicas e privadas;
e. ( ) Nenhuma das alternativas está correta.
-Embalagem de cerveja:
Caixas de papelão com 12 latas de 350ml cada, medindo:
Comprimento..................20,00cm
Largura...........................16,0cm
Altura..............................12,5cm
-Pallet de madeira:
Comprimento...................1,20m
Largura.............................0,80m
Altura................................0,15m
-Conteiner dry standard:
Comprimento.................. 12,035m;
Largura........................... 2,438m;
Altura.............................. 2,591m.
Pergunta-se:
a)Quantas caixas, no máximo, podem ser acomodadas em cada pellet que, unitizado (incluindo o pallet de
madeira), mede 2,15m de altura?
b)Qual a metragem cúbica de cada caixa?
c)Qual a metragem cúbica de cada pallet unitizado?
d)Com a resposta da questão “a”, quantas caixas teremos em 90 pallets?
e)Quantos pallets podem ser carregados num container com as dimensões fornecidas?
f) Se o conteinere fosse carregado com as caixas “avulsas” sem paletizar, quantas caixas caberiam?