Ebook Brincadeiras Terapeuticas PDF

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 48

Introdução

Oi, eu sou a Vanessa Galvani, sou mãe da Alice e da


Amanda, pedagoga, mestre em Educação, especialista
em educação e apoio emocional familiar e Instrutora
do Hand in Hand no Brasil.

Quando eu conheci a abordagem de Conexão e Escuta


eu me apaixonei pela leveza e pela diversão que ela
pode trazer para todos envolvidos. É algo novo e
efetivo, baseado nos mais recentes estudos da
Neurociência e da Neurobiologia e apoia mães e pais
cansados de tanta demanda e cobrança.

Nesse ebook eu vou compartilhar com você um pouco


sobre os dois tipos de brincadeiras da abordagem de
Conexão e Escuta, as brincadeiras extravagantes e
corporais, seus benefícios e algumas dúvidas que
sempre me perguntam.

São 10 brincadeiras extravagantes e 10 brincadeiras


corporais aqui no ebook. Para ter acesso a mais
brincadeiras terapêuticas acesse meu Instagram
@VanessaGalvaniOficial e pode pesquisar
#brincadeirasterapeuticas para garantir um momento
de muita diversão e conexão com seus filhos.

Beijos, Van

www.vanessagalvani.com.br
@VanessaGalvaniOficial
Youtube.com/c/VanessaGalvani
Canal do Telegram - https://t.me/vanessagalvani
O que são as brincadeiras terapêuticas?
Praticar as brincadeiras terapêuticas é uma forma
de construir uma ponte com laços emocionais
profundos entre pais e filhos. As brincadeiras
terapêuticas com toda sua exuberância podem
liberar o estresse que a parentalidade gera em nós
adultos e também ajuda a criança a liberar
tensões emocionais.

As brincadeiras terapêuticas são uma forma de


entrar no mundo da criança, nas condições que ela
impõe, em ordem de promover vínculo, confiança e
conexão. Brincar é também a forma que a criança
faz do mundo uma parte dela, explorando, e dando
sentido para todas suas novas experiências, e se
recuperando das chateações da vida.

Mas brincar com as crianças pode ser muito


desafiador para nós pais. Primeiro porque as
brincadeiras escolhidas pelos nossos filhos podem
não nos agradar muito, e segundo porque nós não
temos muito espaço em nossas vidas para
diversão e brincadeiras. Nós estamos com os
nossos dias cheios de obrigações, estresse e muito
trabalho. E talvez nós estejamos muito enrijecidos,
cansados ou entediados para tentar sentar no
chão e brincar com nossas crianças.
Brincadeiras Extravagantes
Definição
Brincadeiras Extravagantes são brincadeiras que
tem como objetivo principal fazer a criança
gargalhar para extravasar tensões emocionais
através das gargalhadas. Essas brincadeiras tem
que ser espontâneas, e você deve evitar fazer
cócegas nas crianças, pois cócegas não são
espontâneas e geralmente a criança não tem o
controle sobre quando parar e sobre a intensidade.

Geralmente as brincadeiras extravagantes tem dois


focos principais: você dar poder para a criança e
com isso você troca de papel, e assume um papel
de alguém com menos poder e menos habilidade,
e ser qualquer tipo de brincadeira que a criança
comece a rir.

Seus Benefícios
As Brincadeiras Extravagantes promovem as
gargalhadas e com elas, a criança libera tensões
emocionais, dissolve o medo e o embaraço,
constrói conexão e constrói segurança emocional.
1. Promove proximidade e vínculo ao invés
   de isolamento
Quando nossos filhos são bebês e nós começamos
a olhar para eles intensamente e com muito amor,
eles começam a usar a brincadeira como uma
forma de conectar. Depois eles crescem e
perdemos esse contato visual intenso, por isso que
a brincadeiras extravagantes são tão importantes!

Qualquer brincadeira pode trazer diversão, alegria e


aproximar as pessoas, mas somente alguns tipos
de brincadeiras podem promover a conexão
(brincadeiras extravagantes e corporais).

As crianças perdem conexão com a gente


facilmente, e às vezes é difícil para a criança se
reconectar novamente. Elas podem estar se
sentindo isoladas. E quando uma criança se sente
isolada, ela se sente deprimida e excluída. Ou às
vezes ela pode parecer hiperativa, sem a
capacidade de prestar atenção, ficar quieta ou se
acalmar.

Aqui alguns sinais de que a criança se sente


isolada:
Ela diz "Eu estou entediada"
"Ninguém gosta de mim"
Ela parece estar triste
Parece sempre estar em cima do muro e não
toma decisões
E muitas vezes nós estamos focados no
comportamento difícil e desafiador da criança e
não vemos que existe uma dor por baixo disso, ou
até vemos essa dor, mas nos sentimos inúteis por
não saber como ajudar.

Existem momentos difíceis para todos os pais


durante a parentalidade, e o que precisamos são
de "chaves" para abrir a porta para tirar a criança
do isolamento e ajudar a criança a voltar a brincar.

As brincadeiras terapêuticas promovem isso!

2. Promove confiança ao invés de insegurança

Crianças que estão muito frustradas, ou estão


incapazes de usar a brincadeira para dominar
habilidades para o seu mundo, se retiram e se
excluem, o que estudiosos chamam de torre da
insegurança (ou sem poder). A criança nesse
estado alterna em parecer fraca e desamparada e
selvagem e imprudente, até mesmo agressiva, mas
por baixo disso tudo se sentindo insegura e sem
poder.

Uma criança que está com medo de se machucar,


ou de ser rejeitada, ou que não acredita que pode
explorar o mundo diz coisas desse tipo:
"Eu não posso..."
"Eu não sou bom nisso..."
"O João está me batendo!"

E pode confundir a gente, pois como uma criança


agressiva, que bate, pode estar se sentindo sem
poder e insegura?

A Conexão e Escuta te ajudam a tirar a criança


dessa torre de isolamento, quando você usa as
brincadeiras para engajá-las divertidamente e
também ajuda as crianças a construírem a
confiança que é preciso para sair dessa torre.

3. Promove recuperação emocional ao invés


   de angústia emocional

Quando a criança sofre um acidente traumático,


ela pode se recuperar dele ao brincar de médico
por exemplo. Você pode perguntar a criança qual
brincadeira ela quer brincar e ela vai escolher a de
médico é claro. Ela vai querer ser o médico ou a
enfermeira e escolher você para ser o paciente
(igual foi com ela), e ai ela vai reproduzir com você
tudo o que fizeram com ela, a injeção, o curativo.

A brincadeira de tomar injeção pode ser de


mentirinha, mas a necessidade de recuperação
emocional é verdadeira. A criança escolhe essa
brincadeira de faz de conta porque ela quer uma
ajuda com esses sentimentos genuínos sobre uma
injeção que ela tomou de verdade. 

Essa não é somente uma brincadeira para se


divertir (mesmo que a criança se divirta bastante
com isso), é uma brincadeira com propósito.

O propósito é de voltar novamente ao acidente,


mas dessa vez deixando os sentimentos de medo
de lado - e geralmente com muitas gargalhadas.

E é por isso que a criança gosta de brincar dessa


brincadeira de novo e de novo.

Brincar é uma das melhores formas de engajar a


criança, tirando-a do seu desligamento emocional
ou mau comportamento, levando seu filho para um
lugar com conexão e confiança.
Dúvidas comuns
1. Mas parece que eu estou tirando sarro do meu
filho?
Se parece que você está tirando sarro do seu filho,
é porque você não está fazendo a brincadeira da
forma correta. O ideal é sempre a criança ter mais
poder e você ter o papel do mais fraco, mais
atrapalhado, do que sabe menos. Tente fazer a
brincadeira de uma outra forma.

2. Parece que, se eu sou divertido e brincalhão ele


nunca vai me levar a sério?
Isso na verdade é uma falsa crença que temos,
onde achamos que temos que ser sérios para que
as pessoas e crianças nos levem a sério. Mas a
grande sacada da Conexão e Escuta, é que
quando somos brincantes, a criança se conecta
com a gente e ela, se sentindo conectada, estará
mais propícia a aprender, a cooperar e a te
escutar.

3. Parece que eu estou ensinando algo errado


para ela.
Quando eu falo da brincadeira de falar palavrões
ou de falar sobre xixi e cocô, alguns pais ficam
chocados, acham que se fizerem isso estarão
ensinando aos filhos que podem fazer algo errado.
Mas na verdade não é isso, quando você possibilita
um momento, livre de regras, de proibições e que
promove a oportunidade de gargalhadas e com
elas, liberar tensão e aumentar a conexão entre
vocês, o resultado é completamente o oposto. A
criança sabe que aquele é o momento próprio
para isso e estará muito mais disposta a colaborar
com você nos outros momentos.

4. Mas quando eu brinco, eu não estou reforçando


esse tipo de comportamento?
Como na afirmação acima, a resposta é não, você
está focando em dar uma oportunidade para o seu
filho, para ele ter poder, para ele poder fazer algo
"errado" e as chances na verdade, é que esse tipo
de comportamento diminua e até pare de
acontecer fora desse momento.
Brincadeiras Corporais
Definição
Brincadeiras Corporais é uma brincadeira que flui
com espontaneidade, improvisação e com alegria.
É livre de preocupações sobre como nós estamos
parecendo ou quanto tempo está durando. É física,
e promove aptidão física, libera tensões e promove
o bem estar.

Brincadeiras Corporais são interativas, então


constrói conexões entre as crianças e seus pais,
especialmente quando eles vão para o chão e
entram em seu mundo de exuberância e
imaginação. E o mais importante, as Brincadeiras
Corporais são turbulentas, mas não perigosas.
Com segurança em mente, elas liberam a força da
vida criativa que cada pessoa possui, colocando
pra fora as nossas inibições e inflexibilidades.

Seus Benefícios
Brincar, especialmente as brincadeiras físicas,
como as Brincadeiras Corporais, fazem com que as
crianças fiquem inteligentes, emocionalmente
inteligentes, amáveis e amigáveis, éticas, em forma
e alegres.
Eu não estou exagerando (muito). As Brincadeiras
Corporais ativam várias partes do corpo e do
cérebro, da amígdala, que processa as emoções, e
do cerebelo, que cuida das complexas habilidades
motoras, e até do córtex pré frontal, que cuida dos
nossos altos níveis de julgamento. O resultado é
que cada momento de Brincadeira Corporal é
benéfico para o corpo e para o cérebro.

1. As crianças ficam inteligentes

As crianças ficam inteligentes porque os estudos


mostram que durante as Brincadeiras Corporais o
cérebro libera um fator neurotrófico. Esse fator
neurotrófico derivado do cérebro é como um
fertilizante para nossos cérebros. Ele ajuda a
estimular o crescimento de neurônios no
hipocampo e no córtex, ambos que são vitais para
um maior aprendizado, memória, linguagem e
lógica.

Quando a criança, sua mãe e/ou seu pai brincam


de Brincadeiras Corporais, eles ativam várias áreas
de cada um de seus cérebros, incluindo caminhos
para coordenação motora, criatividade e apego
emocional. Essa ativação coordenada constrói
conexões entre células e o cérebro, o que é uma
outra forma de dizer que se constrói inteligência.
2. As crianças tem inteligência emocional

Brincar, e especialmente as Brincadeiras Corporais,


promovem inteligência emocional. Então quando
algum pai me pergunta como ele pode assegurar
que o seu filho quando crescer seja próspero, seja
bem-sucedido, entre em uma boa universidade a
resposta é simples: muitas brincadeiras!

A inteligência emocional é sobre administrar suas


próprias emoções e ler acuradamente as emoções
do outro. É fácil ver porque essas habilidades são
tão vitais para o sucesso na vida adulta. É também
fácil de ver que a criança pequena notoriamente
tem uma falta dessas habilidades. Brincadeiras
Corporais ajudam as crianças a desenvolverem
essas habilidades. Numa boa brincadeira, você e
seu filho praticam revezar em alternar de estar
super animado a um estado mais calmo, o que
ajuda a criança aprender como administrar fortes
emoções.

As Brincadeiras Corporais usam comunicação


não-verbal para ensinar sobre emoções, o que é
muito mais efetivo do que aulas. Numa Brincadeira
Corporal de boa qualidade, você e seu filho vão
dividir muito contato visual, e esse é o melhor
caminho para construir uma boa habilidade de ler
- e se importar - com que o outro sente.
3. As crianças ficam amigáveis

Pesquisadores comprovaram que crianças que são


bem engajadas em Brincadeiras Corporais são
mais amigáveis e que crianças que não fazem
esse tipo de brincadeira se envolvem mais em
agressões. Depois de entrevistar os alunos,
descobriram que os que são mais amigáveis
conseguem facilmente distinguir uma brincadeira
de agressão, mas as crianças que não são
amigáveis tem mais dificuldade de diferenciar isso.

O resultado é previsível: se você brinca de brigar


com alguém que não sabe dizer que você está
brincando, você tem uma grande probabilidade de
levar um soco de volta. As pesquisas concluíram
que as Brincadeiras Corporais têm um papel
importante de ajudar as crianças a desenvolverem
habilidades sociais e de resolver conflitos.

4. As crianças ficam éticas e com moral

Um comportamento moral pode ser quando uma


pessoa se preocupa mais com a ideia de todos se
divertirem juntos do que sobre ganhar.

Uma pesquisa comprova que as Brincadeiras


Corporais muito mais previnem do que causam o
comportamento violento. E ainda afirma que esse
tipo de brincadeira é necessária para o
desenvolvimento e manutenção da consciência
social, cooperação, justiça e altruísmo.

Em outras palavras, quando a gente faz


Brincadeiras Corporais com nossos filhos, nós
modelamos algo para eles: como alguém que é
maior e mais forte se retém. Nós ensinamos,
autocontrole, justiça e empatia. Nós deixamos eles
ganharem, o que dá para eles confiança e
demonstra que ganhar não é tudo. Nós confiamos
neles, mostramos que podem confiar em nós, e os
encorajamos a confiarem em si mesmos. Isso tudo
forma os pontos para um compasso moral
saudável, o que irá servir para guiá-los quando
deixarem nossas casas e forem para o mundo.

5. As crianças ficam em forma

Aptidão física não somente sobre a força do corpo.


Também requer um complexo aprendizado motor,
concentração, coordenação, controle corporal, um
sistema cardiovascular em forma e flexibilidade.
Alguns dos movimentos das Brincadeiras Corporais
requerem extrema concentração e força, e outros
demandam coordenação e flexibilidade.
6. Proporciona alegria
No livro Affective Neurocience, Paksepp explica que
os circuitos do cérebro são dedicados a várias
tarefas: linguagem, memória, apego e claro brincar.
Ele descobriu que os circuitos nos mamíferos que
são ativados durante a brincadeira, principalmente
as Brincadeiras Corporais, resultam em muita
alegria.

7. Os adultos também têm benefícios


Não são somente as crianças e seus cérebros que
se beneficiam das brincadeiras, nossos cérebros
também precisam se exercitar. A brincadeira
proporciona ao nosso cérebro catalisar
neurogênese (crescimento das células do nervo).
Estudos mostram a relação entre fazer quebra-
cabeça, brincadeiras, jogos e outras formas de
brincar nos ajudam a prevenir contra doenças
degenerativas. Ou seja, sentar no chão e brincar
com o seu filho ainda por cima pode te ajudar a
prevenir de Alzheimer.

A Brincadeira Corporal é a melhor forma para


mães, pais e crianças construírem um vínculo
longo, forte e próximo. Obviamente, esse apego é a
boa notícia para muitas crianças, e principalmente
para alguns pais, pois muitos não tiveram muito
desse vínculo e dessa proximidade com seus pais
quando eram crianças.
Dúvidas comuns
1. E se meu filho se machucar?
Machucar pode acontecer e faz parte da vida. Não
deixe o seu medo te bloquear de proporcionar essa
oportunidade de conexão, contato físico e diversão
para o seu filho.

2. E se ele ficar com medo?


Dê um passo para trás, e tente uma brincadeira de
nível mais básico e que seja mais simples, mas
uma coisa é fato: as crianças amam esse tipo de
brincadeira e quanto antes você começar melhor
será.

3. E se eu não me sentir segura(o) de fazer esse


tipo de brincadeira?
Comece devagar, treine as poucos com alguma
boneca, e se alguma brincadeira você realmente
não se sentir segura(o) de fazer, deixe que o pai ou
a mãe, uma tia ou tio façam essa brincadeira.

4. Alguns pais se preocupam que essas


brincadeiras podem incentivar a criança a ter
TDHA (Transtorno de Deficit de Atenção com
HIperatividade)
De jeito nenhum! As pesquisas mostram na
verdade que pode ser o contrário, as crianças que
não tem oportunidades para extravasar e liberar
tensões emocionais, elas sim podem estar
inquietas e hiperativas e sendo até mesmo
diagnosticadas com um falso TDHA. E portanto, as
brincadeiras corporais oferecem oportunidade
para a criança colocar tudo isso para fora. Nos
Estados Unidos, algumas clínicas de tratamento
tem programas baseados em Brincadeiras
Corporais para prevenir e tratar o TDHA.
1. Monstro do Beijo
Você vai se transformar magicamente em um
Monstro de Beijo. Você fala para o seu filho,
"Agora eu sou o Monstro do Beijo e eu preciso
beijar você!", e então começa a brincadeira.

Você sai correndo atrás do seu filho dizendo:


"Por favor, venha aqui, eu preciso de beijos,
muitos beijos".

E pode apostar que as gargalhadas vão


começar. Pode substituir a palavra monstro por
outra se desejar. 
2. Mamãe atrapalhada
Essa brincadeira é fácil e divertida de fazer.
Você vai se tornar uma versão atrapalhada de
si mesma. Pense em tudo que geralmente faz, e
faz bem feito, que nesse momento você não
sabe mais como fazer. Você vai derrubar
comida da colher, vai tropeçar, vai colocar
coisas em lugares errados, vai trocar o nome
das coisas e de cores, vai colocar o chinelo no
pé errado.

Ou seja, tudo o que a criança faz o dia todo!


Para ela é tão frustrante cometer tantos erros
enquanto está aprendendo a desenvolver novas
habilidades, ela se sente sem poder perto das
habilidades incríveis que os adultos têm.

Brincar de mamãe atrapalhada, dá a


oportunidade da criança liberar todas essas
tensões acumuladas sobre tentar fazer as
coisas certas o tempo todo, e sobre não
conseguir e também sobre ser corrigida quase
que o tempo todo. Fora que ela vai gargalhar e
se divertir muito ao ver alguém que para ela é
tão "perfeito" de repente começar a cometer os
mesmos erros que ela.
3. Escova está viva
Esta brincadeira é ótima para quando a criança
não quer deixar escovar o cabelo ou os dentes.
Pegue a escova e "dê vida à ela!".

"Olha só, a escova tá viva, eu não


consigo mais controlar a minha mão!"

"Agora ela quer escovar meu nariz,


minhas orelhas e o que eu faço?"

"Socorro, alguém me ajude!"

Use sua criatividade.


4. Arma do Amor
O seu filho ama brincar com armas?
E ele aproveita para fazer brincadeiras
agressivas e violentas quando ele está com ela?
E você está cansada de falar pra ele não fazer
isso e fica preocupada se isso não pode ser um
incentivo a agressividade?

Então experimente usar essa brincadeira


extravasante!

Na próxima vez que ele pegar a arma para


brincar, você vai falar que ele encontrou a arma
do amor!

Que para onde ou para quem ele atirar, a


pessoa vai morrer de amor - POR ELE!!!

E então use a criatividade, diga: "Pronto, agora


eu estou completamente apaixonada por você,
vem aqui" e sai correndo atrás dele pela casa,
falando que você quer encher ele de beijos e
abraços, e eu aposto que você vai ter muita
diversão e muitas gargalhadas curativas!

Continue correndo atrás dele e brincando disso


enquanto você aguentar!
Essa brincadeira tem algumas variações: se ele
se trancar em um quarto, mande papeizinhos
com recados por debaixo da porta, com
corações, escrito que ama, e se ele ainda não
sabe ler, leia bem alto para ele, se ele vier
correndo para você com os braços balançando,
diga que você ama dançar e segure as duas
mãos dele e comece a dançar e cantar!
5. Mamãe Confusa
Essa brincadeira é uma variação da Mamãe
Atrapalhada, só que aqui, você vai ficar confusa
no sentido de trocar tudo mesmo, coloque
comida no prato de sobremesa, coloque suco
na xícara de café, coloque uma meia de cada
cor, coloque um sapato diferente do outro,
coloque óculos escuros dentro de casa, coloque
chapéu dentro de casa, casaco de chuva
quando está sol e por aí vai!!!
Garantia de muitas gargalhadas!
6. Hora do Palavrão
A hora do palavrão é uma brincadeira que você
vai falar para o seu filho que ele, por x tempo
poderá falar todo palavrão que quiser, ou
palavras que você considera feias como cocô,
por exemplo. E durante esse momento, você
também pode falar todo tipo de palavrão que
quiser e com certeza vai rolar muitas
gargalhadas. 
7. Não vá embora
Essa brincadeira é ótima para trabalhar
ansiedade de separação. Você vai fazer de
conta que o seu filho vai ter que sair e você
começa a dizer coisas como "Por favor, não me
deixe", segure na perna dele, puxe a mão dele,
"Eu gosto tanto de você", "Não vá embora", "Fique
comigo", "Eu quero você pra mim o tempo todo!",
"Por favor…...".

O importante aqui é ser divertido e não pode


parecer que você está tirando sarro do seu filho
quando ele faz isso, você pode também usar
bichinhos de pelúcia para fazer essa
brincadeira, pegue um para dizer isso e o outro
para ser o que vai embora, ou use o seu filho
para o que vai embora e um bichinho para o
que pede pra ficar.

O segredo das Brincadeiras Extravagantes são


as gargalhadas, se a criança não começar a rir,
mude a estratégia, faça de outra forma!
8. Eu quero ISSO desse JEITO
Muitas vezes a criança está inflexível e só quer
uma coisa de um determinado jeito como
demonstração de que está te pedindo limite.
Se você ainda não sabe disso, te aconselho a
baixar gratuitamente o meu ebook Você sabe
quando é hora de colocar limite no seu filho,
onde eu aprofundo e explico melhor isso.

Quando você brinca de Eu quero ISSO desse


JEITO, você vai demonstrar de uma forma
divertida e sem tirar sarro da criança que às
vezes você também se sente dessa forma, de
que nada está bom para você.

O seu filho, ao te ver no "papel dele" vai relaxar,


ficar aliviado de ver outra pessoa que sente o
mesmo que ele (mesmo que seja de
brincadeira), vai se sentir com mais poder, pois
agora vocês estarão com os papéis invertidos e
vai gargalhar e liberar a tensão que está
guardada.
Vale falar o que quiser e soltar a imaginação:

"Eu quero colocar minha blusa do avesso"


"Eu quero meu pão com ketchup"
"Eu quero dormir de uniforme da escola"
"Eu quero escovar os dentes com a escova de
cabelo"
9. Mamãe exagerada
Essa é super fácil e muito divertida, você vai virar
uma nova versão de você mesma, mais
exagerada.

Seu tom de voz vai mudar, você pode falar


cantando, baixinho, muito alto, muito baixo, você
pode prender o cabelo de outra forma, usar
roupas diferentes sem combinar, o segredo aqui
é MUDAR e EXAGERAR!

Essa brincadeira é garantia de muitas


gargalhadas!
10. Abraço Vigoroso
Essa brincadeira é simples e como o próprio
nome diz, você vai dar um abraço forte e
vigoroso na criança. Você pode avisar antes e
ela pode sair correndo e fugir, ou você pode
chegar de surpresa e abraçar!

Você também pode usar essa brincadeira para


dar limites ao seu filho. Porque quem disse que
para dar limite você tem que estar séria, ser
brava ou autoritária?

Se o seu filho está indo pegar o brinquedo da


irmã ou fazer algo que não pode, saia correndo
atrás dele e dê o abraço vigoroso. Ele vai
gargalhar e esquecer do que ia fazer, porque na
verdade a intenção por trás de todo mau
comportamento é sempre de uma necessidade
emocional: escuta ou conexão, e seja qual for, a
criança nessa hora já conseguiu a sua atenção,
que era o que ela está querendo, e logo se
esquece do que estava fazendo de errado.
1. Avião
Idade:                            6 meses a 6 anos
Dificuldade:                   Fácil
Habilidade Essencial:    Conheça seus limites

Deite-se no chão, dobre suas pernas em um


ângulo de 45 graus e deixe as suas pernas no
ar. Com suas mãos, segure o seu filho e o
coloque na parte dobrada da sua perna. Segure
seus braços e comece então a voar. No começo
você pode somente fazer alguns movimentos
com as pernas, depois pode adicionar algumas
turbulências e chocalhos sempre avisando a
criança antes, e depois de muitas gargalhadas
e ela estiver acostumada com essa brincadeira,
adicione também algumas turbulências
surpresas.
2. PIF, PAF, PUF
Idade:                            18 meses a 6 anos
Dificuldade:                   Médio
Habilidade Essencial:    Pratique, Conheça seus limites

Você vai colocar a criança virada para você, o


rosto dela estará de frente com suas pernas, e
então você faz o movimento de segurar pelas
pernas dela e levantar ela de ponta cabeça,
com o rosto dela virando para fora, o corpo dela
encostado no seu mas ela de frente para a
paisagem. E então começa a brincadeira, você
pode sair andando por aí, dizendo "PIF, PAF, PUF,
eu vou pegar você", como se você fosse um
monstro que fala PIF PAF PUF e gosta de pegar
crianças para se divertir com elas. Essa
brincadeira é ótima também para dar limites.
3. Tapete Mágico Voador
Idade:                            2 a 6
Dificuldade:                   Médio
Habilidade Essencial:    Pensamento divergente

Essa brincadeira é idealmente realizada com


dois ou quatro adultos, mas também pode se
brincar sozinho com uma criança pequena o
suficiente ou um adulto bastante forte.
A criança deita-se sobre o cobertor e os
adultos agarram os quatro cantos, tomam-se
no ar e correm ao redor. Pode ser uma
surpresa emocionante para a criança, quando
não consegue ver o que está acontecendo.
Quando apenas um adulto estiver brincando, a
criança deve estar na diagonal na manta para
que sua cabeça esteja apontada para um
canto e seus pés em direção ao canto
diagonalmente oposto; quando você o levantar,
junte as bordas do cobertor como um saco ou
uma rede. Relacione apenas 1 a 2 pés do chão
para minimizar o impacto em caso de queda,
mas cuidado ao passar pelo solo enquanto
corre.

Variação: com pelo menos um adulto por canto,


e mais pessoas nas laterais para crianças
maiores, espalhe o cobertor na altura da cintura
em vez de juntá-lo em um pacote. Obtenha um
ritmo indo com pouco de saltos para cima e
para baixo; na contagem de três, arremesse a
criança no ar. Certifique-se de pegá-lo a
poucos metros acima do solo, para que o
cobertor tenha espaço para ceder no meio, sem
permitir que ele bata no chão ao pousar. Com
pessoas suficientes segurando o cobertor, seus
filhos vão adorar ser jogados no ar.
4. Rolo Compressor
Idade:                            6 meses pra cima
Dificuldade:                   Fácil
Habilidade Essencial:    Flexibilidade

Este movimento serve como modelo do contato


físico. Deite de costas e coloque seu filho em
cima de você, barriga a barriga. Envolva seus
braços ao redor dele. Agora, rolem juntos,
mantendo o contato barriga-a-barriga, de
modo que ele esteja de costas e você esteja no
topo. (Evite esmagar seu filho usando os
cotovelos para sustentar seu peso quando
estiver no topo; isso também ajudará a manter
uma velocidade estável conforme você rola.)
Continue por três rolos e depois inverta, rolando
na direção oposta. Depois de dominar esse
movimento em uma superfície plana, vá para
uma colina.

Se o seu filho tiver menos de 18 meses, coloque


uma das mãos na parte de trás da cabeça
durante todo o movimento e mantenha quase
todo o seu peso nos cotovelos.
5. Beija-flor
Idade:                            12 e mais
Dificuldade:                   Difícil
Habilidade Essencial:    Flexibilidade

O beija-flor é a única ave da Terra capaz de


voar para trás. O beija-flor masculino de Anna
(Calypte anna) também foi recentemente
nomeado o animal mais rápido do planeta,
viajando a velocidades que ultrapassam 385
vezes o comprimento do seu corpo por
segundo. Por isso o nome dessa brincadeira.
Fique em pé e de costas um para o outro com o
seu filho. Segure as mãos um do outro (o ideal é
que você tenha aproximadamente a mesma
altura, portanto as crianças menores devem
ficar em uma cadeira). Incline-se para frente no
quadril e, ao mesmo tempo, seu filho deve levar
os joelhos até o peito. Com um movimento
rápido, levante e vire-o diretamente sobre sua
cabeça e para o chão. Suas mãos permanecem
juntas durante todo o tempo. As mãos do
observador devem ser colocadas debaixo das
coxas da criança antes de começar a virada e
guiá-lo durante todo o movimento. Uma versão
mais fácil, tirada do manual de dança do swing,
é travar os cotovelos (em vez das mãos) para
fazer a virada.

Variação: Seu filho fica com as pernas


afastadas. Agache-se atrás dele e coloque a
cabeça entre as pernas dele (de modo que ele
esteja meio que sentado no seu pescoço).
Agora, levante-se em um movimento rápido
para que ele faça uma virada para trás e caia
atrás de você. Enquanto você está de pé, ele
deve levar os joelhos até o peito. Desta vez, a
mão do observador deve estar no peito /
abdome da criança para ajudar no movimento
inverso.
6. Guerra de travesseiros
Idade:                            4 e acima
Dificuldade:                   Fácil
Habilidade Essencial:    Perder e Ganhar

O melhor travesseiro para a pancada é o tipo


de dormir grande e fofo. Ao lutar contra o seu
oponente, sempre segure a parte com zíper do
travesseiro e bata com a outra extremidade
para evitar lesões como lacerações no globo
ocular. Os melhores travesseiros para
arremessar são travesseiros de sofá sem zíper.
Crianças mais velhas podem gostar de ter
objetivos, como por exemplo: dez chutes de
cabeça e cinco chutes de perna resultam em
uma vitória. As crianças mais novas adoram
quando você cai drasticamente depois de ser
atingido. Sempre combine sua força com a da
criança.
7. Bola Humana
Idade:                            12 e mais
Dificuldade:                   Difícil
Habilidade Essencial:    Flexibilidade, Conheça seus limites

Neste movimento, você e seu filho realizarão


uma série de jogadas avançadas. Porque você
estará conectado um ao outro, este movimento
funciona apenas com crianças que estão quase
na sua altura. Comece por ficar em um tapete
ou grama macia, pernas na largura dos ombros.
Deixe seu filho deitar de costas, com a cabeça
entre os pés. Ele deve levantar as pernas em sua
direção; você agarra os tornozelos dele. Ao
mesmo tempo, ele agarra os seus tornozelos. 
Lentamente, abaixe-se em um rolo para a frente
sobre as pernas, levando-a para a posição em
pé para completar o próximo teste. Repetir.

Nota importante: Os rolos dianteiros podem


causar tontura. Faça alguns você nessa posição
antes de trocar com o seu filho.
8. Canhão Humano
Idade:                            5 e acima
Dificuldade:                   Difícil
Habilidade Essencial:    Liberar e capturar, detecta

Comece colocando um colchão no chão. Em


seguida, deite-se de costas, estenda os braços
em um T com as palmas voltadas para cima e
coloque os pés no chão, dobrando os joelhos.
Seus dedos devem tocar (ou aproximar-se) da
borda do colchão.
Peça ao seu filho que fique de pé descalço
sobre as mãos e, debruçado sobre o tronco,
coloque as mãos nos seus joelhos. Em seguida,
ele deve saltar suavemente para cima e para
baixo em suas mãos. Quando estiver pronto,
conte 3-2-1 e, em seguida, lance-o (com um
ângulo de aproximadamente 45 graus) sobre
os joelhos e para o ar, adicionando um "Boom!"
bem alto na decolagem. A criança deve fazer
uma virada lateral no colchão. Dependendo de
sua experiência de idade, você pode praticar o
pouso algumas vezes antes de disparar o
canhão.
9. Escalando a montanha
Idade:                            5 e acima
Dificuldade:                   Difícil
Habilidade Essencial:    Liberar e capturar, detecta

Neste movimento, você se torna uma mini-


versão de uma montanha e seu filho tenta uma
ascensão ousada! Existem três níveis:
(1) nível do mar - o solo ou o tapete no qual
você está realizando o movimento;
(2) acampamento base - na metade do corpo,
geralmente no nível do quadril; e
(3) ápice - sentado em seus ombros.

Seu filho deve ficar de frente para você, segurar


suas mãos e começar a subir suas pernas para
os vários níveis. 
10. Lutar pela criança
Idade:                            1 e acima
Dificuldade:                   Fácil
Habilidade Essencial:    Conheça seus limites

Com outro adulto, comecem uma disputa para


ficar com a criança, comece dizendo "Ele é
meu!". E segure e/ou puxe a criança por um
braço e o outro adulto responde da mesma
forma puxando a criança pelo outro braço.
Referências Bibliográficas
BROWN, S., with Vaughn, C. (2009). Play: How it Shapes the Brain,
Opens the Imagination, and Invigorates the Soul. New York: Penguin.

CARSON, J., Burks, V., & Parke, R. (1993). Parent-Child Physical Play:
Determinants and Consequences. In Parent-Child Play: Descriptions
and Implications. Albany: State University of New York Press.

COSBY Rogers and Janet Sawyers, Play in the Lives of Children


(Washington, D.C.; NAEYC, 1988)

FRY, D. (2004), Rough-and-Tumble Play in Humans. The Nature of


Play: Great Apes and Humans. New York: Guilford Press.

GRETA Fein and Nancy Wiltz, Play as Children See It", in Play from Birth
to Tewlve and Beyond, ed. Doris P. Fromberg (New Yorl: Garlanda
Publishing, 1998)

PANKSEPP, J. (2004). Affective Neuroscience: The Foundations of


Human and Animal Emotions. New York: Oxford Universisty Press.

PELLEGRINI, A. (1995). The Future of Play Theory: A Multidisciplinary


Inquiry into the Contributions of Brian Sutton-Smith. New York: State
University of New York Press.

PELLEGRINI, A. (1991). Children's Rough-and-Tumble Play: Issues in


Categorization and Function. In L. Weis, P. Altbach, G. Kelly, & H. Petries
(Eds.), Critical Perspectives on Early Childhood Education, New York:
State University of New York Press.

PELLIS, S., & V. Pellis. (2007). Rough-and-Tumble Play and the


Development of the Social Brain.

REED & BROWN. (2005). Outdoor Learning and Play Ages 8 - 12.
Maryland: Association for Childhood Education International.

SMITH, P. (2010). Children and Play. Hoboken, NJ: Wiley-Blackwell.

VIRGINIA Axline, Play Therapy (New York: Ballantine, 1969).

Você também pode gostar