O Poder Da Linguagem Luiz Rohden PDF
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PREFACTO A 2a EDrÇAO
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adequadâ umâ vez que tiver tanta claÍeza quanto comporta o assunto,
pois não é possível exigirmos a mesma precisâo matemática em todos os
problema-s humanos'z-
O fôco centÍald€ste lir.ro é de expliciÍar e justiffcar questóes como: 4zrzrl
a orígem mítico-poética e.listintas concepções.le racionali.lade retóricrl
que prece.leram a Arte Retórica de Aristóteles, o que ela é e qual seu lugar
na süa obra e, poÍ fjjJ], qal seu sentido para o .tebate ÍilosóÍico atual?
lsso demandará a exposição e a compreensão da oratória, da retórica -
Homero, SoÊstas, Isóffates, Platão - até a aníise e síntese d^Arte Retóri«.
escrita pelo estagirita paIa entáo desdobmÍ os coÍolários do seu confronto
com outÉs áreas do saber. Com isso explicitaremos as origens da fflosoffa
da linguagem pelas difeÍentes concepçóes da arte retórica desenvolvida
pelos gregos. Nossa ênfase rccâiÍrí sobreÁ/te Retóict poÍ seÍ pÍi,JJleiÍa
^
obÍa es(:I:ita sobre o tema e porque reta encontamos uma espécie de teoria
do discuÍso, do uso e do poder da linguagem diretamente relacionada à
frlosofia dâ linguagem.
 presente obÍa diüde-se em duas partes: uma que podemos designâr
históÍico-excgética, composta pelos Capítulos 1 e 2i essa parte possui
um cafliteÍ mâis analítico que hermenêutico. Fiéis à formâ de fflosofar
do estagiÍita apÍesentamos, no Capítulo 1, uma compreensâo da arte
Íetódca na Antiguidade clássica que precede Aristóteles- Situaremos a
oÍigem da fetórica na cultuÍa grega, apresentando a visão de Homero e
dos poetas trágicos. Compóe esse capítulo a apresentação das pÍimeims
reflexôes e sistemâtizaçóes da arte retórica pelos sicilianos Córax e
Tísias, a concepção sofistica especialmente de Protágoras e córgias,
a visão de Isócrates. Na última paÍte desse capítulo apresentamos o
conceito de retófic:r desenvolüdo por Platão, especiaLnente em dois de
seus diálogos, o 6ó18?2s c o Fedro. CoÍ]..pÍeender bem a yisão platônica
acerca desse tema significa tomar consciência da origem prcconceituosa
que atualmente pesa sobre essâ ârte e entendeÍ a hegemonia de uIna
coÍrcepção unilateÍal de fitosofia que descarta a doría do universo
fflosófico.
No segundo capítulo, apresentaremos â á7/e Retórica de AÍistóteles
na qual confluíram as concepçóes de a.rte retórica desenvolyidas por
seus predecessores. PaÍa compÍeendê-Ia e desenvolver ô conceitô de
raciônalidâde retórica, apresefltaremos umâ üsáo geral da sua obra e de
seus predecessores Íetóricos. ÂbordâÍemos as críticas mais contundentes
aos eles, especialmente â Plâtão. Em seguida apresentaremos uma anáüse
d^Arte Retórica síí:t'Àndo-a na obra aristotélica e deffnindo o cooceito de
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O poder da lnguaAem: a Àrte Re!ór,.o dêArÉtótê ês
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ou seja, de coÍrceber e iustlffcaÍ o fflosofar como uma atír'ldade viva e
diÍrâmica, caso cootrário, coistruiremos sistenürs filosóficos estéreis,
herméticos, \âzios e incapazes de dizer algo piuzr nossâs ioquietaçóes e
problemas humanos, éticos, políticos.
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