Sermonário Código de Honra PDF
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Domingos Especiais
O programa de Objetivos:
Domingos especiais, 1. Desenvolver os jovens nas várias
é um programa vol- áreas de atuação da igreja.
2. Ter durante os domingos espe-
tado para as lideran-
ciais todas as funções de uma igreja
ças de jovens que funcionando de forma exemplar.
querem experimen- 3. Levantar interessados no estudo
tar um “algo a mais” da Bíblia. Estes interessados devem fi-
em suas igrejas. xar sua convicção durante a semana
A idéia é envolver de oração jovem que acontece no final
o máximo de jovens dos domingos especiais.
durante os domingos 4. Ter cultos bem organizados e
bem freqüentados durante os domin-
que forem determi-
gos à noite.
nados pela Associa-
ção/Missão, como Para desenvolver este programa,
sendo de responsabi- sugerimos que a liderança JA siga
lidade dos jovens. os seguintes passos:
1. Faça uma reunião da liderança
JA e assumam o compromisso de de-
senvolver o projeto “Domingos Especiais”.
2. Conversem com o pastor e com a comissão da igreja para
que toda a igreja esteja envolvida no projeto.
3. Façam propaganda para a igreja e desafiem os membros a
trazerem os convidados para a programação. Esta fase de prepa-
ração pode ser feita com vigílias e outros métodos de mobiliza-
ção da igreja.
4. Escolham os melhores pregadores do distrito ou convidem
pastores ou pregadores de outros distritos para participarem dos
domingos.
A. Equipe:
Amigo + Amigo. São os jovens que estarão dispostos a fazer
um contato pessoal com amigos e parentes para que estes este-
jam na igreja. Para ter sucesso em um convite, recomendamos:
1. Que o convite seja feito sem medo ou vergonha de estar
convidando para ir a uma programação na igreja.
2. Que o convite seja pessoal e que no ato do convite já seja
combinado a hora e o local que se encontrarão para irem JUN-
TOS a programação.
B. Louvor:
A equipe de louvor deve ter em mente que o seu trabalho é
tão importante quanto o do pregador.
Dicas importantes:
1. Treinem as músicas. É importante saber com antecedência
quais músicas a equipe de louvor irá dirigir.
2. Chegar 1 hora antes na igreja, para testar som, testar o mi-
crofone e para orarem.
3. Providenciar letra para toda a congregação. A música mais
conhecida da igreja, é completamente desconhecida para os con-
vidados.
C. Programação:
É importante que esta equipe esteja na igreja pelo menos
1 hora antes do início do culto. Esta equipe é o coração do
programa.
Os responsáveis desta equipe devem checar a equipe de lou-
vor, a mensagem musical e todos mais que estarão envolvidos no
programa do dia.
Para que não haja surpresas desagradáveis, é recomendável
que durante a semana seja feito um contato telefônico com as
pessoas que desempenharão alguma parte no programa.
D. Amigos do coração:
Jovens que possuem o dom de servir. Estes jovens devem
estar sentados em lugares estratégicos na igreja para poderem
ajudar os convidados nos seguintes aspectos:
1. Ajudar os convidados a encontrarem os textos bíblicos
2. Depois que o convidado entrar na igreja, a equipe “Amigos
do coração” deve ir até onde ele está sentado e cumprimentar
novamente, criando um clima de amizade.
3. Caso os convidados estejam acompanhados de crianças, a
equipe “Amigos do Coração”deve estar atento para, caso precise,
pegar as crianças e levar para fora da igreja. Desta forma os pais
terão tranqüilidade em assistir o culto.
F. Equipe: Algo+
Esta equipe é responsável em desenvolver em todos os even-
tos ou em alguns dias, um momento pós culto.
Este momento pode ser com um chá com biscoitos, suco, pipo-
ca etc. A idéia é que aconteça algo+ do que o culto.
I. Equipe: Recepção
Sua igreja tem uma boa recepção? Se sim, ótimo. Eles podem fazer
esta parte a cada domingo. Se não existir nenhuma equipe, os jovens
podem fazer este trabalho em sintonia com o Ministério da Mulher
da igreja local Esta equipe deve ser formada por pessoas sorridentes
e de bem com a vida. A idéia não é simplesmente cumprimentar,
mas é criar um ambiente agradável para o convidado. As pessoas
que não fazem parte da igreja NÃO DEVEM SER CHAMDAS DE
VISITA, mas eles são os nossos... CONVIDADOS. Pode ser feito um
cadastro na porta da igreja com nome e telefone.Não mais do que
estas duas informações. A equipe de recepção deve dizer que estes
dados serão necessários para o sorteio durante o programa.
A equipe de recepção são os guardiões dos convidados. Por
isto, devem cuidar para que eles se sintam bem na igreja.
~
Observacoes:
‘
Introdução
Você conhece a história de Carl Brashear? Ele nasceu em
1931, numa humilde fazenda dos Estados Unidos e teve que
conviver com o preconceito racial durante a sua vida. Sua
família era muito pobre, mas isso não impediu que Brashear
tivesse sonhos riquíssimos: chegar ao posto de marinheiro
chefe da marinha americana. Já descobriu de quem estou
falando? Esse foi o personagem verídico que Cuba Goo-
ding Jr. representou no filme “Homens de Honra”, gravado
em 2000. Sua trajetória foi marcada pela persistência, deter-
minação, luta contra o racismo e... honra. Brashear alcan-
çou cerca de 14 medalhas e condecorações. Foi o primeiro
mergulhador negro oficial da Marinha e o primeiro a ser
reintegrado após ter uma perna amputada. Em outubro de
2000, foi homenageado pelo secretário da defesa americana
pelos 42 anos de serviços prestados ao país. Todas as suas
vitórias foram motivadas pela crença: “Não é um pecado
cair. É um pecado continuar no chão. Eu não vou deixar
ninguém roubar os meus sonhos”.
Essa história ilustra o sonho de Deus para nós. Deus
não quer ver seus filhos frustrados, com sonhos não reali-
zados, sendo vencidos pelas tentações e problemas deste
mundo. Deus quer que sejamos homens e mulheres de
honra, que não tenham medo de enfrentar o pecado. “Se
cair, não permaneça no chão. Não desista!” – é o chamado
de Deus para nós.
Alcançar a honra, porém, não é tarefa de um dia – é obra
de uma vida. Exige esforço. O problema é que gostamos da
honra, almejamos tê-la, mas somos fracos em lutar por ela.
Introdução II
Você já ouviu falar de relativismo moral? Esse conceito
filosófico faz parte de nossa sociedade pluralista e humanis-
ta atual. Segundo essa filosofia, nada é objetivamente certo
ou errado, bom ou mau. Tudo depende do seu ponto de
vista. Não existe um “norte” ou critério que guie o compor-
tamento humano. Em outras palavras, não existe verdade
absoluta. Cada um é padrão de si mesmo. “Afinal, a nossa
natureza é totalmente diferente! Nossos gostos, nossos sen-
timentos, nossa visão de mundo!”, dizem os que advogam
essa ideia. Você já ouviu esse conceito, não?
Em meados de 1960 e 70, grande parte do mundo passou
por uma revolução nesse sentido. “É proibido proibir”, foi o
irônico slogan de uma sociedade que buscava abolir todo o
tipo de regras, exaltando o liberalismo e a sensualidade. “Siga
o seu coração, questione tudo, duvide de todos”, diziam.
• “Existe problema em mudar de sexo?”
• “Por que não posso ter um relacionamento extraconjugal?”
• “Posso ir à igreja e continuar tendo uma vida de liber-
tinagem?”
• “A Bíblia ainda é confiável hoje?”
• “Tenho que guardar todos os mandamentos da Lei de
Deus?”
E você pode acrescentar à lista outras dezenas de pergun-
tas. Princípios como o casamento, a sexualidade, a educação
de filhos e a autoridade da Bíblia (dentre muitos outros) es-
tão sendo seriamente questionados pelos “porquês” de uma
A Lei de Deus
Quero estudar com você três aspectos da Lei de Deus:
Sua origem, natureza e propósitos.
II. Natureza
Revela o caráter de Deus.
a) Salmo 19:7 diz: “A lei do Senhor é perfeita e restaura a
alma”. A lei é perfeita porque o Seu Autor é perfeito. Deus
não comete equívocos. E se a lei do Senhor é perfeita, então
ela não necessita ser abolida ou modificada, não é mesmo?
Além disso, o salmista Davi disse que ela “restaura a alma”.
Esse é um atributo de Cristo. Ele é o bom pastor que “refri-
gera a nossa alma” (Sl. 23:3). O apóstolo Paulo também afir-
mou: “A lei é santa; e o mandamento, santo, justo e bom”.
Rom. 7:12. Todos esses são predicados divinos.
b) Amor - “Quanto amo a Tua Lei! É a minha meditação,
todo o dia!” Sal. 119:97.
Amor e lei parecem coisas antagônicas, não é? “Como
alguém pode amar um código cheio de regras?” - Alguns
podem perguntar. “Existe felicidade e prazer em um ‘NÃO’?
Não faça isso, não faça aquilo...?”
Se você tem filhos, sabe o que vou dizer agora. Como
precisamos falar “NÃO” para nossas crianças! Tenho um
filho pequeno que não pode ver uma tomada elétrica, que
já corre para tocá-la. E olha que está apenas engatinhando.
Parece magnetismo! Você acha que dizer NÃO nessas horas
é autoritarismo ou coerção de liberdade? De jeito nenhum!
Isso se chama AMOR! Não quero que meu filho se machu-
que ou se queime.
A Lei de Deus funciona da mesma forma. Deus diz NÃO
porque Ele não quer ver Seus filhos sofrendo. E por trás de
III. Propósito
1) Revelar o pecado - Além de ser a lei do amor, os dez
mandamentos revelam o pecado. Como assim? Vamos aos
textos de Rom.3:20 e I Jo. 3:4: “Pela lei vem o pleno conhe-
cimento do pecado...” “Porque o pecado é a transgressão
da lei”. Se não houvesse lei, as pessoas não teriam conhe-
cimento de sua própria culpa e não teriam necessidade de
um Salvador. Que tristeza! Como um espelho que mostra a
nossa condição externa, a lei de Deus mostra a nossa con-
dição interna de pecado.
Esse conceito está embutido no capítulo 3 de Gênesis, no
chamado “protoevangelho”. Deus tinha dito a Adão e Eva que
2) Conduzir a Cristo
Paulo escreveu aos gálatas: “De maneira que a lei nos
serviu de aio para nos conduzir a Cristo, a fim de que fos-
semos justificados por fé”. Gl. 3:24. A palavra “aio” pode ser
traduzida como “professor” ou “pedagogo” da antiguidade.
Era aquele que não apenas conduzia o aluno ao saber, mas
era um verdadeiro disciplinador. A lei tem a mesma função.
Ela nos conduz a Cristo, através do intelecto ou da discipli-
na, mostrando-nos a necessidade de um Salvador. A lei não
nos salva. Muito menos nos perdoa. Ela só mostra a situ-
ação em que estamos e a posição em que devemos estar:
debaixo da graça de Cristo.
Conclusão
Ouvi a história de um menino que contrariou os manda-
mentos de sua mãe. Juninho tinha sete anos de idade e jun-
tamente com a sua família, foi passar as férias num acampa-
mento do interior. O lugar era muito aprazível. Havia muito
verde e lugares amplos para correr. Tudo o que uma criança
Introdução
Luiza era uma menina feliz e desfrutava um bom relacio-
namento com seu pai. Como todas as meninas de sua ida-
de, ela gostava de brincar, e era exemplar na escola e em
casa. Certo dia, seu pai viajou para bem longe e demorou
para voltar. Devido à ausência do pai, Luiza aproveitou para
comprar algo que seu pai não gostava: um bichinho de esti-
mação. E não era qualquer bicho, era um ratinho! Esse era
o grande sonho de sua vida. Os dias foram se passando e a
menina começou a temer a volta do pai, com medo de que
ele descobrisse a sua nova aquisição. Em outras palavras,
ela não queria que seu pai retornasse!
Você não acha que, em muitos momentos na vida, come-
temos o mesmo erro de Luiza? Valorizamos mais as coisas
do que a Deus. Trocamos a honra que deveria ser devotada
a Deus e a damos de “mão beijada” para as coisas deste
mundo. Esse assunto tem tudo a ver com adoração. Permi-
ta-me dar uns exemplos.
Gabriela era uma jovem que tinha um futuro acadêmico
brilhante. O dia do vestibular estava chegando, mas coinci-
diu com uma apresentação da sua dupla sertaneja predile-
ta. O que ela fez? Como era muito fã desta dupla, preferiu
perder o vestibular.
Outro jovem escreveu de “forma apaixonada” em seu blog:
“Eu adoro o Michael Jackson do fundo do meu coração”.
Revendo as prioridades
Outro dia, ouvi uma frase que dizia assim: “Deus é tudo
aquilo que você coloca em primeiro lugar na sua vida”. Eu
concordo. Sempre que priorizamos coisas ou pessoas acima
de Deus, estamos tirando Deus do trono e deixando-O em
último plano. Quais são os seus deuses modernos? Onde
estão suas prioridades?
Faça esse exercício comigo. O que você acha que deve
ser prioritário na vida de um cristão - FAMÍLIA, DEUS, ES-
PORTE, TRABALHO, TV e INTERNET? Se você pudesse
colocar essas coisas em ordem de prioridade, qual seria a
ordem? Com certeza, você “estufaria o peito” e diria mais
ou menos assim:
1º- Deus
2º- Família
3º- Trabalho
4º- Esporte
5º - TV e internet
A quem adorar?
O dicionário define adoração como: “prestar um culto ou
homenagem; reverenciar uma divindade”. Todo ser humano,
independente da cultura ou nível social, tem o anseio de ado-
rar alguma coisa. Nós fomos criados para adorar. Sentimos a
necessidade da dependência do divino. Pode ser um indígena
do século XV ou um neoateísta do século XXI. Para alguns, o
soberano é o sol. Para outros, é a razão. Não importa. Todos
adoram. O problema é que, no contexto do grande conflito,
ou adoramos a Deus, ou a Satanás. Ou você está do lado do
bem ou do mal. Não existe a opção “em cima do muro”!
O convite de Deus para nós hoje, em pleno século XXI é:
“adorai aquele que fez o Céu, a Terra, o mar e as fontes das
águas”. Apoc. 14:7.
Quando Israel recebeu os dez mandamentos, estava ro-
Introdução
Você se lembra da campanha publicitária da Sprite feita
há alguns anos? O slogan era: “Imagem não é nada, sede é
tudo. Obedeça a sua sede. Beba Sprite”. Essa frase marcou
a bebida. Muitos, até hoje, quando ouvem a expressão “ima-
gem” lembram automaticamente desse slogan. Mas será
que é isso mesmo – “imagem não é nada”?
A verdade é que as imagens influenciam tremendamente
a nossa vida. Já ouviu a frase: “Pela contemplação somos
transformados”? Essa aí eu concordo em gênero e grau! As
imagens que vemos, aliadas ao que ouvimos e sentimos,
são capazes de moldar aquilo que somos. Então, as ima-
gens ou figuras são importantes. Pelo menos, “valem mais
do que mil palavras”!
Somos tremendamente visuais, capazes, por exemplo, de
avaliar a estética de uma pessoa em 2 segundos: cabelo, roupa,
sapato, etc. Algumas pessoas, é claro, têm essa capacidade um
pouco mais aguçada que as outras! Mas somos muito “ver para
comprar, ver para namorar, ver para se relacionar, ver para sen-
tir e... ver para crer”. Aí nós esbarramos na essência do segundo
mandamento, que envolve adoração àquilo que vemos.
Um ato de fé
Adoração é um ato de fé, você concorda? Sabe por quê?
Porque nós não estamos vendo a Deus. Mas isso não im-
A idolatria hoje
Quando penso nesse assunto de idolatria, imagino quantos
ídolos modernos temos criado. Você não acha que temos feito
da internet, muitas vezes, um ídolo? Poderíamos chamá-lo até
de “google-latria” ou “email-latria”! Não ficamos um dia sequer
sem conferir nossa caixa de e-mails. Isso sem falar da televi-
são. Esses “cultos”, geralmente, duram horas em nosso dia.
Um brasileiro passa, em média, de quatro a seis horas por dia
na frente da telinha. Você não acha que isso é um ídolo?
O culto à imagem
O slogan “imagem é tudo” não é novo. Ele foi muito pro-
clamado antigamente na Babilônia. Você deve se lembrar
da história dos três amigos de Daniel.
O povo estava alvoroçado. Ninguém falava outra coisa
nos salões de beleza, nos santuários e nas casas, a não ser
na grande estátua. “Você viu o tamanho daquela imagem?
Dá pra ver nitidamente da minha casa. Eu acordo todos
os dias com aquele brilho na minha janela!”. O outro dizia:
“Onde é que arrumaram tanto ouro pra fazer aquilo?” O
dia finalmente chegou e o convite foi feito. Todos deveriam
ir para a praça principal da cidade e deveriam se ajoelhar
diante da estátua de 26 metros de altura. Quem não adoras-
se a estátua do grande rei Nabucodonosor seria lançado na
fornalha de fogo. Trágico não?
E assim aconteceu. A orquestra tocou e o povo ajoelhou.
Introdução
Judson era um adolescente de classe alta e tinha tudo o
que um rapaz de sua idade almejava. Estudava em uma boa
escola, possuía muitos amigos e fazia parte de uma família
estável e bem conceituada na cidade. Seus pais eram in-
fluentes empresários e participavam da elite da sociedade.
Aos 16 anos, olhando algumas fotos de família, percebeu
que era muito diferente de todos os outros e desconfiou que
seus pais não eram realmente seus pais. Em conversa com
eles, descobriu que era filho adotivo desde os seis meses de
idade. Revoltou-se ao saber que sua mãe verdadeira o aban-
donou num latão de lixo e foi achado pelos pais adotivos.
O que você faria nessa situação? Agradeceria aos “no-
vos” pais pelo ato heroico ou ficaria revoltado?
Judson escolheu a segunda opção. Começou a tratar os
pais de forma leviana e injusta. Envolveu-se com más com-
panhias. Passou a roubar coisas dentro da própria casa e
vendia por drogas. Foi preso, acusado de matar uma pes-
soa. Por fim, difamou o nome da família naquela cidade.
Judson tinha tudo para ser uma pessoa bem sucedida,
você não acha? Possuía um “bom nome” por adoção, mas
não honrou este nome. Escolheu seguir o caminho da “não-
graça” e colheu as consequências disso. É sobre esse assun-
to que trata o terceiro mandamento: honrar o nome.
Introdução
Vivemos em um mundo agitado. Trânsito caótico, lojas
lotadas, correria para educar os filhos, confusões no tra-
balho... Ufa! O mundo não para! Parece que precisamos de
um dia maior, talvez de 30 horas! Infelizmente, não é ape-
nas o mundo exterior que anda agitado, mas o mundo inte-
rior também sofre desse mal do século XXI. Colocamos até
um nome nisso: estresse. Pensamento acelerado, problemas
emocionais, ansiedade, distúrbios alimentares, etc. A im-
pressão que dá é que a vida nos colocou num trem desgo-
vernado que caminha para um precipício.
Hoje, devido ao estresse do dia a dia, as pessoas têm:
- Esquecido filhos recém-nascidos dentro do carro, resul-
tando em tragédias;
- Esquecido as crianças na escola (Você já passou por
isso, não?);
- Esquecido datas importantes - Conheci a história de um
pastor que ia fazer o casamento da sobrinha, mas, por não
ter colocado a data em sua agenda, esqueceu completamen-
te a cerimônia tão importante e esperada!
Introdução
O que um filho pode fazer para recompensar o amor de
seu pai?
Há um tempo, um terrível terremoto devastou a Armênia.
Em menos de 4 minutos, mais de 30 mil pessoas morreram.
Após a tragédia, as pessoas começaram a chorar por seus
mortos. No meio da destruição, um homem passou a andar
em busca do que poderia ter sobrado de uma escola. Ele se
lembrava claramente da promessa que havia feito a seu fi-
lho: “Não importa o que acontecer, vou estar sempre ao seu
lado para ajudá-lo”. Agora, o filho tinha sido soterrado pela
fúria do terremoto. O que ele poderia fazer? Se você tem
filhos, sabe o que um drama assim representa. O homem
sabia que a sala onde seu filho estudava ficava na parte de
trás do prédio escolar, à direita. Localizou o lugar e come-
çou a cavar. As pessoas diziam para ele ir para casa, pois
não adiantava. Até os bombeiros tentaram pará-lo. Mas ele
dizia: “Em vez de reclamarem, por que não me ajudam?”
Em sua luta desesperada, o homem foi tirando entulho e
mais entulho. Cavou durante 8 horas. Nada. Chegou a 12 ho-
ras. Ainda nada. Passaram-se então 24 horas, 36 horas, e ele
continuava cavando. Fazia agora 38 horas. Ao tirar uma pe-
dra, ele ouviu uma voz. Chamou: “Armand!” A voz respondeu:
“Pai! Sou eu, pai!” Ao abraçar o filho, no meio da destruição,
teve o prazer de ouvir: “Eu disse para os meus amigos que
você viria, pois você me prometeu nunca me abandonar”. Ou-
A prática da honra
Como podemos honrar nossos pais na prática?
O Talmude diz que, por mais que uma pessoa honre seus
pais, nunca é suficiente. Sempre há mais que podemos di-
A promessa da honra
O quinto mandamento possui uma promessa a todos que
o observarem. É a fonte da juventude, ou melhor, a fonte da
longevidade! Paulo comentou: “Honra a teu pai e a tua mãe,
que é o primeiro mandamento com promessa; Para que te
vá bem, e vivas muito tempo sobre a terra.” Efésios 6:2 e 3.
Você não precisa tomar remédios caros para obter vida lon-
ga. Só precisa obedecer ao mandamento de Deus de amar
seus pais e torná-los felizes.
Conheci a história comovente de um homem que obser-
vou o quinto mandamento e obteve a recompensa. Aus-
tríaco, médico psiquiatra, Viktor Frankl dirigiu por algum
tempo o setor de Neurologia do Hospital Rothschild, na
Áustria. No início da década de 40, a fim de não enfrentar
os horrores da segunda guerra mundial, decidiu ir para os
Estados Unidos e continuar os seus estudos. Ao ir para
a embaixada, pensou: “Como fugirei da guerra e deixarei
meus pais para trás? Certamente eles irão para os campos
de concentração.” Ele mesmo conta que, quando chegou
em casa naquele dia, encontrou o pai, em lágrimas: “Os
Introdução
Notícia do dia: “A cada minuto, 97 pessoas morrem em
nosso planeta. São cerca de 140.000 mortes por dia, um mi-
lhão por semana”. Já percebeu que todo noticiário, revistas
e filmes falam do assunto da morte? Essa é uma verdadeira
estratégia de marketing para atrair a nossa atenção. Sabe
por quê? Porque a morte é um tema que produz indignação,
medo e curiosidade em todos nós.
A morte faz parte de nossa vida. A Bíblia diz que ela é
resultado do pecado (Rom. 6:23). Não importa a maneira
como foi provocada: assassinato, aborto, doença ou velhice.
Todos nós iremos passar por ela, pois somos pecadores.
Agora, existe um tipo de morte que desperta indignação:
homicídio. Quem não se indignou ao ver Suzanne Richtho-
fen planejando e executando, juntamente com os irmãos
Cravinhos, o assassinato dos próprios pais? E o que falar
do caso da menina Isabela Nardoni, que foi brutalmente
jogada da janela do seu apartamento? O próprio código pe-
nal brasileiro apresenta, do artigo 121 ao 128, os crimes e
punições aos responsáveis por homicídios.
E a lei de Deus, o que ela tem a nos dizer sobre o assas-
sinato? No sexto mandamento, Deus resume enfaticamente,
com duas palavras, o valor e o sentido da vida: “Não mata-
rás”. Êxodo 20:13. Esse é o mandamento que honra a vida
que Deus nos dá. Ninguém tem o direito de tirá-la.
O que é a vida?
Alguns cientistas americanos e japoneses calcularam a
As faces do homicídio
1) Aborto
Certo dia, um professor na Faculdade de Medicina da
Universidade da Califórnia propôs uma questão aos seus
alunos: “Aqui é a história da família. O pai tem sífilis. A
mãe tem tuberculose. Eles já tiveram quatro filhos. O pri-
meiro filho é cego. O segundo filho morreu. O terceiro filho
é surdo e o quarto filho tem tuberculose. A mãe está grá-
vida. Os pais estão dispostos a ter um aborto se for reco-
mendado. O que é que vocês recomendam para essa família
2) Suicídio
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, cer-
ca de 3 mil pessoas cometem suicídio no mundo por dia.
Estima-se que para cada pessoa que consegue se suicidar,
20 ou mais tentam sem sucesso e a maioria poderia ser pre-
vista e evitada. (fonte: www.abcdasaude.com.br)
Psicólogos e psiquiatras apresentam os motivos para o
suicídio: Pessoas que estão numa situação de extrema an-
gústia ou apresentam um estado psicótico; depressão; uma
doença incurável, sentimentos de perseguição, etc. Segun-
do os especialistas, essas pessoas acreditam que o suicídio
é a sua única saída para a resolução de seus problemas.
Agostinho escreveu que o cristão não pode cometer sui-
cídio, pois estará quebrando o mandamento “Não matarás”,
o qual proíbe matar a nós mesmos. Além disso, Agostinho
disse que a pessoa estaria matando a fé e a verdadeira
vida. Isso é verdade. Não temos o direito de tirar a própria
vida, pois somos feituras de Deus e templos do Espírito San-
to (I Cor. 3:16 e 17).
Mas existem outras formas de suicídio. Algumas pesso-
as morrem aos poucos, desperdiçando a vida com coisas
prejudiciais. Você não acha que uma pessoa que fuma, usa
bebidas alcoólicas e drogas não comete uma forma de suicí-
dio? E a glutonaria, não é uma forma de pré-suicídio? Algu-
mas pessoas estão matando a vida em “suaves” prestações,
destruindo o templo do Espírito Santo! Devemos cuidar do
nosso corpo e mente, além de zelarmos pelo uso do nosso
3) Homicídio doloso
Em Gênesis 4, vemos o primeiro homicídio ocorrido em
nosso planeta. Caim alimentou espírito de ódio e inveja con-
tra seu irmão Abel e tirou-lhe a vida. A partir de então,
a humanidade tem registrado constantemente histórias de
pessoas que quebraram o sexto mandamento, inspirados
por aquele que é “homicida desde o princípio” João 8:44.
“O homicídio existe primeiro na mente. Aquele que dá
ao ódio um lugar no coração, está pondo o pé no caminho
do assassínio... Os que, a qualquer suposta provocação, se
sentem em liberdade de condescender com a zanga ou res-
sentimento, estão abrindo o coração a Satanás”. O Desejado
de Todas as Nações, pág. 227.
4) Palavras negativas
Jesus mencionou o sexto mandamento no Sermão do Mon-
te, em Mateus 5-7. Ali, o Mestre apresentou a essência da Lei
e ampliou os dez mandamentos, em contrapartida ao ensina-
mento apresentado pelos fariseus. Ele disse: “Ouviste o que
foi dito aos antigos: ‘Não matarás’... Eu, porém, vos digo que
todo aquele que sem motivo, irar-se contra seu irmão estará
sujeito a mandamento no tribunal; e quem chamar-lhe tolo
estará sujeito ao inferno de fogo”. Mateus 5:21 e 22.
Podemos “matar” as pessoas com os nossos sentimentos
e palavras, sabia? Foi isso que Jesus disse nesses versos.
Tiago mencionou que a nossa língua é como uma “fagu-
lha que põe em brasas tão grande selva... é mal incontido,
carregado de veneno mortífero”. Tiago 3:5 e 8. É um órgão
tão pequeno que pode destruir o corpo inteiro. Quando di-
zemos a uma criança, por exemplo, que ela é burra ou tola,
Introdução
Há alguns anos, o álbum de família era composto por
pai, mãe, filhos. Hoje, o quadro mudou: o que parece pai
é o padrasto. O filho não está na foto, pois foi morar com
o pai. A menina? Viu como está vestida de preto e cober-
ta de piercings? O rapaz ao lado é o namorado dela. Está
morando com a “família”. É... Eles não se casaram. A mãe
diz que eles estão “se conhecendo”. Nessa foto, todos estão
sorrindo. Mas no dia a dia, é um “pé de guerra”. Como essa
família ficou desse jeito? A tragédia começou por causa de
um adultério.
Infelizmente, esse é o retrato de muitas famílias hoje. O que
deveria ser um jardim para o crescimento de nossos filhos,
se transformou numa selva hostil e densa. Por quê? O casal
esqueceu de oferecer ao seu cônjuge o presente principal do
casamento: fidelidade. Além disso, as famílias têm aberto bre-
chas para Satanás entrar e fazer o que bem quiser.
Em latim, “adultério” quer dizer “alteração, adulteração,
colocar uma coisa em lugar de outra, crime de falsidade,
uso de chaves falsas, contrato falso”. É isso o que acontece
quando violamos o dom da sexualidade e do compromisso
conjugal dados por Deus. A pureza sexual pode ser compa-
rada a um vaso de cristal valiosíssimo, que, ao ser quebra-
do, dificilmente poderá ser recuperado. Você pode até colar
as peças, colocar flores, mas nunca mais será o mesmo.
O sétimo mandamento, então, protege a nossa família e
nos leva a usar a “chave certa”. É o antídoto contra a frustra-
Digno de honra
Li uma história comovente de alguém que honrou os vo-
tos do casamento.
Em abril de 1912, após o Titanic bater em um iceberg,
cerca de duas mil e trezentas pessoas encararam a morte
face a face. Não havia botes salva-vidas suficientes para
todos. Apenas mil e cem pessoas poderiam abrigar-se em
meio às águas congelantes do Oceano Atlântico. Um oficial
dizia com insistência: “Apenas senhoras e crianças entrem
no bote. Depressa! Não temos um segundo sequer a per-
der”. Num impulso, o oficial agarrou o braço de uma pe-
quena anciã, Isidora Strauss, e empurrou-a em direção ao
bote. Ela olhou para o oficial e apontou para o marido. “Os
homens tem de ficar atrás. Somente mulheres e crianças!”
disse o oficial antes de Isidora pronunciar qualquer palavra.
Sem nenhuma hesitação, a senhora deu um passo para o
lado, saiu do bote e foi para o lado do esposo. Ela não dei-
xaria sozinho aquele com quem esteve casada tanto tempo.
Tomou-lhe a mão e vinte minutos depois, abraçados, desa-
pareceram nas águas geladas daquele oceano.
O casamento foi instituído por Deus no Éden, antes da
entrada do pecado. A Bíblia diz: “Então, o Senhor Deus fez
cair pesado sono sobre o homem, e este adormeceu; tomou
uma das suas costelas e fechou o lugar com carne. E a cos-
tela que o Senhor Deus tomara ao homem, transformou-a
numa mulher e lha trouxe”. Gênesis 2:21 e 22. Imagine a ale-
gria de Adão ao ver Eva, que era “osso dos seus ossos e car-
ne de sua carne”! Foi nesse encontro maravilhoso que Deus
instituiu o casamento como união sagrada e perpétua.
Se você não é casado ainda, pelo menos já foi a um casa-
mento, não é? Que dia inesquecível! Apesar da agitação dos
parentes e ansiedade dos noivos, é um dia memorável. O
O Mito
Você já ouviu falar do “mito da grama mais verde”? É
aquele indivíduo que pensa que a grama do vizinho está
sempre mais verde e bela que a sua. Eu quero inventar outro
A luta
Assim como fez com o sexto mandamento, Jesus am-
pliou a essência do sétimo no Sermão do Monte. Mateus
5:28 diz: “Eu, porém, vos digo: qualquer que olhar para uma
mulher com intenção impura, no coração, já adulterou com
ela”. O adultério acontece primeiro na mente, para depois
ocorrer na ação. Isso nos adverte a cuidarmos das “aveni-
das da alma”, principalmente os nossos olhos, pois eles são
“a lâmpada do corpo”. Mateus 6:22. (Veja Prov. 27:20)
Lutero escreveu sobre os pecados sexuais: “É um vício muito
perigoso e irrequieto este que se agita em todos os membros:
no coração com pensamentos, nos olhos com o que se vê, nos
ouvidos com o que se ouve, na boca com palavras, na mão, nos
pés e em todo o corpo com atos. Dominar tudo isso exige traba-
lho e esforço.” (Martinho Lutero, Ética Cristã, pág. 133.)
Agostinho acrescenta: “Entre todas as lutas dos cristãos, a luta
pela pureza é a mais dura”. Isso é verdade. Como os jovens são
assediados por imagens e músicas de conotação sensual hoje em
dia! A sexualidade virou motivo de piada, algo banal, como se
fosse uma “coisa” que os seres humanos pudessem manipular. E
isso está acessível a todos e a qualquer momento:
• Segundo o site Portal Social (www.portalsocial.org.br),
as palavras “sexo” e “pornografia” estão entre as cinco pala-
vras mais procuradas pelas crianças e adolescentes (8 a 18
Introdução
Na obra-prima de Victor Hugo, “Os Miseráveis”, Jean Valje-
an é um pobre campesino que passa dezenove anos na pri-
são por ter furtado um pão quando perecia de fome. Ao ser
libertado, sofreu rejeição da sociedade pelo fato de ser um ex-
presidiário. Porém, teve o rumo de sua vida mudado ao entrar
em contato com o bispo Myriel, que lhe ensinou uma grande
lição. Através da bondade, esforço e inteligência, Valjean tor-
nou-se um industrial e depois, prefeito de uma cidade.
Duas coisas podemos aprender dessa história publicada
há mais de dois séculos. Primeiro: O furto não compensa.
Como diz a primeira exortação bíblica sobre o furto: “No
suor do teu rosto comerás o teu pão”. Gênesis 3:19. Segun-
do: Ainda há chances de recuperação para as pessoas que
quebram o oitavo mandamento “Não furtarás”.
A Bíblia diz: “Aquele que furtava não furte mais; antes,
trabalhe, fazendo com as próprias mãos o que é bom, para
que tenha com que acudir ao necessitado”. Efésios 4:28. O
verso nos diz claramente que devemos trabalhar pela ma-
nutenção própria, ou seja, devemos conquistar e merecer
aquilo que gostaríamos de possuir.
Os juristas romanos escreveram: “A propriedade é o direi-
to de reivindicar e de conservar como seu aquilo que foi le-
gitimamente adquirido, de usar, gozar e dispor dessa coisa à
vontade, com exclusão de outrem, nos limites da lei.” (http://
pt.wikipedia.org/wiki/Furto) Percebeu que “propriedade” é
aquilo que foi adquirido de forma legítima? Então, furto sig-
nifica ultrapassar os limites e entrar na propriedade alheia.
Um crime da consciência
Um antigo conto chinês relata a história de um ladrão
que roubou um sino. Ao fugir do local do roubo, ele per-
cebeu que não conseguia fazer o sino parar de bater. Em
meio ao pânico e temor de ser descoberto, ele encontrou um
modo de sentir-se seguro: resolveu tapar os ouvidos para
não ouvir o sino!
Você sabia que o maior inimigo de quem rouba é a sua
própria consciência? (Apesar de que, para alguns, esta já
Introdução
Você já ouviu falar na Terra do Mexerico? Não? Ela fica
tão perto da gente! Fica situada junto à Baía da Falsidade,
onde a velha senhora Boato tem sua residência. Chegar lá é
muito fácil; a ociosidade o levará lá em menos de uma hora.
Você irá pegar a estrada dos Maldizentes, passará o Túnel
do Ódio, sendo a rua principal chamada “Dizem”, terminando
numa grande praça por nome “Ouvi Dizer”. No centro da ci-
dade está o “Parque das Mentiras”. Esse é um lugar perigoso,
onde acontecem muitos crimes. As últimas vítimas foram
um homem chamado “Bom Nome” e uma senhora conhecida
pelo apelido “Reputação”. Os assaltantes sempre se escon-
dem na “Vila da Difamação”. Evite, pois, a Terra do Mexerico.
Se entrar lá, dificilmente sairá dela! (Adaptado de Gotas de
Esperança, Alcy Francisco de Oliveira, pág. 235 e 236.)
O nono mandamento nos adverte contra os perigos da
“Terra do Mexerico”, causados pelo pequeno órgão do corpo
humano: a língua. Como administramos mal esse recurso
dado por Deus! O mandamento diz:“Não dirás falso teste-
munho contra o teu próximo”. Êxodo 20:16. Ele é uma pro-
teção contra a mentira e a maledicência, que são venenos
degradantes do caráter e da sociedade.
Mentir significa inventar uma verdade que não existe.
A mentira começa com a pessoa; a verdade é anterior a
ela. Quando mentimos, criamos uma realidade que não se
baseia em nenhum outro fato, a não ser nossa própria cria-
tividade. Por isso existe o ditado “a mentira tem pernas
O teste da mentira
Já ouviu falar do famoso “teste das três peneiras”? Antes
de falarmos algo, deveríamos medir nossas palavras pelos
três crivos apresentados nessa história.
“Certa vez, Augustus procurou o filósofo Sócrates e dis-
se-lhe:
- Sócrates, preciso contar-lhe algo sobre alguém! Você
não imagina o que me contaram a respeito de...
Nem chegou a terminar a frase, quando Sócrates ergueu
os olhos do livro que lia e perguntou:
- Espere um pouco Augustus. O que vai me contar já
passou pelo crivo das três peneiras? –
- Peneiras? Que peneiras?
- Sim. A primeira, Augustus, é a da VERDADE. Você
tem certeza de que o que vai me contar é absolutamente
verdadeiro?
- Não. Como posso saber? O que sei foi o que me contaram!
- Então suas palavras já vazaram a primeira peneira.
Vamos então para a segunda peneira: a BONDADE. O que
vai me contar, gostaria que os outros também dissessem a
seu respeito?
- Não, Sócrates! Absolutamente, não!
- Então suas palavras vazaram, também, a segunda pe-
Introdução
O décimo mandamento fala sobre a cobiça. O que é co-
biçar? “É um desejo ávido, veemente, de possuir bens ma-
teriais; ambição desmedida de riquezas.” (Novo Dicionário
Aurélio da Língua Portuguesa). Paulo diz que a avareza é
idolatria (Colossenses 3:5). Enquanto o segundo mandamen-
to (que fala da idolatria) nos adverte a não tornar as coisas
mais importantes do que Deus, o décimo diz que não deve-
mos torná-las também mais importantes que as pessoas.
Encobrindo o pecado
A Bíblia diz em Provérbios 28:13: “O que encobre as suas
transgressões jamais prosperará; mas o que as confessa e
deixa alcançará misericórdia.” Esse texto me faz lembrar a
história de um homem que encobriu a sua cobiça. O nome
dele era Acã. Ele pertencia à tribo de Judá e participou da
vitória de Israel contra Jericó. Foi uma batalha memorável,
na qual o nome de Deus foi exaltado. Mas junto com a vitó-
ria veio a advertência: “Tão somente guardai-vos das coisas
condenadas, para que, tendo-as vós condenado, não as to-
meis; e assim torneis maldito o arraial de Israel e o confun-
Dar ou receber?
O oposto da cobiça é dar. Em vez de olharmos para o pró-
ximo e cobiçarmos seus bens ou suas posses, por que não lhe
oferecemos essas coisas? Por que não lhe damos o nosso tem-
po, nossos bens e nossa felicidade? Não é isso o que a Bíblia
diz: “Mais bem-aventurado é dar que receber”? Atos 20:35.
“Viver para si mesmo é perecer. A avareza, o desejo de bene-
ficiar a si próprio, priva a alma da vida. É de Satanás o espírito
de ganhar e atrair para si. De Cristo é o espírito de dar e sacri-
ficar-se em benefício dos outros”. Parábolas de Jesus, pág. 259.
Introdução
O dia da luta finalmente chegou. Todos estavam ansio-
sos para a grande final da categoria “pesos pesados” da
Liga Mundial. O auditório lotado aguardava a entrada dos
grandes finalistas. De repente, a plateia ovaciona o primeiro
lutador que adentrava velozmente naquele recinto. Vesti-
do com trajes azuis, “Lei” era conduzido pelo seu treinador
para o ringue de luta, ao som da música “Quem cair, tem
que morrer! Quem cair, tem que morrer”. “Lei” era um luta-
dor experiente e permanecia invicto no campeonato. Será
que ele vencerá essa luta?
Subitamente, outra porta do auditório se abre e o segun-
do lutador adentra pela passarela central. A torcida parece
que vai à loucura. Faixas são erguidas e os flashes parecem
cegar a multidão eufórica. Com um traje vermelho, “Graça”
acena tranquilamente para os fãs ao subir no ringue. Seu
rosto estava tranquilo, confiante na vitória. Ele também é
um lutador experiente, que venceu todas as provas do cam-
peonato. E aí, será que ele é o favorito?
O juiz finalmente chama os dois para o centro do ringue.
As normas são ali lembradas e o valor do prêmio também.
Ambos estão eufóricos e confiantes. De repente, o gongo
anuncia o início do primeiro round. Lei e graça rapidamente
avançam um sobre o outro. Mas para o espanto da plateia,
acontece algo inesperado: ambos se abraçam. Eles não sa-
bem se choram ou dão risadas. “O que aconteceu?” diz o
juiz sem entender. Os repórteres entram no ringue e pro-
curam respostas para aquela cena inusitada. Então, para a
surpresa de todos, Lei diz: “Não haverá luta aqui. Ninguém
Alguém escreveu:
“Se a nossa maior necessidade fosse informação, Deus
nos teria enviado um educador.
Se a nossa maior necessidade fosse tecnologia, Deus nos
teria enviado um cientista.
Se a nossa maior necessidade fosse dinheiro, Deus nos
teria enviado um economista.
Se a nossa maior necessidade fosse prazer, Deus nos te-
ria enviado um artista.
Se a nossa maior necessidade fosse conduta, Deus nos
teria enviado um legislador.
Mas a nossa maior necessidade é o perdão, então, Deus
nos enviou um Salvador!”
Apenas Cristo pode nos salvar. Seu sacrifício foi todo-su-
ficiente para pagar a nossa dívida de pecado. (Rom. 6:23)
Mas e a lei? Se não serve para salvar, qual é o objetivo dela?
Aceitar a graça de Cristo já não me garante a salvação?
O teólogo alemão Dietrich Bonhoeffer popularizou nos
meios teológicos a expressão “graça barata” por meio de
seu livro Discipulado, escrito em 1937. Logo nas primeiras