Geografia Do Piaui 2 PDF
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O Piauí (sigla PI) é uma das 27 unidades federativas brasileiras, sendo com população de
(3.032.421 de habitantes). Tem um PIB de R$ 11.124.892 mil (23º maior) e um território de
251.529,186 km (11º maior) e uma densidade demográfica de 12,06 habitantes/km².
CAPITAL
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POVOAMENTO E COLONIZAÇÃO
Antes da implantação das fazendas de gado, é o índio a primeira atração oferecida aos
bandeirantes, que o tem como objeto de caça. O nativo era utilizado tanto em empreitadas
militares quanto nas tarefas diárias como escravo. O certo é que o território piauiense só é
desbravado quando as fronteiras das províncias vizinhas já estavam demarcadas. A posse
e a manutenção da terra serão feitas mediante luta armada entre posseiros e sesmeiros. O
grau de violência deste embate é desconhecido em outras partes do Nordeste ocidental.
Esta ocupação feita no sentido norte-sul, vai imprimir marcas indeléveis na paisagem
física (formato) e sócio-econômica (atraso e isolamento do sul) do Estado.
A existência de bons atributos naturais como amplas pastagens, rios perenes (na maior
parte do ano), relevo pouco acidentado, entres outros, favoreceram a prática da pecuária
extensiva que exigia pouco investimento.
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novamente atingida por uma insurreição, desta vez de caráter social e popular, a Balaiada.
Na segunda metade do século XIX, com a capital provincial já instalada em Teresina
(1852), o Piauí atravessa um longo período de relativa estabilidade política, mas também
de pouco crescimento econômico, em parte devido à permanência da pecuária tradicional,
extensiva, e ao predomínio das oligarquias rurais, facilitado pelo próprio isolamento do
estado, que a construção de uma ferrovia (Estrada de Ferro Central do Piauí) e de uma
companhia de navegação a vapor no Rio Parnaíba (Cia. de Navegação do Rio Parnaíba,
fundada em 1869) não consegue romper inteiramente.
SITUAÇÃO GEOGRÁFICA
O Piauí é um dos 9 estados que formam a região Nordeste, ocupando o trecho ocidental da
mesma. Forma juntamente com o Estado do Maranhão, o chamado Meio Norte ou
Nordeste Ocidental. Ocupando 252.378 km2 (16,2 %) dos 1.548.672 km2 que constituem a
região Nordeste do Brasil, é o terceiro maior estado nordestino, inferior apenas à Bahia e
ao Maranhão, e o décimo estado brasileiro, respondendo por 2,9 % do território nacional.
Sua grande distância latitudinal causa problemas como a dificuldade de comunicação
entre os setores dirigentes e o extremo Sul.
As grandes distâncias a serem vencidas têm gerado desejos separatistas, como o da criação
do Estado do Gurguéia ao Sul (60% da área; 25,79% da população). O principal argumento
defendido pelos separatistas é o de que estas longas distâncias a serem vencidas, colocam
o sul do estado em desvantagem. O norte é privilegiado com a maior proximidade da
capital. Percebe-se, no entanto, que argumentos desta natureza não se sustentam por si só.
Não é dividindo o território que os problemas serão resolvidos ou minimizados. A soma
dos esforços de todos os segmentos (político, civil e econômico), através do trabalho, da
educação, da seriedade e da probidade é irá trazer o desenvolvimento tão sonhado.
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O separatismo só acarretaria mais despesa para a União com a criação de mais uma
máquina administrativa de competência incerta. Se alguém é realmente capaz de fazer
algo pelo progresso do Piauí que o faça agora e não após esta possível separação.
Ao Norte: limita-se com o Oceano Atlântico, na Barra das Canárias, na Ilha Grande
de Santa Isabel, município de Parnaíba.
Ao Sul: Tocantins e Bahia são os estados limítrofes. A Chapada da Limpeza, em
Cristalândia, é o ponto extremo.
A Leste: o ponto extremo situa-se no município de Pio IX, nascente do rio Marçal,
na serra do Marçal. Como limites temos os estados do Ceará e Pernambuco.
A Oeste: curva do rio Parnaíba, no município de Santa Filomena. Toda fronteira
oeste é feita com o estado do Maranhão. O limite com o Maranhão, o maior, é de
1492 km e com o Tocantins, o menor, é de apenas 21 km, ou seja, menor que o limite
com o Oceano Atlântico que é de 66 km.
MASSAS DE AR
O Piauí está situado entre duas regiões climáticas bem distintas: o Sertão semi-árido e a
Amazônia quente e úmida. É, portanto, uma autêntica faixa de transição. Desta forma,
pode-se dizer que a dinâmica climática do estado caracteriza-se pela sua grande
complexidade. Um exemplo desta complexidade é a destacada variabilidade
pluviométrica registrada no tempo (chuvas concentradas em poucos meses) e no espaço
(distribuição espacial das chuvas). Em função de sua posição geográfica em área de baixas
latitudes, de altitudes predominantemente baixas e da atuam no Piauí as seguintes massas
de ar:
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1) Equatorial Atlântica (Ea) – forma os alísios de nordeste do Atlântico, que sopram
em julho, dando origem a uma aragem denominada de ‗vento parnaibano‘ que, ao
avançar pelo vale do rio Parnaíba, ameniza as noites calorentas da capital.
Determina ainda o regime pluviométrico denominado de Equatorial marítimo com
totais pluviométricos que variam entre 1.600 e 1.000 mm. Os municípios de
Luzilândia, Matias Olímpio, Barras e Porto acusam os maiores índices.
2) Equatorial Continental (Ec) – originária da Amazônia, atua nas áreas mais baixas
do estado, situadas próximas do rio Parnaíba e ao longo do litoral. Responsável
pelas chuvas de verão no sul, normalmente produz chuvas rápidas mas intensas,
acompanhadas de trovoadas. Em Teresina, não por acaso situada na Chapada do
Corisco, ocorre, em média, 60 trovoadas por ano, freqüentes no verão (10 a 11 dias
cada, mês de janeiro a abril) e muito raras a partir de maio.
3) Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) – também conhecida como ―equador
térmico‖, é uma faixa de encontro dos alísios situada entre o Equador e a latitude
de 2° a 7° S em seu deslocamento meridional mais significativo, quando causa
chuvas de verão-outono no centro-norte piauiense. Determina (em consórcio com a
Ec) o regime pluviométrico (Equatorial continental) da região, marcado por totais
pluviométricos que variam de 1.200 a 550 mm anuais.
TEMPERATURAS
PRECIPITAÇÃO
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central do estado, enquanto no sul chove mais no trimestre dezembro-janeiro-fevereiro.
No litoral, por influência da massa Ea , chove mais no trimestre fevereiro-março-abril.
TIPOS CLIMÁTICOS
Existem diversas classificações climáticas, aqui será utilizada a de maior apelo didático: a
classificação climática de Köppen. É oportuno ressaltar que a escassez de dados
meteorológicos tornam essas classificações muito empíricas. A classificação climática de
Köppen identifica, para o Piauí, três tipos climáticos gerais:
ESTRUTURA GEOLÓGICA
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I. Embasamento cristalino Pré-Cambriano:
o Aflora no litoral;
o Recobre uma faixa de 40/55 km correspondendo a 1.700km² (0,7% do estado);
o Constituem os tabuleiros pré-litorâneos. IV.Sedimentos costeiros Quaternários:
o Formam depósitos aluvionais e dunas;
o Constituem a planície litorânea;
o Ocupam 600km², ou seja, 0,2% da área total do estado.
GEOMORFOLOGIA
3. As Cuestas do Centro, que apresentam mergulho das camadas de leste para oeste;
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4. Os Contrafortes da Ibiapaba, identificados como cuestas que pertencem ao setor norte
do Arco da Fronteira;
5. Os Morros Isolados, que são as formas de pequenas altitudes, que intercalam as formas
de maior expressão espacial.
HIDROGRAFIA
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Fig. 08 - Cachoeira do Urubu – Esperantina/Batalha.
A Bacia do Parnaíba, que ocupa 72,7% do território piauiense, pode ser considerada a
segunda, em importância, do Nordeste, levando-se em consideração três fatores: área
drenada (338.000 km²), extensão (1.485 km²) e perenidade do rio principal. Integradas a
ela, existem, no território piauiense, outros 140 rios, totalizando mais de 5.000 Km de
extensão, dos quais 2,6 mil quilômetros são perenes. O Piauí é o estado brasileiro que
possui o maior potencial de águas subterrâneas, com reservas reguladoras de 2,5 bilhões
de metros cúbicos, correspondentes aos volumes infiltrados anualmente. Cerca de 83% da
superfície estadual encontram-se sobre terrenos sedimentares, onde se destacam os
aqüíferos.
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VEGETAÇÃO
Cerrado: estende-se nas porções sudoeste e norte do Estado; apresenta arbustos, árvores e
galhos retorcidas, folhas grandes, casca grossa, raízes profundas e algumas gramíneas,
cactos, bromélias e ervas cobrindo o solo. Encontra-se no sul, sudoeste e da região central
ao leste.
Floresta estacional semi-decidual: ocorre da foz do rio Canindé no médio Parnaíba até o
baixo Parnaíba, além de outra extensão no vale do rio Gurguéia, é mista com a floresta de
palmáceas principalmente acompanhado o rio Parnaíba; espécies ocorrentes carnaúba,
babaçu, buriti, macaúba, tucum, pati e outras. Essas palmeiras podem ser encontradas no
cerrado. Quanto aos vegetais lenhosos a variedade é impressionante desde pequenas
ervas e arbustos de alguns centímetros á árvores de grande porte com mais de 20 a 30
metros, no período seco algumas plantas perdem as folhas e outras se mantém verdes o
ano todo; espécies ocorrentes angico branco, jatobá, cedro, ipê-roxo, pau-d'arco-amarelo,
ipê-amarelo, tamboril, gonçalo alves, violeta, sapucaia, sapucarana, louro-pardo, aroeira,
cajazeira, guaianã, oiti, caneleiro, burra-leiteira, chichá, açoita cavalos, moreira, azeitona,
genipapo, algodão bravo, podoí, pau de rato, juazeiro, tuturubá, mutambá, goiaba,
quabiraba entre outras.
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Fig. 10 - Carnaúbas
Fig. 13 - Babaçual
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Fig. 14 - Cerrado
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POPULAÇÃO
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ECONOMIA
AGRICULTURA E PECUÁRIA
A pecuária é tradicional no Piauí, responsável que foi pela ocupação do território durante
a época colonial. É praticada em todo o estado, em caráter extensivo nas áreas de cerrado,
e em caráter intensivo na região de Campo Maior. Um dado à parte é o da apicultura
piauiense, que logo se tornou a primeira do Nordeste e uma das primeiras do país.
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Fig. 20 - Cultivo de caju – Zona rural de Pio IX – PI.
MINERAÇÃO E INDÚSTRIA
No final do século XX, a indústria do Piauí ainda não era significativa. Compreendia, com
números modestos, os setores químico (para produção de óleos vegetais), têxtil (para a
fiação e tecelagem do algodão), de gêneros alimentícios (açúcar, carne, toicinho, sucos e
doces de frutas), de materiais de construção (cal, telhas e tijolos), couros e peles.
TRANSPORTES
A cidade de Picos é o ponto inicial da rodovia Transamazônica, que atravessa o estado até
Floriano, na divisa com o Maranhão. Picos é importante entroncamento de rodovias
federais: a BR-116 (Teresina-Picos), a BR-020, a BR-230 e a BR-407, o que permite a ligação
do estado a Brasília e às demais capitais do país.
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REFERÊNCIAS
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA.
LIMA, Iracilde M.M.F. Relevo Piauiense: uma proposta de classificação. Teresina: carta CEPRO, v.
12, agosto / dezembro. 1987.
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Wikipédia. Com
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