Paper Estagio Lidia

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PLANO DE DESENVOLVIMENTO DA PRÁTICA

O Ensino de Música e Seu Impacto no Desenvolvimento


Infantil

Lídia Martins de Almeida Costa


Profª. Orientadora: Ana Lúcia Gil
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI – Polo Florianópolis
Curso Licenciatura em Artes Visuais (TURMA ART 0212) – Seminário da Prática VII
2017/01

RESUMO

O objetivo deste trabalho é de aprofundar conhecimentos a respeito da importância da


música na Educação Infantil, mostrando que a música não é somente uma associação de sons
e palavras, mas sim, um valioso recurso pedagógico, que se trata de um mediador da
aprendizagem e socialização, pois desperta, desde muito cedo, o indivíduo para um mundo
prazeroso mental e fisicamente, pois é uma fonte de estímulos sensoriais, promovendo o
equilíbrio, a noção de espaço-tempo, sendo fundamental para o desenvolvimento social e
cultural da crianças. De natureza bibliográfica, foram consultados em sua elaboração
autores como: Jean Piaget, Vygotsky, Rubem Alves, Madalena Freire, Daniel Goleman,
Howard Gardner entre outros. Será abordada a origem e a importância da música na
infância, sua contribuição para o desenvolvimento de habilidades e competências no
cotidiano da sala de aula e a música como fonte de estímulo, emoções e afetividade, incluindo
uma reflexão sobre o papel da música no processo de aprendizagem e como parte importante
do ensino de Artes.

Palavras-chave​: Educação Infantil. Música. Ensino de Artes.

1 INTRODUÇÃO

A música sempre esteve presente nas civilizações, pois a música é uma forma de
comunicação. Ela está no cotidiano desde a antiguidade até o hoje exercendo influência nos
indivíduos, pois sempre estará associada à cultura e as tradições de um povo e de sua época,
pois uma das características marcantes da cultura de um povo é a sua música, podendo ser
utilizada como fator determinante nos desenvolvimentos motor, linguístico e afetivo de todos
os indivíduos. Segundo o músico Daniel Barenboim (2003), a música pode nos levar a
sensações de arrebatamento ou até mesmo a sentimentos extremos. Assim, o presente estudo
busca investigar a relação do Ensino Musical como parte do Ensino de Artes e a
aprendizagem na Educação Infantil, ligados com o desenvolvimento da afetividade e
socialização. Segundo o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (2001, p.
45): “A música é a linguagem traduzida em formas sonoras capaz de expressar e comunicar
sensações, sentimentos e pensamentos por meio da organização e relacionamento expressivo
entre o som e o silêncio. Está presente nas mais diversas situações: festas, comemorações,
rituais religiosos, manifestações cívicas, políticas. As práticas pedagógicas mediadas pela
música, pelas canções e cantigas de roda, podem interferir e transformar o cotidiano em sala
de aula.”
Para Campbell (2000), “a música é, sem dúvida, uma das mais antigas formas de
arte, a qual utiliza a voz humana e o corpo como instrumentos naturais e meios de auto
expressão”. Sendo assim, proporcionar às crianças momentos de experiência musical, sejam
elas cantigas de roda, cantigas de ninar, canções folclóricas ou outras, em qualquer ambiente,
poderá auxiliar na descoberta das qualidades da criança e permitir a demonstração de
sentimentos, expressões corporais e aprendizagens significativas.
Desde muito cedo a criança convive com diferentes sons, pelas cantigas, barulhos
cotidianos e outros ruídos. Com o passar do tempo passa a distingui-los e, começa então, a
entender e a explorar o mundo que a cerca, criando na criança uma necessidade de
desenvolver o senso de ritmo.
Dessa forma, a escola não pode ignorar o seu papel pedagógico - contribuir para a
promoção de habilidades e capacidades que sejam fundamentais para o desenvolvimento
integral da criança.

2 ​EXPRESSÃO E COMUNICAÇÃO MUSICAL NA EDUCAÇÃO INFANTIL

A rotina atual da famílias implicou no abandono de diferentes práticas sociais, uma


delas, no contexto estudado, foram as brincadeiras cantadas, as cantigas e tradições
folclóricas, substituídas por brinquedos e equipamentos eletrônicos. A tecnologia pode estar
levando a criança ao isolamento em relação a família e a sociedade, sendo apenas inserida na
vida dos adultos. Os pais, por não disponibilizarem de tempo, delegam as atividades
recreativas e educacionais de seus filhos, dificultando cada vez mais uma infância permeada
pela ludicidade.
Sabe-se que educação deve ser vista como um processo global, progressivo e
permanente, que necessita de diversas formas de estudos para seu aperfeiçoamento. A
Educação Infantil, como modalidade de ensino formal, compreende que além da proteção à
infância deve considerar a garantia da participação da criança nos diferentes espaços em que a
interação com seus pares e também com os adultos possa promover sua autonomia, auto
estima e assim, uma socialização saudável.
Ao comunicar-se com o mundo, a criança estabelece relações. Assim, garantindo
espaços e tempos para que as interações se efetivem, estar-se-á respeitando a participação das
crianças no sentido de garantir seu convívio coletivo, socializando suas ideias, partilhando
suas emoções, resolvendo conflitos, exercendo sua vida cidadã.
Mesmo antes de nascer a criança entra em contato com o universo de sons que a
cerca - sons produzidos pelos seres vivos e pelos objetos. A receptividade à música é um
fenômeno corporal. Sua relação com a música é imediata, seja através dos acalantos – canções
de ninar - seja através dos aparelhos sonoros existentes em sua casa. O estímulo à
comunicação é essencial para que a criança construa seu repertório e, assim, comunique-se
através de sons. Após essa fase, a criança começa a aprender as cantigas e canções, e seu
repertório musical vai aumentando. É aí que a Educação Infantil tem a função de
desempenhar o papel na formação integral dessa criança, complementando e fornecendo mais
elementos na formação de hábitos, atitudes e desenvolvimento cognitivo, físico e social. ​O
arte-educador tem um papel fundamental na construção da identidade e da autonomia da
criança, ao expor os educandos a estímulos direcionados e rompendo com um cotidiano de
individualização cada vez maior.
Faria , diz que
“a música como sempre esteve presente na vida dos seres
humanos, ela também sempre está presente na escola para dar vida
ao ambiente escolar e favorecer a socialização dos alunos, além de
despertar neles o senso de criação e recreação”(2001; p.20).

A relevância da inserção musical na Educação Infantil também está fundamentada na


própria Lei de Diretrizes e Bases para a Educação Nacional (Lei 9394/96) quando afirma que,
a finalidade da educação infantil está relacionada ao desenvolvimento integral da criança, ou
seja, pensando nesses termos, a música assume um papel fundamental no processo de
desenvolvimento infantil em seus vários aspectos.

3 ​A MÚSICA E A APRENDIZAGEM

O estímulo musical produz reações neuropsicofisiológicas específicas que são fatores


primordiais no processo de aprendizagem que ocorre no período de desenvolvimento do
Sistema Nervoso da criança e que o acompanhará por toda sua vida. A percepção sonora e a
música estão presentes desde o período pré-natal e passam por constantes transformações
através de experiências que são adquiridas na primeira infância até atingirem a idade escolar
(CRITCHLEY e HENSON; STANDLEY; JOURDAIN, apud Loureiro2005). Cada momento
destes é único em cada ser, pois sabe-se também, que a complexidade de sua formação faz
transformar tudo o que nele possa chegar.

Segundo Erikson (1976), a escolaridade formal representa uma importante tarefa


evolutiva na infância. É um período socialmente decisivo, marcado pela identificação positiva
com aqueles que estão inseridos no processo de desenvolvimento da criança. O contexto
escolar amplia o universo de demandas as quais a criança está exposta favorecendo assim,
experiências de interação.
Vigotsky (1987), concebe a criança como um ser histórico e social. Para ele, a criança se
constrói nas relações e nas interações que estabelece com os outros. A brincadeira, nesse
processo de interação, é um instrumento fundamental para o desenvolvimento e a
aprendizagem da criança.
Já Piaget (1990) elaborou uma classificação baseada na evolução das Estruturas Mentais, isto
é, os três estágios do desenvolvimento intelectual chamados de: Sensório-Motor,
Pré-Operacional e Operacional – para a construção de conhecimentos. Em sua teoria, a
ludicidade, enquanto processo assimilativo participa da inteligência, à semelhança da
aprendizagem. Para ele, ao manifestar a conduta lúdica, a criança demonstra o nível de seus
estágios cognitivos e constrói conhecimentos.
Comparando Piaget e Vigotsky, quanto ao lúdico, verifica-se que Piaget concentrou
seus estudos nos estágios de desenvolvimento do ser humano, nos seus aspectos adaptativos,
considerando o desenvolvimento da inteligência e do pensamento, enquanto Vigotsky, por sua
vez, considerou as relações sociais e procurou fundamentar sua teoria nas relações do homem
com o meio e do homem com o próprio homem.
Segundo Weigel (1988), e Barreto (2000), apud Garcia; Santos (2012) “as atividades de
musicalização permitem que a criança conheça melhor a si mesma, desenvolvendo sua noção
de esquema corporal. Também permitem a comunicação com o outro. Afirmam ainda, que
essas atividades podem contribuir como reforço no desenvolvimento cognitivo/ linguístico,
psicomotor e socioafetivo da criança.
As atividades musicais realizadas na escola não visam a formação de músicos, e sim,
através da vivência e compreensão da linguagem musical, propiciar a abertura de canais
sensoriais, facilitando a expressão de emoções, ampliando a cultura geral e contribuindo para
a formação integral do ser. Segundo , na prática o som pode ser trabalhado por meio de
comparação, diferenciando um som agudo de um grave, forte de um fraco, ou longo de um
curto. Mas é mais interessante o uso de jogos musicais, como por exemplo, o Jogo do Grave e
Agudo (baseado no Morto Vivo, só que usa um som agudo para ficar em pé e um grave para
abaixar, o som pode ser produzido por um instrumento, por apitos com alturas diferentes ou
pela voz). O jogo de Esconde-Esconde onde as crianças escolhem um objeto a ser escondido,
e uma delas se retira da classe enquanto as outras escondem o objeto.
A criança que saiu retorna para procurar o objeto e as outras devem ajudá-la a encontrar
produzindo sons com maior intensidade quando estiver perto, e menor intensidade quando
estiver longe. O som poderá ser produzido com a boca, palmas, ou da forma que acharem
melhor. Essa brincadeira leva a criança a controlar a intensidade sonora e desenvolve a noção
de espaço. Para trabalhar a noção de duração o educador pode pedir para que as crianças
desenhem o som. Não é desenhar a fonte sonora, mas sim descrever a impressão que o som
causou, se foi demorado ou breve, ascendente ou descendente.
Por fim, para se trabalhar o timbre o educador pode pedir para que uma criança fique de
costas para a turma enquanto estes cantam uma canção, ao sinal do professor todos param de
cantar e apenas uma criança continua, a que estava de costas deve adivinhar quem continuou.
Estas são apenas sugestões, existem diversos outros jogos que podem ser realizados. Através
dessas atividades o educador

3.1 DESENVOLVIMENTO COGNITIVO/ LINGUÍSTICO

​As experiências rítmico-musicais que permitem uma participação ativa favorecem o


desenvolvimento dos sentidos da criança. Ao trabalhar com os sons ela desenvolve sua
acuidade auditiva; ao acompanhar gestos ou dançar ela está trabalhando a coordenação motora
e a atenção; ao cantar ou imitar sons ela está descobrindo suas capacidades e estabelecendo
relações com o ambiente em que vive.

As atividades musicais realizadas na escola não visam a formação de músicos, e sim,


através da vivência e compreensão da linguagem musical, propiciar a abertura de canais
sensoriais, facilitando a expressão de emoções, ampliando a cultura geral e contribuindo para
a formação integral do ser. A esse respeito Katsch e Merle-Fishman apud Bréscia (2003, p.60)
afirmam que “[...] a música pode melhorar o desempenho e a concentração, além de ter um
impacto positivo na aprendizagem de matemática, leitura e outras habilidades lingüísticas nas
crianças”.

3.2 DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR

​As atividades musicais oferecem inúmeras oportunidades para que a criança


aprimore sua habilidade motora, aprenda a controlar seus músculos e mova-se com
desenvoltura. O ritmo tem um papel importante na formação e equilíbrio do sistema nervoso.
Isto porque toda expressão musical ativa age sobre a mente, favorecendo a descarga
emocional, a reação motora e aliviando as tensões. Atividades como cantar fazendo gestos,
dançar, bater palmas, pés, são experiências importantes para a criança, pois elas permitem que
se desenvolva o senso rítmico, a coordenação motora, fatores importantes também para o
processo de aquisição da leitura e da escrita​.

As atividades de musicalização também favorecem a inclusão de crianças portadoras


de necessidades especiais. Pelo seu caráter lúdico e de livre expressão, não apresentam
pressões nem cobranças de resultados, são uma forma de aliviar e relaxar a criança, auxiliando
na desinibição, contribuindo para o envolvimento social, despertando noções de respeito e
consideração pelo outro, e abrindo espaço para outras aprendizagens.

3.3 DESENVOLVIMENTO SÓCIO AFETIVO

A criança aos poucos vai formando sua identidade, percebendo-se diferente dos
outros e ao mesmo tempo buscando integrar-se com os outros. Através do desenvolvimento da
auto estima ela aprende a se aceitar como é com suas capacidades e limitações. As atividades
musicais coletivas favorecem o desenvolvimento da socialização, estimulando a compreensão,
a participação e a cooperação, desenvolvendo o conceito de pertencerem a um grupo. Além
disso, ao expressar-se musicalmente em atividades o educando pode demonstrar seus
sentimentos e emoções, desenvolvendo um sentimento de segurança e auto realização.

Em seu estudo sobre as Estruturas da Mente e a Teoria das Múltiplas Inteligências,


Gardner menciona que a mente musical se interessa predominantemente pelos mecanismos da
memória tonal. Enfatiza que antes de ter assimilado uma considerável variedade de
experiências tonais ela não pode começar a funcionar de uma maneira criativa. “A memória
musical, quando suas funções fisiológicas estão intactas, funciona indiscriminadamente uma
grande porcentagem do que é ouvido torna-se submerso no inconsciente e está sujeito a
lembrança literal”.

Gardner diz ainda, que:

“Música é a sucessão de sons e combinações de sons organizados de


modo a exercer uma impressão agradável ao ouvido e sua impressão à
inteligência é ser compreendida ...Estas impressões têm o poder de
influenciar partes ocultas da nossa alma e das nossas esferas
sentimentais ... e esta influência nos faz viver num paraíso de desejos
(p. 82).”

Assim, a criança aprende cantar, cantando; e serpa de grande importância no seu


desenvolvimento neurológico e psicopedagógico que seja exposta a maior quantidade de
estímulos possíveis..

4 A MÚSICA COMO FONTE DE ESTÍMULOS, EMOÇÕES E AFETIVIDADE

Quando a música é oferecida, bebês e crianças iniciam, intuitivamente, seu processo


de musicalização. Escutando os diferentes sons de brinquedos, dos objetos, do ambiente e do
próprio corpo, há observação, descoberta e reações. O gesto e o movimento corporal estão
ligados à música, porque o som é também gesto e movimento vibratório, e o corpo traduz os
diferentes sons que percebe através dos movimentos. Esses diferentes aspectos além de
promoverem comunicação social e integração, tornam a linguagem musical uma importante
forma de expressão humana e, por isso, deve ser parte do contexto educacional,
principalmente na educação infantil. (UNESCO, 2005).

A musicalização promove o desenvolvimento da sensibilidade, criatividade, senso


rítmico, do prazer de ouvir música, da imaginação, memória, concentração, atenção,
autodisciplina, do respeito ao próximo, da socialização e afetividade, também contribuindo
para uma efetiva consciência corporal e de movimentação. (BRÉSCIA, 2003).
Rubem Alves, ​enfatiza a importância de acordar o educando para a curiosidade, o
despertar de ideias, o fascínio pela vontade de aprender. Criou a palavra “escutatória” para
lembrar que é preciso exercitar melhor a escuta, o ouvir e lembrar a importância da música na
aprendizagem. Segundo ele, a musicalidade é capaz de despertar o amor pela leitura, além de
outros amores.

Para Ducorneau (1984), o primeiro passo para que a criança aprenda a escutar bem
consiste em permitir que ela faça experiências sonoras com as qualidades do som como o
timbre, a altura e a intensidade, depois disso, estará em posição de escuta.

Gainza (1988), diz que a música afeta de duas maneiras distintas no corpo do indivíduo:
diretamente, com o efeito do som sobre as células e os órgãos, e indiretamente, agindo sobre
as emoções, que influenciam numerosos processos corporais provocando a ocorrência de
tensões e relaxações em várias partes do corpo. Diz ainda que, “a música é um elemento de
fundamental importância, pois movimenta, mobiliza e por isso contribui para a transformação
e o desenvolvimento psíquico e motor”.

O processo de educar e cuidar envolvidos nas relações diárias entre as crianças e os


arte educadores torna-se mais significante quando as práticas pedagógicas cognitivo,
emocional, social e motor da criança. Os jogos, brincadeiras e canções são processos que
apresentam especificidades que envolvem o grupo e a cultura. A maneira que as crianças
brincam é um meio que constrói sua identidade cultural e, o desenvolvimento do físico, do
social, do intelectual, do emocional e do expressivo, facilita a socialização de forma
espontânea.
Segundo estudiosos, quando a criança brinca, muitas coisas sérias acontecem.
Quando ela está envolta na atividade lúdica, organiza todo o seu ser em função da ação.
Quanto mais brinca, mais a criança está exercitando sua capacidade de atenção e
concentração. A criança engaja-se, séria e gratuitamente pela atividade em si e não somente
para atingir um resultado determinado. Ao brincar, cria um mundo de possibilidades, de
situações criadoras que a levam à autonomia.
Nesse estudo, percebeu-se que por meio do ensino permeado por musicalidade
aproximam-se gerações, estreitam-se relações e formam-se oportunidades para o
desenvolvimento cognitivo e aquisição do conhecimento, portanto, através da música o ser
humano consegue uma forma de expressar-se emoções e sentimentos que as palavras são
muitas vezes incapazes de evocar. Além disso impulsiona a expressão corporal e faz com que
o corpo vibre com a excitação que o abala.
Sabe-se que a música é uma Arte e, percebeu-se também, que é uma das atividades
artísticas esquecidas no contexto escolar, que deve ser retomada, pois constatou-se que
propicia ao estudante um aprendizado global, trazendo uma série de benefícios ao
desenvolvimento cognitivo e social. Para quem tem a capacidade de assimilação da música,
ela pode proporcionar prazer e satisfação. Nesse sentido, deve ser incentivada a inserção da
música nas escolas através da figura do professor de música e do arte educador, de forma
interdisciplinar. Práticas conectadas à música e à dança desencadeiam atividades que
contribuem para o desenvolvimento da inteligência e por meio da música é possível trabalhar
todos os eixos da Educação Infantil, além de ser lúdico e prazeroso para as crianças se
expressarem através das canções, das cantigas de roda, das danças estarão vivenciando
momentos de interação e socialização que poderão afetar grandemente sua participação crítica
na sociedade.

REFERÊNCIAS

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