TopInvest Apostila ANCORD AAI Fev - 2020 PDF
TopInvest Apostila ANCORD AAI Fev - 2020 PDF
TopInvest Apostila ANCORD AAI Fev - 2020 PDF
ANCORD
Conteúdo programático
da certificação para
Agente Autônomo de
Investimento da ANCORD.
FEV. 2020
Dica número 1:
Se você ainda não é nosso aluno nós criamos uma Playlist de Es-
tudos no nosso Canal do Youtube com diversas vídeo-aulas gra-
tuítas para auxiliar o seu estudo.
dica número 2:
Além da apostila e do Youtube, nós temos os maiores Simula-
dos Gratuitos para certificações do Brasil.
Sempre que você terminar um módulo de estudos, teste seus
conhecimentos, e se precisar, revise o conteúdo que você não
acertou.
dica número 3:
Temos também grupo de Estudos no Telegram! Acesse e com-
partilhe experiências com outros estudantes!
MÓDULO 1:
A ATIVIDADE DO AGENTE AUTÔNOMO DE INVESTIMENTO 7
COMO FUNCIONA A PROFISSÃO DO AAI? 8
MÓDULO 2:
CÓDIGO DE CONDUTA DO AGENTE AUTÔNOMO DE INVESTIMENTO ........................ 18
ATENÇÃO: ESTE MÓDULO FOI EXCLUÍDO DO CONTEÚDO PROGRAMÁTICO E DA
PROVA EM FUNÇÃO DO DISPOSTO NO ARTIGO 7‘ DA INTRUÇÃO DA CVM N‘ (JÁ EM
VIGOR) QUE TRATA DA REVOGAÇÃO DA OBRIGATORIEDADE DA ADE-
SÃO DO AAIAO CÓDIGO DE CONDUTA PROFISSIONAL DO AAI.
MÓDULO 3:
LEI N° 9.613/98; CIRCULAR BACEN
3461/09; 3654/13; INSTRUÇÃO CVM N° 301/99 19
PREVENÇÃO A LAVAGEM DE DINHEIRO 20
MÓDULO 4:
ECONOMIA 28
NOÇÕES GERAIS 29
ÍNDICES E INDICADORES 29
POLÍTICA MONETÁRIA 35
POLÍTICA FISCAL 42
POLÍTICA CAMBIAL 43
Apostila ANCORD
sumário
MÓDULO 5:
SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL 46
COMPOSIÇÃO E REGULAÇÃO GOVERNAMENTAL 47
ENTIDADES DE APOIO DE SERVIÇOS E AUTORREGULAÇÃO 55
SPB - SISTEMA DE PAGAMENTO BRASILEIRO 57
MÓDULO 6:
INSTITUIÇÕES E INTERMEDIADORES FINANCEIROS 58
INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS 59
MERCADOS REGULAMENTADOS DE VALORES MOBILIÁRIOS 68
TIPOS DE INVESTIDORES 70
MÓDULO 7:
ADMINISTRAÇÃO DE RISCO 73
RISCOS 74
GESTÃO DE RISCOS 78
MÓDULO 8:
MERCADO DE CAPITAIS; PRODUTOS;
MODALIDADES OPERACIONAIS; LIQUIDAÇÃO 88
INTRODUÇÃO A VALORES MOBILIÁRIOS 89
MERCADO PRIMÁRIO X MERCADO SECUNDÁRIO 90
RENDA FIXA 95
RENDA VARIÁVEL 103
REGULAMENTO OPERACIONAL DO SEGMENTO B3 - CONCEITOS 131
CALL DE ABERTURA E FECHAMENTO 137
Apostila ANCORD
sumário
MÓDULO 9:
FUNDOS DE INVESTIMENTO 140
FUNDOS DE INVESTIMENTOS 141
MÓDULO 10:
OUTROS FUNDOS DE INVESTIMENTO REGULADOS
PELA COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS: CVM 156
ETF 157
FII 158
FIP 161
FIPE 162
FIDIC 162
MÓDULO 11:
SECURITIZAÇÃO DE RECEBÍVEIS 165
SECURITIZAÇÃO - INTRODUÇÃO 166
MÓDULO 12:
CLUBES DE INVESTIMENTOS 170
CLUBE DE INVESTIMENTOS 172
MÓDULO 13:
MATEMÁTICA FINANCEIRA: CONCEITOS BÁSICOS 174
MATEMÁTICA FINANCEIRA 175
Apostila ANCORD
sumário
MÓDULO 14:
MERCADO FINANCEIRO, OUTROS PRODUTOS
NÃO CLASSIFICADOS COMO VALORES MOBILIÁRIOS,
MODALIDADES OPERACIONAIS E LIQUIDAÇÃO 192
O QUE É RENDA FIXA? 193
TÍTULOS PÚBLICOS 196
TÍTULOS BANCÁRIOS 211
TÍTULOS CORPORATIVOS 220
CÂMBIO 220
MÓDULO 15:
MERCADO DE DERIVATIVO, PRODUTOS,
MODALIDADES OPERACIONAIS E LIQUIDAÇÃO 222
INTRODUÇÃO AO MERCADO DE DERIVATIVOS 223
MERCADO A TERMO 225
SWAP 231
MERCADO DE OPÇÕES 234
MERCADO FUTURO 249
RESUMO DERIVATIVOS: 272
CALL DE ABERTURA 275
Módulo 1
A ATIVIDADE DO AGENTE
AUTÔNOMO DE INVESTIMENTO
Iniciamos aqui a apostila que te ajudará a estudar para sua prova da ANCORD,
a fim de tornar-se um Agente Autônomo de Investimentos. Meu nome é
Kleber Stumpf e serei seu professor, te ajudando a compreender e a estudar
melhor. Neste módulo, vamos abordar quais são as atividades de um AAI:
o que pode ser feito, o que não pode e quem fiscaliza suas funções.
Portanto, o AAI tem um vínculo com uma IF, mas isso faz dele um agente autônomo?
Pode ter ficado essa dúvida, não é? Vamos esclarecer.
Este escritório precisa ser conduzido sobre o regime de sociedade simples, em que todos
os sócios podem ser exclusivamente agentes autônomos de investimento. Assim, não
podem existir sócios que não sejam certificados.
REGISTRO E CREDENCIAMENTO
Agora vamos compreender como funcionará o seu registro, como agente autônomo de
investimento no sistema de distribuição. Após ser aprovado na prova, você precisa se
registrar e credenciar junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
O escritório estará vinculado exclusivamente com uma instituição financeira, não podendo
ser vinculada mais do que uma.
CANCELAMENTO DO CREDENCIAMENTO
Este processo é realizado pela entidade credenciadora (ANCORD). Ela estará fazendo o
descredenciamento junto a Comissão de Valores Mobiliários sobre as seguintes hipóteses:
Os descredenciamentos feitos pela ANCORD dão ao agente que perdeu seu registro um prazo
de até 15 dias para recurso, se precisar contestar que esse descredenciamento foi indevido.
Sobre o seu trabalho e as atividades desempenhadas, você precisa agir com ética, boa
fé e probidade (honestidade), empregando todo cuidado e diligência em suas ações
para com seus clientes e o dinheiro de seus clientes. Resumidamente, tratar o dinheiro
do cliente como se fosse seu.
Você também fará uso de materiais para informar ou propagar o escritório e/ou produtos
ofertados pelo mesmo. Esses materiais ao serem confeccionados, deverão ter probidade, zelo,
diligência e ética, devendo ser previamente aprovados pela instituição financeira vinculada.
Existe essa necessidade de aprovação, pois a IF pode se prejudicar caso exista divergência
ou inverdades no conteúdo. Esse material tem de ter necessariamente três informações:
Lembrando que essas regras são iguais tanto para os agentes quanto aos colaboradores
da instituição financeira vinculada sobre probidade, zelo, diligência e ética das informa-
ções disponibilizadas aos clientes.
Anteriormente, vimos o que um agente pode e não pode fazer em suas atividades. Agora
vamos estar abordando as vedações do profissional agente autônomo de investimento:
⯀ Ter contrato com mais de uma instituição financeira: o AAI só pode ser vinculado
com apenas uma instituição financeira;
⯀ Receber ou entregar por quaisquer razões títulos, outros ativos: dinheiro, presentes, etc.
Sua remuneração virá sobre o repasse de parte da receita que seu cliente trouxe para a IF;
⯀ Ser procurador ou representante para qualquer fim;
⯀ Contratar ou realizar consultoria, análise ou administrador de valores mobiliários:
lembra-se que AAI é responsável pela área comercial, portanto, você irá vender.
Caso queira trocar de função, terá de se descredenciar da ANCORD;
⯀ Atuar como preposto da instituição financeira sem devidamente existir um contrato;
⯀ Delegar qualquer serviço pelo qual foi contratado;
⯀ Usar a senha ou assinatura de um cliente;
⯀ Confeccionar extrato do cliente.
DICA DE OURO: Na prova será muito mais comum se referirem sempre à instituição
credenciadora ou instituições credenciadoras do que ANCORD.
Veremos melhor alguns pontos do código de conduta no próximo módulo, mas acima
temos as principais informações que devem constar para que esteja tudo de acordo
com as instruções da Comissão de Valores Mobiliários.
As informações acima são padronizadas e devem sempre ser informadas nos pra-
zos estabelecidos pela entidade credenciadora para a CVM. Mas a CVM pode pedir
informações esporádicas (que não são as padrões) e essas devem ser comunicadas
sempre que solicitadas.
PROPORÇÃO: 5% (4 QUESTÕES)
EXIGÊNCIA MÍNIMA: 2 ACERTOS
ATENÇÃO
ESTE MÓDULO FOI EXCLUÍDO DO CONTEÚDO PROGRAMÁTICO E DA PROVA, EM FUNÇÃO DO DIS-
POSTO NO ARTIGO 7° DA INTRUÇÃO DA CVM N° 610/19 (JÁ EM VIGOR) QUE TRATA DA REVOGAÇÃO
DA OBRIGATORIEDADE DA ADESÃO DO AAI AO CÓDIGO DE CONDUTA PROFISSIONAL DO AAI.
PROPORÇÃO: 5% (4 QUESTÕES)
EXIGÊNCIA MÍNIMA: 2 ACERTOS
PREVENÇÃO A LAVAGEM DE DINHEIRO
INTRODUÇÃO A PLD
O que é a lavagem de dinheiro? Você sabe? É a utilização de dinheiro de origem ilícita
(sujo) no Sistema Financeiro de alguma forma, para depois trazê-lo para a Economia de
uma maneira lícita (limpa).
O conceito é simples. Para te ajudar a entender melhor, vou deixar uma sugestão de um
filme para seu momento de lazer: “Polícia Federal, a lei é para todos”.
Esse é um filme que, para alguns, tem viés político. Mas o ponto é que ele mostra os
bastidores da Operação Lava Jato, algo atual e real. Atualmente, é uma das melhores
fontes do combate ao crime de lavagem de dinheiro.
Deixando o seu momento de lazer de lado e voltando aos estudos, vamos entender a
importância da prevenção à lavagem de dinheiro.
No Brasil, temos a lei 12.683/12, que dita quais são as obrigações dos profissionais do
mercado financeiro para coibir a entrada de dinheiro ilícito; quais as empresas que estão
legisladas pela lei e quais as penalidades.
As empresas são:
⯀ Uma área chamada de controles internos, que será responsável pelo monitora-
mento de algumas movimentações;
⯀ Um cadastro atualizado de seus clientes;
⯀ Um canal de comunicação com o COAF: as instituições financeiras possuem um
sistema de comunicação chamado SISCOAF, que ao ser imputada alguma infor-
mação neste sistema, é direcionada automaticamente ao COAF.
suas atividades – podendo tais sociedades prestarem serviços entre si. Uma vez formada
a cadeia, torna-se cada vez mais fácil legitimar o dinheiro ilegal.
Seu papel como profissional do mercado financeiro é coibir a etapa colocação no processo
de lavagem de dinheiro. E como você conseguirá fazer isso? Você terá à sua disposição
um canal de comunicação com o COAF (SISCOAF) e um controle interno.
Agora, quero evidenciar para você uma pegadinha que pode cair em suas provas. Você,
no dia a dia, lida com o seu cliente e acaba conhecendo as operações dele. Ou seja,
conhece seu procedimento mensal. Vamos a alguns exemplos:
Primeiro exemplo: o cliente tem uma banca de jornal e vende muitos produtos,
recebendo dinheiro em espécie como forma de pagamento. Devido ao Carnaval, o
banco ficou fechado 4 dias. Quando o banco abre novamente, o dono da banca tem
R$30.000,00 em espécie para depositar. Essa operação é suspeita de lavagem de
dinheiro? Não. Veja, essa operação é condizente com a atividade que ele faz e esse
montante é resultado do feriado.
Segundo exemplo: uma cliente é vendedora de vestimentas numa loja online e suas vendas
são todas por meio eletrônico. Em um dia qualquer, ela vai na agência e quer depositar
R$20.000,00 em espécie. Essa operação é suspeita de lavagem de dinheiro? Sim. Essa
operação não é condizente a movimentação habitual dela. É incompatível. Você já deve
comunicar o COAF? Ainda não. Primeiramente, você entra em contato com a cliente e
entender qual é a origem desse recurso (venda de um automóvel, venda de um bem
e outros). Caso você não sinta firmeza na justificativa dela, poderá comunicar ao COAF.
Sobre as movimentações eletrônicas, como TED e DOC, são transacionadas pelo SPB
(Sistema de Pagamentos Brasileiro). Como o COAF tem acesso a essas transações, o
banco não precisa notificá-la.
⯀ advertência;
⯀ multa pecuniária variável não superior:
I. ao dobro do valor da operação; ou
II. ao dobro do lucro real obtido ou que presumivelmente seria obtido pela
realização da operação;
III. multa limitada ao valor de R$20.000.000,00, o que for menor;
IV. inabilitação temporária, pelo prazo de até dez anos, para o exercício do cargo de
administrador das pessoas jurídicas referidas no art. 9º da Lei 9.613/98;
V. cassação ou suspensão da autorização para o exercício de atividade, opera-
ção ou funcionamento;
VI. seja por culpa (sem intenção) ou por dolo (com intenção), haverá penalidades.
Agora, vamos entender quais são as penalidades para os criminosos. Aos responsáveis
por práticas de crime de lavagem de dinheiro será imputado:
politicamente expostas e identificar a origem dos fundos envolvidos nas transações dos
clientes assim caracterizados.
Como o banco fica sabendo se seu cliente é ou não um PEP? O cliente deve se auto-
declarar como pessoa politicamente exposta. Se ele não marcar no contrato, não
há formas do profissional descobrir. Claro que, no processo de conhecer o cliente,
você terá mais informações sobre ele e, no caso dele ser exposto politicamente, você
deverá marcá-lo como PEP.
⯀ Dados documentais (RG, CPF, endereço), no caso de Pessoa Física e CNPJ no caso
de Pessoa Jurídica;
⯀ Profissão, no caso de pessoa física;
⯀ Grau de escolaridade, no caso de pessoa física;
⯀ Patrimônio, no caso de pessoa física;
⯀ Renda mensal, em caso de pessoa física;
⯀ Faturamento mensal dos últimos doze meses, em caso de pessoa jurídica;
⯀ No caso de pessoa jurídica, as informações dos sócios devem estar registradas.
DICA: esse procedimento não deve ser feito apenas para cumprir as normas do
BACEN, mas também no intuito de proteger sua instituição, bem como sua repu-
tação como profissional.
INTRODUÇÃO À ECONOMIA
Pra começarmos o papo, vamos entender o conceito de Economia. É a ciência social
que estuda a produção, distribuição e consumo de bens e serviços. O termo economia
vem do grego oikos (casa) e nomos (costume ou lei), daí “regras da casa (lar)”.
Por que estou começando esse módulo com uma introdução tão gringa? Para
você entender que vamos falar sobre o efeito da desvalorização do dinheiro e como
podemos medir essa distribuição e consumo de bens e serviços. Exatamente como
a definição de economia.
ÍNDICES E INDICADORES
PIB
Se quisermos medir a sua riqueza, podemos medir usando o seu salário anual e somá-lo
com seu patrimônio, certo? A soma de tudo que você produz durante um ano pode ser
traduzido em sua capacidade de gerar riqueza.
PIB = C + I + G + NX
Onde:
Para efeitos de comparação, se durante um determinado ano o país teve de PIB U$1.000,00
e, no outro ano, o mesmo país teve um PIB de U$ 1.100,00, seria correto dizer que esse
país teve um crescimento de 10%? Não, não seria correto afirmar esse crescimento, pois
temos um fator que deve ser levado em consideração na hora de entender a produção
de riqueza. Esse fator é a inflação. Falaremos a seguir sobre os indicadores de inflação.
A pergunta que fica é: o que uma família fazia com R$ 64,79 por mês? Acredite, muita
coisa. Com R$ 64,79 por mês era possível ir ao mercado e comprar suprimentos
para toda a família, pagar as contas de consumo (água e luz) e, talvez, sobrar para
comprar um sorvete para cada um dos filhos.
O ponto é que, hoje, com R$ 64,79, você não consegue comprar uma cesta básica.
De um ponto do vista bem simples, podemos dizer que o preço dos produtos vem
subindo ao longo do tempo. Assim podemos definir a inflação: o quanto o preço dos
produtos sobe com o passar dos anos.
Em outras palavras, o fato de não conseguirmos comprar muita coisa com R$ 64,79
em 2018 é porque o dinheiro hoje vale muito menos do que valia em 1994.
Tudo bem, você já entendeu que inflação é a desvalorização da moeda local - ou,
popularmente dizendo: o aumento generalizado de preços. Vamos então entender
como podemos medir com eficiência essas distorções.
O IPCA é o índice oficial de inflação do Brasil, calculado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística), e serve de parâmetro ao CMN para definir a meta de inflação.
Resumindo, o IBGE pesquisa mês a mês o preço dos itens acima para chegar a uma
média ponderada de aumento. Quanto maior for a variação do IPCA em um período,
menor será o poder de compra do brasileiro. O Conselho Monetário Nacional entende
que ter um IPCA em alta e sob controle é importante para economia.
Se muitas pessoas estão consumindo uma cesta de produtos, o preço dessa cesta pode
aumentar. Mas isso é sinal de que essas pessoas estão com renda.
O Bacen vai executar políticas monetárias (veremos mais adiante) para cumprir essa meta.
IGP-M
Semelhante ao IPCA, mas calculado por uma instituição privada (a FGV), o IGP-M foi
criado para abranger outros setores da economia que não o do consumidor, mas sim o
de atacado e da construção civil.
Por sua composição, esse indicador engloba diferentes etapas do processo produtivo,
sendo bastante utilizado como indexador de contratos (por exemplo, de aluguel de imó-
veis) e muito influenciado pelo aumento nos preços dos produtos no atacado. Apesar
de ser um indicador muito importante, o IGP-M não é considerado o indicador oficial de
inflação do Brasil, mas amplamente aceito pelo mercado como um indicador fidedigno.
E por falar em investidores estrangeiros, vamos entender agora a relação de nossa moeda
com o resto do mundo. Vamos falar sobre taxa de câmbio.
A TR, deriva da TBF (Taxa Básica Financeira) que, por sua vez, será composta das taxas
de juros das Letras do Tesouro Nacional (LTN) praticadas nas operações definitivas no
âmbito do mercado secundário e registradas no Sistema Especial de Liquidação e de
Custódia (Selic). A TBF de um mês será uma média ponderada entre as taxas médias
das LTNs com vencimentos imediatamente anterior e imediatamente posterior ao prazo
de um mês, seguida da aplicação, ao valor resultante, de um fator multiplicativo fixado
em 0,93 (noventa e três centésimos).
Com base na TBF, o banco central aplica um fator redutor e chega na TR, conforme a seguir:
1 + TBF
TBF = 100 x ( -1)
R
Onde:
FIQUE LIGADO: é correto afirmar que a TR deriva das LTNs, assim como é correto afir-
mar que a TR deriva da TBF, uma vez que a TBF deriva dos LTN’s também.
POLÍTICAS MONETÁRIAS
Nós já vimos nesse módulo que o crescimento de nossa economia é medido pelo PIB;
que a inflação é medida pelo IPCA e que os juros são parametrizados pela taxa Selic.
Agora, vamos entender como podemos juntar tudo isso para termos um bom desen-
volvimento econômico no país.
Para isso, o CMN vai estabelecer as diretrizes das políticas monetárias que, por sua vez, serão
executadas pelo BACEN. As políticas monetárias podem ser traduzidas por controle de liqui-
dez de mercado, ou, em outras palavras, a quantidade de dinheiro disponível na economia.
SELIC
A taxa de juros, economicamente falando, é a representação do custo do dinheiro no
tempo. Basicamente, como já vimos no começo desse módulo, o dinheiro, ao longo do
tempo, perder seu valor e, por isso, todo agente do mercado, ao negociar um pagamento
futuro, vai negociar com uma taxa de juros específica.
Imagine que você tem em R$ 1.000.000,00 e quer investir seu dinheiro para recebê-lo
mais a frente com um rendimento. Você tem 2 opções:
1. Ser utilizada como política monetária, pelo COPOM (Comitê de Políticas Monetárias,
responsável por executar a política monetária Taxa Selic);
2. Balizar as demais taxas de mercado.
SELIC META
O COPOM vai definir em sua reunião a taxa Selic META. A Selic Meta é utilizada como
política monetária para controle da liquidez de mercado. Em outras palavras, a SELIC
META é utilizada para controlar a quantidade de dinheiro disponível em nossa economia
e, com isso, controlar a inflação.
Qual é o desafio para o COPOM executar uma política monetária que derrube esse índice?
⯀ Quanto maior for a taxa Selic, menor tenderá a ser o consumo e, consequente-
mente, menor será a inflação;
⯀ Quanto menor for a taxa Selic, maior tenderá a ser o consumo e, consequente-
mente, maior será a inflação.
SELIC OVER
A taxa utilizada pelo mercado financeiro como taxa principal de juros é a Selic OVER.
Essa taxa, apresentada na forma de percentual ao ano, é a taxa média das operações
de financiamento de um dia (compromissadas), lastreadas em títulos públicos federais,
realizadas no Selic, ponderadas pelo volume das operações. É divulgada todos os dias,
aproximadamente às 9 horas da manhã, sempre no dia seguinte ao dia de referência.
Resumindo: a Selic Meta não pode ser confundida com a taxa de juros de mercado.
A taxa de juros de mercado é a Selic Over. A Selic Meta pode ser representada pela a
taxa máxima que o governo estaria disposto a pagar.
Curiosidade: historicamente, a Selic over tem ficado 0,10% abaixo da Selic Meta.
Para isso, o BACEN pode vender títulos públicos que tem em sua carteira aos bancos a uma
taxa mais atraente, de forma que, os bancos, ao comprarem esses títulos, terão menos dinheiro
disponível para emprestar a seus clientes. Isso resulta em menos liquidez no mercado.
Para isso, o BACEN pode comprar títulos públicos que estão em poder dos bancos com
taxas mais atrativas. Quando o BACEN compra esses títulos, ele coloca mais dinheiro nos
cofres dos bancos e isso, por consequência, aumenta a liquidez de mercado, podendo
diminuir a taxa de juros ao consumidor.
DEPÓSITO COMPULSÓRIO
Os bancos possuem uma prerrogativa no mínimo interessante: criar dinheiro do nada.
Explico melhor: você lembra que no módulo 1 nós falamos que o banco tem papel de ser
um intermediador financeiro? Lembra também que dei um exemplo de um investidor
que, ao colocar dinheiro no banco, conseguiu financiar um empreendedor que queria
salvar o mundo? Pois é, o que eu não contei ali é que, quando o banco emprestou dinheiro
ao empreendedor, ele não tirou o dinheiro do conta do investidor. Ou seja, quando o
banco creditou a conta do empreendedor com o empréstimo, o saldo do investimento
do investidor permaneceu na conta. Em outras palavras, o banco criou o valor na conta
do empreendedor do nada. Legal, né?
Percebe que esse ciclo de criação de dinheiro não tem fim? Pois é, não teria se não fosse
o depósito compulsório.
⯀ 65% dos recursos captados via poupança livre devem ser direcionados a finan-
ciamento imobiliário;
⯀ 2% dos depósitos à vista devem ser direcionados a operações de crédito des-
tinadas à população de baixa renda e a microempreendedores, popularmente
conhecidas como microcrédito;
⯀ Parte dos recursos captados via depósitos à vista e depósitos de poupança rural
devem ser direcionados a operações de crédito rural.
REDESCONTO
Os bancos costumeiramente tomam dinheiro emprestado um do outro. Às vezes, acon-
tece de os bancos não recorrerem ao mercado financeiro e sim à autoridade monetária.
Ou seja, ao Banco Central.
POLÍTICA FISCAL
A política fiscal reflete o conjunto de medidas pelas quais o Governo arrecada receitas
e realiza despesas de modo a cumprir três funções: a estabilização macroeconômica, a
redistribuição da renda e a alocação de recursos.
⯀ Cenário 1: BRL 1,00/USD 1,00. Logo, temos 1 dólar para cada real, também chamado
de paridade entre moedas.
Popularmente dizendo, o “dólar está barato”. Com essa cotação cambial, muito prova-
velmente você vai comprar produtos importados com mais facilidade e viajar com mais
frequência para ver o Mickey em Orlando. O ponto aqui é que, devido a forte valorização
do Real, a indústria nacional perde força, já que nossa tecnologia não é das melhores.
Assim, acabamos importando muito. Esse volume acentuado de importação enfraquece
a indústria nacional, gera desemprego e diminui a arrecadação do governo.
Em resumo: o real demasiadamente forte é ruim para nossa economia por gerar de-
semprego e diminuição na arrecadação.
⯀ Cenário 2: BRL 5,00/USD 1,00. Em outras palavras, temos 1 dólar para cada R$ 5,00.
Aqui podemos dizer, popularmente, que o “dólar está caro”. Qual o impacto disso?
Imagine um produtor rural que tem em sua produção a pecuária. Esse produtor
vende ao mercado externo a arroba do boi por U$50,00. Esse é o preço do mercado
externo e, ao converter esses dólares para real, seria o mesmo que vender por R$
250,00. Dessa forma, esse produtor só aceitaria vender no mercado interno, isto é,
para nós brasileiros, se o preço for R$ 250,00. Assim, podemos notar que quanto maior
for a desvalorização do real, mais caro será ter carne na mesa as famílias brasileiras.
Mesmo que você seja vegano, a desvalorização demasiada do real vai deixar mais caro
a soja e outros produtos que são frutos do agronegócio.
Quanto maior for a dívida de uma empresa, maior será o repasse para os produtos que
ela comercializa. Quanto maior a dívida do governo, menor será o investimento em áreas
essenciais (como saúde, segurança e educação) e maior será a carga tributária.
Se você leu com atenção, notou que o Banco Central do Brasil tem um grande desafio
nas mãos: não deixar o real valorizado demais, tampouco deixar nossa moeda desvalo-
rizar demasiadamente.
E como o preço da nossa moeda frente ao dólar é definido? Através da lei de oferta e demanda.
Acontece que, como já vimos aqui, se tivermos uma variação demasiada do câmbio,
podemos ter um descontrole da inflação caso o real se desvalorize muito, ou até mesmo
uma crise de desemprego se o real se valorizar demais. É aqui que o Banco Central entra.
Por outro lado, se os agentes estão ofertando mais dólar do que o mercado é capaz
de demandar, isso pode provocar uma valorização demasiada do real e, para evitar
isso, o BACEN entra no mercado comprando os dólares e colocando em suas reser-
vas internacionais. Esse movimento evita que o real se valorize demais e tenhamos
uma crise de desemprego.
É aqui que mora a real política cambial. A política cambial é flutuante, mas o BACEN
pode manipular os preços através de compra e venda de moedas no mercado. Dessa
forma, chamamos a política cambial de flutuante suja.
Flutuante porque o preço é determinado pelo mercado através da lei de oferta e demanda,
e suja porque o BACEN pode manipular esse preço.
POLÍTICA DE RENDAS
Como o próprio nome sugere, é uma política executada pelo governo sobre a distri-
buição de renda no país.
Ela é realizada por meio de programas sociais, como a Bolsa Família, em que a captação
de recursos é feita pelos de impostos e destinada às famílias que não possuem renda
ou são baixa renda. Isso se torna importante tanto socialmente (direitos civis) quanto
economicamente, pois essa família estará ajudando na economia, comprando produtos,
estimulando a produção, assim gerando novos empregos.
Também a política executa o controle do salário mínimo, estipulado o mínimo que as empre-
sas devem pagar aos seus funcionários. Um ponto importante é que o aumento sem análise
pode resultar em aumento da inflação, assim prejudicando a economia e seu crescimento.
O CMN conduz o SFN com sua atividade regulatória por meio de elaboração de atos
normativos, que chamamos de resoluções, que são deliberadas pelo CMN e publicadas
no site do Banco Central do Brasil. Por falar em Banco Central do Brasil que, para nós,
será simplesmente BACEN, vamos falar sobre ele agora.
BANCO CENTRAL - BC
O BACEN é uma autarquia federal criada pela Lei 4.595 de 1964 (faz tempo, não?), vinculada
ao Ministério da Economia, mas que dispõe de personalidade jurídica e patrimônio próprios.
Sua estrutura organizacional é comandada por uma diretoria colegiada, composta por nove
membros: o presidente e oito diretores, cada um responsável por uma diretoria específica.
O BACEN tem, entre suas atribuições, fiscalizar as instituições financeiras. Mas não só
isso. Vamos destacar aqui as atribuições do chefe dos bancos:
Notou as palavras que estão em negrito? Essas são as palavras chave que você pode
associar ao BACEN. Se comparar com o CMN, você vai notar que, enquanto o CMN
disciplina o mercado, o BACEN executa normas que o mercado funcione como fora
determinado pelo CMN.
Para que o BC (BC é um outro jeito de chamar o BACEN) possa fiscalizar e supervisionar o
mercado, o processo será feito por meio de documentos normativos dividos em três categorias:
⯀ Circulares: atos normativos pelos quais o BACEN, por delegação, cria normas para o SFN
ou, também por delegação, regulamenta as normas contidas em resoluções do CMN;
⯀ Cartas circulares: instrumentos para esclarecer dúvidas ou divergências quanto à
interpretação e à aplicação de disposições normativas;
⯀ Comunicados: documentos administrativos de âmbito externo, que têm por finali-
dade divulgar deliberação ou informação relacionada à área de atuação do BACEN.
TESOURO NACIONAL
O Tesouro Nacional é quase um grande caixa eletrônico que só o Governo pode usar.
Você, assim, como todo cidadão brasileiro, paga muitos impostos ao longo do ano, certo?
Já se perguntou onde, de fato, todo esse dinheiro vai parar? Se respondeu no bolso de
alguns políticos corruptos, acertou, mas não é correto dizer apenas isso.
O Tesouro Nacional é responsável por cuidar dos recursos da União. Todos os impostos
que pagamos ao longo dos anos vão parar no caixa do Tesouro. De posse desse dinheiro,
o Tesouro vai gerir de acordo com a demanda do Estado. Esses recursos deveriam ser
devolvidos à sociedade em forma de serviços como saúde, segurança e educação.
Dealers
Os Dealers são instituições financeiras credenciadas pelo Tesouro Nacional. O objetivo delas
é promover o desenvolvimento dos mercados primário e secundário de títulos públicos.
Os Dealers atuam tanto nas emissões primárias de títulos públicos federais como na nego-
ciação no mercado secundário desses títulos. Atualmente, o Tesouro Nacional possui 12
Dealers, dos quais dez são bancos e dois são corretoras ou distribuidoras independentes.
O desempenho de cada instituição é avaliado a cada seis meses. Aquelas com o pior
desempenho são substituídas. A seleção é feita mediante avaliação baseada, sobretudo,
nas participações em ofertas públicas e no mercado secundário de títulos públicos.
Tesouro Direto
Em 2002, o Tesouro Nacional levou aos investidores Pessoa Física a possibilidade de
comprar títulos diretamente do Tesouro. Antes disso, a compra desses títulos era feita
somente via fundos de investimentos ou pelo mercado de balcão com os Dealers.
No Tesouro Direto, o investidor pode comprar títulos emitidos pelo Tesouro Nacional
e a recompra antecipada é garantida pelo Tesouro. Em outras palavras, o resgate dos
investimentos pode ser feito a qualquer momento.
Quero destacar aqui que o principal papel da CVM é proteger e promover um ambiente
seguro para os investidores. Se você ler novamente os tópicos acima, vai notar que tudo
se resume em entregar um ambiente seguro para o investidor.
SUSEP
A SUSEP é uma autarquia federal vinculada ao Ministério da Economia com objetivo
de controlar e fiscalizar os mercados de seguro, previdência complementar aberta,
capitalização e resseguro.
CNPC e PREVIC
ANCORD
É uma associação das corretoras e distribuidoras no intuito de ajudar as entidades a
crescerem em qualidade técnica e em qualidade jurídica. Também presta cursos, trei-
namentos e certificações aos associados. Além disso, é a única entidade autorizada
pela CVM a credenciar os Agentes Autônomos de Investimento.
BOLSA DE VALORES - B3
A bolsa de valores tem um papel importante de intermediação pois fornece um ambiente
eletrônico para negociação de títulos e valores mobiliários. Através da bolsa, investidores
podem comprar e vender ativos no mercado.
Desde 2002, quando houve uma grande reforma no SPB decorrente da edição da Lei
10.214/2001 (conhecida como “Lei do SPB”, que estabeleceu o fundamento legal e regu-
latório das câmaras de compensação e liquidação), proporcionou-se a interligação dos
sistemas dos participantes do mercado, que também participaram ativamente dessa
reformulação. Isso de modo que pessoas físicas, empresas, governos e instituições finan-
ceiras passaram a poder realizar transferências de dinheiro para pagamentos, cobertura
de saldos, aplicações e outras finalidades com muito mais segurança e rapidez.
⯀ Compensação de cheques;
⯀ Compensação e liquidação de ordens eletrônicas de débito e de crédito;
⯀ Transferência de fundos e de outros a vos financeiros (?);
⯀ Compensação e liquidação de operações com títulos e valores mobiliários;
⯀ Compensação e liquidação de operações realizadas em bolsas de mercadorias e
de futuros e outras entidades.
Além disso, o SPB se caracteriza atualmente pela base legal sólida e abrangente, pelo
uso obrigatório de contrapartes centrais para a liquidação de obrigações, pela certeza da
liquidação dada pela contraparte central com base em mecanismos de gerenciamento
de riscos e salvaguardas, bem como pela irrevogabilidade e finalidade das liquidações.
BANCO MÚLTIPLO
Lembramos que o banco é uma instituição financeira que intermediará o relacionamento
de um agente deficitário com um agente superavitário.
A diferença entre a taxa de juros do empréstimo que o banco cobra do agente defici-
tário e a taxa de juros do investimento que o banco paga ao agente superavitário se
chama de spread bancário.
Agora, um banco múltiplo é um único banco que vai operar, como o nome sugere, múl-
tiplas carteiras. Uma dessas carteiras deve, contudo, obrigatoriamente ser comercial
ou de investimento; os bancos múltiplos que dispõem de carteira comercial, por sua vez,
podem captar depósitos à vista. De todo modo, qualquer banco múltiplo deve conter
em sua denominação, obrigatoriamente, a expressão “Banco”.
Por que isso é importante? Porque esses bancos podem operar em cada carteira com
CNPJ da carteira, mas publicar balanço em um único CNPJ – o do banco múltiplo.
Banco Comercial
⯀ Conta corrente - depósito à vista - fornece talão de cheque;
⯀ Captação de recursos (empréstimos);
⯀ Rentabilidade de recursos (investimentos);
⯀ Possibilita a transferência de recursos viáveis entre agentes;
⯀ Captação de recursos através do depósito à vista (conta corrente);
⯀ Captação de recursos através de depósitos a prazo: CDB, Letra Financeira;
⯀ Aplicação de recursos através de desconto de títulos;
⯀ Abertura de crédito simples em conta corrente: cheque especial;
Banco de Investimentos
⯀ Conta corrente - depósito à prazo - não fornece talão de cheque;
⯀ Responsáveis por fomentar os investimentos a médio e longo prazo para pessoa
física e jurídica;
⯀ Captação de recursos através de depósito a prazo;
⯀ Administração de fundos de investimentos;
⯀ Abertura de capital e subscrição de novas ações de uma empresa (IPO e underwriting);
⯀ Conceder empréstimo para fins de capital de giro;
⯀ Financiamento de capital de giro e capital fixo;
⯀ A subscrição ou aquisição de títulos e valores mobiliários;
⯀ A distribuição de valores mobiliários
⯀ Os depósitos interfinanceiros;
⯀ Os repasses de empréstimos externos.
CEF
É uma instituição financeira pública que tem como função principal ser auxiliar da polí-
tica de crédito do governo. Um fato dessa sua funcionalidade é deter mais da metade
do crédito imobiliário do Brasil.
A CEF se destaca pelo crédito imobiliário, pois além de beneficiar a população em com-
prar a sua casa própria, o empréstimo tem condições mais favoráveis aos tomadores do
que as existentes no mercado. Isso acaba ajudando na geração de novos empregos na
construção civil, pois é um setor que contrata mão-de-obra rapidamente no curto prazo.
Também tem função de prestação de serviço de natureza social. É por isso que a popula-
ção vai buscar o seu FGTS, Seguro Desemprego, PIS, Bolsa Família e outros. A instituição
financeira paga à população os benefícios ou direitos que a legislação e o governo concede.
E por último, oferece os serviços bancários como um banco múltiplo. Essa é uma segunda
função, que acaba facilitando as transações e pagamentos aos beneficiários.
COOPERATIVAS DE CRÉDITO
É uma instituição financeira sem fins lucrativos que parte de uma associação voluntária de
pessoas simultaneamente clientes e donas do projeto. Essa associação se auto beneficia e
se auto financia, podendo também oferecer serviços bancários aos mesmos e precisa gerar
valor para a sociedade, normalmente ofertando algum curso educativo para a população.
Todas esses clientes têm poder de voto e esse poder não tem diferenciação pela quan-
tidade de serviços que são utilizados.
Se a cooperativa tiver prejuízo, esses associados vão fazer parte do rateio do prejuízo.
Mas de onde ela tira esse dinheiro para os empréstimos? Das LCIs (letra de crédito imo-
biliário: título de renda fixa), onde as sociedades de crédito imobiliário estão autorizadas
a emitir para captar recursos no mercado financeiro.
FINANCEIRAS
São instituições que compõem o nosso sistema financeiro nacional e atuam apenas
sobre financiamentos e investimentos. Para sua constituição como empresa, precisam
ter em sua razão social o nome “sociedade de crédito financiamento e investimento”.
⯀ Independentes: que não tem vínculo com nenhuma outra empresa, somente tra-
balhando com financiamento e investimentos;
⯀ Conglomerado Financeiro: financiamento de veículo, parceira de estabelecimentos
(cartão de crédito próprio da loja);
⯀ Grupos comerciais: empresas criam sua própria financeira com o intuito de poder
ofertar cartão de crédito, sem a necessidade de terceirizar o serviço;
⯀ Grupos industriais: por exemplo, as montadoras que possuem seu banco mas têm
sua própria financeira para financiar veículos.
⯀ Veículos;
⯀ Crédito consignado;
⯀ Crédito pessoal: financiar um determinado bem ou apenas capitalizar o indivíduo.
⯀ Cartão de crédito (Private Label).
Da onde esse capital para financiamento é tirado? Ele vem das LCs (Letras de Câmbio),
que veremos mais à frente como funcionam.
CTVM - DTVM
São instituições financeiras com dois nomes, mas que são exatamente a mesma coisa.
Executam a mesma função, que é promover a intermediação de títulos e valores mobiliá-
rios, sendo que boa parte dessas negociações são feitas via B3. Ou seja, para o investidor
ter acesso aos produtos negociados na bolsa de valores, é necessário que ele o faça por
intermédio de uma corretora.
Uma coisa importante: embora uma CTVM ou DTVM estejam ligadas à negociação de ati-
vos na bolsa de valores, suas funções vão muito além disso. Vamos destacar algumas aqui:
Elas fornecem aos seus investidores o Home Broker, o sistema eletrônico para negociação
de alguns títulos e valores mobiliários. Assim, permitem executar a ordem de compra
ou ordem de venda. Isso torna ainda mais ágil e simples as negociações no mercado
financeiro, possibilitando o acesso às cotações, o acompanhamento de carteiras de
ações, entre vários outros recursos.
Existe também o mercado de balcão, que são todas as distribuições, compra e venda de
títulos e valores mobiliários realizadas fora da bolsa de valores mas dentro da CTVM ou DTVM.
Da atividade:
Parágrafo único. Para obter o registro a que se refere este artigo, a corretora deve:
Os clientes das corretoras de mercadorias são conhecidos como comitentes e seus pro-
cessos são realizados em bolsa de mercadorias e futuros. Apresentam, como resultado,
liquidação, legitimidade de valores mobiliários, efetivação de registros, agindo sempre
em padrões e de forma ética. Em caso de não cumprimento das normas previstas na
Instrução CVM n°402/2004, no caso da corretora não iniciar suas funções no prazo de
180 dias da data do registro ou constatada a falsificação de qualquer documento apre-
sentado, a CVM pode cancelar o funcionamento da corretora de mercadorias.
CORRETORAS DE CÂMBIO
Mais conhecidas como casas de câmbio, são locais onde você vai comprar moedas de outros
países, como dólar americano, euro, peso chileno e ademais existentes no mercado mundial.
Uma DTVM também pode desempenhar todas as operações de uma corretora de câmbio.
Vamos iniciar com algo que você já deve ter ouvido em algum momento. A bolsa de
valores, que aqui no Brasil temos como B³, é localizada na capital São Paulo. Ela é a fusão
da BM&FBOVESPA com a CETIP, que ocorreu em 2017. Ela oferece um sistema eletrônico
de negociação de títulos e valores mobiliários, que traz uma grande transparência na
formação de preços dos ativos. Por que isso acontece? Porque no homebroker ou
book de ofertas (todas as negociações que estão sendo realizadas de todos os ativos,
com sua respectiva quantidade e preço), você consegue ver quais ativos estão sendo
negociados e a qual preço. Com base nesses dados, você conseguirá analisar o mercado,
observando se ele tem está com liquidez ou não. Dessa forma, somente pode intermediar
as operações entre investidor e B³, as corretoras (CTVMs) e as distribuidoras (DTVMs).
Mas também é possível você comprar títulos e valores mobiliários em outros lugares. Esses
lugares são conhecidos como Mercado de Balcão Organizado e Mercado de Balcão
Não Organizado. Nesses dois mercados, sempre precisa ter uma instituição financeira,
podendo ser um banco e não necessariamente uma corretora ou distribuidora. Lá se
fará a intermediação das negociações.
Aí fica a pergunta: esses mercados são seguros? A resposta é sim, todos os títulos e
valores mobiliários que são negociados neles são registrados. A única diferença é que
a B³ detém um maior volume de negociações desses ativos, eliminando o risco de con-
traparte e favorece a formação de preços mais adequado, devido a sua transparência.
Nos Estados Unidos da América, temos três bolsas de valores. São elas as: NASDAQ,
NYSE e CBOT.
TIPOS DE INVESTIDORES
Existem basicamente quatro tipos de investidores: o comum, o qualificado, o profis-
sional e o não-residente.
Investidor Comum
É todo investidor PF ou PJ que acessa o mercado de capitais e não se enquadra nos
outros três tipos de investidores. Para esse, não há uma explicação mais detalhada.
Quando você ganhou R$ 50,00 de sua avó para colocar na caderneta de poupança,
você já era um investidor comum.
Investidor Qualificado
Para ser um investidor qualificado, os critérios são semelhantes do investidor profissional.
O que difere é o valor necessário para que PF e PJ possam ser investidores qualificados.
Para qualificados, o valor mínimo é de R$ 1.000.000,00.
Além disso, é preciso que eles atestem por escrito sua condição de investidor qualificado
mediante assinatura do anexo B da instrução CVM 554.
Investidor Profissional
O Investidor profissional é aquele que atende aos critérios descritos na instrução CVM
554. É considerado um investidor com conhecimentos avançados de mercado e, por se
enquadrar nesse perfil de investidor, terá acesso a produtos financeiros diferenciados.
Os Investidores profissionais são:
⯀ Instituições financeiras;
⯀ Companhias seguradoras e sociedades de capitalização;
⯀ Entidades abertas e fechadas de previdência complementar;
⯀ Pessoas físicas ou jurídicas que possuam investimentos financeiros em valor supe-
rior a R$ 10.000.000,00 e que, adicionalmente, atestem por escrito sua condição
de investidor qualificado mediante assinatura do anexo A da instrução CVM 554;
⯀ Administradores de carteira e consultores de valores mobiliários autorizados pela
CVM em relação a seus recursos próprios;
⯀ Agente Autônomo de investimentos com certificação reconhecida pela CVM.
Uma dica importante: todo investidor profissional é, por definição, também qualifica-
do. No entanto, nem todo qualificado é profissional.
PROPORÇÃO: 5% (4 QUESTÕES)
EXIGÊNCIA MÍNIMA: NÃO HÁ
RISCOS
CONCEITO DE RISCOS
Sabemos que qualquer tipo de investimento possui riscos, podendo ser encontrados
fatores de riscos tanto baixíssimos quanto muito altos. Como os riscos estão sempre pre-
sentes, é necessário entender seu conceito, pois estará exposto tanto para investidores
de renda fixa como investidores de renda variável.
Os riscos são situações ou condições que podem provocar grande impacto no futuro,
sendo que, normalmente, são de âmbitos negativos, causando prejuízos ou danos ao
empreendimento ou projeto.
Segundo o dicionário, a definição de risco pode ser entendida como “ser a probabilidade
de insucesso de determinado empreendimento, em função de acontecimento eventual,
incerto, cuja ocorrência não depende exclusivamente da vontade dos interessados”.
Os riscos levam em consideração esta probabilidade e a frequência com que poderão
ocorrer as consequências.
RISCO DE MERCADO
Este risco pode ser traduzido como, basicamente, o quanto o preço de um ativo pode
ser alterado pelo mercado.
O exemplo mais clássico que podemos usar aqui é o preço das ações. Quando um inves-
tidor compra uma ação por R$ 20,00, ele espera que o mercado, ao longo do tempo,
precifique essa ação por qualquer coisa acima de R$ 20,00 para que tenha lucro. Quanto
maior for a oscilação de preço dessa ação, maior será seu risco de mercado. Pois esta
ação pode estar se desvalorizando ou se valorizando.
A principal diferença entre o risco sistemático e não sistemático é que os riscos não sis-
têmicos podem ser reduzidos através da correta diversificação dos investimentos. Em
contrapartida, o risco sistêmico não é possível fazer alguma proteção.
DIVERSIFICAÇÃO
Agora que entendemos o risco não sistemático, vamos entender como o investidor pode
se proteger desse risco: através da diversificação.
O gráfico abaixo representa uma carteira bem diversificada e sua exposição ao risco de mercado.
Risco total
da carteira
Risco não-sistemático
Em resumo: a diversificação é muito eficiente para proteger o investidor do risco não sis-
temático. No entanto, o risco sistemático não possui nenhum mecanismo de proteção.
Importante ressaltarmos que o descumprimento das obrigações pode ser total ou parcial.
O pagamento parcial de uma obrigação, atraso do pagamento, não pagamento dos juros
devidos também é risco de crédito. Títulos financeiros emitidos por órgãos públicos geral-
mente apresentam o menor risco de crédito, seguidos pelas grandes instituições financeiras.
RISCO DE LIQUIDEZ
Vamos começar com o que significa liquidez: é a facilidade de você transformar um
ativo em dinheiro. Quanto mais fácil transformar em dinheiro, mais líquido este ativo é.
Agora, imagine que você comprou um ativo por R$ 20,00. Amanhã, você precisa deses-
peradamente vendê-lo, mas não acha nenhum comprador disposto a pagar R$ 20,00,
somente por R$ 15,00. Isso é o Risco de Liquidez.
GESTÃO DE RISCOS
VAR
VaR ou value at risk, significa valor que está em risco. É uma medida de gestão de risco
que mensura o quanto um fundo ou carteira pode perder em valor de mercado em um
determinado período de tempo.
O VaR vai se diferenciar em dois tipos: o VaR paramétrico e o VaR não paramétrico.
Voltando ao exemplo “O VaR da minha carteira, para 1 dia e com 95% de confiança é de
R$ 100.000,00”, veremos as interpretações que podemos ter:
⯀ Eu tenho 95% de confiança de que, em 1 dia, não perco mais do que R$ 100.000,00;
⯀ Eu tenho 5% de confiança de que, em 1 dia, posso perder mais do que R$ 100.000,00.
Lembrando que o VaR não põe limite em sua perda. Ele põe uma regra e um intervalo
de confiança, limitando sua perda até tal valor. Agora, fora desse intervalo de confiança,
a perda é acima do limite e é imensurável.
DURATION
Como todos os passos aqui realizados, sabemos que tudo o que trabalhamos deve
possuir tempo e vencimento e preços modificados. É por isso que a Duration é o prazo
médio no qual o titular de um título, que deve ser Pré-Fixado, irá recuperar o investi-
mento feito ao adquirir o documento. Se notarmos a sua tradução para nossa língua,
o português, Duration significa Duração.
Ao passo que se temos um título que paga cupom, temos antecipação de rendimento
e uma duration menor. Vamos imaginar um título que tenha sido negociado hoje com
as seguintes características:
cupom R$ 50,00
cupom R$ 50,00
cupom R$ 50,00
cupom R$ 50,00
Momento 0
Investimento de R$ 1.000,00
A duração efetiva do fluxo de caixa dos rendimentos deste título é aquela que torna
equivalente (indiferente) à opção de resgatar o investimento por meio de um único
pagamento. Esse cálculo é ponderado pelo valor presente de cada parcela de cupom
com o respectivo prazo ou, sendo mais matemático, por meio do conceito de equiva-
lência de matemática financeira.
Rendimento
Data (1) VP (3) Participação (4) Ponderação (5)
(2)
1 50,00 47,62 0,0476 0,0476
2 50,00 45,35 0,0453 0,0907
3 50,00 43,19 0,0432 0,1295
4 50,00 41,14 0,0411 0,1645
5 50,00 39,18 0,0391 0,1958
6 1.050,00 783,53 0,7834 4,7011
Total 1.300,00 Duração Efetiva ⇒ 5,33 semestres
∑ Ct(t)
t=1
(1 + i)t
Duration =
Po
Sabemos que, se não estivermos familiarizados com fórmulas matemáticas, essa pode
assustar um pouco, mas garanto que essa fórmula é mais assustadora do que difícil.
O que temos nesta fórmula é: o somatório do valor presente de cada pagamento do fluxo
de caixa, ponderado pelo valor de mercado do título, dividido pelo valor de mercado.
Vamos deixar essa fórmula mais simples e aplicar à nosso título.
Cupom Cupom x 2 Cupom x n
+ ... +
(1 + i) (1 + i) 2 (1 + i) n
Duration =
P0
Continuando…
47,6190 + 90,7029 + 129,6756 + 164,5405 + 195,8815 + 4.791,1570
Duration = 1000
Uma pergunta bastante frequente dos alunos é: “Porque temos de saber esse tal prazo
médio de um título? Para que essa duration?”
Assim a duração da duration se aplica em conteúdos que já são conhecidos por nós:
1. Gestão de Risco de um título (ou uma carteira) de renda fixa: quanto maior for a
duration de um título, maior será a variação de preço deste título em função das
mudanças de variações de taxas de juros. A Duration permite que se estabeleçam
estratégias protetoras de carteiras de títulos contra variações nas taxas de juros.
2. Gestão de ativos e passivos de uma instituição financeira: os bancos que trabalham
com duration de captação e aplicação diferente ficam expostos a riscos de variação de
taxas de juros. Em outras palavras, para evitar exposição, uma instituição financeira vai
gerir o prazo de sua carteira de empréstimos e de captação com durations semelhantes.
⯀ DURATION MODIFICADA: este estilo de duration pode ser entendido como o quanto o
preço do título vai subir ou cair dependendo da oscilação do juro. Vamos aqui entender
como uma modificação na formulação da Duration nos ajuda a compreender a volati-
lidade de um título de renda fixa, que pode ser calculada a partir da seguinte fórmula:
DM= - Duration
1+K
⯀ Onde:
⯀ DM = Duration Modificada;
⯀ K = Nota taxa de juros de mercado ou exigida pelo investidor.
O que a DM quer nos mostrar é que, para cada percentual alterado na taxa exigida pelo
investidor YTM, temos uma variação no preço do ativo.
Limite de oscilação é uma das formas de risco presente em contratos futuros que atuam
na plataforma de negociação da B3. Este limite proíbe a implantação na plataforma de
ofertas com valores que possam variar de modo superior e/ou inferior a um determinado
preço em relação a ajustes dos mesmos do dia anterior.
Isto quer dizer que cada contrato realizado possui um limite de oscilação para aumen-
tar (limite de oscilação alta) e um limite para diminuir (limite de oscilação baixa), sendo
que estes valores podem ser idênticos em padrão. Podem ocorrer alterações a qualquer
momento, até mesmo durante uma sessão de negociação a qual tenham sido atingidos.
Porém, vale ressaltar que isso acontece sempre quando a B3 julgar necessário.
Havendo estas mudanças nos limites de oscilação, a B3 notifica as alterações aos parti-
cipantes por meio do Comunicado Externo ou do Sistema NBC e do Virtual Target. Esta
comunicação é usada em casos de contratos com maiores negociações e entram em
vigor, no mínimo, 30 minutos após a comunicação.
TÚNEIS DE NEGOCIAÇÃO
Com a ideia de aperfeiçoar os métodos para as negociações eletrônica, a BM&FBOVESPA
criou o mecanismo chamado de Túnel de Negociação. Com o intuito de atualizar as
plataforma, foram criados três tipos de túneis:
É importante lembrar que com a criação dos túneis de leilão não existirão mais estágios
mínimos de intermédio no sistema em questão, devendo respeitar o lote mínimo da
plataforma para registros de ofertas.
Os cálculos para tais limites é realizado conforme é considerado o preço de cada negócio
efetuado antes do leilão. Mesmo no caso de não existência, será considerado os preços
de fechamento ou de ajuste de cada contrato.
Uma dica: fique atento aos parâmetros dos túneis de negociação, suas quantidades
de ofertas máximas e a divisão de contratos líquidos que se baseiam em regras de
registro de negócios diretor, pois a BM&FBOVESPA pode alterar a qualquer momento
sem nenhum aviso de antecedência.
Estas empresas farão cálculos de valores das obrigações dos ativos adquiridos e até
mesmo o retorno de ativos à novos adquirentes e créditos aos vendedores. Nesse sentido,
as clearing houses fazem parte de uma estrutura de bolsa ou instituição livre, tornando-
-se responsáveis por todos os registros financeiros acerca da liquidação dos contratos.
COMPE
⇧
Câmara
de Ações ⇦ STR ⇨ SELIC
⇩
CETIP
Vamos analisar da seguinte forma: uma empresa queira tomar dinheiro emprestado do
banco ou dos investidores. O banco, para emprestar dinheiro, capta recursos com inves-
tidores (agentes superavitários) pagando em troca rendimentos – por exemplo, de 1% ao
mês – e empresta a empresa (agente deficitário) cobrando juros – por exemplo, de 3% ao
mês. A diferença entre os rendimentos e os juros do empréstimo é chamado de spread
bancário, que neste caso é 2%. Este é o percentual em que o banco ganha dinheiro.
⯀ Vender títulos que pagam 2% de rendimento. Perceba que dessa forma o investidor
vai ganhar um retorno maior do que teria no banco e a empresa terá uma taxa de
juros menor para pagar. Os dois lados saem beneficiados; ou
⯀ Vender uma porcentagem de sua empresa aos investidores em forma de ações.
⯀ Ações: títulos de renda variável, em que o investidor compra uma uma porcenta-
gem de uma empresa, se tornando sócio;
⯀ Debêntures: títulos de renda fixa, negociados em território nacional;
⯀ Bonds: títulos de renda fixa, negociados fora do país.
Agora, vamos descobrir como que esses valores mobiliários chegam nas mãos dos investidores.
UNDERWRITING
Underwriting (além de ser uma palavra chique em inglês) é o processo de subscrição
feito pelas companhias que vão colocar valores mobiliários no mercado. Ou seja, sempre
que uma empresa quer captar recursos no mercado financeiro, será necessário estru-
turar o processo de Underwriting. Dessa forma, é contratada uma empresa para ajudar
na burocracia e apresentar o produto no mercado.
Portanto, a ofertante TopInvest decidiu ofertar suas ações no mercado. Para isso, ela
contrata um agente underwriter, que é um banco de investimento ou outra instituição
financeira (como uma DTVM) que vai estruturar todo o processo, burocracia e ofertar as
ações no mercado. Vamos dizer que nesse caso é o BBA, o Banco Itaú de Investimento.
No processo, foi feita a precificação da empresa (valor action), constatando que ela vale
R$ 500.000.000,00. Então, a TopInvest decide que quer vender para o mercado apenas
20% da empresa que, em valores, são R$ 100.000.000,00 em ações. Esse é o objetivo
do contrato.
PROCESSO DE UNDERWRITING
Lembramos que a empresa ofertante, como usamos no exemplo acima a TopInvest,
vai contratar um agente underwrite para fazer essa oferta no mercado financeiro. Esse
agente underwrite não é necessariamente uma única instituição financeira, mas via
de regra será um consórcio de instituições financeiras ou poll de distribuição, que se
reunirão para viabilizar essa oferta. Este é o processo de underwriting.
O segundo player que vamos conhecer é são os co-líderes que assumem o risco desse
processo de underwriting com um lote significativo da oferta feita pela empresa ofertante.
Digamos que, no nosso exemplo, em que a TopInvest oferta R$ 100.000.000,00, esse
co-líder assume o risco de 50%. De que forma? Comprando os ativos, fazendo com que
o risco de oferta seja diluído. Resumidamente, assume ou divide o risco com o líder do
consórcio. Outra função desempenhada é participar como força de vendas dos ativos,
com uma vantagem diferenciada sobre o agente de distribuição.
Entendendo o processo de underwriting deve ter ficado a dúvida: mas o preço desse
ativo, como é estabelecido? Vamos ver agora.
FORMAÇÃO DE PREÇOS
Novamente usando o nosso exemplo: a TopInvest quer vender R$ 100.000.000,00 de
seu capital para o mercado financeiro. Aí fica a pergunta: quanto vai valer cada ação da
TopInvest? Vamos entender então como o preço é formado.
Você deve estar se perguntar que R$ 10,00 é o preço de fato de uma ação, né? Eu te digo:
ainda não. Existe mais um passo na formação de preços que se chama bookbuilding.
Veja que, até o momento, todo o processo de formação de preço antecede a oferta.
Com o consórcio observando interesse na compra das ações por parte dos investidores
e que o risco é gerenciável, ele fecha acordo com a ofertante. Essa oferta das ações no
mercado se chama IPO e veremos isso agora.
Algo que pode acontecer é a demanda dos investidores pelas ações da TopInvest
ser maior do que a oferta. Exemplo: a TopInvest está oferecendo 100.000 ações e a
soma das reservas feitas pelos investidores no período foi de 200.000 ações. Neste
caso, haverá o rateio para os investidores. Digamos que um investidor reservou a
compra de 100 ações. Aí, ele só conseguirá comprar 50 ações.
Quando esta operação for finalizada e o investidor de fato compra a ação, lembra-se que
é no mercado primário. Ou seja, o dinheiro vai diretamente para a empresa que está
ofertando ações. No exemplo, é a TopInvest, sendo capitalizada para financiar os seus
projetos e desenvolver suas estratégias.
A definição do mercado primário é quando uma empresa capta recursos dos investido-
res ao lançar um título no mercado pela primeira vez. Isso gera caixa para a empresa.
Seguindo no nosso exemplo, imagine que você tenha necessidade de resgatar seu
dinheiro. Você não conseguirá vender de volta pra empresa, porque ela está utilizando
seu dinheiro em seus projetos. O que você faz? Tenho uma sugestão: que tal vender essa
ação para outra pessoa que tem interesse e receber o que investiu mais o rendimento,
caso tenha ganhado? Isso vai gerar liquidez ao seu título.
RENDA FIXA
DEBÊNTURES - INTRODUÇÃO
Até aqui, falamos de títulos emitidos por bancos e pelo governo. Mas agora vamos
entender como empresas não financeiras podem captar recursos no mercado através
da emissão de títulos de renda fixas, como as NPs e as Debêntures, títulos de renda fixa
emitidos por estas empresas.
Com as debêntures, é possível conseguir taxas menores que o banco e possuir dinheiro
a longo prazo, pois são títulos de renda fixa (oferta pública) emitidos por empresas
anônimas S/A (sociedade anônima), ou seja, empresas não financeiras. Mas, para que a
empresa possa encaminhar este processo, é necessário que ela tenha ações na bolsa.
Portanto, todas as empresas NÃO financeiras e que POSSUEM ações na bolsa e querem
títulos de renda fixa devem:
⯀ Encaminhar uma Oferta Pública para que todos os investidores saibam e conheçam
a iniciativa, caso haja interesse em investir em determinado título.
Sabemos que os bancos não podem realizar este procedimento, mas há exceções!
Os bancos conseguem captar dinheiro via Debênture, pois são sociedades de Arrendamentos
Mercantil mesmo sendo instituições financeiras. Contudo, lembre-se: são apenas empre-
sas com Arrendamento Mercantil.
⯀ Para construir, ela necessita de 500 milhões de reais. Pensa em pegar dinheiro
emprestado dos investidores via debêntures para pagar em 5 anos, estimando que
5 anos depois (longo prazo) as lojas já tenham receita suficiente para pagar a conta.
Isso faria com que a renda da loja, colaboradores e clientes gire.
Este investimento vai fazer toda esta cadeia. Assim, a empresa não financeira, que DEVE
possuir autorização da CVM (Comissão de Valores Imobiliários), vai abrir a Oferta Pública,
que tem acesso aos investidores para que eles possam comprar.
Características da Debênture
Por ser um título de Oferta Pública, normalmente se delonga, não existindo assim uma
regra para o prazo, que sai caro para a empresa. Por isso, são processos de longo prazo,
pois serão investimentos para o futuro:
REAL: Forte. Esta opção pode ser escolhida quando a empresa X possuir um bem tan-
gível, uma propriedade da empresa. Não permite negociar, vender ou transferir o bem
até que o título seja pago e, caso ela não consiga pagar o investimento, ela vende esses
bens e paga os títulos com este valor. Ou seja, ela dispõe algo material que possui em
nome da empresa como garantia caso não consiga pagar pelo título. Sendo considerada
uma garantia forte, tem um risco menor. Consequentemente, seu retorno será menor.
FLUTUANTE: Forte. Esta opção é escolhida quando a empresa substitui a sua garantia,
podendo ser alterada. Por exemplo, ela colocou dois galpões como garantia mas os ven-
deu antes de acabar o processo das Debêntures. Desta maneira, ela deve substituir este
bem por outro. É chamada de flutuante pois esses bens tangíveis flutuam e se modifi-
cam. Pode ser considerada uma garantia média, com risco e retorno também menores.
QUIROGRAFÁRIA: Fraca. Já nesta opção não existe um bem real e tangível, pois a garan-
tia é somente da empresa. Ela se coloca como disposta a arriscar, pois tem capacidade
suficiente para ir negociando ao longo dos anos com os investidores. Se a empresa falir, os
investidores concorrem em igualdade de condições com os demais credores quirografários
(sem preferência). Essa é considerada uma garantia fraca, com risco e retornos maiores.
SUBORDINADA: Fraca. Esta última opção é para quando os investidores são informados
pela empresa X que além de dever para eles, deve também a outras empresas, clientes e
outros gastos. Assim, caso não haja dinheiro para os investidores receberem, eles estarão
subordinados aos outros debenturistas, ou seja, ninguém será colocado com prioridade
da frente de outros investidores. A empresa pagará todas as contas necessárias e depois,
se sobrarem valores, será tudo negociado. Então, esta garantia é considerada fraca, com
risco maior e um retorno maior.
O que deve ser lembrado é que, quanto mais fraca é a garantia, mais risco a empresa
corre. Mas, por consequência, terá um retorno bem maior.
Desta forma, será informado se será Título com Cupom ou Título Sem Cupom.
Pode acontecer também que o projeto foi encerrado antes e com sucesso, assim podendo
negociar todo o valor naquele momento.
Outra coisa que pode acontecer é a empresa querer mudar a sua garantia de Real para
Flutuante. Mas faria sentido diminuir a garantia e o título ficar mais arriscado? Se fizer
sentido para a empresa, os investidores vão aceitar e recomendar a ela aumentar a taxa
de IPCA (Índices de Preços ao Consumidor) em mais 7% ao ano (pois são vários fatores
que podem causar o aumento, resultando em mudanças).
Sendo assim, esta Repactuação pode acontecer ou não. Se acontecer, é uma forma de
renegociação da empresa com os Investidores.
Todas estas etapas a respeito da debênture, como objetivos, ofertas, etc, estão na
Escritura. A Escritura é um documento oficial que possui regras e linhas específicas
das debêntures. Especifica os direitos dos investidores, deveres dos emitentes, todas as
condições da emissão, os pagamentos dos juros, prêmio e o principal, além de conter
várias cláusulas padronizadas restritivas e referentes às garantias. Também consta quem
é o agente fiduciário, alguém que auxilia em funções como, por exemplo:
O agente fiduciário não tem a função de avalista ou garantidor da emissão. Ele poderá́
usar de qualquer ação para proteger direitos ou defender interesses dos debenturistas.
No caso de inadimplência da emitente, o agente deve:
Desta maneira, a partir deste momento, a debênture foi quitada e você passa a ser
sócio da empresa, pois tem ações em seu nome da empresa, tendo direito em todos
os lucros, prejuízos e tudo o que cerca a companhia. Você pode vender essas ações
a qualquer momento. Existe essa possibilidade, mas não é muito ocupada pelas
instituições por não ser coerente a empresa repassar seus bens. De certa forma, isso
se torna uma carência de seu patrimônio.
Outro ponto relevante é que, como já foi mencionado, as debêntures são ofertas de
longo prazo e, por vezes, a empresa paga apenas no final dos anos estipulados, sendo
um mercado onde o investidor pode negociar a debênture em mercado secundário.
Explicando melhor, você compra de uma empresa, vende para outra pessoa, que pode
vender para outras e assim por diante.
O investidor pessoa física não paga imposto ao investir em uma Debênture Incentivada.
O investidor pessoa jurídica para alíquota única de 15% ao investir em uma Debênture Incentivada.
O que muda entre tais incentivos é apenas sua tributação diferente. As regras e formas
de pagamentos são iguais às outras Debêntures.
Ou seja, uma empresa pede a autorização para o ministério a qual ela está subordinada,
como, por exemplo, mobilidade urbana, energia, transporte e telecomunicações. Para
emitir esta debênture, seguida da autorização, ela oferece uma Oferta Pública e registra
na CVM. Nesta oferta, ela deixa claro que a Debênture que está emitindo pagará em
4 anos, mas se os investidores quiserem, em 2 anos a empresa pode se reunir com os
mesmos para liquidar estas parcelas em menos tempo (24 meses).
O que isso quer dizer é que o vencimento mínimo é de 48 meses e o resgate mínimo é de
24 meses. Desta maneira, antes do dia mínimo não existe possibilidade de acerto, apenas
se for negociado no mercado secundário caso a empresa queira. Porém, passando os 2
anos completos, de acordo com o que está escrito na Escritura e com o agente fiduciário,
a empresa pode, por sua decisão, fazer o resgate antes do vencimento de 4 anos. Por que?
Porque isso é uma garantia. Ninguém realiza uma obra de infraestrutura em apenas um
ou dois meses. Assim, a empresa tem desenvolvimento de receita e outros valores afins.
As notas promissórias são títulos emitidos por instituições não financeiras do mesmo
modo que as Debêntures. Mas qual é a diferença?
Enquanto as DB são para recursos a longo prazo, as NP são para recursos a curto prazo,
geralmente tendo como finalidade exclusiva em Capital de Giro, já que é necessário os
valores para logo. Por ser um título de necessidade mais rápida, não há muitas regras e
garantias, sendo mais objetivo.
CURTO PRAZO:
⯀ 180 dias se for emitida por uma empresa S/A com capital fechado;
⯀ 360 dias se for emitida por uma empresa S/A com capital aberto.
Consequentemente, por ser de empresas não financeiras, NÃO possui FGC e seu valor
de IR, conforme tabela, será a menor alíquota possível, que é de 20%. Isso se dá porque
seu prazo é curto, não ficando mais de 360 dias no papel.
RENDA VARIÁVEL
Basicamente, podemos pensar na padaria que tem aí pertinho de sua casa. Imagine
se você pudesse ser sócio(a) desse empreendimento e receber os lucros gerados pela
venda de pães todos meses. Seria bom, né? Pois é exatamente isso que acontece com
as ações. Você se torna sócio(a) do empreendimento, pode receber lucros em sua conta,
pode votar para decidir sobre quando e quanto pagar para cada acionista. Ou seja, você
também é dono da empresa.
TIPOS DE AÇÕES
Como uma empresa que tem suas ações na bolsa de valores tem milhões de sócios,
é importante saber que existem 2 tipos de ações e que cada uma lhe confere direitos
diferentes. Vamos falar sobre essas ações agora.
Deixe-me explicar com um exemplo: o Banco do Brasil é uma empresa que tem ações na
bolsa mas é controlado pelo Governo Federal. Vamos imaginar, de forma hiperbólica, que
o Banco do Brasil tem 1.000 ações. Destas, 500 são PN e 500 são ON. Para que o Governo
Federal possa sempre ser o controlador ele precisa ter 251 ações ON. Assim ele garante
que sempre terá o maior poder de voto já que a ação ON confere um voto por ação.
Agora vamos ver como funciona as ordens de compra e venda das ações.
TIPOS DE ORDEM
Vamos entender quais são os tipos de ordem que o investidor pode dar no mercado de ações.
Iniciando pela ordem de compra, existem dois caminhos possíveis: lote padrão e lote
fracionário. Lote padrão é quando você compra ações por lotes de múltiplos de 100 de
uma determinada empresa. Para explicar melhor, um exemplo: quero comprar 10 lotes
padrões das ações da ITAUSA, ou seja, comprarei 10 lotes de 100 ações cada, que será
1.000 ações ao total. O código do lote padrão ITSA3 (ação ordinária).
Já o lote fracionário é quando você compra uma quantidade que não segue múltiplo
de 100, podendo ser menor que 100 ou maior que 100. O código do lote fracionário
ITSA3F (ação ordinária).
Dentro do sistema que está sendo operado, onde se compra e vende as ações, podem
ser feitas duas ordens: a stop loss (para de perder) e a stop gain (para de ganhar).
Já stop gain é o inverso de stop loss. Comprei uma ação por R$ 10,00 e tenho como
estratégia vender por R$ 12,00. Para não perder a oportunidade nas oscilações do mer-
cado, ordeno um stop gain de R$ 12,00. Assim, no momento em que ela atinge R$ 12,00,
o sistema executa automaticamente a ordem de venda desta ação.
Esse período de liquidação física não tira o meu direito sobre as ações. Então, se eu qui-
ser posso vendê-la para outra pessoa, em uma operação day trade (operação em que a
compra e venda das ações ocorrem no mesmo dia).
E como última ordem temos a precificação. Quando você no seu home broker para
comprar uma ação, você vai analisar o booking e vai precificar de alguma das duas for-
mas: a mercado ou limitada. Na precificação a mercado, a sua ordem de compra será
executada independente o preço que aquele ativo tiver no mercado. Já na precificação
limitada, sua ordem de compra será executada de acordo com o limite que você colo-
cou. Vamos dizer que você quer comprar ações a R$ 10,00. Se as ações estiverem com
preço acima de R$ 10,00, a ordem de compra não será executada.
FORMAS DE NEGOCIAÇÃO
Vamos entender agora as diferenças entre as formas de negociação no mercado de
ações. Quanto o investidor compra ações, seja no mercado primário ou no secundário,
ele utiliza uma dessas formas para alcançar seus objetivos. Basicamente, o que vai dife-
renciar cada forma de negociação são os prazos entre a compra e venda.
Imagine este caso: quero lhe vender uma ação por R$ 10,00 e você quer comprá-la no
Day Trade. Sendo acordado, você faz a ordem de compra por R$ 10,00 e, a partir desse
momento, você já tem os direitos sobre a ação mesmo não a tendo em sua carteira ou
pago por ela. Mais tarde, no mesmo dia, você vende essa mesma ação a outra pessoa
por R$ 12,00. O que vai acontecer aqui? Você vai receber R$ 2,00 pela operação.
Então, depois dos 3 dias úteis sobre a liquidação física e financeira da caneta, você vai
receber só a diferença R$ 2,00. E se a diferença tivesse ficado negativa? Você comprou
por R$ 10,00 e, pelas oscilações do mercado, só conseguiu vender por R$ 8,00. Será
debitado de sua conta R$ 2,00.
Usamos como exemplo apenas uma ação, mas essa operação pode ser feita em outras
quantidades, por exemplo, 1.000, 5.300, etc.
E para operar Day Trade, não preciso de dinheiro? Não necessariamente. O que você
precisa é ter um contrato firmado com a instituição financeira que faz as negocia-
ções, dando ciência de que você opera em day trade, estando autorizado e ciente
dos riscos das operações.
Existem duas palavras que serão comuns na sua vida como um agente autônomo
de investimentos: long (comprado) e short (vendido). Um exemplo é quando você
entra vendido no day trade por acreditar que haverá uma desvalorização das ações
da empresa XPTO. Exemplo: pela suas análises, as ações da JBS vão cair hoje e você
não tem as ações. Então, ao abrir o pregão, você entra vendido. Ou seja, você vende
R$ 10.000,00 em ações da JBS sem tê-las em sua carteira. Ao final do dia, conforme
você imaginou, estas ações da JBS realmente caem. Aquele lote que valia R$ 10.000,00
agora vale R$ 8.000,00. O que você faz? Vai precisar entregar daqui a D+2 as ações
para o comprador. Você vai comprar as ações por R$ 8.000,00, pois assim você zera a
posição e acaba tendo lucro de R$ 2.000,00 sobre a operação.
Por último, o Buy and Hold é a modalidade de investimento no mercado em que o inves-
tidor compra as ações e as mantém em sua carteira por um longo período de tempo. O
termo Buy and Hold deriva do inglês que, traduzido, significa comprar e segurar.
As operações Swing Trade e Buy and Hold estão presentes em algumas literaturas
(e podem também aparecer na prova) como operação normal, pois se diferenciam
no prazo e na tributação.
Quando o investidor compra ações no mercado, ele está, como já dissemos, se tor-
nando sócio do empreendimento no qual resolveu colocar seu capital. Por isso, ele
terá alguns direitos, como:
TAG ALONG
Como já comentamos anteriormente, o Tag Along é um direito do acionistas no qual ele
vende suas ações em função da troca de controle da companhia por, no mínimo, 80%
do valor pago pelo novo controlador. Algumas empresas, em seu estatuto, oferecem tag
along em percentual maior que 80% a todos os acionistas. A recompra dessas ações é
feita por meio de uma OPA (oferta pública de aquisição de ação) quando as empresa
oferecem os acionistas a possibilidade de recomprar as ações.
As empresas recebem selos pelo seu nível de governança. Esse nível está relacionado a
como esta empresa é administrada. Esse nível é estabelecido a partir dos princípios da
governança corporativa. São eles:
EMPRÉSTIMO DE ATIVOS
O empréstimo de ações é uma operação em que investidores doadores emprestam aos
investidores tomadores por prazo determinado e, mediante a cobrança de uma taxa
livremente pactuada, certa quantidade de ações.
Esclarecendo: o investidor que compra ativos via bolsa de valores pode emprestar seus
ativos a outros investidores. É popularmente chamado de aluguel de ativos no mercado,
pois ao emprestar, o investidor doador ganha uma grana em troca.
Você deve estar se perguntando: qual é o objetivo dessa negociação? Vamos usar um
exemplo para ajudar a ficar claro: imagine que hoje eu resolvo achar que, por alguma
razão, as ações da Petrobrás vão cair consideravelmente. Só que não tenho nenhuma
ação da Petrobrás e para ganhar dinheiro com essa queda, pois preciso vendê-las. Então,
eu alugo essas ações da Petrobrás de você, vendo elas no mercado para outro investidor
e, depois que desvalorizarem, as compro novamente e devolvo para você.
Assim, vão existir dois agentes principais nesse processo: o tomador e o doador. O
tomador é o investidor que pega as ações emprestadas para se posicionar no mercado.
Ele ganha lucro sobre a diferença da venda pela compra das ações e paga uma taxa
ao doador, o investidor que tem posse das ações e acaba lucrando com o empréstimo.
⯀ Doador: aquele que cede os direitos sobre o papel e, em troca disso, recebe rendimentos;
⯀ Tomador: aquele que paga juros para ter direito sobre o ativo;
⯀ BTC: banco de títulos administrados pelo B³. Quando o investidor coloca sua carteira
a disposição do mercado para que meus papéis possam ser alugados, essa posição
fica no BTC e todos os participantes do mercado de capitais podem acessar e usufruir;
⯀ Prazo minimo: 1 dia;
⯀ Prazo máximo: não há;
⯀ Custos: para o investidor doador não há nenhum custo. Agora, para o investidor
tomador, existe o custo da taxa exigida pelo doador, a comissão da corretora e a
taxa de 0,25% ao ano da B3;
⯀ Tributos: doador paga IR conforme renda fixa sobre a taxa estabelecida. Já o toma-
dor paga tributos sobre lucro da operação, menos a taxa paga ao doador;
⯀ Proventos: por definição os proventos são pagos ao tomador, no entanto, no
empréstimo de ativos, o tomador repassa todos os direitos ao doador.
⯀ Contrato com prazo fixo: o doador coloca uma carência em sua oferta, tomando
o contrato vigente por um prazo mínimo específico;
⯀ Doador solicita a devolução antecipada: envolve a possibilidade de solicitação
de devolução antecipada pelo doador;
⯀ Tomador solicita a liquidação antecipada: contratos que possibilitam a liqui-
dação antecipada.
⯀ Também existem duas formas do doador fazer a sua oferta de empréstimo:
⯀ Oferta direcionada: é quando o doador já tem um tomador em específico para
emprestar seus ativos. É comunicado diretamente a corretora sobre o acordo
pré-estabelecido entre as partes;
⯀ Oferta a mercado: é quando o doador oferta seus ativos para o mercado. Qualquer
investidor que estiver interesse pode estar tomando os ativos em troca da taxa
estabelecida entre os dois.
A Apple, que tem suas ações negociadas na Nasdaq, vai custodiar ações em um banco
de investimento norte americano. Esse, por sua vez, vai emitir um recibo lastreado nessa
ação e negociar na bolsa de valores do Brasil.
O mesmo acontece se a Petrobrás quiser vender ações na bolsa de valores de Nova York.
Para isso, a nossa estatal vai custodiar algumas ações em um banco de investimento
brasileiro que, por sua vez, levará recibos lastreados nessas ações à NYSE (New York
Stock Exchange, a bolsa de valores de Nova York).
Claro que, para diferenciar os papéis de acordo com as praças de negociação, temos
mais códigos nos DR:
⯀ ADRs - American Depositary Receipt: são títulos de empresas com sede fora dos
EUA e com títulos negociados na bolsa de valores daquele país. A Petrobrás, ao
negociar recibos nos EUA, vai negociar ADR.
⯀ BDRs - Brazilian Depositary Receipt: títulos de empresas com sede fora do Brasil
com títulos negociados aqui na B3. A Apple, ao negociar títulos aqui no Brasil, vai
negociar BDR.
⯀ GDR - Global Depositary Receipt: títulos emitidos em vários mercados diferentes
do país onde a empresa tem sede.
Como dica, lembre-se de que a primeira letra do recibo indica o mercado onde aquele
papel está sendo negociado.
Vamos entender melhor quais são os tipos de BDRs. Para isso, temos uma tabela com-
parativa que vai facilitar seu entendimento sobre o assunto.
Agora, como é um mercado de renda variável e que atende o mercado de capitais inter-
nacionais, vamos falar sobre quais são os riscos apresentados pelos DRs:
Análise Técnica
O primeiro modo de escolher uma ação também é conhecida como análise gráfica.
Ela estabelece projeções para os preços das ações, baseando-se na observação do
comportamento passado: sua demanda e oferta, a evolução passada dos volumes
negociados e os preços das ações.
Análise Fundamentalista
Diferente da análise técnica, que estuda o padrão de preços do passado da ação, a aná-
lise fundamentalista ignora os preços do passado mas estuda fatores macroeconômicos,
capacidade de geração de caixa da empresa. Para tal, essa análise estuda o balanço patri-
monial da empresa, o mercado em que está inserida, qual a capacidade de geração de
caixa, a relação de dívidas em comparação ao patrimônio da empresa e outros indicadores.
Para entender o que é análise fundamentalista, podemos simplificar que serve para
responder a algumas perguntas, como:
Naturalmente, estas são algumas das muitas questões envolvidas. Existem literalmente
centenas de outras que você poderá ter sobre uma empresa. Contudo, a análise é resu-
mida a uma só: as ações da empresa são um bom investimento? Pense na análise funda-
mentalista como uma caixa de ferramentas para ajudá-lo a responder a esta pergunta.
Risco de Mercado
Este risco pode ser traduzido como, basicamente, quanto o preço de um ativo pode ser
alterado pelo mercado.
Por tudo que já vimos nos módulos anteriores, podemos afirmar que, ao investir o dinheiro
em um título qualquer, o investidor está comprando esse título. E tudo que compramos tem
um preço, certo? Se esse preço tem uma forte variação, este ativo possui um alto risco de
mercado. Do contrário, se tem poucas variações, é um título com baixo risco de mercado.
O exemplo mais clássico que podemos usar aqui é o preço das ações. Quando um
investidor compra uma ação por R$ 20, ele espera que o mercado, ao longo do tempo,
precifique essa ação por qualquer coisa acima de R$ 20 para que se tenha lucro. Quanto
maior for a oscilação de preço dessa ação, maior será seu risco de mercado.
Nesse caso, temos uma perda expressiva de valor de uma única empresa e isso não
necessariamente afeta outras. Nesse tipo de risco, o investidor consegue se proteger ao
fazer uma diversificação de sua carteira de investimentos. Por falar em diversificação, é
sobre isso que trataremos agora.
Diversificação
Já que entendemos o risco não sistemático, vamos entender como o investidor pode se
proteger desse risco: através da diversificação.
De um jeito bem simples, diversificação é “não colocar todos os ovos na mesma cesta”.
No caso da Petrobrás, citado acima, se o investidor colocasse todo seu patrimônio em
ações dessa empresa, teria passado por fortes emoções nos anos de 2015 e 2016, né? O
investidor, então, pode se proteger desse risco colocando seu patrimônio em diversas
ações – preferencialmente de segmentos diferentes.
O gráfico abaixo representa uma carteira bem diversificada e sua exposição ao risco de mercado.
Risco total
da carteira
Risco não-sistemático
Em resumo: a diversificação é muito eficiente para proteger o investidor do risco não sis-
temático. No entanto, o risco sistemático não possui nenhum mecanismo de proteção.
Risco de Liquidez
Imagine que você comprou um ativo por R$ 20,00. Amanhã, você precisa desesperada-
mente vendê-lo, mas o valor dele caiu para R$ 15,00. Isso é Risco de Liquidez.
⯀ Corretagem: é uma tarifa para pela investidores ao seu agente de custódia (corre-
tora) por toda ordem de compra e venda executada;
⯀ Custódia: uma espécie de tarifa de manutenção de conta cobrada por algumas
corretoras. Sempre que o investidor mantém alguma ação em custódia na corretora,
ele está sujeito a essa tarifa. Atualmente, muitas corretoras, por iniciativa própria,
oferecem isenção dessa tarifa a seus clientes. Despesa mensal;
⯀ Emolumentos: os emolumentos são cobrados pelas Bolsas por pregão em que
tenham ocorrido negócios por ordem do investidor. A taxa cobrada pela Bolsa é de
0,035% sobre o volume que o investidor compra, podendo ser alterada dependendo
do tipo de operação realizada;
⯀ Imposto de renda: o Imposto de renda no mercado de ações tem como regra
alíquota única de 15%. No entanto, devido à riqueza de detalhes que envolve a tri-
butação nesse tipo de operação, vamos dedicar o tópico a seguir para tratar sobre
esse assunto.
Em janeiro deste ano, o investidor compra R$ 100.000,00 em ações. Passados três meses,
em abril, esse investidor aliena (vende) as ações por um total de R$ 120.000,00.
Assim sendo, temos um lucro de R$ 20.000,00 a ser tributado, certo? Nesse caso, será retido
na fonte pela corretora 0,005% sobre o valor total da venda, ou seja, (120.000 x 0,005) R$ 6,00.
O investidor, por sua vez, precisa recolher 15% sobre o lucro via DARF sendo 15% sobre
R$ 20.000, um total de R$ 3.000,00. Por ter sido retido na fonte R$ 6,00, o investidor
desconta na DARF recolhendo apenas R$ 2.994,00.
COMPENSAÇÃO DE PERDAS
Já que o Imposto de Renda é cobrado sobre o ganho nominal, imagine uma situação
em que o investidor, ao invés de ganhar dinheiro com seu investimento, registre uma
perda. Nesse caso, o investidor pode compensar perdas em investimento futuro. Ou seja,
se ele perdeu dinheiro em janeiro e ganhou em maio, poderá compensar.
Vamos a um exemplo:
No mês de janeiro, o investidor vendeu ações com um prejuízo total de R$ 5.000,00. No mês
de março, o mesmo investidor vendeu ações com lucro de R$ 8.000,00. Assim, o prejuízo
anterior será compensado e será recolhido IR somente sobre R$ 3.000,00 (8.000 – 5.000).
Essa compensação pode ser feita a qualquer tempo no futuro. No entanto, se o investidor
não fizer a compensação no mesmo ano do prejuízo, terá de levar esse prejuízo à sua
declaração anual de ajuste de IR para que possa compensar em anos futuros.
A única observação é que a compensação pode ser feita somente para investimentos
da mesma modalidade. Se o investidor teve prejuízo com day trade, poderá compensar
somente com day trade; se perdeu com swing trade ou Buy and Hold, poderá compensar
somente com swing trade ou Buy and Hold.
IBOVESPA
Vamos iniciar pelo principal índice bursátil: o índice Bovespa, chamado popularmente
de Ibovespa ou IBOV.
A B3 divulga minuto a minuto a variação média do preço das ações com maior volume
de negociação através do índice Bovespa (a bolsa que conhecemos hoje como B3 era
conhecida como Bovespa, Bolsa de Valores de São Paulo).
Para analisar o comportamento da B3, se está indo bem ou mal, analisa-se o índice
Bovespa. Esse índice é medido por pontos.
Qual é a metodologia utilizada pela B3 para quantificar esses pontos? A base de cálculo
é a soma do peso de cada empresa que está neste índice. Este peso necessariamente
correspondente a uma quantidade “n” de ações da empresa a serem somadas. Neste
montante, é aplicado um redutor para calcular esses pontos do índice.
Uma coisa importante é que, se os pontos subiram, quer dizer que o índice Bovespa
subiu. Isso ocorre de acordo com a média da valorização das empresas que compõem
este índice. Agora, se os pontos caíram, o índice Bovespa caiu.
Algumas informações a seguir serão fundamentais tanto para sua prova como para
sua vida profissional de agente autônomo de investimentos. Esses dados e índices são
encontrados no site da B3 (b3.com.br).
ÍNDICES AMPLOS:
⯀ Índice Bovespa (Ibovespa): apresenta uma carteira teórica das empresas com
maior volume de negociação;
⯀ Índice Brasil 100 (IBrX 100): apresenta uma carteira teórica das 100 ativos com
maior volume de negociação na B3;
⯀ Índice Brasil 50 (IBrX 50): apresenta uma carteira teórica das 50 ações com maior
volume de negociação na B3;
⯀ Índice Brasil Amplo BM&FBOVESPA (IBrA): indicador do desempenho médio
das cotações de todos os ativos negociados no mercado à vista (lote-padrão) da
B3 que atendam a critérios mínimos de liquidez e presença em pregão, de forma
a oferecer uma visão ampla do mercado acionário.
Você deve estar se perguntando se precisará saber quais são as empresas que estão
nos índices para a prova. Já lhe adianto que não. O importante é você saber o que cada
índice representa e o que indica nas análises de ativos ou carteiras de investimentos.
Há um documento no site da B3, que indico a leitura, sobre todo esse assunto. O docu-
mento esclarecerá qualquer dúvida sobre a definição e procedimentos dos índices da
B3. Você pode acessar seguindo o caminho: Home > Market Data e Índices > Índices >
Índices amplos > Índice Bovespa (Ibovespa) > Saiba Mais - Metodologia do índice Bovespa.
É importante você conhecer o caminho para chegar no documento, mas vou facilitar
pra você. Para acessar, clique aqui.
ÍNDICES DE GOVERNANÇA:
⯀ Índice de Ações com Governança Corporativa Diferenciada (IGC): é o indicador
do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas listadas no Novo
Mercado ou nos Níveis 1 ou 2 da BM&FBOVESPA;
⯀ Índice de Ações com Tag Along Diferenciado (ITAG): é o indicador do desempenho
médio das cotações dos ativos de emissão de empresas que ofereçam melhores
condições aos acionistas minoritários, no caso de alienação do controle;
⯀ Índice de Governança Corporativa Trade (IGCT): é o indicador do desempenho
médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que
atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia;
⯀ Índice de Governança Corporativa – Novo Mercado (IGC-NM): é o indicador do
desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas que apre-
sentem bons níveis de governança corporativa, listadas no Novo Mercado da B3.
ÍNDICES DE SUSTENTABILIDADE:
⯀ Índice Carbono Eficiente (ICO2): composto pelas ações das companhias parti-
cipantes do índice IBrX-50 que aceitaram participar dessa iniciativa, adotando
práticas transparentes com relação a suas emissões de gases efeito estufa (GEE).
Leva em consideração, para ponderação das ações das empresas componentes,
seu grau de eficiência de emissões de GEE, além do free float (total de ações
em circulação) de cada uma delas;
⯀ Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE): é uma ferramenta para análise compa-
rativa da performance das empresas listadas na B3 sob o aspecto da sustentabilidade
corporativa, baseada em eficiência econômica, equilíbrio ambiental, justiça social e
governança corporativa - isso vem caindo na prova com uma maior frequência.
Cada processo tem seu horário de negociação. É importante saber esses horários, podem
mudar. Por isso, é importante o profissional AAI saber onde encontrar essas informações.
Para facilitar o acesso, clicando aqui você vai direto para o site B3 > Horário de Negociação.
After-Market
Cancelamento Call de
Mercado 2
Pré-abertura Negociação Cancelamento
de ofertas fechamento Negociação
de ofertas
Início Fim Início Fim Início Fim Início Fim Início Fim Início Fim
Mercado
9h30 9h45 9h45 10h 10h 16h55 16h55 17h 17h25 17h30 17h30 18h
a vista
Fracionário 9h30 9h45 9h45 10h 10h 16h55 16h55 17h 17h25 17h30 17h30 18h
Mercado
- - - - 10h 17h25 - - - - - -
a termo
Mercado
9h30 9h45 9h45 10h 10h 16h55 16h55 17h15 - - - -
de opções
BOVESPA
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de ações
CIRCUIT BREAKER
Circuit breaker é um mecanismo de controle de oscilação do índice Bovespa que inter-
rompe os negócios na Bolsa conforme regras de acionamento previstas no Manual de
Procedimentos Operacionais. São paradas as negociações antes que algo saia do con-
trole. Mas quando esse mecanismo é usado?
As garantias formadas por moedas locais, carta de fiança bancária e certificado de depó-
sito bancário (CDB) não são valorizadas em relação ao cenário atual. Logo, os valores de
tais garantias são dados, nesta ordem, pelo valor inteiro incluído ao valor assegurado e,
em seguida, pelo valor emitido.
Para memorizarmos, é necessário saber que o depósito de garantias deve ser rea-
lizado em espécie, sendo capaz de ser substituído pelo depósito de outros ativos.
São aceitos os sequentes ativos:
É necessário sabermos que existem critérios para a aprovação de cada tipo de ativo de garantia.
Tais normas estão registradas no Manual de Administração de Risco - Capítulo 6. Além disso,
todas as movimentações e serviços estão disponíveis por meio de arquivos e mensagens.
MARGEM DE GARANTIA
Como já mencionamos, tudo o que investimos em dinheiro ou num bem patrimonial
possui riscos e, consequentemente, devem existir garantias para assegurar estes inves-
timentos em qualquer situação que possa surgir.
É válido também citarmos que existem contratos com segmentos negociados na BM&F,
que estão em efeito de apuração de margens de acordo com:
Dividendos
É a distribuição de parte do lucro aos seus acionistas, pagos exclusivamente em
dinheiro. O Estatuto da empresa pode prever o percentual do lucro que será distribu-
ído aos acionistas. Se essa informação for omissa no estatuto, o percentual mínimo
a ser distribuído é de 25%. Isento de Imposto de Renda.
Digamos que você possui ações da empresa XPTO. Essas ações somadas chegam
ao valor de R$ 1.000,00.
Ocorre, então, que suas ações, as quais antes da distribuição dos dividendos valiam
R$ 1.000,00, passam a valer R$ 950,00.
Direitos de Subscrição
Direito aos acionistas de aquisição de ações por aumento de capital, com preço e prazos deter-
minados. Garante a possibilidade do acionista manter a mesma participação no capital total.
BOOK ENTRY
A B3, responsável por inúmeros procedimentos financeiros, é também responsável pela
atualização, cuidado e gestão de situações que englobam pagamentos, juros, capital, etc.
Estes ocorrem dentro do mercado de ações do país e concedem trabalhos em títulos e
valores mobiliários públicos e privados.
Por ser uma referência dentro do mercado financeiro e de investimento, a B3 oferece uma
desmaterialização e registros eletrônicos para melhor aperfeiçoamento. É a pioneira, neste
aspecto, para serviços ativos, por substituir documentos físicos por eletrônicos. É onde todos
os comprovantes de propriedade de determinados ativos, como suas movimentações, são
realizados em um processo de uma plataforma eletrônica, conhecido como Book Entry.
LEILÕES
Toda relação de negociação ou investimento em mercado nos estabelece normas, variações
de valores e até mesmo números de ofertas em plataformas que solicitam procedimentos
especiais. Além disso, são fornecidas formas operacionais necessárias para quando um
objetivo ou variação for alcançado. Deste modo, toda vez que uma quantidade ou valor
oferecido de um ativo atingir seus limites esperados, a negociação segue um procedimento
necessário e destacado dentre todos os negócios já realizados, desde que respeitando
condições mínimas determinadas pela Comissão de Valores Mobiliários.
É necessário lembrar que existe uma previsão para superar a variação de 100%, para
ativos que não fazem parte da Bolsa. Assim, o leilão deverá ser de 1 hora.
Em relação a uma negociação, devemos saber que há limites estabelecido pela Bolsa,
pois para uma ação conciliada nos últimos 5 pregões, o leilão deverá ter 15 minutos.
PROPORÇÃO: 5% (4 QUESTÕES)
EXIGÊNCIA MÍNIMA: NÃO HÁ
FUNDOS DE INVESTIMENTOS
Ou seja:
Para chegarmos nos resultados corretos, é necessário seguir certos padrões encontrados
nas políticas, as quais que prevêem, de fato, como você vai chegar e quais mercado
e títulos o gestor pode comprar para chegar ao objetivo.
Além dos fundos passivos e ativos, podemos também encontrar o fundo alavancado.
Esse tipo de fundo normalmente é um fundo ativo e, portanto, um fundo ativo ala-
vancado. A atribuição de “alavancado” se deve ao fato de que esse fundo pode utilizar,
como estratégia de gestão de ativos, derivativos que exponham o fundo a risco supe-
rior ao valor de seu patrimônio líquido. Em outras palavras, é um fundo que pode ter
uma perda maior do que o valor investido do fundo. Caso esse fundo apresente um
prejuízo maior do que seu patrimônio líquido, o cotista será convidado (na verdade é
obrigado, mas não ficaria bem escrever isso aqui, não é?) aportar mais recursos para
cobrir o prejuízo do fundo. Melhor dizendo, a responsabilidade por cobrir eventuais
prejuízos do fundo alavancado é do cotista.
deve dispor sobre a taxa de administração, que remunerará todos os serviços do fundo.
Pode haver remuneração baseada no resultado do fundo (taxa de performance que
falaremos mais adiante), bem como taxa de ingresso e saída.
Todos estes documentos devem ser confeccionados pelo administrador do fundo e pre-
cisam ser entregues ao investidor do fundo pelo distribuidor, enviado eletronicamente
em um extrato de conta contendo informações relevantes.
TAXA DE ADMINISTRAÇÃO: é uma taxa fixa, portanto não varia. Seu percentual é expres-
sado ao ano. Um exemplo seria uma taxa fixa de 2% ao ano com base em 252 dias úteis que
é cobrada e deduzida no valor da cota diariamente. É importante lembrar que o adminis-
trador do fundo pode mexer na taxa de administração, podendo reduzir por conta própria,
mas se quiser aumentá-la, deverá convocar uma assembleia – conforme já mencionamos.
Esta taxa nada mais é do que a remuneração do administrador que está prestando o
serviço ao investidor, sendo que serão retirados os gastos de marketing, publicidade,
gastos para pagar o investidor. Aí sim: o que sobrar é o lucro dele.
Imagine que temos um fundo ativo indexado ao IBOVESPA que teve, como rentabilidade
em um período, de 10%. Já a rentabilidade indexada no fundo foi de 15%. Sendo assim,
por quanto esse fundo excedeu seu benchmark? Excedeu em 5%, pois o cálculo é 15 -10
= 5. Assim, ele vai cobrar a performance sobre o que excedeu dos 100% do benchmark
– em outras palavras, neste exemplo, ele irá cobrar 20% (0,20) com período de apuração
de 180 dias, de 5% = 1, logo, o investidor pagará 14%, pois 15-1=14%.
A metodologia utilizada neste cálculo é a Linha D’Água que, no caso, será pago apenas
o que exceder desta linha – que no caso é 5%.
A taxa de performance pode ser cobrada somente depois de ser deduzido todas as
outras despesas do fundo.
TAXA DE INGRESSO: também chamada de taxa de entrada, é quando você paga para
começar a investir. Embora não seja usual no mercado, a legislação prevê que pode
existir esta cobrança desde que esteja prevista no regulamento.
TAXA DA SAÍDA: essa taxa é cobrada quando você quiser resgatar um valor do fundo,
também não sendo usual, mas permitida.
A classificação CVM classifica os fundos de acordo com o risco que cada fundo vai se expor
no mercado. Melhor dizendo, ela limita a atuação em ativos que não estejam de acordo
com o objetivo do fundo. Já que os ativos negociados no mercado financeiro possuem
riscos diferentes entre si, nada mais prudente do que classificar os fundos de investimen-
tos com base nos riscos que os fundos assumem ao comprar um ativo para sua carteira.
RENDA FIXA: é o fundo que aloca a maior parte de seus ativos em ativos de renda fixa,
ou seja, aloca no mínimo 80% do seu PL.
⯀ CURTO PRAZO: é o fundo que aloca seus ativos em que o prazo médio da carteira seja
inferior a 60 dias e nenhum ativo da carteira deve ter vencimento maior do que 375 dias.
⯀ Uma dica: você deve ficar em alerta para as pegadinhas das provas. Segundo a CVM,
Instrução Normativa 555, esta é a regra, mas se olharmos na norma da Receita Federal,
norma 1585, que dispõe sobre tributos em fundos de investimentos, diz que o fundo
de curto prazo é aquele cujo prazo médio é menor que 365 dias para fins de tributa-
ção. Vale lembrar que elas não são contraditórias, mas sim informações diferentes.
⯀ REFERENCIADO: este fundo irá alocar 95% do PL em ativos cujo benchmark do
ativo seja o mesmo a que o fundo faz referência, sendo o mais comum de mercado
o fundo DI. Isso significa que este fundo aloca 95% de patrimônio do fundo que
sejam ativos cujo benchmark seja o próprio DI.
Uma dica: em função de possuir um risco de crédito maior, o investidor, quando vai
alocar este fundo pela primeira vez, deve assinar o Termo de Ciência de Risco de Cré-
dito e constar em sua nomenclatura “Fundo de renda fixa crédito privado”, mostran-
do que ele está ciente de que este fundo é mais arriscado do que os demais.
O Fundo de investimento que investe em ativos de crédito privado (lembra que todo
ativo de renda fixa é um título de crédito, certo?), com percentual maior do que 50% de
seu PL deverá seguir as seguintes regras:
CAMBIAL: é o fundo que aloca a maior parte de ativos cujo o principal fator de risco seja
a variação cambial, ou seja, aloca no mínimo 80% de seu PL em ativos que busquem
acompanhar a variação de preços de moedas estrangeiras.
Como o próprio nome sugere, é um fundo que usa moedas estrangeiras como parâ-
metrode rentabilidade.
AÇÕES: aloca a maior parte dos seus recursos em ações ou ativos que sejam lastreados em
ações, ou seja, 67% da carteira deve estar alocada em ações, bônus de subscrição e afins.
A performance deste fundo está sujeita à variação de preço das ações que compõem sua
carteira. Por isso, são mais indicados para quem tem objetivos de investimento de longo prazo.
Uma dica: se ele investe no mínimo 67% em ações, qual é o valor máximo que pode
ser investido em renda fixa, por exemplo? Pode-se colocar 33% em renda fixa, sendo
este o valor mínimo.
Para você lembrar, o fundo Cambial, de Ações e Multimercados não possuem regras de
subcategorias. Segundo a Instrução da CVM 555, a ANBIMA irá separar estes fundos,
mas isto é pauta para outras aulas.
Deste modo, devemos pensar como instituição administradora do fundo, que é preciso
oferecer este produto para diversos segmentos que eu, administradora, atendo. A insti-
tuição, então, criará o FIC (Fundo de Investimentos de Cotas), que coloca o dinheiro dele
no FI (Fundo de Investimentos). A sua estratégia deve ser bem pensada, pois para acessar
o FI o valor inicial é de R$50.000,00, além de uma taxa de administração de 0,5% ao ano.
Mas o banco entende que pode ser que algum dos seus clientes não possua este valor
para dar de entrada em uma FCI. Desta forma, ao criar um FIC que muda seu valor de
entrada e sua taxa, gerando um padrão mais fácil para cada segmento, por exemplo,
pode-se criar uma FIC com entrada de R$1.000,00 e taxa de 2,5%.
DIVULGAÇÃO DE RENTABILIDADE
Como o próprio nome diz, podemos entender tal tópico como uma divulgação. O que
quer dizer, então, uma publicação das mais aguardadas por cotistas, com informações
do resultado referente ao fundo que foi investido por cada investidor. Ou seja, o rendi-
mento quer dizer o quanto a mais o valor investido teve aumento.
Caso haja mudança na classificação nos termos estabelecidos pela Comissão de Valores
Mobiliários, mudança do Gestor de Recursos, ou, ainda, mudança significativa na política
de investimento do Fundo, a Instituição Participante pode divulgar adicional e separada-
mente à sua rentabilidade obrigatória acumulada nos últimos doze meses a rentabilidade
relativa ao período posterior à mudança, informando o que foi alterado.
Para evitar essa distorção, a receita federal criou o sistema de antecipação semestral de
IR que acontece nos últimos dias úteis dos meses de maio e novembro: o popularmente
conhecido “come cotas”. Em outras palavras, o fundo de investimento recolhe IR da
valorização das cotas a cada 6 meses, independente do resgate.
⯀ COME COTAS: este assunto é um tema bem simples, mas que você ouvirá falar em
toda a sua vida profissional. É uma maneira de tributar fundos de investimentos,
que pode ser chamada de tributação antecipada, sendo o provisionamento de
imposto de renda em fundos de investimentos que acontece duas vezes por ano,
no último dia útil dos meses de maio e novembro, ou seja, a cada 6 meses.
Imagine que você comprou, hoje, 100 cotas de um fundo de investimento a R$10,00 cada.
Sendo assim, o total investido em cotas foi de R$1.000,00. Ao passar o tempo e chegando
o dia 31 de maio (último dia útil do mês em que acontece o provisionamento), estas cotas
continuam sendo de 100 unidades, mas consequentemente elas obtiveram uma valo-
rização, tendo agora um valor de R$11,00 cada. Desta maneira, o total do investimento
passa a ser, com o rendimento, R$1.100,00. Assim foi possível ter um lucro de R$100,00.
Agora é preciso tributar este valor, ou seja, cobrar o imposto de renda, sendo que será feito
em relação aos meses de provisionamento, que aqui é o mês de maio. A alíquota descon-
tada aqui é de 15%, 100 - 15% = 1085,00. Podemos perceber que o saldo final modificou, mas
é válido lembrar que o valor da cota continua o mesmo e se fizermos uma conta de 1.085
(valor total atual) dividido por 11,00 (valor da cota), terá como resultado o valor de 98,63
cotas. Nesse caso, o que aconteceu foi que no mês de maio houve a cobrança do imposto
de 15% sobre as 100 cotas investidas no início, mas agora há apenas 98,63, por conta da
diminuição. Logo, entendemos porque este processo tem o nome de Come Cotas, pois a
cobrança do imposto de renda afeta a quantidade das cotas e não o seu valor.
É importante salientar que a alíquota do Come Cotas é fixa, portanto é essencial lembrar
que aqui não existe Tabela Regressiva. Para fundo de Curto Prazo ela será sempre de 20% e
para fundos de Longo Prazo será de 15%, não importando a quantidade de tempo em que
a pessoa está inserida no processo. Será sempre recolhida pelo administrador do fundo.
⯀ TABELA REGRESSIVA: você pode se perguntar que, por ser fixa, porque existe esta
tabela? Pois ela se aplica somente no resgate, que será calculado sobre a tabela
sempre sucessivamente e se considera o que fora antecipado no come cotas.
Portanto, o IR total devido de um fundo de investimento (exceto fundo de ações)
será de acordo com a tabela regressiva e o tempo de permanência do investidor,
mas observando a antecipação do come cotas.
Podemos voltar ao exemplo anterior e tirar mais algumas dúvidas. Vamos pensar que o mês de
investimento foi em janeiro. Passou o mês de maio com a cobrança do Come Cotas e continuou
investindo até o mês de setembro, que foi quando ele solicitou o resgate com um valor de saldo.
Mas nesse caso qual é o IR que será cobrado? Não, não é pela Tabela Regressiva, pois
quando o investidor resgata no fundo de investimento é cobrada a alíquota complementar
conforme a tabela regressiva.
No fundo de Curto Prazo, a alíquota mínima é de 20%, mesmo que o investidor tenha
ficado menos tempo, trabalhando sempre com duas alíquotas; até 180 dias é 22,5% e se
passar disso é sempre de 20%, não importando o período.
Já o fundo de Longo Prazo seu Come Cotas é de 15%, utilizando a tabela Regressiva
que vai de 22% a 15%.
Estamos falando de prazos, vencimento, renda fixa, cotas, etc., só que quando investimos
em um mercado de ações, lembramos que ele se chama mercado de renda variável e
que ela não possui prazo. Se não possui prazo, nós não podemos aplicar estas regras.
Todavia, como que funciona o IR no fundo de ações?
No fundo de ações terá alíquota única de 15% no resgate, não possuindo Come
Cotas e será recolhida pelo administrador. Agora, se for outros tipos de fundos,
como fundo de renda fixa, fundo cambial ou fundo de multimercado irá passar
por todas estas regras de Come Cotas.
⯀ O fundo deve ser administrado pelo mesmo administrador e deve ter a mesma
classificação CVM.
Quem administra este prejuízo é o administrador, pois é ele quem recolhe e sempre
anotará o que cada pessoa teve de perdas, uma vez que, da próxima vez que esta
mesma pessoa obtiver lucro, o administrador irá constatar à Receita Federal e falará
que ele deveria recolher o IR da pessoa. Se fizermos uma equação, porém, esta assim
será paga somente a diferença, sendo que a perda pode ser recompensada.
Um dos ETFs mais conhecido em nosso país é o BOVA11, que é um fundo que replica o
índice da IBOVESPA. Então, basicamente se olharmos hoje o índice do IBOVESPA, pode
estar sendo composto por ações de determinadas empresas com suas respectivas ações,
que será verificado sua carteira teórica dos fundos da IBOVESPA e comprar para sua
carteira ações da sua mesma posição.
Nesse caso, sempre que a B3 por alguma razão precisa mudar a sua metodologia
precise mudar a posição do IBOVESPA a BOVA11 consequentemente também irá
mudar, por conta da replicação.
O ETF é um fundo listado em bolsa e vai replicar indicadores de renda variável, embora
em 2018 a B3 lançou um ETF de renda fixa , mas de modo geral ele também irá replicar
indicadores de rendas variáveis em bolsas nacionais e internacionais. E por definição e
como já visto anteriormente o IR, este fundo é de renda variável, portanto é de 15% retido
na fonte independente do prazo, mas somente no resgate e livre de IOF.
Podemos concluir então que o ETF é um fundo de índice que deve ser listado na
bolsa de valores, na B3 como se fossem ações, e que visam acompanhar um índice
de referência. Por isso ele é um fundo aberto que caso haja a vontade de resgate é
será preciso vender no mercado secundário via home broker ou em caso de compra
também será via home broker.
Um Fundo de Índice deve manter no mínimo 95% de seu patrimônio aplicado em valores
mobiliários ou outros ativos de renda variável autorizados pela CVM.
E atualmente temos alternativas mais democráticas para a compra de imóveis, pois este
tipo de fundo nos dá a oportunidade de possuir pequenas e até grandes investimentos.
É conhecido esse tipo fundo, é uma comunhão de recursos de vários investidores para
aplicação no mercado imobiliário. Essa união permite que o investidor consiga entrar
num fundo até mesmo com poucos recursos, pois ele vai investir o valor proporcional
que tem através da compra de cotas.
E não é preciso ser especialista em imóveis para fazer um bom negócio. O administrador
do fundo e sua equipe de gestão de imóveis são pessoas que têm conhecimento no
setor e farão tudo de forma profissional.
Vou repetir pra você não pensar que estou mentindo: não tem burocracia no FII. Sendo
cadastrado em uma corretora de valores, é possível comprar e vender um fundo através
da Bolsa de Valores sem aquelas várias certidões que você precisaria ter se comprasse
um imóvel diretamente.
Então, estes 95% devem ser repassados aos cotistas, por possuir uma Gestão que
administra o que ocorre dentro do fundo imobiliário, assim haverá cobrança de taxa
de administração, e ele pode reter no máximo 5% do que recebe de aluguel para gerir
aquele empreendimento, sendo os 95% o repasse aos cotistas mensalmente.
Mas é necessário lembrar que há apenas duas formas de o investidor receber dinheiro
por este fundo.
Uma dica: utilizamos a palavra “rendimento” e, neste caso, estamos falando de alu-
guel. Mas é necessário utilizar “rendimento”, pois se for uma CRI não é usado aluguel,
mas sim “rendimento”.
Temos então o Risco de Mercado e o Risco de Vacância, que é novo por aqui, aconte-
cendo quando alguém investe em um fundo de investimentos e que, neste caso, deter-
minado fundo é dono de um shopping, que por alguma razão os lojistas começam a
sair deste local. Assim, o imóvel começa a ficar sem aluguel. A vacância é o período em
que os pontos ficam vazios, sem lojistas e consequentemente sem aluguel.
⯀ Alíquota: 20% para PF e PJ. PJ isento (ex.: igreja) não paga IR;
⯀ Compensação de perdas: perdas incorridas na alienação de cotas de fundo de
investimento imobiliário só podem ser compensadas com ganhos auferidos na
alienação de cotas de fundo da mesma espécie;
⯀ Responsável pelo recolhimento: Investidor.
FIP
Quando uma pessoa investe em um fundo de investimento de participação, ela quer de
certa forma assumir o controle da empresa a qual ele está comprando. Desta maneira,
podemos já evidenciar que este fundo vai comprar ações, mas não somente isso. S ele
compra ações de uma companhia, quer dizer que a pessoa que investiu quer ser um
novo controlador desta companhia. Ou também cotas de empresas fechadas.
A diferença principal deste fundo é que ele faz um papel de protagonista da empresa
que é comprada, podendo participar do conselho, nomear diretor e fazer uma gestão
para que a empresa cresça para trazer retorno para o fundo.
Por regra, então, temos aqui um fundo fechado que assume o controle da companhia
e investe em renda variável seu IR é de 15% no resgate.
O restante das características deste fundo emergente, dentre tributação e ser fundo
fechado, com o fundo em participações.
A única coisa que consta na apostila é a tributação em FIPE que diz ter uma alíquota
única de 15% somente no resgate.
FIDIC
O QUE SÃO DIREITOS DE CRÉDITOS?
O nome nos sugere que você tem o direito de um crédito. Basicamente, para melhor enten-
der, é uma antecipação de recebíveis. Esses créditos são originários de operações realiza-
das em instituições financeiras, indústria, arrendamento mercantil, hipotecas, prestação
de serviços e outros títulos que possam ser admitidos como direito de crédito pela CVM.
Dessa forma, as operações de crédito originalmente feitas podem ser cedidas aos fundos
que assumem estes direitos creditórios. Esta operação permite aos bancos, por exemplo,
que cedam (vendam) seus empréstimos aos FIDC, liberando espaço para novas opera-
ções e aumentando a liquidez deste mercado.
Assim, o fundo em direitos creditórios faz a antecipação de recebíveis, podendo ser vendas
realizadas por boletos e por cartões de crédito parcelado, todas as vendas com fins de
parcelamento, pois antecipa e aplica o desconto e recebe mais adiante parceladamente.
⯀ Pode ser um fundo aberto quando os cotistas podem solicitar resgate das cotas de
acordo com o estatuto do fundo; ou fechado quando as cotas podem ser resgatadas
somente ao término do prazo de duração do fundo, ou no caso de sua liquidação.
⯀ É exclusivamente fornecido a investidor qualificado e profissional e ter no mínimo
300 mil reais investidos, declarando esta condição por escrito.
⯀ Sua carteira deve por no mínimo 50% do seu patrimônio em direitos creditórios.
⯀ Não tem valor mínimo para investir neste produto.
⯀ Possui dois tipos de cotas:
⯀ SÊNIOR: estas cotas tem preferência no recebimento e resgate.
⯀ SUBORDINADA: não possuem preferência no recebimento dos direitos.
Essas duas cotas merecem ser estudadas mais a fundo. Imagine, então, que um fundo
de investimentos creditórios queira comprar os recebíveis da Renner. Logo, a Renner
lembrará que possui recebíveis que não recebe há algum tempo e pensa em vender os
mesmos ao fundo. Contudo, o fundo irá fazer uma proposta à loja, que se ela vender os
recebíveis creditórios ela deve comprar 30% das cotas subordinadas. Isso significa que
se acontecer de haver recebíveis não honrados pelos clientes, não será repassado das
cotas subordinadas e será pago somente nas cotas seniores.
⯀ Para quem cede os direitos creditórios: diminuição dos riscos de crédito e “liberação
de espaço no balanço”;
⯀ Para as empresas: mais liquidez no mercado de crédito;
⯀ Para os investidores: uma alternativa de investimento que tende a oferecer uma
rentabilidade maior do que a renda fixa tradicional;
Outra coisa importante é que o IR é conforme a renda fixa, mas não contém Come Cotas
e sim de acordo com o prazo de permanência do investidor.
Falamos que o FIDC deve ter em sua carteira 50% em direitos creditórios e podem operar
no mercado de derivativos (bolsas e balcão com sistema de registro) somente para proteger
suas posições à vista. Já o FIC-FIDC tem de ter no mínimo de 95% da sua carteira no FIDC.
Mas não estamos deixando nada de lado, apenas trocando a ordem de leitura em sua
apostila. Para que isso fique claro e de conhecimento geral, este módulo é específico,
tranquilo e bem breve, sendo cobrado apenas uma questão em sua prova.
SECURITIZAÇÃO - O QUE É?
A securitização vem do termo security que, basicamente, desloca-se para ativos. Sendo
assim, uma securitização é você transformar alguma coisa em ativo. Isso pode acontecer
também e ser chamado de mitigar o risco que, para entendermos o que significa e ficar
mais claro, vamos verificar o exemplo abaixo:
Podemos notar que todos acabam recebendo e pagando suas dívidas, da mesma forma
que uma roda gira, uma complementa a outra.
Mas ao analisarmos este processo chegamos a uma dúvida: de onde vem o dinheiro
da Securitizadora?
Quando um banco solicita um valor para a Securitizadora, ela chama investidores. Neste
nosso caso ela chamará 11 mil investidores e lhes dirá que ela precisa captar e pagar o
valor procurado pela instituição financeira. Ou seja, cada investidor investirá R$1.000,00
neste fundo e podemos entender que isso é bem pulverizado, pois o percentual da
carteira é bem menor. Assim, o dinheiro que a Securitizadora recebe é transferido aos
investidores até com seus rendimentos com base nos recebimentos.
PARTICIPANTES DO PROCESSO
Vamos entender agora quais são os participantes do processo de securitização e é válido
ressaltar que este tópico é a parte mais importante que cai na sua prova dentro de todo
o processo de Securitização, entendendo quem são os players e quais modalidades de
crédito podem ser securitizada.
⯀ Crédito Educacional;
⯀ Crédito Bancário;
⯀ Cartão de Crédito
⯀ Financiamentos, sendo o mais comum o financiamento imobiliário, mas não o
único. Este tipo de financiamento gera um título securitizado e transformado em
uma CRI (Certificado de Recebíveis Imobiliários, será exemplificado e explicado
mais adiante nos próximos tópicos) por uma securitizadora.
VANTAGENS DE SECURITIZAÇÃO
Para manter a securitização dos recebíveis há vantagens para as securitizadoras.
Essas vantagens são:
Desta forma, os investidores podem pensar que se eles colocarem o dinheiro no banco
ele vai receber, exagerando, 1% ao mês. E se eu comprar estes ativos da minha empresa
via securitizadora eles vão receber 2% ao mês. Assim, para o investidor, é melhor por
receber mais do que receberia do banco e a empresa vai pagar menos do que pagaria
ao banco, que era 6%.
Pensando na lógica, se uma pessoa compra hoje ela irá receber apenas daqui a 48
meses e não será pago à vista todo o valor, ou até pagando em parcelas que funcio-
nam em pagamentos realizados todos os meses e na entrega da chave é realizado o
financiamento bancário. Mas para que haja a construção do complexo de moradia, a
incorporadora necessita do dinheiro no dia de hoje para pagar devidas contas, como
engenheiro, cimento, etc.
Por isso que a incorporadora vende para a securitizadora os valores das parcelas e do
financiamento para que a securitizadora vá ao mercado financeiro e emita o ativo cha-
mado CRI, que deve ser ofertado e comprado por investidores e, consequentemente, o
dinheiro investido pelos investidores é pego pela securitizadora e entregue à incorpora-
dora que terá fôlego para construir e de fato entregar o seu imóvel programado.
Portanto, o clube de investimentos possui estas regras e para memorizar, ele se diferen-
cia do fundo de investimento, pois é um grupo menor de pessoas, que possui uma voz
mais ativa para decidir e deliberar na assembleia, podendo eleger o seu gestor do seu
patrimônio. E quando se fala em carteira é exatamente igual e isso pode ser encontrado
em alguns materiais falando que o clube de investidores é um instrumento que reúne
um Pool de investidores, que pode ser traduzido como uma junção de investidores que
realizam um clube de condomínio para investimentos.
PROPORÇÃO: 5% (4 QUESTÕES)
EXIGÊNCIA MÍNIMA: NÃO HÁ
MATEMÁTICA FINANCEIRA
SISTEMA DE CAPITALIZAÇÃO:
Neste tópico iremos conferir um material bem introdutório acerca da matemática
financeira, onde falaremos o que é juros e os conceitos de capitalização simples e
compostas. Para deixar bem claro:
Se uma pessoa pede para você dinheiro emprestado e você pagar em apenas um ano,
haverá a cobrança do juro, pois deve-se corrigir este valor com o tempo para que a
pessoa receba uma remuneração por isso. Por estar deixando de gastar este valor por
conta do empréstimo, logo, o juro corre com o tempo.
E para conseguirmos captar bem as suas bases, começaremos a falar das Premissas da
Matemática Financeira.
A primeira coisa é a letra C (capital) = valor a ser corrigido. É o valor que terá acréscimo
de juro que terá um valor mais adiante. Para deixar mais claro, podemos trocar a letra C
para VP (valor presente), pois matematicamente é utilizado o C para capital remune-
rado, mas quando for utilizado a HP é este item que utilizaremos e ele estará escrito ao
contrário (como PV). Veremos isso mais para frente.
O próximo item, naturalmente, é a taxa, t = taxa de juro aplicada. É a taxa que será apli-
cada em cada investimento. Isso é muito importante! Na HP é representada pela letra i.
O ponto é: este juro é capitalizado de qual forma? A forma de capitalização simples signi-
fica que o juro incide apenas sobre o capital inicial para efeitos de novos juros periódicos.
⯀ COMPOSTA: o juro incide sobre o capital inicial, acrescido dos juros acumulados
até o período anterior. Ou seja, um empréstimo ou investimento possui período de
capitalização, assim este juro irá incidir em todo saldo acumulado até aqui.
Agora, para ficar mais claro vamos ter alguns exemplos simples:
CAPITALIZAÇÃO SIMPLES
J=Cxtxn
Juros = VP x i x n
M=C+J
VF = VP + J
⯀ VP = 1.000,00
⯀ i = 2% mês
⯀ n = 12 meses
⯀ VF = ?
VF = VP + J
VF = VP + VP + n + i
VF = 1.240,00
Aqui fizemos uma conta normal e simples para podermos entender que no regime de
capitalização simples ocorre desta maneira.
No regime de capitalização simples não existe a capitalização dos juros e assim os juros
de um período não geram juros nos períodos seguintes. Principalmente em economias
com elevadas taxas de inflação, como historicamente é o caso do Brasil, tal regime de
capitalização não é utilizado com frequência. Em seu lugar, o regime de capitalização
composta tende a ser preferido. Nesse regime, o montante inicial cresce de maneira
geométrica ao longo do tempo e o valor de principal acrescido de juros em um dado
período serve como base de cálculo para os juros do período subsequente.
M = C x (1 + t)n
Este número 1 sempre deve ser lembrado, pois será muito utilizado em nossas contas
futuras e o seu conceito é muito importante, então se imaginarmos que temos uma taxa
de 3% e queremos saber o fator desta taxa, assim teremos que fazer:
3
3% ⇒ será = 0.03 + 1 = 1.03
100
⯀ VP = 1.000,00
⯀ i = 2% mês
⯀ n = 12
⯀ VF = ?
VF = 1.000 x (1 + 0,02)
VF = 1.000 x (1.02)12
VF = 1.268,24
Deste modo, podemos perceber que no regime de capitalização simples foi menor do
que o de composta, pois juro incide sobre o valor total acumulado inclusive do juros de
todo valor acumulado até aqui.
EQUIVALÊNCIA DE TAXAS
Basicamente, temos que ter muito claro que uma taxa de juro sempre estará expressa
em uma determinada unidade de tempo que tende a estar de acordo com a unidade
de tempo da aplicação ou investimento.
Para que isso possa acontecer é necessário saber o conceito das equivalências de taxas
que nos diz que, para aplicarmos o conceito de cálculo de juros, temos que ter, necessa-
riamente, taxa e prazo expresso na mesma unidade de tempo. E precisamos entender
que no regime de capitalização simples temos:
Taxa Proporcional = n x i
Se notarmos a taxa cresce na mesma proporção do prazo, por isso que falamos que
no regime de capitalização simples temos taxas proporcionais, então se quisermos
encontrar uma taxa em uma unidade de tempo em capitalização simples ela sempre
será proporcional.
3 x 4 = 12%
Logo, o capital está investindo uma taxa proporcional de 12% ao ano. Então, lembramos
de nossa fórmula para descobrirmos o valor futuro:
[(1,02)]12 - 1 x 100
[1,27 - 1] x 100
O que é necessário notar é que quando queremos encontrar uma taxa de um deter-
minado produto/aplicação sendo utilizado o sistema de capitalização composto, o que
temos é que taxa e prazo não crescem na mesma proporção, por isso chamamos de
equivalente. Agora com a taxa definida podemos partir para um exemplo:
⯀ VP = 1.000
⯀ i = 3% ao trimestre
⯀ n = 12 meses
⯀ VF = ?
VF = VP x (1 +i)n
VF = 1.000 x 1,034
VF = 1.000 x 1,13
VF = 1.125,51
Agora vem uma pergunta: qual dos dois regimes de capitalização é o melhor?
Veja, se temos a taxa expressa ao mês e queremos descobrir num período maior, por
exemplo ao ano, estamos capitalizando a taxa. Se temos uma taxa expressa ao ano e
queremos saber a respeito de 1 período menor, por exemplo 1 mês, estamos descapita-
lizando. Faz sentido para você?
⯀ Capitalização
⯀ 1% ao mês é equivalente a 12,68% ao ano (vide conta anterior).
⯀ 1% ao mês é proporcional a 12% ao ano (vide conta anterior).
⯀ Descapitalização
⯀ 12% ao ano é equivalente a 0,94% ao mês.
⯀ 12% ao ano é proporcional a 1% ao mês.
D = VF x i x n
VP = VF - D
D = VF x i x n
D = 10.000 x 0,05 x 3
D = 10.000 x 0,15
D = 1.500,00
VP = VF - D
VP = 10.000 - 1.500
VP = 8.500
O que temos aqui é que há um fluxo de caixa com valor futuro, valor presente e taxa
de desconto e ao invés de aplicarmos um desconto no valor futuro, ele é colocado em
juro sobre o valor presente. Por isso ele é chamado de “por dentro”, pois é como se nós
voltássemos no fluxo de caixa e pegássemos ele.
FV x i x n
D=
1+ixn
VF
VP =
(1 + i) n
Dado um título com valor de R$10.000,00 sendo descontado a uma taxa de 5% ao mês
no prazo de 3 meses, o valor do desconto e valor do líquido é:
Uma dica: estamos calculando primeiro o valor do presente por ser mais fácil de encontrarmos o resul-
tado antes na HP.
10.000
VP =
(1 + 0,05)3
10.000
VP =
1,16
VP = 8.620,69
O conceito aqui é que quando estamos falando de desconto simples é como se estivés-
semos acrescendo um juros sobre o valor presente que não conhecemos ainda.
Mas lembrando: o exercício está nos solicitando também o valor do do desconto, sendo que é o VF - VP
= 10.000 - 8.620,69 = 1.379,31.
E para saber qual usar no momento certo, quando estamos falando de desconto de
banco - como descontos de cartão ou cheques ou até alguma transação no comércio -
utilizamos o desconto comercial, havendo então o desconto que deve ser multiplicado
pela quantidade de meses.
Uma LTN, que é um título público federal prefixado, tem seu valor de face de R$1.000,00,
e pensando em um fluxo de caixa ela se assume com uma taxa de 10% ao ano com
prazo de 1 ano. Qual o desconto que será aplicado para sabermos exatamente o valor
do presente líquido?
Uma dica: não poderemos pegar os 10% e aplicar sobre os 10.000, precisamos descobrir o valor presente
dele e assim aplicar o 10% de rendimento para chegar até os 10.000.
Então:
VF
VP =
(1 + i) n
1.000
VP =
1.101
VP = 909,09
E se fizermos uma conta simples para sabermos quanto é 10% do VP, seu resultado é
90,01%. Se somarmos o total, teremos R$1.000,00. Chegamos neste valor, pois no “desconto
por dentro” é pego o Valor Presente e aplica-se uma taxa, mas como não conhecíamos
o valor presente, foi calculado na fórmula e aí sim conseguimos chegar no valor futuro.
Ficou tranquilo entender o fluxo de pagamentos usando como exemplo esse empréstimo?
Agora aperte a tecla “SAP” dos investimentos e lembre que sempre que um investidor
investe em um título de renda fixa, ele está, na prática, emprestando dinheiro ao emissor
do título. Se é um empréstimo, ele terá, assim como o nosso, um fluxo de pagamentos.
Precisamos saber, em percentuais, quanto você está ganhando com esse empréstimo.
Será que seu cunhado não tomaria um empréstimo com taxas melhores?
Para encontrar a TIR do nosso fluxo de caixa inicial, teríamos de trazer nosso fluxo de paga-
mento ao valor presente. É como se eu antecipasse as parcelas para encontrar o valor presente.
Na HP, temos a taxa IRR que nos ajuda a encontrar a Taxa interna de retorno de um
determinado fluxo de caixa.
Para isso, o BACEN pode vender títulos públicos que tem em sua carteira aos ban-
cos a uma taxa mais atraente, de forma que os bancos, ao comprarem esses títulos,
terão menos dinheiro disponível para emprestar a seus clientes. Isso resulta em
menos liquidez no mercado.
Para isso, o BACEN pode comprar títulos públicos que estão em poder dos bancos com
taxas mais atrativas. Quando o BACEN compra esses títulos, ele coloca mais dinheiro nos
cofres dos bancos e isso, por consequência, aumenta a liquidez de mercado, podendo
diminuir a taxa de juros ao consumidor.
CUPOM
Alguns títulos de renda fixa podem pagar juros periódicos e esses juros são chamados de
“cupom”. Para facilitar sua compreensão, analise o fluxo de caixa de um título com cupom:
Pagamento de cupom
Pagamento de cupom
Pagamento de cupom
Pagamento de cupom
Pagamento de cupom
Pagamento de cupom
Pagamento de cupom
(rendimento)
(rendimento)
(rendimento)
(rendimento)
(rendimento)
(rendimento)
(rendimento)
+ resgate do principal
Valor investido
Valor investido
TAXA OVER
Esta é uma das taxas mais utilizadas no mercado financeiro, como taxa principal de juro.
É conhecida como Taxa Selic Over.
Essa taxa, apresentada na forma de percentual ao ano, é a taxa média das operações
de financiamento de um dia (compromissadas), lastreadas em títulos públicos federais,
realizadas no Selic e ponderadas pelo volume das operações. É divulgada todos os dias,
aproximadamente às 9 horas da manhã, sempre no dia seguinte ao dia de referência.
Tendo como objetivo, a taxa Selic precifica o dinheiro e controla a inflação no Brasil,
onde a sigla significa Sistema Especial de Liquidação e Custódia, sendo uma plataforma
usada pelo governo e desenvolvida pelo Banco Central do Brasil para que possa haver
controle de emissão, compra e venda de títulos.
E todos nós já ouvimos várias vezes que os juros aumentam frequentemente no país,
que são literalmente as alterações realizadas nesta taxa.
E para entendermos a Taxa Over é necessário, antes de tudo, que possamos compre-
ender a Taxa Selic Meta, que é a taxa considerada por muitos como a principal política
monetária, pois além de ser muito importante é balizadora para as taxas de juros. Ela
tem como objetivo que os Títulos Federais sejam negociados com taxas próximas à Selic
ou até mesmo taxas menores do que a meta previsto. Como já mencionado, é a taxa
fundamental para a Economia, pois regula todas as outras taxas.
Com esse embasamento podemos entender a Taxa Over, que é a média ponderada de
todas as operações realizadas no Sistema Selic, com lastreamento em Títulos Públicos
Federais tendo como prazo de 1 dia útil. Por isso é chamada de Over, pois vem da
expressão de anos atrás: a conhecida Overnight, que tinha como função ser um tipo
de investimento que o indivíduo investia por um dia em épocas que uma noite apenas
girava uma grande inflação.
VALOR DE RECOMPRA
O valor de recompra pode ser entendido de acordo com os preços e taxas de compra e venda
e também pela data de vencimento, pois quando o investidor vende seu título, por exemplo,
antes de sua data de vencimento, é emitida uma taxa bruta pela qual foi realizada a venda.
E hoje em dia o Tesouro Nacional dá esta opção de o investidor vender este seu título,
pois sempre atualiza os valores todos os dias de acordo com os valores de rendimento
diários. Assim, notamos que no caso da venda antecipada há uma recompra deste
título, mas seu valor irá ser com base em seu valor de mercado. Porém, caso o investidor
escolher manter seu processo até o vencimento, receberá a rentabilidade pactuada no
momento da compra, independente das condições de mercado.
Em relação à premissa deste tributo devemos saber que existe uma tabela regressiva,
que não é obrigatória a decoração de seus números, mas pode ser analisada com carinho:
A única coisa que devemos saber é que a partir do trigésimo dia de investimento
o investidor está isento de IOF. Logo, se a pessoa ficar até o dia 29, ela pagará a tri-
butação referente a este número do dia, mas se esperar completar os 30 dias em
diante, ela estará isento para sempre.
É importante sabermos que estas cobranças de impostos são sempre dadas sobre o
rendimento, apenas, e não pelo valor investido.
Essas possíveis cobranças se dão em uma ordem que devem ser cobradas primeiro em
IOF e depois em IR, devendo obrigatoriamente ser cobrada nesta ordem. Em qualquer
produtor que venha a existir, iremos ver a sua quantidade de tempo e cobrar primeiro
o IOF e depois o IR sobre os rendimentos, por exemplo:
Se um investidor ficar apenas 20 dias no produto ele pagará o IOF de 33% e o IR de 22,5%.
Mas devemos lembrar que não podemos somar estes valores em percentuais, pois um
é cobrado depois do outro, então é correto dizer que o imposto de renda no mercado de
renda fixa é o imposto cobrado de forma líquida de IOF. Isso significa que cobramos
o IR depois de ter cobrado.
Assim, sabemos que há sempre estes tributos sobre os títulos de renda fixa, mas cada
um possui suas especificações e categorias individuais. Estes são os padrões, pois os
produtos em si serão tratados singularmente com suas respectivas formas.
E por conta disso, acaba arrecadando menos dinheiro do que gasta. Assim, conse-
quentemente, o governo carece de dinheiro e busca tomar dinheiro emprestado do
mercado. Logo, de um título de renda fixa. E quem emite estes títulos para o governo
é o Tesouro Nacional, que é responsável por cuidar do dinheiro da união, emite títu-
los no mercado para captar recursos e tomar dinheiro emprestado, emitindo, desta
maneira, Títulos Públicos Federais.
Existem apenas cinco tipos de títulos emitidos mas que podem ser nomeados em ape-
nas três. Eles possuem a possibilidade de ser um Título Pós-Fixado, Título Pré-Fixado,
ou será Título Híbrido, que é a junção de dois.
Por definição os títulos que são Letras não possuem cupom, pois o rendimento é pago
junto do resgate do título, já as Notas possuem cupons para os títulos. Mas iremos
acrescentar mais um Título, o NTN - série B - Principal, fechando os cinco títulos que
o Tesouro negocia, no entanto a característica vai ser apenas de três, ou ele será Pró,
Pré ou Híbrido. A NTN - B - Principal também é híbrido, pois possui pagamento da
taxa IPCA + Pré, o que difere ela é que ela não entra em taxas com cupons, como as
outras notas, ela é sem cupom.
Mas por que Principal? É porque você recebe o rendimento junto com o valor principal,
no final de todo o pagamento – por isso se denominando NTN - Principal.
ÁGIO E DESÁGIO
Os conceitos a seguir se aplicam a todos os tipos de título de renda fixa, mas vamos
entendê-lo e aplicá-los em diferentes exemplos do mercado. Basicamente, quando você
investe em um título de renda fixa, você não chega na instituição financeira dizendo que
quer investir um certo valor em um título, pois a instituição tem, em suas regras, os valo-
res definidos para cada tipo de título. Vamos supor que você queira investir R$1.000,00
em um título e este,na instituição financeira, está no valor de R$2.000,00. Você pode,
mas irá comprar apenas metade deste título pretendido – um meio título.
Portanto, você pode comprar estes título por uma fração. Por exemplo, se for um título
público, você pode comprá-lo a partir de 0.01 de título. Acontece que tudo o que tem
valor hoje em dia pode ser negociado. Se tenta sempre, de alguma forma, comprar o
mais barato possível e vender o mais caro possível. Este preço é chamado de Preço
Unitário (PU) e é a partir daqui que entram o Ágio e o Deságio.
Para entender melhor, imagine que o título de Viviana seja uma Letra Financeira do
Tesouro, cujo rendimento é a taxa Selic e que, em um ano, deu proventos de 10%.
Essa porcentagem será rendida no valor de mercado, ou seja, R$10.557,00. Estes
10%, então, terão como rendimento R$1.055,70. Mas como foi pago um valor mais
alto, ele renderá menos em razão de ter sido um Ágio.
Uma empresa emite um título Pré-Fixado e ele vencerá, vamos supor, daqui a dois
anos. No caso de uma LTN (um título pré), depois dos 24 meses, seu valor de face
é de R$1.000,00. Você que quer comprar este título hoje com objetivo de ganhar
rendimento e ganhar juros, pois em dois anos terá valor de R$1.000,00 reais. Hoje,
você pagará este mesmo valor?
Assim, se quisermos saber qual a taxa pactuada no período, basta dividir o valor
Valor Futuro
( )-1
Valor Presente
1.000
= 53,85%
650
O que isso quer dizer? O valor de face do título é o valor dele quando emitido. No caso
do título Pré-Fixado, o valor do título é estabelecido na data de vencimento dele. Já no
título Pós-Fixado, na data de emissão.
Podemos, então, concluir que esse é o valor do título na data da consulta? Quase. Temos de
acrescentar um eventual ágio ou deságio sobre o título. De acordo com a oferta e demanda
sobre esse título, ele pode ser negociado com ágio ou deságio sobre o valor de mercado.
Explico com um caso prático: numa breve consulta no site do Tesouro, neste link, pude notar
que, no dia 28/12/2018, uma LTF está sendo negociada com deságio de 0,01%. Isso significa
que o Tesouro vai pagar 0,01% + a variação da Selic ao longo do tempo. Esse deságio deixa o
título 0,01% mais barato e, sempre que eu pago algo mais barato, tenho maior lucro, certo?
A propósito, o preço do título nesse dia estava R$ 9.878,65 e, se você comparar com a
imagem acima, vai notar que está mais barato. Na imagem, temos o valor de R$9.873,16.
Olhando os números, faz sentido para você que, ao comprar o título nesse dia, estamos
pagando um pouco mais barato do que deveria? Assim, podemos assumir que o título
está sendo negociado com deságio sobre o valor de mercado e, por isso, vai pagar uma
rentabilidade superior à variação da Selic.
Sendo assim, sabemos o valor de mercado que uma LFT (um título Pós) tem e também
seu valor de face, do passado. De uma LTN, que é pré, sabemos o valor de mercado e o
valor de face, que é do vencimento. Para esse último título, é natural que, à medida que
vai chegando próximo ao vencimento, vá se valorizando, mesmo não sendo uma linha reta
por conta das valorizações das taxas. Por exemplo, pode ser que, seis meses depois, este
título esteja valendo R$650,00, sendo que você investiu R$600,00. Existe a possibilidade de
ir aumentando até chegar à R$ 1,000,00 ao final no vencimento. Em função da taxa, esse
valor pode mudar, pois se possuir uma taxa de 20% ao ano, ou seja, um título comprado com
um Deságio, existe um desconto de 20% sobre seu valor de face, que seriam os 20% ao ano.
Portanto, de um dia para outro, esse título irá ter outro valor, pois se você possui uma
taxa de 20% ao ano, no final dos dois anos você terá posto 40% de investimento. Se
mudar para 10%, em dois anos terá rendimento de 20%. Abaixo, temos um exemplo
simples para fixação:
⯀ Se você possui uma taxa de 20% ao ano e se for uma operação de dois anos,
você colocou 40%. Ao final você terá um rendimento de R$1.000,00. Nesse caso,
40% de R$1.000,00 é R$400,00. Diminuindo este valor, resta R$600,00 – o valor
que você pagará pelo título.
⯀ Se a taxa mudou e está de 10% ao ano, temos que, aplicando este desconto aos dois
anos, a taxa terá rendimento de 20%. Este desconto de R$1000,00, ficará R$800,00
– logo, o valor do título mudou e, além da diminuição do desconto, ele aumentou.
Portanto, para entender, o título Pré-Fixado sempre terá um valor de face relativo a
quanto o título vale na sua emissão; sempre será negociado com Deságio sobre o valor
de face e este Deságio é o desconto da taxa pré-fixada. Este título, assim como qual-
quer outro, é atualizado de acordo com o mercado diariamente, obtendo um valor de
mercado. Na hora da venda, é possível vender com Ágio ou Deságio de acordo com o
valor de mercado, ou seja, o valor do dia.
R$ 10.000,00
Título Pós-Fixado
LTF e NTN-B R$ 1.000,00
R$ 1.000,00
Título Pré-Fixado
LTN e NTN-F
Ano 2000
Os Títulos Pós-Fixados, LFT e NTN-B, foram aplicados no ano 2000 e valiam, na data de
sua emissão, R$1.000,00. Com a passagem do tempo, eles vêm valorizando o seu valor
anualmente, podendo chegar de fato a R$10.000,00 cada.
Estas questões geralmente estão sempre presentes nas provas, por isso é necessário
atenção e cuidado.
Desta maneira, foi desenvolvida uma forma de democratizar os títulos públicos, levando
os mesmos para os investidores de varejo e criando um sistema onde qualquer inves-
tidor – ou melhor, pessoa física – pudesse comprar títulos públicos através do Tesouro
Nacional utilizando uma conta em uma corretora ou distribuidora. Essa plataforma foi
chamada de Tesouro Direto, onde era possível obter acesso aos títulos públicos que
poderiam ser adquiridos por estes investidores. Vale lembrar que ninguém investe em
Tesouro Direto, e sim em seus títulos.
O objetivo do Tesouro Nacional era democratizar, fazendo com que qualquer pessoa que
possuísse CPF pudesse comprar algum título. Mas era preciso reformular tais títulos a
fim de facilitar na hora da qualificação. Foram reformulados, então, os nomes da plata-
forma para que os investidores soubessem o que solicitar. Atenção: especialistas devem
saber todos os nomes, tanto os verdadeiros quanto os fictícios.
⯀ RISCO DE LIQUIDEZ: se você está investindo via Tesouro Direto, que garante a recom-
pra a qualquer momento, o risco de liquidez é baixo por ser um título bastante seguro.
⯀ RISCO DE MERCADO: este risco é presente e possui um risco baixo para títulos
pós-fixados e alto para títulos pré-fixados. É possível sacar menos do que se investiu,
em função das mudanças de taxas de juros – sendo que a taxa será fixada apenas
se o investidor esperar a data de vencimento dos títulos pré-fixados.
⯀ RISCO DE CRÉDITO: para este o risco é baixíssimo. Os riscos de créditos de títu-
los federais são chamado de Soberanos por serem um dos últimos riscos a serem
sofridos no investimento de títulos. Podemos imaginar que, se alguém investiu
em uma Debênture e a empresa não tem mais como pagar, ela vai falir e a pessoa
não irá mais receber – é mesma situação com os bancos. Já em relação aos inves-
timentos em títulos públicos federais, se chega o dia de pagar o título e o governo
não possui mais dinheiro, ele não ficará com essa dívida: irá solicitar a impressão de
mais cédulas de dinheiro e pagar o investimentos realizado pela pessoa. É sempre
bom lembrar que, ao imprimir mais dinheiro, aumenta-se a inflação e isso prejudica
todos os brasileiros. É por consequência disso que dizemos que o risco de crédito
de título de governo é muito baixo, mas caso ele não possua maneira de pagar, fará
uma rolagem da dívida – ou seja, solicita dinheiro emprestado.
Chamamos esta ação de VNA (Valor Nominal Atualizado). Como falado, se inicia nos
R$1,000,00 e tem sua atualização no valor diário, que podemos chamar também de PU
(Preço no dia de hoje).
Como calculamos:
É necessário multiplicar o valor da Selic inicial, R$1.000,00, pelo fator da Selic acumulada
por todo esse período. Para saber o valor da Selic acumulada é só entrar no site do Banco
Central e acessar a calculadora do cidadão. Lá, coloca-se a data de lançamento e a
plataforma irá calcular para você. Pode ser que haja algumas pequenas diferenças nos
números feito na conta e o que está no site do Banco Central por conta do Ágio e Deságio.
VF
PU = dias úteis
(1 + taxa) 252
Elevado a quantidade de dias úteis que possuímos dividido por 252 dias (dias úteis), pois
a taxa está ao ano, e aqui é trabalhado com anos e dias úteis.
Também nesta equação podem existir variação nos valores, pois depende de dias úteis
colocados na conta – sabendo que há o desconto da taxa.
O VNA será corrigido pela variação do IPCA Mensal até o dia 15 do mês anterior ao dia
da compra ou venda + o IPCA projetado até o dia da compra ou venda, que é fornecido
pela ANBIMA. Será utilizada a Cotação, que é a taxa de juros real calculada com base na
data de liquidação até o vencimento do título, em dias úteis.
Como calculamos:
1.000
Cotação = dias úteis
(1 + taxa) 252
Portanto, o que devemos saber para começar a calcular uma NTN-B Principal é que o
meu valor VNA pode ser calculado da seguinte forma: com o valor base do dia 15/07/2000
até o dia de hoje, corrigido pela variação do IPCA, a cotação fica a taxa de juros prati-
cada hoje calculada em dias úteis até o vencimento do título. Assim, é trabalhado em
todos o caminho do produto.
O conceito principal deste título é você receber um valor percentual ao ano até o venci-
mento, sempre garantindo que irá receber este valor acima da inflação.
Esses papéis pagam cupons (C) semestrais calculados à taxa (iC) de 6% ao ano (ou
2,9563% ao semestre) sobre o Valor Nominal Atualizado (VNA).
O VNA = R$ 1.000 x fator de variação do IPCA entre 15/7/2000 (t0) e o dia 15 do mês
atual (t1), ou seja:
IPCAt1
VNA = x 1.000
IPCAt0
A negociação desse papel é feita por meio de uma cotação (COT), calculada como o
valor presente do fluxo futuro dos cupons, utilizando-se uma taxa de desconto (r). O
valor presente, assim calculado, determinará o ágio ou o deságio pretendido sobre o
VNA do título. Observe, na fórmula a seguir, que a cada semestre existe um cupom de
2,9563% e no vencimento, caso o título seja negociado ao par, o investidor resgata 100%
do valor de face, tendo como rentabilidade o acúmulo do IPCA para o Tesouro IPCA +
Juros Semestrais (como também é chamado).
Sendo assim, para obter a cotação do papel, calcula-se o valor presente de um título
cujo valor de resgate é 100 (no vencimento) e que paga juros semestrais de 6,0% ao ano
(ou 2,9563% em cada semestre), como mostrado na fórmula a seguir:
C1 C2 C3 Cn + Pn
COT = du1 + du 2 + du3 + ... + du n
(1 + r) 252 (1 + r) 252 (1 + r) 252 (1 + r) 252
Onde:
COT
P0 = VNA0 x
100
⯀ PÚBLICOS: o seu emissor é o governo. É o título que possui menor risco de crédito
possível, associado ao risco Soberano, pois se o governo compra um título e não
tem como pagar, ele vai vender mais títulos ou emitir mais moedas para pagar –
diferente de uma empresa que não possui estas prerrogativas.
⯀ PRIVADO: este possui um risco de crédito da empresa, que está associada à capacidade
de pagamento que esta empresa possui. Todas as empresas, inclusivas as estatais,
podem emitir títulos privados e, consequentemente, seu risco de crédito é bem maior.
TÍTULOS BANCÁRIOS
Ele existe para diminuir o risco de crédito de algum título. Os bancos financeiros criaram
este mecanismo para trazer mais segurança e confiança aos investidores. É basicamente
uma conta onde cada investidor coloca um pouco de dinheiro e a soma de valores gerará
um valor bem alto. Se uma empresa que faz parte deste fundo tiver dificuldades de
pagar seus títulos, ou seja, falir, será utilizado este valor para garantir isso.
Portanto, se o investidor possui dinheiro nesta conta, o FGC usará o valor colocado no fundo
para pagar o investidor e evitar prejuízo, sendo que este valor vem dos próprios partici-
pantes do fundo. Esses participantes são as instituições financeiras, onde cada depósito
que é feito tem um pequeno percentual da rentabilidade que a instituição pode pagar.
Desta forma, se um cliente que possui dinheiro em uma instituição que aporta dinheiro
neste fundo, ele está coberto pelo FGC, que tem como objetivo diminuir os riscos de créditos.
Os produtos que contam com essa garantia são encontrados em banco e financei-
ras, como as contas correntes, contas poupanças, depósitos a prazo, etc. O impor-
tante é lembrar que somente dinheiro de bancos e financeiras possui FGC, não se
aplicando a Cooperativas de Créditos, pois essas possuem um tipo de FGC que se
chama FGCooP e não é cobrada nas provas.
Exemplos de cobertura de produto são as contas conjuntas. Uma das pessoas é titular de
duas destas contas e, desta maneira, o valor da cobertura é dividida pelas duas pessoas
titulares na conta. Ou seja, os R$250.000,00 são fragmentados em dois, pois é o limite
da cobertura e se essa pessoa tiver outra conta conjunta, este mesmo valor de garantia
será dividido pelas duas pessoas. Porém, supondo que esaa pessoa tenha outra conta
conjunta e a cobertura é acionada. Quanto essa pessoa vai receber?
Outro ponto importante do CDB é que, apesar da recompra antecipada ser facultativa
ao emissor comprando hoje e vencendo daqui 5 anos, não tendo liquidez diária, este
produto pode ser negociado no mercado secundário. Não é uma operação comum no
mercado e é um produto que pode ser transferido ou alienado, como garantia de alguma
de alguma operação de crédito.
A Letra de Câmbio é o CDB da financeira e se chama câmbio pois o banco emite o título
de dívida, ou seja, ele assume a dívida. Portanto, quem investe o dinheiro na LC é o
beneficiário e o aceitante é a instituição financeira. É importante ter o aceitante, porque,
embora quem emitiu o título seja o beneficiário, o risco que o investidor assume não é
do aposentado não pagar mas sim da instituição. O restante é basicamente o conjunto
posições igual ao da CDB.
⯀ Cobertura do FGC;
⯀ IR conforme tabela de Renda Fixa;
⯀ Emitido por sociedades financeiras;
⯀ Não pode ser indexado ao câmbio;
⯀ Não tem regra para o prazo.
Hoje o banco A está precisando de 5 bilhões de reais para seu caixa e vai até o banco
B solicitar este valor. O banco B pede a garantia de que o banco A pode dar por conta
deste empréstimo. Então, o banco A diz que irá emitir um título ao banco B, chamado
de CDI, com o seu nome, vencimento e a taxa, que será negociada. Estas negociações
se dão com um dia útil e pode ser até renovadas, se assim for negociado.
Poderá ser encontrada DI ou até mesmo pelo seu nome completo, Taxa DI Over – que
deriva de um tempo onde se fazia a chamada operação Over Night, quando, há alguns
anos atrás, em meio a uma inflação muito alta, dava a oportunidade à pessoas que não
tinham capacidade de realizar ações no banco. Para se proteger, elas poderiam realizar
essa ação de um dia para o outro e seu rendimento era da taxa de inflação daquele dia.
Hoje, isso ainda existe, sendo apenas utilizada no mercado interfinanceiro.
Portanto, quando um banco empresta com lastro no título do banco, isto é no CDI, onde
se encontra a taxa DI, que é utilizada no mercado como principal indexador da renda
fixa, sendo publicada diariamente pela B3 e reflete a média das operações realizadas
no mercado interfinanceiro.
Mas a partir de todo esse conceito, temos uma evolução: a taxa Selic Over. Por exemplo,
imagine que o banco A pediu ao banco B os valores emprestados. Por conseguinte, o
banco B solicitou as garantias e o banco A, ao invés de emitir um CDI, diz que possui em
sua carteira Títulos Públicos Federais e irá transferir estes títulos como garantia do valor
emprestado. Isso é, oferecer lastro em Título Público Federal. Esta operação também
possui prazo de um dia, é registrada no Sistema Selic e a média ponderada das realiza-
ções realizadas no mercado interfinanceiro com lastros nos títulos federais é chamada
de Selic Over. Portanto, é definida pelo mercado com base nas realizações cujo o lastro
é Título Público Federal. Já a taxa DI também é definida pelo mercado, mas possui base
nas operações realizadas no mercado interfinanceiro cujo lastro é um CDI.
A teoria principal que deve ser lembrada é que o CDI gera a taxa DI (um título privado) e
a operação compromissada com lastro em Título Público Federal gera a taxa Selic Over.
⯀ GARANTIA: possui uma garantia real + FGC. Para acionar a garantia real, é neces-
sário que você tenha mais de R$250.000,00 investido no caso de banco quebrar
ou da pessoa que solicitou o crédito imobiliário não pagar.
⯀ TRIBUTAÇÃO: PF está isenta de impostos e nunca pagará.
⯀ REGISTRO: este é um título registrado na Clearing da B3 que também registra
investimentos de crédito.
LH (Letra Hipotecária)
É basicamente como uma LCI, com uma sutil diferença. Ela é um título de renda fixa las-
treada em crédito imobiliário. O instrumento é emitido por instituições que emprestam
recursos do Sistema Financeiro de Habitação (SFH). Os emissores, portanto, podem ser
bancos múltiplos com carteira de crédito imobiliário, companhias hipotecárias, associa-
ções de poupança e crédito imobiliário.
Suas características:
⯀ Cobertura do FGC;
⯀ Garantia Real;
⯀ Isenção de IR para PF;
⯀ Prazo mínimo de 6 meses;
⯀ Valor múltiplo de R$1.000,00;
A diferença que possui o LH da LCI está no processo de garantia do bem que dá lastro
ao imóvel. Ao passo que quando você investe em um imóvel que está dando lastro na
LCI, ele está alienado fiduciariamente à instituição na letra hipotecária. Não é alienação
fiduciária mas sim de hipoteca, ou seja, a diferença é a facilidade na execução da garan-
tia, pois é mais fácil fiduciariamente do que na hipoteca.
O ponto principal é que, quando o tomador de crédito vai ao banco, ele vai oferecer uma
garantia do dinheiro, sendo propriedade ou, dependendo da operação, pode oferecer como
garantia o próprio bem financiado. Por exemplo, se um agricultor necessita de dinheiro
para remédios e produtos para uma plantação de soja e ele não possui nada para colocar
como garantia, ele pode falar que oferece a garantia de penhor de safra. Caso não haja
dinheiro para o pagamento do financiamento, a instituição financeira pode ficar com
toda a safra que poderá ser vendida, ir à leilão e, assim, conseguir recuperar o pagamento.
⯀ PRAZO:
⯀ 12 Meses: se for corrigida por um índice de preços anual.
⯀ 90 Dias: se for corrigida por qualquer outra coisa que não seja um índice de preço,
como DI, Selic, Pré-Fixada, terá prazo de noventa dias.
⯀ GARANTIA: Real + FGC
⯀ TRIBUTAÇÃO: PF possui isenção da taxa, nunca irá pagar.
⯀ REGISTRO: direto na B3.
LF (Letra Financeira)
Pode ser emitida por bancos múltiplos, bancos comerciais, bancos de desenvolvimento,
bancos de investimentos, sociedades de crédito, financiamento e investimento, caixas
econômicas, companhias hipotecárias, sociedade de crédito imobiliário, cooperativas de
crédito e pelo BNDES.
As remunerações vindas da Letra Financeira, são baseadas a partir de taxa de juros fixa
ou flutuante, juntas ou não, do mesmo modo como em outras taxa. Mas, sempre com
o conhecimento público e regularmente calculadas.
BÔNUS
Quando ganhamos um prêmio ou uma vantagem concedida, podemos dizer que estamos
ganhando um bônus. Do mesmo modo, isso vale para títulos ativos de renda variável por
serem reconhecidos como um aditivo aos investidores e acionistas de uma instituição.
Podemos ver estes bônus como formas de impulsionar a venda de títulos corporativos,
pois eles podem baixar custos de financiamentos, subir os mercados de créditos que,
consequentemente, leva a emissão de novos títulos. Mas deve-se sempre ter cuidado,
visto que, com o aumento de bônus, pode haver a possibilidade de aumento de liqui-
dez – uma vez que, quanto maior este valor for no mercado, mais arriscado fica para os
investidores movimentarem títulos sem alterações em seus objetivos.
CÂMBIO
Se você já viajou ou pensa em viajar para o exterior, deve imaginar que o câmbio envolve
moedas estrangeiras. Está absolutamente correto. Taxa de Câmbio é o preço de uma
unidade monetária de uma moeda em unidades monetárias de outra moeda.
A taxa de câmbio spot é a taxa para compra e venda imediata de dólares. Também
conhecida no Brasil como “dólar pronto”, é a taxa pela qual os participantes do mercado
de câmbio estão dispostos a comprar e vender a moeda estrangeira em determinado
momento da sessão de negociação.
LIQUIDAÇÃO DE CÂMBIO
Quando falamos de liquidação, já entendemos que algo está ou será quitado de acordo
com suas resoluções. Não é diferente com o câmbio. Nesse caso, pode ser conhecida
como liquidação de câmbio e refere-se a operação de entrada ou saída de moedas
estrangeiras ou vice versa. Nela, existe o momento no qual este valor deverá ser entregue
ao banco como forma de segurança, que fará o pagamento referente ao valor dado em
moeda nacional em relação a taxa de câmbio estabelecida no dia do acordo do câmbio.
ASPECTOS TRIBUTÁRIOS
Como já mencionado em praticamente todos os tópicos desta apostila, todo processo
solicitado ou já encaminhado possui aspectos tributários que fazem parte de normas e
constituições que definem as suas competências tributárias. A criação de impostos tam-
bém compete às legislações de câmbio. Estes tributos são consideráveis se pensarmos
que podem contribuir com a visão das empresas e fornecer melhores serviços ao mercado.
Os aspectos tributários do câmbio visam sustentar a decisão das empresas nos proce-
dimentos de importação e exportação de serviços com a intenção de nivelar a concor-
rência com serviços locais e seus valores. Tendo como principal ponto ser utilizado para
aquisição de aumento de negócios, conhecimentos e inovações para o país.
Esses instrumentos possibilitam que o investidor tenha acesso a um ativo, via de regra,
com outro ativo ou até mesmo por uma fração do preço do ativo objeto. O objetivo de um
derivativo é a transferência de risco. Quando um investidor procura se proteger de algum
risco específico, ele contrata um derivativo que o manterá posicionado com a proteção.
Ficou complicado? Calma, vou explicar melhor cada um desses instrumentos. Antes,
deixe-me explicar quais são os tipos de derivativos e seus agentes.
Tipos de derivativos:
⯀ Mercado de Swap;
⯀ Mercado a Termo;
⯀ Mercado de Opções;
⯀ Mercado Futuro.
⯀ Hedger: opera nesse mercado buscando proteção contra oscilações de preços dos ativos;
⯀ Especulador: assume o risco da operação com o objetivo de auferir ganhos com
a oscilação dos preços;
⯀ Arbitrador: obtém vantagens financeiras em função de distorções nos preços do
ativo nos diferentes mercados.
Agora que já temos uma introdução sobre os contratos, tipos de derivativos e os players
desse mercado, deixe-me trazer um exemplo tangível para ajudar na sua compreensão.
Imagine que você tenha um contrato de dívida no valor de US$ 1.000.000,00 para
ser pago em 180 dias. Ao analisar a taxa PTAX de hoje, digamos que você precisa de
R$ 3,50 para comprar US$ 1,00. Como a dívida deve ser paga em dólares, hoje ela te
custará em reais R$ 3.500.000,00.
Qual é o risco que você pode vir a sofrer sobre este contrato? A possibilidade do real
desvalorizar. Digamos que temos um cenário em que ocorre uma desvalorização de
42,86% do real frente ao dólar. Para comprar, agora, US$ 1,00, é preciso de R$ 5,00. Dessa
forma, sua dívida a ser paga em dólares, será de R$ 5.000.000,00.
O que você, que “manja dos paranauê” do mercado, pode fazer? Pode fazer um outro
contrato que vai derivar do contrato de dívida no valor de US$ 1.000.000,00. O que
seria isso? É um derivativo em que vai lhe dar o direito de comprar dólares a R$ 3,50
daqui a 180 dias, independente de quanto ele estiver no mercado.
Aqui, você fez um hedge (proteção) contra os riscos de mercado pelas oscilações da taxa de
câmbio, se tornando um hedger. Já do outro lado, haverá um investidor que terá interesse
em sua operação, assumindo o risco e aceitando vender, em 180 dias, os dólares cotados a
R$ 3,50, independente de quanto estiver a taxa PTAX. Esse investidor é um especulador,
que faz o acordo acreditando que o cenário será o inverso e ganhará dinheiro com isso.
O que eu quero deixar com esses exemplos é que, de um modo geral, os derivativos são
usados para se proteger contra a queda ou alta de preços dos ativos. Agora estamos
prontos para, de fato, entender cada um dos contratos.
Para ajudar melhor na compreensão sobre este tipo de contrato, vamos voltar para ao
exemplo anterior em que você tem uma dívida em dólar de US$ 1.000.000,00 para pagar
em 180 dias. Com as oscilações da taxa PTAX no mercado, você quer se proteger contra
a desvalorização do real em relação ao dólar. Então, você vai ao mercado e encontra uma
contraparte que está disposta a vender esses dólares em uma data futura previamente
acordada, com uma taxa de câmbio fixada.
Ao fazer esse hedge, você, que quer se proteger contra as oscilações, é um hedger.
Já a contraparte decidiu vender dólar futuro para você fixado em R$ 3,50 daqui a 180 dias,
pois, na análise dele, o dólar estaria em R$ 2,00. Esse negócio seria muito bom pra ele,
porque compraria em R$ 2,00 e venderia por R$ 3,50. Nessa jogada, teria um lucro bruto
de R$ 1,50 por cada dólar. Este investidor estava assumindo um risco, pois a desvalorização
do real poderia acontecer e ele ter que comprar dólares por R$ 5,00 e vender por R$ 3,50.
Assim, teria um prejuízo de 1,50 por cada dólar. Então, essa contraparte é um especulador.
Neste tipo de negociação pode ser negociado outras coisas além de moedas estran-
geiras, como já vimos nos tipos de derivativos. Eu quero dar um exemplo para você, de
como especular no mercado a termo, no mercado de ações.
Agora, se eu disser que existe uma forma de você se posicionar e tentar lucrar sem ter
capital para comprar essas ações e executar sua estratégia? Essa forma existe e pode
ser executada usando o mercado a termo.
Sendo assim, você entra em contato com sua corretora e diz que quer comprar as ações
da Petrobrás pelo mercado a termo por R$ 20,00 cada ação daqui a 30 dias. A sua corre-
tora notifica que a taxa a termo está 1% a.m. Se você aceitar, ela vai realizar a sua oferta,
fazendo a intermediação entre você e um vendedor disposto a vender por R$ 20,00 +
1% a.m. Neste caso, você é o especulador e o vendedor é o hedger.
Esse tipo de contrato é feito no mercado de balcão e, por isso, não tem um padrão.
Essas negociações são feitas no mercado não padronizado, já que você escolheu a
quantidade de ações, a taxa a termo e o vencimento junto à contraparte do contrato.
Então, sofre de algum risco? Sim, risco de contraparte, do especulador não comprar as ações.
Mas esse risco é mitigado pois a transação é registrada na clearing da B3 e, dependendo
da operação, ela pode exigir uma margem de garantia para liquidar o contrato a termo.
Termo Flexível
É uma modalidade de contrato a termo, negociada em um segmento específico do
mercado. Assim como o termo tradicional, envolve uma compra e venda de uma deter-
minada quantidade de ações a um preço fixado, para liquidação em um prazo futuro a
contar da data da operação.
Apresenta uma característica específica que o difere do termo tradicional: o comprador pode
substituir as ações-objeto do contrato. Nesse caso, o comprador venderá à vista as ações
adquiridas a termo (por ex. ações ABC), sendo que o montante financeiro apurado ficará
retido na CBLC (Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia - B3) sem remuneração.
O comprador somente poderá utilizar esses recursos para comprar ações de outras
empresas (por ex. ações XYZ) no mercado à vista, que ficarão depositadas como cober-
tura em substituição às anteriores e passarão a ser as novas ações-objeto do contrato.
Para o comprador, este contrato apresenta maior flexibilidade devido a possibilidade de substituir
a ação-objeto. Assim, o investidor pode aproveitar oportunidades de lucro dadas pelas varia-
ções dos preços dos ativos no mercado, maximizando seu retorno com a mesma simplicidade
operacional do termo regular, mas sem a necessidade de liquidar antecipadamente o contrato.
Já para o vendedor, estima-se que ele consiga uma remuneração superior à praticada
nas operações com o termo tradicional, visto que, como o contrato flexível é mais atra-
tivo do que o tradicional para o comprador, este provavelmente estará disposto a pagar
uma taxa mais alta por esse contrato.
Termo em Pontos
São contratos que têm como objeto de negociação todas as ações listadas na BM&FBOVESPA
no sistema eletrônico de negociação Mega Bolsa (novo sistema de negociações). As
ações no mercado a termo são contadas em Reais (R$) e seguem a mesma forma de
cotação (por ação ou por lote de mil ações) da ação subjacente ao contrato, sendo que
o valor de cotação é por ponto e cada ponto equivale ao preço a termo em R$ (Reais),
ajustado pelo índice definido entre as partes.
Termo em Dólar
O contrato a termo referenciado em dólar tem por objeto de negociação todas as ações
listadas na BM&FBOVESPA dentro do sistema eletrônico de negociação Mega Bolsa. As
ações no mercado a termo são contadas em Reais (R$) e seguem a mesma forma de
cotação (por ação ou por lote de mil ações) da ação subjacente ao contrato.
O valor do contrato é corrigido diariamente pela taxa de câmbio de reais por dólar dos
Estados Unidos, definida como “Cotação para Contabilidade”, apurada pelo BACEN,
segundo critérios por ele definidos e divulgada por meio do SISBACEN, transação PTAX
800, opção 5, utilizada com quatro casas decimais.
SWAP
SWAP - INTRODUÇÃO
Podemos traduzir ‘swap’ como troca. Isso ajuda muito a entender o conceito. O Mercado
de SWAP consiste em operações que envolvem a troca de indexadores. O Hedger (que
busca a proteção) possui um ativo financeiro e gostaria de protegê-lo de eventuais
mudanças no preço, os quais iriam contra seu objetivo.
Essa troca de indexadores pode ser feita por indexadores de taxa juros, moedas ou
índice de preços.
Exemplo: imagine que seu cliente tenha um CDB pré-emitido pelo seu banco. Esse
cliente, por manter relações comerciais em Dólar, precisa se proteger da variação
cambial. Como alternativa, ele contrata um SWAP, trocando assim a remuneração
pré-fixada pela variação do Dólar.
Perceba que, nesse exemplo, seu cliente possui um ativo (CDB-pré) com rentabilidade
pré-fixada mas passa a receber como rentabilidade a variação cambial.
Nesse caso, seu banco vai usar como valor base da operação o valor total do CDB, dei-
xando o seu cliente passivo na taxa pré-fixada e ativo na variação cambial. Em outras
palavras, o investidor deixa de receber (passivo) a taxa pré-fixada e passa a receber
(ativo) a variação cambial do período.
SWAP - CARACTERÍSTICAS
Algumas características desse mercado:
⯀ Valor base: é o valor do contrato de swap que pode ser o valor de um ativo ou um
valor acordado entre as partes;
⯀ Ponta passiva: é o indexador que o investidor deixa de receber após a con-
tratação do swap;
⯀ Ponta ativa: é o indexador que o investidor recebe após a contratação do Swap;
⯀ Ajuste positivo: é o valor que o investidor recebe em conta se sua ponta ativa
render mais do que a ponta passiva;
⯀ Ajuste negativo: é o valor que o investidor paga para a contraparte se sua ponta
passiva render mais do que a ponta ativa;
⯀ Tributação: o IR no mercado de swap é retido na fonte pela contraparte e será
pago de acordo com a tabela regressiva de IR tendo como base de cálculo o valor
do ajuste positivo (se houver);
⯀ Compensação de perdas: caso o investidor tenha prejuízo, este não poderá ser
compensado no futuro;
⯀ Swap de fluxo de caixa: modalidade de swap que os ajustes são feitos periodicamente;
⯀ Swap com pagamento final: também chamado no mercado de swap bullet, essa
modalidade faz o acerto dos ajustes somente no vencimento do swap;
⯀ Risco de Crédito: risco de que uma das contrapartes não honre com os pagamentos
nas datas acordadas. Os bancos estabelecem limites pré-definidos por contraparte
de acordo com as características do contrato e da própria contraparte. Algumas
vezes, são solicitadas margens antecipadas ou eventuais (exemplo: se durante a
vida do contrato a “exposição” ultrapassar um limite previamente estabelecido);
⯀ Risco de Mercado: ao longo da vida do “contrato”, os preços dos ativos e/ou passivos
subjacentes flutuam de forma que os “payoffs” de cada uma das partes envolvidas
é incerto (exemplo: para um swap dólar X real, os riscos de mercado são o dólar,
Taxa Prefixada e Cupom Cambial).
Imagine que a TopInvest tenha R$ 1.000.000,00 aplicados num CDB que rende 100%
do DI. Primeiro, isso seria uma boa ideia, partindo do princípio que tenho parte nessa
empresa. Mas agora pense que a taxa de juros esteja com forte tendência de queda e,
por isso, o rendimento desse CDB vai acompanhar essa queda.
Para proteger essa posição, a diretora financeira da escola vai até o banco e faz um swap
de DI x Pré a uma taxa de 7% a.a., pelo período de 360 dias.
Agora, vamos prever, na imagem abaixo, 2 cenários possíveis para a taxa de juros:
Talvez você tenha notado que, independente dos cenários, o resultado final da operação
foi o mesmo. Se a taxa de juros de mercado cai para 5%, o ajuste positivo do swap leva o
resultado final para os 7% contratado no swap. Se a taxa de juros de mercado sobe para
10%, o ajuste negativo leva o rendimento para os 7% contratado.
Na figura acima, eu trouxe o IR de 20% cobrado sobre o ajuste positivo. Isso porque, no
exemplo, o prazo do Swap era de 360 dias. Se você reparou bem, na coluna com cená-
rio de alta está vazia. A razão é simples: o Swap, nesse caso, não será tributado, mas o
rendimento da ponta passiva sim. Como eu não sei exatamente a quanto temos o CDB,
não tem como saber qual o IR devido.
Ponto importante: o ativo subjacente terá seu IR conforme o prazo do ativo e o swap
terá seu IR conforme o prazo do swap, que não necessariamente será igual.
MERCADO DE OPÇÕES
OPÇÕES - INTRODUÇÃO
É um contrato que dá a seu detentor ou comprador o direito – mas não o dever – de
comprar determinado ativo objeto pelo preço de exercício, se for uma opção de compra,
ou vender, se for uma opção de venda.
OPÇÕES - CARACTERÍSTICAS
⯀ Ativo objeto: ativo que dá origem à negociação de opção;
⯀ Call: opção de compra;
⯀ Put: opção de venda;
⯀ Lançador: player que vende a opção no mercado financeiro;
⯀ Titular de opção: player que compra a opção no mercado e, portanto, tem o direito
de exercer a operação;
⯀ Prêmio: preço de negociação por ação objeto, de uma opção de compra ou venda
pago pelo comprador de uma opção;
⯀ Exercício de opções: operação pela qual o titular de uma operação exerce seu
direito de comprar o lote de ações objeto, ao preço de exercício.
TIPOS DE OPÇÕES
⯀ Opção americana: opção que pode ser liquidada durante a vigência do con-
trato a qualquer momento;
⯀ Opção Européia: opção que pode ser liquidada apenas na data de vencimento
do contrato de opções;
⯀ Strike: preço de exercício da opção;
⯀ In the Money: Situação onde exercer uma opção representa lucro para seu titular;
⯀ Out the Money: situação onde exercer uma opção representa prejuízo do seu titular;
⯀ At the Money: situação onde exercer uma opção não representa lucro nem prejuízo.
Agora que vimos todos os termos desse mercado, vamos “montar” uma operação com
opções, para facilitar seu aprendizado.
Vamos analisar uma tabela demonstrativa que mostrará diversos cenários sobre o preço
do ativo objeto no mercado, observando a posição do titular da call. Veremos se ele
manterá o contrato de opção ou não.
Para compreender melhor essa tabela, vamos esclarecer o que cada coluna corresponde:
Veja que, entre os valores de R$ 0,01 e R$ 18,00 da ação Petrobrás, o titular não executará
o contrato, pois ele estará assumindo prejuízos desnecessários. Dessa forma, seu único
prejuízo é o valor do prêmio.
Agora, entre R$ 18,01 à R$ 18,99 o titular da opção estará executando o contrato. Porque,
mesmo neste intervalo ele não vai lucrar, somente conseguirá diminuir seu prejuízo sobre
o valor do prêmio já pago para ter direito ao termo de opção.
Se a ação da Petrobrás estiver sendo cotada pelo mercado a R$ 19,01 ou mais, o titular
da opção estará lucrando executando o contrato.
Resumindo:
⯀ o titular de uma opção tem, como perda máxima potencial da operação, o prêmio
que ele pagou pela opção e seu lucro pode ser infinito dependendo da oscilação
positiva do preço da ação.
Veja que, quando o mercado está pagando pela ação da Petrobrás entre R$ 0,01 à R$
18,00, o lucro máximo que o lançador pode ganhar é o valor do prêmio. Isso porque o
titular do título não executa o contrato de opção.
Já quando as ações da Petrobrás estão sendo cotadas pelo mercado entre R$ 18,01 e
18,99, o lucro do lançador tem relação inversa com o preço da ação da Petrobrás. Ou
seja, se o preço a mercado das ações subir e o titular executar o contrato de opção, o
lançador receberá cada vez menos.
E se o preço a mercado das ações oscilar entre R$ 20,00 à infinidade e o titular executar
o contrato de opção, o lançador estará tendo prejuízo. Quanto maior for a valorização
das ações, maior será o prejuízo do lançador.
⯀ o lançador de uma opção tem, como lucro máximo da operação, o prêmio que
ele recebeu pela opção e sua perda pode ser infinita, dependendo da oscilação
positiva do preço da ação.
OPÇÃO DE VENDA
Uma opção de venda de ações do Banco do Brasil está sendo negociada para novembro,
com preço de exercício de R$ 29,00, tem o valor de R$ 2,00. Informe as características
dessa opção e simule os cenários prováveis para o lançador e o titular dessa opção.
⯀ o titular que fez uma opção de venda tem perda máxima potencial da operação, o
valor do prêmio que pagou para poder ter direito a opção. Já o seu lucro dependerá
da queda de preço das ações.
E sobre o lançador:
⯀ o lançador de uma PUT tem, como lucro máximo da operação, o prêmio que ele
recebeu pela opção e seu prejuízo dependerá da desvalorização da ação. Quanto
maior for a desvalorização da ação, maior será seu prejuízo.
Esse tipo de pergunta é comum nas provas da ANCORD, então é importante você saber
diferenciar e identificar os gráficos pelas suas curvas.
Lucro
Características:
Lucro
Prejuízo
Características:
Lucro
Prejuízo
⯀ Viés de Baixa: O titular de uma opção de venda (PUT) aposta na queda do preço
do ativo objeto;
⯀ Ganho Máximo: Ilimitado, quanto menor for o preço do ativo objeto maior será seu lucro;
⯀ Perda Máxima: Limitada ao valor do prêmio pago na compra da opção.
Lucro
Prejuízo
⯀ Características:
⯀ Viés de Alta: O vendedor de uma PUT aposta na alta do preço do ativo objeto no mercado;
⯀ Ganho Máximo: limitado ao valor do prêmio recebido pela opção.
⯀ Perda Máxima: Ilimitada. Quanto menor for o preço do ativo objeto no mercado
maior será seu prejuízo.
⯀ Prazo da opção: no mercado, quanto maior for o prazo da opção, maior será
o prêmio exigido;
⯀ Volatilidade: é a variação de preço do ativo objeto daquela opção. Quanto maior a
variação de preços, maior será o preço do prêmio;
⯀ Taxa de juros: quanto maior for a taxa de juros doméstica, maior será o preço do prêmio;
⯀ Preço do ativo: é considerado o preço de hoje, o preço do ativo no dia em que é
feito a opção - conhecido como Spot Price (preço à vista). Quanto maior for o spot
price, maior será o prêmio;
⯀ Strike (preço de strike): quanto maior for o strike, menor será o prêmio.
⯀ Fez uma call em que pagou um prêmio de R$ 1,00 para ter direito a um strike
de R$ 10,00. No vencimento, o preço à vista da ação é de R$ 20,00. O lucro é de
R$ 9,00 (20,00-10,00-1,00);
⯀ Fez uma put, pagando um prêmio de R$ 1,00 para ter direito a um strike de R$ 10,00.
No vencimento da opção, o preço à vista da ação é de R$ 3,00. O lucro é de R$ 6,00
(10,00-3,00-1,00).
⯀ O lançador tem como lucro máximo a opção.
⯀ Vende uma call em que recebeu o prêmio de R$ 1,00. Se o titular não exercer a
opção, ele tem lucro. Caso contrário, tem prejuízo;
⯀ Vende uma put em que recebeu o prêmio de R$ 1,00. Se o titular não exercer a
opção, ele tem lucro. Caso contrário, tem prejuízo;
⯀ Negociando prêmio. Exemplo: você compra uma opção (seja call ou put) pagando
pagando R$ 1,00 e vende essa opção (seja call ou put) por um prêmio de R$ 1,50.
Dessa forma você obteve um lucro de R$ 0,50 pela operação;
⯀ Caso houver prejuízo os players podem compensar em operações futuras em suas
respectivas modalidades.
Imagine que seu cliente tenha em sua carteira ações da TopInvest que foram compradas
por R$ 20,00. Ele gostaria de “travar” o preço de sua ação a R$ 21,00 para que ele não
perca em caso de desvalorização do papel. O que esse cliente precisa fazer? Comprar
uma call? Uma put? Pagar ou receber o prêmio?
Por essa opção, ele pagará um prêmio, que é considerado a perda máxima nesse mercado.
Vamos assumir que o prêmio pago por essa opção seja de um R$ 1,00. Assim, teremos
no quadro abaixo o resultado da operação conforme os cenários:
Strike (a) Prêmio (b) Preço de Mercado (c) Exerce (d) Resultado (e)
1 R$ 21,00 R$ 1,00 - Sim R$ 20,00
2 R$ 21,00 R$ 1,00 R$ 1,00 Sim R$ 19,00
3 R$ 21,00 R$ 1,00 R$ 15,00 Sim R$ 5,00
4 R$ 21,00 R$ 1,00 R$ 20,00 Sim -
5 R$ 21,00 R$ 1,00 R$ 21,00 Sim/Não R$ (1,00)
6 R$ 21,00 R$ 1,00 R$ 22,00 Não R$ (1,00)
7 R$ 21,00 R$ 1,00 R$ 25,00 Não R$ 1,00
8 R$ 21,00 R$ 1,00 R$ 30,00 Não R$ (1,00)
Agora vamos entender esse quadro. O investidor que comprou essa opção pagou R$ 1,00
para ter o direito (opção) de vender a ação da TopInvest por R$ 21,00, independente do preço
de mercado.
Se seguirmos essa análise, linha após linha, vamos notar que sempre que o preço do ativo
objeto no mercado estiver cotado a um preço abaixo do strike, será vantajoso para o titular
exercer a opção. Quando o preço estiver acima do preço de exercício, não será vantajoso
exercer a opção e o investidor terá um prejuízo de R$ 1,00 (o valor pago pelo prêmio).
Uma observação importante se faz necessário na linha 5. Nesse ponto, o ativo estava cus-
tando R$ 21,00 no mercado. Se o investidor exercer ou não exercer, terá prejuízo de R$ 1,00.
Em resumo, o investidor que compra uma opção de venda está apostando na queda
do preço do ativo.
Agora imaginemos que você, de olho na valorização eminente das ações da TopInvest,
queira comprar opções para ter um lucro com a compra. Nesse caso você compraria
uma Call (opção de compra). Assim, teremos o quadro abaixo com os seguintes cenários:
Strike (a) Prêmio (b) Preço de Mercado (c) Exerce (d) Resultado (e)
1 R$ 21,00 R$ 1,00 - Sim R$ (1,00)
2 R$ 21,00 R$ 1,00 R$ 1,00 Sim R$ (1,00)
3 R$ 21,00 R$ 1,00 R$ 15,00 Sim R$ (1,00)
4 R$ 21,00 R$ 1,00 R$ 20,00 Sim R$ (1,00)
5 R$ 21,00 R$ 1,00 R$ 21,00 Sim/Não R$ (1,00)
6 R$ 21,00 R$ 1,00 R$ 22,00 Não -
7 R$ 21,00 R$ 1,00 R$ 25,00 Não R$ 3,00
8 R$ 21,00 R$ 1,00 R$ 30,00 Não R$ 8,00
Vamos analisar a linha 3: você compraria por R$ 21,00 algo que vale, no mercado, R$
15,00? Provavelmente não, né? Assim você ficaria com o prejuízo de R$ 1,00, que é o
valor que você pagou de prêmio.
Se analisarmos a linha 8, temos o seguinte: você compraria por R$ 21,00 algo que vale
R$ 30,00 no mercado? Provavelmente sim. Nesse caso, seu lucro seria de R$ 8,00.
⯀ Titular: é quem possui a opção, ou seja, quem tem direito a estas aquisições adquiridas;
⯀ Lançador: é o vendedor da opção, é ele quem tem maiores obrigações neste mercado;
⯀ Prêmio: é custo pago pelo titular ao lançador para obter o direito das opções;
⯀ Preço de exercício (X): é valor acordado para exercer o direito;
⯀ Ativo do Ativo-objeto (S): é o preço do ativo incluído;
⯀ Vencimento: é a data em que se é feita a conclusão dos direitos do titular, sendo
especificada e decidida por normativa;
⯀ Série de Opções: a Bovespa determina conjuntos distintos de custos de exercícios
com data de vencimento por mês para cada ações de opções contratada.
MERCADO FUTURO
TIPOS DE CONTRATOS
Agora você vai compreender quais são os tipos de contratos possíveis de se ter pelo
mercado futuro.
Para começarmos, vamos entender quais são os tipos de contratos futuros possíveis.
São eles: commodities, moedas e de índices.
Ficou confuso? Então vamos dar um exemplo para melhorar a compreensão. Temos dois
produtos: a soja e o óleo de soja.
Já o óleo de soja é diferente, já não é apenas soja. Este produto para se transformar em
óleo passou por diversas etapas produtivas. Dessa forma, foi agregado valor e se tornou
um produto final. Agora ficou fácil, né?
⯀ Açúcar Cristal;
⯀ Boi Gordo;
⯀ Café Arábica;
⯀ Etanol (mesmo sendo derivado da cana-de-açúcar, é enquadrado nos contratos
de commodities da B3);
⯀ Milho;
⯀ Ouro;
⯀ Soja;
⯀ Entre outros.
Exemplo de moedas:
⯀ Dólar Americano;
⯀ Iene Japonês;
⯀ Euro;
⯀ Entre outras moedas.
Exemplo:
⯀ Taxa DI;
⯀ Ibovespa;
⯀ S&P 500 (índice sobre as ações das 500 empresas mais líquidas dos Estados Unidos).
Para melhor compreensão dessa parte, vamos para um exemplo sobre o contrato de índice.
O contrato de índice DI vale em seu vencimento 100.000 pontos. Cada ponto vale R$
1,00. Então o contrato futuro da taxa DI equivale a R$ 100.000,00.
Ao serem feitas as negociações, você terá PU de R$ 100.000,00 e por exemplo uma taxa
DI de 10% a.a. O que deverá ser feito? Realizar o desconto dessa taxa sobre o contrato
para que você encontre o valor presente deste contrato.
Você deve estar se perguntando: para negociar usando um contrato futuro você precisará ter
todo o valor do contrato? Não necessariamente. Existe outra alternativa, os mini contratos.
Esses mini contratos são necessariamentes um quinto ou 20% do contrato padrão. Isso
quer dizer que eles possuem apenas 20.000 pontos.
Você quer comprar hoje um contrato DI Futuro (R$ 100.000,00) que vai liquidar em um
determinado prazo. Para de fato ter direitos sobre este contrato, você deverá antecipar
hoje R$ 10.000,00 junto a B3 como forma de garantia. Dessa forma, este valor não poderá
ser usado por você a outros fins. Ao fazer essa antecipação, você já está posicionado em
um contrato de R$ 100.000,00.
Perceba que você está fazendo alavancagem (se posicionar num valor maior do que o
patrimônio que você tem).
Lembra que você alocou como garantia o valor de R$ 10.000,00? Isso significa que você
ganhou um rendimento de 100% sobre esta operação.
Sobre a forma de pagamento da margem de garantia, veja que é muito mais inte-
ligente você alocar um ativo (como uma LFT). Esse ativo ficará rendendo conforme
o tempo passa e quando for devolvido, você terá o lucro da operação no mercado
futuro mais o rendimento deste título;
FUNCIONAMENTO
Vamos entender para quê realmente serve os contratos futuros. Nesta aula vou fazer
uma aplicação do que seria mercado futuro e tenho certeza que você entenderá como
funciona o processo, principalmente os ajustes diários.
Vamos ao exemplo: Seu Zé trabalha em Minas Gerais produzindo café arábica. Ele é um
cara sabido, organizado e começou a plantar hoje o café, sabendo que este vai ficar
pronto só daqui a 3 (três) meses.
Aí ele pensa o seguinte: “para eu ter lucro, eu preciso vender o meu café a R$ 500,00 a
saca”. Neste cálculo do lucro, ele considerou sua mão-de-obra, maquinários, logística,
despesas, insumos e outros gastos.
Como Seu Zé “manja dos paranauê”, ele sabe que tem um risco. Esse risco é a oscilação
do preço da saca do café arábica da data que ele planta até a colheita, pois o preço da
saca pode valer R$ 700,00 (terá maior lucro) ou valer R$ 200,00 (terá prejuízo).
Importante: para sua prova, você não precisa saber todas essas informações específi-
cas do contrato, mas é necessário entender que todos os contratos são padronizados e
seguem uma estrutura. Veja como no exemplo acima o contrato de café arábica tem
essas condições e esses vencimentos imutáveis, pois respeitam as safras de café.
O código dos contratos sempre terá esse padrão. Os 3 (três) primeiros caracteres corres-
pondem a qual contrato está sendo negociado. O quarto caractere corresponde ao mês
de vencimento do contrato e os dois últimos referem-se ao ano de negociação.
No home broker, ele vai digitar ICF + o mês correspondente à safra (neste caso é dezem-
bro = Z) + ano de vencimento, colocando apenas os dois últimos dígitos (neste caso é 21).
Assim, o código ficaria ICFZ21, correspondente a um contrato futuro de café arábica, safra
de dezembro com vencimento em 2021. O sistema mostra que o preço da saca está R$
500,00. Seu Zé percebe que consegue fazer sua estratégia e decide comprar o contrato.
O que o Seu Zé quer? Ele quer vender seu café no futuro por R$ 500,00. Então ele compra
este contrato, assumindo a posição de vendido (aposta na queda do preço) e de hedger.
Este contrato, então, terá vencimento em dezembro de 2021 e seu valor total de
R$50.000,00, pois corresponde a 100 sacas no valor de R$ 500,00.
Importante lembrar que os dois investidores em questão não terão de pagar o valor total
do contrato para se posicionar e sim apenas a margem de garantia, que é estipulada e
recolhida pela B3. Esta margem também garante que nenhuma das partes vai sofrer
risco de contraparte, em que este risco é assumido pela B3.
Então todos os dias úteis os dois players terão de verificar a quanto está sendo cotada a
saca de café arábica. Tendo oscilações de preço, deverá de ser feito o ajuste diário.
Digamos que no dia seguinte (D+1) o preço da saca de café arábica passou de R$ 500,00
para R$ 550,00 devido a oscilação do mercado. Ocorreu um aumento de R$ 50,00. O preço
do contrato deixa de ser R$ 50.000,00 para R$ 55.000,00. O que ocorre para os investidores:
⯀ Para o Seu Zé, ele acaba saindo prejudicado. Com a alta do preço da saca, ele tem
um débito de R$ 5.000,00;
⯀ Já Manoel, com essa alta, ganha um crédito de R$ 5.000,00.
⯀ Com a baixa, quem ganha é Seu Zé, que recebe um crédito de R$ 2.000,00;
⯀ E Manoel sai perdendo, sendo debitado em R$ 2.000,00.
Para não fazermos uma tabela grandiosa, vamos dar um salto temporal. Digamos que
o tempo passou e em todos os dias úteis ocorreram ajustes sobre o preço do contrato.
Então chegamos em dezembro de 2021, na data de vencimento do contrato. Este último
ajuste é feito a partir do preço à vista deste contrato.
O contrato no dia anterior era R$ 57.000,00 e no dia do vencimento, seu valor à vista é
R$ 60.000,00. Acontece com os investidores:
Você deve estar pensando “como Seu Zé se protegeu tendo pago R$ 10.000,00 para
Manoel?” Perceba que o hedge do Seu Zé era para receber R$ 50.000,00. Então seu
objetivo foi alcançado porque no vencimento o contrato estava em R$ 60.000,00. Com o
pagamento dos R$ 10.000,00 para Manoel sobre ajustes, Seu Zé receberá R$ 50.000,00.
Agora imagine se Seu Zé não tivesse feito contrato e em dezembro, no momento de vender
o café, a saca no mercado estava em R$300,00 cada. Digamos que produziu 100 sacas. Ao
vender, receberia somente R$ 30.000,00. Isso significa que receberia R$ 20.000,00 abaixo
da sua meta. Será que conseguiria pagar todos os seus gastos? Teria lucro? Não, né.
Por isso é feito esse hedge, para que o preço fique travado no valor de seu interesse.
Já falamos sobre o risco de contraparte, mas lembre-se que este risco é zerado porque
é assegurado pela B3.
Então, o mercado futuro apresenta outros (três) riscos. São eles: riscos de mercado,
riscos de ajustes diários e riscos de alterações de margem.
Riscos de mercado: é as oscilações de preço do ativo objeto que dá lastro ao contrato futuro;
Risco de Ajustes Diários: tendo as oscilações do mercado, você terá os ajustes diários.
Então, você terá a obrigação de honrar ou receber esse ajuste;
Caso o investidor não quiser ficar até o final do contrato e sair, tem duas opções:
FUTURO DE ÍNDICES
Os contratos futuros de índices são derivados dos índices como Ibovespa, DI e S&B 500.
Esses contratos são acordados prevendo uma estimativa de valor para determinada data
de vencimento. A cotação desses contratos é calculada em pontos.
⯀ Contrato cheio;
⯀ Minicontrato;
⯀ A grande diferença entre eles está na acessibilidade.
Para ajudar na compreensão, vamos ver sobre como funciona os contratos futuros do
Ibovespa. Os contratos de índice Futuro Ibovespa possuem duas formas:
As duas formas possuem uma alta liquidez, sendo procuradas para alavancagem e
operações rápidas. Ou seja, permitem o investidor se posicionar com um valor mais
alto do que tem em conta.
Para ajudar a entender melhor essas duas formas de contrato futuro de índice, vamos
dar um exemplo sobre o que aconteceria em cada uma. Imagine que hoje o contrato
futuro abriu a 70.000 pontos e teve preço de ajuste estabelecido em 71.000.
Para negociar um contrato, as duas partes (os dois investidores - hedger e especulador)
precisam pagar a margem de garantia. Esse valor é recolhido pela B3, que estará assu-
mindo o risco de contraparte para si.
Quando o investidor compra um contrato futuro de índice, recebe um ajuste positivo toda
vez que o índice sobe e perde toda vez que o índice cai. Este investidor é o especulador.
Já o investidor que vende um contrato de índice futuro recebe um ajuste positivo toda
vez que o índice cai e perde toda vez que o índice sobe. Este investidor é o hedger.
⯀ AAAMNN, sendo:
⯀ AAA - Ativo-objeto;
⯀ M - Mês de Vencimento;
⯀ NN - Ano de Vencimento.
O vencimento desses contratos ocorrem apenas nos meses pares, sendo eles: Fevereiro,
Abril, Junho, Agosto, Outubro e Dezembro e sua liquidação é exclusivamente financeira.
Os custos e tributos que advém sobre operações no mercado futuro de índices são:
⯀ Corretagem: custo obrada pela corretora ou distribuidora em que o investidor vai operar;
⯀ IOF: Não tem;
⯀ IR: é igual renda variável;
⯀ 20% de IR em operações Day Trade;
⯀ 15% de IR em operações normais (Swing Trade ou Buy and Hold);
⯀ Imposto recolhido via DARF.
⯀ Fator gerador: é a diferença positiva dos ajustes diários;
⯀ Compensação: se teve diferença negativa e somente no mercado futuro.
⯀ DDI: cupom cambial sujo, dólar PTAX pelo BACEN (média do dia anterior);
⯀ FRC: cupom cambial limpo, dólar à vista do dia;
O investidor que compra um contrato futuro de cupom cambial quer se proteger das
oscilações do dólar ao passar do tempo. Ele terá lucro somente se a taxa acumula do DI
for superior à taxa de crescimento da cotação do dólar.
Resumindo:
Comprado Vendido
LUCRO DI > PTAX PTAX > DI
PREJUÍZO PTAX > DI DI > PTAX
Já os contratos sobre o Cupom Cambial Limpo ou FRC - Forward Rate Agreement - permite
que os investidores possam negociar o cupom cambial para qualquer vencimento entre o
primeiro vencimento do contrato futuro de cupom cambial (DDI) e um vencimento posterior.
A rentabilidade e o risco nos contratos futuros de cupom cambial estão relacionados a variação
da cotação do dólar, seja este positivo ou negativo, e da variação da taxa de juros no Brasil.
Exemplo: Se a taxa de juros do Brasil está em 15% e a desvalorização do real for de 5%,
o cupom cambial será de 9,5%.
Cálculo: ( )
1,15
1,05
- 1 = 9,52%
Cupom
Taxa de cupom cambial 4,50%
PU no vencimento 100.000
Valor em pontos U$ 0,50
Valor investido U$ 100.000,00
Prazos
Data da negociação 18/04/2019
Data do vencimento 01/06/2019
Prazo até o vencimento (em dias úteis) 30
Prazo até o vencimento (em dias corridos) 44
Ptax
Ptax no dia do contrato 2,6157
Ptax em D-1 em relação ao dia do contrato 2,5971
Ptax em D-1 em relação ao dia da liquidação 2,67
Variação cambial no período 2,81%
DI acumulado no período 8,50%
Um investidor quer proteger-se contra uma alta no dólar e queda na taxa de juros no
Brasil. Para isso, ele deverá comprar o cupom cambial (ficar comprado em PU). De acordo
com as informações acima, podemos calcular o PU da operação que o investidor vai comprar:
PU =
100.000
4,5% ( )
x
44
360
+ 1 = 99.453,01
Para saber o referencial em dólares, basta multiplicar o PU por US$ 0,50. Temos então:
US$ 100.000,00
= 2 contratos
49.726,50
30
PU = 99.453,01 x
((1 + 0,085) x
252 )
= 97.681,67
(1 + 0,28070)
Para achar o valor do PU em dólares (lucro da operação), basta subtrair 100 mil (PU no
vencimento) pelo PU acumulado do investidor no vencimento e multiplicar pelo número
de contratos e pelo valor do contrato em dólar, isto é, US$ 0,50:
Lembrando que esse resultado é mediante aos ajustes diários que as duas partes do
contrato tem obrigação de assumir.
Claro, derivativos podem também ser utilizados para investimento de alto risco.
INDICADORES AGROPECUÁRIOS
Como já falamos, temos 6 (seis) principais commodities agrícolas que é possível fazer
contrato de derivativo, com a intenção de se proteger tanto das oscilações de preços,
quanto ao risco de impactos de fatores externos sobre as mercadorias.
Dessa forma, vamos falar um pouco de cada indicador agropecuário, sendo eles: açúcar
cristal, boi gordo, café arábica, etanol, milho e soja.
Açúcar cristal
Boi gordo
Umas das principais commodities do Brasil, pelo fato do país ser um dos maiores expor-
tadores de carne bovina do mundo. Os bovinos machos tem que ter 16 arrobas líquidas
ou mais de carcaça e idade máxima de 42 meses (3,5 anos).
Características do contrato:
Café arábica
Etanol
Commodity utilizada por parte das indústrias na produção de alimentos, bebidas, aroma-
tizantes, cosméticos, remédios, produtos de limpeza, vacinas e combustível de veículos.
⯀ Etanol Anidro;
⯀ Etanol Hidratado.
Milho
Utilizado na indústria para produção de diversos produtos como o óleo vegetal, o farelo, a
farinha, o fubá e o creme para o setor alimentício. O milho tem uma grande importância
para o mercado nacional e internacional.
Soja
Características do contrato:
AGENTES DO MERCADO
Para começarmos a entender os agentes derivativos e suas peculiaridades, identifica-
mos eles como agentes do mercado, mas é necessário saber que este agente pode ter
outro nome nas provas, sendo chamado de players do mercado: nada mais é que os
indivíduos que atuam no mercado de derivativos.
E para entender melhor a função do agente de mercado, temos que relembrar alguns
conceitos acerca dos agentes que já comentamos anteriormente no mercado futuro e
como cada um faz sua ação. Sendo assim:
Hedger: é aquela pessoa que realiza um hedge e busca no mercado derivativo uma
proteção, ou seja, ele quer proteger sua posição de eventuais situações que possam
surgir, como a oscilação de preços dos ativos.
Imagine que você é um produtor de milho e vai começar uma plantação hoje. A
colheita do milho se dá entre 90 e 100 dias. Entre seus custos você tem sementes, insu-
mos, arrendamento da terra, funcionários, colheita, armazenagem e transporte para a
trading que vai exportar o seu milho. Esse custo total é de R$ 40,00 por saca de milho.
Assim, para que você tenha lucro, é necessário que venda o milho por R$ 50,00 a saca.
Acontece que, assim como você, existem milhares de outros produtores mundo afora
com o mesmo objetivo. Se por qualquer razão tivermos uma supersafra de milho, o
preço da saca pode cair, você precisará vender por R$ 30,00 a saca e amargar um
prejuízo de R$ 10,00 por saca.
O que você, que “manja dos paranauê” do mercado, pode fazer? Nesse caso, você pode
vender um contrato futuro de milho na B3. Assim, você trava o preço de R$ 50,00 hoje e,
aconteça o que acontecer no mercado, você vai ter resultado financeiro de R$ 50,00 por saca.
Mas além destes agentes, existe um outro que não é só importante no mercado deri-
vativo como também em vários outros: o Arbitrador. Como o próprio nome já diz, sua
função é realizar a arbitragem, que neste mercado significa procurar distorções de preços
para que, com esta alteração, possa se conseguir um lucro ou uma vantagem financeira
encontradas em ativos ou mercados diferentes.
Nesse modo podemos pensar na possibilidade de comprar por um preço menor e vender
por um maior, pois seus valores estão fixados. Ao pensarmos em riscos, esse exemplo
pode trazer riscos na hora da compra e venda?
Não. Este processo não acarretará em nenhum risco nesta captação de lucro, pois foi
encontrada uma distorção ou desequilíbrio de preços entre mercados diferentes que
vem de um ativo e um derivativo em países diferentes como uma oportunidade de lucro.
Nesse sentido podemos perceber que o arbitrador possui uma função importante, pois
consegue, ao detectar um desequilíbrio, adaptar os preços para uma situação normal.
E está sempre presente no mercado derivativo, mas principalmente nos mercados de
alta liquidez, que são os mercados de opções e de futuros.
RESUMO DERIVATIVOS
Como o nome já diz, aqui comentaremos sobre um total do que são os derivativos e
abaixo encontramos os quatro tipos de contratos que já estudamos com as suas res-
pectivas individualidades:
Registrado
Negociado (Onde é a Liquidez Contrato
clearing)
TERMO Balcão B3 Baixa Ñ padronizado (NP)
SWAP Balcão B3 Baixa NP
Se for na B3 - Alta
OPÇÕES Balcão/Bolsa B3 NP
Se for no Balcão - Baixa
FUTUROS Bolsa B3 Alta Padronizado (P)
Outro ponto importante de lembrar sobre opções é que ele é o único processo que
possui prêmio, sendo o futuro o único a possuir ajustes diários, que são fundamentos
técnicos que nos auxiliam na compreensão destes mercados.
CALL DE ABERTURA
OPERAÇÕES Ex - Pit
Quando falamos de contratos a termo, sabemos que pode haver variação em preços,
acarretando na não-fixação de valores. Por conta disto e de suas consequências aos con-
sumidores foi criado um modelo mais flexível de contrato a termo com preços fixados,
podendo assim ser reconhecida como uma solução.
Esta iniciativa é uma operação híbrida entre o mercado a termo e a precificação por
conta dos investidores, quando cada um achar necessário esta realização por meio dos
mercados futuros da BM&F.
Este modelo é conhecido no mercado como Ex - Pit (operação que corre por fora de
negociações). Podemos entender melhor esse processo no exemplo abaixo:
As duas corretoras intermediadoras solicitam para a BM&F realizar a inversão das posi-
ções ex pit, ou seja, fora da rodada, correndo por fora das negociações, porém dentro
da Bolsa e da oscilação do preço do dia.
Podemos perceber uma vantagem nesse processo de mercado: cada agente financeiro
é responsável pela fixação e estipulação dos valores, assim havendo a possibilidade de
executar sua estratégia individual não importando a contraparte. Sendo que qualquer
conduta de preços com vencimento futuro nos leva a este tipo de operação, sempre
fixado por ambas as partes.
A instituição que se responsabiliza pela inversão das posições por meio do Ex-Pit é a
BM&F, no entanto a entrega física está limitada a compreensão entre as partes. Isso
tudo ocorre no momento da fixação, onde os agentes efetuam operações e solicitações
de mercados futuros. Em seguida eles depositam a margem de garantia e pagam ou
recebem valores referentes aos reajustes diários.
O processo de Ex - Pit pode também ser encontrado como a troca por produtos físicos,
representando uma técnica avançada de hedgind (adoção de uma estratégia cujo objetivo é
assegurar uma proteção ao investimento ou ativo contra possíveis perdas) por meio da qual o
possuidor de uma posição a futuro pode precificar a mercadoria objeto do contrato a termos.
Devemos saber que, ao acontecer estes processos, haverão ocorrências em que o valor é
muito relevante, mas também haverá situações em que ele não terá nenhuma validade
dentro de ofertas e ordens do mercado, sendo que o segredo está na quantidade e não
no preço, pois a prioridade é a venda do produto e não o valor que será ganho sobre ele.
Ofertas que estejam com preço de compra maior ou igual ao preço teórico e ofertas
com preço de venda menor ou igual ao preço teórico não podem ser canceladas e nem
terem suas quantidades diminuídas, sendo aceito somente alteração para melhor para
estas ofertas (melhorar o preço ou aumentar a quantidade).
Ofertas de compra com preço maior que o preço teórico e ofertas de venda com preço
menor que o preço teórico serão atendidas em sua totalidade.
Ofertas de compra e venda com preços iguais ao preço teórico poderão ser atendidas
totalmente, parcialmente ou não serem atendidas de acordo com a situação do leilão.
É por isso que dizemos que ao contratar um ativo esse processo é negociável, sendo
que cada agente que negocia este processo assume um saldo de posição em mercados
futuros e até de opções. Assim teremos as posições chamadas posições em aberto.
Esses contratos de mercados futuros são padronizados , com pontos definidos sobre itens
como qualidade, tamanho do lote de negócios, maneira de cotação e vencimento. Tais
padronizações são vantajosas para os agentes que participam, especialmente quando
eles buscam visibilidade para o valor futuro e que de certa forma seja de maneira razoável
de trocas e de liquidez para esses possíveis contratos. O que pode acontecer é que em
determinados situações as especificações dos contratos futuros podem não refletir de
forma adequada a realidade dos negócios realizados em uma transação a termo, em que a
maior parte das características do negócio é posta no momento da assinatura do contrato.