Processo de Torneamento e Torno Sem CNC (Grupo 7)
Processo de Torneamento e Torno Sem CNC (Grupo 7)
Processo de Torneamento e Torno Sem CNC (Grupo 7)
FLORIANÓPOLIS, SC
2015
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FLORIANÓPOLIS, SC
2015
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 4
2 HISTÓRICO 6
3 TORNEAMENTO 9
4 TIPOS DE PROCESSOS DE TORNEAMENTO 11
4.1 Torneamento retilíneo 11
4.1.1 Torneamento cilíndrico 11
4.1.2 Torneamento cônico 12
4.1.3 Torneamento radial 13
4.1.4 Perfilamento 15
4.2 Torneamento curvilíneo 15
5 MÁQUINAS PARA TORNEAR 17
5.1 Subsistemas 17
5.1.1 Fixação da peça 18
5.1.2 Fixação e movimentação da ferramenta 24
5.1.3 Suporte 27
5.1.4 Acionamento 28
5.1.5 Avanço 28
5.2 Tipos de movimento 29
5.3 Tipos de torno sem CNC 31
5.3.1 Torno universal 32
5.3.2 Torno vertical 33
5.3.3 Torno de placa 34
5.3.4 Torno revólver 35
5.3.5 Torno copiador 35
5.4 Fabricantes e modelos 36
6 FERRAMENTAS 40
6.1 Parâmetros geométricos 40
6.2 Tipos de ferramentas 42
6.3 Desgaste da ferramenta 45
7 CONCLUSÃO 47
8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 48
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1 INTRODUÇÃO
Neste contexto se insere este trabalho, cujo principal objetivo é explanar sobre o torno
mecânico, mostrando seu histórico, operações fundamentais, classificação, principais
componentes, acessórios, instalação e ferramentas usadas.
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2 HISTÓRICO
Figura 2.1 – A primeira imagem retrata o Torno de Arco usado no antigo Império Romano, a segunda
figura representa o Torno de Vara usado na Idade Média e a terceira figura ilustra o Torno de Fuso
usado a partir de 1600.
Mais tarde, a necessidade por uma velocidade contínua de rotação fez com que criassem
os Tornos de Fuso, ilustrado na Figura 2.1. Para utilizar esse torno eram necessárias duas
pessoas, enquanto uma pessoa girava a roda, a outra utilizava ferramentas para dar forma ao
material. Com a invenção deste torno foi possível usinar materiais mais duros e peças de
maiores dimensões. (TORNEAMENTO, 20--?).
Com a invenção da máquina à vapor por James Watt no século XVIII , o inglês Henry
Moudslay adaptou a invenção de Watt à um torno, criando o primeiro torno à vapor, que pode
ser visto na Figura 2.2. As principais implicações da invenção de Moudslay foi a diminuição
de mão de obra e também a diminuição de mão de obra especializada. Outro mecanismo
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inventado por Moudslay permitia que a ferramenta ficasse fixa durante a usinagem, desse modo,
aumentando a precisão das peças fabricadas. (TORNEAMENTO, 20--?).
Ainda sofrendo diversas modificações em seu processo, em 1960 o torno automático foi
criado e posteriormente, em 1978, o torno CNC (Comandos Numéricos Computadorizados) foi
criado. No torno CNC os mecanismos usados para mover o cursor foram substituídos por
microprocessadores e também é utilizado um painel que permite que vários movimentos sejam
programados e armazenados permitindo a rápida troca de programa. A grande vantagem do
torno CNC é a melhora no acabamento e a diminuição do tempo de produção das peças.
(TORNEAMENTO, 20--?).
Não foram apenas os tornos que sofreram um processo evolutivo ao longo do tempo, as
ferramentas para torneamento também. A demanda da produção, cada vez mais acelerada,
forçou a procura por ferramentas mais duráveis e eficientes. Dos cinzéis utilizados nas
operações manuais até as pastilhas cerâmicas de alta resistência. (TORNEAMENTO, 20--?).
A Figura 2.3 mostra vários modelos de ferramentas utilizadas para realizar o processo de
torneamento em 1960.
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3 TORNEAMENTO
assim tendo um avanço e uma profundidade de corte pequena. Com isso, a rugosidade
superficial da peça será baixa e, consequentemente, garantirá um bom acabamento superficial
da peça.
4.1.4 Perfilamento
E SELEÇÃO DE MATERIAIS, 20--?). Este processo de torneamento pode ser visto na Figura
4.10.
Muitas vezes a peça desejada possui uma forma variada, mas regular, cujo perfil,
formado por retas ou curvas, seja simétrico em relação ao eixo geométrico da peça. Para dar
essa forma variada à peça, é utilizado o processo de torneamento curvilíneo. Este tipo de
operação pode ser realizado pelo movimento combinado de avanços transversais e longitudinais
da ferramenta.
Esta operação para a usinagem de apenas uma peça ainda é viável. Entretanto, para o
torneamento de várias peças, em série, esta é uma operação imprópria, capaz de produzir, apesar
dos cuidados, variações de formas e de medidas, além de exigir longo tempo de torneamento.
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5.1 Subsistemas
O processo de torneamento exige que a peça seja presa de maneira que a sua força
rotativa possa vencer a resistência oferecida pelo material a ser torneado. É constituído
essencialmente pelos cabeçotes e placas. Conforme a natureza do serviço e a forma da peça são
empregados um ou mais dos seguintes acessórios: placa, ponta de centro, grampo arrastador,
disco de arrasto, lunetas, etc. (TORNO MECÂNICO, 20--?).
Cabeçote fixo:
O cabeçote fixo é a parte do torno pela qual a peça é presa e da qual recebe o movimento
de rotação característico do processo de torneamento. Este conjunto chamado de cabeçote fixo,
ilustrado na Figura 5.3, está montado sobre o barramento à esquerda, é fixado por meio de
parafusos e a sua peça principal é o eixo da árvore. Dentro do cabeçote fixo do torno estão,
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Cabeçote
Fixo
O cabeçote móvel é a parte do torno que, apoiada e fixada sobre o barramento, serve
para as seguintes finalidades:
1º - Suporte da contra-ponta, que é um duplo cone de aço destinado a prender, num dos
topos, a peça a ser torneada;
3º - Suporte direto de ferramentas de corte de haste cônica, tais como brocas, alargadores
ou machos. (USINAGEM, 20--?).
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Placas:
Placa de arrasto:
Pinça ou boquilha:
Contra-ponta:
“É alinhada sobre as guias do barramento e tem a função de sustentar a peça em rotação. Pode
deslocar-se ao longo do barramento e pode ser fixada na posição mais conveniente, em relação à peça a
ser torneada.” (ROSSI, 1970).
Luneta:
Para que a ferramenta de corte conserve bem o seu corte e produza um bom trabalho,
evitando trepidar, deve ser rígida, isto é, não deve flexionar, por pouco que seja, em virtude de
pressão do corte. Para que uma ferramenta fique rígida, são necessários:
- Se o porta-ferramenta for do tipo de placa ajustável, a placa de aperto deve estar bem
nivelada, para que se dê completo contato entre sua face inferior e a face superior do cabo da
ferramenta de corte. (USINAGEM, 20--?).
1ª - A parte da frente serve para colocar as pontas do centro, haste das ferramentas como
broca, mandril, e alargador, todos esses dispositivos são fixados por meio do cone interno.
2ª - Permitir o torneamento de peças diretamente no vergalhão, sem que para isso seja
necessário cortá-los previamente, uma vez que este atravessa o oco do eixo da árvore.
(USINAGEM, 20--?).
Porta-ferramenta oscilante:
O porta-ferramenta tipo grampo ou placa ajustável (Figura 5.12) serve para manter bem
firme a ferramenta do corte, mesmo nos casos de cortes fortes. Este tipo de porta-ferramenta,
hoje em dia, é pouco usado, devido ao grande trabalho de fixação da ferramenta por meio da
placa, que tem que ficar em posição horizontal, apoiada por meio de parafusos de encosto.
Carro porta-ferramenta:
Carro inferior:
Carro transversal:
Avental ou saia:
5.1.3 Suporte
Barramento:
5.1.4 Acionamento
5.1.5 Avanço
A caixa Norton ou caixa de mudança rápida (Figura 5.14) serve para proporcionar
avanços mecânicos e passos de roscas com economia de tempo. Em lugar de calcular e montar
as engrenagens da grade é preciso apenas mudar a posição de certas alavancas. Os tornos
antigos não possuem caixa de mudança rápida de avanço de carro. No extremo do fuso é
adaptado uma engrenagem, por meio da qual se estabelece, com as engrenagens da grade, a
transmissão de velocidade de rotação do eixo da árvore ao fuso, com redução desejada. É
necessário, portanto, outro jogo de engrenagens que permita as convenientes combinações de
engrenagens na grade, para produzir diferentes velocidades de rotação do fuso, portanto,
diversos avanços do carro, em consequência, à ferramenta. As combinações da engrenagem da
grade são estabelecidas pelo cálculo de mudança de rotação, determinando as relações entre os
números dos dentes da engrenagem condutora e da engrenagem conduzida. A mudança dos
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DE CORTE; fazer deslocar a ferramenta, enquanto ataca a superfície da peça. Este movimento
é o chamado MOVIMENTO DE AVANÇO.
1 – Movimento de GIRO:
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Parâmetros de Corte:
- Avanço [mm/rotação]:
É a distância percorrida pela ferramenta por rotação da peça. Permite remoção contínua
da material.
- Taxa de remoção:
- Sua forma;
- Quantidade de produção;
- Tornos verticais;
- Tornos de placa;
- Tornos revólver;
- Tornos copiadores.
“O torno paralelo [...], pela dificuldade que apresenta na troca de ferramentas, não
oferece, de modo geral, grandes possibilidades de usinagem em série. Todavia é a máquina
mais frequentemente usada.” (Rossi, 1970, p.237)
“Apesar de ser uma máquina robusta é mais adequada para trabalhos individuais como
usinagem de ferramentaria. Seus comandos são manuais e os recursos de porta ferramenta são
poucos. [...] No torno paralelo poderão ser feitas peças cilíndricas (externa e interna), cônicas,
esféricas, roscas (interna e externa) e perfilados.”(Rachadel et al, 1991)
- Regulagem contínua dos avanços longitudinais e transversais por uma volta da peça;
Estes tornos são destinados para trabalhar grandes peças. Não têm bancada; e
o cabeçote, contra-ponta e carro são fixados em grandes placas de fundição
cravadas no solo. Entre o cabeçote e a contra-ponta há um fosso para poder
tornear peças de grande diâmetro. (BEHAR et al,1975).
Torno Horizontal
Torno Vertical
Torno Universal
6 FERRAMENTAS
Estas ferramentas geralmente se constituem de um corpo de aço rápido com uma das
extremidades afiada convenientemente ou de um corpo de aço ao carbono preparado para
receber o elemento a ser afiado.
PVC 10 75 5 4
Teflon 8 82 0 0
Fonte: MENDES; HARTMANN; SANTOS, 2009.
Cada operação no torno exige uma ferramenta apropriada, tanto no formato como no
material da ferramenta. Assim, teremos de escolher para desbastar, tornear liso, facear, filetar,
sangrar (cortar) etc., a ferramenta de corte cuja forma se adapte mais convenientemente a esses
trabalhos.
Para a usinagem de peças com precisão e rigor, é necessário dispor do tipo exato de
ferramenta do torno, com um gume de corte afiado e bem apoiado, amolado especialmente para
o material que se vai trabalhar, e ajustada à devida altura.
As Figuras 6.3 a 6.9 apresentam algumas ferramentas mais usuais para torno:
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A ferramenta pode ser classificada como à direita ou à esquerda. Para definir o sentido
de uma ferramenta e classificá-la de esquerda ou direita, deve-se levar em conta o seguinte: vê-
se a ferramenta com a parte cortante ou bico voltado para nós e com a superfície de deslizamento
do cavaco voltado para cima. Nestas condições, a ferramenta chama-se direita, quando o seu
fio esta dirigido para a direita do observador. E se o fio estiver à esquerda, a ferramenta será
esquerda.
processos. Já nos processos de corte contínuo, como o torneamento, sua ocorrência é mais rara,
exceto para condições de corte que excedam as recomendadas, ou que a ferramenta possua
algum defeito de fabricação.
7 CONCLUSÃO
8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
NÚCLEO DE DESIGN E SELEÇÃO DE MATERIAIS. Porto Alegre, Rio Grande do Sul, [20-
-?]. Disponível em: <http://www.ndsm.ufrgs.br/>. Acesso em: 23 abr. 2015.
BEHAR, M.; BIANI, E.; PUGLIESI, M.; RABELLO, I. Máquinas ferramentas. São Paulo:
Editora Hemus, 1975.
CASA DO MECÂNICO. Porto Alegre, Rio Grande do Sul, [20--?]. Disponível em:
<www.casadomecanico.com.br>. Acesso em: 2 maio 2015.
EMAGISTER. [S.I.], [20--?]. Disponível em: <foros.emagister.com>. Acesso em: 2 maio 2015.
ROMI. São Paulo, [20--?]. Disponível em: <www.romi.com.br>. Acesso em: 2 maio 2015.
ALIBABA. [S.I.], [20--?]. Disponível em: <spanish.alibaba.com>. Acesso em: 2 maio 2015.