Manual RS Eth Rev01 Maio 2006

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Controle e Automação Industrial RS-ETH

I - INTRODUÇÃO
O módulo conversor RS-485 para Ethernet RS-ETH é um equipamento que permite dar
conectividade em redes ethernet 10Mb/s via protocolo Modbus/TCP a equipamentos Fertron que
se comuniquem via RS-485 em protocolos Ferbus ou Modbus-RTU, operando também com equi-
pamentos de outros fabricantes que se comuniquem em Modbus-RTU. Como uma segunda opção,
pode-se configurar o RS-ETH como um módulo conversor de protocolos seriais, permitindo que
equipamentos que utilizam o protocolo Ferbus possam ser integrados a redes Modbus-RTU. Este
tipo de configuração será explicado com mais detalhes posteriormente, ao longo deste manual.
O módulo RS-ETH tem vários LEDs de diagnóstico e detecção de erros tanto para verificar a
sinalização ethernet quanto para verificar a sinalização em serial RS-485.
Cada módulo RS-ETH contém seu MAC address (também conhecido como endereço ethernet),
permitindo acesso e configuração do equipamento. Cada RS-ETH pode ser acessado simultanea-
mente por até oito clientes Modbus/TCP.
A Figura I.1 mostra o RS-ETH.

Figura I.1 – Módulo RS-ETH

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II – INSTALAÇÃO
Antes da instalação do RS-ETH, é necessário configurar seu hardware, informando o endereço
máximo na linha serial que será acessado via Modbus/TCP ou Modbus-RTU, assegurando-se que
os jumpers estejam conectados de acordo com a Erro! A origem da referência não foi encontrada.

II.1 – PROTOCOLO DE COMUNICAÇÃO


O RS-ETH pode utilizar tanto o protocolo Modbus-RTU para uma comunicação serial RS-485
quanto o protocolo Modbus/TCP para uma comunicação padrão em rede ethernet.
O Modbus-RTU e o Modbus/TCP, por serem protocolos abertos, são amplamente utilizados por
diversos fabricantes. Em Modbus-RTU, podem ser configurados quatro baud-rates diferentes:
9600bps, 19200bps, 57600bps e 115200bps.
Nos itens a seguir estão demonstradas as tabelas de configuração de jumpers e dip-switch para
cada um dos protocolos de comunicação.

II.2 – CONFIGURAÇÃO DOS JUMPERS PARA CONEXÃO ETHERNET OU RS-485


A configuração dos jumpers encontrados na placa principal para conexão ethernet ou RS-485
deve respeitar a Erro! A origem da referência não foi encontrada. A identificação “a-b” indica que
um jumper fecha as posições “a” ou “b”. Por exemplo, para conexão Modbus/TCP para Modbus-
RTU, JP1 e JP8 serão fechados e também será fechada a posição “B” do JP11.
Nesta placa ainda há jumper para ativação do watchdog externo (JP4) e jumper para ativar o
resistor terminador da linha Ferbus (JP3).

Jumpers Modbus/TCP para Modbus-RTU Modbus/TCP para Ferbus Modbus-RTU para Ferbus
JP1 Fechado Aberto Aberto
JP2 Aberto Aberto Fechado
JP7 Aberto Fechado Aberto
JP8 Fechado Aberto Aberto
JP9 Aberto Aberto Fechado
JP10 Aberto Fechado Aberto
JP11 Posição B Aberto Posição A
Tabela II.1 – Configuração dos jumpers

Os jumpers JP5 e JP6 são utilizados unicamente durante a produção do equipamento e não de-
vem ser utilizados pelo usuário. Assim, eles sempre deverão estar desconectados.

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Figura II.1 – Posição dos jumpers na placa

II.3 – CONFIGURAÇÃO DA CHAVE DIP-SWITCH


A chave dip-switch é utilizada com dois propósitos distintos: indicar o endereço máximo do equi-
pamento na linha serial e também selecionar o baud-rate do protocolo de comunicação Modbus-
RTU. As chaves 7 e 8 são utilizadas unicamente quando o RS-ETH estiver configurado para traba-
lhar em Modbus-RTU. Em outro caso, essas chaves são desconsideradas.
As chaves de 1 a 5 representam o endereço máximo do equipamento que está conectado ao
RS-ETH na linha serial Ferbus. No exemplo abaixo, há 18 equipamentos na linha serial e o RS-
ETH está trabalhando em Modbus-RTU com uma taxa de comunicação de 57600bps (observar
Figura II.2). A chave 6 não tem função, e está reservada para uso futuro.

Figura II.2 – Configuração do endereço máximo e baud-rate no dip-switch

A seleção do baud-rate no dip-switch é feita de acordo com a Tabela II.2 abaixo.


Dip-Switch (DIP 1) Baud-rate
8 7
0 0 9600
0 1 19200
1 0 57600
1 1 115200
Tabela II.2 – Configuração do baud-rate para o Modbus-RTU

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II.4 - INSTALAÇÃO DO CABO ETHERNET
O módulo RS-ETH utiliza o conector padrão RJ-45 para rede 10BASE-T. Ele apresenta ainda
4 LEDs para indicação dos status da comunicação ethernet. Esses LEDs são mostrados na Erro!
A origem da referência não foi encontrada.

Figura II.3 – Vista frontal dos LEDs e suas funções

Para verificar os estados e diagnósticos da rede é necessário observar a Tabela II.3 abaixo.

LED DESCRIÇÃO FUNÇÕES DOS LEDS


PWR Power LED vermelho. Aceso indica equipamento ligado
FAIL Fail LED vermelho. Aceso indica falha no equipamento
FB-RX Ferbus-RX LED verde. Status da recepção Ferbus
FB-TX Ferbus-TX LED verde. Status da transmissão Ferbus
MB-RX Modbus-RX LED verde. Status da recepção Modbus
MB-TX Modbus-TX LED verde. Status da transmissão Modbus
C1 Estado do canal 1 do serial LED verde sempre aceso indica que o canal 1 está ocioso. Se o LED
verde piscar, indica que o canal 1 está conectado na rede e ativo.
C2 Estado do canal 2 do serial LED amarelo sempre aceso indica que o canal 2 está ocioso. Se o
LED amarelo piscar, indica que o canal 2 está conectado na rede e
ativo.
Diag. Diagnósticos Se o LED vermelho estiver piscando ou sempre aceso em combina
ção com o LED verde (canal 1) indica diagnóstico e detecção de
erros.
Vermelho aceso e o verde piscando:
1x: Erro no checksum da EPROM
2x: Erro na RAM
3x: Erro no controlador de rede
4x: Erro no checksum da EEPROM
5x: Endereço IP duplicado na rede
6x: O Software não é compatível com o hardware
Vermelho e o verde piscando
4x: Erro na conexão de rede
5x: Não foi recebida nenhuma resposta do DHCP
Link Estado de conexão da rede LED verde sempre aceso indica que o porto da rede está conectado
na rede
Tabela II.3 – Estados e diagnóstico dos LEDs ethernet

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É necessário considerar os seguintes pontos antes de conectar e configurar o módulo na rede:
• O endereço IP do módulo deve ser configurado antes que seja estabelecida uma conexão de
rede;
• Apenas uma pessoa por vez pode conectar-se no porto de rede para configuração. Isto elimi-
na a possibilidade de várias pessoas tentarem simultaneamente configurar o RS-ETH;
• A conexão com o porto de rede pode ser desabilitada. O gerenciador do sistema não será
capaz de acessá-lo. Este porto também pode ser protegido por senha.

Nos próximos itens serão explicados com mais detalhes como se fazer a conexão ethernet com
módulo RS-ETH, configurando seu IP através do software telnet.

II.5 - ALIMENTAÇÃO
O módulo RS-ETH pode ser alimentado por 110VAC ou 220VAC, em 50 ou 60Hz. Para ali-
mentação em 110VAC, deve-se realizar a conexão à borneira conforme mostrado na Figura II.4
(a). Se a alimentação for em 220VAC, deve-se usar a conexão à borneira como mostrado no item
(b) da mesma figura.

Figura II.4 (a)


Figura II.4 – Borneira para alimentação em 110V (a) ou 220V (b)

Figura II.4 (b)

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III - CONFIGURAÇÃO DO MÓDULO RS-ETH
Para configurar o módulo RS-ETH são necessárias pelo menos duas funções de rede: Telnet e
ARP.
O ARP é necessário para informar a máquina local (máquina que irá acessar o RS-ETH) que o
endereço IP do RS-ETH corresponde ao seu MAC Address.
O Telnet é necessário para configurar o módulo RS-ETH.

III.1 - CONFIGURAÇÃO DO ENDEREÇO IP


O endereço IP do RS-ETH deve ser configurado antes que haja uma conexão de rede. A atribui-
ção do endereço IP deve ser feita via ARP. O método ARP está disponível nas plataformas UNIX e
nos sistemas baseados em Windows.
Num host UNIX, deve-se criar em sua tabela ARP uma entrada com o IP pretendido e o ende-
reço de hardware do RS-ETH, que pode ser encontrado na etiqueta colada no produto, com o co-
mando:

arp –s 191.12.3.77 00:20:4A:xx:xx:xx

Figura III.1 – ARP no UNIX

Para conseguir que o comando ARP trabalhe no Windows, a tabela ARP do PC deve conter no
mínimo um endereço IP definido que não seja o seu próprio. Se a tabela ARP estiver vazia, o co-
mando retornará uma mensagem de erro. Deve-se Digitar ARP –A como comando no prompt do
DOS para verificar que há no mínimo um endereço de entrada na tabela ARP.
Se a máquina local for a única entrada da tabela, deve-se executar um comando ping para um
outro endereço IP na rede para construir uma nova entrada na tabela ARP; logicamente o endereço
IP deve ser outro que não seja a máquina na qual se está trabalhando. Uma vez que haja no mínimo
uma entrada adicional na tabela ARP, usa-se o seguinte comando do ARP no endereço IP do RS-
ETH:

arp –s 191.12.3.77 00-20-4A-xx-xx-xx


Figura III.2 – ARP no Windows

Deve-se em seguida abrir uma conexão ethernet no porto 1. A conexão falhará rapidamente (3
segundos), mas o RS-ETH temporariamente mudará seu endereço IP para aquele designado neste
passo.

telnet 191.12.3.77 1
Figura III.3 – Telnet no porto 1

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Finalmente, deve-se abrir uma conexão telnet no porto 9999 e configurar todos os parâmetros
requeridos.
telnet 191.12.3.77 9999
Figura III.4 – Telnet no porto 9999

IMPORTANTE:
Este endereço IP é temporário e será revertido ao valor default quando o RS-ETH for reiniciado,
a não ser que o usuário armazene as mudanças permanentemente. Isto será explicado no próximo
item.

III.2 - CONFIGURANDO O RS-ETH VIA TELNET


Como já foi explicado na Figura III.4, ao digitar o endereço IP do RS-ETH no porto 9999 via
telnet, serão acessados os parâmetros de configuração do módulo.
No prompt do DOS aparecerá:

Figura III.5 – Telnet no prompt do DOS (1)

Pode-se observar o endereço IP e o MAC address na tela do telnet.


Se a tecla ENTER não for pressionada durante 3 segundos, aparecerá a mensagem “conexão ao
host perdida”, e a sessão será encerrada.

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Figura III.6 – Telnet no prompt do DOS (2)

Dessa maneira é necessário que seja teclado ENTER para configurar o RS-ETH. Ao teclá-la, a
mensagem da Figura III.7 aparecerá no prompt:

Figura III.7 – Telnet no promprt do DOS (3)

Como mostrado na Figura III.7, há 4 itens a configurar:

1. Network IP Settings (Configuração do IP na rede)


IP Address (Endereço IP do módulo)
Default Gateway (Gateway da rede LAN ao qual o RS-ETH será conectado)
Netmask (Máscara de rede na LAN onde o RS-ETH será conectado)

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1. Serial & Mode Settings (Configurações da linha serial)
Protocol (Protocolo de Comunicação, no caso, Modbus-RTU slave)
Serial Interface (interface serial, com os parâmetros na ordem da Tabela III.1 de acordo com
o exemplo da Figura III.7)

Baud-Rate 7/8 bits de dados Paridade Stop Bit Meio Físico


115200 bps 8 Even (Par) 1 RS-485
Tabela III.1 – Tabela de configuração da interface serial

Deve-se sempre lembrar que o baud-rate do RS-ETH deve estar de acordo com o baud-rate
selecionado na chave DIP-SWITCH, conforme Tabela II.2. Os outros parâmetros (bits de dados,
paridade, stop bit e meio físico), sempre deverão estar de acordo com a Tabela III.1.

III.3 - CONFIGURANDO O RS-ETH PARA TRABALHAR COM MODBUS-RTU


Para trabalhar com Modbus-RTU, o meio físico será RS-485 e deve-se conectar à borneira
Modbus-RTU os sinais RS+ e RS-. Deve-se também configurar os jumpers de acordo com a Erro!
A origem da referência não foi encontrada para trabalhar em Modbus-RTU.
Uma vez que o cabo foi conectado, deve-se certificar que o baud-rate escolhido para a comuni-
cação está de acordo com o selecionado na chave dip-switch, conforme na Tabela II.1.
Após isso, deve-se selecionar também na chave dip-switch o maior endereço dos equipamentos
conectados ao RS-ETH, de forma a otimizar seu desempenho.

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IV - CONFIGURANDO EQUIPAMENTOS FERTRON VIA FERCONF
O Modbus-RTU, por ser um protocolo aberto, é amplamente utilizado por diversos fabricantes.
Para configurar um equipamento Fertron via Modbus-RTU, serão necessários o software
configurador Ferconf, que opera em ambiente Windows e uma interface de comunicação para con-
verter os sinais da linha RS-485 para RS-232. Se a forma de configuração escolhida for via Modbus/
TCP (ethernet), apenas o módulo RS-ETH será necessário.

Figura IV.1 – Configurar porta no Ferconf v.2.0

Figura IV.2 – Configurar Max. IAdr (para Ferconf) e Endereço IP do RS-ETH

Figura IV.3 – Conectar o Ferconf

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Figura IV.4 – Relação de equipamentos conectados ao RS-ETH

Figura IV.5 – Configurar Communication Timeout

Os seguintes passos são necessários para configurar um equipamento Fertron via Ferconf:
1. Abrir o Ferconf (versão 2.0 ou superior);
2. Clicar no ícone Configurar portas de acordo com a Figura IV.1. A caixa de diálogo “Parâmetros
de Comunicação” será abeta;
3. Nesta caixa de diáglogo, deve-se configurar portas para TCP/IP, o endereço máximo do equi-
pamento que se deseja configurar em Max. Iadr., e selecionar o endereço IP do RS-ETH de acordo
com a Figura IV.2. Clicar em OK confirma as mudanças;
4. Conectar o Ferconf de acordo com a Figura IV.3;
5. Neste momento todos os equipamentos conectados aparecerão na tela (observar Figura IV.4).
Se os equipamenots estiverem sumindo periodicamente da tela, será necessário aumentar o tempo
em communication timeout (default = 300 ms para um único micro conectado) de acordo com a
Figura IV.5;
6. Para monitorar ou configurar cada um dos cartões, basta clicar em Monitoring ou
Configuration, respectivamente.O módulo RS-ETH consegue trabalhar com até 8 clientes simulta-
neamente.
Obviamente, o desempenho será melhor quando houver menos clientes conectados, já que ocor-
re a divisão do tempo entre eles. Dessa maneira, o parâmetro Communication Timeout deve ser
atualizado de acordo com o número de clientes, até que a comunicação não apresente Timeout ou
Erros (observar esses parâmetros em Estatísticas da Comunicação em Ferramentas);

Para a comunicação em Modbus-RTU, o Ferconf trabalhará de forma semelhante ao Modbus/

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TCP, porém muda-se a conexão de TCP/IP para a COM do computador. Para que o Ferconf se
comunique via Modbus-RTU, basta fazer os seguintes passos:
1. Abrir o Ferconf (versão 2.0 ou superior);
2. Clicar no ícone Configurar portas de acordo com a Figura IV.1. A caixa de diálogo “Parâmetros
de Comunicação” será aberta;
3. Nessa caixa de diálogo, deve-se configurar Portas para a COM do computador desejada,
colocar o endereço máximo que se quer configurar em Max. Iadr. e selecionar o baud-rate corres-
pondente ao do RS-ETH. Clicar em OK confirmará as mudanças;
4. Conectar o Ferconf de acordo com a Figura IV.3;
5. Neste momento todos os equipamentos conectados ao RS-ETH aparecerão na tela (observar
Figura IV.4). Se os equipamentos estiverem sumindo periodicamente da tela, será necessário au-
mentar o tempo em Polling Delay (default = 25 ms para um micro conectado) e Message Timeout
(default = 100 ms para um micro conectado) de acordo com a Figura IV.5;
6. Para monitorar ou configurar cada um dos cartões, basta clicar em Monitoring ou
Configuration, respectivamente.

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V - EXEMPLO DE APLICAÇÃO UTILIZANDO O IFIX 3.5
Neste capítulo será mostrado um exemplo de aplicação utilizando o SCETH, que é um equipa-
mento dedicado à família PHC-400 cujos princípios de operação são os mesmos do RS-ETH. Nes-
te exemplo será mostrado como configurar os parâmetros para que a comunicação se torne o mais
otimizada possível sem ocorrer timeouts ou overruns.
Foram utilizados 6 cartões SC4AIO (endereços 8 a 13), 4 Cartões SC8AI (endereços 14 a 17),
1 cartão SC4AIO-FV (endereço 18) e um SCCPU (endereço 7).
É importante salientar que este é apenas um exemplo de aplicação para o cartão SCETH e não
um manual de usuário para IFIX. Considera-se que o usuário esteja familiarizado com este supervisório.
Outro ponto que deve ser considerado é a de que o usuário deva saber o mapa de memória dos
cartões (em anexo) para poder fazer a aplicação.
A tela do supervisório foi feita para simplesmente mostrar todos os valores analógicos disponíveis
nos cartões e ler todos as entradas digitais da CPU. Pode-se ver na Figura V.1 a tela do supervisório.

Figura V.1 – Tela de apresentação das variáveis

Como podemos ver na Figura V.1 foram lidos 4 loops de cada cartão, contendo os tipos de
informações analógicas: PV, MV, SP, KP, RTM, DTM e autom./manual.
Para que possamos ler todos essas informações sem que haja overruns ou timeouts na comuni-
cação é necessário que o usuário configure alguns parâmetros que estarão disponíveis no driver
ethernet.
Na Figura V.2 pode-se ver o driver no momento da conexão com o SCETH. No lado esquerdo
da figura pode-se ver os blocos para cada um dos cartões (11 cartões e uma CPU) e no lado direi-
to (Channel Statistics for ETH1). Podemos ver que o número de timeouts é praticamente inexistente
em relação ao número de poll rates feito pelos blocos.

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Figura V.2 – Estatísticas do driver Intellution

Para que se consiga chegar nestas estatísticas foi necessário configurar os seguintes parâmetros
do driver:
1. No bloco principal (SC4IO-X):
• Reply Timeout: Especifica o tempo em segundos necessário para que o driver espere por
uma resposta do SCETH (Na Figura V.3, Reply Timeout = 3 para todos os blocos);
• Retries: Número de tentativas que o driver fará caso o tempo Reply timeout seja expirado
(Na Figura V.3, Retries = 1 para todos os blocos);
• Delay Time: Tempo em segundos esperado pelo driver antes de fazer uma nova tentativa
(Retries) de transmissão (Na Figura V.3, Delay Time = 1 para todos os blocos);

Figura V.3 – Configuração dos blocos no driver ethernet

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1. Dentro de cada um dos blocos (SC4IO-X):
· Primary Rate: Este parâmetro especifica a taxa na qual serão feitos os polls records em se-
gundos (Na Figura V.4, Primary Rate = 3 para a variável PV. Para todos os outros blocos Primary
Rate foi colocado igual a 20, pois não havia a necessidade de ficar atualizando sempre as variáveis
MV, SP, KP, RTM, DTM e autom./manual);
· Phase: Este parâmetro especifica o atraso antes do driver ler o dado. Neste exemplo, para o
bloco SC4AIO-1 foi colocado Phase = 1, para o bloco SC4AIO-2 foi colocado Phase = 2, para
o bloco SC4AIO-3 foi colocado Phase = 3 e assim por diante. Desta maneira sincronizamos todos
os blocos com suas diferentes fases;
Access Time: É o tempo, dado em segundos, que o driver espera antes de fazer o próximo poll
Record de acordo com o Primary Rate. (Access Time = 1 para todos os blocos);

Figura V.4 – Configuração dos loops dentro dos blocos

Todos esses valores poderão mudar de acordo com o número de cartões, o número de informa-
ções (PV, MV, etc) de cada cartão e o número de computadores conectados ao cartão SCETH.
Obviamente, quanto maior a aplicação, menor será o tempo de atualização da tela. No exemplo
acima estávamos utilizando somente um computador.
Quando estiver utilizando o supervisório para comunicar com o cartão ethernet, ficar sempre atento
ao parâmetro Overrun, mostrado na Figura V.2 que contém as estatísticas do driver. Este parâmetro
indica que o supervisório não está otimizado para a aplicação e desta maneira, os parâmetros Reply
timeout, Retry, Primary Rate, etc deverão ser reconfigurados.

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VI - MAPA DE MEMÓRIA PARA PARAMETRIZAÇÃO E CONFIGURAÇÃO
Os equipamentos Fertron que se comunicam via protocolo Ferbus são fornecidos acompanha-
dos de um mapa de memória que permite o acesso às suas diversas variáveis e parâmetros.
Para acessar, através do RS-ETH, as variáveis de um equipamento que se comunica via Ferbus,
deve-se calcular o número do holding register correspondente àquele endereço de memória. Isso é
necessário porque o protocolo Modbus não acessa endereços físicos de memória, mas conteúdos
virtuais denominados Holding Registers.
O cálculo é feito da seguinte forma:
Seja END o endereço de memória que se deseja acessar no equipamento Fertron (Ferbus), em
hexadecimal, e HR o número em decimal do holding register correspondente em Modbus. Então,

HR = END - A000h - 1, se END > A000h


2
ou

HR = 10000h - END - A000h - 1, se END < A000h


2

Assim, por exemplo, se o endereço desejado for 00C0h, então o holding register correspon-
dente será 12385. Se for A100h, o holding register acessado deve ser 129.

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APÊNDICE A – ACESSÓRIOS
Os seguintes acessórios podem ser utilizados juntamente com o módulo RS-ETH para interface
com um microcomputador do tipo IBM-PC:

A.1 - INTERFACE SERIAL E ISOLADOR RS-400


A RS-400 é um acessório que opera como interface entre os meios físicos RS-232 e RS-485 e
também como isolador e repetidor de linha RS-485. É um hardware totalmente opto-isolado, pro-
jetado para uso contínuo. Este acessório só será utilizado se o usuário escolher a opção Modbus-
RTU ao invés de Modbus/TCP, quando então fará a conexão entre o microcomputador e o módulo
RS-ETH.
A RS-400 é mostrada na figura abaixo.

Figura A.1 – Interface serial e isolador/repetidor RS-400

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