Resumo Langridge

Fazer download em docx, pdf ou txt
Fazer download em docx, pdf ou txt
Você está na página 1de 11

Classificação – Derek Langridge

 A amplitude da classificação, no dia a dia, no trabalho, na escola.


 O que podemos classificar? Pessoas (cor, altura, gênero, lado político,
características sociais); Objetos (supermercado, vídeo locadora, etc);
 O homem elabora classificações, não as descobre.
 Classificação natural x Classificação artificial

Classificação -> significado e definição

Classe-conceito: elemento de classe e classe inclusa

Os membros de uma classe são os objetos individuais dos quais ela é composta.
Classe inclusa: classe menor incluída numa classe maior.

DENOTAÇÃO: membros da classe representados por aquele termo. Extensão


pode ser seu sinônimo.
CONOTAÇÃO: conjunto de propriedades que define o termo para a classe
(menor número). Intenção pode ser seu sinônimo.
Intenção objetiva: todas as propriedades partilhadas por um objeto.
Intenção subjetiva: qualquer reação de uma pessoa relacionada ao nome do
objeto.

 O princípio de divisão deve produzir no mínimo duas classes


 Apenas um princípio de divisão deve ser usado de cada vez para produzir
classes exclusivas

PARTE DOIS: CLASSIFICAÇÃO DO CONHECIMENTO

A divisão do universo em tipos de fenômenos e a divisão do conhecimento em


tipos de conhecimento -> formas de conhecimento e disciplinas fundamentais
(maiores divisões do conhecimento).
A classificação em bibliotecas deve fazer uso de cada sistema científico que
existe.

Categoria: classes gerais de fenômenos (coisas, atividades, propriedades


[qualidades e atributos]).
 Relações entre categorias: relação de uma coisa e suas propriedades,
relação de uma coisa e suas ações;

Sistema de classificação: mapa completo com conceitos e relações sobre um


determinado assunto.
 Sistemas teóricos: filosofia/ciência, pedagogia, enciclopédia
 Sistemas práticos: bibliotético (arranjo de livros em estantes),
bibliográfico (arranjo de títulos numa bibliografia ou catálago, sendo mais
flexível que o bibliotético).

Universo do conhecimento -> Ranganathan: estudo do conhecimento sob vários


pontos de vista como preparação para estudos mais técnicos.
 Elementos mais importantes: históricos, filosóficos e sociológicos;
 Universo de assuntos: o trabalho dos bibliotecários quando definem áreas
do conhecimento para classificações bibliográficas;

PARTE TRÊS: OS ELEMENTOS

– A classificação em bibliotecas deve levar em conta as características físicas do


acervo
 A forma de um documento nos diz o que ele é, distinto de sobre o que ele
é;

– A forma física deve ser a última a ser levada em consideração;


– Formas de apresentação física:
 Em relação aos símbolos: pictóricos, matemáticos e línguas;
 Em relação ao método de seleção/arranjo:
Ordem
Forma (literária)
Reduções
Coleções
Chaves
Regras

Classificação de Dois Pontos -> Ranganathan a denominou de forma de fase de


intenção (a apresentação do assunto é feita com vistas a um determinado grupo
de leitores). Ex.: psicologia para bibliotecários, estatística para engenheiros.

Fase de intenção é semelhante com ponto de vista (mas este se refere ao autor de
documento e não ao leitor). Os autores podem ser a favor ou contra determinado
assunto. A tabela de ponto de vista na CDU é erradamente denominada como tal.

– As disciplinas fundamentais poderiam ser descritas com formas intelectuais de


apresentação
 As formas de conhecimento são semelhantes às formas de apresentação,
pois nos dizem o que um livro é, e não sobre o que é;
 Os termos das disciplinas podem indicar o assunto;
 Filosofia da história: o assunto é história e a forma de conhecimento é
filosofia.

– Vantagens de um único sistema de classificação para todos os propósitos de


uma biblioteca: economia de esforço, cooperação entre bibliotecas e
familiarização para os usuários;

– Relação entre classificação em biblioteca e classificação do conhecimento


 Uso corrente na literatura: o conhecimento como foi publicado;
– A classificação em biblioteca usa a classificação filosófica como base
 Classes principais = áreas do conhecimento;
 Significa as disciplinas fundamentais;
 Assunto básico: qualquer área do conhecimento na qual uma pessoa possa
se especializar;
– A classificação em bibliotecas deve usar categorias
 O primeiro princípio para a classificação de fenômenos deve ser a
aplicação de categorias;
 O conjunto mais geral usado para esse propósito é a classificação de Dois
Pontos, que consiste em cinco categorias:
Personalidade (partes e agentes)
Matéria (propriedades materiais e abstratas)
Energia (ação, operação e processo)
Espaço (divisões geográficas)
Tempo (séculos, anos)

No contexto de uma determinada classe, usamos o termo FACETA. Ex.: falar da


faceta personalidade na classe agricultura. O princípio particular usado para
definir qualquer faceta é conhecido como sua característica de divisão.
 Categoria: estrutura geral de um esquema de classificação;
 Facetas: manifestação dessas categorias em classes diferentes;

Uma única faceta -> um assunto básico -> Física -> assuntos simples
Termos por eles próprios -> isolados (não vinculados a um assunto básico)
Se listados sistematicamente, são conhecidos como focos dentro das facetas (de
toda a faceta focalizamos nossa atenção sobre um único isolado)

ASSUNTO BÁSICO + ISOLADO = ASSUNTO COMPOSTO

Os esquemas que listam um grande número de assuntos compostos são chamados


de enumerativos.
– Esquemas facetados ou analíticos-sintéticos: assuntos básicos e isolados
arranjados em facetas (analisam os assuntos em suas partes componentes)
– Qualidade essencial em um esquema de classificação: consistência no uso
– Regras para combinação de símbolos que representam as partes dos
componentes de assuntos compostos -> regra para a ordem de citação ->
principal princípio é a DEPENDÊNCIA. Também há o de subordinação
 Aspectos de um assunto que ocorrem como subdivisões: conceitos
relacionados dispersos
 Diz respeito a ordem das partes constituintes dentro dos assuntos de
documentos individuais
 Ordem completa de classes = ordem de arquivamento

– Relações de abrangência
 Classe principal ou assunto básico
 Gênero em relação à espécie
 Todo em relação à parte
 Classe em relação aos seus membros
 O geral precede o especial

– Princípios para arranjar os isolados em uma faceta


 Uma lista de isolados, surgindo de uma aplicação de característica de
divisão é conhecida como série;
 Ordem para a série:
Quantidade crescente
Mais antigo no tempo
Mais antigo na evolução
Contiguidade espacial
Complexidade crescente
Ordem canônica
Uso corrente na literatura (volume de escritos sobre um assunto)
Ordem alfabética
*Ordem de citação se refere a ordem de combinar as facetas dentro do assunto de
um determinado documento.

– O assunto mais abstrato vem primeiro, e o mais concreto em segundo ->


princípio da inversão;
– A ordem do arquivamento de facetas é escolhida de maneira a preservar o
princípio do geral ao especial onde quer que ocorra no esquema;
– Há dois métodos fundamentais para mostrar as relações: justaposição e
referência cruzada
 Referência cruzada indica as relações não mostradas pela ordem principal;
 Assuntos arranjados por ordem alfabética, as relações são mostradas por
referência cruzada (lista de cabeçalho de assunto)

– Notação: instrumento de codificação para facilitar o arranjo dos itens em um


sistema de classificação;
 São acrescentadas depois da classificação;
 Devem ser tratadas como subsidiárias;
 Sua principal função é preservar a ordem desejada;
 Se apenas um conjunto de símbolos é usado, a notação possui a qualidade
de pureza;
 Atuar como um instrumento de localização ou ele entre o catálogo e o
acervo;
 Deve ser acessível aos usuários;
 Deve ser fácil de ler (simplicidade);
 Deve ser breve e mnemônica;
 Pode mostrar a relação dentro de e entre assuntos;
– Hospitalidade: preservação da ordem no futuro para inclusão de novos
assuntos. Uma notação hospitaleira é aquela que permite a inclusão de qualquer
assunto novo em seu devido lugar.
*Os símbolos usados para introduzir as facetas são conhecidos como indicadores
de facetas e o melhor termo para uma notação desse tipo é expressiva.

– Uma notação pode mostrar a relação gênero/espécie dentro das facetas. Isso é
feito pelo princípio decima, no qual a divisão decimal implica subordinação da
espécie ao gênero. Se mostra esse exemplo de hierarquia deve ser chamada de
NOTAÇÃO HIERÁRQUICA
 Classificação dos dois pontos apresenta hierárquicos e expressivos

PARTE 4 OS ESQUEMAS

– Os esquemas de classificação podem ser gerais ou especializados


 Esquemas especializados têm um assunto central e assuntos periféricos,
com diferentes graus de importância;
 São usados em bibliografias, serviços de indexação e resumos;
– Os esquemas gerais são mais utilizados em bibliotecas públicas, acadêmicas e
nacionais. Os especializados por bibliotecas que enfatizam um área do
conhecimento.
– Os esquemas especializados têm um assunto:
 GERAL
 PERIFÉRICO

– Esquemas gerais de classificação


 Tabelas (listam várias classes do esquema – que podem ser usadas para
representar o assunto dos documentos)
 Regras para uso (podem estar totalmente concentradas na introdução)
 Índice alfabético (índices de classes nas tabelas)
– Os esquemas podem ser analisados como
 Estrutura geral
Divisão dos assuntos básicos (classes principais que englobam
disciplinas e subdisciplinas)
Divisões canônicas, sistemas, especiais
Além das classes principais, deve haver uma classe de generalidades, para
documentos que cobrem todo o conhecimento, como as enciclopédias.
 Estrutura das classes individuais (grau de análise em termos elementares)
 Esquemas enumerativos ou facetados
 O esquema de Dois Pontos é unicamente facetado seguido pela CDU, o da
Biblioteca do Congresso é o mais próximo do outro lado da escala,
seguido pela CDD, com a Classificação Bibliográfica no meio do caminho
 O único esquema geral completamente enumerativo é Classificação
Internacional de Rider

CDD – Classificação Decimal do Dewey

Melvil Dewey – 1876


Uso: especialmente em bibliotecas públicas
Estrutura – classes
 100 Filosofia
 200 Religião
 300 Ciências Sociais
 400
 500 Ciências
 600 Teconologia
 700/800 Artes e Literatura
 900 História

Começou enumerativo, mas tem introduzido elementos de análise e síntese.


Notação: números decimais puros. Parcialmente hierárquica e ocasionalmente
expressiva. Hospitalidade depende do princípio decimal e dos recursos
mnemônicos.
Regras: Inadequadas para uso consistente do esquema.
Índice alfabético: incluem muitos assuntos compostos.
Avaliação: esquema pioneiro, mas obsoleto hoje em dia.

CDU – Classificação Decimal Universal

Retirada de Melvil por Paul Otlet e Henri La Fontaine – 1905


Uso: especialmente em bibliotecas especializadas
Estrutura – classe principal como na CDD e classes individuais. Análise e síntese
substituídas pela enumeração indiscriminada.
Notação: números decimais e indicadores de facetas especiais. Parcialmente
hierárquica e parcialmente expressiva. Hospitalidade alcançada por uma grande
quantidade de síntese e uso do princípio decimal. Mnemônica em grande escala.
Regras: não possui regras, é um esquema flexível.
Índice alfabético: varia de uma edição para a outra
Avaliação: sofre a falta de uma mente controladora forte ou um corpo de teoria
consistente. Trabalho voluntário e trabalho de comitê.

CLASSIFICAÇÃO DA BIBLIOTECA DO CONGRESSO

Membros anônimos da Biblioteca do Congresso (EUA) – 1902


Uso: Biblioteca do Congresso e em algumas universidades
Estrutura: Baseada na classe expansiva de Cutter (1983). Classes na ordem
(menos de 20): humanidades, ciências sociais, artes, ciência e tecnologia.
Dificilmente há alguma análise ou síntese. Ordem alfabética bastante usada.
Ordem de citação nem sempre é consistente. É melhor em humanidades do que
em ciências. É incapaz de especificar muitos assuntos de livros publicados hoje
em dia.
Notação: letras e números inteiros. Não é hierárquica nem expressiva.
Hospitalidade alcançada por lacunas.
Regras: nenhuma.
Índice alfabético: índice separado para cada classe. Omissão de muitos termos
importantes e repetição de subdivisão.
Avaliação: é o menos sistemático de todos os esquemas. Possibilidade de
classificação cruzada.

CLASSIFICAÇÃO BIBLIOGRÁFICA

Henry Evelyn Bliss – 1870-1955


Uso: Grã-Bretanha. É o menos usado. Mais em bibliotecas de educação.
Estrutura: vinte classes principais. Detalhes recaem em enumeração e análise
Notação: letras maiúsculas, com números e letras minúsculas usadas para
subdivisões comuns. Vírgula usada como indicador de faceta e o hífen como os
dois pontos na CDU. Parcialmente expressiva e não hierárquica. Hospitalidade
alcançada pelo princípio decimal e notação ordinal.
Regras: inadequadas para uso consistente nas tabelas auxiliares para assuntos
compostos.
Índice alfabético: muitas redundâncias na repetição de subdivisões.
Avaliação: o mais didático de todos. Detalhe das classes não é satisfatório.

CLASSIFICAÇÃO DOS DOIS PONTOS


Ranganathan – 1892
Uso: muito usado na Índia em bibliotecas acadêmicas, especializadas e públicas.
Estrutura: mais de 40 classes principais: Ciência e Tecnologia, misticismo, artes,
humanidades, ciências sociais. As classes individuais são divididas em canônicas,
sistemas e divisões especiais. Fenômenos são organizados pelas categorias de
Personalidade, Matéria, Energia. Não há assuntos compostos enumerados.
Notação: mistura letras e números e indicadores especiais de facetas. É
expressiva e hierárquica. Hospitalidade alcançada pela separação de facetas e
princípio decimal. Altamente mnemônica.
Regras: regras explícitas.
Índice alfabético: se refere apenas a termos elementares, NUNCA a assuntos
compostos.
Avaliação: esquema pioneiro da classificação moderna. Completamente facetado.
PARTE 5 – INDEXAÇÃO

Usado de três maneiras diferentes:


 Sinônimo de organização do conhecimento em bibliotecas (inclui
indexação de autor e título)
 Como o ato de registrar o conteúdo de uma coleção
 Provendo uma chave alfabética a uma ordem sistemática

– Há muito de classificação em indexação de assuntos;


– A diferença entre um catálogo de classificado (justaposição e sequência) e
catálogo alfabético (referências cruzadas) é o método de arranjo;
– Análise de assuntos é a chave para a indexação perfeita;
– Processe de descrever o assunto de um livro: sumariar;
– Ir além do sumário para listar todos os conceitos tratados em um documento:
indexar em profundidade;
– Grau de indexação em profundidade = EXAUSTIVIDADE;
– Grau de precisão com o qual cada conceito é descrito = ESPECIFICIDADE;
– Um esquema de classificação é uma linguagem de indexação que produzirá um
índice final arranjado em ordem sistemática;
– Para Ranganathan, três estágios de indexação:
 Plano ideia (análise em nossas próprias palavras, decisão sobre uma classe
principal, decisão sobre a ordem de citação para a classe, rearranjo de
análise para os assuntos);
 Plano verbal (exame das tabelas do esquema para encontrar conceitos);
 Plano notacional (construção da notação para os conceitos de acordo com

as regras);

Você também pode gostar