O Fututo Do Constitucionalismo - Caderno de Resumos (2014) PDF
O Fututo Do Constitucionalismo - Caderno de Resumos (2014) PDF
O Fututo Do Constitucionalismo - Caderno de Resumos (2014) PDF
Belo Horizonte
2014
I Congresso Internacional de Direito Constitucional e Filosofia Política
O Futuro do Constitucionalismo: Perspectivas para a Democratização
do Direito Constitucional
ISBN 978-85-64912-58-8
CDU: 340(061.3)
I CONGRESSO INTERNACIONAL DE
DIREITO CONSTITUCIONAL E FILOSOFIA POLÍTICA
O Futuro do Constitucionalismo: Perspectivas para a
Democratização do Direito Constitucional
Comissão Organizadora
Prof. Dr. Thomas da Rosa de Bustamante (Presidente)
Prof. Dr. Bernardo Gonçalves Fernandes
Prof. Dr. Marcelo Cattoni de Oliveira
Prof. Dr. Élcio Nacur Rezende
Profa. Ana Luisa de Navarro Moreira
Prof. Rafael Dilly Patrus
Ludmila Lais Costa Lacerda
Christina Vilaça Brina
Igor de Carvalho Enríquez
Comitê Assessor
Profa. Dra. Adriana Campos Silva
Prof. Dr. André Mendes Moreira
Prof. Dr. Brunello Souza Stancioli
Prof. Dr. Emílio Peluso Neder Meyer
Prof. Dr. Fabrício Bertini Pasquot Polido
Prof. Dr. Gláucio Ferreira Maciel Gonçalves
Prof. Dr. Léo Ferreira Leoncy
Prof. Dr. Marcelo Campos Galuppo
Prof. Dr. Márcio Luís de Oliveira
Profa. Dra. Maria Fernanda Salcedo Repolês
Profa. Dra. Mariah Brochado Ferreira
Profa. Dra. Misabel de Abreu Machado Derzi
Prof. Dr. Onofre Alves Batista Júnior
Prof. Dr. Ricardo Henrique Carvalho Salgado
Prof. Dr. Rodolfo Viana Pereira
Deivide Júlio Ribeiro
Evanilda Nascimento de Godoi Bustamante
Lucas Azevedo Paulino
Renato Alves Ribeiro Neto
Sumário
Apresentação .................................................................................................... 13
Presentation ..................................................................................................... 15
Presentación .................................................................................................... 17
GT1: O constitucionalismo entre a separação de poderes e a democracia
A oposição de Jeremy Waldron às ideias constitucionalistas de Ronald Dworkin
Linara Oeiras Assunção; Simone Maria Palheta Pires .......................................... 19
Novo constitucionalismo latino-americano: uma via para a legitimação do
hiperpresidencialismo nas democracias populistas
Ana Tereza Duarte Lima de Barros; José Mario Wanderley Gomes Neto ................... 22
Desjudicialização da política, resgate do papel das instâncias representativas e
fortalecimento da democracia: um estudo à luz do argumento das
capacidades institucionais
Rhaíza Sarciá Bastos; Zamira Mendes Vianna .................................................... 25
Separação dos Poderes, Lealdade Institucional e Cooperação Constitucional
Raoni Bielschowsky ........................................................................................... 28
Uma defesa da relativização da teoria da nulidade dos atos inconstitucionais
Christina Vilaça Brina; Igor de Carvalo Enríquez ............................................... 31
Ratio Decidendi e Stare Decisis - estudo da força vinculante do precedente constitucional
Vera Karam de Chueiri; Lucas Henrique Muniz da Conceição ............................. 34
As Organizações Internacionais e o Paradigma Atual entre de Proteção
à Dignidade da Pessoa Humana e a Projeção Externa da Soberania
Damasceno, G. P. M. ......................................................................................... 36
O dilema da jurisdição constitucional
Álvaro Ricardo de Souza Cruz; Bernardo Augusto Ferreira Duarte ....................... 38
A Teoria da Separação de Poderes e o Princípio da Representação segundo Kant
Valter Freitas ..................................................................................................... 41
Omissão legislativa e crise entre os poderes: a Lei de Inconstitucionalidade
por Omissão deve ser alterada?
Fabiana de Menezes Soares; Pedro Augusto Costa Gontijo .................................... 43
Diálogo institucional entre poderes e afirmação da democracia participativa: a
necessária superação da dicotomia entre a supremacia judicial e a soberania popular
Clarissa Fonseca Maia ....................................................................................... 46
La justificación del control de los contenidos constitucionales
Diana Sofía Zuluaga-Vivas; César Augusto Molina-Saldarriaga .......................... 49
GT2: Teorias da interpretação constitucional
Interpretação jurídica e o uso da teoria alexyana pelo STJ
Henrique Napoleão Alves ................................................................................... 52
Interpretação constitucional e justiça no estado democrático de direito: uma
análise crítica sobre o positivismo jurídico e a interpretação do Direito em Kelsen
Gabriella Sabatini Oliveira Dutra; Rafael Faria Basile ....................................... 56
La interpretación constitucional en contextos multiculturales
Jaime Gajardo Falcón ........................................................................................ 60
Da Hermenêutica Formal à Transacional: Estudos sobre a pré-compreensão do intérprete
Rodrigo Farias .................................................................................................. 63
Interpretação Conforme e Interpretação de Acordo com a Constituição:
Precedentes do STJ e Controle Difuso de Constitucionalidade
Luiz Henrique Krassuski Fortes .......................................................................... 66
Kelsen e a teoria da interpretação constitucional Humpty Dumpty
Samuel Moreira Gouveia .................................................................................. 69
Controle de constitucionalidade e hermenêutica filosófica: entre o
substancialismo e procedimentalismo
João André Alves Lança ...................................................................................... 72
Mitologia, caracterização do Poder Judiciário e novas diretrizes para a
hermenêutica jurídica: o Juiz Hércules encontra a Juíza Penélope
Igor Suzano Machado ........................................................................................ 75
Hermenêutica filosófica e sua contribuição para a jurisdição constitucional
Cristiano de Aguiar Portela Moita ...................................................................... 78
A (ir)racional aplicação da proporcionalidade pelo STF
Fausto Santos de Morais ..................................................................................... 81
Interpretación Judicial de la Corte Constitucional Colombiana en la sentencia
C 590 de 2005, respecto de los requisitos especiales: decisión sin motivación
y desconocimiento del precedente, en contraste con el debate entre reglas y principios
Alejandra Marcela Arenas Moreno ..................................................................... 85
Derrotabilidade: Perspectivas a cerca de um novo nível de interpretação jurídica
Lucas Costa Oliveira .......................................................................................... 88
A Interpretação do Direito em Dworkin: a interpretação jurídica
como uma forma criativa de interpretação
Robson Vitor Freitas Reis ................................................................................... 91
A legitimidade metodológica da extensão material dos direitos fundamentais
Fausto Santos de Morais; José Paulo S. dos Santos ................................................ 94
Aspectos para um avanço analítico-teórico a respeito da dignidade humana
Danilo Saran Vezzani; Marco Aurélio Ferreira Caires .......................................... 98
GT3: Novas propostas de democratização do controle de constitucionalidade
A sociedade no STF – diagnóstico e perspectivas: o caso da ADPF 54
Mário Cesar da Silva Andrade .......................................................................... 103
Constitucionalismo popular e crítica à supremacia judicial: lições para o Brasil
Miguel G. Godoy ............................................................................................ 106
Litígio Estratégico no Movimento das Mulheres: instrumento de
compensação na lógica do estruturalismo jurídico?
Lívia Gil Guimarães ........................................................................................ 108
O papel construtivo das possibilidades deliberativas para legitimidade e
democratização de decisões constitucionais
Ludmila Lais Costa Lacerda ............................................................................. 110
Dissenso e democratização do controle de constitucionalidade: fundamentos para
o diálogo institucional a partir de Carl Schmitt e Chantal Mouffe
Jairo Néia Lima .............................................................................................. 113
Constitucionalismo Popular Mediado: a promessa delicada de um diálogo
social seletivo e pelo alto
Joana de Souza Machado ................................................................................. 116
Public Participation in Constitution Building Processes
Diego Andrés González Medina ....................................................................... 118
Judicial Review nos Tribunais Maçônicos
Grégore Moreira de Moura .............................................................................. 123
La legitimidad democrática de la jurisdicción constitucional y el
acceso directo de los ciudadanos al control de constitucionalidad
Jorge Ernesto Roa Roa ..........,........................................................................... 125
(I)legitimidade democrática e os critérios de composição do Supremo Tribunal Federal
Rene Sampar; Henrique Franco Morita ............................................................ 127
O dilema da conexão entre os conceitos de omissão legislativa inconstitucional
e as normas de eficácia limitada
Danielle Cevallos Soares ................................................................................... 130
Hermenêutica Constitucional: uma análise do amicus curiae à luz da
“integridade” proposta por Dworkin
Ismael Fernando P. Villas Boas Jr. ..................................................................... 132
GT4: Liberdades democráticas e suas restrições: liberdade religiosa,
liberdade de expressão e direitos análogos
Restrições na liberdade em nome da igualdade: sempre algo a se lamentar?
Jacqueline de Souza Abreu ............................................................................... 134
A intolerância religiosa às religiões afrodescendentes como forma de
violação ao direito à liberdade religiosa – uma análise a luz da decisão
na ação civil pública 0004747-33.2014.4.02.5101
Jessica Hind Ribeiro Costa ............................................................................... 137
O filtro da razão pública rawlsiana no debate entre seculares e religiosos
Franklin Vinícius Marques Dutra .................................................................... 140
O caso das biografias não autorizadas: uma análise de ponderação e
proporcionalidade à luz da teoria dos princípios de Humberto Ávila
Thais Fernandes; Tatiane Munhoz .................................................................... 142
“Hate Speech” e Estado Democrático de Direito: breves considerações
acerca da limitação à liberdade de expressão
Mariana Colucci Goulart Martins Ferreira; Alexandre Ribeiro da Silva ................ 146
What’s the political justification of the freedom of speech?
Francisco Tarcísio Rocha Gomes Júnior .............................................................. 149
A imposição jurídica da moral - Um debate entre Lord Devlin e H.L.A. Hart
Clarissa Gross ................................................................................................. 152
O ensino religioso nas escolas públicas
Lucas de Barros Peron Maciel ........................................................................... 155
Mínimo existencial e liberdades:
interfaces a partir da teoria do desenvolvimento como liberdade
Matheus Medeiros Maia; Talita Soares Moran .................................................. 157
Perspectiva alemã acerca das pesquisas envolvendo DNA Humano:
liberdade de pesquisa, direitos da personalidade e direitos patrimoniais
Vítor Carvalho Miranda ................................................................................. 160
Reflexões sobre a liberdade religiosa e o discurso de ódio no Estado Democrático de Direito
Natália Torquete Moura .................................................................................. 163
Laicidade, estereótipos e o “outro”: uma conversa com Jean Baubérot sobre o caso francês
Maria Fernanda Salcedo Repolês; Francisco de Castilho Prates ........................... 165
O direito ao esquecimento (right to oblivion)
Leonardo Netto Parentoni ............................................................................... 168
O chumbo e o discurso: Jeremy Waldron e Ronald Dworkin sobre liberdade de expressão
Leonardo Gomes Penteado Rosa ....................................................................... 170
Liberdade de expressão e democracia: pluralismo e justiça nas sociedades contemporâneas
Marina França Santos ..................................................................................... 174
A liberdade de expressão e o público infanto-juvenil
Thaís Fernanda Tenórico Sêco .......................................................................... 176
GT5: Argumentos consequencialistas e argumentos extrajurídicos na
jurisdição constitucional
Legitimidade do controle de constitucionalidade no marco da separação funcional entre direito e
política: a jurisdição constitucional pode estar aberta à decisão com base em razões pragmáticas?
André Freire Azevedo ....................................................................................... 179
A separação dos poderes e a expansão da jurisdição constitucional:
uma análise da mutação do artigo 52, X, CF/88
Adriano Souto Borges ....................................................................................... 182
Julgando pelas consequências: o pragmatismo cotidiano de Richard
Posner e sua influência no processo de tomada de decisões judiciais
Mariah Brochado Ferreira; Evanilda Nascimento de Godoi Bustamante .................... 185
O pragmatismo, o Supremo Tribunal Federal e o amianto
Gabriela Miranda Duarte; Carlos Fernando Silva Ramos .................................. 188
Economic arguments and judicial review: the alternative of Neil MacCormick’s framework
Vinícius Klein ................................................................................................. 190
O princípio da eficiência na efetividade dos direitos sociais:
a inaplicabilidade da análise econômica para as decisões judiciais
Rebeca Borges Machado A. Leitão; Davi Augusto Santana de Lelis ..................... 193
A interpretação pro homine e suas perplexidades
Luís Fernando Matricardi ................................................................................ 195
Constitucionalismo e diálogo institucional: uma análise dos limites
pragmáticos e normativos da noção de ativismo judicial
Danilo Nunes Cronemberger Miranda ............................................................. 197
Separação dos Poderes, Cortes Constitucionais e o Constrangimento da Razão Pública
Rafael Bezerra Nunes ....................................................................................... 200
Uma abordagem descritiva (e suas conseqüências normativas) das relações
entre constitucionalismo e democracia
Cláudio Ladeira de Oliveira ............................................................................ 203
Em busca do verdadeiro papel da Lei Orçamentária e suas possíveis correções pela via judicial
Daniel Giotti de Paula .................................................................................... 206
Audiência pública o ‘lugar’ dos argumentos consenquencialistas
Égina Glauce Santos Pereira ............................................................................. 208
Norma fundamental como axioma de legitimação principiológica em Ronald Dworkin
Sherman Soares Silva ....................................................................................... 211
GT6: Em busca de um constitucionalismo global e uma comunidade de
princípios internacional
O Acórdão Omega do Tribunal de Justiça da União Europeia e sua
Contribuição Teórica para a Construção de um Constitucionalismo Global
Jeison Batista de Almeida ................................................................................. 214
Red judicial interamericana y constitucionalismo multinivel
Paola Andrea Acosta Alvarado .......................................................................... 216
Sistema carcerário brasileiro e Sistema Interamericano de Proteção dos
Direitos Humanos: uma análise do caso da unidade de detenção Urso Branco
Cinthia de Cerqueira Alves .............................................................................. 218
Constitucionalismo global: novo paradigma para a proteção dos direitos humanos
Priscilla Saraiva Alves ..................................................................................... 220
A teoria jusnaturalista dos princípios de Antônio Augusto Cançado Trindade e a
sua reconstrução à luz da teoria do discurso de Jürgen Habermas
Bruno de Oliveira Biazatti .............................................................................. 223
La naturaleza como “grundnorm” e “tertium comparationis” del
“constitucionalismo global”
Michele Carducci; Lidia Patricia Castillo Amaya .............................................. 226
Memória, estigmas e compreensão do Direito Muçulmano
Marcelo Kokke Gomes ...................................................................................... 229
A aprovação da Lei Geral da Copa e a suspensão de direitos:
entrelaçamentos e interferências transnacionais na ordem constitucional
Cícero Krupp da Luz ....................................................................................... 232
A problemática de um constitucionalismo global em face da soberania dos estados
Eduardo Silva Luz .......................................................................................... 234
A Hierarquia Constitucional dos Tratados de Direitos Humanos
Incorporados ao Ordenamento Jurídico Brasileiro
Ana Carolina Rezende Oliveira ....................................................................... 237
As constituições democráticas em face de um constitucionalismo global
Frederico Antonio Lima de Oliveira; Alberto Papaleo Paes ................................. 240
Constitucionalismo global e as interações entre Direito Internacional e Direito
Interno: um olhar crítico sobre o papel dos três poderes na Constituição de 1988
Fabrício Bertini Pasquot Polido; Lucas Costa dos Anjos ...................................... 243
Os conflitos de nossa época e a exigência de uma orientação ético-política universal
Lilian Márcia de Castro Ribeiro ....................................................................... 247
O constitucionalismo de Direito internacional privado: inspiração pluralista e
tradução metodológica
Kellen Trilha Schappo ...................................................................................... 250
Constitucionalismo global, cortes e o exercício de autoridade pública internacio-
nal: redefinindo as bases de legitimidade do direito internacional contemporâneo?
Fabia Fernandes Carvalho Veçoso; João Henrique Ribeiro Roriz ......................... 253
A constitucionalização do direito internacional em face do fenômeno da “excludência”
Fernando César Costa Xavier ........................................................................... 256
GT7: A Constitucionalização dos diversos ramos do direito e da dogmática jurídica
A eficácia dos direitos fundamentais sociais nas relações privadas: um desdobra-
mento do processo de constitucionalização do Direito
Marcos Felipe Lopes de Almeida ................................................................... 258
A força normativa dos princípios constitucionais e o Direito do Trabalho
Isabela Murta de Ávila .................................................................................... 260
O surgimento do Direito Ambiental na CF/88 e sua importância
Tayanná Santos Bezerra ................................................................................... 262
O instituto da separação na Constituição e no Código Civil
Laura Souza Lima e Brito ............................................................................... 265
O direito constitucional do trabalho em um estado de exceção econômico: um estudo
da proteção dos direitos sociais trabalhistas no contexto de uma sociedade da austeridade
Paulo Rogério Marques de Carvalho ................................................................. 268
Direitos Fundamentais, Democracia Constitucional e Cláusulas Pétreas: uma
análise da impossibilidade de redução da maioridade penal.
Jéssica da Rocha Marques; Richardson Hermes Barbosa Chagas .......................... 271
Estado de Direito, Democracia e Processo: a projeção dos valores democráticos no Direito
Processual e a importância da participação efetiva para legitimação de decisões-modelo
Victor Barbosa Dutra; Saelli Miranda Lages ..................................................... 275
Análise da intervenção judicial no sistema socioeducativo do estado do Rio Grande do Norte
Mariana Dias Ferreira ..................................................................................... 278
A justiciabilidade do direito fundamental social à educação
Natascha Alexandrino de Souza Gomes; Paola Durso Angelucci ..................... 281
A constitucionalização do Direito Penal: do simbolismo formal à plenitude
Luiz Laboissiere Junior .................................................................................... 284
Entre o direito e a internet: a soberania em rede
Ramon de Vasconcelos Negócio .......................................................................... 287
Elementos para uma nova compreensão constitucional da jurisdição penal
Paulo Henrique Borges da Rocha; Lidiane Mauricio dos Reis ............................. 290
Os mutirões de Habeas Corpus realizados pela DPE-BA como via de promoção de
acesso à justiça em Feira de Santana
Élida Priscila Araujo Santana .......................................................................... 292
A constitucionalização da execução penal: perspectivas de estudo e operacionalidade
da disciplina jurídica a partir de uma interpretação constitucionalizada
Adriano Resende de Vasconcelos ......................................................................... 294
GT8: História do Constitucionalismo, História Constitucional Brasileira e
Reformas Políticas
Soberania e Indecisão; notas sobre a crítica de Schmitt à Constituição de Weimar
Ingrid Oliveira de Almeida .............................................................................. 297
A pretensão do plebiscito para uma Constituinte exclusiva e soberana sobre reforma política
Bruno César Braga Araripe ............................................................................... 299
Atuação político-democrática e práxis constitucional: o poder constituinte sob
a ótica de Antonio Negri e de Friedrich Müller
Vitor Sousa Bizerril .-....................................................................................... 301
O controle de constitucionalidade no Brasil e os modelos clássicos
Edna Torres Felício Câmara ............................................................................. 304
Direito de Exceção e Normalidade em Giorgio Agamben
Andréia Fressatti Cardoso ................................................................................ 307
O debate sobre a reforma política no Brasil: realizações e alternativas
Lucas de Oliveira Gelape .................................................................................. 310
Constituinte exclusiva e soberana: uma velha ilusão sob nova roupagem
Cezar Cardoso de Souza Neto; Diego Vinícius Vieira ......................................... 313
É possível identificar um consitucionalismo antigo? A politeia e o status
civitatis como princípios organizadores da ordem política
Leonam Baesso da Silva Liziero; Matheus Farinhas de Oliveira .......................... 316
Constituinte Exclusiva para a Reforma Política: exercício legítimo da soberania popular ou golpe?
Deivide Júlio Ribeiro; Lucas Azevedo Paulino ................................................... 319
O ressurgimento do Confucionsimo Político na China: um novo constitucionalismo chinês?
Marcelo Maciel Ramos; Rafael Machado da Rocha ........................................... 322
Intributabilidade e terras remanescentes quilombolas: a interpretação constitucio-
nal na proteção dos direitos fundamentais
Guilherme De Lima Soares .............................................................................. 324
Uma nova constituinte: a necessidade de se (re)desenhar o sistema político brasileiro
Igor Campos Viana .......................................................................................... 327
GT9: Ativismo judicial e comportamento judicial
O Judicial Review e o Ativismo Judicial da Suprema Corte Americana
Estefânia Maria de Queiroz Barboza; Katya Kozicki ......................................... 330
Ativismo Judicial: Fatores e Dimensões
Carlos Alexandre de Azevedo Campos ............................................................... 335
Direitos fundamentais e a judicialização da política: implicações do ativismo
judicial no Estado brasileiro
Gabriela Nodari Fróes de Castro; Luana Amaral Prado ..................................... 338
Ativismo judicial à luz do princípio da Separação dos Poderes: Uma análise de
seus efeitos sobre a democracia no Brasil a partir do contraponto entre decisões do
Supremo Tribunal Federal e a atuação do Poder Legislativo
Aparecida de Sousa Damasceno ........................................................................ 341
The conception of judicial activism in Frederick Schauer’s formalism and a critique
Rodolfo de Assis Ferreira .................................................................................. 343
O que é um Superprecedente?
Siddharta Legale ............................................................................................ 345
Judicialização e Ativismo Judicial: o comportamento do Poder Judiciário
Isabella Oliveira Godinho; Rebeca Barbosa Andrade .......................................... 348
Teria Ronald Dworkin defendido o ativismo judicial?
Henrique Cruz Noya; Vitor Amaral Medrado ................................................... 351
O papel do Supremo Tribunal Federal na construção de uma constituição transversal:
os perigos do autismo e da expansão imperialista do direito
Edvaldo de Aguiar Portela Moita ..................................................................... 354
Hard cases: estudo do caso Natan Donadon
Barbara Brum Nery ........................................................................................ 357
O ativismo judicial como mecanismo para a efetividade do processo civil democrático
Isabela Dias Neves ......................................................................................... 363
Collegiality and deliberative democracy
Rafael Dilly Patrus .......................................................................................... 366
O problema da votação seriatim e a ADPF 132
Ana Beatriz Ferreira Rebello Presgrave .............................................................. 369
Como pensam os juízes: entre o pesadelo e o nobre sonho
Katya Kozicki; William Soares Pugliese ............................................................. 371
Justiciabilidade dos Direitos Fundamentais Sociais e Conflito de Competências
Cláudia Toledo ................................................................................................ 374
GT10: Teorias contemporâneas da Democracia
Democracia, ética e jurisdição constitucional: Legitimidade e responsabilidade
social do Supremo Tribunal Federal
Antônio Gomes de Vasconcelos; Isabela Vaz de Mello Lima e Silva Almeida ......... 377
Democracia Material – Um enfoque constitucionalista cético
Samira Costa Arcanjo; Daniel Nunes Pereira .................................................... 380
Jurisdição constitucional no Brasil: tecnologias de uma razão de Estado antidemocrática
Adalberto Antonio Batista Arcelo ...................................................................... 383
De Rashomon ao Senhor das Moscas: o processo de identificaçâo democrática
com os fenômenos da esfera jurídica
Gustavo Augusto de Bourbon; Yuri Rios Casseb ................................................. 386
Relações de reconhecimento e a infraestrutura normativa da democracia
Luiz Philipe de Caux ...................................................................................... 390
Multiculturalismo en el siglo XXI: los modelos de interculturalidad en las socieda-
des contemporaneas
Daniel Antônio da Cunha ................................................................................ 392
As exigências da igualdade democrática
Paulo Baptista Caruso MacDonald .................................................................. 394
A decisão majoritária é a mais justa ou a mais popular? A crise da legitimidade
democrática da jurisdição constitucional diante do conflito entre as concepções
agregativas e deliberativas de democracia
Deborah Dettmam .......................................................................................... 396
A internet como espaço deliberativo legítimo: As redes sociais podem ser um locus
de legitimidade democrática à jurisdição constitucional?
Thomas da Rosa de Bustamante; Ana Luísa de Navarro Moreira ........................ 398
Os direitos políticos dos analfabetos: o caso brasileiro e o paradigma da democracia liberal
Alexander Augusto Isac Beltrão; Marcelo Sevaybricker Moreira ........................... 401
Democracia procedimental e estado poiético: reflexões iniciais
Leonardo Antonacci Barone Santos ................................................................... 404
Democracia e justiça em Hans Kelsen: uma abordagem crítica do ideal
democrático na teoria constitucional contemporânea e no Brasil
Mariane Andréia Cardoso dos Santos ................................................................ 407
Construção e reconstrução normativa: a teoria democrática contemporânea entre
política e moral na Escola de Frankfurt
Thiago Aguiar Simim ...................................................................................... 410
Variações democráticas, emancipação de pluralidades
Agnelo Corrêa Vianna Júnior ........................................................................... 413
GT11: Fundamentos político-filosóficos do constitucionalismo
O constitucionalismo democrático no paradigma do Estado Democrático de Direito:
apontamentos acerca da legitimidade do direito a partir do princípio do discurso
Adamo Dias Alves ; Benedito Silva De Almeida Junior ..................................... 416
Ações afirmativas e igualdade de oportunidades: um conceito de justiça para
atores sociais em disputa
Priscila da Silva Barboza ................................................................................. 419
Justiça Política e luta pela dignidade: explorando a política do reconhecimento de Charles Taylor
Carlos David Carneiro .................................................................................... 421
Estado e locus civis versus os fundamentos político-filosófico do constitucionalismo
Miguel Ivân Mendonça Carneiro ..................................................................... 423
Teoria descolonial dos direitos fundamentais e filosofia intercultural dos direitos humanos
Konstantin Gerber ........................................................................................... 426
Críticas de Amartya Sen à teoria contratualista de John Rawls
Luíza Kitzmann Krug ..................................................................................... 428
Em defesa da democracia deliberativa: uma possível resposta de Carlos Santiago
Nino às críticas feitas por Jeremy Waldron
José Arthur Castillo de Macedo ......................................................................... 431
O Constitucionalismo moderno frente aos dilemas morais
Victor Cristiano da Silva Maia ........................................................................ 433
Uma análise sobre algumas das bases filosóficas e políticas do Processo de
(re)dimensionamento Global e Intergeracional do Direito Constitucional
Juliana Guedes Martins ................................................................................... 436
Fundamentos filosóficos do direito à vida em John Finnis
Dilson Cavalcanti Batista Neto ........................................................................ 439
Novos Direitos: aportes a partir da Filosofia da Libertação Latino-Americana
Ana Paula de Oliveira Mazoni Vanzela Paiva .................................................. 442
Revisitando a jusfilosofia de Kelsen e seu constitucionalismo
Daniel Nunes Pereira; Patrick de Almeida Saigg ............................................... 445
Contribuição da experiência literária para a neutralidade liberal
Bruno Anunciação Rocha; Galvão Rabelo ......................................................... 448
A legitimidade democrática do controle de constitucionalidade à luz da teoria de John Rawls
Mariana Oliveira de Sá ................................................................................... 451
Poder Constituinte e Fundação Contínua em Hannah Arendt
Ana Paula Repolês Torres ................................................................................. 454
GT12: O Direito Constitucional e a Política: formas de interferência da
jurisdição constitucional sobre o processo político e eleitoral
O Supremo Tribunal Federal e a utilização da hermenêutica constitucional como
meio para o seu emponderamento na arena política
Paulo Alkmin Costa Júnior .............................................................................. 456
A insurreição do “constitucionalismo político” sobre o “legal”: por que o processo
legislativo pátrio (ainda) é visto com desconfiança?
Matheus Henrique dos Santos da Escossia ......................................................... 459
Princípio da Proporcionalidade e Controle de Constitucionalidade
Lucas Costa Gonçalves ..................................................................................... 462
O cabimento dos embargos infringentes na Ação Penal 470: legitimidade da jurisdição
constitucional no espaço democrático
Cristina Sílvia Alves Lourenço; Maurício Sullivan Balhe Guedes ........................ 464
Construcción deliberativa de una dogmática constitucional del procedimiento
parlamentario: El caso colombiano
Leonardo García Jaramillo ............................................................................. 467
A pressão judicial nos casos de omissão legislativa e a ausência de vontade política:
uma introdução à necessidade do diálogo entre os poderes
Karina Denari Gomes de Mattos ...................................................................... 470
Two Levels of Social Rights: A Democratic Justification of Judicial Review
Leticia Morales ............................................................................................... 473
A aplicação judicial do direito na Suprema Corte: o jogo do colegiado
Paula Pessoa Pereira ........................................................................................ 475
O Supremo Tribunal Federal no combate à deformação do processo político e
eleitoral e a vontade de Constituição (Wille zur Verfassung)
Williana Ratsunne da Silva Shirasu; Camile Araújo de Figueiredo ..................... 478
Apresentação
A Comissão Organizadora
Presentation
Organizing Commission
Presentación
visión judicial. Para eso, tenemos como objetivo crear caminos para
un futuro diálogo institucional con el Poder Legislativo.
Por último, también expondremos los argumentos en defensa
de la jurisdicción constitucional y los elementos políticos, morales e
institucionales capaces de fortalecer la función representativa y de-
liberativa de los Tribunales Constitucionales concentrándonos, en
particular, en el Supremo Tribunal Federal de Brasil.
El Comité Organizador
A oposição de Jeremy Waldron às ideias
constitucionalistas de Ronald Dworkin
Raoni Bielschowsky
Doutorando em Filosofia do Direito pela Faculdade de Direito da
Universidade Federal de Minas Gerais, bolsista CAPES; mestre em Ciências
Jurídico-Políticas pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa; bacharel
em Direito pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Brasil. rmabiel@
hotmail.com
“Para que não se possa abusar do poder, é preciso que, pela dis-
posição das coisas, o poder limite o poder”, a clássica frase do Barão
de Montesquieu no Espírito das Leis retrata uma das construções te-
óricas mais influentes da cultura política do ocidente: que as funções
do Poder estatal devem ser distribuídas, repartidas e institucionali-
zadas em poderes autônomos que mutuamente se controlam através
da faculdade de estatuir e da faculdade de impedir. O triunfo político
desta construção pode ser reconhecido desde a gênese do constitucio-
nalismo, quer a realidade Norte Americana – com todas suas pecu-
liaridades e desenhos jurídico-políticas – quer no constitucionalismo
europeu continental – já, inicialmente, no art. 16 da Declaração dos
Direitos do Homem e do Cidadão em França.
Fato é que com a complexidade da dinâmica política; com os
desdobramentos da teoria dos freios e contrapesos; com a intensifica-
ção das relações de interdependências e, mesmo, das zonas cinzentas
de interseção entre as competências dos poderes constituídos; com
o avanço da estrutura constitucional, passando historicamente, com
especial relevância, pela criação e reconhecimento de instrumentos
de controle jurídico de constitucionalidade; por muitas vezes vê-se
no Estado um ambiente de verdadeira guerrilha institucional1, que,
por sua vez, fomenta um ambiente de insegurança e incerteza intra-
estatal. Os desdobramentos dessa atmosfera de tensão são muitos que
O constitucionalismo entre a separação de poderes e a democracia • 29
Notas
1
Gomes Canotilho e Vital Moreira, Os poderes do presidente da República, Coim-
bra, Coimbra Editora, 1991. p. 71.
2
Loewenstein, Political Power and the Governmental Process, 2 ed. Chicago, The
University of Chicago Press, 1965, p. 123.
3
Hesse, A força normativa da constituição, Porto Alegre, Sérgio Antonio Fabris
Editor, 1991, pp. 19.
4
Jaime Valle, O Princípio da Lealdade Institucional nas relações entre os poderes pú-
blicos – alguns aspectos gerais, Direito & justiça, Loures, n. 1, p.- 62-72, out./dez. 2012.
Uma defesa da relativização da teoria da nulidade dos
atos inconstitucionais
Notas
1
BARROSO, Luís Roberto. O controle de constitucionalidade no direito
brasileiro. 2.ed. rev. e atual. São Paulo: Saraiva, 2006. p. 13.
2
SARLET, Ingo; MARINONI, Luiz Guilherme; MITIDIERO, Daniel. Curso de
Direito Constitucional. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2014. p. 1023.
Ratio Decidendi e Stare Decisis - estudo da força
vinculante do precedente constitucional
Damasceno, G. P. M.
Graduando do curso de Direito das FIPMoc, Brasil,
gpmdamasceno@hotmail.com
a admitir uma postura mais deferente dos julgadores diante das deci-
sões técnicas do Legislativo e do Executivo. A isso, agregou a temática
dos standards, na tentativa de racionalizar as ponderações judiciais.
O recuo, de outro lado, foi também alimentado pelo ceticismo wal-
droniano em relação ao judicial review. À luz dessa perspectiva, é
possível encontrar pensadores que se mostram dispostos a defender
uma jurisdição constitucional fraca no Brasil. Essa fraqueza, dizem
estes, decorreria da ampliação do quórum exigido para a declaração
de inconstitucionalidade das leis, e, ainda, da criação de uma “fron-
teira” para o debate de certas decisões políticas em sede jurisdicional.
Finalmente, há também juristas que apostam nos diálogos interinsti-
tucionais como uma opção para um aprimoramento da democracia.
O controle jurisdicional de constitucionalidade, sob essa perspectiva,
produz uma resposta provisória, sempre aberta à possibilidade de re-
visão decorrente de leituras advindas do Legislativo. Nesse diapasão,
há quem compactue inclusive com a criação de um “mecanismo con-
tra-controle”, nos moldes canadenses, a fim de fortalecer o diálogo
entre o Judiciário e o Legislativo. Eis os “novos ares”, que nos cau-
sam um misto de estranheza e surpresa. A estranheza se deve não ao
confronto com o difer(a)nte, mas à percepção de que, novamente,
estamos na contramão da tendência que começa a se consolidar. A
surpresa, por outro lado, revela-se a partir da constatação de que há,
aqui, “vinhos velhos em odres novos”. Não é apenas possível ir além
dessas temáticas. É necessário! Existem muitas coisas propositalmen-
te esquecidas pelo “novo debate”. Il y a muita coisa encoberta! Eis
o ponto que pretendemos abordar. Se a busca por uma sociedade
verdadeiramente democrática perpassa pela devida dimensão da ju-
risdição constitucional, parece-nos que há ainda muito a ser dito...
Valter Freitas
Graduado em Direito e Filosofia, graduando em história, especialista em
direito administrativo e filosofia política, mestrando em filosofia política pela
Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) – Paraná – Brasil.
E-mail: valter.freitas@pucpr.br
Variável 1 2* 3* 4* 5* 6 7 8 9 10
Incompl.
X X X X X X X X X
total
Incompl.
X
parcial
Sincr.
X X X X X X X X X
epistem.
Incorre-
X X X X X X X X X
ção
Falta de
X X X X X X
fundam.
* Casos virtualmente idênticos.
54 • I Congresso Internacional de Direito Constitucional e Filosofia Política
Caso Número
REsp 541239 1
EREsp 675201 2*
AgRg no REsp 672480 3*
AgRg no Ag 886162 4*
EDcl noREsp 541.239 5*
REsp 963871 6
REsp 706769 7
REsp 296391 8
REsp 706987 9
REsp 948944 10
Referências bibliográficas
Referências bibliográficas
KELSEN, Hans. Teoria Pura do Direito. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
SAMPAIO, José Adércio Leite; SOUZA CRUZ, Álvaro Ricardo de. (Co-
ord). HERMENÊUTICA E JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL:
Estudos em Homenagem ao Professor José Alfredo de Oliveira Bara-
cho. Belo Horizonte: Delrey, 2001.
Notas
1
Teoria interpretativa de Kelsen encontra-se prevista no Capítulo VIII da
“Teoria Pura do Direito” (KELSEN, 2000).
Teorias da interpretação constitucional • 59
2
O positivismo jurídico propõe uma análise formal do Direito.
3
A perspectiva sistemática surgiu com o formalismo, apresentando o Direi-
to como uma totalidade fechada.
4
Habermas citado por Cittadino enuncia que os sujeitos capazes de lingua-
gem e ação estabelecem práticas argumentativas através da intersubjetivi-
dade (CITTADINO, 2004. p. 108).
La interpretación constitucional en contextos
multiculturales
Notas
1
Cf. Gutiérrez Gutiérrez, Ignacio (2007). “Introducción: Derecho Constitu-
cional para la sociedad multicultural”. En: Derecho constitucional para la
sociedad multicultural, Madrid: Trotta, p. 20.
2
Cf. Denninger, Erhard (2007). “Derecho y procedimiento jurídico como
engranaje en una sociedad multicultural” [Recht und rechtliche Verfahren
als Klammer in einer multikulturellen Gesellschaft]. En: Derecho constitu-
cional para la sociedad multicultural, Madrid: Trotta, pp. 37-38.
62 • I Congresso Internacional de Direito Constitucional e Filosofia Política
3
Véase: Kymlicka, Will (2001). Politics in the vernacular. Nationalis, Multi-
culturalism and Citizenship, Oxford: Oxford University Press, p. 33.
4
Ibid., pp. 34-35. Véase en ese sentido el trabajo de: Álvarez Medina, Silvina
(2014). “Los derechos humanos como valores plurales. Multiculturalismo,
cosmopolitismo y conflictos”. En: Entre Estado y Cosmópolis. Derecho y jus-
ticia en un mundo global. Madrid: Trotta, pp. 179-212. Asimismo, para un
análisis centrado en la incorporación de esta perspectiva en los criterios de
ponderación, véase: Grimm, Dieter (2007). “Multiculturalidad y derechos
fundamentales”. En: Derecho constitucional para la sociedad multicultural.
Madrid: Trotta, pp. 51-69.
5
Sobre la interpretación constitucional en contextos multiculturales, véa-
se: Álvarez Medina, S., “Los derechos humanos como valores plurales. Mul-
ticulturalismo, cosmopolitismo y conflictos”, ob., cit., pp. 179-190. Asimis-
mo, véase: Grimm, D. “Multiculturalidad y derechos fundamentales”, op.,
cit., pp. 51-69. Para una propuesta de ampliación del espectro argumental
de la discriminación indirecta, incorporando criterios interpretativos adi-
cionales (discriminación estructural y la interseccionalidad de las discri-
minaciones), véase: Añón Roig, María (2013). “Principio antidiscriminato-
rio y determinación de la desventaja”, Isonomía, N 39, pp. 127-157.
Da Hermenêutica Formal à Transacional: Estudos sobre a
pré-compreensão do intérprete
Rodrigo Farias
Graduando do quinto período da Faculdade de Direito da Universidade do
Estado do Rio de Janeiro – UERJ. Brasil. Endereço eletrônico: rvfariasuerj@gmail.
com.
Notas
1
BARROSO, Luís Roberto, Curso de Direito Constitucional Contemporâneo,
2ª Edição, Saraiva, 2009, p. 80.
2
BERNE, Eric, Análise transacional em psicoterapia, tradução de Lúcia
Helena Cavasin Zabotto, São Paulo, Summus, 1985, p. 17.
3
Idem, O que você diz depois de dizer olá? A psicologia do destino, tradução
Rosa R. Krausz, São Paulo: Nobel, 1988, p. 25.
4
Idem.
5
Ibidem., p. 27 e 28.
Interpretação Conforme e Interpretação de Acordo com
a Constituição: Precedentes do STJ e Controle Difuso de
Constitucionalidade
Notas
1
MARINONI, Luiz Guilherme. O STJ enquanto Corte de Precedentes: Recom-
preensão do Sistema Processual da Corte Suprema. São Paulo: Revista dos
Tribunais, 2013; MITIDIERO, Daniel. Cortes Superiores e Cortes Supremas:
Do Controle à Interpretação, da Jurisprudência ao Precedente. São Paulo:
Revista dos Tribunais, 2013.
2
ZAGREBELSKY, Gustavo; MARCENÒ, Valeria. Giustizia Costituzionale. Bo-
logna: Il Mulino, 2012. p. 63.
3
MITIDIERO, Daniel. Cortes..., Op. cit, p. 13-15.
4
BARROSO, Luís Roberto. Curso de Direito Constitucional Contemporâneo:
os Conceitos Fundamentais e a Construção do Novo Modelo. São Paulo: Sa-
raiva, 2009. p. 301.
5
MARINONI, Luiz Guilherme. Teoria Geral do Processo. 7ª Ed. São Paulo:
Revista dos Tribunais, 2013. p. 59.
6
MARINONI, Luiz Guilherme. Teoria..., Op. cit, p. 60.
Kelsen e a teoria da interpretação
constitucional Humpty Dumpty
Referência bibliográfica
É possível dizer que uma das objeções centrais das teorias críti-
cas do controle de constitucionalidade judicial gira em torno da acu-
sação de ser tal controle contramajoritário e, por isso, antidemocrá-
tico e ilegítimo, em especial quando se entrega aos juízes a “última”
palavra sobre declarações de direitos.
Críticos contemporâneos do controle judicial de constituciona-
lidade, sobretudo em sua manifestação “forte”, como Jeremy Waldron
e Richard Bellamy, fundamentam a acusação acima com a afirmação
de que as decisões sobre direitos envolvem escolhas morais sobre as
quais os desacordos razoáveis são inevitáveis. E, nesse sentido, acre-
ditam que não existem razões suficientes para se dizer que poucos
juízes tomariam decisões melhores do que os representantes políticos
eleitos, haja vista no seio das cortes também existir dissensos morais.
Assim, defendem que o processo político democrático-parla-
mentar possui maior legitimidade e se resulta mais eficaz do que o
processo judicial para tomar tais decisões sobre direitos e resolver tais
desacordos, em especial quando se fala em democracias razoavelmen-
te desenvolvidas. Pressupõem que apenas quando os próprios indiví-
duos participam no interior do processo democrático, por meio de
seus representantes eleitos, esses podem ser considerados como iguais,
uma vez que apenas desse modo se garantiria a igual consideração e
respeito com relação aos seus direitos e interesses (BELLAMY, 2007).
O que está por traz dessa opção pelo processo parlamentar, segun-
do Waldron (2006), é a opção por razões de processo em detrimento
de razões de resultado. Para o impasse da inevitável existência de de-
Teorias da interpretação constitucional • 73
Referências
WALDRON, Jeremy. The Core of the Case Against Judicial Review. The
Yale Law Journal, v. 115, 2006.
ça: é esse compromisso que faz com que a teia seja costurada de um
jeito e não de outro. Tal compromisso se basearia em uma promessa
de justiça e precisaria transcender a vontade das partes e mesmo com-
promissos legais fugazes, precisando se basear em pressuposições mo-
rais profundas, como nos acordos materializados numa Constituição
e na filosofia política e moral que a embasa.
Contudo, ao contrário do que ocorre no trabalho de Hércules,
esse compromisso de justiça não precisa ser vinculado a um liberalis-
mo individualista, assim como não precisa negar essa possibilidade.
A escolha e fidelidade a uma construção de justiça possível dentre
muitas passa a ser então parte integrante da atividade judicial, as-
sim como da avaliação dessa atividade pela sociedade, que deve ser
constante, por ser essa sociedade também a portadora dessa noção
de justiça que os tribunais devem efetivar, tendo os juízes como seus
emissários e não aqueles que a impõem de fora e de cima.
Hermenêutica filosófica e sua contribuição para a
jurisdição constitucional
Referencial bibliográfico
ALEXY, Robert. Sistema jurídico e razão prática. In: ALEXY, Robert. Di-
reito, razão, discurso: estudos para a filosofia do direito. Tradução de
Luís Afonso Heck. Porto Alegre: Livraria do Advogado Editora, 2010.
Notas
1
Magistrado ponente Dr. JAIME CÓRDOBA TRIVIÑO.
Derrotabilidade: Perspectivas a cerca de um novo nível de
interpretação jurídica
Notas
1
DWORKIN, Ronald. O Império do Direito. Tradução de Jefferson Luiz Ca-
margo. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
2
BUSTAMANTE, Thomas da Rosa de. Argumentação contra legem: a teoria
do discurso e a justificação jurídica nos casos mais difíceis. Rio de Janeiro:
Renovar, 2005.
A legitimidade metodológica da extensão material dos
direitos fundamentais
Referências bibliográficas
ALEXY, Robert. Sistema jurídico e razão prática. In: ALEXY, Robert. Di-
reito, razão, discurso: estudos para a filosofia do direito. Tradução de
Luís Afonso Heck. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2010.
KELSEN, Hans. Teoria pura do direito. trad. João Baptista Machado. 6. ed.
São Paulo: Martins Fontes, 1988.
STRECK, Lenio Luiz. Hermenêutica jurídica e(m) crise: uma exploração herme-
nêutica da construção do Direito. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2011.
Referências bibliográficas
CNJ divulga dados sobre nova população carcerária brasileira. Disponível em <
http://www.cnj.jus.br/noticias/cnj/28746-cnj-divulga-dados-sobre-nova-
-populacao-carceraria-brasileira>. Visualizado em 07 de Agosto de 2014.
Notas
1
Alexy mostra que a regra é um “mandamento definitivo” (ALEXY, 2011, p.
85), realizáveis em sua totalidade ou não, ou seja, deve-se fazer exatamente
o que ela dispõe, já que ela contém “determinações no âmbito daquilo que
é fática e juridicamente possível” (ALEXY, 2014, p. 91), e que o princípio é
um “mandamento de otimização” (ALEXY, 2014, p. 90), normas que defi-
nem algo que deve ser realizado na maior medida possível.
2
Alexy sustenta este argumento devido ao caráter histórico-cultural, mar-
cadamente visíveis nas jurisprudências alemãs bem como na própria Carta
Magna deste país. A primeira norma da dignidade humana é uma regra, que
em razão de seu forte vínculo com a moral e, portanto, com a pretensão à
correção de modo que podem ser consideradas indissociáveis (ALEXY, 2011,
p. 154), apresenta uma maleabilidade semântica, que será trabalhada e solu-
cionada pela segunda após o sopesamento, e permitirá que esta sempre seja
cumprida em sua totalidade (inclusive nos casos que o princípio da dignida-
de sofrer redução por outro princípio colidente) (ALEXY, 2014, p. 112-114).
3
Todo este tripé-fundamento do direito e do agir jurídico, que pode ser “di-
vidido” para fins didáticos, ocorre, conjuntamente, e não, necessariamente,
em uma relação de igual influência.
4
A validade social caracterizada pela influência que o Direito e os agen-
tes jurídicos exercem nas demais estruturas sociais diante da passagem do
“dever ser” para o “ser” (ALEXY, 2011, p. 151-155).
5
Sendo por esse mesmo pressuposto lógico necessário, para a ciência ju-
rídica, estabelecer bases racionais para se pensar os aspectos morais pre-
sentes no Direito, tal base é a teoria dos princípios exposta acima.
É importante deixar claro que para Alexy não é assunto para a ciência do di-
reito definir o que é o aspecto moral, pelo contrário, tendo em vista a preten-
são à correção o que deve reinar entre os princípios é o sopesamento. Aliás,
não há bases racionais para garantir que os princípios sejam completamen-
te racionalizados (ALEXY, 2014, p. 155-157). Coloca-se assim para além de
qualquer consideração possível teorias intuicionistas, como a de Max Sche-
102 • I Congresso Internacional de Direito Constitucional e Filosofia Política
Miguel G. Godoy
Doutorando em Direito do Estado pela Universidade Federal do Paraná
(UFPR), Brasil. Visiting Researcher na Harvard Law School. Pesquisador-
bolsista do CNPQ. Membro e Pesquisador do Núcleo “Constitucionalismo e
Democracia: Filosofia e Dogmática Constitucional Contemporâneas” da UFPR.
E-mail: miguelggodoy@hotmail.com.
Notas
1
DWORKIN, Ronald. 2006. Direito da liberdade: a leitura moral da Consti-
tuição norte-americana. São Paulo: Martins Fontes.
2
WALDRON, Jeremy. 2006. The Core of the Case Against Judicial Review. v.115.
The Yale Law Journal e MENDES, Conrado Hübner. 2007. Controle de Constitu-
cionalidade e Democracia. São Paulo e Rio de Janeiro: Campus Elsevier.
3
DWORKIN, Ronald. 1999. O Império do Direito. São Paulo: Martins Fontes.
4
Destaque sobre uma concepção de deliberação mais próxima da proposta aqui
discutida - ver em: MENDES, Conrado Hübner. 2013. Constitutional Courts and
Deliberative Democracy. Oxford: oxford university press. – Ver também: HABER-
MAS, Jürgen. 1995. Três modelos normativos de democracia. Lua Nova. n.36.
5
TUSHNET, Mark. 2006. Weak-form Judicial Review and “Core” Civil Liber-
ties. Georgetown Law Faculty publications and other works.
6
GHOSH, Eric. 2010. Deliberative Democracy and the Countermajoritarian
Difficulty: Considering Constitutional Juries. Oxford J Legal Studies.
Dissenso e democratização do controle de
constitucionalidade: fundamentos para o diálogo
institucional a partir de Carl Schmitt e Chantal Mouffe
Notes
1
Institute for Democracy and Electoral Assistance, [I.D.E.A], CONSTITU-
TION-BUILDING AFTER CONFLICT: EXTERNAL SUPPORT TO A SOVER-
EIGN PROCESS, 8, [2011].
2
Michele Brandt, Jill Cottrell, Yash Ghai, and Anthony Regan, CONSTITU-
TION-MAKING AND REFORM, iv, [2011]. In contrast, Jennifer Widner, CON-
STITUTION WRITING IN POST-CONFLIC SETTINGS: AN OVERVIEW, 49 Wm.
& Mary L. Rev. 1513, [2008]. She points out “During the past forty years, over
200 new constitutions have merged in countries at risk of internal violence”.
3
Tom Ginsburg, Zachary Elkins, and Justin Blount, DOES THE PROCESS OF
CONSTITUTION-MAKING MATTER? Annu. Rev. Law Soc. Sci., 5, [2009].
4
Jon Elster, FORCES AND MECHANISMS IN THE CONSTITUTION-MAKING
PROCESS, 45 Duke Law Journal, 368, [1995].
5
Elster, supra note 4, at 364.
6
See generally, Elster, supra note 4. Andrew Arato, FORMS OF CONSTITU-
TION MAKING AND THEORIES OF DEMOCRACY (1995). Cardozo Law Re-
view, Vol. 17, [1995-1996]. Angela Banks, EXPANDING PARTICIPATION IN
CONSTITUTION MAKING: CHALLEGES AND OPPORTUNITIES. 49 Wm. &
Mary L. Rev. [2008].
7
See generally, Institute for Democracy and Electoral Assistance, [I.D.E.A], supra
note 2. Widner, supra note 3. Ginsburg, Elkins, and Blount, supra note 4. Cfr. Kirs-
ty Samuels, CONSTITUTION BUILDING PROCESSES AND DEMOCRATIZATION:
A DISCUSSION OF TWELVE CASE STUDIES, [2006]. Yash Ghai and Guido Galli,
CONSTITUTIONBUILDING PROCESSES AND DEMOCRATIZATION, [2006].
8
Elster, supra note 5, at 370.
9
Peter H. Russell, CONSTITUTIONAL ODYSSEY: CAN CANADIANS BECOME
A SOVEREIGN PEOPLE?, 116, [1993] “No liberal democratic state has ac-
complished comprehensive constitutional change outside the context of some
cataclysmic situation such as revolution, world war, the withdrawal of em-
pire, civil war, or the threat of imminent breakup.”
10
Institute for Democracy and Electoral Assistance, [I.D.E.A], supra note 2, at 8.
11
Ludsin, Hallie, PEACEMAKING AND CONSTITUTIONAL-DRAFTING: A DYS-
FUNCTIONAL MARRIAGE. U. Pa. J. Int´L., 239, [2011] In this sense, Hallie
Ludsin considers that the compatibility between those tools and their goals
has been presumed, even though “deep and inherent tensions surface during
the merger of these two processes”. Given that constitution-building goals are
generally subordinated by peacemaking achievements, constitutions promul-
gated as a tool to create sustainable peace tend to design deficient governance
frameworks and poor human rights guarantees, among others. In other words,
“using constitution drafting to make peace sets up the merge process for failure”.
12
Kirsti Samuels and Vanessa Hawkins Wyeth, STATE-BUILDING AND CON-
STITUTIONAL DESIGN AFTER CONFLICT, 3, [2006]. See also, Yash Ghai,
Constitution-Building Processes and Democratization: Lessons Learned, in
DEMOCRACY, CONFLICT, AND HUMAN SECURITY: FURTHER READINGS, 234,
[2006], “Constitutions have not always functioned to promote or consolidate
122 • I Congresso Internacional de Direito Constitucional e Filosofia Política
Rene Sampar
Mestre em Filosofia Política pela Universidade Estadual de Londrina.
Especialista em Filosofia Política e Jurídica pela Universidade Estadual de
Londrina. Especialista em Direito Constitucional pelo Instituto de Direito
Constitucional e Cidadania. Professor de Direito Constitucional e Coordenador
adjunto do Curso de Direito da Faculdade Secal de Ponta Grossa-PR. Advogado.
Referências
Notas
1
KELSEN, Hans. Teoria Pura do Direito (Reine Rechtslehre). São Paulo:
Editora Wmf Martins Fontes, 2009.
2
HÄBERLE, Peter. Hermenêutica Constitucional – A sociedade aberta
dos intérpretes da constituição. Contribuição para a interpretação plu-
ralista e “procedimental” da constituição (Die offene Gesellshaft der Ver-
fassungsinterpreten. Ein Beitrag zur pluralistischen und “prozessualen”
Verfassungsinterpretation). Tradução de Gilmar de Mendes. Editora Sergio
Antonio Fabris Editor, Porto Alegre, 1997.
3
DWORKIN, Ronald. O Império do Direito (Law’s Empire). São Paulo:
Editora Wmf Martins Fontes, 2014. DWORKIN, Ronald. A justiça de Toga
(Justice in Robes). São Paulo: Editora Wmf Martins Fontes, 2010.
Restrições na liberdade em nome da igualdade:
sempre algo a se lamentar?
Notas
1
STF, HC 82.424/RS. Relator: Moreira Alves. Julgado em 17.09.2003, espe-
cialmente o voto de Gilmar Mendes, fl. 958.
2
ADI 4650, sob relatoria de Luiz Fux, em tramitação no STF. Cf. Notícia do
STF de 11.12.2013 (STF inicia julgamento de ação sobre financiamento de
campanhas eleitorais): http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDeta-
lhe.asp?idConteudo=255811&caixaBusca=N Acesso: 05.09.2014.
3
Cf. RAMOS, Pedro. Uma questão de escolhas: o debate sobre a regulação da
neutralidade da rede no Marco Civil da Internet. Anais do XXII CONPEDI, 2013.
4
Cf. TOCQUEVILLE, Alexis. Democracy in America: vol. 2. 3ª Edição. Cam-
bridge: Sever&Francis, 1863, p. 114-118, HAYEK, Friedrich. The Constitu-
tion of Liberty, Chicago: UC, 1960, p. 85-88.
5
Cf. BERLIN, Isaiah. Four essays on liberty. Oxford: OUP, 1969, p. 121-31;
WILLIAMS, Bernard. Moral Luck. Cambridge: CUP, 1981, p. 71-82.
6
DWORKIN, Ronald. Do Values Conflict? A hedgehog’s approach, Arizona
Law Review, n. 43, p. 251-259, 2001.
7
WILLIAMS, Bernard. In the beginning was the deed. Princeton: PUP, 2005, p. 75-128.
A intolerância religiosa às religiões afrodescendentes
como forma de violação ao direito à liberdade religiosa
– uma análise a luz da decisão na ação civil pública
0004747-33.2014.4.02.5101
Notas
1
Souza, Marcelo Gustavo Andrade de; Konder, Leandro. Tolerar é pouco?
Por uma filosofia da Educação a partir do conceito de tolerância, Rio
deJaneiro, 2006. 315p. Tese de Doutorado – Departamento de Educação,
Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro.
2
“É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabe-
lecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funciona-
mento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência
ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público.”
3
“Toda pessoa tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião;
este direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de
manifestar essa religião ou crença, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pela
observância, isolada coletivamente, em público ou em particular”.
4
A decisão na íntegra pode ser encontrada no seguinte endereço eletrôni-
co: http://s.conjur.com.br/dl/decisao-negou-retirada-videos.pdf
O filtro da razão pública rawlsiana no debate entre
seculares e religiosos
Notas
1
O texto toma como referência basicamente duas obras: HABERMAS, Jür-
gen. “’The Political’ - The Rational Meaning of a Questionable Inheritance
of Political Theology” In BUTLER, Judith; HABERMAS, Jürgen; TAYLOR,
Charles; WEST, Cornel. The Power of Religion in the Public Sphere e RAW-
LS, John. “A ideia de razão pública” In RAWLS, John. Liberalismo Político.
São Paulo: Editora Ática. 2000.
142 • I Congresso Internacional de Direito Constitucional e Filosofia Política
Thais Fernandes
Advogada autônoma e associada da ANDHEP - Associação Nacional de
Direitos Humanos, Pesquisa e Pós-Graduação. Pós-Graduanda em Direito e
Processo Civil pelo Centro Universitário Salesiano de São Paulo U.E Lorena.
Graduada em direito pelo Centro Universitário Salesiano de São Paulo U.E
Lorena. thaisfernandes1234@gmail.com.
Tatiane Munhoz
Graduanda em direito pelo Centro Universitário Salesiano de São Paulo
U.E Lorena. Membro associado da ANDHEP - Associação Nacional de Direitos
Humanos, Pesquisa e Pós-Graduação. sun_munhoz@hotmail.com
Resumo
Objetivos
Metodologia
Introdução
Considerações finais
Referências
SILVA, Virgílio Afonso da. Princípios e regras: mitos e equívocos acerca de uma
distinção. Revista Latino-Americana de Estudos Constitucionais, 2003.
STRECK, Lenio Luiz. Hermenêutica jurídica e(m) crise – Uma exploração herme-
nêutica da construção do direito. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 1999.
“Hate Speech” e Estado Democrático de Direito: breves
considerações acerca da limitação à liberdade de expressão
Referências bibliográficas
Clarissa Gross
Doutoranda em Direito na Faculdade de Direito da Universidade de São
Paulo. Mestre em Direito e Desenvolvimento pela Faculdade de Direito de São
Paulo da Fundação Getulio Vargas. Brasil.
Endereço eletrônico: grossclarissa@yahoo.com.br.
Notas
1
Os argumentos de Devlin se encontram em palestras publicadas em DEVLIN,
Lord. The Enforcement of Morals. New York: Oxford University Press, 1965. O
magistrado foi provocado à reflexão em função da necessidade de realizar pa-
lestra na área de teoria do direito, tendo selecionado enquanto tema de par-
tida de sua exposição o argumento teórico avançado no relatório do Comitê
Wolfenden, de 1957, comissão inglesa formada para discutir a legislação con-
cernente a prostituição e a crimes relacionados ao comportamento sexual.
2
Ressalta-se que Devlin reconhece que o fato de o arranjo normativo po-
sitivo de determinada sociedade não refletir um determinado argumento
teórico não indica, por si só, a falta de pertinência ou correção do referido
argumento teórico. O argumento teórico pode pretender a modificação das
instituições existentes se essas não se mostram teoricamente sólidas.
3
HART, Herbert L. A.. Law, liberty and morality. Stanford: Stanford University
Press, 1963.
4
Exploramos, em especial, DWORKIN, Ronald. Lord Devlin and the enfor-
cement of morals. Yale Law Journal. v. 75, p. 986 - 1005, 1966.
O ensino religioso nas escolas públicas
Referências
Referências:
como se trata a outra. Por óbvio, isso não significa que nenhum tipo
de discurso possa ser regulado ou proibido: significa apenar que não
se pode tratar o discurso como se trata o chumbo.
Notas
1
Este resumo decorre da minha pesquisa de mestrado, que culminou em
dissertação intitulada “O liberalismo igualitário de Ronald Dworkin: o caso
da liberdade de expressão”, defendida na Faculdade de Direito da USP em
10.02.2014 em banca composta pelo orientador, prof. Ronaldo Porto Macedo
Júnior, e pelos professores Rafael Mafei Rabelo Queiroz e Júlio César Casarin
Barroso Silva, a quem agradeço pela presença na banca e pelas sugestões fei-
tas; agradeço também aos professores Samuel Rodrigues Barbosa e José Rei-
naldo de Lima Lopes pela presença e sugestões feitas na banca de qualificação
(e fora dela). A minha pesquisa de mestrado foi financiada pela FAPESP, pro-
cesso 2011/15618-4, Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo
(FAPESP). Reconheço e agradeço o financiamento da Fundação. “As opiniões,
hipóteses e conclusões ou recomendações expressas neste material são de
responsabilidade do(s) autor(es) e não necessariamente refletem a visão da
FAPESP”. Pelo apoio, conversas, sugestões, revisões etc. agradeço à Renata do
Vale Elias, à Luciana Silva Reis, ao Yuri Corrêa da Luz, ao Pablo Antônio Lago,
ao Artur Péricles e ao Rodrigo Belda. Agradeço em especial ao prof. Ronaldo
Porto Macedo Jr. pela orientação e aos participantes dos grupos de estudo que
o professor tem realizado nos últimos anos na Faculdade de Direito da USP. Re-
produção completa dos agradecimentos da dissertação é inviável pelo espaço
que ocupam, mas fico à disposição por e-mail.
2
Jeremy Waldron, The Harm in Hate Speech. Cambridge (Mass.): Harvard
University Press, 2012.
3
Waldron, The Harm in Hate Speech, op. cit., pp. 96-7.
4
Waldron, The Harm in Hate Speech, op. cit., p. 97, traduzi, itálicos de Wal-
dron (no original, “unless someone can show that my automobile causes
lead poisoning with direct detriment and imminent harm to the health of
assignable individuals”, p. 97, itálicos no original).
5
Nas palavras do autor, um esquema que trabalhe com a ideia de que “(...)
the tiny impacts of millions of actions—each apparently inconsiderable in
itself—can produce a large-scale toxic effect that, even at the mass level,
operates insidiously as a sort of slow-acting poison, and that regulations
have to be aimed at individual actions with that scale and that pace of
causation in mind”, Waldron, The Harm in Hate Speech, op. cit., p. 97.
Liberdades democráticas e suas restrições • 173
6
Ronald Dworkin. “Que direitos temos?” in Levando os Direitos a Sério. Tra-
dução Nelson Boeira. Revisão da tradução Silvana Vieira. São Paulo: Mar-
tins Fontes, 2001; no original, Ronald Dworkin. “What Rights Do We Have?”
in Taking Rights Seriously. London: Gerald Duckworth & Co. Ltd, 2005 (ter-
ceira impressão), publicado inicialmente em 1977.
7
Ronald Dworkin. “O lugar da liberdade” in A virtude soberana: teoria e
prática da igualdade. Tradução Jussara Simões; revisão técnica e da tra-
dução Cícero Araújo e Luiz Moreira. São Paulo: Martins Fontes, 2005; no
original, Ronald Dworkin. “The Place of Liberty” in Sovereign Virtue: The
Theory and Practice of Equality, Cambridge/London: Harvard University
Press, 2001 (terceira impressão).
8
Veja nota acima e também Ronald Dworkin “Levando os Direitos a Sério”
in Levando os direitos a sério, op. cit.; para o original, veja “Taking Rights
Seriously” in Taking Rights Seriously, op. cit..
9
Ronald Dworkin. Justiça para Ouriços. Tradução Pedro Elói Duarte, Revi-
são Joana Portela, Coimbra: Almedina, 2012, caps. 9 e 17; no original, Ron-
ald Dworkin. Justice for Hedgehogs, London/Cambridge: The Belknap Press
of Harvard University Press, 2011, caps. 9 e 17. Veja ainda Ronald Dworkin,
“Por que a liberdade de expressão?” in O direito da liberdade: a leitura mo-
ral da Constituição norte-americana. Tradução Marcelo Brandão Cipolla,
revisão técnica Alberto Alonso Muñoz. São Paulo: Martins Fontes, 2006; no
original, Ronald Dworkin, “Why Must Speech be Free?” in Freedom’s law:
the moral reading of the American Constitution. Cambridge (Mass.): Har-
vard University Press, 1996.
10
Ronald Dworkin “Levando os Direitos a Sério” in Levando os direitos a sé-
rio, op. cit., p. 293; para o original, veja “Taking Rights Seriously” in Taking
Rights Seriously, op. cit., pp. 191.
11
Ronald Dworkin, “Levando os Direitos a Sério”, op. cit., esp. pp. 289-90,
310; no original, veja “Taking Rights Seriously”, op. cit., esp. p. 188, 202.
12
Ronald Dworkin, “Devaluing Liberty”. Index on Censorship, 1988, 17: 7.
13
Ronald Dworkin “Casos difíceis” em Levando os direitos a sério, op. cit.,
pp. 141 e ss.; no original, Ronald Dwrokin “Hard Cases” in Taking Rights
Seriously, op. cit., pp. 90 e ss.. Veja ainda Ronald Dworkin, “Temos direito à
pornografia?”, “O caso Farber: repórteres e informantes” e “A imprensa está
perdendo a Primeira Emenda?”, os três em Uma questão de princípio. 2ª
Ed. Tradução Luís Carlos Borges. Revisão técnica Gildo Sá Leitão Rios. São
Paulo: Martins Fontes, 2005; para o original, Ronald Dworkin, “Do We Have
a Right to Pornography?”, “The Farber Case: Reporters and Informers” e “Is
the Press Losing the First Amendment?”, os três em A Matter of Principle.
London/Cambridge(Massachusetts): Harvard University Press, 1985. Veja
ainda Ronald Dworkin, “Devaluing Liberty”, op. cit.
Liberdade de expressão e democracia: pluralismo e justiça
nas sociedades contemporâneas
Notas
1
Gilmar Ferreira Mendes, “O papel do Senado Federal no controle de constitu-
cionalidade: um caso clássico de mutação constitucional,” Revista de informação
legislativa, v. 41, n. 162, abr./jun. (2004): 164-165, acessado em 05 de outubro de
2014. Disponível em: < http://www2.senado.leg.br/bdsf/item/id/953>.
184 • I Congresso Internacional de Direito Constitucional e Filosofia Política
2
Cruz, Álvaro Ricardo de Souza; Meyer, Emilio Peluso Neder; Rodrigues,
Eder Bomfim. Desafios Contemporâneos do Controle de Constitucionalidade
no Brasil. (Belo Horizonte: Arraes Editores, 2012), 117.
3
Streck, Lenio Luiz; Cattoni de Oliveira, Marcelo Andrade; Lima, Martonio Mont’
Alverne Barreto. “A nova perspectiva do Supremo Tribunal Federal sobre o con-
trole difuso: mutação constitucional e limites da legitimidade da jurisdição cons-
titucional.” Jus Navigandi, Teresina, ano 12, n. 1498, 8 ago. (2007). Acesso em 05
de outubro de 2014. Disponível em: <http://jus.com.br/artigos/10253>.
4
“In a system of strong judicial review, courts have the authority to decline
to apply a statute in a particular case (even though the statute on its own
terms plainly applies in that case)” Jeremy Waldron, “The core of the case
against judicial review,” The Yale Law Journal (2006): 1354.
5
Waldron, Jeremy. Law and Disagreement. (New York: Oxford University
Press, 1999), 302.
6
Thomas Bustamante e Evanilda de Godoi Bustamante, “Constitutional
Courts as ‘negative Legislators’: The Brazilian Case.” Colombia: Revista Jurí-
dica Piélagus (2010), 151.
7
Montesquieu. Do Espírito das Leis. Tradução de Jean Mellville. (São Paulo:
Martin Claret, 2007), 166.
Julgando pelas consequências: o pragmatismo cotidiano
de Richard Posner e sua influência no processo de tomada
de decisões judiciais
Notas
1
POSNER, Richard A. Law, Pragmatism and Democracy. Cambridge: Har-
vard University Press, 2003.
2
POSNER, Richard A. Problemas de Filosofia do Direito. Tradução de Jeffer-
son Luiz Camargo. São Paulo: Martins Fontes, 2007.
3
HERDY, Rachel. O Pragmatismo Jurídico “levado a sério”. Boletim CEDES
[on-line], Rio de Janeiro, outubro/novembro de 2008, pp. 15-23. Acessado
em 18.11.2013. Disponível em http://cedes.iuperj.br ISSN:1922-1522, p. 19.
O pragmatismo, o Supremo Tribunal Federal e o amianto
Vinícius Klein
Doutor em Direito pela UERJ, Doutor em Economia pela UFPR, Filiação:
Universidade Federal do Paraná, Brazil, viniciusklein78@yahoo.com.br.
References
Notas
1 MACCORMICK; SUMMERS, 1991, p. 496-508.
2 SUMMERS, 2000, pp. 321-358.
3 MACCORMICK, 2009, pp.103-104.
4 SCHUARTZ, 2009, p. 149.
5 MACCORMICK, p. 120.
6 SUNSTEIN, 1996, pp. 35-38.
O princípio da eficiência na efetividade dos direitos sociais:
a inaplicabilidade da análise econômica para as
decisões judiciais
Notas
1 Cf. Humberto Henderson, “Los tratados internacionales de derechos hu-
manos en el orden interno: la importancia del principio pro homine”, in:
Revista IIDH, v. 39, 2004, pp. 71-99. No Brasil, por todos: Valério de Oliveira
Mazzuoli,”O controle jurisdicional da convencionalidade das leis: o novo
modelo de controle da produção normativa doméstica sob a ótica do ‘diá-
logo das fontes’”, in: Revista Argumenta UENP, v. 15, 2011, pp. 77-114.
2 Cf. Christian Calliess, Rechtsstaat und Umweltstaat: Zugleich ein Beitrag
zur Grundrechtsdogmatik im Rahmen mehrpoliger Verfassungsverhältnis-
se. Tübingen: Mohr Siebeck, 2001, p. 258; Dieter Grimm, “The Protective
Function of the State”, in: G. Nolte (ed.). European and US Constitutionalism.
New York: Cambridge, 2005, pp. 137-155 (149).
Constitucionalismo e diálogo institucional: uma análise
dos limites pragmáticos e normativos da noção de
ativismo judicial.
Referências bibliográficas
WALDRON, J. 1999. Law and Disagreement. New York: Oxford University Press.
fazê-lo, sem uma análise de validade, por passarem por uma análise de
legitimidade, o que remete à estrutura da norma fundamental.
Se com Kelsen aprendemos que uma norma só é válida porque uma
norma anterior e supra jurídica a concedeu legitimidade (no sentido de
validade, que o mesmo usa), para considerarmos sua construção da for-
ma completa, temos que perceber que nos princípios o mesmo ocorre,
porém com a definição no sentido de justificação no caso prático.
Michele Carducci
Profesor ordinario de Derecho Constitucional Comparado, Centro
Didáctico Euroamericano sobre Políticas Constitucionales, Universidad del
Salento, Lecce, Italia, michele.carducci@unisalento.it.
Notas
1
A abordagem do Direito Muçulmano em si é abordada com base nas se-
guintes obras: Hallaq, Wael B. An introduction to Islamic Law. Cambridge,
New York: Cambridge University Press, 2009. Afsah, Ebrahim. Constitution-
-Making in Islamic Countries – A Theoretical Framework. In: Constitution-
-Making in Islamic Countries: Between Upheaval and Continuity, ed. by Rai-
ner Grote and Tilmann Röder Oxford: Oxford University Press, 2010. Ahamed,
Farrah. Personal Autonomy and the Option of Religious Law. Oxford Student
Legal Research Paper Series Paper number 12/2011. October – 2011.
A aprovação da Lei Geral da Copa e a suspensão de
direitos: entrelaçamentos e interferências transnacionais
na ordem constitucional
Referências
¹NEVES, Marcelo. Transconstitucionalismo. São Paulo: Martins Fontes, 2009. p. 26-27.
Notas
1
PIOVESAN, Flávia. Direitos Humanos e o Direito Constitucional Internacio-
nal. 9ª Ed., São Paulo: Saraiva, 2008. p. 30.
2
CANÇADO TRINDADE, Antônio Augusto. Direito Internacional e Direi-
to Interno: sua Interação na Proteção dos Direitos Humanos. Disponível em:
<http://www.pge.sp.gov.br/centrodeestudos/bibliotecavirtual/instrumentos/in-
trod.htm>. Acesso em 3 out 2014.
3
PIOVESAN, Flávia. Direitos Humanos e o Direito Constitucional Internacio-
nal. 9ª Ed., São Paulo: Saraiva, 2008. p. 56.
4
MAZZUOLI, Valério de Oliveira. O Controle Jurisdicional da Convenciona-
lidade das Leis. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2011. p. 50-51.
5
CARVALHO, Kildare Gonçalves. Direito Constitucional. Belo Horizonte:
DelRey, 2010. p. 317.
6
O Min. Celso de Mello entende que estes tratados gozam de estatura ma-
terialmente constitucional: BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Habeas Cor-
pus nº 87585-8/TO, Relator Min. Marco Aurélio, Tribunal Pleno, julgado em
03/12/2008, DJ 25-06-2009. Voto-vista do Min. Celso de Mello. Para Flávia
Piovesan, são normas material e formalmente constitucionais: PIOVESAN,
Flávia. Direitos Humanos e o Direito Constitucional Internacional. 9ª Ed., São
Paulo: Saraiva, 2008. p. 72-74.
As constituições democráticas em face de um
constitucionalismo global
Bibliografia preliminar:
Notas
1
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. Recurso Extraordinário nº 80.004. Rel.
Min. Xavier de Albuquerque. Publicação em 1º de junho de 1997.
Os conflitos de nossa época e a exigência de uma
orientação ético-política universal
Notas
1
Andreas Fischer-Lescano e Gunther Teubner, “Regime-Collisions: The
Vain Research for Legal Unity in the Fragmentation of Global Law”, Michi-
gan Journal of International Law 25 (2004): 999-1046.
2
Christian Joerges, “The Idea of a Three-Dimensional Conflicts Law
as Constitutional Form”, in ed. Christian Joerges and Ernst-Ulrich Pe-
tersmann, Constitutionalism, multilevel trade governance and interna-
tional economic law (Oxford and Portland: Hart Publishing, 2011).
3
Em especial Jacco Bomhoff, “The constitution of the conflict of laws”,
Law Society and Economy Working Paper Series, WP4/2014, Lon-
don School of Economics and Political Science; Horatia Muir Watt,
“Private International Law Beyond the Schism”, Transnational Legal
Theory 2.3 (2011): 347-428; Robert Wai, “Conflict and comity in trans-
national governance : Private international law as mechanism and meta-
phor for transnational social regulation through plural legal regimes”, in
ed. Christian Joerges and Ernst-Ulrich Petersmann, Constitutionalism,
multilevel trade governance and international economic law (Oxford
and Portland: Hart Publishing, 2011).
Constitucionalismo global, cortes e o exercício de
autoridade pública internacional: redefinindo as bases de
legitimidade do direito internacional contemporâneo?
Referências bibliográficas
Introdução
Desenvolvimento
Resultados e discussões
Considerações finais
penal, é retirar desses indivíduos essa proteção, e por ter esse caráter,
é possível dizer que se trata de uma garantia individual, e dessa forma
uma clausula pétrea, então devendo ser mantida ainda que grande par-
te da população seja contrária, por possuir eficácia contramajoritária.
Referências
ser pequenos passos sem expressão. Entretanto, a nível local bem como
na perspectiva dos presos que foram libertos e dos que ainda serão devido
a essas práticas, esses mutirões restauraram-lhes a dignidade e o direito de
imensurável importância como é a liberdade de ir e vir.
A ação do segundo mutirão de Habeas Corpus aconteceu no
Complexo Penal de Feira de Santana e realizou vários atendimentos e
também foram feitas várias petições que foram encaminhadas para o
Tribunal de Justiça do Estado. Entre os presos provisórios para os quais
foram feitas as petições de Habeas Corpus, o tempo excessivo da prisão
provisória era a situação mais comum. Embora esse remédio constitu-
cional que foi utilizado seja tratado no espaço reservado aos recursos
no Código de Processo Penal, a principal natureza jurídica do instituto
é de ação constitucional. Trata-se da invocação de tutela jurisdicional
estatal no sentido de promover direito expresso na Lei Maior nacional
contra aplicação erronia da lei, prisão ilegal, atos administrativos pra-
ticados por quaisquer agentes, além de outros casos onde seja atingido
injustificadamente o direito de ir, vir e permanecer do indivíduo.
Esses mutirões cumpriram sem dúvida esse papel importante. As
ações promovidas pela Defensoria Pública têm que se tornar um exemplo a
ser seguido em muitas comarcas espalhadas pelo país, que certamente lidam
com situações semelhantes às encontradas em Feira de Santana- Bahia.
A constitucionalização da execução penal: perspectivas de
estudo e operacionalidade da disciplina jurídica a partir de
uma interpretação constitucionalizada.
Notas
1
A LEP (Lei de Execução Penal) entrou em vigor em 11 de Julho de 1984, ou
seja em outro contexto político e social. Dessa feita, urge imprescindível veri-
ficarmos a compatibilidade da novel legislação com a Constituição de 1988.
2
ROMANO, Santi. Principios de Direito Constitucional Geral. São Paulo:
Editora Revista dos Tribunais, 1977, trad. De Maria Helena Diniz. p.3.
Soberania e Indecisão; notas sobre a crítica de Schmitt à
Constituição de Weimar
Notas
1
SCHMITT, Carl. Politische Theologie. Berlin: Duncker & Humblot, 2004. p.13.
2
BERCOVICI, Gilberto. Constituição e Estado de Exceção Permanente. Rio de
Janeiro: Azougue Editorial, 2004. p. 65-66.
3
JACOBSON, Arthur J. SCHLINK, Bernhard. Weimar: A Jurisprudence of Cri-
ses. Berkeley and Los Angeles: University of California Press, 2002. p. 283.
(Tradução do autor).
A pretensão do plebiscito para uma Constituinte exclusiva
e soberana sobre reforma política
Notas
1
NEGRI, Antonio. O poder constituinte: ensaio sobre as alternativas da
modernidade. Rio de Janeiro: DP&A, 2002, p.7.
2
NEGRI, Antonio. O poder constituinte: ensaio sobre as alternativas da
modernidade. Rio de Janeiro: DP&A, 2002, p. 444.
3
Id., 2002, p. 39-40.
4
Id., 2002, p. 459.
5
MÜLLER, Friedrich. Fragmento (sobre) o Poder Constituinte do Povo.
São Paulo: Revista dos Tribunais, 2004, p. 26-27.
6
MÜLLER, Friedrich. Fragmento (sobre) o Poder Constituinte do Povo.
São Paulo: Revista dos Tribunais, 2004, p.35-36.
7
Id., 2004, p.53.
O controle de constitucionalidade no
Brasil e os modelos clássicos
Referências Bibliográficas:
Notas
1
Organizado sob a lógica do “enchameamento virtual” explicada pelo so-
ciólogo Rudá Ricci e antropólogo Patrick Arley no livro: “Nas ruas: a outra
política que emergiu em junho de 2013”.
2
Disponível em: http://bibliotecadigital.fgv.br/dspace/handle/10438/6618.
Acesso em 29 de setembro de 2014.
O Judicial Review e o Ativismo Judicial da
Suprema Corte Americana
Katya Kozicki
Professora titular da Pontifícia Universidade Católica do Paraná e professora
associada da Universidade Federal do Paraná, programas de graduação e pós-
graduação em Direito. Brasil. Pesquisadora (bolsista de produtividade em
pesquisa) do CNPq. Mestre e Doutora pela UFSC. Visiting researcher associate
no Centre for the Study of Democracy, University of Westminster, Londres,
1998-1999. Visiting research scholar, Benjamin N. Cardozo School of Law, Nova
York, 2012-2013.. kkozicki@uol.com.br
Notas
1 Neste sentido ver WELLINGTON, Harry H., “in” BICKEL, Alexander M. The
Least Dangerous Branch: The Supreme Court at the Bar of Politics. 2nd ed.
New Haven: Yale University Press, 1986, Foreword, p.xi. “It is a premise
we deduce not merely from the fact of a written constitution but from the
history of the race, and ultimately as a moral judgment of the good soci-
ety, that government should serve not only what we conceive from time to
time to be our immediate material needs bus also certain enduring values.
This in part is what is meant by government under law. But such values do
Ativismo judicial e comportamento judicial • 333
not present themselves ready-made. They have a past always, to be sure, but
they must be continually derived, enunciated, and seen in relevant applica-
tion”. “And Bickel believed the Supreme Court was ‘the institution of our gov-
ernment’ best equipped ‘to be the pronouncer and guardian of such values’.
“É uma premissa que nós deduzimos não apenas do fato de uma constitui-
ção ser escrita, mas pela história da raça humana e principalmente como um
julgamento moral de uma boa sociedade, a de que o governo deveria prover
os cidadãos não somente daquilo que concebemos de tempos em tempos ser
nossos bens necessários, mas também de alguns valores duradouros. Isto é
em parte o que se entende governar segundo a lei. Mas alguns desses valores
não estão prontos por si só. Eles sempre têm um passado, por certo, mas
precisam continuamente ser derivados, enunciados, e vistos em aplicações
relevantes’. E Bickel acreditava que a Corte Suprema era a ‘instituição do go-
verno melhor equipada para declarar e proteger esses valores.”
2
Cf. FAVOREU, Louis. As Cortes Constitucionais, São Paulo, Landy Editora, 2004,
p. 18 et. seq.; e CAPPELLETTI, Mauro. O controle judicial de constitucionalidade
das leis no direitos comparado, Porto Alegre, Fabris, 1984, p. 116 et. seq.
3
O papel criativo que se defenderá no presente estudo é aquele proposto
por Dworkin, ou seja, não se trata de papel criador ou discricionário, mas
de buscar nos princípios constitucionais a resposta certa. A criatividade
da interpretação judicial ocorre “pelo fato de impor um propósito, uma
justificativa para o texto legal ou a tradição que está sendo interpretada.
O juiz não é livre para criar direito, pois sempre haverá um instrumento
do qual ele pode se servir – os princípios políticos constitutivos daquela
comunidade – para julgar o caso concreto e o qual afasta a possibilidade
da discricionariedade judicial.” (KOZICKI, Katya. Conflito e estabilização:
comprometendo radicalmente a aplicação do direito com a democracia nas
Sociedades Contemporâneas, Tese de Doutorado, Universidade Federal de
Santa Catarina, Florianópolis, 2000, p. 189.)
4
Tendo em vista o aparente caráter filosófico-abstrato e declamatório das
Declarações francesas e, por conseguinte, de seus direitos fundamentais,
afirmava-se a superioridade moral dos direitos, não se garantindo, porém
a sua eficácia e efetividade no plano jurídico, tendo, inclusive, escrito Ge-
orge Jellinek que: “sem a América, sem as constituições dos seus diversos
Estados, talvez tivéssemos uma filosofia de liberdade, mas nunca teríamos
uma legislação que garantisse a liberdade”(JELLINEK, G., apud VIEIRA DE
ANDRADE, José Carlos. Os Direitos Fundamentais na Constituição Portugue-
sa de 1976, 2. ed. Coimbra: Almedina, 2001, p. 21.)
5
DICKSON, Brice. Judicial Activism in The House of Lords 1995 -2007 In:
DICKSON, Brice. Judicial Activism in Common law Supreme Courts. Oxford
University Press, New York, 2007, p. 367.
334 • I Congresso Internacional de Direito Constitucional e Filosofia Política
6
Christopher WOLFE define o ativismo judicial convencional como aquele
no qual “judges ought to decide cases, not avoid them, and thereby use
their Power broadly to further justice- that is, to protect human dignity –
especially by expanding equality and personal liberty. Activist judges are
committed to provide judicial remedies for a wide range of social wron-
gs and to use their power, especially the power to give content to general
constitutional guarantees, to do so.” The Rise of Modern Judicial Review:
from constitutional interpretation to judge-made law. Revised edition.
Maryland: Littlefield Adams Quality Paperbacks, 1994, p. 2. Mais a frente
conclui que: “judicial activism may be defined in terms of either the rela-
tion of a judicial decision to the Constitution or the manner in which judges
exercise what is conceded to be a broadly political, discretionary power.
The definition on which I place the greater emphasis will be dissatisfying
to most contemporary constitutional scholars, who subscribe to different
conceptions of the nature of judicial power and of the evolution of judicial
review in American history.” Ibidem, p. 31.
7
“Our constitutional system rests on a particular moral theory, namely that
men have moral rights against the state. The difficulty clauses of the Bill
of Rights, like the due process and equal protection clauses, must be un-
derstood as appealing to moral concepts rather than laying down particu-
lar conceptions; therefore a court that undertakes the burden of applying
these clauses fully as law must be an activist court, in the sense that it
must be prepared to frame and answer questions of political morality”.
DWORKIN, Ronald. Taking rights seriously. Cambridge: Harvard University
Press, 1978, p. 147. Ver também: BARBOZA, Estefânia Maria de Queiroz.
Precedentes Judiciais e Segurança Jurídica: Limites e Possibilidades para a
Jurisdição Constitucional brasileira. São Paulo: Saraiva, 2014.
8
WHITTINGTON, Keith E. “Interpose your friendly hand”: Political suppor-
ts for the exercise of Judicial Review by the United States Supreme Court.
American Political Science Review, v. 99, n. 4, 2005, p. 583.
Ativismo Judicial: Fatores e Dimensões
Uma das instigantes novidades do Brasil dos últimos anos foi a virtuosa as-
censão institucional do Poder Judiciário. Recuperadas as liberdades demo-
cráticas e as garantias da magistratura, juízes e tribunais deixaram de ser um
departamento técnico especializado e passaram a desempenhar um papel po-
lítico, dividindo espaço com o Legislativo e o Executivo.4
Referências
Notas
1
BARROSO, Luís Roberto. Judicialização, ativismo judicial e legitimidade
democrática. Atualidades Jurídicas. Revista Eletrônica do Conselho Federal
da OAB. Jan / Fev 2009, n. 4. Disponível em: http://www.oab.org.br/edito-
ra/revista/0901.html.
2
SAMPAIO JUNIOR, José Herval. Ativismo judicial: autoritarismo ou cum-
primento dos deveres constitucionais. In: As novas faces do ativismo judi-
cial. Org.: FELLET, André Luiz Fernandes; PAULA, Daniel Giotti; NOVELINO,
Marcelo. JusPodium, 2011. P. 403 – 429.
3
BARROSO. Op. Cit.
4
BARROSO, Luís Roberto. Neoconstitucionalismo e constitucionalização do
Direito. Disponível em: http://jus.com.br/artigos/7547/neoconstitucio-
nalismo-e-constitucionalizacao-do-direito/2#ixzz3FJ6Doat1
5
BRAUNER, Arcênio. O ativismo judicial e sua relevância na tutela da vida.
In: As novas faces do ativismo judicial. Op. Cit. P. 597 – 624.
Ativismo judicial à luz do princípio da Separação dos
Poderes: Uma análise de seus efeitos sobre a democracia no
Brasil a partir do contraponto entre decisões do Supremo
Tribunal Federal e a atuação do Poder Legislativo1
Notas
1
Pesquisa em andamento.
The conception of judicial activism in Frederick Schauer’s
formalism and a critique
Siddharta Legale
Professor da UFJF-GV. Doutorando pela UERJ. Mestre pela UFF
Referências bibliográficas
Notas
1
Segundo os positivistas Kelsen e Hart, o juiz tem poder discricionário
para decidir, o qual é tão mais presente na medida em que certas normas
são gerais (Kelsen) ou são regras de textura aberta (Hart). Em Dworkin, a
tarefa do juiz é a de declarar um direito de alguma forma preexistente, e
não inventar um direito novo.
O papel do Supremo Tribunal Federal na construção de
uma constituição transversal: os perigos do autismo e da
expansão imperialista do direito
Referências
BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Ação Penal nº 396. Brasília: 2013c. Dis-
ponível em: <http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/prop_mos-
Ativismo judicial e comportamento judicial • 361
trarintegra;jsessionid=F182A4CC150A384300AC27C228313252.
proposicoesWeb2?codteor=1103539&filename=Tramitacao
REP+20/2013>. Acesso em: 20 jul. 2014.
RAZ, Joseph. Legal principles and the limits of law. In: COHEN, Mar-
shall (ed.). Ronald Dworkin and Contemporary Jurisprudence. Totowa,
Nova Jersey: Rowman & Allanheld, 1984.
Notes
1
See e.g. R Dworkin, A Matter of Principle (Belknap 1985), Law’s Empire
(Belknap 1986), Freedom’s Law: The Moral Reading of the American Consti-
tution (Belknap 1996), and J Waldron, Law and Disagreement (OUP 1999).
2
C Hübner Mendes, Constitutional Courts and Deliberative Democracy (OUP
2013) 130-132.
3
ibid 130.
4
G Sartori, A teoria da democracia revisitada: o debate contemporâneo (Áti-
ca 1994) 300-351.
O problema da votação seriatim e a ADPF 132
Notas
1 Projeto de Lei 8046/2010, em redação final da Câmara dos Deputados de
26 de março de 2014.
Como pensam os juízes: entre o pesadelo e o nobre sonho
Katya Kozicki
Possui graduação em Direito pela Universidade Federal do Paraná (1986) e
graduação em Ciências Econômicas pela Faculdade Católica de Administração e
Economia (1988). Mestrado em Filosofia e Teoria do Direito (1993) e doutorado
em Direito, Política e Sociedade pela Universidade Federal de Santa Catarina (2000).
Visiting researcher associate no Centre for the Study of Democracy, University of
Westminster, Londres, 1998-1999. Visiting research scholar, Benjamin N. Cardozo
School of Law, Nova York, 2012-2013. Atualmente é professora titular da Pontifícia
Universidade Católica do Paraná e professora associada da Universidade Federal do
Paraná, programas de graduação e pós-graduação em Direito. Pesquisadora (bolsista
de produtividade em pesquisa) do CNPq. kkozicki@uol.com.br.
Cláudia Toledo
Doutorado em Filosofia e Teoria do Direito (Universidade Federal de
Minas Gerais); Pós-doutorado em Filosofia do Direito (Universidade Federal de
Santa Catarina). Pós-doutorado em Filosofia do Direito (Christian-Albrechts
Universität zu Kiel, Alemanha). Professora adjunta na Universidade Federal de
Juiz de Fora, Brasil. toledo.claudia.jf@gmail.com.
Referências
Referências bibliográficas
JHERING, Rudolf Von. “The Struggle for Law”. Nova Iorque: J. J. Lalor
Editor. 1915.
Notas
1
AZAMBUJA, Darcy. Teoria geral do Estado. São Paulo: Globo, 2008, p. 325/6.
2
Nas palavras de Müller “A identidade entre a vontade do povo – como
totalidade – e de seus governantes, suportados nessa identidade, obiva-
mente, facilmente recusaria tanto os direitos das minorias como também a
necessidade de controle e de responsabilidade dos governantes”. MÜLLER,
Friedrich. Quem é o povo? A questão fundamental da democracia. São Pau-
lo: Revista dos Tribunais, 2013, p. 49.
3
HESSE, Konrad. A força normativa da Constituição. Fabris, 1991, p. 21.
4
GOLDING, William. O Senhor das Mosca. Alfaguara, 2014.
5
ZIMBARDO, Philip. O Efeito Lúcifer. Rio de Janeiro: Record, 2013, p. 310.
6
AKUTAGAWA, Ryunosuke. Rashomon e outros contos. Hedra, 2008.
Teorias contemporâneas da Democracia • 389
7
WEBER, Max. Economia e sociedade. Brasília: UNB, 2012.
8
Partindo da distinção estrutural entre regras e princípios, obter-se ia,
como efeito, um parâmetro das normas do sistema jurídico. Assum, não
bastaria que estivessem de acordo com o texto Constitucional em estrito
sense, mas também que se conforme às normas atribuídas ao texto Consti-
tucional. Por meio desse pensamento, Robert Alexy apresenta meios para
garantir a legitimidade discursiva das discussões sobre direitos fundamen-
tais. Sua ideia de pretensão à correção, portanto, justifica-se como o elo
entre o povo alemão e a instituição jurídica alemã. ALEXY, Robert. Teoria
da argumentação jurídica. Forense, 2011.
9
Rawls pretende anular os efeitos das contingências que levam os in-
divíduos a oporem-se uns aos outros dentro do agir político. Dessa forma,
ele parte do princípio de que as partes deverão estar situados em um véu
da ignorância. O artigo demonstra que esse véu da ignorância é o fator de
percepção dos indivíduos para com os fenômenos jurídicos. RAWLS, John.
Uma teoria da justiça. Ed. Martins, 2008.
10
Para Faria, a Constituição de 1988 incorpora elementos diversos que
impossibilitam sua concretização plena, entretanto, esse idealismo Consti-
tucional é o que sustenta a aprovação popular da ordem vigente. FARIA, José
Eduardo. Eficácia jurídica e violência simbólica. São Paulo: EDUSP, 1988.
Relações de reconhecimento e a infraestrutura
normativa da democracia
Deborah Dettmam
Professora de Direito da Universidade Federal do Piauí. Doutoranda em
Direito na Universidade Federal do Paraná. Mestre em Direito da Faculdade de
Direito do Recife – UFPE e Bacharel em direito da Universidade de Brasília.
Brasil. E-mail: deborahdettmam@ufpi.edu.br.
Notas
1
MENDES, Conrado Hübner . Controle de Constitucionalidade e Democracia.
1. ed. São Paulo e Rio de Janeiro: Campus Elsevier, 2007.
2
HABERMAS, Jürgen. A inclusão do outro (estudos de teoria política). Trad.
George Sperber e Paulo Astor Soethe. São Paulo: Loyola, 2002. 243.
3
HABERMAS, Jürgen. Factididad y validez. Sobre el derecho y el Estado de-
mocratic de derecho en terminus de teroia del discurso. Trad. Manuel Jimé-
nez Redondo, Cuarta edición. 2005, p. 187.
4
Idem, p. 187.
5
Idem, p. 172.
6
HABERMAS, Jürgen. O espaço público 30 anos depois. Trad. Vera Lígia C.
Westin e Lúcia Lamounier. Caderno de Filosofia e Ciências Humanas: a. VII,
n. 12, abril, 1999b, p. 07-28.
7
HÄBERLE, Peter. Hermenêutica Constitucional – a sociedade aberta dos
intérpretes da constituição: contribuição para a interpretação pluralista e
procedimental da constituição. Tradução de Gilmar Ferreira Mendes. Porto
Alegre: Sérgio Antônio Fabris editor, 1997.
8
DWORKIN, Ronald. O império do direito. Trad. Jefferson Luiz Camargo. São
Paulo: Martins Fontes, 2003, p. 272-332.
9
Disponível em http://www.vocefiscal.org/.
Os direitos políticos dos analfabetos:
o caso brasileiro e o paradigma da democracia liberal
Notas
1
SALGADO, Joaquim Carlos. “O Estado Ético e o Estado Poiético.” Revista do Tribu-
nal de Contas do Estado de Minas Gerais, abr./jun. de 1998: 37-68.
Democracia e justiça em Hans Kelsen:
uma abordagem crítica do ideal democrático na teoria
constitucional contemporânea e no Brasil
praticamente inatacável. Mas será que assim ela não acaba perdendo
o sentido que lhe seria próprio? Afinal, uma democracia pressuposta
que se impõe como obrigatória, inclusive como ideia, para cercear o
discurso que nela se apresenta para criticá-la, para debatê-la, para pro-
por (porque não?) alternativas à ela, ou, até mesmo, para questionar
verdades tidas como absolutas, seria mesmo uma democracia de fato?
Esses são questionamentos que o presente trabalho buscará
abordar, talvez não com a finalidade de apresentar respostas, mas sim
dúvidas diante de afirmações que hoje se tenham por inquestionáveis.
Já a justiça, para Hans Kelsen2, em uma perspectiva coerente à
sua posição eminentemente relativista, enquanto problema valorati-
vo, situa-se fora da teoria do Direito, que se limita à análise do Direi-
to Positivo, ou realidade jurídica posta. Segundo ele, a procura de um
conceito geral de justiça é algo de que a ciência do direito não deve
se ocupar. Após rigorosa análise das mais variadas teorias e normas
de justiça, Kelsen conclui que não passam de teorias vazias porque
necessitam pressupor uma ordem positiva que lhes dê conteúdo3.
Portanto, partindo da perspectiva de justiça kelseniana, preten-
de-se restringir a possibilidade de construção de parâmetros de jus-
tiça para além de uma ordem jurídica posta, inclusive para delimitar
uma concepção de democracia.
Esse é o salto necessário para abordar especificamente a questão
democrática no Brasil, que somente pode ser avaliada, na atualidade,
sob o ponto de vista jurídico, à luz do que determina a Constituição
da República de 1988. Não que se negue a possibilidade de apresentar
propostas para alteração do atual panorama da democracia no Brasil,
mas pretende-se retirar do discurso propositivo o caráter obrigatório,
que ele tenta tomar das normas jurídicas, para situá-lo no seu espaço:
o debate político. Assim, chega-se ao cerne da questão: atualmente,
no Brasil, a democracia é o mecanismo que institucionaliza e permite
o debate capaz de dar origem a alterações no ordenamento jurídico
posto, que permanece incólume até que uma decisão válida emitida
por um órgão competente (Parlamento, Corte Constitucional, Poder
Executivo, a depender do caso) o modifique.
Teorias contemporâneas da Democracia • 409
Notas
1 KELSEN, Hans. A democracia. Tradução: Vera Barkow, et. al. São Paulo:
Martins Fontes, 2000. p. 25.
2 KELSEN, Hans. Teoria Pura do Direito. Trad. João Baptista Machado. 6. Ed.
São Paulo: Martins Fontes, 1998. XXVIII.
3 MATOS, Andytias Soares de Moura Costa. Filosofia do Direito e Justiça na
obra de Hans Kelsen. 2. ed. Belo Horizonte: Del Rey, 2006. p. 319.
Construção e reconstrução normativa: a teoria
democrática contemporânea entre política e moral na
Escola de Frankfurt
Notas
1
Trabalho realizado com o apoio do Programa de Iniciação Científica BIC/
UFJF, no qual o primeiro autor é orientador e o segundo autor é orientando.
Ações afirmativas e igualdade de oportunidades:
um conceito de justiça para atores sociais em disputa
Notas
1 Para uma visão geral das diversas abordagens do tema do “reconheci-
mento”, bem como das principais críticas e interlocuções com texto de
Taylor, ver MENDONÇA, Ricardo. A dimensão intersubjetiva da autorreali-
zação: em defesa da teoria do reconhecimento. In: Revista brasileira de
Ciências Sociais, vol.24, nº 70, PP.143-154, 2009.
Estado e locus civis versus os fundamentos político-
filosófico do constitucionalismo
Konstantin Gerber
Advogado em São Paulo, mestre em filosofia do Direito e do Estado, com
a dissertação “Antropologia Jurídica e Direitos Humanos: o etnocentrismo,
o relativismo cultural e os direitos sociais”, PUC SP, onde integra o Grupo
de Pesquisas em Direitos Fundamentais e assiste nas disciplinas de direito
constitucional e historia constitucional na graduação. Email: k.gerber@uol.com.br.
das vias políticas e jurídicas. Identifica-se aqui, que tal processo de re-
novação e redimensionamento das pautas ocorre principalmente com
a ascensão hegemônica dos EUA e com a emergência do fenômeno
da institucionalização desta mundialização. O processo em questão é
operado, principalmente através de Organizações Internacionais sen-
do que a introjeção e o reconhecimento destes novos conceitos (p.e.
sustentabilidade) efetua-se pela ciência e pela mídia. (LUHMANN).
A dignidade da pessoa humana _ argumento nuclear na gramática
compartilhada da interjusfundamentalidade _ constitui um fator indis-
pensável no exame de legitimidade das conexões entre as instituições
jurídicas e políticas que compõe a nova rede de instâncias processuais
interjurisdicionais. A sociedade cada vez mais complexa e heterogênea
possui como último cimento social a gramática compartilhada dos
Direitos Fundamentais (HABERMAS). O Estado Democrático de
Direito constitui suporte apto a conciliar tal renovação estrutural de
ordem prática com a gramática axiológica e vinculativa dos Princípios
Constitucionais. Tal processo de (re) significação deflagra e possibilita
um processo permanente de (re)construção de sentidos e significados
gerados pela Sociedade Aberta de Intérpretes, a partir da carga axio-
lógica compartilhada e constitucionalmente positivada dos Direitos
Fundamentais, que no Século XXI encontram-se redimensionados
nas perspectivas espaço (global) e tempo (intergeracional).
Fundamentos filosóficos do direito à vida em John Finnis
Referências
BIX, Brian. Natural Law Theory. In Dennis Petterson (ed.). A Companion to Phi-
losophy of Law and Legal Theory. West Sussex: Wiley-Blackwell, 2010.
Fundamentos político-filosóficos do constitucionalismo • 441
______. Natural Law and Natural Rights. 2ª ed. Oxford: Oxford Uni-
versity Press, 2011c.
KEOWN, John. A New Father for The Law and Ethics of Medicine. In KE-
OWN, John; GEORGE, Robert P. Reason, Morality and Law: The
Philosophy of John Finnis. Oxford: Oxford University Press, 2013.
Referências Bibliográficas:
_______ .“O Mal Estar na Civilização – Obras Completas Vol. 18”. São Paulo: Com-
panhia das Letras. 2010a.
KELSEN, Hans. “A Democracia”. 2ª ed., São Paulo: Editora Martins Fontes, 2000.
_________. “Teoria geral do direito e do Estado”. São Paulo: Martins Fontes. 1990.
LAGI, Sara. “Hans Kelsen and the Austrian Constitutional Court (1918-
1929)”. In. Co-herencia vol.9 Nº.16. Medellín. 2012.
MOTTA, Luiz. “Direito, estado e poder: poulantzas e o seu confronto com Kelsen”. In.
Revista de Sociologia e Politica. vol.19 no. 38. Curitiba. Fevereiro. 2011.
Galvão Rabelo
Mestrando em Teoria do Direito pela PUC Minas. Brasil.
E-mail: galvaorabelo@yahoo.com.br.
Referências bibliográficas
Mariana Oliveira de Sá
Bacharelanda em Direito da Faculdade Arquidiocesana de Curvelo.
Monitora das disciplinas Teoria Geral do Direito e Direito Civil da Faculdade
Arquidiocesana de Curvelo. Estagiária do Ministério Público de Minas Gerais.
Membro do Conselho Nacional de Pesquisa e Pós-graduação em Direito-
CONPEDI. E-mail: marianaoliveiradesa@yahoo.com.
Referências
Notas
1 Este texto repercute parcialmente as pesquisas e discussões desenvolvi-
das no Grupo de Pesquisa Hermenêutica Jurídica e Jurisdição Constitucio-
nal no Programa de Pós Graduação Stricto Sensu da Faculdade de Direito
de Vitória (FDV-ES).
Princípio da Proporcionalidade e Controle de
Constitucionalidade
Notas
1
Este artículo presenta algunos resultados de la investigación desarrollada
como tesis de maestría en humanidades con énfasis en estudios políticos.
Director: Mauricio García Villegas.
2
David Landau, “Political Institutions and Judicial Role in Comparative Cons-
titutional Law”, en: Harvard International Law Journal. Vol. 51, No. 2, 2010.
3
Juan Carlos Henao (ed.) Diálogos constitucionales de Colombia con el Mun-
do. Bogotá, Universidad Externado - Corte Constitucional, 2013.
4
Manuel Aragón Reyes, “Las singularidades de la interpretación constitucio-
nal y sus diferencias respecto de la interpretación de la ley”, en: Juan Carlos
Henao (ed.) Diálogos constitucionales de Colombia con el mundo. Op. cit.
5
Neil MacCormick – Robert S. Summers (eds.) Interpreting Precedents: A
comparative study. Op. cit., p. 6.
A pressão judicial nos casos de omissão legislativa
e a ausência de vontade política: uma introdução à
necessidade do diálogo entre os poderes
Leticia Morales
Postdoctoral fellow at the Institute for Health and Social Policy and the
Faculty of Law, McGill University, Montreal, Canada.
E-mail: leticia.morales@mcgill.ca.