Treino Aeróbio - Shuttle Run e Shuttle Ride Test
Treino Aeróbio - Shuttle Run e Shuttle Ride Test
Treino Aeróbio - Shuttle Run e Shuttle Ride Test
Esse protocolo foi desenvolvido a partir do protocolo 10-m Shuttle Run Test para PC
classificado como GMFCS II (usar o sinal sonoro do GMFCS II). O teste é realizado
em um espaço de 10 metros de comprimento delimitado por marcadores que podem
ser cones ou fita adesiva. O paciente estará em sua cadeira de rodas e irá propulsioná-la
durante o percurso antes do próximo sinal sonoro. Durante todo o teste a frequência
cardíaca dos pacientes será monitorada pelo Monitor de Frequência Cardíaca (Polar®
FT1). A Pressão Arterial será mensurada no repouso e após o teste (primeiro e segundo
minuto da recuperação). O paciente será orientado a percorrer o caminho demarcado,
acompanhado do terapeuta, seguindo um sinal sonoro padronizado, gravado em um
CD, e deve completar o caminho antes do próximo sinal sonoro. Ele deve virar a
cadeira 180° para realizar o percurso novamente. A velocidade inicial será de 2 km/h e
irá aumentar 0,25 km/h a cada minuto (estágio).
Materiais utilizados: Cones, fita adesiva e fita métrica para marcação do espaço;
cronometro; monitor de frequência cardíaca; CD com gravação do sinal sonoro; ficha de
avaliação; dois avaliadores (de preferência) para acompanhar o paciente e realizar as
marcações na ficha de avaliação.
Variáveis para análise: serão analisados no repouso, no pico do esforço e após o teste
(recuperação): frequência cardíaca (FC) e pressão arterial (PA).
Aplicação clínica: Por meio deste teste será possível avaliar: (1) o condicionamento
cardiorrespiratório dos pacientes (quando comparado com crianças/adolescentes típicos);
(2) acompanhar a evolução clínica da doença, e (3) avaliar a resposta do paciente a
determinado tratamento eleito (avaliação inicial e reavaliação).
Exemplos clínicos:
Teste 1: Paciente com paralisia cerebral (GMFCS I) e 10 anos de idade, percorreu uma
distância de 909 metros, durante 8 minutos de testes. Apresentou 90 bpm de FC de
repouso, e 110/70 mmHg de PA de repouso. Atingiu FC máxima de 201 bpm, e PA final
de 130/70 mmHg. O teste foi finalizado pois o paciente não conseguiu atingir a marcação
dos 10 metros por duas vezes consecutivas.
De acordo com os dados obtidos podemos calcular a FC de treino para o paciente
utilizando 40% da FC.
O treino desse paciente pode ser realizado em uma quadra, esteira e/ou cicloergômetro de
membro inferior. O paciente deve portar um frequencímetro durante o treinamento, e a
carga da bicicleta e/ou a velocidade e inclinação da esteira devem ser aumentadas até que
o paciente atinja a FC de treino (134 bpm). Durante todo o treino essa FC deve ser
mantida. Inicialmente a duração do treino pode ser de 10-15 minutos, duração que pode
ser aumentada a medida que o paciente for conseguindo realizar o exercício mantendo
essa FC alvo.
Após 6 semanas de treinamento um novo teste deve ser realizado e os novos dados obtidos
utilizados para o novo cálculo da FC de treino (60% da FC).
Teste 2: O paciente com paralisia cerebral (GMFCS I) e 10 anos de idade, percorreu uma
distância de 1137 metros, durante 10 minutos de testes. Apresentou 85 bpm de FC de
repouso e 110/60 mmHg de PA de repouso. Atingiu FC máxima de 205 bpm e PA final
de 130/60 mmHg. O teste foi finalizado pois o paciente não conseguiu atingir a marcação
dos 10 metros por duas vezes consecutivas.
Referências Bibiográficas
Ft. Gabriela Davoli, Ft. Kamila Pena, Mariane Lopes, Profa. Dra. Ana Claudia Mattiello
Sverzut