Mec - Ind - Mód - I
Mec - Ind - Mód - I
Mec - Ind - Mód - I
Mecânica Industrial I
SENAI - Guarulhos 1
Mecânica Industrial - módulo I
SENAI - 2006
2 SENAI - Guarulhos
Mecânica Industrial - módulo I
Sumário
4 SENAI - Guarulhos
Mecânica Industrial - módulo I
O homem se comunica por vários meios. Os mais importantes são a fala, a escrita e o
desenho.
O desenho artístico é uma forma de representar as idéias e os pensamentos de quem
desenhou.
Por meio do desenho artístico é possível conhecer e mesmo reconstituir a história dos
povos antigos.
Ainda pelo desenho artístico é possível conhecer a técnica de representar desses
povos.
SENAI - Guarulhos 5
Mecânica Industrial - módulo I
6 SENAI - Guarulhos
Mecânica Industrial - módulo I
Você deve ter notado que essas representações foram feitas de acordo com a posição
de quem desenhou.
O desenho técnico é assim chamado por ser um tipo de representação usado por
profissionais de uma mesma área: mecânica, marcenaria, serralharia, etc.
SENAI - Guarulhos 7
Mecânica Industrial - módulo I
8 SENAI - Guarulhos
Mecânica Industrial - módulo I
Caligrafia técnica
Caligrafia técnica são caracteres usados para escrever em desenho. A caligrafia deve
ser legível e facilmente desenhável.
A caligrafia técnica normalizada são letras e algarismos inclinados para a direita,
formando um ângulo de 75º com a linha horizontal.
Exemplo de algarismos
Proporções
SENAI - Guarulhos 9
Mecânica Industrial - módulo I
10 SENAI - Guarulhos
Mecânica Industrial - módulo I
Linhas
Para desenhar as projeções são usados vários tipos de linhas. Vamos descrever
algumas delas.
É uma linha contínua larga que indica o contorno de modelos esféricos ou cilíndricos e
as arestas visíveis do modelo para o observador Ex:
Aplicação
É uma linha tracejada que indica as arestas não-visíveis para o observador, isto é, as
arestas que ficam encobertas. Exemplo:
Aplicação
SENAI - Guarulhos 11
Mecânica Industrial - módulo I
Linha de centro
É uma linha estreita, formada por traços e pontos alternados, que indica o centro de
alguns elementos do modelo como furos, rasgos, etc.
Exemplo:
Aplicação
12 SENAI - Guarulhos
Mecânica Industrial - módulo I
Linha de simetria
É uma estreita formada por traços e pontos alternados. Ela indica que o modelo é
simétrico. Exemplo:
Modelo simétrico
Note que as metades do modelo são exatamente iguais: logo, o modelo é simétrico.
Aplicação
Quando o modelo é simétrico, em seu desenho técnico aparece a linha de simetria.
SENAI - Guarulhos 13
Mecânica Industrial - módulo I
14 SENAI - Guarulhos
Mecânica Industrial - módulo I
Projeção ortogonal
Observador
SENAI - Guarulhos 15
Mecânica Industrial - módulo I
16 SENAI - Guarulhos
Mecânica Industrial - módulo I
SENAI - Guarulhos 17
Mecânica Industrial - módulo I
Agora imagine que o plano de projeção vertical fica fixo e que os outros planos de
projeção giram um para baixo e outro para a direita.
18 SENAI - Guarulhos
Mecânica Industrial - módulo I
O plano de projeção que gira para baixo é o plano de projeção horizontal e o plano de
projeção que gira para a direita é plano de projeção lateral.
Agora é possível tirar os planos de projeção e deixar apenas o desenho das vistas do
modelo.
Observação
SENAI - Guarulhos 19
Mecânica Industrial - módulo I
Dispondo as vistas alinhadas entre si, temos as projeções da peça formadas pela vista
frontal, vista superior e vista lateral esquerda.
Observação
Normalmente a vista frontal é a vista principal da peça.
20 SENAI - Guarulhos
Mecânica Industrial - módulo I
Cotagem
Linhas de cota são linhas contínuas estreitas, com setas nas extremidades; nessas
linhas são colocadas as cotas que indicam as medidas da peça.
A linha auxiliar é uma linha contínua estreita que limita as linhas de cota.
SENAI - Guarulhos 21
Mecânica Industrial - módulo I
Cotas são numerais que indicam as medidas básicas da peça e as medidas de seus
elementos. As medidas básicas são: comprimento, largura e altura.
50 = comprimento
25 = largura
15= altura
Cuidados na cotagem
Seta
errada
errada
errada
certa
22 SENAI - Guarulhos
Mecânica Industrial - módulo I
As cotas guardam uma pequena distância acima das linhas de cota. As linhas
auxiliares também guardam uma pequena distância das vistas do desenho técnico.
Observação
As cotas devem ser colocadas de modo que o desenho seja lido da esquerda para
direita e de baixo para cima, paralelamente à dimensão cotada.
SENAI - Guarulhos 23
Mecânica Industrial - módulo I
Para fabricar como essas é necessário interpretar, além das cotas básicas, as cotas
dos elementos.
24 SENAI - Guarulhos
Mecânica Industrial - módulo I
Seqüência de cotagem
SENAI - Guarulhos 25
Mecânica Industrial - módulo I
1o passo
2o passo
3o passo
26 SENAI - Guarulhos
Mecânica Industrial - módulo I
4o passo
Cotagem de diâmetro
Cotagem de raios
SENAI - Guarulhos 27
Mecânica Industrial - módulo I
Quando a linha de cota está na posição inclinada, a cota acompanha a inclinação para
facilitar a leitura.
Porém, é preciso evitar a disposição das linhas de cota entre os setores hachurados e
inclinados de cerca de 30º.
A cotagem dos elementos esféricos é feita pela medida de seus diâmetros ou de seus
raios.
ESF = Esférico
Ø = Diâmetro
R = Raio
28 SENAI - Guarulhos
Mecânica Industrial - módulo I
Existem peças que têm elementos angulares. Elementos angulares são formados por
ângulos.
A cotagem da abertura do elemento angular é feita em linha de cota curva, cujo centro
é vértice do ângulo cotado.
SENAI - Guarulhos 29
Mecânica Industrial - módulo I
Cotagem de chanfros
Chanfro é a superfície oblíqua obtida pelo corte da aresta de duas superfície que se
encontram.
30 SENAI - Guarulhos
Mecânica Industrial - módulo I
Existem duas maneiras pelas quais os chanfros aparecem cotados: por meio de cotas
lineares e por meio de cotas lineares e angulares.
Cotas lineares
SENAI - Guarulhos 31
Mecânica Industrial - módulo I
Na cotagem por faces de referência as medidas da peça são indicadas a partir das
faces.
A cotagem por faces de referência ou por elementos de referência pode ser executada
como cotagem em paralelo ou cotagem aditiva.
32 SENAI - Guarulhos
Mecânica Industrial - módulo I
A cotagem aditiva em duas direções pode ser utilizada quando for vantajoso.
SENAI - Guarulhos 33
Mecânica Industrial - módulo I
A cotagem aditiva em duas direções pode ser simplificada por cotagem por
coordenadas. A peça fica relacionada a dois eixos.
Fica mais prática indicar as cotas em uma tabela ao invés de indicá-la diretamente
sobre a peça.
X Y ø
1 8 8 4
2 8 38 4
3 22 15 5
4 22 30 3
5 35 23 6
6 52 8 4
7 52 8 4
Na cotagem por linha básica as medidas da peça são indicadas a partir de linhas.
34 SENAI - Guarulhos
Mecânica Industrial - módulo I
Existem peças com furos que têm a mesma distância entre seus centros, isto é, furos
espaçados igualmente.
A cotagem da distâncias entre centros de furos pode ser feita por cotas lineares e por
cotas angulares.
Cotagem linear
SENAI - Guarulhos 35
Mecânica Industrial - módulo I
Indicações especiais
As cotas de cordas, arcos e ângulos devem ser indicadas como nos exemplos abaixo.
36 SENAI - Guarulhos
Mecânica Industrial - módulo I
A área ou o comprimento e sua localização são indicados por meio de linha traço e
ponto, desenhada adjacente à face corresponde.
SENAI - Guarulhos 37
Mecânica Industrial - módulo I
Com a relação de inclinação vem indicada do desenho técnico, não é necessário que a
outra cota de altura da peça apareça.
38 SENAI - Guarulhos
Mecânica Industrial - módulo I
Outros exemplos:
SENAI - Guarulhos 39
Mecânica Industrial - módulo I
40 SENAI - Guarulhos
Mecânica Industrial - módulo I
Supressão de vistas
Até este momento, todos os desenhos de peças que estudamos foram apresentados
em três vistas. Nem sempre isso é necessário pois, ao desenhar uma peça, é
necessário fazer tantas vistas quantas forem suficientes para a compreensão de sua
forma.
SENAI - Guarulhos 41
Mecânica Industrial - módulo I
42 SENAI - Guarulhos
Mecânica Industrial - módulo I
Indicativo de quadrado
SENAI - Guarulhos 43
Mecânica Industrial - módulo I
Aplicação
44 SENAI - Guarulhos
Mecânica Industrial - módulo I
SENAI - Guarulhos 45
Mecânica Industrial - módulo I
46 SENAI - Guarulhos
Mecânica Industrial - módulo I
Desenho em corte
Corte
Corte significa divisão, separação. Em desenho técnico, o corte de uma peça é sempre
imaginário. Ele permite ver as partes internas da peça.
Hachuras
SENAI - Guarulhos 47
Mecânica Industrial - módulo I
Para desenhar uma projeção em corte, é necessário indicar antes onde a peça será
imaginada cortada.
Essa indicação é feita por meio de setas e letras que mostram a posição do
observador.
48 SENAI - Guarulhos
Mecânica Industrial - módulo I
SENAI - Guarulhos 49
Mecânica Industrial - módulo I
Observações:
• A expressão Corte AA é colocada embaixo da vista hachurada.
• As vistas não atingidas pelo corte permanecem com todas as linhas.
• Na vista hachuradas, as tracejadas podem ser omitidas, desde que isso não
dificulte a leitura do desenho.
Até aqui foi vista a representação de um só corte na mesma peça. Mas, às vezes, um
só corte não mostra todos os elementos internos da peça. Nesses casos é necessário
representar mais de um corte na mesma peça.
50 SENAI - Guarulhos
Mecânica Industrial - módulo I
SENAI - Guarulhos 51
Mecânica Industrial - módulo I
Meio-corte
52 SENAI - Guarulhos
Mecânica Industrial - módulo I
SENAI - Guarulhos 53
Mecânica Industrial - módulo I
54 SENAI - Guarulhos
Mecânica Industrial - módulo I
Meia-vista
SENAI - Guarulhos 55
Mecânica Industrial - módulo I
56 SENAI - Guarulhos
Mecânica Industrial - módulo I
Escala
Assim, quando se trata de uma peça muito grande, o desenho é feito em tamanho
menor com redução igual em todas as suas medidas.
Quando se trata de uma peça muito pequena, o desenho é feito em tamanho maior
com ampliação igual em todas as suas medidas.
Escalas usuais
Natural .................. 1:1 (um por um)
Redução................ 1:2 - 1:5 - 1:10 - 1:20 - etc.
Ampliação ............. 2:1 - 5:1 - 10:1 - 20: 1 - etc.
Exemplos:
Desenho de um punção de bico em tamanho natural.
SENAI - Guarulhos 57
Mecânica Industrial - módulo I
Desenho de um rodeiro de vagão, vinte vezes menor que o seu tamanho verdadeiro.
Desenho de uma agulha de injeção, duas vezes maior que o seu tamanho verdadeiro.
Observação
A redução ou a ampliação só tem efeito para o traçado do desenho. As cotas não
sofrem alteração.
58 SENAI - Guarulhos
Mecânica Industrial - módulo I
Observação
Os ângulos das peças permanecem sempre com as mesmas aberturas.
SENAI - Guarulhos 59
Mecânica Industrial - módulo I
60 SENAI - Guarulhos
Mecânica Industrial - módulo I
Estado e acabamento
superficial
Introdução: rugosidade
Efeitos da rugosidade
SENAI - Guarulhos 61
Mecânica Industrial - módulo I
O acabamento superficial é medido através de rugosidade superficial que, por sua vez,
é expressa em mícrons.
Rugosidade superficial
(R máx.) 2,5 mícrons
R máx. = Rugosidade superficial máxima
y +y +••y
1 2 n
Ra = (µm)
n
62 SENAI - Guarulhos
Mecânica Industrial - módulo I
( y1 + y 2 + y 3 + y 4 + y 5 ) − ( y 6 + y 7 + y 8 + y 9 + y10 )
Rz = (µm)
5
Rt (µm)
SENAI - Guarulhos 63
Mecânica Industrial - módulo I
Sinais convencionais
Superfície lapidada.
Valores de rugosidade
Símbolos Significado
Símbolo básico - só pode ser usado quando seu significado
for complementado por uma indicação.
Caracterização de uma superfície usinada sem maiores
detalhes.
Caracteriza uma superfície na qual a remoção de material
não é permitida e indica que a superfície deve permanecer no
estado resultante de um processo de fabricação anterior,
mesmo se esta tiver sido obtida por usinagem ou outro
processo qualquer.
64 SENAI - Guarulhos
Mecânica Industrial - módulo I
Os símbolos e inscrições devem estar orientados de maneira que possam ser lidos
tanto com o desenho na posição normal, como pelo lado direito.
Se necessário o símbolo pode ser interligado com a superfície por meio de uma linha
de indicação que deve ser provida com seta na extremidade junto à superfície.
SENAI - Guarulhos 65
Mecânica Industrial - módulo I
O vértice do símbolo ou da seta, sempre pelo lado externo, devem tocar o contorno da
peça ou tocar uma linha de extensão que é um prolongamento do contorno.
SENAI - Guarulhos 67
Mecânica Industrial - módulo I
Rugosidade de superfícies
Símbolos, grupos e classes de rugosidade
68 SENAI - Guarulhos
Mecânica Industrial - módulo I
Exercícios de desenho
Caligrafia técnica
Escrever em caligrafia técnica
3. Escreva os algarismos.
SENAI - Guarulhos 69
Mecânica Industrial - módulo I
Complete as projeções.
70 SENAI - Guarulhos
Mecânica Industrial - módulo I
Complete as projeções.
SENAI - Guarulhos 71
Mecânica Industrial - módulo I
Complete as projeções.
72 SENAI - Guarulhos
Mecânica Industrial - módulo I
Complete as projeções.
SENAI - Guarulhos 73
Mecânica Industrial - módulo I
Complete as projeções.
74 SENAI - Guarulhos
Mecânica Industrial - módulo I
Complete as projeções.
SENAI - Guarulhos 75
Mecânica Industrial - módulo I
Complete as projeções.
76 SENAI - Guarulhos
Mecânica Industrial - módulo I
Complete as projeções.
SENAI - Guarulhos 77
Mecânica Industrial - módulo I
Complete as projeções.
78 SENAI - Guarulhos
Mecânica Industrial - módulo I
SENAI - Guarulhos 79
Mecânica Industrial - módulo I
80 SENAI - Guarulhos
Mecânica Industrial - módulo I
Escreva nas vistas dos desenhos técnicos as letras dos modelos representados em
perspectiva isométrica que correspondem às suas faces.
SENAI - Guarulhos 81
Mecânica Industrial - módulo I
Para cada peça em projeção há quatro perspectivas, porém só uma é correta. Assinale
com X a perspectiva que corresponde à peça.
82 SENAI - Guarulhos
Mecânica Industrial - módulo I
Para cada peça em projeção há quatro perspectivas, porém só uma é correta. Assinale
com X a perspectiva que corresponde à peça.
SENAI - Guarulhos 83
Mecânica Industrial - módulo I
Para cada peça em projeção há quatro perspectivas, porém só uma é correta. Assinale
com X a perspectiva que corresponde à peça.
84 SENAI - Guarulhos
Mecânica Industrial - módulo I
SENAI - Guarulhos 85
Mecânica Industrial - módulo I
86 SENAI - Guarulhos
Mecânica Industrial - módulo I
Complete as projeções.
SENAI - Guarulhos 87
Mecânica Industrial - módulo I
Complete as projeções.
88 SENAI - Guarulhos
Mecânica Industrial - módulo I
Complete à mão livre as vistas que faltam nas projeções abaixo. Utilize os modelos
indicados.
SENAI - Guarulhos 89
Mecânica Industrial - módulo I
( ) Linha de cota
( ) Linha auxiliar de cota
( ) Cota
90 SENAI - Guarulhos
Mecânica Industrial - módulo I
SENAI - Guarulhos 91
Mecânica Industrial - módulo I
92 SENAI - Guarulhos
Mecânica Industrial - módulo I
Diâmetros
Raios
SENAI - Guarulhos 93
Mecânica Industrial - módulo I
94 SENAI - Guarulhos
Mecânica Industrial - módulo I
Ângulos
Chanfros
SENAI - Guarulhos 95
Mecânica Industrial - módulo I
96 SENAI - Guarulhos
Mecânica Industrial - módulo I
SENAI - Guarulhos 97
Mecânica Industrial - módulo I
98 SENAI - Guarulhos
Mecânica Industrial - módulo I
SENAI - Guarulhos 99
Mecânica Industrial - módulo I
Escala
Determinar escalas sendo dadas as projeções.
Dimensão Dimensão
Escala
Da peça Do desenho
A 120 240 1:2 5:1 1:20
25 125 1:10 5:1 2:1 1:5
70 70 2:1 1:2 1:1 5:1
40 400 10:1 5:1 1:10 1:1
90 45 1:5 1:10 2:1 1:2
35 7 2:1 1:5 1:2 5:1
20 200 1:10 1:1 10:1 1:2
5 25 5:1 2:1 1:5 1:10
52 26 2:1 1:1 5:1 1:2
108 540 5:1 1:5 1:2 1:1
105 21 1:2 2:1 1:10 1:5
Determine e anote a escala dos desenhos e coloque as cotas que faltam. Utilize a
régua milimetrada.
1. Escreva, nas linhas indicadas, a rugosidade das peças em sua grandeza máxima,
conforme o exemplo a.
Exercício 1
1.
Peça torneada:
A rugosidade para todas as superfícies Ra = 3,2µm.
2.
Peça torneada:
Superfícies (1) e (2) com Rz = 100µm; superfície (5)
retificada, Rz = 6,3µm; as outras superfícies Rz =
3.
Peça fundida:
Superfícies (1) e (2) torneadas,Rz = 25µm.
Superfície (6) brunida, Rz = 1µm.
4.
Peça torneada:
Superfície (4) e (5) com Ra = 0,4µm;
Superfície (2) Ra = 3,2µm;
Superfície (6) alargada, Ra = 0,8µm;as outras
Exercício 2
a. ( )
b. ( )
c. ( )
d. ( )
Exercício 3
Em uma peça cilíndrica com diâmetro de 20mm deve ser fresado um rasgo. Assinale
com um X a representação correta.
a. ( )
b. ( )
c. ( )
d. ( )
Exercício 4
Na peça abaixo, somente os topos e as bordas devem ser usinadas com remoção de
cavacos, sendo que as faces não devem ser usinadas. Assinale com um X qual a
representação correta.
a. ( )
b. ( )
c. ( )
d. ( )
Régua graduada
As réguas graduadas apresentam-se nas dimensões de 150, 200, 250, 300, 500,
600, 1000, 1500, 2000 e 3000mm. As mais comuns são as de 150mm (6”) e 300mm
(12”).
De modo geral, uma escala confiável deve apresentar bom acabamento, bordas
retas e bem definidas e faces polidas. As réguas de manuseio constante devem ser de
aço inoxidável ou de metal tratado termicamente. É necessário que os traços da escala
sejam gravados, uniformes, eqüidistantes e finos. A retitude e o erro máximo
admissível das divisões obedecem a normas internacionais.
Existem cinco tipos de régua graduada: sem encosto, com encosto, de encosto
interno, de encosto externo, de dois encostos e de profundidade.
Régua de profundidade
Utilizada nas medições de canais ou rebaixos internos.
Conservação da régua
Para boa conservação, deve-se evitar deixá-la em contato com outras
ferramentas ou cair; não flexioná-la ou torcê-la para evitar que empene ou quebre;
limpá-la após o uso; protegê-la contra oxidação usando óleo, quando necessário.
Paquímetro
Resolução do paquímetro
As diferenças entre a escala fixa e a escala móvel de um paquímetro podem ser
calculadas pela sua resolução. Resolução é a menor medida que o instrumento
oferece; é calculada pela seguinte fórmula:
UEF
Resolução =
NDN
UEF = unidade de escala fixa
NDN = número de divisões do nônio
1mm
Resolução = = 0,1mm
10
1mm
Resolução = = 0,05mm
20
1mm
Resolução = = 0,02mm
50
Escala em milímetros
Para ler a medida em milímetros inteiros, deve-se contar, na escala fixa, os milímetros
existentes antes do zero do nônio. Quando o zero do nônio coincidir exatamente com
um dos traços da escala de milímetros, tem-se uma medida exata em milímetros, no
caso a leitura é 4mm.
Quando o zero do nônio não coincide exatamente com um traço da escala fixa
mas fica entre dois traços, admite-se a menor medida. A seguir, observa-se qual o
ponto de coincidência entre os traços do nônio e da escala fixa; esse ponto fornece a
medida em frações de milímetro, conforme a resolução do paquímetro.
Leitura Leitura
1,0mm → escala fixa 103,0mm → escala fixa
0,3mm → nônio (traço coincidente: 3º ) 0,5mm →nônio (traço coincidente: 5º)
1,3mm → total (leitura final) 103,5mm → total (leitura final)
Leitura Leitura
2,00mm → escala fixa 107,00mm → escala fixa
0,55mm → nônio 0,35mm → nônio
2,55mm → total 107,35mm → total
Leitura Leitura
70,00mm → escala fixa 49,00mm → escala fixa
0,76mm → nônio 0,24mm → nônio
70,76mm → total 49,24mm → total
Exercícios
Leitura
.050” → escala fixa
+ .014” → nônio
.064” → total
Leitura
1.700” → escala fixa
+ .021” → nônio
1.721” → total
1"
UEF 16 1" 1" 1 1"
Resolução = = R = ÷8= × =
NDN 8 16 16 8 128
3" 3"
Como exemplo, considere-se uma leitura de na escala fixa e no nônio; a
4 128
medida total equivale à soma dessas duas medidas. É importante observar que as
frações devem ser sempre simplificadas.
1. Verifique se o zero do nônio coincide com um dos traços da escala fixa. Se coincidir,
faça a leitura somente na escala fixa.
1"
Leitura = 7
4
2. Quando o zero do nônio não coincidir, verifique qual dos traços do nônio está nessa
situação e faça a leitura do nônio
1 2 4 8
4. Sabendo que cada divisão da escala fixa equivale a = = = e com
16 32 64 128
base na leitura do nônio, escolha uma fração da escala fixa de mesmo denominador.
3" 4"
Exemplo: leitura do nônio ; fração escolhida da escala fixa: .
64 64
3"
b) Passo 2. ⇒
128
Passo 3. ⇒ 2” + 8 divisões
3" 8"
Passo 4. ⇒ fração escolhida
128 128
8" 3" 67"
Passo 5. ⇒ 2” + (8 × )+ =2
128 128 128
67"
Leitura final: 2
128
Para não cometer o erro de paralaxe, á aconselhável que se faça a leitura colocando o
paquímetro em posição exatamente perpendicular aos olhos.
O cursor deve estar bem regulado para se deslocar com facilidade sobre a régua: nem
muito preso, nem muito solto. O operador deve regular a mola, adaptando o
instrumento à sua mão; caso exista uma folga anormal, os parafusos de regulagem da
mola devem ser ajustados, girando-os até encostar no fundo e, em seguida,
retornando um oitavo de volta, aproximadamente. Após esse ajuste, o movimento do
cursor deve ser suave, porém sem folga.
Convém que o paquímetro seja fechado suavemente até que o encosto móvel toque a
outra extremidade. Feita a leitura da medida, o paquímetro deve ser aberto e a peça
retirada, sem que os encostos a toquem.
Para maior segurança nas medições, as superfícies de medição dos bicos e da peça
devem estar bem apoiadas.
Conservação do paquímetro
• Manejar o paquímetro sempre com todo cuidado, evitando choques.
• Não deixar o paquímetro em contato com outras ferramentas, o que pode causar
danos ao instrumento.
Exercícios
Micrômetro
O arco é feito de aço especial ou fundido, tratado termicamente para eliminar tensões
internas.
O isolante térmico evita a dilatação do arco, onde está fixado, porque isola a
transmissão de calor das mãos para o instrumento.
Características do micrômetro
Micrômetro de profundidade
Conforme a profundidade a ser medida, utilizam-se hastes de extensão que são
fornecidas juntamente com o micrômetro.
Micrômetro interno tipo paquímetro - serve para medidas acima de 5mm e, a partir
daí, varia de 25 em 25mm.
0,01
R= = 0,001mm
10
A = 20,000 mm
+ B = 0,500 mm
C = 0,110 mm
D = 0,008 mm
Total = 20,618 mm
A = 18,000 mm
+ B = 0,090 mm
C = 0,006 mm
Total = 18,096 mm
0.5
Resolução = = 0,005mm
100
Exercícios
Leia cada uma das medidas e escreva a medida na linha abaixo de cada desenho.
a)
Leitura: ............................................
b)
Leitura: ............................................
c)
Leitura: ............................................
d)
Leitura: ............................................
e)
Leitura: ............................................
f)
Leitura: ............................................
g)
Leitura: ............................................
h)
Leitura: ............................................
i)
Leitura: ............................................
j)
Leitura: ............................................
k)
Leitura: ............................................
l)
Leitura: ............................................
m)
Leitura: ............................................
n)
Leitura: ............................................
o)
Leitura: ............................................
p)
Leitura: ............................................
Goniômetro
Existem diversos modelos de goniômetro que servem para medir ângulo agudo e
ângulo obtuso; existe também o goniômetro de precisão.
1° 60′
resolução = = = 5′
12 12
Leitura do goniômetro
Os graus inteiros são lidos na graduação do disco, com o traço zero do nônio. Na
escala fixa, a leitura pode ser feita tanto no sentido horário quanto no sentido anti-
horário.
A leitura dos minutos é realizada a partir do zero do nônio, seguindo a mesma direção
da leitura dos graus.
Conservação do goniômetro
Como outros instrumentos de medição, o goniômetro deve ser guardado em local
apropriado, livre de pó ou umidade; evitar quedas e contato com ferramentas de
oficina.
Instrumentos de traçagem
Antes que seja iniciada a usinagem de peças em bruto produzidas por forjamento ou por
fundição, ou de peças pré-usinadas, realiza-se uma operação que indica o local e a
quantidade de material a ser retirado. Essa operação se chama traçagem.
Instrumentos e materiais
bloco de ferro
fundido
mesa
Para medir, usa-se a escala e o goniômetro ou calibrador traçador. Para traçar, usa-se
o riscador, o compasso e o calibrador traçador.
dispositivo de
riscador ajuste fino
parafuso de
chamada parafuso
de fixação
de ajuste
compasso fino
parafuso de
fixação do
riscador parafuso de
fixação do
cursor
centro
arco
desempeno
cantoneira
cubo de
traçagem
calços
Para auxiliar na traçagem, usa-se régua, esquadros com base, esquadro de centrar,
suta, tampões, gabaritos.
Desempeno
pé pé
pé com nivelador
nervuras
pés com
niveladores
O plano de referência serve para traçado com calibrador traçador ou para a verificação
de superfícies planas.
Dimensões (mm)
400 x 250 1000 x
1000
400 x 400 1600 x
1000
630 x 400 2000 x
1000
630 x 630 3000 x
1000
1000 x 630
pé nivelador
pé nivelador
A régua de traçar é fabricada de aço- carbono, sem escala, com faces planas e
paralelas. Tem uma das bordas biselada, ou seja, chanfrada. Ela serve de guia para o
riscador, quando se traçam linhas retas.
Riscador e compasso
pino de manejo
mola
articulação
parafuso de
regulagem
porca de
pernas regulagem
pontas
Para melhor conservação, após o uso, todos esses instrumentos devem ser limpos,
lubrificados e guardados em local apropriado livre de umidade e de contato com outras
ferramentas.
Martelo e punção
O martelo é uma ferramenta manual que serve para produzir choques. O martelo pode
ser de dois tipos: de pena e de bola.
A cabeça e a bola (ou a pena) são tratadas termicamente, para terem a dureza
aumentada e para resistirem aos choques.
A madeira do cabo deve ser flexível, sem defeitos e de boa qualidade. Sua seção é
oval para possibilitar maior firmeza na empunhadura. O comprimento vai de 30 a
35cm.
Essa ferramenta é usada para marcar pontos de referência no traçado e centros para
furação de peças. A marcação é feita por meio de pancadas dadas com martelo na
cabeça do punção.
Os punções de 30o e 60o são usados quando se deseja marcar os centros e os pontos
de referência com mais intensidade. Os punções de 90o e 120o são usados para fazer
marcações leves e guias para pontas de brocas.
Tipos Usos
Para marcar, o punção deve ser apoiado sobre o ponto desejado e inclinado para a
frente, a fim de facilitar a visão do operador.
Soluções corantes
Para que o traçado seja mais nítido, as superfícies das peças devem ser pintadas com
soluções corantes. O tipo de solução depende da superfície do material e do controle
do traçado. O quadro a seguir resume as informações sobre essas soluções.
Aços
Aço é a liga ferro-carbono que contém geralmente entre 0,008% até 2,11% de
carbono, além de outros elementos que resultam dos processos de fabricação.
O aço é obtido a partir do ferro-gusa líquido, produzido nos altos-fornos das usinas
siderúrgicas, no setor denominado aciaria.
Esses elementos residuais têm influência no desempenho do aço e, por isso, devem
ter suas quantidades controladas. Veja quadro a seguir.
A quantidade de carbono tem influência decisiva nas propriedades dos aços. Ela influi
na dureza, na resistência à tração e na maleabilidade dos aços. Quanto mais carbono
um aço contiver, mais duro ele será.
Soldado Forjado
O aço é ainda o material mais usado na indústria mecânica e pode ser trabalhado
pelos mais diversos processos de fabricação. Suas propriedades mecânicas permitem
que ele seja soldado, curvado, forjado, dobrado, trefilado, laminado e trabalhado por
meio de ferramentas de corte.
Aço-liga
Os principais elementos que adicionam-se aos aços são os seguintes: alumínio (Al),
manganês (Mn), níquel (Ni), cromo (Cr), molibdênio (Mo), Vanádio (V), Silício (Si),
cobre (Cu), cobalto (Co) e tungstênio (W).
De um modo geral, ao introduzir elementos de liga nos aços visa-se aos seguintes
objetivos:
• Alterar as propriedades mecânicas;
• Aumentar a usinabilidade;
• Aumentar a temperabilidade;
• Conferir dureza a quente;
• Aumentar a capacidade de corte;
• Conferir resistência ao desgaste;
• Conferir resistência ä corrosão;
• Conferir resistência à oxidação (ao calor);
• Modificar as características elétricas e magnéticas.
Na tabela da página seguinte, são mostrados os efeitos dos elementos de liga mais
comuns, que são incorporados nos aços especiais, considerando a influência que eles
exercem em algumas propriedades que os aços especiais devam apresentar.
A tabela a seguir mostra classificação dos aços, segundo os sistemas SAE e AISI. Ela
deve ser consultada quando necessário.
Designação
Tipo de aço
SAE AISI
10 XX C 10 XX aços ao carbono comuns
11 XX C 11 XX aços de fácil usinagem com alto teor de enxofre
13 XX 13 XX aços ao manganês com 1,75% de Mn
23 XX 23 XX aços-níquel com 3,5% de Ni
25 XX 25 XX aços-níquel com 5% de Ni
31 XX 31 XX aços-níquel-cromo com 1,25% de Ni e 0,65% de Cr
33 XX E 33 XX aços-níquel cromo com 3,5% de Ni e 1,57% de Cr
40 XX 40 XX aços-molibdênio com 0,25% de Mo
aços-cromo-molibdênio com 0,50% ou 0,95% de Cr e 0,12%;
41 XX 41 XX
0,20% ou 0,25% de Mo
aços-níquel-cromo-molibdênio com 1,82% de Ni; 0,50% ou
43 XX 43 XX
0,80% de Cr e 0,25% de Mo
aços-níquel-cromo-molibdênio com 1,05% de Ni; 0,45% de Cr
46 XX 46 XX
e 0,20% de Mo
48 XX 48 XX aços-níquel-molibdênio com 3,50% de Ni e 0,25% de Mo
50 XX 50 XX aços-cromo com 0,27%; 0,40% ou 0,50% de Cr
51 XX 51 XX aços-cromo com 0,80% a 1,05% de Cr
511 XX E511 XX aços de médio cromo para rolamentos com 1,02% de Cr
521 XX E521 XX aços de alto cromo para rolamentos com 1,45% de Cr
aços-cromo-vanádio com 0,80% ou 0,95% de Cr e 0,10% ou
61 XX 61 XX
0,15% de V no mínimo
aços-níquel-cromo-molibdênio com 0,55% de Ni; 0,50% ou
86 XX 86 XX
0,65% de Cr e 0,20% de Mo
aços-silício-manganês com 0,65%, 0,82%, 0,85% ou 0,87% de
92 XX 92 XX
Mn; 1,40% ou 2% de Si; 0%; 0,17%; 0,32% ou 0,65% de Cr
aços-níquel-molibdênio com 3,25% de Ni; 1,20% de Cr e
93 XX 93 XX
0,12% de Mo
aços-níquel-cromo-molibdênio com 1% de Ni; 1,20% de Cr e
98 XX 98 XX
0,12% de Mo
XXBXX XX B XX aços-boro com 0,0005% de B no mínimo
10 XX
23 XX
O sistema brasileiro da ABNT baseou-se nos sistemas SAE e AISI para elaborar seu
sistema de classificação.
A seguir, são apresentadas duas tabelas da ABNT: uma para a classificação dos aços-
liga e outra para a classificação dos aços-carbono. Em ambas estão a porcentagem
aproximada dos elementos de liga.
4130 0,28 - 0,33 0,40 0 0,60 0,20 - 0,35 0,80 - 1,10 - 0,15 - 0,25
4135 0,33 - 0,38 0,70 - 0,90 0,20 - 0,35 0,80 - 1,10 - 0,15 - 0,25
4140 0,38 - 0,43 0,75 - 1,00 0,20 - 0,35 0,80 - 1,10 - 0,15 - 0,25
4320 0,17 - 0,22 0,45 - 0,65 0,20 - 0,35 0,40 - 0,60 1,65 - 2,00 0,20 - 0,30
4340 0,38 - 0,43 0,60 - 0,80 0,20 - 0,35 0,70 - 0,90 1,65 - 2,00 0,20 - 0,30
8615 0,13 - 1,18 0,70 - 0,90 0,20 - 0,35 0,40 - 0,60 0,40 - 0,70 0,15 - 0,25
8620 0,18 - 0,23 0,70 - 0,90 0,20 - 0,35 0,40 - 0,60 0,40 - 0,70 0,15 - 0,25
8630 0,28 - 0,33 0,70 - 0,90 0,20 - 0,35 0,40 - 0,60 0,40 - 0,70 0,15 - 0,25
8640 0,38 - 0,43 0,75 - 1,00 0,20 - 0,35 0,40 - 0,60 0,40 - 0,70 0,15 - 0,25
8645 0,43 - 0,48 0,75 - 1,00 0,20 - 0,35 0,40 - 0,60 0,40 - 0,70 0,15 - 0,25
8650 0,48 - 0,53 0,75 - 1,00 0,20 - 0,35 0,40 - 0,60 0,40 - 0,70 0,15 - 0,25
8660 0,55 - 0,65 0,75 - 1,00 0,20 - 0,35 0,40 - 0,60 0,40 - 0,70 0,15 - 0,25
E9315 0,13 - 0,18 0,45 - 0,65 0,20 - 0,35 1,00 - 1,40 3,00 - 3,50 0,08 - 0,15
O tipo 6150 tem 0,15% mínimo de vanádio.
Aços inoxidáveis
Um ano mais tarde na Alemanha, Eduard Maurer, que estudava uma liga Fe-Cr que
continha além dos elementos da liga de Brearly cerca de 8% de Ni. Como resultado
observou que a liga resistiu vários meses à vapores agressivos do laboratório no qual
trabalhava.
Passados mais de 70 anos, hoje sabemos que os aços descobertos por eles eram os
nossos conhecidos AISI 420 (martensítico) e o AISI 302 (austenítico) respectivamente.
Era um pouco difícil de compreender na época, que aquecendo-se duas ligas a altas
temperaturas (1.000 ºC) e resfriando-as rapidamente, obtinhamos duas ligas
completamente diferentes, uma com alta dureza (AISI 420) e outra com ótima
ductilidade (AISI 302).
Na verdade este tipo de aço não é eterno e sim apresenta geralmente uma maior
resistência à corrosão, quando submetido a um determinado meio ou agente
agressivo. Apresenta também uma maior resistência à oxidação a altas temperaturas
em relação a outras classes de aços, quando, neste caso em particular, recebe a
denominação de aço refratário.
Martensíticos
Estes aços, após resfriamento rápido de alta temperatura, mostram uma estrutura
caracterizando alta dureza e fragilidade, denominada Martensítica.
Contém de 12 a 17% de Cromo e 0,1 a 0,5% de carbono (em certos casos até 1% de
carbono) e podem atingir diversos graus de dureza pela variação das condições de
aquecimento e resfriamento (tratamento térmico).
Ferrítico
Após resfriamento rápido de alta temperatura eles mostram uma estrutura macia e
tenaz, altamente homogênea, conhecida com ferrítica.
Contém de 16 a 30% de Cromo.
Não podem ser endurecidos por tratamento térmico e são basicamente usados nas
condições de recozido.
Possuem uma maior trabalhabilidade. e maior resistência à corrosão que os aços
martensíticos devido ao maior teor de cromo.
Possuem boas propriedades físicas e mecânicas e são efetivamente resistentes à
corrosão atmosférica e a soluções fortemente oxidantes.
São ferromagnéticos.
As aplicações principais são aquelas que exigem boa resistência à corrosão, ótima
aparência superficial e requisitos mecânicos moderados.
Apresentam, tendência ao crescimento de grão após soldagem, particularmente para
seções de grande espessura, experimentando certas formas de fragilidade.
Austeníticos
Os aços inoxidáveis apresentam uma boa resistência a corrosão, porém, em alguns
casos outras características além da resistência à corrosão são necessários, para a
utilização dos mesmos em determinadas aplicações; acrescentamos então outros
elementos de liga para que o aço inoxidável adquira essas características.
Uma grande melhoria em muitas propriedades é conseguira com a introdução de Ni
como elemento de liga. Consegue-se uma mudança na estrutura, transformando ligas
ferríticas em ligas austeníticas (estrutura de alta resistência e tenacidade).
Os aços inoxidáveis austeníticos são conhecidos pela sua excelente resistência à
corrosão em muitos meios agressivos.
Dos três grupos, estes aços são os que apresentam maior resistência à corrosão. Eles
combinam baixo limite de escoamento com alta resistência a tração e bom
alongamento, oferecendo as melhores propriedades para trabalho a frio.
Não podem ser endurecido por tratamento térmico, mas suas resistência a tração e
dureza podem ser aumentadas por encruamento.
Não são ferromagnéticos.
Eles possuem uma ampla faixa de propriedades mecânicas, oferecendo boa
ductilidade e resistência a altas e/ou baixíssimas temperaturas, além de boa
trabalhabilidade e soldabilidade.
A resistência a corrosão dos aços inoxidáveis aos diversos meios químicos permitem o
seu emprego em, recipientes, tubulações e componentes de equipamentos de
processamento de produtos alimentares e farmacêuticos, de celulose e papel, de
produtos de petróleo e de produtos químicos em geral.
Ferro fundido
Ferro fundido é uma liga básica ternária, isto é, composta de três elementos: ferro,
carbono (2,11 a 6,69%) e silício (1 a 2,8%). Existe também o ferro fundido ligado, ao
qual são acrescentados outros elementos de liga para dar uma propriedade especial à
liga ternária.
Aplicações do ferro fundido branco - por causa da elevada dureza, o ferro fundido
branco é frágil, embora tenha grande resistência à compressão, ao desgaste e à
abrasão. Essa resistência e dureza se mantêm mesmo sob temperaturas elevadas e
por essa razão é empregado em equipamentos de manuseio de terra, mineração e
moagem, rodas de vagões e revestimento de moinhos.
O ferro fundido maleável de núcleo preto, também conhecido por americano, passa por
um tratamento térmico em atmosfera neutra, na qual a cementita se decompõe em
ferro e carbono. O carbono forma uma grafita compacta, diferente da forma laminada
dos ferro fundido cinzento.
O ferro fundido maleável de núcleo branco passa por um tratamento térmico, no qual o
carbono é removido por descarbonetação, não havendo a formação de grafita. Por
essa razão, adquire características semelhantes às de um aço de baixo teor de
carbono.
No Brasil, essas informações são padronizadas pela norma NBR 6589 da ABNT
(Associação Brasileira de Normas Técnicas) que, por sua vez, é uma reunião das
normas estabelecidas pela AISI (American lron and SteeL lnstitute - Instituto
Americano do Ferro e do Aço) e pela SAE (Society of Automotive lndustry - Sociedade
da lndústria Automotiva).
As normas para o ferro fundido estão baseadas nos dados correspondentes a suas
propriedades de resistência à tração, alongamento e limite de escoamento e são
representadas por números e letras. Para cada tipo de ferro fundido existe um padrão
e uma representação.
Assim, o ferro fundido cinzento é classificado pela norma NBR 6589, de acordo com
seus limites de resistência à tração. A classificação é codificada por duas letras e um
número de três dígitos: FC-XXX. As letras FC indicam que é o ferro cinzento e o
número indica a resistência à tração em MPa, abreviatura de Mega Pascal, é uma
unidade de medida de pressão equivalente a um Newton por milímetro quadrado ou a
aproximadamente um décimo de quilograma-força por milímetro quadrado.
Tipos MPa
FC-100 100
FC-150 150
FC-200 200
FC-250 250
FC-300 300
FC-400 400
Por exemplo: FC-200 é um ferro fundido cinzento com 200 Mpa ou aproximadamente
20 kgf/mm2 de resistência à tração.
O ferro fundido maleável de núcleo preto é normalizado pela NBR 6590. Sua
designação é composta por três letras e cinco dígitos, dos quais os três primeiros
indicam a resistência à tração em MPa e os dois últimos representam a porcentagem
de alongamento: FMP 30006, FMP 35012, FMP 45007, FMP 50005, FMP 55005, FMP
65003, FMP 70002. Assim, FMP 55005 é um ferro fundido maleável de núcleo preto
com 550 MPa de limite de resistência à tração e 5% de alongamento mínimo.
Para o ferro fundido branco não existe uma norma brasileira Segue-se a norma
americana ASTM (American Society for Testing and Materiais - Sociedade Americana
de Testes e Materiais) que, por intermédio da especificação A532-75a, indica as
classes em I, lI, lll, e tipos A, B, C, D , de acordo com a dureza Brinell, o tipo de
moldagem, o tratamento térmico e a composição química.
Alumínio
Obtenção do alumínio
A bauxita foi formada pela decomposição de rochas alcalinas que durante milhões de
anos sofreram infiltração de água e transformaram-se em argila; essa argila é
composta principalmente de óxido de alumínio hidratado, que é a alumina, misturado
com óxido de ferro, sílica, titânio e outras impurezas. A proporção de alumina na argila
está entre 40 e 60%. O minério é retirado por retroescavadeiras e transportado por
caminhões à área de armazenamento.
Além disso, o alumínio é um material que pode ser unido por todos os processos
usuais: soldagem, rebitagem, colagem e brasagem. Apresenta excelente condutividade
térmica, quatro vezes maior que a do aço, e sua superfície aceita os mais variados
tipos de tratamento, tais como anodização, verniz e esmalte.
Ligas de alumínio
Conformação mecânica
Tratamento térmico
As ligas para conformação devem ser obrigatoriamente bastante dúcteis para serem
trabalhadas a frio ou a quente pelos processos de conformação mecânica, que são a
laminação, a trefilação, o forjamento e a extrusão. Após passarem por esses
processos, as ligas são comercializadas sob a forma de laminados planos (chapas e
folhas), barras, arames, perfis e tubos extrudados e peças forjadas.
Pela norma, os materiais para conformação mecânica são indicados por um número de
quatro dígitos em que:
• O primeiro classifica a liga pela série de acordo com o principal elemento
adicionado;
• O segundo dígito, para o alumínio puro, indica modificações nos limites de
impureza: 0 - nenhum controle, ou de 1 a 9 - controle especial de uma ou mais
impurezas; para as ligas, o número diferente de zero indica qualquer modificação
da liga original.
• O terceiro e o quarto dígitos, para o alumínio puro, indicam o teor de alumínio
acima de 99%; quando se referem às ligas, identificam as diferentes ligas do grupo.
Considere-se, como exemplo, uma liga de alumínio número 1035. O primeiro dígito (1)
significa que se trata de uma liga da série 1XXX, que se refere ao alumínio
comercialmente puro. O segundo dígito (0) indica que é um alumínio sem controle
especial de impurezas. Finalmente, os dois últimos dígitos (35) significam que é um
material com 99,35% de alumínio.
Outro exemplo: alumínio 6463A. O quadro indica que o primeiro dígito (6) se refere à
série 6XXX, correspondente à liga de alumínio com magnésio e silício. O segundo
dígito (4) indica que se trata de uma modificação da liga número 63 dessa série. A letra
A, que também é normalizada, indica que essa liga é uma pequena alteração da liga
6463 existente em outro país.
Para exemplificar, considere-se a liga 319.0: o dígito 3 indica que esta é uma liga de
alumínio com silício e cobre e/ou magnésio; o número 19 indica que é a 19O liga da
série; o dígito 0 após o ponto indica tratar-se de peça fundida.
Quando o último dígito indicativo da série para ligas de fundição é 2, sabe-se que se
trata de um lingote feito de material reciclado, fora de especificação em relação aos
níveis de impureza.
Introdução
Metais não ferrosos são todos os metais puros ou ligados, com exceção do ferro e
suas ligas.
A maioria dos metais puros é mole e tem baixa resistência à tração. Quanto maior for a
pureza, mais alto será o ponto de fusão, maior a condutibilidade elétrica e a resistência
à corrosão.
Na indicação dos metais não ferrosos puros, deve-se usar a designação química do
elemento mais o grau de pureza.
Cobre Cu Manganês Mn
Chumbo Pb Vanádio V
Zinco Zn Cobalto Co
Níquel Ni Cádmio Cd
Estanho Sn Alumínio Al
Tungstênio W Magnésio Mg
Molibdênio Mo Titânio Ti
Cromo Cr
Zn 99 , 99
Ex.:
Pureza = 99,99%
Elemento químico
Os minérios de onde são retirados os metais, além do próprio metal, contêm também
impurezas, tais como: oxigênio, hidrogênio e enxofre. A quantidade (porcentagem) de
metal varia em função do tipo de minério.
Para se obter um metal quase que totalmente puro (99,99%) usam-se normalmente
outros processos além do processo normal de alteração do metal siderúrgico, os quais
dependem do tipo de metal.
Minério
Calcinação
Redução
Metal bruto
Afinagem
(eliminação das impurezas)
Metal siderúrgico
Metal puro
Normalização
Segundo a DIN 1700, para metais puros escreve-se o símbolo do elemento químico
seguido do grau de pureza.
Exemplo:
Para as ligas, adota-se a seguinte forma:
Exemplos:
GD-Zn Al 4 Cu1 →Liga de zinco fundido sob pressão com 4% de Al, 1% de Cu.
AlCu Mg1 F40 →Liga de alumínio com ±4% de Cu, ±1% de Mg e resistência a tração de
40kgf/mm2 ≅ 390N/mm2.
É feita pela indicação (símbolo químico) dos metais que nela estão contidos, seguidos
pelo teor (em porcentagem) de cada um dos metais.
Exemplo: Designação
Cu Zn 40 Pb2
Chumbo 2%
Zinco 40%
Liga de cobre
Cobre (Cu)
Propriedades do cobre
Normalização
Exemplo: E-Cu 99,99
Cobre especialmente puro
Obtenção pela eletrólise (E)
É fácil de fundir, dobrar, forjar, repuxar, tanto a quente como a frio. A deformação a frio
deixa o cobre duro e difícil de dobrar. Com o cobre recozido a uma temperatura de
aproximadamente 600ºC, e sem o resfriamento rápido, elimina-se a dureza proveniente
da deformação a frio. Nos processos de usinagem com cavacos, devem-se usar
ferramentas com grande ângulo de saída e, como fluido de corte, o óleo solúvel.
Aplicação
É normalmente empregado para confecção de fios e cabos condutores elétricos,
sistemas de aquecimento e resfriamento, tubos, chapas, peças fundidas e peças de
artesanato.
Chumbo (Pb)
É um metal com aspecto exterior característico, pois apresenta uma cor cinza azulada.
Sua superfície de ruptura (recente) é de uma cor branca prateada muito brilhante. É
fácil de reconhecê-lo pelo peso: é um material muito denso e macio.
O chumbo é muito dúctil, fácil de dobrar, laminar, martelar (a frio). Os tubos são
curvados com auxílio de uma mola ou enchendo-os de areia fina e seca, ou com ajuda
de um aparelho de curvar.
Propriedades do chumbo
Densidade (ρ) kg
11,3
dm 3
Ponto de fusão ºC 327ºC
Resistência à tração N
15...20
mm 2
Alongamento 50...30%
Liga-se com dificuldade a outros metais, exceto o estanho, com o qual se produz a
solda de estanho. É bem resistente à corrosão, pois, quando exposto ao ar, recobre-se
de uma camada protetora de óxido.
Designação do chumbo
Norma DIN 1719 : 1963
Precaução
Partículas de chumbo que aderem às mãos podem penetrar no organismo e provocar
uma intoxicação por isso é indispensável lavar bem as mãos após, seu manuseio.
Aplicação
É aplicado, de forma geral, no revestimento de cabos elétricos subterrâneos e de
recipientes para ácidos, usados na indústria química. Como liga chumbo-estanho, é
utilizado na solda.
Zinco (Zn)
É muito sensível aos ácidos, que o atacam e destroem, sendo portanto impossível
conservar ácidos em recipientes de zinco.
Propriedades do zinco
Densidade (ρ) kg
7,1
dm 3
Ponto de fusão ºC 419ºC
Resistência à tração N
20...36
mm 2
Alongamento 1%
Com liga, o zinco de alumínio se torna mais resistente; com liga de cobre, mais duro. O
magnésio compensa as impurezas existentes e igualmente o torna mais duro. Também
o bismuto, o chumbo e o tálio melhoram consideravelmente as propriedades do zinco
para sua usinagem.
Designação do zinco
Norma DIN 1706
Aplicação
Peças de aço que estejam sujeitas à oxidação do tempo, devem receber uma
zincagem (banho de zinco) para sua proteção.
Peças complicadas são obtidas através de fundição por injeção, a qual facilita a
fabricação em série e aumenta a precisão das peças.
Estanho (Sn)
Propriedades do estanho
Densidade kg
7,3
dm 3
Temperatura de liquefação 232ºC
Resistência à tração N
40...50
mm 2
Ductibilidade 50%
Designação do estanho
Denominação Norma
Estanho Sn 99,9
Liga fundida Cu Sn 6
Aplicação
O estanho puro não é empregado em construções de peças devido a sua pequena
resistência à tração.
Para melhorar as propriedades dos metais com base o cobre, são adicionadas ligas
de outros metais, como o zinco e o estanho. As ligas de cobre possuem cores
diferentes, conforme o metal que entra na constituição da liga e na proporção em que é
adicionado. As ligas de cobre mais importantes são: latão, bronze e latão vermelho.
Latão
Produção do latão
Cobre Zn
Latão
Tomback, Latão especial
Fundição Laminados
Fundição em Chapas
areia Tiras
Barras maciças
Fundição em Tubos
coquilha Arames
Peças de pressão
Barras perfiladas
Propriedades do latão
Latão
Massa específica 8,5kg/dm3 Classifica-se segundo
Ponto de fusão 980ºC DIN 1709, 17660, 17661
1. Ligas de fundição (latão fundido)
Denominação Abreviatura Composição em % Propriedades Emprego
especiais
Latão fundido G - CuZn 64 até 3 Pb Boa condutibi- Instalações
36 lidade para gás,
Latão de G - CuZn 62 até 3 Pb Superfície água e para
Restante
fundição em 38 brilhante indústria
coquilha elétrica
Latão fundido G - CuZn 60 até 2 Pb Superfície
sob pressão 40 brilhante
É fácil de dobrar e repuxar. Tem uma resistência maior do que a do cobre (200 -
800N/mm2).
Aplicação
Devido a sua boa resistência à corrosão causada pelo ar e fluidos, o emprego do latão
fundido é muito grande na fabricação de válvulas, torneiras e registros.
Bronze
O bronze é uma ligas com 60% de cobre e um ou vários elementos de liga. O bronze
pode ser classificado em ligas fundidas e ligas laminadas. O quadro a seguir mostra os
diversos tipos de bronze.
Tipos de bronze
Bronze
- ao estanho
- fosforoso
- ao alumínio
- ao chumbo
- ao silício
- ao manganês
- ao berílio
Ligas de Ligas de
Laminação Fundição
Propriedades e aplicações
As ligas de bronze variam entre macias e duras. Resistem muito bem à corrosão.
Devido a sua fácil fusão, são empregadas na fabricação de sinos, buchas e peças
hidráulicas.
Propriedades do bronze
Densidade (ρ) kg
7,6 - 8,8
dm 3
Ponto de fusão 900 - 1000ºC
Resistência à tração N
350 - 770
mm 2
Bronze ao estanho
Esta liga tem de 4 a 20% de estanho. É dúctil e elástica, dura e resistente à corrosão.
Cu Sn 6
6% de estanho
94% de cobre
Bronze ao chumbo
Até 25% de chumbo. Boa característica de deslizamento, autolubrificante. Empregada
na construção de buchas.
G - Cu Pb 15 Sn
75% de cobre
15% de chumbo
8% de estanho
2% de zinco
Bronze ao alumínio
Esta liga tem de 4 a 9% de alumínio. Resistente à corrosão e ao desgaste. Utilizada na
construção de buchas, parafusos sem-fim e rodas-dentadas.
Cu Al8 Fe F45
89% de cobre
8% de alumínio
≅ 1% de ferro
F45 - resistência à tração = 450N/mm2
O latão vermelho é uma liga de cobre, estanho (bronze) e zinco, cujo componente
predominante é o cobre.
Densidade kg
8,6
dm 3
Ponto de fusão 900 - 1000ºC
Resistência à tração N
240 - 650
mm 2
G - Cu Sn 10 Zn
G = Fundido
10% de estanho
≅ 3% de zinco
87% de cobre
Tratamento térmico
Tratamentos térmicos são ciclos térmicos a que são submetidos os aços. São
compostos por operações de aquecimento, a uma velocidade adequada, com
permanência por tempo suficiente em temperatura de tratamento correta e velocidade
de resfriamento compatível com o objetivo desejado.
Meio de resfriamento
Solução aquosa a 10% NaOH
Solução aquosa a 10% NaCL
Solução aquosa a 10% Na2CO3
Água a 0° C
Água a 18° C
Água a 25° C
Óleo 1
Óleo 2
Óleo 3
Água a 50° C
Tetracloreto de carbono
Água a 75° C
Água a 100° C
Ar liqüido
Ar
Vácuo
Com esfriamento mais rápido, em ar, por exemplo (curva B), o aço apresentará
perlita fina, com dureza elevada. Com velocidade de esfriamento maior, em óleo
(curva C), a transformação iniciada em Ci e terminada em Cf dá como constituinte
perlita mais fina, com dureza maior. Com resfriamento ainda mais rápido (curva D),
verifica-se que o início de transformação se dá no ponto Di. A velocidade de
esfriamento agora é tal que não possibilita que a curva de esfriamento D toque na
curva de fim de transformação, de modo que a transformação em perlita apenas se
inicia, interrompendo-se em seguida e, ao atingir o ponto DMi, a austenita que não se
transformou passa a martensita, cuja formação termina em DMf. A estrutura resultante
dessa velocidade de esfriamento é simultaneamente perlita e martensita.
Com esfriamento muito rápido (curva F), em água, verifica-se que a curva de
esfriamento não toca na curva de transformação, de modo que não há transformação
da austenita em produto lamelar, mas simplesmente passagem a martensita, quando,
no esfriamento, são atingidas as temperaturas correspondentes a Mi e Mf. Logo, os
aços esfriados mais rapidamente são os mais duros. Há uma curva de esfriamento
(curva E), que tangencia a curva C de início de transformação para esfriamento
contínuo. Essa velocidade de esfriamento, denominada velocidade crítica de têmpera,
indica que é desnecessário esfriar-se o aço mais rapidamente para que se produza
estrutura martensítica. Pode-se definir a velocidade crítica de esfriamento (ou de
têmpera) como “a menor velocidade de esfriamento que produzirá estrutura
inteiramente martensítica”.
Antes Depois
Para ocorrer essa transformação, o aço deve ser aquecido entre 680ºC e 750ºC.
Esta temperatura deve ser mantida o tempo suficiente para homogeneizar a
temperatura em toda a peça e o resfriamento deve ser lento, cerca de 10º a 20ºC por
hora. A figura a seguir mostra esquematicamente as faixas de temperaturas utilizadas
no recozimento de esferoidização.
O esfriamento após o revenido é feito em ar livre, salvo nos casos de aços que
sofrem um fenômeno chamado fragilidade ao revenido (aços ligados ao Cr e Ni),
quando revenidos nas faixas entre 260ºC e 315ºC e, também, entre 450ºC e 600ºC. É
recomendado que, no caso de dúvida quanto à susceptibilidade do aço a este
problema ou quando o revenido tiver que ser feito nestas faixas de temperatura, que
seja seguido de resfriamento brusco em água fria.
Tratamentos Isotérmicos
A têmpera superficial pode ser realizada por dois processos: chama e indução.
Tratamentos termoquímicos
Os processos termoquímicos são aplicados nos aços com baixo teor de carbono
com o objetivo de aumentar sua dureza superficial e a resistência ao desgaste,
mantendo o núcleo dúctil e tenaz.
Cementação – aplica-se a aços com até 0,30% de carbono e com baixo teor de
elementos de ligas.
A cementação é aplicada em peças como engrenagens, eixos, parafusos, etc.,
que necessitam de resistência mecânica e de alta dureza na superfície e núcleo dúctil
com boa tenacidade.
Fresadoras
Fresadora
A fresadora é uma máquina-ferramenta de movimento contínuo que realiza a
usinagem de materiais por meio de uma ferramenta de corte chamada de fresa.
A mesa serve de apoio para as peças que vão ser usinadas e que podem ser
montadas diretamente sobre elas, ou por meio de acessórios de fixação. Assim, a
mesa é dotada de ranhuras que permitem alojar os elementos de fixação.
Na base inferior, o carro transversal está acoplado ao suporte da mesa por meio
de guias. Com o auxílio de porca e fuso, ele desliza sobre o suporte e esse movimento
pode ser realizado manual ou automaticamente por meio da caixa de avanços. Ele
pode ser imobilizado por meio de um dispositivo adequado.
Características da fresadora
Para a usinagem de materiais na fresadora, utiliza-se a fresa, uma ferramenta de
corte de múltiplas arestas que é montada no eixo porta-fresas.
Funcionamento
Na fresadora, distinguem-se dois movimentos essenciais.
1. o movimento de corte (da ferramenta de rotação contínua);
2. o movimento de avanço da peça, que é fixada a uma mesa que se movimenta
segundo três eixos ortogonais, ou é dotada de movimento giratório por meio
de fixação em placas giratórias da mesa divisora e divisores.
Condições de uso
Para que o rendimento do trabalho seja o melhor possível, a fresadora deve ser
mantida em bom estado de conservação.
Tipos de fresadoras
As máquinas fresadoras são geralmente classificadas de acordo com a posição
do eixo-árvore em relação à mesa de trabalho e de acordo com o tipo de trabalho que
realizam. Assim, de acordo com a posição do eixo-árvore, elas podem ser:
• horizontal;
• vertical;
• mista.
Fresadora Universal
Além das características comuns a todas as fresadoras, a fresadora universal
apresenta dois eixos-árvore: um horizontal e outro vertical.
Alguns desses cabeçotes têm dupla articulação. Isso permite a inclinação do eixo
porta-fresa no ângulo desejado em relação à superfície da mesa.
A mesa da fresadora universal é montada sobre uma base que permite girá-la no
plano horizontal até um ângulo de inclinação de 45o nos dois sentidos.
A essa mesa pode ser adaptado um aparelho divisor universal que permite a
fresagem de engrenagens cilíndricas ou cônicas de dentes retos ou helicoidais.
Fresas
Para cortar o material, os dentes da fresa têm forma de cunha que apresentam
os seguintes ângulos:
• ângulo de saída ⇒ γ
• ângulo de cunha ⇒ β
• ângulo de folga ⇒ α
Para a fresagem de materiais de dureza média, como aço até 700 N/mm2,
empregam-se as fresas do tipo N, que têm um ângulo de cunha de valor médio
(β=73o).
Finalmente, para fresar materiais duros e quebradiços e aços com mais de 700
N/mm2 , emprega-se a fresa do tipo H, que têm um ângulo β = 81o.
Tipos de fresas
Fresas de perfil constante: são fresas usadas para abrir canais, superfícies
côncavas e convexas e gerar dentes de engrenagens.
• Fresa módulo
• Fresa caracol
Trem de fresagem
Para a execução de fresagem de peças com perfis diferentes, pode-se montar
um trem de fresagem, se uma máquina com potência suficiente está disponível.
Fixação da fresa
A fresa deve trabalhar concentricamente em relação ao eixo-árvore da máquina-
ferramenta. Quando isso não acontece, as navalhas ou dentes mais salientes da fresa
sofrem um desgaste prematuro e um esforço demasiado que ocasiona ondulações na
superfície da peça e, conseqüentemente, diminuição da produtividade.
• Fresa de topo com haste cônica; fixada diretamente no eixo árvore com auxílio
de mandril cônico com tirante.
• Fresa de topo tipo Chipmaster, com haste cilíndrica e rosca externa fixado por
mandril Clarkson
Ferramentas de corte
Existem dois fatores de influência nas ferramentas de corte: a dureza dos materiais de
que são feitas e o ângulo da geometria de corte da ferramenta.
Normalmente os materiais das ferramentas de corte são aço carbono, aço rápido,
metal duro e cerâmica.
Aço carbono
O aço carbono utilizado para ferramentas de corte tem teores de carbono que variam
entre 0,7 e 1,5%; é utilizado em ferramentas para usinagem manual ou em máquinas-
ferramenta como, por exemplo, limas, talhadeiras, raspadores e serras. As ferramentas
de aço carbono são utilizadas para pequenas quantidades de peças e não se prestam
a altas produções; são pouco resistentes a temperaturas de corte superiores a 250o C,
daí a desvantagem de usar baixas velocidades de corte.
Aço rápido
As ferramentas de aço rápido possuem, além do carbono, vários elementos de liga,
tais como tungstênio (W), cobalto (Co), cromo (Cr), vanádio (Va), molibdênio (Mo) e
boro (B), que são responsáveis pelas propriedades de resistência ao desgaste e
aumentam a resistência de corte a quente até 550o C, possibilitando maior velocidade
de corte em relação às ferramentas de aço carbono.
Outra vantagem das ferramentas de aço rápido é que são reafiáveis, além de que um
grande número de arestas de corte pode ser produzido numa mesma ferramenta. As
ferramentas de aço rápido são comercializadas em forma de bastões de perfis
quadrados, redondos ou lâminas, conhecidos como bites.
Metal duro
O metal duro difere totalmente dos materiais fundidos, como o aço; apresenta-se em
forma de pó metálico de tungstênio (W), tântalo (Ta), cobalto (Co) e titânio (Ti),
misturados e compactados na forma desejada, recebendo o nome de briquete. O
último estágio de fabricação do metal duro é a sinterização, em que os briquetes se
tornam uma peça acabada de metal duro em forma de pastilha, sob uma temperatura
entre 1 300 e 1 600o C.
Todo esse processo garante ao metal duro grande resistência ao desgaste, com as
vantagens de alta resistência ao corte a quente, pois até uma temperatura de 800o C a
dureza mantém-se inalterada; possibilidade de velocidades de corte de 50 a 200m/min,
até vinte vezes superior à velocidade do aço rápido.
Cerâmica
Ângulo de folga α
Ângulo de cunha β
Ângulo de saída γ
Ângulo da ponta ε
É formado pela projeção das arestas lateral e principal de corte sobre o plano de
referência e medido no plano de referência; é determinado conforme o avanço. O
campo de variação situa-se entre 55 e 120o e o valor usual é 90o.
Formado pela projeção da aresta principal de corte sobre o plano de referência e pela
direção do avanço medido no plano de referência. Direciona a saída do cavaco e
influencia na força de corte. A função do ângulo χ é controlar o choque de entrada da
ferramenta. O campo de variação deste ângulo está entre 30 e 90o ; o valor usual é 75o
.
É o ângulo formado entre a aresta principal de corte e sua projeção sobre o plano de
referência medido no plano de corte. Tem por finalidade controlar a direção do
escoamento do cavaco e o consumo de potência, além de proteger a ponta da
ferramenta e aumentar seu tempo de vida útil; o ângulo de inclinação pode variar de
-10 a + 10o ; em geral, λ = -5o.
Material Ângulos
α β γ
2
Aço 1020 até 450N/mm 8 55 27
2
Aço 1045 420 a 700N/mm 8 62 20
2
Aço 1060 acima de 700N/mm 8 68 14
Aço ferramenta 0,9%C 6a 8 72 a 78 14 a 18
Aço inox 8 a 10 62 a 68 14 a 18
FoFo brinell até 250HB 8 76 a 82 0a6
FoFo maleável ferrítico brinell até 150HB 8 64 a 68 14 a 18
FoFo maleável perflítico brinell de 160HB a 240HB 8 72 10
Cobre, latão, bronze (macio) 8 55 27
Latão e bronze (quebradiço) 8 79 a 82 0a3
Bronze para bucha 8 75 7
Alumínio 10 a 12 30 a 35 45 a 48
Duralumínio 8 a 10 35 a 45 37 a 45
Duroplástico
Celeron, baquelite 10 80 a 90 5
Ebonite 15 75 0
Fibra 10 55 25
Termoplástico
PVC 10 75 5
Acrílico 10 80 a 90 0
Teflon 8 82 0
Nylon 12 75 3
p
aço rápido: rε = 4x s; ou rε ≥ ; onde
4
rε = raio da ponta da ferramenta
metal duro: s < 1,0mm/r → rε = 1mm
s = avanço
s ≥ 1,0mm/r → rε = s
p = profundidade
mm/r = unidade de avanço
Velocidade de corte
Para que haja corte de um determinado material por meio de uma ferramenta, é
necessário que o material ou a ferramenta se movimente um em relação ao outro.
e
Vc =
t
Em “n” rotações:
Observação
1m = 1000mm
A velocidade de corte é representada pelo dobro do curso (c) percorrido pela peça ou
a ferramenta multiplicado pelo número de golpes (n) realizados no espaço de tempo de
um minuto.
● Em golpes em um minuto,
Observação
No cálculo da velocidade de corte para máquinas-ferramenta, como as plainas, o valor
de c (curso) é determinado pela soma do comprimento da peça mais 30 mm, que é a
folga necessária para a ferramenta entrar e sair da peça.
METAIS FERROSOS
Velocidade de corte
Material a ser usinado (m/min.)
Avanço (s) em mm/rot.
Fer
0,1 0,2 0,4 0,8 1,6
AÇO CARBONO
HSS - 60 45 34 25
2
com resistência até 500N/mm (0,10% a 0,25% C) MD 280 236 200 170 67
HSS - 44 32 24 18
2
com resistência até 700 N/mm (0,30% a 0,45%C) MD 240 205 175 145 50
HSS - 32 24 18 13
2
com resistência até 900 N/mm (0,50% a 0,60%C) MD 200 170 132 106 34
AÇO LIGA E AÇO FUNDIDO
HSS - 34 25 19 14
2
com resistência até 900N/mm MD 150 118 95 75 24
HSS - 24 17 12 8,5
2
com resistência até 1250 N/mm MD 118 108 8,5 71 24
HSS - 9 - - -
2
com resistência até 1500 N/mm MD 50 40 32 27 8,5
FERRO FUNDIDO
(FC 100 a 150) HSS - 48 28 20 14
2
com resistência até 150N/mm MD 140 118 95 80 67
(FC 100 a 250) HSS - 43 27 18 13
2
com resistência até 250N/mm MD 125 90 75 63 53
FMP 55005 HSS - 32 18 13 9,5
2
com resistência até 550N/mm MD 106 90 75 63 53
AÇO AO MANGANÊS HSS - - - - -
MD 40 32 25 20 67
MATERIAIS NÃO-METÁLICOS
Material a ser usinado Velocidade de corte
(m/min.)
Termoplásticos (Nylon, PVC, Teflon, Acrílico, etc); borracha 25 - 40
Plásticos termofixos (duros) com ou sem fibras (baqueline, PVC lamin. com fibra 16 - 25
de vidro, etc)
Borracha sintética (ebonite, vulcanite) 18 - 30
Número de rotações e
golpes por minuto
Velocidade de corte
Para calcular o número de rotações por minuto, seja da peça no torno, seja da
fresa ou da broca, usa-se um dado chamado de velocidade de corte.
Exemplo de cálculo
Calcular o número de rotações por minuto para o torneamento de uma peça de
aço 1020 com resistência à tração de até 500 N/mm2 e diâmetro de 80 mm, usando
uma ferramenta de aço rápido, com um avanço de 0,2 mm/r.
Dados da máquina:
Rotações: 50; 75; 150; 250; 300;... /min
Avanços: 0,05; 0,1; 0,2; 0,3; ... mm/r
Dados do problema:
Vc = 60 m/min (dado de tabela)
d = 80 mm nr = ?
nr = 238,5/min
A rotação ideal para esse trabalho seria 238,5/min. Porém, para início de
usinagem, adota-se a rotação imediatamente inferior à rotação ideal, ou seja, 150/min.
Como a velocidade de corte é um dado empírico, o operador pode analisar as
condições gerais de corte (lubrificação, resistência do material, dureza da ferramenta,
rigidez da máquina, ângulo de posição da aresta de corte (χ) e aumentar a rotação
para 250/min.
Convém observar que uma rotação maior gera maior produção, porém,
conseqüentemente, o desgaste da ferramenta é maior. Sempre que possível, o
operador deve empregar a rotação mais econômica que associa o número de peças
produzidas à vida útil da ferramenta.
Exemplo 1
Calcular o número de rotações por minuto para furar uma peça de aço ABNT
1020 com resistência de até 500 N/mm2 com uma broca de 10 mm de diâmetro.
Dados da máquina: 100; 200; 250; 320; 400; 500; 630; 800; 1000; 1250/min.
d = 10mm Vc = 28 a 32 m/min (dados de tabela)
→ nr = 890,4 /min
→
nr = 1017,6 /min
Exemplo 2
Calcular o número de rotações para fresar em desbaste uma peça de aço ABNT 1045
com resistência até 700 N/mm2 com um cabeçote para fresar de 125 mm de diâmetro.
Dados da máquina: 50; 80; 100; 125; 250; 315; 400; 500; 630; 800; 1000; 1250/min.
d = 125 mm Vc: 62 a 80 m/min (dados da tabela)
→ nr = 157,72/min
→
nr = 203, 52/min
Como a velocidade dos rebolos é alta (da ordem de 2100 m/min), seus
fabricantes expressam-na em metros por segundo (m/s) a fim de diminuir seu valor
numérico. Por isso, é necessário multiplicar a fórmula original por 60 (porque 1 minuto
= 60 segundos), de modo a adequá-la à velocidade dos rebolos. Assim,
Vc = 35 m/s
d = 300 mm (diâmetro do rebolo)
Rotações do rebolo:
Rotações da peça:
Observação
Para o início da usinagem, a rotação escolhida para a peça deve ser
imediatamente inferior à rotação calculada. O operador deve analisar as condições de
corte e aumentá-la se julgar conveniente.
Observação
Golpe é o movimento de ida e volta da ferramenta ou da peça. A fórmula para
esse cálculo é:
Observação
O curso é igual ao comprimento da peça mais a folga de entrada e saída da
ferramenta, normalmente 30 mm.
Exemplo de cálculo
Calcular o número de golpes para o aplainamento de uma peça de aço ABNT
1020 com resistência à tração de 500 N/mm2 e 150 mm de comprimento, usando uma
ferramenta de aço rápido a uma velocidade de corte de 16 m/min.
Vc = 16 m/min
Nomograma
Nomograma de rotações por minuto para furação com brocas de aço rápido
Operações de torneamento
No torneamento, a seleção do raio da ponta da ferramenta ou rε e o avanço, s, em
mm/r, depende do tipo de operação a ser realizada, se desbaste ou acabamento.
Desbaste - no desbaste, o raio da ponta deve ser o maior possível para obter uma aresta de
corte forte, pois em grande raio de ponta permite avanços mais vantajosos.
Os raios mais usuais em desbaste estão entre 1,0 e 1,6mm; a taxa máxima de avanço
recomendada é de 2/3 do valor do raio de ponta; assim, se a ferramenta para desbaste
tem um raio de 1,2mm, seu avanço máximo será de 0,8mm/r. A tabela a seguir mostra
um guia para o avanço máximo em função dos vários raios de ponta das ferramentas
de tornear.
Assim, se nas operações de desbaste o raio da ponta for de 1,6mm, o avanço máximo
será de 0,8mm/r, não ultrapassando o valor máximo recomendado, que é de 1,3mm/r.
As regras gerais para obter um bom acabamento estabelecem que o acabamento pode
ser melhorado graças à utilização de velocidades de corte mais elevadas, mantendo-
se o avanço; se houver vibrações, deve-se selecionar um raio de ponta menor.
Teoricamente, o valor da superfície acabada Rt (rugosidade total) pode ser calculado
por uma fórmula.
Note-se que não há relação matemática entre a profundidade do perfil (parâmetro Rt) e
o valor da rugosidade média (Ra). A conversão dos parâmetros é vista na tabela a
seguir.
Tabela de conversão
Rt (µm) 1,6 2,0 2,4 3,0 4,0 6,0 8,0 10,0 15,0 27,0 45,0
Ra (µm) 0,30 0,40 0,49 0,63 0,80 1,2 1,6 2.0 3,2 6,3 12,5
Nas furadeiras simples com movimento manual, o avanço de corte está diretamente
ligado à afiação e o diâmetro da broca.
Nas ferramentas multicortantes, especialmente nas fresas, são definidos três tipos
diferentes de avanço: avanço por rotação, avanço por dente e avanço de mesa.
O avanço por rotação (sn), é a distância percorrida pela peça de trabalho em cada
rotação da ferramenta ou, matematicamente, sn = sz . z; onde:
sn → avanço por rotação em mm/r
sz → avanço por dente em mm/d
z → número de dentes da fresa
O avanço por dente (sz), é igual ao avanço por rotação (sn) dividido pelo número de
sn
dentes da ferramenta (z) ou, matematicamente sz = onde:
z
Como exemplo de aplicação dessa fórmula, pergunta-se: qual o valor do avanço por
dente de uma fresa com seis dentes e avanço por rotação de 0,6mm/r?
sn 0,6
sz = → sz = → sz = 0,1mm/d
z 6
SENAI - Guarulhos 295
Mecânica Industrial - módulo I
O avanço da mesa (s’) é a distância percorrida pela peça de trabalho em cada minuto,
em relação à ferramenta de corte ou, matematicamente,
s’ = sn . n
onde:
s’ → avanço da mesa em mm/mim
sn → avanço por rotação em mm/r
n → rotação por minuto
Como exemplo da aplicação dessa fórmula pergunta-se: Qual o avanço da mesa para
usinar uma peça de aço com uma fresa que possibilita o avanço de 0,5mm/r com
rotação de 200/min?
s’ = sn . n
s’ = 0,5 . 200
s’ = 100mm/min
296 SENAI - Guarulhos
Mecânica Industrial - módulo I
Para calcular diretamente o avanço da mesa (s’) em função do avanço por dente,
normalmente apresentado em tabelas empíricas, utilizam-se a associação das
fórmulas já apresentadas.
sn = sz . z n =
s’ → sn . n
Substituindo, temos:
onde
s’ → avanço da mesa em mm/min
sz → avanço por dente em mm/d
z → número de dentes da fresa
Vc → velocidade de corte m/min
d → diâmetro externo da fresa em mm
π → 3,14
1.000 → fator de conversão de milímetros para metros
Como a velocidade de corte e o avanço por dente são dados empíricos o operador
pode analisar as condições gerais de corte (lubrificação, resistência do material,
dureza da ferramenta, rigidez da máquina) e aumentar o avanço de mesa, gerando
maior produção, considerando também a vida útil da ferramenta.
Alumínio e suas ligas 150-220 250-300 200-250 300-350 150-220 300-350 500-600 800-1000 120-150 150-200 150-200 120-160 120-150 150-200
Observação:
1. Os valores de profundidade para desbaste e acabamento são valores médios.
2. Como a velocidade de corte varia em função da profundidade do passe, os valores apresentados são valores limites. Por exemplo, para fresar aço macio em
passe de desbaste podemos desenvolver de 15 a 20m/min.
Mecânica Industrial - módulo I
Anel graduado
Uma das formas de obter o deslocamento exato dos carros e das mesas de máquinas
operatrizes convencionais - como plainas, tornos, fresadoras e retificadoras - é utilizar o
anel graduado, um elemento de forma circular acoplado ao fuso da máquina.
anel graduado
manípulo
Essa operação é necessária sempre que o trabalho exigir que a ferramenta ou a mesa
seja deslocada com exatidão.
Os anéis graduados, como o nome já diz, são construídos com graduações, que são
divisões proporcionais ao passo do fuso, ou seja, à distância entre filetes consecutivos
da rosca do fuso onde se situam. Esse fuso comanda o movimento dos carros ou das
mesas das máquinas-ferramenta.
Isso significa que, quando se dá uma volta completa no anel graduado, o carro da
máquina é deslocado a uma distância igual ao passo do fuso.
p = 5 mm
fuso
Como o anel graduado está dividido em partes iguais, ele permite obter frações
compatíveis com o número de divisões. Esse recurso recebe o nome de resolução do
anel, corresponde à menor diferença entre as indicações de um dispositivo mostrador
que pode ser significativamente percebida.
espera
traço de referência
penetração
da ferramenta
A última etapa determina o número de divisões a avançar no anel graduado. Para isso,
usam-se os dois dados anteriormente calculados. Matematicamente, temos:
Pn
X =
R
Nessa fórmula, X é o número de divisões a avançar, Pn é a penetração e R é a
resolução.
Observação
Essas fórmulas são válidas supondo-se que o fuso de comando tenha uma só entrada.
Exemplo 1
Calcular quantas divisões é necessário avançar no anel graduado de 200 divisões,
para aplainar uma barra de 20 mm para que ela fique com 18,5 mm.
2. Resolução do anel:
R = 0,02 mm
Exemplo 2
Calcular quantas divisões devem ser avançadas em um anel graduado de 100 divisões
para desbastar um material de 60 mm de diâmetro, para deixá-lo com 45 mm. O passo
do parafuso de comando é de 5 mm.
1. Penetração radial:
R = 0,05 mm
Exemplo 3
Calcular quantas divisões devem ser avançadas em um anel graduado de 250
divisões, para reduzir a espessura de uma barra de 1/2” (.500”) para 7/16” (.4375”). O
passo do fuso de comando é de 1/8” (.125”).
1. Penetração:
Pn = E - e = .500” - .4375” = .0625”
Pn = .0625”
2. Resolução do anel:
R = .0005”
Observação
Nas máquinas-ferramenta, como o torno e a retificadora cilíndrica, nas quais é
necessário utilizar a penetração radial, os anéis graduados são compensados. Isso
quer dizer que, para retirar 1 mm no diâmetro da peça, a penetração efetiva será de
0,5 mm. Todavia, visualmente, esse deslocamento no anel graduado será de 1 mm.
Isso torna a compensação desnecessária.
Fluido de corte
Um fluido de corte é um material composto, na maioria das vezes líquido, que deve ser
capaz de: refrigerar, lubrificar, proteger contra a oxidação e limpar a região da
usinagem.
Como refrigerante, o fluido atua sobre a ferramenta e evita que ela atinja temperaturas
muito altas e perca suas características de corte. Age, também, sobre o peça evitando
deformações causadas pelo calor. Atua, finalmente, sobre o cavaco, reduzindo a força
necessária para que ele seja cortado.
Depois de refrigerar a ferramenta e a peça, o fluido cai para a mesa onde é recolhido
por canais e levado, por meio de um tubo, para o reservatório. Do reservatório, a
bomba aspira novamente o fluido para devolvê-lo sobre a ferramenta e a superfície de
trabalho.
O uso dos agentes de corte gasosos visa principalmente à refrigeração, embora o fato
de estar sob pressão auxilie também a expulsão do cavaco. Para essas finalidades,
usa-se o ar comprimido em temperaturas abaixo de 0C, o CO2 (dióxido de carbono
ou gelo seco) para altas velocidades de corte de ligas de difícil usinagem, e o
nitrogênio para operações de torneamento.
Os óleos minerais são a base da maioria dos fluidos de corte. A eles são adicionados
os aditivos, ou seja, compostos que alteram e melhoram as características do óleo,
principalmente quando ele é muito exigido. Os aditivos mais usados são os
antioxidantes e os agentes EP.
Na verdade, não existe um fluido “universal”, isto é, aquele que atenda a todas as
necessidades de todos os casos. Os óleos solúveis comuns e os EPs são os que
cobrem o maior número de operações de corte. A diferença entre cada grupo está na
composição e na aplicação que, por sua vez, dependerá do material a ser usinado, do
tipo de operação de corte e da ferramenta usada.
Um resumo das informações sobre os tipos de fluidos de corte e o uso dos vários
fluidos de corte, relacionando-os com a operação e o grau de usinabilidade dos
materiais metálicos para construção mecânica, podem ser vistos nos quadros.
PROPRIEDADES
Proteção
TIPOS COMPOSIÇÃO Resfriam Lubrific conta a EP Resistên-
ento ação corrosão cia à
corrosão
Óleos Derivado de Excelen
....... Ótima ....... Boa
minerais petróleo. te
Óleos de origem Excelen
Óleos graxos ....... Boa Boa .......
vegetal ou animal. te
Óleos Mistura de óleos Excelen Excelen
....... Boa Boa
compostos minerais e graxos. te te
Óleos minerais +
óleos graxos, soda
Óleos
cáustica, Ótimo Boa Ótima ....... Boa
“solúveis
emulsificantes,
água.
Óleos minerais
com aditivos EP Excelen
Óleos EP Ótimo Boa Ótima Ótima
(enxofre, cloro ou te
fósforo).
Óleos minerais ou
Óleos graxos sulfurados
Excelen Excelen Excelen
sulfurados e ou com ....... Excelente
te te te
clorados substâncias
cloradas.
Água + agentes
químicos (aminas,
Fluidos Excelen Excelen Excelen
nitritos, nitratos, Boa Excelente
sintéticos te te te
fosfatoo), sabões,
germicidas.
Fonte: Usinagem e fluidos de corte. Esso Brasileira de Petróleo S.A., s/d, pág. 36.
Broqueamento
Retificação de roscas
Fresamento
Torneamento
ferramenta
Os cuidados, porém, não devem se restringir apenas aos fluidos, mas também
precisam ser estendidos aos operadores que os manipulam.
Embora os processos de produção dos fluidos de corte estejam cada vez mais
aperfeiçoados para eliminar componentes indesejáveis, não só no que se refere ao
uso, mas também aos aspectos relacionados à saúde do usuário, o contato prolongado
com esses produtos pode trazer uma série de problemas de pele, genericamente
chamados de dermatite.
Como o contato do operador com esses óleos é necessário pelo tipo de trabalho
realizado, torna-se indispensável que esse contato seja evitado, usando-se de luvas e
uniformes adequados. Além disso, práticas de higiene pessoal são imprescindíveis
para o controle e prevenção das dermatites causadas por compostos que aderem à
pele, entopem os poros e os folículos capilares, impedindo formação normal do suor e
a ação de limpeza natural da pele.
Esmerilhadora
Esmerilhadora de pedestal
Pedestal - estrutura de ferro fundido cinzento que serve de apoio para o motor
elétrico.
Motor elétrico - faz girar os dois rebolos, que são montados um de cada lado de
seu eixo passante.
Apoio da ferramenta - pequena mesa que serve de apoio para o material que
será esmerilhado. O apoio tem um movimento linear e pode ter um movimento angular,
regulável conforme a necessidade do trabalho; o importante é manter, à medida que o
diâmetro do rebolo diminui, uma folga de 1 a 2mm, para evitar a introdução de peças
pequenas entre o rebolo e o apoio.
Esmerilhadora de bancada
Condições de uso
Dressagem do rebolo
Morsas
mandíbula mordente
móvel mandíbula
fixa
luva roscada
parafuso
manípulo base
face a trabalhar
face acabada
mordente de proteção
mordente fixo
A morsa de bancada de base fixa tem uma só base que é presa à bancada por
meio de parafusos.
espiga
parafuso
manípulo base
parafuso de
fixação
base inferior
base superior
o
N da morsa Largura da mandíbula em mm
1 80
2 90
3 105
4 115
5 130
6 160
Uso e conservação
• A morsa deve estar sempre presa à bancada e na altura do cotovelo do
operador.
• Ao final do trabalho, a morsa deve ser limpa e suas partes não pintadas
devem ser recobertas com uma fina camada de óleo para evitar oxidação.
• De tempos em tempos, o parafuso que movimenta a mandíbula móvel da
morsa deve ser lubrificado com graxa, para permitir melhor deslocamento.
Limas
Limas abrasivas
As limas abrasivas são construídas com grãos abrasivos naturais como o óxido de
alumínio, ou artificiais, como o carbeto de silício.
Esse tipo de lima pode trabalhar materiais metálicos como o ferro, o bronze, o alumínio, o
latão, etc., e materiais não-metálicos como o mármore, o vidro, a borracha.
triangular redondo
meia-cana quadrado
Limas diamantadas
Para trabalhar metal duro, pedra, vidro e materiais cerâmicos e, em ferramentaria, para
a fabricação de ferramentas, moldes e matrizes em geral, são usadas as limas
diamantadas, ou seja, aquelas que apresentam o corpo recoberto com diamante
sintético, um material duríssimo, que é fixado por meio de aglutinantes.
Limas metálicas
As limas metálicas são as limas mais comuns. São utilizadas em larga escala na
mecânica geral. São geralmente fabricadas com aço-carbono temperado e suas faces
apresentam dentes cortantes chamados de picado.
Quando usadas manualmente apresentam um cabo que pode ser de madeira ou outro
material. Uma lima e o nome das partes que a constituem é mostrada na ilustração a
seguir.
face
Classificação
As limas são classificadas por meio de várias características tais como o picado, o
número de dentes, o formato e o comprimento.
Quanto ao picado, que uma lima pode apresentar, ele será simples ou cruzado.
As limas de picado cruzado são usadas para materiais duros como o aço, o aço
fundido e os aços-liga.
A lima bastarda, por apresentar a menor quantidade de dentes por centímetro, é usada
para desbastes grossos. A lima bastardinha é empregada para desbastes médios. A
lima murça é usada em operações de acabamento.
Exemplos dessas limas com picados simples e cruzados são mostrados na ilustração a
seguir.
Quanto ao formato, as limas murça, bastardinha e bastarda mais comuns podem ser:
chatas paralelas, chatas, triangulares, quadradas, meia-cana, redonda e tipo faca.
Chata
Quadrada
Redonda
Continuação
Formato da lima Utilização
Meia-cana
Triangular
Faca
Para a usinagem manual com lima, o comprimento deve ser maior do que o
comprimento da superfície a ser usinada.
Limas especiais
a) redonda
b) meia-cana
c) plana de ponta
d) amêndoa
e) faca
f) quadrada
g) triangular
h) plana cerrada
i) triangular unilateral
j) ranhurada
k) rômbica
Essas limas são acopladas a um eixo flexível e acionadas por meio de um pequeno
motor. Apresentam formatos variados como mostra a ilustração a seguir.
Veja nas ilustrações a seguir, outras limas que são usadas em máquinas.
O uso correto das limas metálicas está relacionado com três fatores:
• Formato da lima;
• Picado;
• O tamanho dos dentes.
Além disso, para que as limas tenham uma durabilidade maior, é necessário ter alguns
cuidados:
1. Usar as limas novas para limar metais mais macios como latão e bronze. Quando
ela perder a eficiência para o corte desses materiais, usá-la para trabalhar ferro
fundido que é mais duro.
2. Usar primeiramente um dos lados. Passar para o segundo lado somente quando o
primeiro já estiver gasto.
3. Não limar peças mais duras do que o material com o qual a lima foi fabricada.
4. Usar lima de tamanho compatível com o da peça a ser limada.
5. Quanto mais nova for a lima, menor deverá ser a pressão sobre ela durante o
trabalho.
6. Evitar choques e contato entre as limas, para que seu picado não se estrague.
7. Guardar as limas em suportes de madeira em locais protegidos contra a umidade.
Antes de usar uma lima, deve-se verificar se o cabo está bem preso e se o picado está
limpo e em bom estado.
Para limpar o picado da lima, usa-se uma vareta de ponta achatada ou uma barra,
ambas de metal macio como cobre e latão.
Pode-se usar, também, uma escova de aço, seguindo o ângulo de inclinção do picado.
A escolha da lima, por sua vez, é feita em função dos seguintes parâmetros:
• Material a ser limado;
• Grau de acabamento desejado;
• Tipo e dimensões da superfície a ser limada.
Defeitos na limagem
Todo o profissional que executa qualquer tipo de trabalho, deve ser capaz de avaliar
seu próprio trabalho, perceber os defeitos e corrigi-los.
O quadro a seguir mostra alguns defeitos de limagem, suas causas e as correções que
devem ser feitas.
O tempo previsto para a A lima não se encontra Trocar a lima gasta por
limagem é ultrapassado, em boas condições de outra nova.
isto é, prolonga-se além uso; está gasta.
do neces- sário.
adequada
Brocas
Essa ferramenta pode ser fixada em máquinas como torno, fresadora, furadeira,
mandriladora.
A broca do tipo helicoidal de aço rápido é a mais usada em mecânica. Por isso,
é preciso conhecer suas características de construção e nomenclatura.
Para fins de fixação e afiação, a broca é dividida em três partes: haste, corpo e
ponta.
A haste é a parte que fica presa à máquina. Ela pode ser cilíndrica ou cônica,
dependendo de seu diâmetro.
A broca corta com as suas duas arestas cortantes como um sistema de duas
ferramentas. Isso permite formar dois cavacos simétricos.
As guias que limitam os canais helicoidais guiam a broca no furo. Elas são
cilíndricas e suficientemente finas para reduzir o atrito nas paredes do orifício. As
bordas das guias constituem as arestas laterais da broca.
Materiais prensados,
80° ebonite, náilon, PVC,
mármore, granito.
Tipo H - para materiais duros,
tenazes e/ou que produzem
118° Ferro fundido duro, latão,
cavaco curto (descontínuo).
bronze, celeron, baquelite.
b) ângulo lateral de folga (representado pela letra grega α, lê-se alfa) – tem a
função de reduzir o atrito entre a broca e a peça. Isso facilita a penetração da broca no
material. Sua medida varia entre 6 e 27, de acordo com o diâmetro da broca. Ele
também deve ser determinado de acordo com o material a ser furado: quanto mais
duro é o material, menor é o ângulo de folga.
Pode-se, por exemplo, modificar o ângulo da ponta, tornando-o mais obtuso. Isso
proporciona bons resultados na furação de materiais duros, como aços de alto
carbono.
Para a usinagem de cobre e suas ligas, como o latão, o ângulo lateral de saída
(ângulo de hélice) da broca deve ser ligeiramente alterado para se obter um ângulo de
corte de 5 a 10°, que ajuda a quebrar o cavaco. Essa alteração deve ser feita nas
arestas principais de corte em aproximadamente 70% de seu comprimento.
Formato A
2
Redução da aresta transversal Para aços até 900 N/mm
2
Formato B Aço com mais de 900 N/mm
Redução da aresta transversal Aço para molas
com correção da aresta principal Aço ao manganês
de corte Ferro fundido
Formato C
Afiação em cruz 2
Aço com mais de 900 N/mm
Formato D
Afiação com cone duplo
Ferro fundido
Brocas especiais
Além da broca helicoidal existem outros tipos de brocas para usinagens
especiais. Elas são por exemplo:
a) broca de centrar – é usada para abrir um furo inicial que servirá como guia
no local do furo que será feito pela broca helicoidal. Além de furar, esta broca produz
simultaneamente chanfros ou raios. Ela permite a execução de furos de centro nas
peças que vão ser torneadas, fresadas ou retificadas. Esses furos permitem que a
peça seja fixada por dispositivos entre pontas e tenha movimento giratório.
c) broca canhão – tem uma única aresta cortante. É indicada para trabalhos
especiais como furos profundos, garantindo sua retitude, onde não há possibilidade de
usar brocas helicoidais.
f) broca com pastilha de metal duro para concreto tem canais projetados
para facilitar o transporte do pó, evitando o risco de obstrução ou aquecimento da
broca. Diferencia-se da broca com pastilha de metal duro para metais pela posição e
afiação da pastilha, e pelo corpo que não apresenta guias cilíndricas.
h) broca trepanadora é uma broca de tubo aberto com pastilhas de metal duro
intercambiáveis. É utilizada na execução de furos passantes de grande diâmetro. O
uso dessa broca diminui a produção do cavaco porque boa parte do núcleo do furo é
aproveitada para a confecção de outras peças.
Existe uma variedade muito grande de brocas que se diferenciam pelo formato e
aplicação. Os catálogos de fabricantes são fontes ideais de informações detalhadas e
atualizadas sobre as brocas, ou quaisquer outras ferramentas.
Broca de centrar
Broca de centrar é uma ferramenta de aço rápido que serve para fazer furos de
centro. De acordo com a norma NBR 6386, pode ser classificada em forma A, forma B
e forma R. Graças a sua forma, essas brocas executam, numa só operação, o furo
cilíndrico, o cone, o escareado de proteção e o raio.
A broca de forma A é uma broca de centrar simples, com um perfil sem chanfro
de proteção, que gera um furo cilíndrico seguido de um escareado a 60º.
A broca de centro de forma R, que é a broca de centro com raio, é utilizada para
diminuir o atrito entre a contraponta e o furo de centro, no caso de desalinhamento da
contraponta no torneamento cônico de pequena conicidade.
Diâmetro da
ponta do eixo D d d1 L1 d d1 d2 L2
de 0 a 8 1 2,12 3 1 2,12 3,15 3,5
3 12 1,6 3,35 5 1,6 3,35 5 5,5
12 18 2 4,25 6 2 4,25 6,3 6,6
18 25 2,5 5,3 7 2,5 5,3 8 8,3
25 40 3,15 6,7 9 3,15 6,7 10 10
40 80 4 8,5 11 4 8,5 12,5 12,7
80 180 6,3 13,2 18 6,3 13,2 18 20
acima de 180 10 21,2 28 10 21,2 28 31
Diâmetro da d d1 L3
ponta do eixo D
de 0 a 6 1 2,12 3
6 10 1,6 3,35 5
10 2 4,25 6
16 25 2,5 5,3 7
25 40 3,15 6,7 9
40 63 4 8,5 11
63 80 6,3 13,2 18
acima de 180 10 21,2 28
Roscas
De acordo com a norma NBR 5876, rosca é a superfície composta por um ou mais perfis cuja
totalidade dos pontos descreve hélices (rosca cilíndrica) ou espirais cônicas (rosca cônica),
coaxiais e de mesmo passo.
Filete de rosca é uma saliência de seção uniforme em forma de hélice ou espiral cônica gerada
sobre um superfície cilíndrica ou cônica externa ou interna.
As roscas podem ser internas ou externas. As roscas cujos filetes são gerados sobre um corpo
cilíndrico ou cônico em sua superfície interna, é denominada de rosca interna, que é encontrada
no interior das porcas, por exemplo.
Por outro lado, se os filetes forem gerados sobre um corpo cilíndrico ou cônico em sua
superfície externa, essa rosca é denominada de rosca externa, encontrada nos parafusos, por
exemplo.
Os filetes das roscas apresentam vários perfis. Esses perfis, sempre uniformes, dão nome às
roscas e condicionam sua aplicação.
Dependendo da inclinação dos filetes em relação ao eixo do parafuso, as roscas ainda podem
ser direita e esquerda. Portanto, as roscas podem ter dois sentidos: à direita ou à esquerda.
Na rosca direita, o filete sobe da direita para a esquerda. Na rosca esquerda, o filete sobe da
esquerda para a direita.
Nomenclatura da rosca
Roscas triangulares
A rosca de perfil triangular é a mais usada em relação às de outros perfis, por isso será
estudada em mais detalhes.
A rosca métrica tem suas medidas indicadas em milímetros. Os filetes têm formato triangular,
ângulo de 60º, crista achatada e raiz arredondada.
A rosca Whithworth tem as medidas dadas em polegadas. Apresenta ângulo de 55º, crista e
raiz arredondadas.
A rosca americana tem as medidas expressas em polegadas. Apresenta ângulo de 60º, a crista
é achatada e a raiz arredondada.
Esses três tipos de roscas são fabricados em dois padrões: normal e fina.
No sistema métrico, a rosca normal é identificada pela letra M (de métrica) e a rosca fina é
identificada pela sigla MF (de métrica fina).
No sistema Whithworth, a rosca normal é identificada pela sigla BSW (British Standard
Whithworth), e a rosca fina, pela sigla BSF (British Standard Fine).
No sistema americano, a rosca normal é caracterizado pela sigla UNC (Unified Coarse Thread
Series) e a rosca fina, pela sigla UNF (Unified Fine Thread Series).
As medidas referentes a cada uma das partes das roscas estudadas neste capítulo são
encontradas em catálogos técnicos. Para facilitar o estudo, a seguir são apresentadas aquelas
referentes às roscas mais usadas.
Diâmetro Raio
Passo Diâmetro Menor Altura do Filete
d-D Efetivo R
P
d2 = D2 d3 h3 h3 H1
M1 0,25 0,838 0,693 0,153 0,153 0,135 0,036
M 1,1 0,25 0,938 0,193 0,153 0,153 0,135 0,036
M 1,2 0,25 1,038 0,893 0,153 0,153 0,135 0,036
M 1,4 0,3 1,205 1,032 0,184 0,184 0,162 0,043
M 1,6 0,35 1,373 1,170 0,215 0,215 0,189 0,051
M 1,8 0,036 1,573 1,370 0,215 0,215 0,189 0,051
M2 0,4 1,740 1,509 0,245 0,245 0,217 0,058
M 2,2 0,45 1,908 1,548 0,276 0,276 0,244 0,065
M 2,5 0,45 2,208 1,948 0,276 0,276 0,244 0,065
M3 0,5 2,675 2,387 0,307 0,307 0,271 0,072
M 3,5 0,6 3,110 2,764 0,368 0,368 0,325 0,087
M4 0,7 3,545 3,141 0,429 0,429 0,379 0,101
M 4,5 0,75 4,013 3,580 0,460 0,460 0,406 0,108
M5 0,8 4,480 4,019 0,491 0,491 0,433 0,115
M6 1 5,350 4,773 0,613 0,613 0,541 0,144
M7 1 6,350 5,773 0,613 0,613 0,541 0,144
M8 1,25 7,188 6,466 0,767 0,767 0,677 0,180
M9 1,25 8,188 7,466 0,787 0,787 0,677 0,180
M 10 1,5 9,026 8,160 0,920 0,920 0,812 0,217
M 11 1,5 10,026 9,160 0,920 0,920 0,812 0,217
M 12 1,75 10,863 9,853 1,074 1,074 0,947 0,253
M 14 2 12,701 11,545 1,227 1,227 1,083 0,289
M 16 2 14,701 13,546 1,227 1,227 1,083 0,289
M 18 2,5 16,376 14,933 1,534 1,534 1,353 0,361
M 20 2,5 18,376 16,933 1,534 1,534 1,353 0,361
M 22 2,5 20,376 18,933 1,534 1,534 1,353 0,361
M 24 3 22,051 20,139 1,840 1,840 1,624 0,433
M 27 3 25,051 23,319 1,840 1,840 1,624 0,433
M 30 3,5 27,727 25,706 2,147 2,147 1,894 0,505
M 33 3,5 30,727 28,706 2,147 2,147 1,894 0,505
M 36 4 33,402 31,093 2,454 2,454 2,165 0,577
M 39 4 36,402 34,093 2,454 2,454 2,165 0,577
M 42 4,5 39,077 39,479 2,760 2,760 2,436 0,650
M 45 4,5 42,077 39,479 2,760 2,760 2,436 0,650
M 48 5 44,752 41,866 3,067 3,067 2,706 0,722
M 52 5 48,752 45,866 3,067 3,067 2,706 0,722
M 56 5,5 52,428 49,252 3,374 3,374 3,977 0,794
M 60 5,5 56,428 53,252 3,374 3,374 2,977 0,794
M 64 6 60,103 56,539 3,681 3,681 2,977 0,866
M 68 6 64,103 60,639 3,681 3,681 3,248 0,866
Rosca Métrica DIN (Perfil DIN)
M 1,7 0,35 1,473 1,246 0,227 0,04
M 2,3 0,4 2,040 1,780 0,280 0,04
M 2,6 0,45 2,308 2,016 0,292 0,05
Diâmetro
Passo Efetivo Raio
d–D Diâmetro Menor Altura do Filete
P R
d2 = D2
d3 D1 h3 H1
M1 0,2 0,870 0,755 0,783 0,123 0,108 0,029
M 1,1 0,2 0,970 0,855 0,883 0,123 0,108 0,029
M 1,2 0,2 1,070 0,955 0,938 0,123 0,108 0,029
M 1,4 0,2 1,270 1,155 0,183 0,123 0,108 0,029
M 1,6 0,2 1,470 1,355 1,383 0,123 0,108 0,029
M 1,8 0,2 1,670 1,555 1,583 0,123 0,108 0,029
M2 0,25 1,838 1,693 1,729 0,153 0,135 0,036
M 2,2 0,25 2,038 1,893 1,929 0,153 0,135 0,036
M 2,5 0,35 2,273 2,071 2,121 0,215 0,189 0,051
M3 0,35 2,773 2,571 2,621 0,215 0,189 0,051
M 3,5 0,35 3,273 3,071 3,121 0,215 0,189 0,051
M4 0,35 3,773 3,571 3,621 0,215 0,189 0,051
M 4,5 0,5 4,175 3,887 3,959 0,307 0,271 0,072
M5 0,5 4,675 4,387 4,459 0,307 0,271 0,072
M 5,5 0,5 5,175 4,887 4,959 0,307 0,271 0,072
M6 0,5 5,675 5,387 5,459 0,307 0,271 0,072
M6 0,75 5,513 5,080 5,188 0,460 0,406 0,108
M7 0,75 6,513 6,080 6,188 0,460 0,406 0,108
M8 0,5 7,675 7,387 7,459 0,307 0,271 0,072
M8 0,75 7,513 7,080 7,188 0,460 0,406 0,108
M8 1 7,350 6,773 6,917 0,613 0,541 0,144
M9 0,75 8,513 8,080 8,188 0,460 0,406 0,108
M9 1 8,350 7,773 7,917 0,613 0,541 0,144
M 10 0,5 9,675 9,387 9,459 0,307 0,271 0,072
M 10 0,75 9,513 9,080 9,188 0,460 0,406 0,108
M 10 1 9,350 8,773 8,917 0,613 0,541 0,144
M 10 1,25 9,188 8,466 8,647 0,767 0,677 0,180
M 11 0,75 10,513 10,080 10,188 0,460 0,406 0,108
M 11 1 10,350 9,773 9,917 0,613 0,541 0,144
M 12 0,75 11,513 11,080 11,188 0,460 0,406 0,108
M 12 1 11,350 10,773 10,917 0,613 0,541 0,144
M 12 1,25 11,188 10,466 10,647 0,767 0,677 0,180
M 12 1,5 11,026 10,160 10,376 0,920 0,812 0,217
M 13 1 12,350 11,773 11,917 0,613 0,541 0,144
M 14 1 13,350 12,773 12,917 0,613 0,541 0,144
M 14 1,25 13,188 12,466 12,647 0,767 0,677 0,180
M 14 1,5 13,026 12,160 12,376 0,920 0,812 0,217
M 15 1 14,350 13,773 13,917 0,613 0,541 0,144
M 15 1,5 14,026 13,160 13,376 0,920 0,812 0,217
M 16 1 15,350 14,773 14,917 0,613 0,541 0,144
M 16 1,5 15,026 14,160 14,376 0,920 0,812 0,217
M 17 1 16,350 15,773 15,917 0,613 0,541 0,144
M 17 1,5 16,026 15,160 15,376 0,920 0,812 0,217
M 18 1 17,350 16,773 16,917 0,613 0,541 0,144
M 18 1,5 17,026 16,160 16,376 0,920 0,812 0,217
M 18 2 16,701 15,546 15,835 1,227 1,0825 0,289
M 20 1 19,350 18,773 18,917 0,613 0,541 0,144
M 20 1,5 19,026 18,160 18,376 0,920 0,812 0,217
M 20 2 18,701 17,546 17,835 1,227 1,0825 0,289
Altura do
d=D Diâmetro Maior Diâmetro Efetivo Diâmetro Menor Raio Radial
N/1” Filete
in d=D d2 = D2 d1 = D1 r
H1
1/16 60 1,588 1,317 1,046 0,270 0,058
3/32 48 2,381 2,042 1,704 0,388 0,072
1/8 40 3,175 2,768 2,382 0,406 0,087
5/32 32 3,969 3,461 2,952 0,507 0,108
3/16 24 4,762 4,084 3,407 0,677 0,145
7/32 24 5,556 4,879 4,201 0,677 0,145
1/4 20 6,350 5,537 4,724 0,813 0,174
5/16 18 7,938 7,034 6,130 0,904 0,194
3/8 16 9,525 8,509 7,493 1,017 0,218
7/16 14 11,112 9,950 8,788 1,162 0,249
1/2 12 12,700 11,345 9,990 1,355 0,291
5/8 11 15,875 14,396 12,917 1,479 0,317
3/4 10 19,050 17,424 15,798 1,627 0,349
7/8 9 22,225 20,148 18,611 1,807 0,388
1 8 25,400 23,367 21,334 2,033 0,436
1 1/8 7 28,575 25,252 23,929 2,324 0,498
1 1/4 6 31,750 29,427 27,104 2,324 0,498
1 3/8 6 34,925 32,214 29,503 2,711 0,581
1 1/2 6 38,100 35,389 23,678 2,711 0,581
1 5/8 5 41,275 28,022 34,769 3,253 0,698
1 3/4 5 44,450 41,197 37,944 3,253 0,698
1 7/8 4 1/2 47,625 44,011 40,397 3,614 0,775
2 4 1/2 50,800 47,186 43,572 3,614 0,775
2 1/4 4 57,150 53,084 49,018 4,066 0,872
2 1/2 4 63,500 59,343 55,368 4,066 0,872
2 3/4 3 1/2 69,850 65,203 60,556 4,647 0,997
3 3 1/2 76,200 71,553 66,906 4,647 0,997
Altura do
Diâmetro Maior Diâmetro Efetivo Diâmetro Menor Filete Raio
d=D N/1”
d=D d2 = D2 d1 = D1 r
H1
R 1/8 28 9,728 9,147 8,556 0,581 0,125
R 1/4 19 13,157 12,301 11,445 0,856 0,184
R 3/8 19 16,662 15,806 14,950 0,856 0,184
R 1/2 14 20,955 19,793 18,631 1,162 0,249
(R 5/8) 14 22,911 21,749 20,587 1,162 0,249
R 3/4 14 26,441 25,279 24,117 1,162 0,249
(R 7/8) 14 30,201 29,039 27,877 1,162 0,249
R1 11 33,249 31,770 30,291 1,479 0,317
(R 1 1/8) 11 37,897 36,418 34,939 1,479 0,317
R 1 1/4 11 41,910 40,431 38,952 1,479 0,317
(R 1 3/8) 11 44,323 42,844 41,365 1,479 0,317
R 1 1/2 11 47,803 46,324 44,845 1,479 0,317
(R 1 3/4) 11 53,746 52,267 50,788 1,479 0,317
R2 11 59,614 58,135 56,656 1,479 0,317
(R 2 1/4) 11 65,710 64,231 62,752 1,479 0,317
R 2 1/2 11 75,184 73,706 72,226 1,479 0,317
(R 2 3/4) 11 81,534 80,055 78,576 1,479 0,317
R3 11 87,884 86,405 84,926 1,479 0,317
(R 3 1/4) 11 93,980 92,501 91,022 1,479 0,317
R 3 1/2 11 100,330 98,851 97,372 1,479 0,317
(R 3 3/4) 11 106,680 105,201 103,722 1,479 0,317
R4 11 113,030 111,551 110,072 1,479 0,317
(R 4 1/2) 11 125,730 124,251 122,772 1,479 0,317
R5 11 138,430 136,951 135,472 1,479 0,317
(R 5 1/2) 11 151,130 149,651 148,172 1,479 0,317
R6 11 163,830 162,351 160,872 1,479 0,317
Machos
Machos são ferramentas que têm a função de gerar roscas internas em furos para o
rosqueamento de parafusos, fusos ou prisioneiros. Essas ferramentas são fabricadas
de aço-rápido temperado e retificado que apresenta em seu corpo filetes de rosca
padronizados com canais longitudinais ou helicoidais, cuja função é alojar os cavacos
originados pelo processo.
A norma NBR 7260 define a terminologia empregada nos machos para roscar.
Ela é apresentada a seguir.
Dimensões gerais:
d1 -Diâmetro externo
d2 -Diâmetro da haste
d3 -Diâmetro da entrada
d4 -Diâmetro do pescoço
l -Comprimento do arraste quadrado
l1 -Comprimento total
l2 -Comprimento da rosca
l3 -Comprimento aproveitável
l4 -Comprimento (dado construtivo)
l5 -Comprimento de haste
l6 -Comprimento de entrada
l7 -Comprimento da parte cilíndrica
l8 -Comprimento do pescoço
a -Lado do quadrado
Tipos de canais
z Número de canais
4 Canais retos
5 Canais helicoidais à direita
6 Canais helicoidais à esquerda
γ x Ângulo lateral de saída
Tipos de centros
7 Pontas de centro
8 Furo de centro
Aplicações
Segundo a norma NBR 8191, baseada na norma DIN 2197, no conjunto de machos de
uso manual, o primeiro macho é denominado de macho de pré-corte, identificado com
um anel ou pela letra “V” escrita na haste.
Este, por sua vez, apresenta um ângulo de entrada de 10º e comprimento de entrada
maior do que o do terceiro macho, cujo ângulo de entrada é de 20º.
Os machos de perfil seriado seguem a norma DIN e são fabricados em jogos cujos
diâmetros externos da rosca são diferentes entre si. Isso possibilita a divisão do
esforço de corte entre um macho e outro. O macho de pré-corte de perfil seriado retira
aproximadamente 55% do material da rosca. O macho de semi-acabamento retira 30%
e o macho de acabamento retira os 15% restantes para a confecção da rosca.
As roscas podem ser classificadas pelo tipo de canal, ou ranhuras dos machos:
Tipo de canal Aplicação
Utilização do macho
1 0,25 0,75
5 0,8 4,2
6 1 5
7 1 6
Portanto, para a rosca M 6 x 1, o furo deve ser feito com a broca de ∅ 5 mm.
Na haste cilíndrica dos machos estão marcadas as indicações sobre o sistema da rosca,
diâmetro nominal da rosca, o número de filetes por polegada ou passo da rosca.
Ação cortante
Quando o roscamento é manual, a ação cortante do macho é exercida por um
movimento circular de vaivém executado por meio do desandador.
O desandador deve ter um quadrado interno de lado a conforme a norma DIN 10 ou ter
castanhas reguláveis para possibilitar o encaixe do arraste quadrado do macho. O
comprimento do desandador deve ser compatível com o diâmetro da haste do macho
conforme norma específica NBR 6427.
Recomendações de uso
O macho de pré-corte deve ser colocado rigorosamente perpendicular à superfície na
qual está o furo. Se ele for mal colocado a rosca ficará fora do esquadro, ou provocará
a quebra do primeiro macho.
Todos os furos para roscas devem ser escareados com 90º para evitar que
as entradas de rosca formem rebarbas.
Para roscas com furos cegos, ou seja, não-vazados, a extremidade do macho jamais
deve bater contra o fundo do furo. Assim, sempre que possível, deve-se furar mais
profundo que o necessário para fazer a rosca a fim de que se obtenha um espaço para
reter os cavacos. Quando não for possível obter furos mais profundos, recomenda-se
remover com freqüência os cavacos que se alojam no fundo do furo.
Entre dois metais diferentes, deve-se abrir o furo com o diâmetro previsto para roscar o
metal mais duro, caso contrário, o macho tenderá a se desviar para o metal mais
macio.
Para furos em metais leves como alumínio e suas ligas, ligas de magnésio, a
passagem de um único macho é suficiente. A gripagem é evitada, lubrificando-se
cuidadosamente o macho, para prevenir o arrancamento dos filetes.
Os machos devem estar bem afiados e com todos os filetes em perfeito estado.
Tabelas
A seguir são apresentadas tabelas referentes ao passo e ao diâmetro da broca para
roscar com machos.
Cossinete
Tipos de cossinete
O cossinete com entrada helicoidal é ideal para roscar aço carbono, pois o cavaco originado
no processo geralmente é longo; assim, o cossinete desloca o cavaco da região de corte,
evitando o engripamento por acúmulo de material nos canais periféricos.
O cossinete sem entrada helicoidal é usado para roscar materiais que originam cavacos
curtos e quebradiços, a exemplo do latão.
A execução de rosca externa com cossinete redondo, seja aberto ou fechado, pode ser
realizada por meio de desandador próprio, normalizado pela NBR 6421, manualmente
ou com auxílio de torno mecânico. Em caso específico, o cossinete pode ser fixado
diretamente na placa universal de três castanhas do torno mecânico.
Cossinete bipartido
Cossinete de pente
Desandadores
Esse porta-ferramenta é formado por um corpo central que apresenta um orifício com
formato quadrado ou circular.
Aqueles que apresentam o orifício com o formato quadrado são apropriados para
movimentar machos e alargadores, devido ao arraste quadrado próprio dessas
ferramentas.
Os desandadores que apresentam orifício com formato circular servem para fixar
cossinetes, que são ferramentas para abrir roscas externas.
Os desandadores com um braço fixo e outro móvel apresentam duas castanhas, cuja
função é fixar os machos e alargadores. Uma das castanhas é fixa, outra é móvel.
No ponto de encontro das duas castanhas, forma-se uma abertura quadrada onde são
alojados e fixados por aperto os machos e alargadores.
Lado do quadrado
interno (a) d1 d2 b l
mínimo máximo
1,62 1,68
2,02 2,08
12 5 6 110
2,52 2,58
3,18 3,25
4,03 4,1
18 7 8 190
5,03 5,01
6,34 6,43 28 10 11 290
10,04 10,13
140 15 17 460
12,55 12,66
16,05 16,16
60 22 24 660
20,06 20,19
25,06 25,19
80 30 34 1000
31,58 31,74
(Fonte: Adaptado de NBR 6427/Din 10)
Porta-cossinete
O tamanho desse tipo de desandador normalizado pela NBR 6421 que padroniza as
dimensões (*) indicadas pela tabela a seguir.
manípulo
d1H11 d2 d3 d4 d5 l1 l2 l3 L
16 25 12 M3 8 9 4,8 2,5 200
M3 `8 9 4,8 2,5 200
20 30 16
M5 10 12 6,5 3,2 250
25 36 20 M6 10 12 8,5 4,3 320
30 45 25 M6 12 14 10 4,8 400
38 55 32 M8 14 16 13 6,3 500
14 16 13 6,3 500
45 63 38 M8
16 20 17 8,3 630
55 75 48 M10 20 25 20 9,4 750
65 85 58 M10 20 28 23 11 800
75 100 68 M12 25 32 27 12,5 900
90 115 80 M14 25 38 33 15,5 1000
105 130 95 M14 25 38 33 15,5 1000
120 145 110 M14 25 38 33 15,5 1000
Unid.: mm (Fonte: NBR 6421)
Tolerância
Introdução
Esse sistema de tolerância foi criado em 1982 pela ISO (lnternational System
Organization), e é conhecido no Brasil como Sistema de Tolerâncias e
Ajustes.
Tolerância
Dmáx = 20 + 0,030mm
Dmáx = 20,030mm
Dmín = 20 - 0,010mm
Dmín = 19,990mm
Para ser aceita, a dimensão efetiva da peça deve estar dentro da tolerância.
T = Dmáx - Dmín
T = 20,020 - 19.990mm
T = 0,040mm
As = Dmáx - D
Ai = Dmín - D
Ai = 19,990 - 20 = -0,010mm
Ai = -10µ
D max + D min
Cota ideal =
2
Exemplo:
20,030 + 19,990
Cota ideal = = 20,010mm
2
Características do sistema de tolerância ISO
• a letra H, por sua vez, é reservada aos campos de tolerância dos furos,
cujo limite inferior de tolerância está na linha zero;
Exemplo:
H7, J6, c11, t6.
Exemplo:
Furo 12 H7
Eixo 12 b9
Tabela1: Tolerância Furo-base H7
Observação:
Os valores estão em milímetros de mm, ou seja, µ = mícron.
No exemplo, temos:
Furo Eixo
12 0+18
Ajuste
De modo geral, a junção entre duas peças é chamada de ajuste. Pode ser
com folga, com interferência ou incerto.
Exemplo:
furo 50H7 eixo 50f7
Para obter a folga média, basta somar a folga máxima à folga mínima e dividir
o resultado por dois:
Ajuste incerto
O ajuste é incerto quando o diâmetro do eixo se apresenta levemente menor
ou levemente maior que o furo.
Esse fato poderá ocasionar tanto uma folga como uma interferência.
Ajustes recomendados
Os tipos de ajustes recomendados e suas aplicações estão apresentados no
quadro seguinte.
Quadro 1
-10 +60
50 65 0 -30 0 +12 +21 +30 +39 +51
+41
+2 +62
65 80 +30 -60 -29 -19 -7 +1 +20 +32
0 0 +43
+73
80 100 0 -36 -12 0 +13 +25 +35 +45 +37
+51
+3 +76
100 120 +35 -71 -34 -22 -9 +13 +23 +37
0 +54
+88
120 140 0 -43 -14 0 +14 +28 +40 +52 +68
+63
+90
140 160
+65
+3 +93
160 180 +40 -83 -39 -25 -11 +15 +27 +43
0 +68
+106
180 200 0 -50 -15 0 +16 +33 +46 +60 +79
+77
+109
200 225
+80
+4 +150
355 400 +57 -119 -54 -36 -18
+2 +21 +37 +62
0 0 +114
0 +166
400 450 0 -68 -20 +20 +45 +21
+63 +80 +108
+126
+172
450 500 +63 +131 -60 -40 -20 +45 +23 +40 +68
+132
+9 -62
65 80 -19 +49 +40 +30 +18 0 -9 -21
0 -32
-73
80 100 0 +36 +12 0 +13 -25 -35 -45 -59
-38
+10 -76
100 120 -22 +58 +47 +35 +22 0 -10 -24
-41
-88
120 140 0 +43 +14 0 -14 -28 -40 -52 -68
-48
-90
140 160
-50
+12 -93
160 180 -25 +68 +54 +40 +26 0 -12 -28
-53
+13 -113
225 250 -29 +79 +61 +46 +30 0 -14 -33
-67
-126
250 280 0 +56 +17 0 -16 -36 -52 -66 -88
-74
+16 -130
280 315 -32 +88 +69 +52 +36 0 -14 -36
-78
-144
315 355 0 +62 +18 0 -18 -40 -57 -73 -98
-87
+17 -150
355 400 -36 +98 +75 +57 +2
+39 0 -16 -41
0 -93
0 -166
400 450 0 +68 +20
-20 -20 -45 -63
+63 -80 -108
-103
-172
450 500 -40 +108 +83 +63 +43 +18 0 -17 -45
-109
Tolerância – Exercícios
1. O que é tolerância?
..........................................................................................................................................................................................................................
..........................................................................................................................................................................................................................
..........................................................................................................................................................................................................................
..........................................................................................................................................................................................................................
25 g6
60 ± 0,15
REGISTRO:
DITEC/GED
AJUSTES NO SISTEMA ISO DG-2.1589
DATA:
JULHO / 2003
H6 0 +6 0 +8 0 +9 0 +11 0 +13 0 +16 0 +19 0 +22 + +25 0 +29 0 +32 0 +36 0 +40
6 J6 -4 +2 -3 +5 -4 +5 -5 +6 -5 +8 -6 +10 -6 +13 -6 +16 -7 +18 -7 +22 -7 +25 -7 +29 -7 +33
Qualidade
M6 - - -9 -1 -12 -3 -15 -4 -17 -4 -20 -4 -24 -5 -28 -6 -33 -8 -37 -8 -41 -9 -46 -10 -50 -10
H7 0 +10 0 +12 0 +15 0 +18 0 +21 0 +25 0 +30 0 +35 0 +40 0 +46 0 +52 0 +57 0 +63
7 J7 -6 +4 -6 +6 -7 +8 -8 +10 -9 +12 -11 +14 -12 +18 -13 +22 -14 +26 -16 +30 -16 +36 -18 +39 -20 +43
Qualidade
M7 - - -12 0 -15 0 -18 0 -21 0 -25 0 -30 0 -35 0 -40 0 -46 0 -52 0 -57 0 -63 0
H8 0 +14 0 +18 0 +22 0 +27 0 +33 0 +39 0 +46 0 +54 0 +63 0 +72 0 +81 0 +89 0 +97
8 J8 -8 +6 -8 +10 -10 +12 -12 +15 -13 +20 -15 +24 -18 +28 -20 +34 -22 +41 -25 +47 -26 +55 -29 +60 -31 +66
Qualidade
M8 - - -16 +2 -21 +1 -25 +2 -29 +4 -34 +5 -41 +5 -48 +6 -55 +8 -63 +9 -72 +9 -78 +11 -86 +11
E9 +14 +39 +20 +50 +25 +61 +32 +75 +40 +92 +50 +112 +60 +134 +72 +159 +85 +185 +100 +215 +110 +240 +125 +265 +135 +290
9 H9 0 +25 0 +30 0 +36 0 +43 0 +52 0 +62 0 +74 0 +87 0 +100 0 +115 0 +130 0 +140 0 +155
Qualidade
JS9 -13 +12 -15 +15 -18 +18 -22 +21 -26 +26 -31 +31 -37 +37 -44 +43 -50 +50 -58 +57 -65 +65 -70 +70 -78 +77
10 H10 0 +40 0 +48 0 +58 0 +70 0 +84 0 +100 0 +120 0 +140 0 +160 0 +185 0 +210 0 +230 0 +250
Qualidade JS10 -20 +20 -24 +24 -29 +29 -35 +35 -42 +42 -50 +50 -60 +60 -70 +70 -80 +80 -93 +93 -105 +105 -115 +115 -125 +125
11 H11 0 +60 0 +75 0 +90 0 +110 0 +130 0 +160 0 +190 0 +220 0 +250 0 +290 0 +320 0 +360 0 +400
Qualidade JS11 -30 +30 -38 +37 -45 +45 -55 +55 -65 +65 -80 +80 -95 +95 -110 +100 -125 +125 -145 +145 -160 +160 -180 +180 -200 +200
12 H12 0 +100 0 +120 0 +150 0 +180 0 +210 0 +250 0 +300 0 +350 0 +400 0 +460 0 +520 0 +570 0 +630
Qualidade JS12 -50 +50 -60 +60 -75 +75 -90 +90 -105 +105 -125 +125 -150 +150 -175 +175 -200 +200 -230 +230 -260 +260 -285 +285 -315 +315
13 H13 0 +140 0 +180 0 +220 0 +270 0 +330 0 +390 0 +460 0 +540 0 +630 0 +720 0 +810 0 +890 0 +970
Qualidade JS13 -70 +70 -90 +90 -110 +110 -135 +135 -165 +165 -195 +195 -230 +230 -270 +270 -315 +315 -360 +360 -405 +405 -445 +445 -485 +485
14 H14 0 +250 0 +300 0 +360 0 +430 0 +520 0 +620 0 +740 0 +870 0 +1000 0 +1150 0 +1300 0 +1400 0 +1550
Qualidade JS14 -125 +125 -150 +150 -180 +180 -215 +215 -260 +260 -310 +310 -370 +370 -435 +435 -500 +500 -575 +575 -650 +650 -700 +700 -775 +775
g5 -2 -6 -4 -9 -5 -11 -6 -14 -7 -16 -9 -20 -10 -23 -12 -27 -14 -32 -15 -35 -17 -40 -18 -43 -20 -47
h5 0 -4 0 -5 0 -6 0 -8 0 -9 0 -11 0 -13 0 -15 0 -18 0 -20 0 -23 0 -25 0 -27
j5 +2 -2 +3 -2 +4 -2 +5 -3 +5 -4 +6 -5 +6 -7 +6 -9 +7 -11 +7 -13 +7 -16 +7 -18 +7 -20
5
Qualidade k5 +4 0 +6 +1 +7 +1 +9 +1 +11 +2 +13 +2 +15 +2 +18 +3 +21 +3 +24 +4 +27 +4 +29 +4 +32 +5
m5 - - +9 +4 +12 +6 +15 +7 +17 +8 +20 +9 +24 +11 +28 +13 +33 +15 +37 +17 +43 +20 +46 +21 +50 +23
n5 +8 +4 +13 +8 +16 +10 +20 +12 +24 +15 +28 +17 +33 +20 +38 +23 +45 +27 +51 +31 +57 +34 +62 +37 +67 +40
p5 +10 +6 +17 +12 +21 +15 +26 +18 +31 +22 +37 +26 +45 +32 +52 +37 +61 +43 +70 +50 +79 +56 +87 +62 +95 +68
g6 -2 -8 -4 -12 -5 -14 -6 -17 -7 -20 -9 -25 -10 -29 -12 -34 -14 -39 -15 -44 -17 -49 -18 -54 -20 -60
h6 0 -6 0 -8 0 -9 0 -11 0 -13 0 -16 0 -19 0 -22 0 -25 0 -29 0 -32 0 -36 0 -40
j6 +4 -2 +6 -2 +7 -2 +8 -3 +9 -4 +11 -5 +12 -7 +13 -9 +15 -11 +16 -13 +16 -16 +18 -18 +20 -20
6 k6 +6 0 +9 +1 +10 +1 +12 +1 +15 +2 +18 +2 +21 +2 +25 +3 +28 +3 +33 +4 +36 +4 +40 +4 +45 +5
Qualidade m6 - - +12 +4 +15 +6 +18 +7 +21 +8 +25 +9 +30 +11 +35 +13 +40 +15 +46 +17 +52 +20 +57 +21 +63 +23
n6 +10 +4 +16 +18 +19 +10 +23 +12 +28 +15 +33 +17 +39 +20 +45 +23 +52 +27 +60 +31 +66 +34 +73 +37 +80 +40
p6 +12 +6 +20 +12 +24 +15 +29 +18 +35 +22 +42 +26 +51 +32 +59 +37 +68 +43 +79 +50 +88 +56 +98 +62 +108 +68
f7 -6 -16 -10 -22 -13 -28 -16- -34 -20 -41 -25 -50 -30 -60 -36 -71 -43 -83 -50 -96 -56 -108 -62 -119 -68 -131
h7 0 -10 0 -12 0 -15 0 -18 0 -21 0 -25 0 -30 0 -35 0 -40 0 -46 0 -52 0 -57 0 -63
7 j7 +6 -4 +8 -4 +10 -5 +12 -6 +13 -8 +15 -10 +18 -12 +20 -15 +22 -18 +25 -21 +26 -26 +29 -28 +31 -32
Qualidade k7 +10 0 +13 +1 +16 +1 +19 +1 +23 +2 +27 +2 +32 +2 +38 +3 +43 +3 +50 +4 +56 +4 +61 +4 +68 +5
m7 - - +16 +4 +21 +6 +25 +7 +29 +8 +34 +9 +41 +11 +48 +13 +55 +15 +63 +17 +72 +20 +78 +21 +86 +23
n7 - - +20 +8 +25 +10 +30 +12 +36 +15 +42 +17 +50 +20 +58 +23 +67 +27 +77 +31 +86 +34 +94 +37 +103 +40
d8 -20 -34 -30 -48 -40 -62 -50 -77 -65 -98 -80 -119 -100 -146 -120 -174 -145 -208 -170 -242 -190 -271 -210 -299 -230 -327
e8 -14 -28 -20 -38 -25 -47 -32 -59 -40 -73 -50 -89 -60 -106 -72 -126 -85 -148 -100 -172 -110 -191 -125 -214 -135 -232
8
Qualidade f8 -6 -20 -10 -28 -13 -35 -16 -43 -20 -53 -25 -64 -30 -76 -36 -90 -43 -106 -50 -122 -56 -137 -62 -151 -68 -165
h8 0 -14 0 -18 0 -22 0 -27 0 -33 0 -39 0 -46 0 -54 0 -63 0 -72 0 -81 0 -89 0 -97
js8 +7 -7 +9 -9 +11 -11 +14 -13 +17 -16 +20 -19 +23 -23 +27 -27 +32 -31 +36 -36 +41 -40 +45 -44 +49 -48
d9 -20 -45 -30 -60 -40 -76 -50 -93 -65 -117 -80 -142 -100 -174 -120 -207 -145 -245 -170 -285 -190 -320 -210 -350 -230 -385
e9 -14 -39 -20 -50 -25 -61 -32 -75 -40 -92 -50 -112 -60 -134 -72 -159 -85 -185 -100 -215 -110 -240 -125 -265 -135 -290
9 f9 -6 -31 -10 -40 -13 -49 -16 -59 -20 -72 -25 -87 -30 -104 -36 -123 -43 -143 -50 -165 -56 -186 -62 -202 -68 -223
Qualidade
h9 0 -25 0 -30 0 -36 0 -43 0 -52 0 -62 0 -74 0 -87 0 -100 0 -115 0 -130 0 -140 0 -155
js9 +13 -12 +15 -15 +18 -18 +22 -21 +26 -26 +31 -31 +37 -37 +44 -43 +50 -50 +58 -57 +65 -65 +70 -70 +78 -77
d10 -20 -60 -30 -78 -40 -98 -50 -120 -65 -149 -80 -180 -100 -220 -120 -260 -145 -305 -170 -355 -190 -400 -210 -440 -230 -480
10 h10 0 -40 0 -48 0 -58 0 -70 0 -84 0 -100 0 -120 0 -140 0 -160 0 -185 0 -210 0 -230 0 -250
Qualidade js10 +20 -20 +24 -24 +29 -29 +35 -35 +42 -42 +50 -50 +60 -60 +70 -70 +80 -80 +93 -92 +105 -105 +115 -115 +125 -125
d11 - - -30 -105 -40 -130 -50 -160 -65 -195 -80 -240 -100 -290 -120 -340 -145 -395 -170 -460 -190 -510 -210 -570 -230 -630
11 h11 0 -60 0 -75 0 -90 0 -110 0 -130 0 -160 0 -190 0 -220 0 -250 0 -290 0 -320 0 -360 0 -400
Qualidade js11 +30 -30 +38 -37 +45 -45 +55 -55 +65 -65 +80 -80 +95 -95 +110 -110 +125 -125 +145 -145 +160 -160 +180 -180 +200 -200
12 h12 0 -100 0 -120 0 -150 0 -180 0 -210 0 -250 0 -300 0 -350 0 -400 0 -460 0 -520 0 -570 0 -630
Qualidade js12 +50 -50 +60 -60 +75 -75 +90 -90 +105 -105 +125 -125 +150 -150 +175 -175 +200 -200 +230 -230 +260 -260 +285 -285 +315 -315
13 h13 0 -140 0 -180 0 -220 0 -270 0 -330 0 -390 0 -460 0 -540 0 -630 0 -720 0 -810 0 -890 0 -970
Qualidade js13 +70 -70 +90 -90 +110 -110 +135 -135 +165 -165 +195 -195 +230 -230 +270 -270 +315 -315 +360 -360 +405 -405 +445 -445 +45 -485
14 h14 0 -250 0 -300 0 -360 0 -430 0 -520 0 -620 0 -740 0 -870 0 -1000 0 -1150 0 -1300 0 -1400 0 -1550
Qualidade js14 +125 -125 +150 -150 +180 -180 +215 -215 +260 -260 +310 -310 +370 -370 +435 -435 +500 -500 +575 -575 +650 -650 +700 -700 +775 -775
1 2 3 4
3,2
1 3,2
48
+0,1
+0,0 4
30 − 0,0 20 −0,05
A
30
B A
52
1 x 45°
32
+0,1
70
-0,0
10
30
W 3/8”
20
B Ø 10 B
B
BB
3,2
3 20 3,2
90º 2
11
W1/4”
30
12
Ø 3/8”
2
+0,1
-0,0
30
20
+0,0
30 -0,1
C 42 C
4 Parafuso 1 Aço trefilado ABNT Ø 3/8” x 55 mm
3/4
3 Prisma 1 Aço trefilado ABNT 1010/20 1 ” x 1 ¼ ” x 35 mm
2 Porca 1 Alumínio Ø1 ¼” x 15mm
1 Base 1 Aço trefilado ABNT 1010/20 7/8” x 2” x 75 mm
Peça Denominações e observações Quant. Material e dimensões
PROJETADO: UNIDADE:
TÍTULO:
______________________ mm
DESENHADO: PROJEÇÃO:
______________________
VERIFICADO:
______________________
APROVADO:
Calço regulável ESCALA:
DATA:
1:1
______________________ 08/11/2005
ORIGEM ÁREA DE APLICAÇÃO: REGISTRO: REVISÃO N°
1
SENAI - Guarulhos
Mecânica Industrial - módulo I
2
SENAI - Guarulhos
Mecânica Industrial - módulo I
1 2 3 4
A A
B B
C
4 Parafuso 1 Aço trefilado ABNT Ø 3/8” x 55 mm
3/4
3 Prisma 1 Aço trefilado ABNT 1010/20 1 ” x 1 ¼ ” x 35 mm
2 Porca 1 Alumínio Ø1 ¼” x 15mm
1 Base 1 Aço trefilado ABNT 1010/20 7/8” x 2” x 75 mm
Peça Denominações e observações Quant. Material e dimensões
PROJETADO: UNIDADE:
D ______________________
TÍTULO:
mm
DESENHADO: PROJEÇÃO:
______________________
VERIFICADO:
______________________
Calço regulável ESCALA:
1:1
APROVADO: DATA:
______________________ 08/11/2005
ORIGEM ÁREA DE APLICAÇÃO: REGISTRO: REVISÃO N°
3
SENAI - Guarulhos
Mecânica Industrial - módulo I
SENAI - Guarulhos 1