MELIPONICULTURA

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Igreja Gnóstica Cristã Universal Samael

Aun Weor Federada do Brasil

Material de Apoio para a criação de


Abelhas Indígenas sem Ferrão

Coordenação Nacional da Agrocultura


Setembro 2016
MELIPONICULTURA
Criação de Abelhas Nativas sem
Ferrão
História da Apicultura e da
Meliponicultura
CLASSIFICAÇÃO TAXONÔMICA DAS ABELHAS
Classe Insecta Insecta
Ordem Hymenoptera Hymenoptera
Família Apidae Apidae
Tribo Apini Meliponini e Trigonini
Gênero Apis Melipona, Trigona, etc
Espécie (exemplo) Apis melífera Melipona interrupta
Nome popular Abelha comum Abelha Jupará
Anatomia básica
O Mel
Produção: depende da espécie (entre 2 a 7 L/caixa/ano).

Coletado como néctar. Sofre dois processos de transformação:


1- Física: desidratação por ventilação com movimento das asas.
2- Química: conversão de sacarose em glicose e frutose pela
enzima invertase.

O Mel das abelhas nativas tem:


- Sabor mais acentuado: típico das floradas (cítrico, floral, frutal)
- Menor concentração de açúcar: 70% contra 90% mel de Apis.
- Maior poder nutricional e medicinal: maior concentração de
metabólitos das plantas onde coletam.

Atividades: Antibacteriano, revigorante, antioxidante,


enfermidades pulmonares, etc.
O Mel
O Propólis (Geoprópolis)
Produção: estimativa de 300g/caixa/ano, mas depende muito da
arquitetura da caixa, do clima da região e da espécie.

Usado para vedação de frestas, controle térmico e biológico da


colônia.

Composição: resinas e bálsamos, cera, óleos voláteis e argila.

Atividades: antibacteriano, antiviral, antifúngico, antioxidante,


imunológico, anti-inflamatório, antitumoral.
O Propólis (Geoprópolis)
O Pólen (Saburá)
Alimento proteico das abelhas. Principal alimento para as larvas.

As Abelhas Nativas são responsáveis por 40 a 90% da polinização


da flora nativa.

Composição: todos os aminoácidos essenciais, que formam as


proteínas, carboidratos, lipídios, sais minerais, vitaminas B, C, D,
E, H e enzimas diversas.
O Pólen (Saburá)
Escolha das
espécies
http://www.apisguia.com.br/
Meliponas Comuns da Região
Norte

JANDAIRA DO AMAZONAS JUPARÁ


(URUÇU BOCA DE RENDA) (Melipona interrupta)
(Melipona seminigra)
Meliponas Comuns da Região
Sudeste

BUGIA MANDAÇAIA
(Melipona Rufiventris mondury) (Melipona quadrifasciata
anthidioides)
Meliponas Comuns da Região
Nordeste

URUÇU JANDAÍRA
(Melipona Scutelares) (Melipona subnitida)
Meliponas Comuns da Região Sul

GUARAIPO BICOLOR MANDAÇAIA


(Melipona bicolor bicolor) (Melipona quadrifasciata
quadrifasciata)
Meliponas Comuns da Região
Centro Oeste

JATAÍ MANDAÇAIA
(Tetragonisca angustula) (Melipona quadrifasciata
quadrifasciata)
Divisão de Casta
Princesa, Rainha e Operárias de
Uruçu (M. Scutelares)
Ninho no Ambiente Natural
Colmeia em caixa racional
Disposição dos elementos na
Colmeia
Caixa modelo INPA
Dimensões para Mandaçaia

Figura: Caixa para criação de abelha Jupará – 7 x 15 x 15 cm (interno) cada módulo


Aquisição de colmeias

1- Captura com Iscas.

2- Compra de matrizes.

Obs: não derrubar árvores ou


retirar ninhos já estabelecidos na
natureza.
Processo de Enxameagem
Transferência da Isca para a Caixa
Racional
Transferência

Obs: Cuidado para não perder ou ferir a Rainha. Cobrir o ninho com cerume
(ou folha de cera alveolada de apis), colocar um sobreninho e uma melgueira.
Na melgueira colocar os potes de mel e polén que não foram rompidos.
Transferência

Vedar a caixa com fita crepe. Observar a presença de formigas e forídeos.


Alimentar caso seja necessário.
Divisão de Colônia (Multiplicação)
Somente no período de floração: primavera – verão (setembro
a março - sudeste). Ver período na região norte.
Divisão de Colônia
Divisão pelo método de doação
de discos
a) Retirar dois a três discos maduros de uma caixa forte.
b) Retirar, se possível, 2 potes de mel e 2 potes de pólen, intactos, da mesma caixa.
c) Elaborar bolinhas de cera com cera de Apis mellifera.
d) Transferir os discos para a caixa filha (sobrepondo e separando com as bolinhas de
cera).
e) Cobrir os discos com cera alveolada de Apis para proteger.
f) Colocar os potes de mel e pólen (o pólen no ninho e o mel na melgueira).
g) Colocar o pote com palitos para a alimentação complementar.
h) Vedar a caixa com fita e coloca-la no lugar da caixa mãe.
i) Afastar-se com a caixa mãe e bater até sair umas 200 abelhas. (ou 10% do ninho).
j) Fechar a caixa mãe (se for colocada ao lado ou próximo da filha) com uma tela na
entrada (pode ser de sombrite dobrado) grampeada.
k) Alimentar a caixa mãe e a filha a partir do segundo dia, durante 45 dias. Após isso
elas já seguem sozinhas.
Cria verde e madura
Seleção de discos para divisão
Alimentação Complementar
(durante 45 dias após a divisão)
Alimentação Complementar

Frequência: Divisão (diariamente


durante 45 dias) manutenção (1
vez por semana).

Quantidade: aproximadamente
200 mL. Que não sobre nem falte.
Construção da entrada
Identificação pela entrada
Inspeção dos Ninhos (quinzenal ou
mensal)

Verificar:
- Tamanho da população.
- Quantidade de alimento (potes).
- Atividade de postura da Rainha (favos de cria tamanho, formato).
- Invólucro do ninho.
Inimigos Naturais

Forídeos
Proteção contra Forídeos
Fases da Reprodução
Tempo de vida e divisão de
trabalho
Meliponários
Meliponários
O Problema da Endogamia nos
Meliponários
Soluções:
1- Mínimo 44 colméias da mesma espécie no
meliponário.

2- Trocas de discos de crias com meliponicultores de


outras regiões.

3- Instalação do meliponário em regiões de ocorrência


natural da espécie.
Entreposto ou Casa do Mel
Bem estar das abelhas
• Temperatura do ninho: sol direto, vento,
espessura das madeiras da caixa, aberturas
frequentes desnecessárias.

• Sombreamento: 10 as 17h.

• Floração: abundante e variada.


Forrageamento
(coleta de néctar e pólen
pelas abelhas)
Métodos de Coleta do Mel: sucção x
perfuração (cuidado com a
contaminação)
Coleta do Mel
Coleta do Mel
Coleta do Mel
Conservação do Mel
Refrigeração:
Desumidificação: em sala ou
aparelho (20% umidade
legislação para Apis - Abelhas
Nativas entre 25 a 35% )
Pasteurização:

Os Mayas desenvolveram a maturação e usavam o mel


maturado como alimento energético para longas
viagens na mata (fermentação controlada do mel)
Meliponicultura Maya
(Melipona yacatanica e Melipona beecheii)
Meliponicultura Nahuatl
(Scaptotrigonas mexicanas)

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